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PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC
           PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI

                         AULA 0: ORTOGRAFIA


Olá, pessoal


Com a      publicação do edital para o concurso de Agente Fiscal de
Rendas     do Estado de São Paulo, vulgo ICMS/SP, é hora de “afiar as
garras”    e sedimentar os conhecimentos. Então, nada melhor do que
praticar   (exercícios, muitos exercícios) como forma de rever a matéria.
O propósito deste curso é estudar os principais tópicos da Língua
Portuguesa a partir da resolução de questões de prova da Fundação
Carlos Chagas, banca examinadora desse certame.
Nessa disciplina, as provas elaboradas pela FCC são, em geral, muito
bem feitas, com textos de leitura agradável, na maioria das vezes (ao
contrário do que faz, por exemplo, a ESAF), explorando de forma clara
o domínio da compreensão textual. Com calma e atenção, o candidato
é capaz de acertar, senão todas, pelo menos a maior parte das
questões de interpretação. Essas costumam ser as primeiras questões
da prova e representam algo em torno de 30% da prova.
Em seguida, a banca explora conhecimentos dos aspectos gramaticais,
e é nesse ponto que “mora o perigo”. Algumas questões exigem do
candidato domínio das regras da gramática normativa (norma culta).
Em nosso curso, faremos uma breve revisão dessas regras e, sempre
que possível, serão apresentadas dicas que possam auxiliar o
candidato a compreendê-las e memorizá-las.
Serão 6 (seis) encontros, incluindo este, em que comentaremos
questões aplicadas nas provas da FCC sobre os principais pontos da
Língua Portuguesa.
O programa, apesar de traçado em poucas linhas no edital, é muito
extenso. Por isso, abordaremos os principais tópicos, ou seja, aqueles
que são recorrentemente exigidos nas provas dessa banca, como
ortografia, verbos, concordância, regência, pronomes, crase e
pontuação.
Da mesma forma que fizemos em outra turma de exercícios, questões
que abordem um único assunto serão reproduzidas na íntegra. As que
explorem assuntos diversos na mesma questão serão tratadas de
forma diferente: terão cada opção separada por assunto e sua
correção será analisada sob a forma de certo ou errado (como nas
provas da Cespe/UnB). Assim, o enunciado original dessas questões
será modificado para “julgue a assertiva abaixo” ou algo parecido.



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          PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI
Ao fim de cada aula, será apresentada a lista com todos os exercícios
nela comentados, para que o aluno, a seu critério, os resolva antes de
ver o gabarito e ler os comentários correspondentes.
A aplicação das provas está prevista para os dias 30 de abril e 1º de
maio, então não percamos mais tempo e vamos ao estudo, afinal,
serão 40 questões de Língua Portuguesa e essa é a segunda
disciplina no critério de desempate (atrás somente de Raciocínio
Lógico e antes mesmo de Legislação Tributária – ou seja, os
examinadores querem alguém que tenha um bom raciocínio - rápido,
de preferência - e que domine a língua pátria. O principal instrumento
de trabalho - a legislação estadual – acabou em terceiro plano!!!!).
Nosso assunto de hoje é ORTOGRAFIA.
Gosto muito de iniciar o nosso estudo alertando para o fato de que
ninguém é obrigado a conhecer TODAS as palavras da língua. Logo,
não é vergonha nenhuma desconhecer o significado de uma ou outra.
É comum esta banca exigir questões exclusivas de ortografia, muitas
vezes simples. Mas, de qualquer forma, não podemos nos descuidar,
tampouco menosprezar o “adversário” (a banca). Havendo dúvidas,
procure o “pai dos burros” e veja como se escreve determinada
palavra.
O estudo da ORTOGRAFIA abrange:
1 - EMPREGO DE LETRAS (s/z; sc/sç/ss; j/g; izar/isar; etc)
2 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA
3 - USO DE OUTROS SINAIS DIACRÍTICOS (principalmente o HÍFEN e
o TREMA)
Como nosso estudo será o mais objetivo possível, lembro-lhe que a
palavra derivada costuma conservar a grafia da palavra
primitiva. Por exemplo, normalmente se usa “x” após “en” (enxuto,
enxovalhar), mas isso não acontece com encher, que deriva de cheio,
ou com encharcado, que provém de charco (pântano), pelo fato de o
dígrafo “ch” já constar da palavra primitiva. “Costuma”, porque raras
vezes podemos nos deparar com alguns casos (excepcionais) que
buscam na etimologia a mudança das letrinhas, por exemplo, estender
e extensão (o substantivo que manteve o x da forma verbal latina
extendere,    segundo     Aurélio)  ou    catequese   e   catequizar.
Recentemente, em uma prova da ESAF, a “bola da vez” foi o verbo
que tem relação semântica com “dispêndio”. Você sabe qual é e como
ele é grafado? Acertou quem respondeu: “despender”, com “e” na
primeira sílaba. Isso porque houve alteração na formação do verbo e
este se desligou de sua origem latina (“dispendere”, com “i”). Nada



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impede que estas palavras sejam exploradas também pela FCC, não é
mesmo?
Outra dica preciosa: na dúvida com relação à grafia de uma palavra
que sofreu algum processo de transformação (substantivo derivado de
verbo ou substantivo derivado de adjetivo), busque a grafia de outra
palavra conhecida sua (que servirá de paradigma), tomando o
cuidado de observar se esta sofreu o mesmo processo daquela. Aquilo
que aconteceu com uma irá acontecer com a outra também.
Veja os exemplos.
compreender -> compreensão / pretender -> pretensão
permitir -> permissão / emitir -> emissão
conceder -> concessão / retroceder -> retrocessão
Também podem ser objeto de prova as palavras que, apesar de
“parecidas” não são sinônimas – são os parônimos, que veremos em
uma das questões aqui estudadas.
Então, mãos à obra! Vamos às questões de prova da FCC e bom
estudo!


                          ORTOGRAFIA
1 - (Técnico TRE AP/Janeiro 2006) Está correta a grafia de todas as
palavras da frase:
(A)) Só os inescrupulosos continuam a gastar água sem analisar as
conseqüências.
(B) O consumo excecivo de energia pode, um dia, vir a se tornar uma
contravensão.
(C) Os que menospresavam o valor da água passaram a reconhecer
sua escassês.
(D) Das turbinas de uma uzina a uma lâmpada acesa, o caminho é
longo e sinuozo.
(E) Se a falta de energia fosse algo imprevizível, desculparíamos o
coxilo dos responsáveis.


Gabarito: A
Comentário.
Vamos observar a grafia correta de alguns vocábulos apresentados na
questão:


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(B) As duas incorreções estão nas grafias de:
- excessivo - que é em excesso, derivante de “exceder”, que não
deve ser confundido com “exceção”, que deriva de excetuar;
- contravenção - cuja origem remonta ao verbo “contravir”, ou seja,
“vir em sentido contrário”, transgredir, infringir.
(C) - menosprezavam – “prezar menos”, desprezar; se “prezado” é o
tratamento que se dá a quem é “querido”, “estimado”, menosprezado
e desprezado têm significado oposto; contudo, a grafia é a mesma,
pois todos esses vocábulos têm a mesma origem e devem apresentar
a letra “z”;
- escassez – substantivo abstrato relativo a “escasso” e, por isso,
apresenta a mesma grafia do adjetivo. A terminação “ez/eza” se aplica
aos substantivos derivados de adjetivos: escasso – escassez / tímido –
timidez / rígido – rigidez / grande - grandeza. Já a terminação
“ês/esa” é empregada em adjetivos pátrios, como “holandês”,
“português”, “calabresa” (em caso de dúvida, dê uma olhadinha em
nosso Ponto 3 – Ortografia, na área aberta do Ponto).
(D) usina (se você achou que esse erro foi gritante, espere só para ter
uma surpresa...) e sinuoso - o sufixo nominal “-oso” denota “provido
ou cheio de” (primeira acepção); por isso, “cheiroso”, “gostoso”,
“afetuoso” são escritos com “s”. Como mencionamos no início do
nosso estudo, essa comparação muitas vezes auxilia na hora da
dúvida.
(E) - imprevisível – como o adjetivo referente a “ver” é “visível”, esta
grafia se emprega também em “imprevisível” (que não tem verbo
correspondente – não existe o verbo “imprever”). Mais uma vez, a
regra do paradigma poderia auxiliar na resolução da questão.
- cochilo – palavra de origem africana que, segundo Aurélio, significa
“sono leve”.


2 – (Analista Judiciário TRT 13ª Região / Dezembro 2005) Estão
corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase:
(A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que
fica improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos
contendores.
(B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam
dissiminar mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao
eleitorado.




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(C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de
provas que poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando
sua dignidade.
(D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não
se deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de
campanha.
(E)) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto
ninguém se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser
mais bem sucedido.


Gabarito: E
Comentário.
Vamos analisar as incorreções de cada um dos itens.
(A) A incorreção deste item está na conjugação verbal de “adequar” na
terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo. Como veremos
na aula apropriada (Verbos – Conjugação), este é um verbo defectivo,
ou seja, que apresenta “defeito”, pois, no presente do indicativo,
apenas é conjugado nas primeira e segunda pessoas do plural. Aliás,
veremos que esse “defeito” só aparece no presente do indicativo (e
formas derivadas desse tempo verbal), sendo os verbos defectivos
perfeitamente conjugados em qualquer outro tempo passado ou
futuro.
Está correta a forma “contendores”. “Contenda” significa “discussão”,
“debate”. Então, aquele vocábulo designa os serem que praticam
essas ações, ou seja, os debatedores.
(B) Estão incorretas as grafias dos vocábulos altercações (“altercar”
significa “discutir”. Portanto, “altercações” é o mesmo que
“discussões”). Essa era uma palavrinha de difícil identificação, pois
normalmente não faz parte do vocabulário padrão. Mas a banca
resolveu “aliviar” a mão e colocou, em seguida, a palavra disseminar
incorretamente grafada. Disseminar tem o sentido originário de
“semear”. Por analogia, passou a significar “difundir, espalhar,
propagar”.
(C) Os dois deslizes ortográficos são:
- a forma verbal constitui – muito comum o erro na conjugação dos
verbos terminados em –uir (como “concluir”, “destituir”, “possuir”), na
conjugação da terceira pessoa do singular no presente do indicativo
(ele constitu...?).




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A explicação é que os verbos terminados em “ir” (partir, ferir, decidir)
recebem na desinência a letra “e” – PARTIR: ele parte / eles partem -
FERIR: ele fere / eles ferem - DECIDIR: ele decide / eles decidem.
Fica fácil, então, usar o mesmo critério com os verbos terminados em
hiato, como é o caso de ‘CONSTITUIR’(–uir). No entanto, nesses
verbos, a conjugação da 3ª pessoa do singular (ele/ela/você) termina
com a letra “i” – CONSTITUIR: constitui – CONCLUIR: conclui -
OBSTRUIR: ele obstrui – POSSUIR: ele possui.
Mas, CUIDADO!!! Essa variação só ocorre na 3ª pessoa do singular. Na
3ª pessoa do plural, retoma-se a desinência “EM” (com “E”):
CONCLUIR: eles concluem - OBSTRUIR: eles obstruem – POSSUIR:
eles possuem.
- preservando – o verbo “preservar” é escrito com “s”, e não com
“z”, como apresentado.
(D) Os dois vocábulos incorretos são inépcia (que significa “falta
absoluta de aptidão”) e falacioso(que deriva de falácia, com “c”).
Aproveitamos a menção à palavra “inépcia” para tratar de consoantes
mudas. Devemos ter cuidado com algumas palavras especiais:
AFICIONADO (tem apenas um “c” – formalmente, não existe
“aficcionado”), ABRUPTO , OPTAR (cuidado na conjugação do verbo,
em que a letra “p” é muda – eu opto, tu optas...). Outras (e suas
derivadas) facultam a colocação da letra muda – CONTA(C)TO,
INFE(C)ÇÃO, CORRU(P)ÇÃO, A(C)CESSÍVEL (com o “c” dobrado,
pronuncia-se <cs>), como o “x” de táxi). Não acredita? Consulte o
Aurélio.
Outra palavra perigosa é “CARÁTER”. O plural correspondente busca
em sua origem latina a grafia CARACTERES (“Aquele rapaz é um mau
caráter. Aqueles rapazes são uns maus caracteres”).


3 – (PROCURADOR TCE AM /Fevereiro 2006) Está clara e correta a
redação da seguinte frase:
(A)) Não basta, para o economista ético, fazer uma boa análise do
processo produtivo em si mesmo; interessa-lhe, sobretudo, contribuir
objetivamente para o fortalecimento do sentido social desse projeto.
(B) Ao avalisar, legitimar e referendar a produção da civilização atual,
com a qual não é capaz de discordar, o economista técnico contribue
apenas no sentido de confirmar o que se consolida economicamente.
(C) Quanto aos três grandes desafios que se deve enfrentar, o
economista ético deverá de compor algumas das contradições atuais,



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entre elas garantir a manutenção do emprego ao par do avanço
tecnológico.
(D) Segundo a tese de que toda época histórica ressalta seus
sacerdotes superiores, infere o autor de que o nosso tempo se
caracteriza pelo previlegiamento da condição dos economistas.
(E) O economista técnico supõe que toda a economia é regida graças
às leis de demanda e oferta, motivo porque ele se aplica tão somente
em referendar o sistema globalizado vijente em nossos dias.


Gabarito: A
Comentário.
(B) Já falamos que uma palavra normalmente conserva a grafia da
palavra primitiva. Se esta já apresentava a letra “s” em sua grafia, a
palavra derivada irá manter essa letra. Assim, “paralisar” se escreve
com “s” por causa de “paralisia”. Se não havia a letra “s” na primitiva,
a palavra derivada irá receber um “z”. Por isso que “imunizar”, que
deriva de imune, se escreve com “z”.
A partir desse conceito, diga-me: “avalisar” (assim está na questão)
deriva de qual palavra? Resposta: “aval”. E “aval” possui a letra “s”?
Resposta negativa. Então, qual a letra que devemos colocar? A letra
“z”, grafando “avalizar”, assim como em computadorizado
(computador), comercializar (que deriva de “comercial”), e paizinho
(diminutivo de “pai”).
Enquanto isso, analisar (análise),      atrasar   (atraso)   e   paralisar
(paralisia) são escritas com “s”.
O outro erro de grafia desse item está na conjugação do verbo
“contribuir”. Como já mencionamos na correção do item “c” da
questão anterior, os verbos terminados em –uir recebem na 3ª pessoa
do singular a desinência “i” – contribui. Mais sobre isso será abordado
na aula sobre verbos - conjugação verbal.
Finalmente, há um outro erro, desta vez de regência verbal – “alguém
discorda DE alguma coisa”. Então, correta seria a construção “da qual
(e não ‘com a qual’) não é capaz de discordar”. Esse assunto será
explorado na aula sobre Regência.
(C) O erro é de construção verbal – a locução verbal “deverá compor”
não necessita da preposição “de”. A construção “ao par de” é
equivalente a “a par de”, porém menos usual que esta, cujo significado
é “ao lado de”.




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(D) Não há registro formal da palavra “previlegiamento”, ou seja, nos
dicionários e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa
(http://www.academia.org.br/vocabulario/frame11.htm) não existe
essa palavra. Mesmo que assim o fosse, sua grafia deveria seguir o
padrão da palavra originária – privilégio, com “i” na primeira sílaba.
(E) “Vigente” significa “o que vige” (não confunda com “vixe”, muito
comum na Bahia, inclusive, ressurgido em um sucesso no carnaval de
Salvador: “Vixe, mainha”. Imagino eu que essa expressão deve ter
origem em “virgem maria”. Por favor, se algum especialista em
etimologia de termos baianos estiver entre nós, corrija-me se eu
estiver errada!).
De volta ao estudo, como “viger” (ter ou estar em vigor, vigorar) é
grafado com “g”, a forma nominal correspondente deve conservar a
mesma letra - vigente. É um verbo defectivo, já que não se conjuga
na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Vamos
estudar mais verbos defectivos na aula sobre verbos. Aguarde.
Outro problema encontrado nessa opção está em “tão somente”. O
advérbio (forma reforçada de “somente”) deve ter seus elementos
ligados por hífen: tão-somente, assim como acontece com o
correspondente “tão-só” (também com hífen). Esse é um dos tópicos
de ortografia. Uma das funções desse sinal diacrítico é ligar elementos
que formam palavras compostas. Por isso, há diferença entre “dia a
dia” (locução adverbial que significa “diariamente”) e “dia-a-dia”
(locução substantiva equivalente a cotidiano). Atualmente, algumas
palavras já se encontram “dispensadas”, na língua coloquial, do sinal.
Um bom exemplo é “ponto de vista”, que originariamente, no sentido
de “opinião”, era grafado com hífen (“ponto-de-vista”).
Assim, em questões de prova, todo cuidado é pouco.
Finalmente, para encerrarmos essa (longa) questão, o último deslize
foi apresentado na grafia de “porque”. Assunto igualmente longo este.
Em vários livros voltados para concursos públicos há listas e mais
listas sobre o “porque” e suas formas (separado com acento,
separado sem acento, junto com acento, junto sem acento).
Primeiro devemos entender o motivo da acentuação do vocábulo.
Quando o pronome ou a conjunção está no início ou no meio do
período, normalmente a palavra é átona, chegando, por regionalismo,
a ser pronunciada como “porqui”. Todavia, no fim do período, recebe
ênfase e passa a ser forte, tônica. É por isso que, nessa posição,
recebe o acento circunflexo (por quê). Também é acentuado o
substantivo porquê, que, na mudança de classe gramatical, passou a
ter uma tonicidade que na forma de pronome ou conjunção não tinha.


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Em resumo: recebe acento circunflexo o vocábulo tônico, quer
pronome interrogativo no fim da frase (“Eu preciso saber por quê.”),
quer substantivo (“Ele não sabe o porquê da demissão.”).
Se for:
          - conjunção (explicativa ou causal), é junto – porque.
          - pronome relativo acompanhado de preposição (“Há muitas
          razões por que tanta gente presta concurso público.”) é
          separado e pode ser substituído por “pelo qual” e flexões – por
          que.
          - preposição + pronome interrogativo (em pergunta direta ou
          indireta), ele é separado – por que (“Não sei por que você
          não veio.” / “Por que você não veio?” / “Você não veio por
          quê?” – recebeu acento por ser tônico), com a idéia de “por
          qual motivo / por qual razão”.
          Usa-se essa forma também como complemento de expressões
          como eis, daí e em outras em que esteja implícita a palavra
          “motivo” – “Eis por que (motivo) eu não irei à festa.” / “Estive
          doente, daí por que (motivo) não fui à festa.” / “Não há por
          que (motivo) você se aborrecer comigo.”.


4 - (Analista TRT 8ª.Região / Dezembro 2004) Está correta a grafia de
todas as palavras na frase:
(A) Nem situações vexatórias, nem repreensões, nem as mais
diferentes sanções têm evitado que os fumantes dêem vazão ao seu
vício.
(B) A admissão de que há o direito do fumante não exclui, propõe o
autor, direitos outros, sem a excessão dos direitos de quem não fuma.
(C) Se é certo que há intranzigência por parte de muitos
antitabagistas, também é certo que muitos fumantes não recuam em
suas obcessões.
(D) A vemência dos que se insurgem contra o cigarro é às vezes tão
intensa que os torna mais incômodos, onde estejam, que os próprios
tabagistas.
(E) Tempos atraz, o ato de fumar não estigmatisava: emprestava ao
sujeito uma aura de elegante compenetração, de nobre austeridade.


Gabarito: A
Comentário.


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Estão perfeitamente grafadas todas as palavras dessa opção:
- “vexatória” é da mesma família de “vexame”, “vexar”, as formas
variantes “avexar” e “avexado” (muito comuns no Nordeste e
igualmente corretas), tudo com “x”;
- a conjugação da terceira pessoa do plural no presente do indicativo
dos verbos LER, VER, CRER e DAR faz dobrar a letra “e”- lêem, vêem,
crêem e dêem, exatamente como registrado na questão. Mais adiante,
voltaremos a tratar disso.
As incorreções observadas nas demais opções são:
(B) exceção – já mencionamos a grafia dessa palavra, que se liga ao
verbo excetuar (e não exceder, como bem observamos na questão 1).
(C) intransigência – uma das acepções do verbo “transigir” é “chegar
a um acordo”. Logo, alguém instransigente normalmente não é dado
ao dialógo, e intransigência é o substantivo que equivale a
intolerância. Perceba que todos esses vocábulos são escritos com “s”.
Além disso, obsessão (perseguição) é o ato de obsediar ou
obsedar, praticado por quem é obsessivo (todos com “s” após o
“b” mudo). Não se deve confundir com obcecação, ato de obcecar
(cegar, deslumbrar, induzir a erro), qualidade de quem é obcecado
(todos com “c” após o “b” mudo). Uma boa forma de memorizar a
grafia de certos vocábulos é estabelecendo uma comparação deles
com outros, como fizemos aqui (obsessão x obcecação). Podemos
fazer isso entre suscitar e sucinto. Veja que o primeiro apresenta o
dígrafo “sc”, enquanto que o segundo é escrito somente com “c”. Uma
forma de “guardar” – “sucinto” significa “breve”. Assim, para ser
breve, economizou-se nas letras e, por isso, colocamos apenas uma (o
“c”). Seu correspondente é “suscitar”, que se escreve com duas letras
(“sc”). E aí, gostou? Bem, é uma tentativa de memorização, já que
muitas vezes, não há justificativa que convença o porquê do uso de
uma letra e não de outra.
(D) veemência significa intensidade, eloqüência e deve ser escrito
com duas letras “e”.
(E) atrás e estigmatizava (acredito que essa foi a mais fácil de todas
as opções). Em relação ao segundo vocábulo, lembramos que o
substantivo correspondente é estigma (marca, sinal) e, assim, o
verbo a ele correspondente, por não apresentar a letra “s”, recebe a
letra “z”: estigmatizar. Sobre isso, já falamos no comentário à opção
(B) da questão 3, quando abordamos a palavra “avalizar”. Agora, na
próxima questão, observe como esse assunto se repete nas provas da
FCC.



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5 - (Técnico TRT 3ª.Região/Janeiro 2005). Há palavras escritas de
modo INCORRETO na frase:
(A) Para garantir a segurança dos trabalhadores e dos usuários, os
responsáveis tomaram a decisão de paralizar, por algumas horas, os
trabalhos na uzina.
(B) A intensa afluência de pessoas em áreas que possam produzir
riqueza imediata pode gerar conflitos e degradação do meio ambiente.
(C) Boas intenções, que norteiam programas assistenciais, nem
sempre são garantia de sucesso dos empreendimentos desenvolvidos.
(D) A exploração dos recursos naturais de uma determinada região e a
necessária preservação do meio ambiente mobilizam defensores, tanto
de uma quanto de outra.
(E) Embora estejam muito próximos de imensas riquezas, os
garimpeiros dificilmente têm acesso a bens de consumo, pois vivem
em extrema pobreza.


Gabarito: A
Comentário.
Quando afirmamos que fazer provas anteriores é essencial à
preparação do candidato, não estamos brincando. Veja que nesta
questão os dois erros já foram mencionados nessa aula – USINA e
PARALISAR. O primeiro vocábulo foi objeto da prova de Técnico do
TRE AMAPÁ (questão 1) e o segundo segue a explicação apresentada
nos comentários às questões 3, item (B) - “avalizar” – e 4, item (E) –
“estigmatizar”.


6 – (Procurador BACEN/ Janeiro 2006) Considerando-se as afirmativas
abaixo, a respeito de aspectos lingüísticos constantes do texto, julgue
os itens abaixo:
(I) incipiente    tem   o   mesmo   significado   da   palavra   análoga
insipiente.
(II) ganhos mais vultosos – o adjetivo grifado admite a forma variante
vultuosos.


Itens INCORRETOS.
Comentário.


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Nessa questão, a banca exigiu o conhecimento sobre parônimos.
Incipiente significa o que está no começo (incipiente, com “c” de
começo), enquanto que insipiente quer dizer “não sapiente”, ou seja,
o que não sabe, ignorante; sua grafia tem origem em “sapiência”
(sabedoria), por isso “insipiente” mantém a letra “s”.
Vultoso se refere a algo de grande vulto (reveja o que falamos sobre
o sufixo “-oso” em uma das questões anteriores), ao passo que
vultuoso, segundo o Aurélio, se refere ao aspecto da face quando
está vermelha e tumefacta e com os olhos salientes (Nossa, deve ser
horrível alguém/algo vultuoso!!!).
Há muitos outros parônimos, e o que não falta no mercado é material
que apresente listas e mais listas com essas palavrinhas perigosas.
Contudo, como o nosso estudo deve ser o mais objetivo possível, não
iremos reproduzi-las aqui. Se o candidato julgar conveniente, busque
estudar a grafia e o significado dos parônimos mais “famosos”
(iminente/eminente – discriminar/descriminar – infringir/infligir,
dentre tantos).

7 - (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) Há palavras escritas de
maneira INCORRETA na frase:
(A) Recursos científicos e tecnológicos devem oferecer possibilidade de
inserção social à população carente e desassistida das grandes
cidades.
(B) Um regime de crescente colaboração entre governo, instituições
privadas e sociedade garantirá o hesito de diversos programas
direcionados a adolecentes mais pobres.
(C) Ao atribuir excessivo valor ao consumo de bens supérfluos, a
sociedade passa a exigir que as pessoas aparentem poder econômico,
mesmo falso.
(D) Em várias regiões, o inchaço urbano, resultante do intenso êxodo
rural, é responsável pelo crescimento desmedido do número de
favelados.
(E) Extensas áreas, em todo o mundo, encontram-se ocupadas por
populações que vivem em situação de miséria, destituídas dos direitos
básicos da cidadania.


Gabarito: B
Comentário




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Muitas vezes, a banca tenta confundir o candidato, usando, em uma
palavra, a grafia que leve à lembrança de outra, totalmente
inadequada à construção. Foi o que aconteceu aqui. Existe o verbo
“hesitar”, cuja forma do presente do indicativo da 1ª. pessoa do
singular é “(eu) hesito”. Contudo, na passagem do item “b”, o que
deveria estar escrito é o substantivo “êxito” (sucesso). Talvez para
“ajudar”, errou também na grafia de adolescentes (com o dígrafo
“sc”).


Não podemos encerrar o nosso assunto sem falar sobre acentuação
gráfica, um ponto muito importante que pode ser explorado em
questões de ortografia.


De uma maneira geral, a regra é ACENTUAR O MÍNIMO DE
PALAVRAS. Então, acentua-se o que há em menor número. Se
buscarmos nos dicionários, bem menor é a quantidade de
proparoxítonas. A maior parte das palavras da língua portuguesa é
composta de paroxítonas e oxítonas (neste último caso, por exemplo,
classificam-se todos os verbos no infinitivo impessoal – fazer, comer,
estabelecer, etc.). Por isso, uma das regras de acentuação é: T O D A S
A S P R O P A R O X Í T O N A S S Ã O A C E N T U A D A S (como são
poucas, põe acento em todas elas).
Por sua vez, é pequeno o número de oxítonas que terminam em A / E
/ O / EM, e seus respectivos plurais. Por isso, essas serão acentuadas.
De acordo com essa regra, as oxítonas terminadas por R ficaram de
fora e, com isso, todos os verbos no infinitivo impessoal.
Veja, agora, o quadro resumidor sobre acentuação gráfica,
ACENTUAÇÃO GRÁFICA – são acentuados os:
     MONOSSÍLABOS TÔNICOS TERMINADOS EM A(S), E(S),
       O(S) - cá, pé, pó, rés, mós, cós, nó, pôr (verbo), jus, bis, si,
       mim, sol, cor;
     OXÍTONOS TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S), EM(NS) –
       café, caqui (fruta), também, vender, reféns, dominó, ardil,
       português, sermão, juiz, país, raiz, colher, ruim (a sílaba
       tônica é “im”), parabéns, sabiá;
     PAROXÍTONOS NÃO TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S),
       EM(NS) - hífen (termina em EN), hifens (sem acento),
       biquíni, item, domino (verbo), fênix, bíceps, fácil, coco
       (fruta), álbum, difícil, fácil, cáqui (cor), sabia (verbo), táxi;



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    PAROXÍTONOS TERMINADOS EM DITONGO CRESCENTE
      (*), EM –ÃO, EM –ÔO - glória, indivíduos, sábia,
      concordância, acórdão, abençôo;
    TODAS AS PROPAROXÍTONAS - fósforo, matemática, hífenes
  (*) Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa
  (V.O.L.P.), que tem força de lei no Brasil, a acentuação dos
  ditongos abertos é classificada na regra dos proparoxítonos (sé-ri-e
  / vi-tó-ri-a) e os monossílabos são classificados na mesma regra
  dos oxítonos.
ENCONTROS VOCÁLICOS:
    OS DITONGOS ABERTOS –ÉI-, -ÉU-, -ÓI- : herói, apóiam,
    idéias, mausoléu
    NUM HIATO, RECEBEM ACENTO I OU U, COMO 2ª VOGAL
    DO HIATO, SOZINHO (DESDE QUE NÃO SEGUIDO DE NH)
    OU ACOMPANHADO DE S. COM QUALQUER OUTRA LETRA
    OU SOZINHO E SEGUIDO DE NH, NÃO RECEBE O ACENTO
    AGUDO. Ex: Piauí, juízes, raízes, rainha, campainha, juiz, Luís,
    ruim, Itaú (apesar de terminar com U – regra das oxítonas – é
    acentuada por tratar-se de U como segunda vogal do hiato,
    sozinho na sílaba – I-ta-ú)
    CUIDADO! A pronúncia de palavras como GRATUITO, FORTUITO
    FLUIDO (substantivo) assemelham-se à de MUITO. Nessas
    palavras não existe acento agudo na letra “i” (ao contrário do
    que acontece no particípio do verbo fluir - FLU-Í-DO), de modo
    que, naqueles casos, existe um ditongo, e não um hiato.
    -ÊEM DOS VERBOS LER, VER, CRER, DAR e derivados - O
    Vocabulário Ortográfico determina que se conserva, por clareza
    gráfica, o acento circunflexo no plural desses verbos: crêem,
    dêem, lêem, vêem, descrêem, desdêem, relêem, revêem, etc.
ACENTOS DIFERENCIAIS – A partir da mudança ortográfica, em
1971, conservaram-se somente os acentos diferenciais abaixo
indicados:
    DE TIMBRE (vogal aberta ou fechada) – o único que restou foi:
    pode (pres.indicativo) – pôde (pret.perf.ind)
    DE INTENSIDADE ou TONICIDADE (vogal átona ou tônica).
    Os mais comuns são:
       pôr (verbo) – por (preposição)
       pára (verbo) – para (preposição)
       pêlo (substantivo) – pelo (contração de por + o)


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O acento circunflexo do verbo pôr é usado para diferenciá-lo da
preposição átona por (um dos casos de acento diferencial de
tonicidade). Por isso, não há acento nos verbos derivados do “pôr”,
como propor, dispor, contrapor, indispor, repor, cuja (falta de)
acentuação gráfica se justifica pela norma das oxítonas.


Alguns gramáticos classificam o acento circunflexo dos verbos ter e
vir (e derivados) na 3ª pessoa do plural (têm, vêm, contêm,
entretêm, detêm, retêm etc.) como ACENTO DIFERENCIAL DE
NÚMERO ou MORFOLÓGICO.
As formas verbais singulares tem e vem são monossílabos tônicos e,
por isso, dispensariam a acentuação (a regra é acentuar somente os
monossílabos tônicos terminados em A / E / O).
A conjugação na 3ª pessoa do singular dos verbos derivados recebe
acentuação (detém, contém, entretém etc.) em atendimento à regra
dos oxítonos terminados por “EM”.
Esses gramáticos consideram, então, que o acento circunflexo (têm,
vêm, detêm, contêm, entretêm) serve tão-somente para indicar que o
verbo está no plural.
Dessa forma, a regra de acentuação, segundo eles, é:
têm (acento diferencial de número)
vêm (acento diferencial de número)
detém (oxítona terminada em EM)
detêm (acento diferencial de número c/c oxítona terminada em EM).
Apresentados esses conceitos, vamos às questões de prova.


8 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) As palavras do texto que
recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica nas palavras
ofício e idéias, respectivamente, são
(A) único e história.
(B) salários e Níger.
(C) inteligências e notável.
(D) período e memória.
(E) agência e heróicas.




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Gabarito: E
Comentário.
Sem entrar na polêmica de classificar “ofício” como paroxítona
terminada em ditongo crescente ou proparoxítona (segundo o
P.V.O.L.P.), essa palavra segue a mesma regra de acentuação que
“história” (A), “salários” (B), “inteligências” (C), “memória” (D) e
“agência” (E).
Já “idéias” é acentuado por se tratar de um ditongo aberto (éu/ éi /
ói), o mesmo ocorrendo em “heróicas”. Por isso, a resposta é a letra
E.
As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes
regras:
- “único” e “período” – proparoxítonas;
- “Níger” e “notável” – paroxítonas não terminadas em a(s), e(s),
o(s) e em(ens).


9 – (Analista TRT 23ª.Região / Outubro 2004) A mesma regra que
justifica a acentuação no vocábulo início aplica-se em
(A) técnica.
(B) idéia.
(C) possível.
(D) jurídica.
(E) vários.


Gabarito: E
Comentário.
Desta vez, a banca deixou claro que segue a mesma linha de
classificação da maioria dos gramáticos - apresentou “início” e a ela
associou “vários”. Se classificasse esses vocábulos na regra das
palavras proparoxítonas (seguindo a posição do P.V.O.L.P.), a questão
seria anulada, pois haveria três respostas igualmente válidas – além
de “vários”, também “técnica” e “jurídica”, que, indubitavelmente, são
proparoxítonas.
Então, ATENÇÃO!!! A partir dessa questão, podemos identificar o
posicionamento da banca da FCC para esta polêmica – “início” e
“vários” são paroxítonas terminadas em ditongo crescente.



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As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes
regras:
(A) “técnica” – proparoxítona
(B) “idéia” – ditongo aberto (éi)
(C) “possível” – paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s) e
em(ens)
(D) “jurídica” - proparoxítona


10 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) Palavras do texto que
recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra
jacarés estão reproduzidas em:
(A) negócios e únicos.
(B) município e amazônica.
(C) mantém e tamanduás.
(D) tucunarés e santuários.
(E) ecológicos e tuiuiús.


Gabarito: C
Comentário.
Assim como “jacarés”, os vocábulos “mantém”, “tamanduás” e
“tucunarés” são oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s) ou em(ens).
Como a opção (C) abarca duas dessas palavras, é a resposta correta.
As demais são acentuadas pelos seguintes critérios:
- “negócios”, “município” e “santuários” – paroxítonas terminadas em
ditongo crescente;
- “únicos”, “amazônica” e “ecológicos” – proparoxítonas;
- “tuiuiús” – “u” como segunda vogal de um hiato, acompanhado de
“s”.


11 – (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) As palavras do texto
que recebem acento pela mesma razão que o justifica em
funcionários e excluída são, respectivamente,
(A) décadas e possível.
(B) revolucionária e benefícios.



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(C) países e fenômeno.
(D) mínimas e públicos.
(E) previdência e saúde.


Gabarito: E
Comentário.
“Funcionários” é uma paroxítona terminada em ditongo crescente,
assim como “revolucionária”, “benefícios” e “previdência”. Já
“excluída” apresenta a letra “i” como segunda vogal de um hiato,
sozinha na sílaba, da mesma forma que ocorre em “países” e “saúde”.
A opção que apresenta vocábulos cuja acentuação segue o paradigma
apresentado no enunciado é a de letra E.
As demais palavras seguem as seguintes regras de acentuação:
- “décadas”, “fenômeno”, “mínimas” e “públicos” são proparoxítonas;
- “possível” é uma paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s) ou
em(ens).


Como buscamos abordar principalmente as provas mais recentes da
FCC, não encontramos muitas questões sobre ortografia (somente
algumas, poucas delas bem feitas, como vimos).
Contudo, esse tópico está no programa e há grandes chances de surgir
na prova. Por isso devemos estudar com afinco.
Fiquem tranqüilos, pois, em outros assuntos (como verbos,
concordância e regência), teremos um número bem maior de
questões.
Até a próxima.


LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS
1 - (Técnico TRE AP/Janeiro 2006) Está correta a grafia de todas as
palavras da frase:
(A)) Só os inescrupulosos continuam a gastar água sem analisar as
conseqüências.
(B) O consumo excecivo de energia pode, um dia, vir a se tornar uma
contravensão.
(C) Os que menospresavam o valor da água passaram a reconhecer
sua escassês.


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(D) Das turbinas de uma uzina a uma lâmpada acesa, o caminho é
longo e sinuozo.
(E) Se a falta de energia fosse algo imprevizível, desculparíamos o
coxilo dos responsáveis.


2 – (Analista Judiciário TRT 13ª Região / Dezembro 2005) Estão
corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase:
(A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que
fica improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos
contendores.
(B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam
dissiminar mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao
eleitorado.
(C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de
provas que poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando
sua dignidade.
(D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não
se deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de
campanha.
(E)) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto
ninguém se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser
mais bem sucedido.


3 – (PROCURADOR TCE AM /Fevereiro 2006) Está clara e correta a
redação da seguinte frase:
(A)) Não basta, para o economista ético, fazer uma boa análise do
processo produtivo em si mesmo; interessa-lhe, sobretudo, contribuir
objetivamente para o fortalecimento do sentido social desse projeto.
(B) Ao avalisar, legitimar e referendar a produção da civilização atual,
com a qual não é capaz de discordar, o economista técnico contribue
apenas no sentido de confirmar o que se consolida economicamente.
(C) Quanto aos três grandes desafios que se deve enfrentar, o
economista ético deverá de compor algumas das contradições atuais,
entre elas garantir a manutenção do emprego ao par do avanço
tecnológico.
(D) Segundo a tese de que toda época histórica ressalta seus
sacerdotes superiores, infere o autor de que o nosso tempo se
caracteriza pelo previlegiamento da condição dos economistas.


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(E) O economista técnico supõe que toda a economia é regida graças
às leis de demanda e oferta, motivo porque ele se aplica tão somente
em referendar o sistema globalizado vijente em nossos dias.


4 - (Analista TRT 8ª.Região / Dezembro 2004) Está correta a grafia de
todas as palavras na frase:
(A) Nem situações vexatórias, nem repreensões, nem as mais
diferentes sanções têm evitado que os fumantes dêem vazão ao seu
vício.
(B) A admissão de que há o direito do fumante não exclui, propõe o
autor, direitos outros, sem a excessão dos direitos de quem não fuma.
(C) Se é certo que há intranzigência por parte de muitos
antitabagistas, também é certo que muitos fumantes não recuam em
suas obcessões.
(D) A vemência dos que se insurgem contra o cigarro é às vezes tão
intensa que os torna mais incômodos, onde estejam, que os próprios
tabagistas.
(E) Tempos atraz, o ato de fumar não estigmatisava: emprestava ao
sujeito uma aura de elegante compenetração, de nobre austeridade.


5 - (Técnico TRT 3ª.Região/Janeiro 2005). Há palavras escritas de
modo INCORRETO na frase:
(A) Para garantir a segurança dos trabalhadores e dos usuários, os
responsáveis tomaram a decisão de paralizar, por algumas horas, os
trabalhos na uzina.
(B) A intensa afluência de pessoas em áreas que possam produzir
riqueza imediata pode gerar conflitos e degradação do meio ambiente.
(C) Boas intenções, que norteiam programas assistenciais, nem
sempre são garantia de sucesso dos empreendimentos desenvolvidos.
(D) A exploração dos recursos naturais de uma determinada região e a
necessária preservação do meio ambiente mobilizam defensores, tanto
de uma quanto de outra.
(E) Embora estejam muito próximos de imensas riquezas, os
garimpeiros dificilmente têm acesso a bens de consumo, pois vivem
em extrema pobreza.




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6 – (Procurador BACEN/ Janeiro 2006) Considerando-se as afirmativas
abaixo, a respeito de aspectos lingüísticos constantes do texto, julgue
os itens abaixo:
(I) incipiente    tem     o    mesmo   significado   da   palavra   análoga
insipiente.
(II) ganhos mais vultosos – o adjetivo grifado admite a forma variante
vultuosos.


7 - (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) Há palavras escritas de
maneira INCORRETA na frase:
(A) Recursos científicos e tecnológicos devem oferecer possibilidade de
inserção social à população carente e desassistida das grandes
cidades.
(B) Um regime de crescente colaboração entre governo, instituições
privadas e sociedade garantirá o hesito de diversos programas
direcionados a adolecentes mais pobres.
(C) Ao atribuir excessivo valor ao consumo de bens supérfluos, a
sociedade passa a exigir que as pessoas aparentem poder econômico,
mesmo falso.
(D) Em várias regiões, o inchaço urbano, resultante do intenso êxodo
rural, é responsável pelo crescimento desmedido do número de
favelados.
(E) Extensas áreas, em todo o mundo, encontram-se ocupadas por
populações que vivem em situação de miséria, destituídas dos direitos
básicos da cidadania.


8 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) As palavras do texto que
recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica nas palavras
ofício e idéias, respectivamente, são
(A) único e história.
(B) salários e Níger.
(C) inteligências e notável.
(D) período e memória.
(E) agência e heróicas.


9 – (Analista TRT 23ª.Região / Outubro 2004) A mesma regra que
justifica a acentuação no vocábulo início aplica-se em


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(A) técnica.
(B) idéia.
(C) possível.
(D) jurídica.
(E) vários.


10 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) Palavras do texto que
recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra
jacarés estão reproduzidas em:
(A) negócios e únicos.
(B) município e amazônica.
(C) mantém e tamanduás.
(D) tucunarés e santuários.
(E) ecológicos e tuiuiús.


11 – (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) As palavras do texto
que recebem acento pela mesma razão que o justifica em
funcionários e excluída são, respectivamente,
(A) décadas e possível.
(B) revolucionária e benefícios.
(C) países e fenômeno.
(D) mínimas e públicos.
(E) previdência e saúde.




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                          AULA 1 - VERBOS
Olá, pessoal


Preparem-se, pois a aula de hoje é importantíssima e longa.
Estudaremos um dos assuntos mais relevantes no estudo da Língua
Portuguesa – VERBO. Quase tudo no estudo da gramática envolve verbo –
concordância verbal, regência verbal, conjugação verbal (englobando,
inclusive, questões de ortografia, como vimos na aula zero), colocação
pronominal (a posição do pronome em relação ao verbo), análise sintática
etc.
Ele é um verdadeiro coração do conjunto oracional – à sua volta, funcionam
os demais elementos.
Abordaremos conjugação verbal (tempo, modo, formas nominais),
correlação verbal (a relação entre os verbos que compõem o período) e
vozes verbais (basicamente, voz ativa e passiva, e a transposição de uma
para outra). Nesses três pontos, conseguiremos alcançar praticamente 25%
da prova.
Lembro que na parte final do nosso estudo estão todas as questões
comentadas. Por isso, se você preferir, imprima as últimas páginas, faça os
exercícios e, somente depois disso, veja os comentários.
Bom estudo.


MODOS E TEMPOS VERBAIS
Para começar, temos de relembrar alguns conceitos básicos.
Conceito: VERBO é uma palavra variável (pode flexionar-se em
número, pessoa, modo, tempo e voz) que indica uma ação, estado ou
fenômeno.
A classificação dos verbos nos modos verbais depende da relação que o
falante tem com aquilo que enuncia – se constata um fato (indicativo); se
apresenta uma hipótese, uma suposição (subjuntivo); se faz um pedido
(imperativo).
Em outras palavras, depende do MODO com que enuncia a ação verbal. São
três modos verbais:
          INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que
pode pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro.
          SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipotético, duvidoso, provável
ou possível.


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         IMPERATIVO - expressa idéias de ordem, pedido, desejo,
convite.
Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da
certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que é provável,
hipotético, possível, sem a certeza apresentada pelo modo indicativo. O
modo SUBJUNTIVO também é bastante usado com determinadas conjunções
(embora, caso, conquanto etc.)
Perceba a diferença entre as duas orações abaixo.
Ele procura um remédio que acaba com a dor de cabeça.
Ele procura um remédio que acabe com a dor de cabeça.
Na primeira, o sujeito já sabe qual é o medicamento que produz resultado.
Vai à farmácia e pede ao balconista, porque sabe o resultado que obterá. O
fato situa-se no plano da CERTEZA – modo INDICATIVO - acaba.
Na segunda, o sujeito não tem certeza de qual medicamento poderia surtir
efeito. Vai ao balcão da farmácia, pede ao farmacêutico uma indicação, mas
não tem certeza se irá obter a cura. Por isso, está no plano da possibilidade
– modo SUBJUNTIVO - acabe.


Os TEMPOS VERBAIS têm a função de indicar o momento em que são
enunciados os fatos.
No modo INDICATIVO:
      PRESENTE – fato ocorre no momento em que se fala (Ouço ruídos
      na cozinha.); ou fato que é comum de ocorrer (Eu morro de inveja
      dele. / Chove todos os dias em Belém.); ou apresenta um
      princípio, um conceito ou um dado (Todos os anos, muitas
      crianças morrem de desnutrição no Brasil.)
      PRETÉRITO PERFEITO – fato ocorrido e perfeitamente concluído
      antes do momento em que se fala (Todos souberam do
      assassinato de Celso Daniel.)
      PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO – denota continuidade do ato,
      com início no passado (Eu tenho cometido muitos erros na escolha
      dos meus namorados.)
      PRETÉRITO IMPERFEITO – fato realizado e não concluído (Ele
      buscava a perfeição antes de morrer.) ou que apresenta uma certa
      duração (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladrões.)
      PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO – fato realizado antes de outro
      fato também no passado (Antes de sua morte, ele pedira o perdão
      aos filhos.)



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      PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO – forma mais comum
      de expressar o fato realizado antes de outro fato também no
      passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdão aos filhos.)
      FUTURO DO PRESENTE – fato posterior certo de ocorrer no futuro
      (Doarei todo o material de estudo após a minha aprovação.)
      FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO – denota futura ocorrência de
      um fato que se iniciou no presente (Até o próximo ano, terei
      acumulado quase um milhão de reais em dívidas.)
      FUTURO DO PRETÉRITO – esse é um tempo bastante especial,
      pois apresenta diversas circunstâncias - 1) fato posterior a um
      fato passado (Você me garantiu [FATO PASSADO] que o nosso
      amor não morreria [FATO FUTURO EM RELAÇÃO AO FATO
      PASSADO].); ou 2) fato não chegou a se realizar (Eu iria à sua
      casa, mas tive um problema.); 3) também pode denotar incerteza
      (“Acharam um corpo que seria do chefe do tráfico.”), hipótese
      relacionada a uma condição (“Se você tivesse comprado o carro
      [CONDIÇÃO], não teria perdido o dinheiro no jogo [HIPÓTESE].”) ou
      polidez (“Você poderia me passar o sal?”).
      FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO – o mesmo que o Futuro do
      Pretérito com relação aos dois primeiros aspectos (Ele poderia
      ter comprado uma casa maior se não tivesse jogado tanto dinheiro
      fora.).


Vamos, agora, analisar como a Fundação Carlos Chagas aborda esse ponto
do programa.


1 - (TRT 8ª Região – Técnico Judiciário / Dezembro 2004)
       “ ... para tudo que se refira ao mundo físico ...”
O verbo aparece nos mesmos tempo e modo em que se encontra a forma
grifada acima na frase:
(A) ... e prossegue, aceleradamente, com o extraordinário desenvolvimento
tecnológico ...
(B) ... que já nos vem do precedente...
(C)) ... que confiram sentido a sua vida.
(D) ... para que o objetivo de consumo se fosse convertendo...
(E) ... se tornou a motivação central do homem...




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Gabarito: C
Comentário.
A forma “refira” é a conjugação do verbo “referir-se” no presente do
subjuntivo, a mesma conjugação do verbo “conferir” em “confiram”.
A conjugação da 1ª pessoa do singular (eu) do presente do indicativo dá
origem a toda a conjugação do presente do subjuntivo, do imperativo
negativo e de algumas formas do imperativo afirmativo (estudaremos
conjugação do imperativo mais adiante), apresentando alteração apenas na
desinência (parte final do verbo, que indica a flexão verbal em número,
pessoa, tempo e/ou modo).
Exemplo:
(Pres.Indicativo) Eu confiro
(Pres.Subjuntivo) (que) eu confira / (que) tu confiras / (que) ele confira/
(que) nós confiramos / (que) vós confirais / (que) eles confiram
(Imperativo Negativo) - / não confiras / não confira / não confiramos /
não confirais / não confiram


Vamos verificar o tempo e modo das demais formas:
   (A)   prossegue – presente do indicativo
   (B)   vem – presente do indicativo
   (D)   fosse convertendo – pretérito imperfeito do subjuntivo +
         gerúndio
   (E)   tornou – pretérito perfeito do indicativo


2 - (TRT 3ª Região – Técnico Judiciário / Janeiro 2005)
              ... que parecia suave anjo de voz tranqüila.
O verbo de mesmo tempo e modo em que se encontra o verbo grifado acima
está na frase:
(A)) ... em que se amarrava cachorro com lingüiça ...
(B) Só num único e mesmo jornal permaneci mais de vinte anos.
(C) Algumas figuras se tornaram sombras ...
(D) ... morreu nas masmorras do Chile ...
(E) ... que largou o jornalismo ...




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Gabarito: A
Comentário.
A forma “parecia” está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo, da
mesma forma que “amarrava”.
Todas as demais formas estão conjugadas no pretérito perfeito do
indicativo (permaneci, tornaram, morreu e largou).


3 - (TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / Setembro 2004)
              ... e vive angustiada num emprego...
O verbo está no mesmo tempo e modo daquele grifado acima na frase:
(A) No início do século passado acreditava-se que...
(B) Ocorreu exatamente o contrário.
(C) ... e acrescentaram doses extras de “stress” à vida de todos nós.
(D)) ... que ocupam as funções mais banais.
(E) Como se não bastasse...


Gabarito: D
Comentário.
A forma “vive” é a conjugação do verbo “viver” no presente do indicativo,
assim como “ocupam”.
As demais formas estão nos seguintes tempos e modos:
   (A)   acreditava – pretérito imperfeito do indicativo
   (B)   ocorreu – pretérito perfeito do indicativo
   (C)   acrescentaram – pretérito perfeito do indicativo
   (E)   bastasse – pretérito imperfeito do subjuntivo


4 - (TRT 23ª Região – Técnico Judiciário / Outubro 2004)
              Há quem diga que isso não é urbano...
O verbo empregado no mesmo tempo e modo que os do verbo grifado acima
está na frase:
(A) ... que eu criei em 1985...
(B) ... em que a ocupação da Amazônia foi uma prioridade.
(C) ... a população ia para os núcleos urbanos.


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(D) Alguns colegas não gostam dessa abordagem...
(E)) ... que nossa urbanização seja igual à da Europa...


Gabarito: E
Comentário.
A forma “diga” (do verbo “dizer”) está no presente do subjuntivo, bem
como “seja” (do verbo “ser”).
Lembre-se da regra de formação das conjugações: a 1ª p.s. pres.indicativo
dá origem à formação do presente do subjuntivo (pres.ind.: eu digo /
presente subjuntivo: diga/ digas/ diga ...).
As demais formas verbais estão no:
   (A)   criei – pretérito perfeito do indicativo
   (B)   foi – pretérito perfeito do indicativo
   (C)   ia – pretérito imperfeito do indicativo
   (D)   gostam – presente do indicativo


5 - (TRT 8ª Região – Técnico Judiciário / Dezembro 2004)
Embora, é claro, devamos resistir à tentação fácil de elevar e idealizar os
favelados, (...) também devemos, como propõe [o filósofo Alain] Badiou,
enxergar as favelas...
É correto afirmar que o emprego do verbo dever em modos diferentes no
segmento que inicia o último parágrafo do texto indica, respectivamente,
(A)) possibilidade de ação e fato real.
(B) explicação de um fato e dúvida concreta.
(C) suavização de uma ordem e repetição de um fato.
(D) fato anterior e hipótese futura.
(E) situação real e conseqüência imediata.


Gabarito: A
Comentário.
Como vimos no início do nosso estudo, o modo subjuntivo indica fatos que
estão no campo da hipótese, incerteza, possibilidade, probabilidade,
enquanto que o modo indicativo retrata fatos reais, concretos.




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Como a forma devamos está no presente do subjuntivo, indica um fato
possível (possibilidade), enquanto que devemos, do presente do
indicativo, denota um fato real. Está correta a opção de letra (A).


6 - (Assistente de Defesa Agropecuária MA / Março 2004)
          Ainda que parte da água possa ser reaproveitada...
O emprego da forma verbal grifada indica, considerando-se o contexto,
(A) fato concreto.
(B))hipótese realizável.
(C) ação habitual.
(D) ordem imediata.
(E) situação pretérita.


Gabarito: B
Comentário.
Mais uma vez, a banca explora o conceito de emprego do modo subjuntivo.
A forma “possa” está no presente do subjuntivo que, como vimos, situa no
plano da hipótese, possibilidade ou probabilidade os fatos que relata. Por
isso, está correta a indicação de ser um caso de hipótese realizável.


7 - (Assistente de Defesa Agropecuária MA / Março 2004)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
da frase apresentada.
Os alimentos devem ser ...... em água limpa para que a população não ......
a ter problemas de saúde.
(A) cozinhados - venhe
(B) cozinhados - vem
(C) cozidos - venhe
(D) cozidos - venha
(E) cozidos - vêm


Gabarito: D
Comentário.



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Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que
também podem ser empregadas nas funções próprias de adjetivos,
substantivos ou advérbios. São elas: PARTICÍPIO, GERÚNDIO E INFINITIVO.
PARTICÍPIO:
Ele havia lavado o chão da casa antes do temporal. (verbo)
O uniforme lavado ficou todo sujo após o vendaval. (adjetivo)
GERÚNDIO:
O presidente fica persistindo na argumentação de que nada sabia sobre o
valerioduto. (verbo)
Persistindo   os  sintomas,   o   médico    deverá    ser         consultado..
(advérbio de condição = “Caso persistam os sintomas...”)
INFINITIVO:
Ele precisa pôr os nomes nos livros. (verbo)
O pôr-do-sol é lindo nessa época do ano. (substantivo)


Essas formas nominais (particípio, gerúndio e infinitivo) podem também
fazer parte de uma locução verbal.
Locução verbal é o conjunto semântico de dois ou mais verbos. Forma-se
com um verbo principal e um ou mais verbos auxiliares. Às vezes, no meio
da locução verbal pode aparecer uma preposição (de, a), como em “comecei
a trabalhar”, “hei de vencer” ou “tenho de esquecer”.
Enquanto o principal vem sob uma forma nominal (infinitivo, gerúndio ou
particípio), seu(s) auxiliar(es) pode(m) vir em uma forma finita (indicativo,
subjuntivo, imperativo) ou também nominal. Nessa relação, o que se
flexiona é o verbo auxiliar, mas do modo como o verbo principal iria variar.
Em outras palavras, o verbo auxiliar faz tudo o que o verbo principal iria
fazer se estivesse sozinho.
Formam-se locuções verbais em:
       construções de voz      passiva,    principalmente   com    os   verbos
auxiliares SER e ESTAR;
     tempos compostos, com os verbos auxiliares TER e HAVER.
      construções com auxiliares modais, que determinam com mais
rigor o modo como se realiza – ou deixa de se realizar - a ação verbal.
Expressam circunstâncias de: início ou fim (comecei a estudar, acabei de
acordar), continuidade (vai andando), obrigação (tive de entregar),
possibilidade (posso escrever), dúvida (parece gostar), tentativa
(procura entender) e outras tantas.


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Como num escritório, onde quem manda é o chefe e quem trabalha é o
empregado (ou você já viu algum chefe trabalhando???), na locução verbal,
quem exerce a função de “chefe” é o verbo principal – ele fica “paradão”, só
mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de acordo com as suas ordens.


No particípio, a maior parte dos verbos só apresenta a forma regular
(terminadas por “ado” / “ido”).
Contudo, existem algumas exceções: alguns verbos apresentam mais de
uma forma – a regular (“ado” / “ido”), usada com os verbos ter e haver
(tempo composto) e a irregular, ligada aos verbos ser e estar (voz
passiva). Dentre eles, estão:
     ACEITAR – (ter/haver) aceitado; (ser/estar) aceito
     ELEGER – (ter/haver) elegido; (ser/estar) eleito
     ENTREGAR - (ter/haver) entregado; (ser/estar) entregue
     IMPRIMIR - (ter/haver) imprimido; (ser/estar) impresso
     SALVAR – (ter/haver) salvado; (ser/estar) salvo
     SUSPENDIDO – (ter/haver) suspendido; (ser/estar) suspenso
  Outras curiosidades:
     os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir (e
     derivados) possuem apenas o particípio irregular (aberto, coberto,
     dito, escrito, feito, posto, visto e vindo – neste último, coincidem as
     formas de particípio e gerúndio);
     alguns verbos aceitam ambas as formas (regular e irregular) para
     qualquer dois verbos auxiliares: segundo a maioria dos gramáticos,
     são quatro: pagar, pegar, ganhar e gastar (para memorizá-las,
     imagine a seguinte situação: no dia do pagamento, você ganha o
     salário e, no supermercado, pega o produto, paga por ele e gasta o
     dinheiro – gostou do método mnemônico?);
     o particípio do verbo CHEGAR é um só – o regular CHEGADO. A forma
     “chego” é a conjugação de 1ª pessoa do singular do presente do
     indicativo (“Eu chego”). Não existe a forma de particípio irregular para
     esse verbo. Então: “Eu tinha chegado ao escritório bem cedo.”.
  De volta à questão, o verbo “cozer” muitas vezes se confunde com o
  correlativo “cozinhar”, mas cada um apresenta uma forma participial:
  cozinhado (usado basicamente em tempo composto: tinha/havia
  cozinhado) e cozido (geralmente construído na voz passiva: é/está
  cozido, mas também empregado em tempo composto: havia/tinha
  cozido).



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   Na questão, o verbo “cozer” tem como auxiliar o verbo “ser”, figurando,
   portanto, em voz passiva. A forma correta será: cozidos.
   Em seguida, como o fato se situa no campo da hipótese, devemos usar o
   presente do subjuntivo – “para que a população não venha a ter
   problemas de saúde”.
   Está correta, pois, a opção (D).


Atenção: A questão 8 baseia-se no texto apresentado abaixo.
A economia vai devorar o planeta?
Para a maioria dos ecologistas, o impacto das atividades humanas sobre a
natureza é real. A salvação do planeta passaria necessariamente pelo fim do
crescimento de economias e populações, além da adoção de uma economia
ecológica − com a reforma dos sistemas de produção de alimentos,
materiais e energia. Uma economia ambientalmente sustentável seria
movida por fontes renováveis de energia: eólica, solar e geotérmica. A
eletricidade eólica seria usada para produzir hidrogênio. As estruturas atuais
de gasodutos fariam o transporte do gás que moveria a frota de automóveis.
Nesse sistema, a indústria da reciclagem e reutilização substituiria em
grande parte as atividades extrativistas.
Para se alcançar esse estágio, os sistemas tributários mundiais precisariam
ser reformulados, de modo a oferecer subsídios à reciclagem e à geração de
energia limpa e renovável e taxar atividades insustentáveis, como o uso de
combustível fóssil.
No entanto, sem estacionar a população mundial, nenhuma mudança terá
realmente efeito. Mais pessoas requerem mais comida, mais água, mais
espaço, bens, serviços e energia. Ocorre que deter ou até mesmo reduzir o
crescimento da população mundial não é tão simples. O tamanho das
famílias, em muitos países, está ligado à maneira como os casais encaram o
sexo e a virilidade.
O tamanho e a complexidade dos sistemas mundiais tornam a adoção da
ecoeconomia uma tarefa gigantesca e muito distante de ser realizada. O
aumento da temperatura global, a superpopulação e a contaminação dos
ecossistemas mundiais estão por toda parte: somente podem-se corrigir os
efeitos que eles criam, com medidas de alcance global. Pequenas
substituições e correções de rumo em alguns setores não constituem uma
solução. Com 6 bilhões de pessoas no mundo, até metas mais óbvias, como
deter o nível de desflorestamento, parecem distantes.
(Adaptado de Bruno Versolato, Superinteressante, maio de 2004, p. 69)


8 - (TRT 22ª Região – Técnico Judiciário / Novembro 2004)


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As estruturas atuais de gasodutos fariam o transporte do gás que moveria a
frota de automóveis.
O emprego das formas verbais grifadas acima indica, no contexto,
(A) incerteza da realização de um fato passado.
(B) dúvida real de que um fato se concretize.
(C) ação que se realiza habitualmente até o momento presente.
(D) fato consumado, anterior a outro, também passado.
(E) hipótese que depende de certa condição anterior.


Gabarito: E
Comentário.
No início do estudo, vimos que o futuro do pretérito do indicativo pode
denotar incerteza, hipótese relacionada a uma condição ou polidez.
Note que, na estrutura apresentada, o fato de o gás mover a frota de
automóveis depende da existência de gasodutos que viabilizem o transporte
desse gás. Assim, a circunstância representada pelo tempo verbal é o da
hipótese que depende de certa condição – a existência dos gasodutos (E).


9 - (TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / Setembro 2004)
... em questões nas quais a vinculação satisfaça objetivos políticos dos
governantes.
O emprego da forma verbal grifada acima introduz no contexto a mesma
noção do verbo empregado na frase:
(A) Duas críticas lhe são feitas...
(B) Os prazos já existem na lei...
(C) ... que lhes permitem intervir no processo...
(D)) ... segundo o ritmo que lhes convenha.
(E) ... que se está dando um passo à frente.


Gabarito: D
Comentário.




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A forma “satisfaça” está no presente do subjuntivo. A outra forma verbal
de idêntica conjugação é “convenha”, do verbo “convir”, que é derivado do
verbo “vir”.
Como veremos adiante, essa banca costuma exigir as formas de conjugação
de verbos de terceira terminação (ir), e como ela gosta dos derivados do
verbo “vir”!
As demais formas estão nos seguintes tempos e modos:
  (A)   são feitas – locução verbal de voz passiva com o verbo auxiliar no
        presente do indicativo e o verbo principal na forma nominal
        particípio.
  (B)   existem – presente do indicativo
  (C)   permitem – presente do indicativo
  (D)   está dando – locução verbal, cujo verbo auxiliar está no presente
        do indicativo e o principal, no gerúndio.


10 - (TRE AP – Analista Judiciário / Janeiro 2006)
               Faça isso com a cabeça de um macaco.
É exemplo de emprego do mesmo modo do verbo grifado acima UM dos
verbos que aparecem na frase:
  (A) Não serão aceitas justificativas, quaisquer que sejam os motivos
      alegados.
  (B) Saiba que valores devem ser respeitados, em qualquer tempo e
      lugar.
  (C) Todo explorador desejaria entender como se reduzem cabeças.
  (D) É necessária a existência de critério que justifique determinados atos
      de violência.
  (E) Espera-se que ele possa entender as razões de certos costumes em
      determinadas civilizações.


Gabarito: B
Comentários.
Agora, o nosso assunto é a conjugação do IMPERATIVO.
Em vez de memorizar várias regras, vamos guardar apenas a exceção.
A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do
subjuntivo.



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No imperativo, não há conjugação da 1ª pessoa do singular (a idéia é que
ninguém poderia dar uma ordem a si mesmo).
São conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas as
pessoas no imperativo negativo, e nas 3ª pessoas (singular e plural) e 1ª
pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa é a regra.
Exemplo: “Venha para a Caixa você também” – 3ª pessoa do singular (O
comercial estava errado!!!).
            “Não nos deixeis cair em tentação” – 2ª pessoa do plural (Ao se
dirigir ao Pai, usa-se vós.)
Essa é a regra.
Agora a exceção, que deve ser memorizada, por ser em menor número.
A exceção fica por conta das segundas pessoas (tu e vós) no imperativo
afirmativo. Nessa conjugação, usa-se o presente do indicativo, sem o “s”
final.
RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2ªs pessoas (singular e plural)
buscam a conjugação do presente do indicativo e tiram a letra ‘s’. Todo o
restante tem origem no presente do subjuntivo.
Exemplo:
1 - “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.” - A forma “dize” é
a redução do presente do indicativo da 2ª pessoa do singular (dizes – [s] =
dize).
Detalhe: o verbo “dizer”, assim como todos que têm essa terminação -zer, é
um verbo abundante, que admite tanto “dize” como “diz”, no imperativo.
2 – “Fazei de mim um instrumento de vossa paz.” – A forma “fazei” é a
conjugação no presente do indicativo da 2ª pessoa do plural (vós fazeis),
sem o “s”.
Aliás, esse segundo exemplo foi retirado de uma oração – a Oração de São
Francisco de Assis, que não é tão conhecida quanto o “Pai Nosso”. No “Pai
Nosso”, temos vários exemplos do uso do imperativo, tanto afirmativo
quanto negativo.
Dá-se a Deus a respeitosa forma de tratamento "vós", que, como já vimos, é
da segunda pessoa do plural. Em "Perdoai as nossas ofensas", as pessoas
que rezam dirigem-se ao Criador e pedem a Ele que lhes perdoe as ofensas
praticadas.
É para isso que também serve o imperativo. Além de ordem, essa forma
verbal pode expressar também súplica, desejo ardente, que é como são
feitos esses pedidos.




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Na prece, “perdoai" e "livrai" ("perdoai as nossas ofensas"/"livrai-nos do
mal") estão no imperativo afirmativo, enquanto que "deixeis" ("não nos
deixeis cair em tentação") está no imperativo negativo.
"Perdoai" e "livrai" obedecem a um esquema que já vimos. Como são
conjugações de 2ª pessoa do plural, essas formas vêm do presente do
indicativo, sem o "s" final. Fazem parte da EXCEÇÃO.
E "Não nos deixeis cair em tentação"? É da conjugação do imperativo
negativo e recai na REGRA GERAL, ou seja, se forma a partir do presente do
subjuntivo (que eu deixe, que tu deixes, que ele deixe, que nós deixemos,
que vós deixeis, que eles deixem).
Na hora da dúvida, mesmo que você não seja católico, comece a rezar o Pai
Nosso e veja como se conjugam as formas verbais no Imperativo. Mas, para
dar certo, você deve aprender a rezar direito!!!!


Voltando à questão (garanto que você já tinha até se esquecido da
pobrezinha...), a forma “Faça” é uma ordem e, por isso, está conjugada no
imperativo. A outra forma de idêntica conjugação é “Saiba”.
As duas formas verbais se dirigem a “você” que, como um pronome de
tratamento que se preza, leva o verbo e os pronomes para a 3ª pessoa
(singular ou plural). Aliás, essa é uma excelente maneira de lembrar como
se usam os pronomes de tratamento – o que acontece com “você” acontece
também com todos os demais pronomes (Vossa Excelência, Vossa Senhoria
etc.) – o verbo e os pronomes ficam na 3ª pessoa. Exemplo: “Vossa
Senhoria terá a obrigação de rever suas decisões.”. Finalmente, (só para
encerrar esse assunto) usa-se “vossa” quando se dirige à autoridade e “sua”
quando se faz menção a ela.


CONJUGAÇÃO VERBAL
A partir de agora, o nosso assunto é CONJUGAÇÃO VERBAL, e, para ajudá-lo
a resolver essas questões, usamos a técnica do paradigma.
Como é isso? Na dúvida com relação à conjugação de determinado verbo
regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu
dia-a-dia), basta observar a conjugação dos paradigmas clássicos (FALAR –
1ª conjugação, BEBER – 2ª conjugação, PARTIR – 3ª conjugação).
Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a terminação “ar”,
“er” ou “ir” do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as
desinências, que são idênticas nos demais verbos regulares de mesma
conjugação:
Por exemplo:



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CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjugação):
     Presente do Indicativo: Eu consum.... (???)
     Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???)
CONSUMIR (verbo regular de 3ª conjug.):
     Presente do Indicativo: Eu consum.... (???)
     Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???)
E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos verbos
“paradigmas”.
  Infinitivo          Pres.Indicativo              Pres.Subjuntivo
  Falar               Eu falo                      (que) eu fale
  Consumar            Eu consumo                   (que) eu consume
  Partir              Eu parto                     (que) eu parta
  Consumir            Eu consumo (igual)           (que) eu consuma


Se o verbo for irregular, ou seja, apresenta alteração no radical em
determinadas conjugações, procure outro verbo, também irregular, de
mesma construção.
Por exemplo: COMPETIR (3ª conjugação) – Eu comp.... (???)
Esse verbo é irregular, ou seja, não mantém o radical nas conjugações.
Normalmente não conjugamos esse verbo (pelo menos, não com convicção)
fora de uma locução verbal. Mas usamos bastante outro verbo de idêntica
estrutura. Já sabe qual é??? REPETIR. Então, como fica a conjugação desse
paradigma? Eu repito => Eu compito


E “ADERIR”? Como você conjugaria a primeira pessoa do singular do
Presente do Indicativo? Está com dúvida? Busque um paradigma. Aceito
sugestões.... Lembrou de algum? Eu conheço um – FERIR. Como fica a
conjugação do paradigma? Eu firo. Logo, “eu adiro”.


Aliás, a banca da Fundação Carlos Chagas simplesmente ADORA os verbos
de terceira conjugação, ou seja, os terminados por “IR”.
Outros verbos são mais perigosos e não seguem um padrão. Um desses
verbos (REQUERER) será assunto uma de nossas próximas questões.
Vamos lá!




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11 - (TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005)
Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase:
(A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que fica
improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos contendores.
(B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam dissiminar
mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao eleitorado.
(C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de provas que
poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando sua dignidade.
(D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não se
deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de
campanha.
(E) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto ninguém
se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser mais bem
sucedido.


Gabarito: E
Comentário.
Não, você não está enlouquecendo (ainda...), nós já abordamos essa
questão na Aula Zero (demonstrativa),
Repetimo-la porque, além dos aspectos ortográficos, devem ser objeto de
comentário duas construções verbais inadequadas.
A primeira, em relação ao verbo adequar, presente na opção (A). Esse é um
verbo defectivo. Mas o que são verbos defectivos?
São os que apresentam DEFEITO em alguma conjugação, ou seja, em algum
tempo/modo, o verbo não apresenta conjugação completa.
Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo à conjugação
do PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele derivados (Presente do
Subjuntivo e Imperativo). O “defeito” existe apenas no presente, não existe
no passado nem no futuro. Assim, mesmo defectivo, o verbo poderá ser
conjugado inteiramente nos outros tempos e modos verbais, como, por
exemplo, no Pretérito do Perfeito do Indicativo, no Pretérito Imperfeito do
Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc.
Há dois tipos de defeitos:
1º) não possuir a 1ª pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, colorir,
delinqüir);
2º) só apresentar as conjugações da 1ª e 2ª pessoas do plural (adequar,
reaver) – é o caso do verbo “adequar”. No presente do indicativo, só
existem as formas “adequamos” (nós) e “adequais” (vós).

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Quando não existe a 1ª p.s. do presente do indicativo de um verbo, como é
o caso do verbo adequar, não existirá, também, nenhuma forma de
conjugação do presente do subjuntivo.
Assim, está incorreta a construção “se adeque”. Para sair dessa “saia
justa”, podemos optar pelo emprego de uma locução verbal – “se deva
adequar” ou pela troca do verbo por um sinônimo (na questão, uma boa
opção seria “atenda”).
Uma última observação sobre verbos defectivos: alguns autores definem
como defectivos, também, os verbos que, de acordo com o seu emprego, só
podem ser conjugados nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgência),
DOER (no sentido de causar dor – “alguma coisa dói.”) e os unipessoais, que
representam vozes de animais ou fenômenos da natureza, quando utilizados
no sentido original (sentido denotativo, com “d” de “dicionário”; seu oposto
é o sentido conotativo, também chamado de figurado, quando a palavra é
usada em um significado diferente do original).


A segunda construção verbal inadequada se refere à conjugação do verbo
constituir (grafada na questão como “constitue”). A forma correta é
constitui.
Os verbos, como constituir, terminados pelo hiato –UIR, exceto no caso
dos defectivos (verbos que não possuem todas as formas de conjugação,
como ruir), apresentam duas formas de conjugação:
1ª) O paradigma será POSSUIR (o radical é possu) – De acordo com esta
regra, classificam-se praticamente todos os verbos com essa terminação.
Nas 2ª e 3ª do singular trocam a letra ‘e’ da conjugação regular (como em
‘partir’) pela letra ‘i’. Mantêm as demais conjugações inalteradas em relação
à conjugação do verbo paradigma ‘partir’: possuo, possuis, possui,
possuímos, possuís, possuem.
Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR, INFLUIR, ANUIR,
ARGUIR (respeitada a acentuação), CONCLUIR, DISTRIBUIR, INCLUIR
2ª) CONSTRUIR (o radical é constru) e DESTRUIR (o radical é destru)–
São verbos abundantes. Além da forma regular de conjugação (igual à do
verbo POSSUIR: construo, construis, construi, construímos, construís,
construem), mais comum em Portugal, apresenta também a conjugação
irregular, em que as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo
formam o ditongo aberto “ói": construo, constróis, constrói, construimos,
construís, constroem, da mesma forma que os verbos terminados em
-OER.
Assim, vimos que os verbos terminados em –UIR recebem, na 3ª pessoa do
singular, a letra “i” – constitui, e não o “e” como apresentado na questão.



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Vamos analisar outras conjugações especiais.


1.    VERBOS TERMINADOS EM HIATO:
–OER: As 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o
ditongo aberto ‘ói’. As demais pessoas, em todos os outros tempos verbais,
seguem o paradigma ‘beber’, respeitadas as devidas acentuações tônicas.
Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER (no sentido de causar
dor) e SOER (costumar, ter hábito de) são defectivos e só se conjugam nas
terceiras pessoas.
Exemplos: MOER (o radical é mo) - môo, móis, mói, moemos, moeis, moem
–EAR: recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica no radical).
Nas demais, segue o paradigma ‘falar’. Exemplo: pentear (radical pente).
A sílaba tônica foi sublinhada.
Pres.Indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam
Pres.Subjuntivo – penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem
Pret.Perfeito:   penteei,   penteaste,   penteou,   penteamos,       penteastes,
pentearam
–IAR: os verbos dessa terminação são regulares, ou seja, seguem a
conjugação do paradigma ‘falar’. Exemplos:
ADIAR (radical é adi) – Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, adiais,
adiam
VARIAR (radical é vari) - Pres.Indicativo: vario, varias, varia...
Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR.
Por isso, nada de “VAREIA”, senão “VICEIA”!!! Como vimos, esses verbos
são REGULARES.
Mas, então, por que será que tanta gente se engana? Porque ocorre uma
“contaminação” com os verbos terminados em “EAR”, como “pentear”,
apresentado acima.
No entanto, há cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra ‘e’
nas formas rizotônicas (formas em que a sílaba tônica recai no radical), ou
seja, formas verbais em que a sílaba tônica recai no radical, como no
Pres.Indicativo e Pres.Subjuntivo. Suas iniciais formam o anagrama M-A-R-
I-O:
Mediar (e derivados, como intermediar), Ansiar, Remediar, Incendiar,
Odiar



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Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos,
intermediais, intermedeiam
Para facilitar, lembre-se da conjugação do verbo ODIAR, o mais comum
deles.
2.   VERBOS “DERIVADOS” DE ÁGUA – DESAGUAR, ENXAGUAR - mantêm
a acentuação de “água” na conjugação.
Pres.Indicativo: deságuo, deságuas, deságuas, desaguamos, desaguais,
deságuam
Pres.Subjuntivo: deságüe, deságües, deságüe, desagüemos, desagüeis,
deságüem
3.    AVERIGUAR, APAZIGUAR, APANIGUAR - Não seguem a regra dos
“derivados” de água. Têm a acentuação tônica nas formas rizotônicas (no
radical).
O radical de averiguar é [averigu-] e segue o paradigma “falar”, ressalvada
a acentuação gráfica (especialmente no Pres.Subjuntivo).
Pres.Indicativo: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos, averiguais,
averiguam
Pres.Subjuntivo: averigúe, averigúes, averigúe, averigüemos, averigüeis,
averigúem
(Antes da letra “e”, quando o “u” é pronunciado sem intensidade, leva trema
- averigüemos; com intensidade, leva acento agudo - averigúe)


12 - (TRE AP - Técnico Judiciário/ Janeiro 2006)
Está corretamente flexionada a forma verbal sublinhada na frase:
(A) Se alguém propor medidas para economia de energia, que seja ouvido
com atenção.
(B) Caso uma represa contenhe pouco volume de água, as turbinas da usina
desligam-se.
(C)) Seria preciso que refizéssemos os cálculos da energia que estamos
gastando.
(D) Só damos valor às coisas quando elas já escasseiaram.
(E) Se não determos os desperdícios, pagaremos cada vez mais caro por
eles.


Gabarito: C
Comentário.


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O verbo “refazer” é derivado do verbo “fazer”. Como a conjugação deste
verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo é fizéssemos, está correta a
construção observada na oração.
Estão incorretas as demais opções:
(A) O verbo “propor” deriva do verbo “pôr” (mas, ao contrário deste, aquele
não recebe acento circunflexo – na dúvida, reveja a Aula Zero). Assim,
usamos a conjugação deste como paradigma para a construção daquele.
A forma verbal do pôr é “Se ele puser”. Então, a construção correta seria
“Se alguém propuser”.
(B) O verbo “conter” é derivado do verbo “ter”. Se a forma com este verbo
seria “Caso uma represa tenha” (presente do subjuntivo), a construção
correta seria “Caso uma represa contenha”.
(Já podemos perceber que a FCC adora explorar a conjugação de verbos
derivados. E você nem imagina quanto! Vamos continuar.)
(D) Como vimos na questão anterior, os verbos terminados em –EAR, só
recebem a letra “i” nas formas em que a sílaba tônica recai no radical
(formas rizotônicas). O radical do verbo escassear é “escasse-”. A sílaba
tônica da conjugação da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo recai
na desinência: escassearam. Assim, nada de colocar “i” nela, da mesma
forma que em passearam, pentearam, cearam (atire a primeira pedra
quem não pronunciou um “i” nesse último verbo, pela óbvia influência do
substantivo “ceia”!).
(E) O verbo deter é derivado do verbo ter (assim como conter, da opção
A). Então, a forma correta seria: “Se não detivermos os desperdícios...”.


13 - (TRE AP – Analista Judiciário / Janeiro 2006)
Estão corretas ambas as formas verbais sublinhadas na frase:
(A) Alguém interviu, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas
constitue, para muitos homens, uma prática esportiva.
(B)) Alguém interveio, dizendo ao czar que a caça de borboletas constitui,
para muitos homens, uma prática esportiva.
(C) Alguém interviu, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas
constitui, para muitos homens, uma prática esportiva.
(D) Alguém interveio, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas
constitue, para muitos homens, uma prática esportiva.
(E) Alguém interveio, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas
constitue-se, para muitos homens, uma prática esportiva.




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Gabarito: B
Comentário
O verbo “intervir” é derivado do “vir” – assim, se falamos “alguém veio”,
devemos também falar “alguém interveio”.
O outro verbo é “repeteco”. “Constituir”, na 3ª pessoa do singular, forma
“constitui”, já comentado na questão 11.


14 - (TRT 24ª Região – Técnico Judiciário / Março 2006)
O verbo flexionado corretamente está grifado na frase:
(A) Empresários requiseram licença ambiental para desenvolver seus
projetos.
(B) Muitos turistas vinherão ao Brasil central, atraídos pelos esportes
náuticos.
(C) Os investidores disporam-se a desenvolver um turismo ecológico na
região.
(D)) Sobrevieram alguns contratempos, logo resolvidos, no alojamento dos
visitantes.
(E) Poucos turistas obteram a licença para permanecer mais tempo na
região.


Gabarito: D
Comentário.
Um candidato desatento, que só lesse a forma verbal sublinhada, poderia
cair na casca de banana da FCC nessa questão.
O primeiro verbo grifado (requiseram) não significa “querer de novo”.
“REQUERER” significa “pedir por meio de requerimento ou ação, exigir,
pedir, demandar...”. Por isso, ele não é derivado do “querer”. Não
obstante, como é irregular, em algumas formas se conjuga de modo idêntico
ao “querer” (o que explica – mas não justifica – a confusão).
Pres. ind.: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem;
Pres. subj.: requeira, requeiras, ...
Nas outras formas é regular e segue o paradigma “beber”.
Assim, a forma      correta   é   (A)   “Empresários   requereram   licença
ambiental...”.
(B) “Muitos turistas virão ...” (futuro do presente do indicativo do verbo
“vir”) [gente, fala sério: o que poderia ser “vinherão”????];


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(C) “Os investidores dispuseram-se a desenvolver...” (pretérito perfeito do
indicativo do verbo “dispor”, que é derivado do verbo “pôr”);
(D) Esta é a resposta correta – sobrevir é derivado do verbo vir,
formando a conjugação “sobrevieram”;
(E) “Poucos turistas obtiveram a licença...” (pretérito perfeito do indicativo
do verbo “obter”, que é derivado do verbo “ter”).


15 - (TRT 22ª Região – Técnico Judiciário / Novembro 2004)
O verbo flexionado de forma INCORRETA está grifado na frase:
(A) Com base na legislação vigente, os promotores propuseram às
autoridades responsáveis as penalidades cabíveis.
(B)) Alguns policiais requiseram o cumprimento do dispositivo legal para
garantir sua segurança durante as diligências.
(C) Estudam-se alterações no conteúdo de certas leis para que elas dêem
resultados positivos no controle da violência.
(D) Apesar de rígidas, as condições de encarceramento para criminosos
ainda não contêm a ocorrência de atos de violência.
(E) Ninguém ainda se deteve para analisar os resultados da aplicação
rigorosa de penalidades aos detentos.


Gabarito: B
Comentário.
Novamente, a banca explorou o verbo REQUERER, mas agora ficou fácil –
você já sabe que a forma correta é “Alguns policiais requereram o
cumprimento...”.


16 - (TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005)
Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase:
(A) Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se
pronunciava como se detera o monopólio do coração.
(B) A mãe interviu na discussão, alegando que seu filho era alérgico a pêlos
de animais – razão pela qual se indispusera com a dona do cachorrinho.
(C) O autor afirma que sempre se comprazeu em participar de reuniões em
que todos envidam esforços na busca de soluções conciliatórias.




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(D)) Se condissessem com a verdadeira prática democrática, as campanhas
eleitorais não dariam lugar ao discurso que inclui arrogância na
argumentação.
(E) Caso Mitterrand contesse o ímpeto de sua fala, não houvera de
argumentar com tamanha simplificação e tão visível autoritarismo.


Gabarito: D
Comentário.
Está correta a forma verbal “condissessem”, que se refere a um dos verbos
derivados de dizer (condizer = “dizer com” = estar de acordo, estar em
harmonia), no pretérito imperfeito do subjuntivo.
Temos agora uma ótima oportunidade de estudar um dos verbos mais
difíceis da Língua Portuguesa – COMPRAZER, presente na opção (C).
Antes, porém, vamos analisar as demais opções:
(A)   “Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se
      pronunciava como se detivesse o monopólio do coração.” – além de
      não existir a forma “detera" (no pretérito mais-que-perfeito, seria
      “detivera”), por ser derivado do verbo “ter”, o verbo “deter”, na
      construção, deve ser conjugado no modo subjuntivo que, como vimos
      anteriormente, situa o fato no campo da hipótese, suposição,
      possibilidade.
(B)   “A mãe interveio na discussão...” – o verbo intervir já foi objeto de
      comentário na questão 13. A forma “indispusera” (pretérito mais-que-
      perfeito do verbo indispor) está corretamente flexionada.
(C)   Em relação ao verbo “comprazer”, há divergência doutrinária. Alguns
      gramáticos afirmam que esse verbo apresenta todas as conjugações
      (tendo por paradigma o verbo “aprazer”), enquanto outros afirmam ser
      um verbo defectivo, que só se conjugaria nas 3ªs pessoas, singular e
      plural (pres.ind.: compraz, comprazem).
      A questão da prova passou ao largo dessa discussão, por ter
      apresentado o verbo na 3ª pessoa do singular (“o autor se compr...”).
      Esse verbo é derivado do verbo “prazer” (este, inquestionavelmente,
      defectivo).
      O que torna difícil essa conjugação é que, no pretérito perfeito do
      indicativo, e nos tempos derivados deste (logo adiante, iremos falar
      sobre essa derivação), o verbo comprazer se conjuga como o verbo
      haver, como vimos no exemplo acima:
      Pret.perf.ind: comprouve / comprouveste /             comprouve     /
      comprouvemos / comprouvestes / comprouveram.


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      Pret.mais-que-perf.ind: comprouvera / comprouveras ...
      Pret.imperfeito subjuntivo: comprouvesse / comprouvesses ...
      Futuro do subjuntivo: comprouver / comprouveres / comprouver ...
      A forma correta, portanto, é “O autor afirma que sempre se
      comprouve em participar de reuniões...”. Em tempo, “comprazer-se”
      significa “regozijar-se”, “deleitar-se”. Essa foi de matar, hem?
(E)   “Caso Mitterrand contivesse o ímpeto de sua fala...” – o verbo
      “conter”, também derivado do verbo “ter”, já foi mencionado na
      questão 12.


Só para não perdermos a oportunidade, veja como se formam os tempos
derivados do pretérito perfeito do indicativo.
A 3ª pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito dá origem às seguintes
formas verbais: pretérito mais que perfeito do indicativo, pretérito
imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo.
Exemplo: Eles vieram (pret.perf.ind)
Pret.mais que perf.ind – eu viera / tu vieras / ele viera / nós viéramos /
vós viéreis / eles vieram
Pret.imperf.subjuntivo – eu viesse / tu viesses ...
Futuro do subjuntivo – eu vier / tu vieres / ele vier ...
E, para matar a sua curiosidade, veja algumas formas de conjugação do
verbo “comprazer” (igual ao aprazer, para os que não o consideram
defectivo):
Pres.Ind – comprazo / comprazes / compraze / comprazemos / comprazeis /
comprazem
Pres.Subj – compraza / comprazas ...
Fut.Pres.Ind – comprazerei / comprazerás / comprazerá...
Horrível, não é mesmo?!?!
Então, vamos passar correndo para a próxima questão.


17 - (TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005)
É preciso corrigir a redação da seguinte frase:
(A) Quando se chega a resultados como estes, há que se pensar num
reajuste dos parâmetros em que baseamos os nossos cálculos.




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Português em exercícios para ICMS-SP

  • 1. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI AULA 0: ORTOGRAFIA Olá, pessoal Com a publicação do edital para o concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, vulgo ICMS/SP, é hora de “afiar as garras” e sedimentar os conhecimentos. Então, nada melhor do que praticar (exercícios, muitos exercícios) como forma de rever a matéria. O propósito deste curso é estudar os principais tópicos da Língua Portuguesa a partir da resolução de questões de prova da Fundação Carlos Chagas, banca examinadora desse certame. Nessa disciplina, as provas elaboradas pela FCC são, em geral, muito bem feitas, com textos de leitura agradável, na maioria das vezes (ao contrário do que faz, por exemplo, a ESAF), explorando de forma clara o domínio da compreensão textual. Com calma e atenção, o candidato é capaz de acertar, senão todas, pelo menos a maior parte das questões de interpretação. Essas costumam ser as primeiras questões da prova e representam algo em torno de 30% da prova. Em seguida, a banca explora conhecimentos dos aspectos gramaticais, e é nesse ponto que “mora o perigo”. Algumas questões exigem do candidato domínio das regras da gramática normativa (norma culta). Em nosso curso, faremos uma breve revisão dessas regras e, sempre que possível, serão apresentadas dicas que possam auxiliar o candidato a compreendê-las e memorizá-las. Serão 6 (seis) encontros, incluindo este, em que comentaremos questões aplicadas nas provas da FCC sobre os principais pontos da Língua Portuguesa. O programa, apesar de traçado em poucas linhas no edital, é muito extenso. Por isso, abordaremos os principais tópicos, ou seja, aqueles que são recorrentemente exigidos nas provas dessa banca, como ortografia, verbos, concordância, regência, pronomes, crase e pontuação. Da mesma forma que fizemos em outra turma de exercícios, questões que abordem um único assunto serão reproduzidas na íntegra. As que explorem assuntos diversos na mesma questão serão tratadas de forma diferente: terão cada opção separada por assunto e sua correção será analisada sob a forma de certo ou errado (como nas provas da Cespe/UnB). Assim, o enunciado original dessas questões será modificado para “julgue a assertiva abaixo” ou algo parecido. www.pontodosconcursos.com.br 1
  • 2. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Ao fim de cada aula, será apresentada a lista com todos os exercícios nela comentados, para que o aluno, a seu critério, os resolva antes de ver o gabarito e ler os comentários correspondentes. A aplicação das provas está prevista para os dias 30 de abril e 1º de maio, então não percamos mais tempo e vamos ao estudo, afinal, serão 40 questões de Língua Portuguesa e essa é a segunda disciplina no critério de desempate (atrás somente de Raciocínio Lógico e antes mesmo de Legislação Tributária – ou seja, os examinadores querem alguém que tenha um bom raciocínio - rápido, de preferência - e que domine a língua pátria. O principal instrumento de trabalho - a legislação estadual – acabou em terceiro plano!!!!). Nosso assunto de hoje é ORTOGRAFIA. Gosto muito de iniciar o nosso estudo alertando para o fato de que ninguém é obrigado a conhecer TODAS as palavras da língua. Logo, não é vergonha nenhuma desconhecer o significado de uma ou outra. É comum esta banca exigir questões exclusivas de ortografia, muitas vezes simples. Mas, de qualquer forma, não podemos nos descuidar, tampouco menosprezar o “adversário” (a banca). Havendo dúvidas, procure o “pai dos burros” e veja como se escreve determinada palavra. O estudo da ORTOGRAFIA abrange: 1 - EMPREGO DE LETRAS (s/z; sc/sç/ss; j/g; izar/isar; etc) 2 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA 3 - USO DE OUTROS SINAIS DIACRÍTICOS (principalmente o HÍFEN e o TREMA) Como nosso estudo será o mais objetivo possível, lembro-lhe que a palavra derivada costuma conservar a grafia da palavra primitiva. Por exemplo, normalmente se usa “x” após “en” (enxuto, enxovalhar), mas isso não acontece com encher, que deriva de cheio, ou com encharcado, que provém de charco (pântano), pelo fato de o dígrafo “ch” já constar da palavra primitiva. “Costuma”, porque raras vezes podemos nos deparar com alguns casos (excepcionais) que buscam na etimologia a mudança das letrinhas, por exemplo, estender e extensão (o substantivo que manteve o x da forma verbal latina extendere, segundo Aurélio) ou catequese e catequizar. Recentemente, em uma prova da ESAF, a “bola da vez” foi o verbo que tem relação semântica com “dispêndio”. Você sabe qual é e como ele é grafado? Acertou quem respondeu: “despender”, com “e” na primeira sílaba. Isso porque houve alteração na formação do verbo e este se desligou de sua origem latina (“dispendere”, com “i”). Nada www.pontodosconcursos.com.br 2
  • 3. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI impede que estas palavras sejam exploradas também pela FCC, não é mesmo? Outra dica preciosa: na dúvida com relação à grafia de uma palavra que sofreu algum processo de transformação (substantivo derivado de verbo ou substantivo derivado de adjetivo), busque a grafia de outra palavra conhecida sua (que servirá de paradigma), tomando o cuidado de observar se esta sofreu o mesmo processo daquela. Aquilo que aconteceu com uma irá acontecer com a outra também. Veja os exemplos. compreender -> compreensão / pretender -> pretensão permitir -> permissão / emitir -> emissão conceder -> concessão / retroceder -> retrocessão Também podem ser objeto de prova as palavras que, apesar de “parecidas” não são sinônimas – são os parônimos, que veremos em uma das questões aqui estudadas. Então, mãos à obra! Vamos às questões de prova da FCC e bom estudo! ORTOGRAFIA 1 - (Técnico TRE AP/Janeiro 2006) Está correta a grafia de todas as palavras da frase: (A)) Só os inescrupulosos continuam a gastar água sem analisar as conseqüências. (B) O consumo excecivo de energia pode, um dia, vir a se tornar uma contravensão. (C) Os que menospresavam o valor da água passaram a reconhecer sua escassês. (D) Das turbinas de uma uzina a uma lâmpada acesa, o caminho é longo e sinuozo. (E) Se a falta de energia fosse algo imprevizível, desculparíamos o coxilo dos responsáveis. Gabarito: A Comentário. Vamos observar a grafia correta de alguns vocábulos apresentados na questão: www.pontodosconcursos.com.br 3
  • 4. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (B) As duas incorreções estão nas grafias de: - excessivo - que é em excesso, derivante de “exceder”, que não deve ser confundido com “exceção”, que deriva de excetuar; - contravenção - cuja origem remonta ao verbo “contravir”, ou seja, “vir em sentido contrário”, transgredir, infringir. (C) - menosprezavam – “prezar menos”, desprezar; se “prezado” é o tratamento que se dá a quem é “querido”, “estimado”, menosprezado e desprezado têm significado oposto; contudo, a grafia é a mesma, pois todos esses vocábulos têm a mesma origem e devem apresentar a letra “z”; - escassez – substantivo abstrato relativo a “escasso” e, por isso, apresenta a mesma grafia do adjetivo. A terminação “ez/eza” se aplica aos substantivos derivados de adjetivos: escasso – escassez / tímido – timidez / rígido – rigidez / grande - grandeza. Já a terminação “ês/esa” é empregada em adjetivos pátrios, como “holandês”, “português”, “calabresa” (em caso de dúvida, dê uma olhadinha em nosso Ponto 3 – Ortografia, na área aberta do Ponto). (D) usina (se você achou que esse erro foi gritante, espere só para ter uma surpresa...) e sinuoso - o sufixo nominal “-oso” denota “provido ou cheio de” (primeira acepção); por isso, “cheiroso”, “gostoso”, “afetuoso” são escritos com “s”. Como mencionamos no início do nosso estudo, essa comparação muitas vezes auxilia na hora da dúvida. (E) - imprevisível – como o adjetivo referente a “ver” é “visível”, esta grafia se emprega também em “imprevisível” (que não tem verbo correspondente – não existe o verbo “imprever”). Mais uma vez, a regra do paradigma poderia auxiliar na resolução da questão. - cochilo – palavra de origem africana que, segundo Aurélio, significa “sono leve”. 2 – (Analista Judiciário TRT 13ª Região / Dezembro 2005) Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase: (A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que fica improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos contendores. (B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam dissiminar mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao eleitorado. www.pontodosconcursos.com.br 4
  • 5. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de provas que poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando sua dignidade. (D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não se deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de campanha. (E)) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto ninguém se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser mais bem sucedido. Gabarito: E Comentário. Vamos analisar as incorreções de cada um dos itens. (A) A incorreção deste item está na conjugação verbal de “adequar” na terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo. Como veremos na aula apropriada (Verbos – Conjugação), este é um verbo defectivo, ou seja, que apresenta “defeito”, pois, no presente do indicativo, apenas é conjugado nas primeira e segunda pessoas do plural. Aliás, veremos que esse “defeito” só aparece no presente do indicativo (e formas derivadas desse tempo verbal), sendo os verbos defectivos perfeitamente conjugados em qualquer outro tempo passado ou futuro. Está correta a forma “contendores”. “Contenda” significa “discussão”, “debate”. Então, aquele vocábulo designa os serem que praticam essas ações, ou seja, os debatedores. (B) Estão incorretas as grafias dos vocábulos altercações (“altercar” significa “discutir”. Portanto, “altercações” é o mesmo que “discussões”). Essa era uma palavrinha de difícil identificação, pois normalmente não faz parte do vocabulário padrão. Mas a banca resolveu “aliviar” a mão e colocou, em seguida, a palavra disseminar incorretamente grafada. Disseminar tem o sentido originário de “semear”. Por analogia, passou a significar “difundir, espalhar, propagar”. (C) Os dois deslizes ortográficos são: - a forma verbal constitui – muito comum o erro na conjugação dos verbos terminados em –uir (como “concluir”, “destituir”, “possuir”), na conjugação da terceira pessoa do singular no presente do indicativo (ele constitu...?). www.pontodosconcursos.com.br 5
  • 6. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A explicação é que os verbos terminados em “ir” (partir, ferir, decidir) recebem na desinência a letra “e” – PARTIR: ele parte / eles partem - FERIR: ele fere / eles ferem - DECIDIR: ele decide / eles decidem. Fica fácil, então, usar o mesmo critério com os verbos terminados em hiato, como é o caso de ‘CONSTITUIR’(–uir). No entanto, nesses verbos, a conjugação da 3ª pessoa do singular (ele/ela/você) termina com a letra “i” – CONSTITUIR: constitui – CONCLUIR: conclui - OBSTRUIR: ele obstrui – POSSUIR: ele possui. Mas, CUIDADO!!! Essa variação só ocorre na 3ª pessoa do singular. Na 3ª pessoa do plural, retoma-se a desinência “EM” (com “E”): CONCLUIR: eles concluem - OBSTRUIR: eles obstruem – POSSUIR: eles possuem. - preservando – o verbo “preservar” é escrito com “s”, e não com “z”, como apresentado. (D) Os dois vocábulos incorretos são inépcia (que significa “falta absoluta de aptidão”) e falacioso(que deriva de falácia, com “c”). Aproveitamos a menção à palavra “inépcia” para tratar de consoantes mudas. Devemos ter cuidado com algumas palavras especiais: AFICIONADO (tem apenas um “c” – formalmente, não existe “aficcionado”), ABRUPTO , OPTAR (cuidado na conjugação do verbo, em que a letra “p” é muda – eu opto, tu optas...). Outras (e suas derivadas) facultam a colocação da letra muda – CONTA(C)TO, INFE(C)ÇÃO, CORRU(P)ÇÃO, A(C)CESSÍVEL (com o “c” dobrado, pronuncia-se <cs>), como o “x” de táxi). Não acredita? Consulte o Aurélio. Outra palavra perigosa é “CARÁTER”. O plural correspondente busca em sua origem latina a grafia CARACTERES (“Aquele rapaz é um mau caráter. Aqueles rapazes são uns maus caracteres”). 3 – (PROCURADOR TCE AM /Fevereiro 2006) Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A)) Não basta, para o economista ético, fazer uma boa análise do processo produtivo em si mesmo; interessa-lhe, sobretudo, contribuir objetivamente para o fortalecimento do sentido social desse projeto. (B) Ao avalisar, legitimar e referendar a produção da civilização atual, com a qual não é capaz de discordar, o economista técnico contribue apenas no sentido de confirmar o que se consolida economicamente. (C) Quanto aos três grandes desafios que se deve enfrentar, o economista ético deverá de compor algumas das contradições atuais, www.pontodosconcursos.com.br 6
  • 7. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI entre elas garantir a manutenção do emprego ao par do avanço tecnológico. (D) Segundo a tese de que toda época histórica ressalta seus sacerdotes superiores, infere o autor de que o nosso tempo se caracteriza pelo previlegiamento da condição dos economistas. (E) O economista técnico supõe que toda a economia é regida graças às leis de demanda e oferta, motivo porque ele se aplica tão somente em referendar o sistema globalizado vijente em nossos dias. Gabarito: A Comentário. (B) Já falamos que uma palavra normalmente conserva a grafia da palavra primitiva. Se esta já apresentava a letra “s” em sua grafia, a palavra derivada irá manter essa letra. Assim, “paralisar” se escreve com “s” por causa de “paralisia”. Se não havia a letra “s” na primitiva, a palavra derivada irá receber um “z”. Por isso que “imunizar”, que deriva de imune, se escreve com “z”. A partir desse conceito, diga-me: “avalisar” (assim está na questão) deriva de qual palavra? Resposta: “aval”. E “aval” possui a letra “s”? Resposta negativa. Então, qual a letra que devemos colocar? A letra “z”, grafando “avalizar”, assim como em computadorizado (computador), comercializar (que deriva de “comercial”), e paizinho (diminutivo de “pai”). Enquanto isso, analisar (análise), atrasar (atraso) e paralisar (paralisia) são escritas com “s”. O outro erro de grafia desse item está na conjugação do verbo “contribuir”. Como já mencionamos na correção do item “c” da questão anterior, os verbos terminados em –uir recebem na 3ª pessoa do singular a desinência “i” – contribui. Mais sobre isso será abordado na aula sobre verbos - conjugação verbal. Finalmente, há um outro erro, desta vez de regência verbal – “alguém discorda DE alguma coisa”. Então, correta seria a construção “da qual (e não ‘com a qual’) não é capaz de discordar”. Esse assunto será explorado na aula sobre Regência. (C) O erro é de construção verbal – a locução verbal “deverá compor” não necessita da preposição “de”. A construção “ao par de” é equivalente a “a par de”, porém menos usual que esta, cujo significado é “ao lado de”. www.pontodosconcursos.com.br 7
  • 8. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (D) Não há registro formal da palavra “previlegiamento”, ou seja, nos dicionários e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (http://www.academia.org.br/vocabulario/frame11.htm) não existe essa palavra. Mesmo que assim o fosse, sua grafia deveria seguir o padrão da palavra originária – privilégio, com “i” na primeira sílaba. (E) “Vigente” significa “o que vige” (não confunda com “vixe”, muito comum na Bahia, inclusive, ressurgido em um sucesso no carnaval de Salvador: “Vixe, mainha”. Imagino eu que essa expressão deve ter origem em “virgem maria”. Por favor, se algum especialista em etimologia de termos baianos estiver entre nós, corrija-me se eu estiver errada!). De volta ao estudo, como “viger” (ter ou estar em vigor, vigorar) é grafado com “g”, a forma nominal correspondente deve conservar a mesma letra - vigente. É um verbo defectivo, já que não se conjuga na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Vamos estudar mais verbos defectivos na aula sobre verbos. Aguarde. Outro problema encontrado nessa opção está em “tão somente”. O advérbio (forma reforçada de “somente”) deve ter seus elementos ligados por hífen: tão-somente, assim como acontece com o correspondente “tão-só” (também com hífen). Esse é um dos tópicos de ortografia. Uma das funções desse sinal diacrítico é ligar elementos que formam palavras compostas. Por isso, há diferença entre “dia a dia” (locução adverbial que significa “diariamente”) e “dia-a-dia” (locução substantiva equivalente a cotidiano). Atualmente, algumas palavras já se encontram “dispensadas”, na língua coloquial, do sinal. Um bom exemplo é “ponto de vista”, que originariamente, no sentido de “opinião”, era grafado com hífen (“ponto-de-vista”). Assim, em questões de prova, todo cuidado é pouco. Finalmente, para encerrarmos essa (longa) questão, o último deslize foi apresentado na grafia de “porque”. Assunto igualmente longo este. Em vários livros voltados para concursos públicos há listas e mais listas sobre o “porque” e suas formas (separado com acento, separado sem acento, junto com acento, junto sem acento). Primeiro devemos entender o motivo da acentuação do vocábulo. Quando o pronome ou a conjunção está no início ou no meio do período, normalmente a palavra é átona, chegando, por regionalismo, a ser pronunciada como “porqui”. Todavia, no fim do período, recebe ênfase e passa a ser forte, tônica. É por isso que, nessa posição, recebe o acento circunflexo (por quê). Também é acentuado o substantivo porquê, que, na mudança de classe gramatical, passou a ter uma tonicidade que na forma de pronome ou conjunção não tinha. www.pontodosconcursos.com.br 8
  • 9. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Em resumo: recebe acento circunflexo o vocábulo tônico, quer pronome interrogativo no fim da frase (“Eu preciso saber por quê.”), quer substantivo (“Ele não sabe o porquê da demissão.”). Se for: - conjunção (explicativa ou causal), é junto – porque. - pronome relativo acompanhado de preposição (“Há muitas razões por que tanta gente presta concurso público.”) é separado e pode ser substituído por “pelo qual” e flexões – por que. - preposição + pronome interrogativo (em pergunta direta ou indireta), ele é separado – por que (“Não sei por que você não veio.” / “Por que você não veio?” / “Você não veio por quê?” – recebeu acento por ser tônico), com a idéia de “por qual motivo / por qual razão”. Usa-se essa forma também como complemento de expressões como eis, daí e em outras em que esteja implícita a palavra “motivo” – “Eis por que (motivo) eu não irei à festa.” / “Estive doente, daí por que (motivo) não fui à festa.” / “Não há por que (motivo) você se aborrecer comigo.”. 4 - (Analista TRT 8ª.Região / Dezembro 2004) Está correta a grafia de todas as palavras na frase: (A) Nem situações vexatórias, nem repreensões, nem as mais diferentes sanções têm evitado que os fumantes dêem vazão ao seu vício. (B) A admissão de que há o direito do fumante não exclui, propõe o autor, direitos outros, sem a excessão dos direitos de quem não fuma. (C) Se é certo que há intranzigência por parte de muitos antitabagistas, também é certo que muitos fumantes não recuam em suas obcessões. (D) A vemência dos que se insurgem contra o cigarro é às vezes tão intensa que os torna mais incômodos, onde estejam, que os próprios tabagistas. (E) Tempos atraz, o ato de fumar não estigmatisava: emprestava ao sujeito uma aura de elegante compenetração, de nobre austeridade. Gabarito: A Comentário. www.pontodosconcursos.com.br 9
  • 10. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Estão perfeitamente grafadas todas as palavras dessa opção: - “vexatória” é da mesma família de “vexame”, “vexar”, as formas variantes “avexar” e “avexado” (muito comuns no Nordeste e igualmente corretas), tudo com “x”; - a conjugação da terceira pessoa do plural no presente do indicativo dos verbos LER, VER, CRER e DAR faz dobrar a letra “e”- lêem, vêem, crêem e dêem, exatamente como registrado na questão. Mais adiante, voltaremos a tratar disso. As incorreções observadas nas demais opções são: (B) exceção – já mencionamos a grafia dessa palavra, que se liga ao verbo excetuar (e não exceder, como bem observamos na questão 1). (C) intransigência – uma das acepções do verbo “transigir” é “chegar a um acordo”. Logo, alguém instransigente normalmente não é dado ao dialógo, e intransigência é o substantivo que equivale a intolerância. Perceba que todos esses vocábulos são escritos com “s”. Além disso, obsessão (perseguição) é o ato de obsediar ou obsedar, praticado por quem é obsessivo (todos com “s” após o “b” mudo). Não se deve confundir com obcecação, ato de obcecar (cegar, deslumbrar, induzir a erro), qualidade de quem é obcecado (todos com “c” após o “b” mudo). Uma boa forma de memorizar a grafia de certos vocábulos é estabelecendo uma comparação deles com outros, como fizemos aqui (obsessão x obcecação). Podemos fazer isso entre suscitar e sucinto. Veja que o primeiro apresenta o dígrafo “sc”, enquanto que o segundo é escrito somente com “c”. Uma forma de “guardar” – “sucinto” significa “breve”. Assim, para ser breve, economizou-se nas letras e, por isso, colocamos apenas uma (o “c”). Seu correspondente é “suscitar”, que se escreve com duas letras (“sc”). E aí, gostou? Bem, é uma tentativa de memorização, já que muitas vezes, não há justificativa que convença o porquê do uso de uma letra e não de outra. (D) veemência significa intensidade, eloqüência e deve ser escrito com duas letras “e”. (E) atrás e estigmatizava (acredito que essa foi a mais fácil de todas as opções). Em relação ao segundo vocábulo, lembramos que o substantivo correspondente é estigma (marca, sinal) e, assim, o verbo a ele correspondente, por não apresentar a letra “s”, recebe a letra “z”: estigmatizar. Sobre isso, já falamos no comentário à opção (B) da questão 3, quando abordamos a palavra “avalizar”. Agora, na próxima questão, observe como esse assunto se repete nas provas da FCC. www.pontodosconcursos.com.br 10
  • 11. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 5 - (Técnico TRT 3ª.Região/Janeiro 2005). Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) Para garantir a segurança dos trabalhadores e dos usuários, os responsáveis tomaram a decisão de paralizar, por algumas horas, os trabalhos na uzina. (B) A intensa afluência de pessoas em áreas que possam produzir riqueza imediata pode gerar conflitos e degradação do meio ambiente. (C) Boas intenções, que norteiam programas assistenciais, nem sempre são garantia de sucesso dos empreendimentos desenvolvidos. (D) A exploração dos recursos naturais de uma determinada região e a necessária preservação do meio ambiente mobilizam defensores, tanto de uma quanto de outra. (E) Embora estejam muito próximos de imensas riquezas, os garimpeiros dificilmente têm acesso a bens de consumo, pois vivem em extrema pobreza. Gabarito: A Comentário. Quando afirmamos que fazer provas anteriores é essencial à preparação do candidato, não estamos brincando. Veja que nesta questão os dois erros já foram mencionados nessa aula – USINA e PARALISAR. O primeiro vocábulo foi objeto da prova de Técnico do TRE AMAPÁ (questão 1) e o segundo segue a explicação apresentada nos comentários às questões 3, item (B) - “avalizar” – e 4, item (E) – “estigmatizar”. 6 – (Procurador BACEN/ Janeiro 2006) Considerando-se as afirmativas abaixo, a respeito de aspectos lingüísticos constantes do texto, julgue os itens abaixo: (I) incipiente tem o mesmo significado da palavra análoga insipiente. (II) ganhos mais vultosos – o adjetivo grifado admite a forma variante vultuosos. Itens INCORRETOS. Comentário. www.pontodosconcursos.com.br 11
  • 12. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Nessa questão, a banca exigiu o conhecimento sobre parônimos. Incipiente significa o que está no começo (incipiente, com “c” de começo), enquanto que insipiente quer dizer “não sapiente”, ou seja, o que não sabe, ignorante; sua grafia tem origem em “sapiência” (sabedoria), por isso “insipiente” mantém a letra “s”. Vultoso se refere a algo de grande vulto (reveja o que falamos sobre o sufixo “-oso” em uma das questões anteriores), ao passo que vultuoso, segundo o Aurélio, se refere ao aspecto da face quando está vermelha e tumefacta e com os olhos salientes (Nossa, deve ser horrível alguém/algo vultuoso!!!). Há muitos outros parônimos, e o que não falta no mercado é material que apresente listas e mais listas com essas palavrinhas perigosas. Contudo, como o nosso estudo deve ser o mais objetivo possível, não iremos reproduzi-las aqui. Se o candidato julgar conveniente, busque estudar a grafia e o significado dos parônimos mais “famosos” (iminente/eminente – discriminar/descriminar – infringir/infligir, dentre tantos). 7 - (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) Há palavras escritas de maneira INCORRETA na frase: (A) Recursos científicos e tecnológicos devem oferecer possibilidade de inserção social à população carente e desassistida das grandes cidades. (B) Um regime de crescente colaboração entre governo, instituições privadas e sociedade garantirá o hesito de diversos programas direcionados a adolecentes mais pobres. (C) Ao atribuir excessivo valor ao consumo de bens supérfluos, a sociedade passa a exigir que as pessoas aparentem poder econômico, mesmo falso. (D) Em várias regiões, o inchaço urbano, resultante do intenso êxodo rural, é responsável pelo crescimento desmedido do número de favelados. (E) Extensas áreas, em todo o mundo, encontram-se ocupadas por populações que vivem em situação de miséria, destituídas dos direitos básicos da cidadania. Gabarito: B Comentário www.pontodosconcursos.com.br 12
  • 13. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Muitas vezes, a banca tenta confundir o candidato, usando, em uma palavra, a grafia que leve à lembrança de outra, totalmente inadequada à construção. Foi o que aconteceu aqui. Existe o verbo “hesitar”, cuja forma do presente do indicativo da 1ª. pessoa do singular é “(eu) hesito”. Contudo, na passagem do item “b”, o que deveria estar escrito é o substantivo “êxito” (sucesso). Talvez para “ajudar”, errou também na grafia de adolescentes (com o dígrafo “sc”). Não podemos encerrar o nosso assunto sem falar sobre acentuação gráfica, um ponto muito importante que pode ser explorado em questões de ortografia. De uma maneira geral, a regra é ACENTUAR O MÍNIMO DE PALAVRAS. Então, acentua-se o que há em menor número. Se buscarmos nos dicionários, bem menor é a quantidade de proparoxítonas. A maior parte das palavras da língua portuguesa é composta de paroxítonas e oxítonas (neste último caso, por exemplo, classificam-se todos os verbos no infinitivo impessoal – fazer, comer, estabelecer, etc.). Por isso, uma das regras de acentuação é: T O D A S A S P R O P A R O X Í T O N A S S Ã O A C E N T U A D A S (como são poucas, põe acento em todas elas). Por sua vez, é pequeno o número de oxítonas que terminam em A / E / O / EM, e seus respectivos plurais. Por isso, essas serão acentuadas. De acordo com essa regra, as oxítonas terminadas por R ficaram de fora e, com isso, todos os verbos no infinitivo impessoal. Veja, agora, o quadro resumidor sobre acentuação gráfica, ACENTUAÇÃO GRÁFICA – são acentuados os: MONOSSÍLABOS TÔNICOS TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S) - cá, pé, pó, rés, mós, cós, nó, pôr (verbo), jus, bis, si, mim, sol, cor; OXÍTONOS TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S), EM(NS) – café, caqui (fruta), também, vender, reféns, dominó, ardil, português, sermão, juiz, país, raiz, colher, ruim (a sílaba tônica é “im”), parabéns, sabiá; PAROXÍTONOS NÃO TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S), EM(NS) - hífen (termina em EN), hifens (sem acento), biquíni, item, domino (verbo), fênix, bíceps, fácil, coco (fruta), álbum, difícil, fácil, cáqui (cor), sabia (verbo), táxi; www.pontodosconcursos.com.br 13
  • 14. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI PAROXÍTONOS TERMINADOS EM DITONGO CRESCENTE (*), EM –ÃO, EM –ÔO - glória, indivíduos, sábia, concordância, acórdão, abençôo; TODAS AS PROPAROXÍTONAS - fósforo, matemática, hífenes (*) Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (V.O.L.P.), que tem força de lei no Brasil, a acentuação dos ditongos abertos é classificada na regra dos proparoxítonos (sé-ri-e / vi-tó-ri-a) e os monossílabos são classificados na mesma regra dos oxítonos. ENCONTROS VOCÁLICOS: OS DITONGOS ABERTOS –ÉI-, -ÉU-, -ÓI- : herói, apóiam, idéias, mausoléu NUM HIATO, RECEBEM ACENTO I OU U, COMO 2ª VOGAL DO HIATO, SOZINHO (DESDE QUE NÃO SEGUIDO DE NH) OU ACOMPANHADO DE S. COM QUALQUER OUTRA LETRA OU SOZINHO E SEGUIDO DE NH, NÃO RECEBE O ACENTO AGUDO. Ex: Piauí, juízes, raízes, rainha, campainha, juiz, Luís, ruim, Itaú (apesar de terminar com U – regra das oxítonas – é acentuada por tratar-se de U como segunda vogal do hiato, sozinho na sílaba – I-ta-ú) CUIDADO! A pronúncia de palavras como GRATUITO, FORTUITO FLUIDO (substantivo) assemelham-se à de MUITO. Nessas palavras não existe acento agudo na letra “i” (ao contrário do que acontece no particípio do verbo fluir - FLU-Í-DO), de modo que, naqueles casos, existe um ditongo, e não um hiato. -ÊEM DOS VERBOS LER, VER, CRER, DAR e derivados - O Vocabulário Ortográfico determina que se conserva, por clareza gráfica, o acento circunflexo no plural desses verbos: crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, desdêem, relêem, revêem, etc. ACENTOS DIFERENCIAIS – A partir da mudança ortográfica, em 1971, conservaram-se somente os acentos diferenciais abaixo indicados: DE TIMBRE (vogal aberta ou fechada) – o único que restou foi: pode (pres.indicativo) – pôde (pret.perf.ind) DE INTENSIDADE ou TONICIDADE (vogal átona ou tônica). Os mais comuns são: pôr (verbo) – por (preposição) pára (verbo) – para (preposição) pêlo (substantivo) – pelo (contração de por + o) www.pontodosconcursos.com.br 14
  • 15. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O acento circunflexo do verbo pôr é usado para diferenciá-lo da preposição átona por (um dos casos de acento diferencial de tonicidade). Por isso, não há acento nos verbos derivados do “pôr”, como propor, dispor, contrapor, indispor, repor, cuja (falta de) acentuação gráfica se justifica pela norma das oxítonas. Alguns gramáticos classificam o acento circunflexo dos verbos ter e vir (e derivados) na 3ª pessoa do plural (têm, vêm, contêm, entretêm, detêm, retêm etc.) como ACENTO DIFERENCIAL DE NÚMERO ou MORFOLÓGICO. As formas verbais singulares tem e vem são monossílabos tônicos e, por isso, dispensariam a acentuação (a regra é acentuar somente os monossílabos tônicos terminados em A / E / O). A conjugação na 3ª pessoa do singular dos verbos derivados recebe acentuação (detém, contém, entretém etc.) em atendimento à regra dos oxítonos terminados por “EM”. Esses gramáticos consideram, então, que o acento circunflexo (têm, vêm, detêm, contêm, entretêm) serve tão-somente para indicar que o verbo está no plural. Dessa forma, a regra de acentuação, segundo eles, é: têm (acento diferencial de número) vêm (acento diferencial de número) detém (oxítona terminada em EM) detêm (acento diferencial de número c/c oxítona terminada em EM). Apresentados esses conceitos, vamos às questões de prova. 8 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) As palavras do texto que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica nas palavras ofício e idéias, respectivamente, são (A) único e história. (B) salários e Níger. (C) inteligências e notável. (D) período e memória. (E) agência e heróicas. www.pontodosconcursos.com.br 15
  • 16. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Gabarito: E Comentário. Sem entrar na polêmica de classificar “ofício” como paroxítona terminada em ditongo crescente ou proparoxítona (segundo o P.V.O.L.P.), essa palavra segue a mesma regra de acentuação que “história” (A), “salários” (B), “inteligências” (C), “memória” (D) e “agência” (E). Já “idéias” é acentuado por se tratar de um ditongo aberto (éu/ éi / ói), o mesmo ocorrendo em “heróicas”. Por isso, a resposta é a letra E. As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes regras: - “único” e “período” – proparoxítonas; - “Níger” e “notável” – paroxítonas não terminadas em a(s), e(s), o(s) e em(ens). 9 – (Analista TRT 23ª.Região / Outubro 2004) A mesma regra que justifica a acentuação no vocábulo início aplica-se em (A) técnica. (B) idéia. (C) possível. (D) jurídica. (E) vários. Gabarito: E Comentário. Desta vez, a banca deixou claro que segue a mesma linha de classificação da maioria dos gramáticos - apresentou “início” e a ela associou “vários”. Se classificasse esses vocábulos na regra das palavras proparoxítonas (seguindo a posição do P.V.O.L.P.), a questão seria anulada, pois haveria três respostas igualmente válidas – além de “vários”, também “técnica” e “jurídica”, que, indubitavelmente, são proparoxítonas. Então, ATENÇÃO!!! A partir dessa questão, podemos identificar o posicionamento da banca da FCC para esta polêmica – “início” e “vários” são paroxítonas terminadas em ditongo crescente. www.pontodosconcursos.com.br 16
  • 17. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes regras: (A) “técnica” – proparoxítona (B) “idéia” – ditongo aberto (éi) (C) “possível” – paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s) e em(ens) (D) “jurídica” - proparoxítona 10 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) Palavras do texto que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra jacarés estão reproduzidas em: (A) negócios e únicos. (B) município e amazônica. (C) mantém e tamanduás. (D) tucunarés e santuários. (E) ecológicos e tuiuiús. Gabarito: C Comentário. Assim como “jacarés”, os vocábulos “mantém”, “tamanduás” e “tucunarés” são oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s) ou em(ens). Como a opção (C) abarca duas dessas palavras, é a resposta correta. As demais são acentuadas pelos seguintes critérios: - “negócios”, “município” e “santuários” – paroxítonas terminadas em ditongo crescente; - “únicos”, “amazônica” e “ecológicos” – proparoxítonas; - “tuiuiús” – “u” como segunda vogal de um hiato, acompanhado de “s”. 11 – (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) As palavras do texto que recebem acento pela mesma razão que o justifica em funcionários e excluída são, respectivamente, (A) décadas e possível. (B) revolucionária e benefícios. www.pontodosconcursos.com.br 17
  • 18. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (C) países e fenômeno. (D) mínimas e públicos. (E) previdência e saúde. Gabarito: E Comentário. “Funcionários” é uma paroxítona terminada em ditongo crescente, assim como “revolucionária”, “benefícios” e “previdência”. Já “excluída” apresenta a letra “i” como segunda vogal de um hiato, sozinha na sílaba, da mesma forma que ocorre em “países” e “saúde”. A opção que apresenta vocábulos cuja acentuação segue o paradigma apresentado no enunciado é a de letra E. As demais palavras seguem as seguintes regras de acentuação: - “décadas”, “fenômeno”, “mínimas” e “públicos” são proparoxítonas; - “possível” é uma paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s) ou em(ens). Como buscamos abordar principalmente as provas mais recentes da FCC, não encontramos muitas questões sobre ortografia (somente algumas, poucas delas bem feitas, como vimos). Contudo, esse tópico está no programa e há grandes chances de surgir na prova. Por isso devemos estudar com afinco. Fiquem tranqüilos, pois, em outros assuntos (como verbos, concordância e regência), teremos um número bem maior de questões. Até a próxima. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS 1 - (Técnico TRE AP/Janeiro 2006) Está correta a grafia de todas as palavras da frase: (A)) Só os inescrupulosos continuam a gastar água sem analisar as conseqüências. (B) O consumo excecivo de energia pode, um dia, vir a se tornar uma contravensão. (C) Os que menospresavam o valor da água passaram a reconhecer sua escassês. www.pontodosconcursos.com.br 18
  • 19. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (D) Das turbinas de uma uzina a uma lâmpada acesa, o caminho é longo e sinuozo. (E) Se a falta de energia fosse algo imprevizível, desculparíamos o coxilo dos responsáveis. 2 – (Analista Judiciário TRT 13ª Região / Dezembro 2005) Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase: (A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que fica improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos contendores. (B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam dissiminar mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao eleitorado. (C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de provas que poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando sua dignidade. (D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não se deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de campanha. (E)) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto ninguém se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser mais bem sucedido. 3 – (PROCURADOR TCE AM /Fevereiro 2006) Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A)) Não basta, para o economista ético, fazer uma boa análise do processo produtivo em si mesmo; interessa-lhe, sobretudo, contribuir objetivamente para o fortalecimento do sentido social desse projeto. (B) Ao avalisar, legitimar e referendar a produção da civilização atual, com a qual não é capaz de discordar, o economista técnico contribue apenas no sentido de confirmar o que se consolida economicamente. (C) Quanto aos três grandes desafios que se deve enfrentar, o economista ético deverá de compor algumas das contradições atuais, entre elas garantir a manutenção do emprego ao par do avanço tecnológico. (D) Segundo a tese de que toda época histórica ressalta seus sacerdotes superiores, infere o autor de que o nosso tempo se caracteriza pelo previlegiamento da condição dos economistas. www.pontodosconcursos.com.br 19
  • 20. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (E) O economista técnico supõe que toda a economia é regida graças às leis de demanda e oferta, motivo porque ele se aplica tão somente em referendar o sistema globalizado vijente em nossos dias. 4 - (Analista TRT 8ª.Região / Dezembro 2004) Está correta a grafia de todas as palavras na frase: (A) Nem situações vexatórias, nem repreensões, nem as mais diferentes sanções têm evitado que os fumantes dêem vazão ao seu vício. (B) A admissão de que há o direito do fumante não exclui, propõe o autor, direitos outros, sem a excessão dos direitos de quem não fuma. (C) Se é certo que há intranzigência por parte de muitos antitabagistas, também é certo que muitos fumantes não recuam em suas obcessões. (D) A vemência dos que se insurgem contra o cigarro é às vezes tão intensa que os torna mais incômodos, onde estejam, que os próprios tabagistas. (E) Tempos atraz, o ato de fumar não estigmatisava: emprestava ao sujeito uma aura de elegante compenetração, de nobre austeridade. 5 - (Técnico TRT 3ª.Região/Janeiro 2005). Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) Para garantir a segurança dos trabalhadores e dos usuários, os responsáveis tomaram a decisão de paralizar, por algumas horas, os trabalhos na uzina. (B) A intensa afluência de pessoas em áreas que possam produzir riqueza imediata pode gerar conflitos e degradação do meio ambiente. (C) Boas intenções, que norteiam programas assistenciais, nem sempre são garantia de sucesso dos empreendimentos desenvolvidos. (D) A exploração dos recursos naturais de uma determinada região e a necessária preservação do meio ambiente mobilizam defensores, tanto de uma quanto de outra. (E) Embora estejam muito próximos de imensas riquezas, os garimpeiros dificilmente têm acesso a bens de consumo, pois vivem em extrema pobreza. www.pontodosconcursos.com.br 20
  • 21. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 6 – (Procurador BACEN/ Janeiro 2006) Considerando-se as afirmativas abaixo, a respeito de aspectos lingüísticos constantes do texto, julgue os itens abaixo: (I) incipiente tem o mesmo significado da palavra análoga insipiente. (II) ganhos mais vultosos – o adjetivo grifado admite a forma variante vultuosos. 7 - (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) Há palavras escritas de maneira INCORRETA na frase: (A) Recursos científicos e tecnológicos devem oferecer possibilidade de inserção social à população carente e desassistida das grandes cidades. (B) Um regime de crescente colaboração entre governo, instituições privadas e sociedade garantirá o hesito de diversos programas direcionados a adolecentes mais pobres. (C) Ao atribuir excessivo valor ao consumo de bens supérfluos, a sociedade passa a exigir que as pessoas aparentem poder econômico, mesmo falso. (D) Em várias regiões, o inchaço urbano, resultante do intenso êxodo rural, é responsável pelo crescimento desmedido do número de favelados. (E) Extensas áreas, em todo o mundo, encontram-se ocupadas por populações que vivem em situação de miséria, destituídas dos direitos básicos da cidadania. 8 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) As palavras do texto que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica nas palavras ofício e idéias, respectivamente, são (A) único e história. (B) salários e Níger. (C) inteligências e notável. (D) período e memória. (E) agência e heróicas. 9 – (Analista TRT 23ª.Região / Outubro 2004) A mesma regra que justifica a acentuação no vocábulo início aplica-se em www.pontodosconcursos.com.br 21
  • 22. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (A) técnica. (B) idéia. (C) possível. (D) jurídica. (E) vários. 10 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) Palavras do texto que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra jacarés estão reproduzidas em: (A) negócios e únicos. (B) município e amazônica. (C) mantém e tamanduás. (D) tucunarés e santuários. (E) ecológicos e tuiuiús. 11 – (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) As palavras do texto que recebem acento pela mesma razão que o justifica em funcionários e excluída são, respectivamente, (A) décadas e possível. (B) revolucionária e benefícios. (C) países e fenômeno. (D) mínimas e públicos. (E) previdência e saúde. www.pontodosconcursos.com.br 22
  • 23. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI AULA 1 - VERBOS Olá, pessoal Preparem-se, pois a aula de hoje é importantíssima e longa. Estudaremos um dos assuntos mais relevantes no estudo da Língua Portuguesa – VERBO. Quase tudo no estudo da gramática envolve verbo – concordância verbal, regência verbal, conjugação verbal (englobando, inclusive, questões de ortografia, como vimos na aula zero), colocação pronominal (a posição do pronome em relação ao verbo), análise sintática etc. Ele é um verdadeiro coração do conjunto oracional – à sua volta, funcionam os demais elementos. Abordaremos conjugação verbal (tempo, modo, formas nominais), correlação verbal (a relação entre os verbos que compõem o período) e vozes verbais (basicamente, voz ativa e passiva, e a transposição de uma para outra). Nesses três pontos, conseguiremos alcançar praticamente 25% da prova. Lembro que na parte final do nosso estudo estão todas as questões comentadas. Por isso, se você preferir, imprima as últimas páginas, faça os exercícios e, somente depois disso, veja os comentários. Bom estudo. MODOS E TEMPOS VERBAIS Para começar, temos de relembrar alguns conceitos básicos. Conceito: VERBO é uma palavra variável (pode flexionar-se em número, pessoa, modo, tempo e voz) que indica uma ação, estado ou fenômeno. A classificação dos verbos nos modos verbais depende da relação que o falante tem com aquilo que enuncia – se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hipótese, uma suposição (subjuntivo); se faz um pedido (imperativo). Em outras palavras, depende do MODO com que enuncia a ação verbal. São três modos verbais: INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que pode pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro. SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipotético, duvidoso, provável ou possível. www.pontodosconcursos.com.br 1
  • 24. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI IMPERATIVO - expressa idéias de ordem, pedido, desejo, convite. Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que é provável, hipotético, possível, sem a certeza apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO também é bastante usado com determinadas conjunções (embora, caso, conquanto etc.) Perceba a diferença entre as duas orações abaixo. Ele procura um remédio que acaba com a dor de cabeça. Ele procura um remédio que acabe com a dor de cabeça. Na primeira, o sujeito já sabe qual é o medicamento que produz resultado. Vai à farmácia e pede ao balconista, porque sabe o resultado que obterá. O fato situa-se no plano da CERTEZA – modo INDICATIVO - acaba. Na segunda, o sujeito não tem certeza de qual medicamento poderia surtir efeito. Vai ao balcão da farmácia, pede ao farmacêutico uma indicação, mas não tem certeza se irá obter a cura. Por isso, está no plano da possibilidade – modo SUBJUNTIVO - acabe. Os TEMPOS VERBAIS têm a função de indicar o momento em que são enunciados os fatos. No modo INDICATIVO: PRESENTE – fato ocorre no momento em que se fala (Ouço ruídos na cozinha.); ou fato que é comum de ocorrer (Eu morro de inveja dele. / Chove todos os dias em Belém.); ou apresenta um princípio, um conceito ou um dado (Todos os anos, muitas crianças morrem de desnutrição no Brasil.) PRETÉRITO PERFEITO – fato ocorrido e perfeitamente concluído antes do momento em que se fala (Todos souberam do assassinato de Celso Daniel.) PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO – denota continuidade do ato, com início no passado (Eu tenho cometido muitos erros na escolha dos meus namorados.) PRETÉRITO IMPERFEITO – fato realizado e não concluído (Ele buscava a perfeição antes de morrer.) ou que apresenta uma certa duração (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladrões.) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO – fato realizado antes de outro fato também no passado (Antes de sua morte, ele pedira o perdão aos filhos.) www.pontodosconcursos.com.br 2
  • 25. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO – forma mais comum de expressar o fato realizado antes de outro fato também no passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdão aos filhos.) FUTURO DO PRESENTE – fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doarei todo o material de estudo após a minha aprovação.) FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO – denota futura ocorrência de um fato que se iniciou no presente (Até o próximo ano, terei acumulado quase um milhão de reais em dívidas.) FUTURO DO PRETÉRITO – esse é um tempo bastante especial, pois apresenta diversas circunstâncias - 1) fato posterior a um fato passado (Você me garantiu [FATO PASSADO] que o nosso amor não morreria [FATO FUTURO EM RELAÇÃO AO FATO PASSADO].); ou 2) fato não chegou a se realizar (Eu iria à sua casa, mas tive um problema.); 3) também pode denotar incerteza (“Acharam um corpo que seria do chefe do tráfico.”), hipótese relacionada a uma condição (“Se você tivesse comprado o carro [CONDIÇÃO], não teria perdido o dinheiro no jogo [HIPÓTESE].”) ou polidez (“Você poderia me passar o sal?”). FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO – o mesmo que o Futuro do Pretérito com relação aos dois primeiros aspectos (Ele poderia ter comprado uma casa maior se não tivesse jogado tanto dinheiro fora.). Vamos, agora, analisar como a Fundação Carlos Chagas aborda esse ponto do programa. 1 - (TRT 8ª Região – Técnico Judiciário / Dezembro 2004) “ ... para tudo que se refira ao mundo físico ...” O verbo aparece nos mesmos tempo e modo em que se encontra a forma grifada acima na frase: (A) ... e prossegue, aceleradamente, com o extraordinário desenvolvimento tecnológico ... (B) ... que já nos vem do precedente... (C)) ... que confiram sentido a sua vida. (D) ... para que o objetivo de consumo se fosse convertendo... (E) ... se tornou a motivação central do homem... www.pontodosconcursos.com.br 3
  • 26. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Gabarito: C Comentário. A forma “refira” é a conjugação do verbo “referir-se” no presente do subjuntivo, a mesma conjugação do verbo “conferir” em “confiram”. A conjugação da 1ª pessoa do singular (eu) do presente do indicativo dá origem a toda a conjugação do presente do subjuntivo, do imperativo negativo e de algumas formas do imperativo afirmativo (estudaremos conjugação do imperativo mais adiante), apresentando alteração apenas na desinência (parte final do verbo, que indica a flexão verbal em número, pessoa, tempo e/ou modo). Exemplo: (Pres.Indicativo) Eu confiro (Pres.Subjuntivo) (que) eu confira / (que) tu confiras / (que) ele confira/ (que) nós confiramos / (que) vós confirais / (que) eles confiram (Imperativo Negativo) - / não confiras / não confira / não confiramos / não confirais / não confiram Vamos verificar o tempo e modo das demais formas: (A) prossegue – presente do indicativo (B) vem – presente do indicativo (D) fosse convertendo – pretérito imperfeito do subjuntivo + gerúndio (E) tornou – pretérito perfeito do indicativo 2 - (TRT 3ª Região – Técnico Judiciário / Janeiro 2005) ... que parecia suave anjo de voz tranqüila. O verbo de mesmo tempo e modo em que se encontra o verbo grifado acima está na frase: (A)) ... em que se amarrava cachorro com lingüiça ... (B) Só num único e mesmo jornal permaneci mais de vinte anos. (C) Algumas figuras se tornaram sombras ... (D) ... morreu nas masmorras do Chile ... (E) ... que largou o jornalismo ... www.pontodosconcursos.com.br 4
  • 27. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Gabarito: A Comentário. A forma “parecia” está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo, da mesma forma que “amarrava”. Todas as demais formas estão conjugadas no pretérito perfeito do indicativo (permaneci, tornaram, morreu e largou). 3 - (TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / Setembro 2004) ... e vive angustiada num emprego... O verbo está no mesmo tempo e modo daquele grifado acima na frase: (A) No início do século passado acreditava-se que... (B) Ocorreu exatamente o contrário. (C) ... e acrescentaram doses extras de “stress” à vida de todos nós. (D)) ... que ocupam as funções mais banais. (E) Como se não bastasse... Gabarito: D Comentário. A forma “vive” é a conjugação do verbo “viver” no presente do indicativo, assim como “ocupam”. As demais formas estão nos seguintes tempos e modos: (A) acreditava – pretérito imperfeito do indicativo (B) ocorreu – pretérito perfeito do indicativo (C) acrescentaram – pretérito perfeito do indicativo (E) bastasse – pretérito imperfeito do subjuntivo 4 - (TRT 23ª Região – Técnico Judiciário / Outubro 2004) Há quem diga que isso não é urbano... O verbo empregado no mesmo tempo e modo que os do verbo grifado acima está na frase: (A) ... que eu criei em 1985... (B) ... em que a ocupação da Amazônia foi uma prioridade. (C) ... a população ia para os núcleos urbanos. www.pontodosconcursos.com.br 5
  • 28. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (D) Alguns colegas não gostam dessa abordagem... (E)) ... que nossa urbanização seja igual à da Europa... Gabarito: E Comentário. A forma “diga” (do verbo “dizer”) está no presente do subjuntivo, bem como “seja” (do verbo “ser”). Lembre-se da regra de formação das conjugações: a 1ª p.s. pres.indicativo dá origem à formação do presente do subjuntivo (pres.ind.: eu digo / presente subjuntivo: diga/ digas/ diga ...). As demais formas verbais estão no: (A) criei – pretérito perfeito do indicativo (B) foi – pretérito perfeito do indicativo (C) ia – pretérito imperfeito do indicativo (D) gostam – presente do indicativo 5 - (TRT 8ª Região – Técnico Judiciário / Dezembro 2004) Embora, é claro, devamos resistir à tentação fácil de elevar e idealizar os favelados, (...) também devemos, como propõe [o filósofo Alain] Badiou, enxergar as favelas... É correto afirmar que o emprego do verbo dever em modos diferentes no segmento que inicia o último parágrafo do texto indica, respectivamente, (A)) possibilidade de ação e fato real. (B) explicação de um fato e dúvida concreta. (C) suavização de uma ordem e repetição de um fato. (D) fato anterior e hipótese futura. (E) situação real e conseqüência imediata. Gabarito: A Comentário. Como vimos no início do nosso estudo, o modo subjuntivo indica fatos que estão no campo da hipótese, incerteza, possibilidade, probabilidade, enquanto que o modo indicativo retrata fatos reais, concretos. www.pontodosconcursos.com.br 6
  • 29. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Como a forma devamos está no presente do subjuntivo, indica um fato possível (possibilidade), enquanto que devemos, do presente do indicativo, denota um fato real. Está correta a opção de letra (A). 6 - (Assistente de Defesa Agropecuária MA / Março 2004) Ainda que parte da água possa ser reaproveitada... O emprego da forma verbal grifada indica, considerando-se o contexto, (A) fato concreto. (B))hipótese realizável. (C) ação habitual. (D) ordem imediata. (E) situação pretérita. Gabarito: B Comentário. Mais uma vez, a banca explora o conceito de emprego do modo subjuntivo. A forma “possa” está no presente do subjuntivo que, como vimos, situa no plano da hipótese, possibilidade ou probabilidade os fatos que relata. Por isso, está correta a indicação de ser um caso de hipótese realizável. 7 - (Assistente de Defesa Agropecuária MA / Março 2004) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase apresentada. Os alimentos devem ser ...... em água limpa para que a população não ...... a ter problemas de saúde. (A) cozinhados - venhe (B) cozinhados - vem (C) cozidos - venhe (D) cozidos - venha (E) cozidos - vêm Gabarito: D Comentário. www.pontodosconcursos.com.br 7
  • 30. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que também podem ser empregadas nas funções próprias de adjetivos, substantivos ou advérbios. São elas: PARTICÍPIO, GERÚNDIO E INFINITIVO. PARTICÍPIO: Ele havia lavado o chão da casa antes do temporal. (verbo) O uniforme lavado ficou todo sujo após o vendaval. (adjetivo) GERÚNDIO: O presidente fica persistindo na argumentação de que nada sabia sobre o valerioduto. (verbo) Persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado.. (advérbio de condição = “Caso persistam os sintomas...”) INFINITIVO: Ele precisa pôr os nomes nos livros. (verbo) O pôr-do-sol é lindo nessa época do ano. (substantivo) Essas formas nominais (particípio, gerúndio e infinitivo) podem também fazer parte de uma locução verbal. Locução verbal é o conjunto semântico de dois ou mais verbos. Forma-se com um verbo principal e um ou mais verbos auxiliares. Às vezes, no meio da locução verbal pode aparecer uma preposição (de, a), como em “comecei a trabalhar”, “hei de vencer” ou “tenho de esquecer”. Enquanto o principal vem sob uma forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio), seu(s) auxiliar(es) pode(m) vir em uma forma finita (indicativo, subjuntivo, imperativo) ou também nominal. Nessa relação, o que se flexiona é o verbo auxiliar, mas do modo como o verbo principal iria variar. Em outras palavras, o verbo auxiliar faz tudo o que o verbo principal iria fazer se estivesse sozinho. Formam-se locuções verbais em: construções de voz passiva, principalmente com os verbos auxiliares SER e ESTAR; tempos compostos, com os verbos auxiliares TER e HAVER. construções com auxiliares modais, que determinam com mais rigor o modo como se realiza – ou deixa de se realizar - a ação verbal. Expressam circunstâncias de: início ou fim (comecei a estudar, acabei de acordar), continuidade (vai andando), obrigação (tive de entregar), possibilidade (posso escrever), dúvida (parece gostar), tentativa (procura entender) e outras tantas. www.pontodosconcursos.com.br 8
  • 31. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Como num escritório, onde quem manda é o chefe e quem trabalha é o empregado (ou você já viu algum chefe trabalhando???), na locução verbal, quem exerce a função de “chefe” é o verbo principal – ele fica “paradão”, só mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de acordo com as suas ordens. No particípio, a maior parte dos verbos só apresenta a forma regular (terminadas por “ado” / “ido”). Contudo, existem algumas exceções: alguns verbos apresentam mais de uma forma – a regular (“ado” / “ido”), usada com os verbos ter e haver (tempo composto) e a irregular, ligada aos verbos ser e estar (voz passiva). Dentre eles, estão: ACEITAR – (ter/haver) aceitado; (ser/estar) aceito ELEGER – (ter/haver) elegido; (ser/estar) eleito ENTREGAR - (ter/haver) entregado; (ser/estar) entregue IMPRIMIR - (ter/haver) imprimido; (ser/estar) impresso SALVAR – (ter/haver) salvado; (ser/estar) salvo SUSPENDIDO – (ter/haver) suspendido; (ser/estar) suspenso Outras curiosidades: os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir (e derivados) possuem apenas o particípio irregular (aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto e vindo – neste último, coincidem as formas de particípio e gerúndio); alguns verbos aceitam ambas as formas (regular e irregular) para qualquer dois verbos auxiliares: segundo a maioria dos gramáticos, são quatro: pagar, pegar, ganhar e gastar (para memorizá-las, imagine a seguinte situação: no dia do pagamento, você ganha o salário e, no supermercado, pega o produto, paga por ele e gasta o dinheiro – gostou do método mnemônico?); o particípio do verbo CHEGAR é um só – o regular CHEGADO. A forma “chego” é a conjugação de 1ª pessoa do singular do presente do indicativo (“Eu chego”). Não existe a forma de particípio irregular para esse verbo. Então: “Eu tinha chegado ao escritório bem cedo.”. De volta à questão, o verbo “cozer” muitas vezes se confunde com o correlativo “cozinhar”, mas cada um apresenta uma forma participial: cozinhado (usado basicamente em tempo composto: tinha/havia cozinhado) e cozido (geralmente construído na voz passiva: é/está cozido, mas também empregado em tempo composto: havia/tinha cozido). www.pontodosconcursos.com.br 9
  • 32. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Na questão, o verbo “cozer” tem como auxiliar o verbo “ser”, figurando, portanto, em voz passiva. A forma correta será: cozidos. Em seguida, como o fato se situa no campo da hipótese, devemos usar o presente do subjuntivo – “para que a população não venha a ter problemas de saúde”. Está correta, pois, a opção (D). Atenção: A questão 8 baseia-se no texto apresentado abaixo. A economia vai devorar o planeta? Para a maioria dos ecologistas, o impacto das atividades humanas sobre a natureza é real. A salvação do planeta passaria necessariamente pelo fim do crescimento de economias e populações, além da adoção de uma economia ecológica − com a reforma dos sistemas de produção de alimentos, materiais e energia. Uma economia ambientalmente sustentável seria movida por fontes renováveis de energia: eólica, solar e geotérmica. A eletricidade eólica seria usada para produzir hidrogênio. As estruturas atuais de gasodutos fariam o transporte do gás que moveria a frota de automóveis. Nesse sistema, a indústria da reciclagem e reutilização substituiria em grande parte as atividades extrativistas. Para se alcançar esse estágio, os sistemas tributários mundiais precisariam ser reformulados, de modo a oferecer subsídios à reciclagem e à geração de energia limpa e renovável e taxar atividades insustentáveis, como o uso de combustível fóssil. No entanto, sem estacionar a população mundial, nenhuma mudança terá realmente efeito. Mais pessoas requerem mais comida, mais água, mais espaço, bens, serviços e energia. Ocorre que deter ou até mesmo reduzir o crescimento da população mundial não é tão simples. O tamanho das famílias, em muitos países, está ligado à maneira como os casais encaram o sexo e a virilidade. O tamanho e a complexidade dos sistemas mundiais tornam a adoção da ecoeconomia uma tarefa gigantesca e muito distante de ser realizada. O aumento da temperatura global, a superpopulação e a contaminação dos ecossistemas mundiais estão por toda parte: somente podem-se corrigir os efeitos que eles criam, com medidas de alcance global. Pequenas substituições e correções de rumo em alguns setores não constituem uma solução. Com 6 bilhões de pessoas no mundo, até metas mais óbvias, como deter o nível de desflorestamento, parecem distantes. (Adaptado de Bruno Versolato, Superinteressante, maio de 2004, p. 69) 8 - (TRT 22ª Região – Técnico Judiciário / Novembro 2004) www.pontodosconcursos.com.br 10
  • 33. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI As estruturas atuais de gasodutos fariam o transporte do gás que moveria a frota de automóveis. O emprego das formas verbais grifadas acima indica, no contexto, (A) incerteza da realização de um fato passado. (B) dúvida real de que um fato se concretize. (C) ação que se realiza habitualmente até o momento presente. (D) fato consumado, anterior a outro, também passado. (E) hipótese que depende de certa condição anterior. Gabarito: E Comentário. No início do estudo, vimos que o futuro do pretérito do indicativo pode denotar incerteza, hipótese relacionada a uma condição ou polidez. Note que, na estrutura apresentada, o fato de o gás mover a frota de automóveis depende da existência de gasodutos que viabilizem o transporte desse gás. Assim, a circunstância representada pelo tempo verbal é o da hipótese que depende de certa condição – a existência dos gasodutos (E). 9 - (TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / Setembro 2004) ... em questões nas quais a vinculação satisfaça objetivos políticos dos governantes. O emprego da forma verbal grifada acima introduz no contexto a mesma noção do verbo empregado na frase: (A) Duas críticas lhe são feitas... (B) Os prazos já existem na lei... (C) ... que lhes permitem intervir no processo... (D)) ... segundo o ritmo que lhes convenha. (E) ... que se está dando um passo à frente. Gabarito: D Comentário. www.pontodosconcursos.com.br 11
  • 34. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A forma “satisfaça” está no presente do subjuntivo. A outra forma verbal de idêntica conjugação é “convenha”, do verbo “convir”, que é derivado do verbo “vir”. Como veremos adiante, essa banca costuma exigir as formas de conjugação de verbos de terceira terminação (ir), e como ela gosta dos derivados do verbo “vir”! As demais formas estão nos seguintes tempos e modos: (A) são feitas – locução verbal de voz passiva com o verbo auxiliar no presente do indicativo e o verbo principal na forma nominal particípio. (B) existem – presente do indicativo (C) permitem – presente do indicativo (D) está dando – locução verbal, cujo verbo auxiliar está no presente do indicativo e o principal, no gerúndio. 10 - (TRE AP – Analista Judiciário / Janeiro 2006) Faça isso com a cabeça de um macaco. É exemplo de emprego do mesmo modo do verbo grifado acima UM dos verbos que aparecem na frase: (A) Não serão aceitas justificativas, quaisquer que sejam os motivos alegados. (B) Saiba que valores devem ser respeitados, em qualquer tempo e lugar. (C) Todo explorador desejaria entender como se reduzem cabeças. (D) É necessária a existência de critério que justifique determinados atos de violência. (E) Espera-se que ele possa entender as razões de certos costumes em determinadas civilizações. Gabarito: B Comentários. Agora, o nosso assunto é a conjugação do IMPERATIVO. Em vez de memorizar várias regras, vamos guardar apenas a exceção. A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do subjuntivo. www.pontodosconcursos.com.br 12
  • 35. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI No imperativo, não há conjugação da 1ª pessoa do singular (a idéia é que ninguém poderia dar uma ordem a si mesmo). São conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas as pessoas no imperativo negativo, e nas 3ª pessoas (singular e plural) e 1ª pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa é a regra. Exemplo: “Venha para a Caixa você também” – 3ª pessoa do singular (O comercial estava errado!!!). “Não nos deixeis cair em tentação” – 2ª pessoa do plural (Ao se dirigir ao Pai, usa-se vós.) Essa é a regra. Agora a exceção, que deve ser memorizada, por ser em menor número. A exceção fica por conta das segundas pessoas (tu e vós) no imperativo afirmativo. Nessa conjugação, usa-se o presente do indicativo, sem o “s” final. RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2ªs pessoas (singular e plural) buscam a conjugação do presente do indicativo e tiram a letra ‘s’. Todo o restante tem origem no presente do subjuntivo. Exemplo: 1 - “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.” - A forma “dize” é a redução do presente do indicativo da 2ª pessoa do singular (dizes – [s] = dize). Detalhe: o verbo “dizer”, assim como todos que têm essa terminação -zer, é um verbo abundante, que admite tanto “dize” como “diz”, no imperativo. 2 – “Fazei de mim um instrumento de vossa paz.” – A forma “fazei” é a conjugação no presente do indicativo da 2ª pessoa do plural (vós fazeis), sem o “s”. Aliás, esse segundo exemplo foi retirado de uma oração – a Oração de São Francisco de Assis, que não é tão conhecida quanto o “Pai Nosso”. No “Pai Nosso”, temos vários exemplos do uso do imperativo, tanto afirmativo quanto negativo. Dá-se a Deus a respeitosa forma de tratamento "vós", que, como já vimos, é da segunda pessoa do plural. Em "Perdoai as nossas ofensas", as pessoas que rezam dirigem-se ao Criador e pedem a Ele que lhes perdoe as ofensas praticadas. É para isso que também serve o imperativo. Além de ordem, essa forma verbal pode expressar também súplica, desejo ardente, que é como são feitos esses pedidos. www.pontodosconcursos.com.br 13
  • 36. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Na prece, “perdoai" e "livrai" ("perdoai as nossas ofensas"/"livrai-nos do mal") estão no imperativo afirmativo, enquanto que "deixeis" ("não nos deixeis cair em tentação") está no imperativo negativo. "Perdoai" e "livrai" obedecem a um esquema que já vimos. Como são conjugações de 2ª pessoa do plural, essas formas vêm do presente do indicativo, sem o "s" final. Fazem parte da EXCEÇÃO. E "Não nos deixeis cair em tentação"? É da conjugação do imperativo negativo e recai na REGRA GERAL, ou seja, se forma a partir do presente do subjuntivo (que eu deixe, que tu deixes, que ele deixe, que nós deixemos, que vós deixeis, que eles deixem). Na hora da dúvida, mesmo que você não seja católico, comece a rezar o Pai Nosso e veja como se conjugam as formas verbais no Imperativo. Mas, para dar certo, você deve aprender a rezar direito!!!! Voltando à questão (garanto que você já tinha até se esquecido da pobrezinha...), a forma “Faça” é uma ordem e, por isso, está conjugada no imperativo. A outra forma de idêntica conjugação é “Saiba”. As duas formas verbais se dirigem a “você” que, como um pronome de tratamento que se preza, leva o verbo e os pronomes para a 3ª pessoa (singular ou plural). Aliás, essa é uma excelente maneira de lembrar como se usam os pronomes de tratamento – o que acontece com “você” acontece também com todos os demais pronomes (Vossa Excelência, Vossa Senhoria etc.) – o verbo e os pronomes ficam na 3ª pessoa. Exemplo: “Vossa Senhoria terá a obrigação de rever suas decisões.”. Finalmente, (só para encerrar esse assunto) usa-se “vossa” quando se dirige à autoridade e “sua” quando se faz menção a ela. CONJUGAÇÃO VERBAL A partir de agora, o nosso assunto é CONJUGAÇÃO VERBAL, e, para ajudá-lo a resolver essas questões, usamos a técnica do paradigma. Como é isso? Na dúvida com relação à conjugação de determinado verbo regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu dia-a-dia), basta observar a conjugação dos paradigmas clássicos (FALAR – 1ª conjugação, BEBER – 2ª conjugação, PARTIR – 3ª conjugação). Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a terminação “ar”, “er” ou “ir” do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as desinências, que são idênticas nos demais verbos regulares de mesma conjugação: Por exemplo: www.pontodosconcursos.com.br 14
  • 37. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjugação): Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) CONSUMIR (verbo regular de 3ª conjug.): Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos verbos “paradigmas”. Infinitivo Pres.Indicativo Pres.Subjuntivo Falar Eu falo (que) eu fale Consumar Eu consumo (que) eu consume Partir Eu parto (que) eu parta Consumir Eu consumo (igual) (que) eu consuma Se o verbo for irregular, ou seja, apresenta alteração no radical em determinadas conjugações, procure outro verbo, também irregular, de mesma construção. Por exemplo: COMPETIR (3ª conjugação) – Eu comp.... (???) Esse verbo é irregular, ou seja, não mantém o radical nas conjugações. Normalmente não conjugamos esse verbo (pelo menos, não com convicção) fora de uma locução verbal. Mas usamos bastante outro verbo de idêntica estrutura. Já sabe qual é??? REPETIR. Então, como fica a conjugação desse paradigma? Eu repito => Eu compito E “ADERIR”? Como você conjugaria a primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo? Está com dúvida? Busque um paradigma. Aceito sugestões.... Lembrou de algum? Eu conheço um – FERIR. Como fica a conjugação do paradigma? Eu firo. Logo, “eu adiro”. Aliás, a banca da Fundação Carlos Chagas simplesmente ADORA os verbos de terceira conjugação, ou seja, os terminados por “IR”. Outros verbos são mais perigosos e não seguem um padrão. Um desses verbos (REQUERER) será assunto uma de nossas próximas questões. Vamos lá! www.pontodosconcursos.com.br 15
  • 38. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 11 - (TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005) Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase: (A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que fica improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos contendores. (B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam dissiminar mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao eleitorado. (C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de provas que poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando sua dignidade. (D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não se deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de campanha. (E) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto ninguém se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser mais bem sucedido. Gabarito: E Comentário. Não, você não está enlouquecendo (ainda...), nós já abordamos essa questão na Aula Zero (demonstrativa), Repetimo-la porque, além dos aspectos ortográficos, devem ser objeto de comentário duas construções verbais inadequadas. A primeira, em relação ao verbo adequar, presente na opção (A). Esse é um verbo defectivo. Mas o que são verbos defectivos? São os que apresentam DEFEITO em alguma conjugação, ou seja, em algum tempo/modo, o verbo não apresenta conjugação completa. Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo à conjugação do PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele derivados (Presente do Subjuntivo e Imperativo). O “defeito” existe apenas no presente, não existe no passado nem no futuro. Assim, mesmo defectivo, o verbo poderá ser conjugado inteiramente nos outros tempos e modos verbais, como, por exemplo, no Pretérito do Perfeito do Indicativo, no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc. Há dois tipos de defeitos: 1º) não possuir a 1ª pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, colorir, delinqüir); 2º) só apresentar as conjugações da 1ª e 2ª pessoas do plural (adequar, reaver) – é o caso do verbo “adequar”. No presente do indicativo, só existem as formas “adequamos” (nós) e “adequais” (vós). www.pontodosconcursos.com.br 16
  • 39. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Quando não existe a 1ª p.s. do presente do indicativo de um verbo, como é o caso do verbo adequar, não existirá, também, nenhuma forma de conjugação do presente do subjuntivo. Assim, está incorreta a construção “se adeque”. Para sair dessa “saia justa”, podemos optar pelo emprego de uma locução verbal – “se deva adequar” ou pela troca do verbo por um sinônimo (na questão, uma boa opção seria “atenda”). Uma última observação sobre verbos defectivos: alguns autores definem como defectivos, também, os verbos que, de acordo com o seu emprego, só podem ser conjugados nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgência), DOER (no sentido de causar dor – “alguma coisa dói.”) e os unipessoais, que representam vozes de animais ou fenômenos da natureza, quando utilizados no sentido original (sentido denotativo, com “d” de “dicionário”; seu oposto é o sentido conotativo, também chamado de figurado, quando a palavra é usada em um significado diferente do original). A segunda construção verbal inadequada se refere à conjugação do verbo constituir (grafada na questão como “constitue”). A forma correta é constitui. Os verbos, como constituir, terminados pelo hiato –UIR, exceto no caso dos defectivos (verbos que não possuem todas as formas de conjugação, como ruir), apresentam duas formas de conjugação: 1ª) O paradigma será POSSUIR (o radical é possu) – De acordo com esta regra, classificam-se praticamente todos os verbos com essa terminação. Nas 2ª e 3ª do singular trocam a letra ‘e’ da conjugação regular (como em ‘partir’) pela letra ‘i’. Mantêm as demais conjugações inalteradas em relação à conjugação do verbo paradigma ‘partir’: possuo, possuis, possui, possuímos, possuís, possuem. Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR, INFLUIR, ANUIR, ARGUIR (respeitada a acentuação), CONCLUIR, DISTRIBUIR, INCLUIR 2ª) CONSTRUIR (o radical é constru) e DESTRUIR (o radical é destru)– São verbos abundantes. Além da forma regular de conjugação (igual à do verbo POSSUIR: construo, construis, construi, construímos, construís, construem), mais comum em Portugal, apresenta também a conjugação irregular, em que as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto “ói": construo, constróis, constrói, construimos, construís, constroem, da mesma forma que os verbos terminados em -OER. Assim, vimos que os verbos terminados em –UIR recebem, na 3ª pessoa do singular, a letra “i” – constitui, e não o “e” como apresentado na questão. www.pontodosconcursos.com.br 17
  • 40. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Vamos analisar outras conjugações especiais. 1. VERBOS TERMINADOS EM HIATO: –OER: As 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto ‘ói’. As demais pessoas, em todos os outros tempos verbais, seguem o paradigma ‘beber’, respeitadas as devidas acentuações tônicas. Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER (no sentido de causar dor) e SOER (costumar, ter hábito de) são defectivos e só se conjugam nas terceiras pessoas. Exemplos: MOER (o radical é mo) - môo, móis, mói, moemos, moeis, moem –EAR: recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica no radical). Nas demais, segue o paradigma ‘falar’. Exemplo: pentear (radical pente). A sílaba tônica foi sublinhada. Pres.Indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam Pres.Subjuntivo – penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem Pret.Perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, pentearam –IAR: os verbos dessa terminação são regulares, ou seja, seguem a conjugação do paradigma ‘falar’. Exemplos: ADIAR (radical é adi) – Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, adiais, adiam VARIAR (radical é vari) - Pres.Indicativo: vario, varias, varia... Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR. Por isso, nada de “VAREIA”, senão “VICEIA”!!! Como vimos, esses verbos são REGULARES. Mas, então, por que será que tanta gente se engana? Porque ocorre uma “contaminação” com os verbos terminados em “EAR”, como “pentear”, apresentado acima. No entanto, há cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra ‘e’ nas formas rizotônicas (formas em que a sílaba tônica recai no radical), ou seja, formas verbais em que a sílaba tônica recai no radical, como no Pres.Indicativo e Pres.Subjuntivo. Suas iniciais formam o anagrama M-A-R- I-O: Mediar (e derivados, como intermediar), Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar www.pontodosconcursos.com.br 18
  • 41. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, intermediais, intermedeiam Para facilitar, lembre-se da conjugação do verbo ODIAR, o mais comum deles. 2. VERBOS “DERIVADOS” DE ÁGUA – DESAGUAR, ENXAGUAR - mantêm a acentuação de “água” na conjugação. Pres.Indicativo: deságuo, deságuas, deságuas, desaguamos, desaguais, deságuam Pres.Subjuntivo: deságüe, deságües, deságüe, desagüemos, desagüeis, deságüem 3. AVERIGUAR, APAZIGUAR, APANIGUAR - Não seguem a regra dos “derivados” de água. Têm a acentuação tônica nas formas rizotônicas (no radical). O radical de averiguar é [averigu-] e segue o paradigma “falar”, ressalvada a acentuação gráfica (especialmente no Pres.Subjuntivo). Pres.Indicativo: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos, averiguais, averiguam Pres.Subjuntivo: averigúe, averigúes, averigúe, averigüemos, averigüeis, averigúem (Antes da letra “e”, quando o “u” é pronunciado sem intensidade, leva trema - averigüemos; com intensidade, leva acento agudo - averigúe) 12 - (TRE AP - Técnico Judiciário/ Janeiro 2006) Está corretamente flexionada a forma verbal sublinhada na frase: (A) Se alguém propor medidas para economia de energia, que seja ouvido com atenção. (B) Caso uma represa contenhe pouco volume de água, as turbinas da usina desligam-se. (C)) Seria preciso que refizéssemos os cálculos da energia que estamos gastando. (D) Só damos valor às coisas quando elas já escasseiaram. (E) Se não determos os desperdícios, pagaremos cada vez mais caro por eles. Gabarito: C Comentário. www.pontodosconcursos.com.br 19
  • 42. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O verbo “refazer” é derivado do verbo “fazer”. Como a conjugação deste verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo é fizéssemos, está correta a construção observada na oração. Estão incorretas as demais opções: (A) O verbo “propor” deriva do verbo “pôr” (mas, ao contrário deste, aquele não recebe acento circunflexo – na dúvida, reveja a Aula Zero). Assim, usamos a conjugação deste como paradigma para a construção daquele. A forma verbal do pôr é “Se ele puser”. Então, a construção correta seria “Se alguém propuser”. (B) O verbo “conter” é derivado do verbo “ter”. Se a forma com este verbo seria “Caso uma represa tenha” (presente do subjuntivo), a construção correta seria “Caso uma represa contenha”. (Já podemos perceber que a FCC adora explorar a conjugação de verbos derivados. E você nem imagina quanto! Vamos continuar.) (D) Como vimos na questão anterior, os verbos terminados em –EAR, só recebem a letra “i” nas formas em que a sílaba tônica recai no radical (formas rizotônicas). O radical do verbo escassear é “escasse-”. A sílaba tônica da conjugação da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo recai na desinência: escassearam. Assim, nada de colocar “i” nela, da mesma forma que em passearam, pentearam, cearam (atire a primeira pedra quem não pronunciou um “i” nesse último verbo, pela óbvia influência do substantivo “ceia”!). (E) O verbo deter é derivado do verbo ter (assim como conter, da opção A). Então, a forma correta seria: “Se não detivermos os desperdícios...”. 13 - (TRE AP – Analista Judiciário / Janeiro 2006) Estão corretas ambas as formas verbais sublinhadas na frase: (A) Alguém interviu, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas constitue, para muitos homens, uma prática esportiva. (B)) Alguém interveio, dizendo ao czar que a caça de borboletas constitui, para muitos homens, uma prática esportiva. (C) Alguém interviu, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas constitui, para muitos homens, uma prática esportiva. (D) Alguém interveio, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas constitue, para muitos homens, uma prática esportiva. (E) Alguém interveio, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas constitue-se, para muitos homens, uma prática esportiva. www.pontodosconcursos.com.br 20
  • 43. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Gabarito: B Comentário O verbo “intervir” é derivado do “vir” – assim, se falamos “alguém veio”, devemos também falar “alguém interveio”. O outro verbo é “repeteco”. “Constituir”, na 3ª pessoa do singular, forma “constitui”, já comentado na questão 11. 14 - (TRT 24ª Região – Técnico Judiciário / Março 2006) O verbo flexionado corretamente está grifado na frase: (A) Empresários requiseram licença ambiental para desenvolver seus projetos. (B) Muitos turistas vinherão ao Brasil central, atraídos pelos esportes náuticos. (C) Os investidores disporam-se a desenvolver um turismo ecológico na região. (D)) Sobrevieram alguns contratempos, logo resolvidos, no alojamento dos visitantes. (E) Poucos turistas obteram a licença para permanecer mais tempo na região. Gabarito: D Comentário. Um candidato desatento, que só lesse a forma verbal sublinhada, poderia cair na casca de banana da FCC nessa questão. O primeiro verbo grifado (requiseram) não significa “querer de novo”. “REQUERER” significa “pedir por meio de requerimento ou ação, exigir, pedir, demandar...”. Por isso, ele não é derivado do “querer”. Não obstante, como é irregular, em algumas formas se conjuga de modo idêntico ao “querer” (o que explica – mas não justifica – a confusão). Pres. ind.: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem; Pres. subj.: requeira, requeiras, ... Nas outras formas é regular e segue o paradigma “beber”. Assim, a forma correta é (A) “Empresários requereram licença ambiental...”. (B) “Muitos turistas virão ...” (futuro do presente do indicativo do verbo “vir”) [gente, fala sério: o que poderia ser “vinherão”????]; www.pontodosconcursos.com.br 21
  • 44. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (C) “Os investidores dispuseram-se a desenvolver...” (pretérito perfeito do indicativo do verbo “dispor”, que é derivado do verbo “pôr”); (D) Esta é a resposta correta – sobrevir é derivado do verbo vir, formando a conjugação “sobrevieram”; (E) “Poucos turistas obtiveram a licença...” (pretérito perfeito do indicativo do verbo “obter”, que é derivado do verbo “ter”). 15 - (TRT 22ª Região – Técnico Judiciário / Novembro 2004) O verbo flexionado de forma INCORRETA está grifado na frase: (A) Com base na legislação vigente, os promotores propuseram às autoridades responsáveis as penalidades cabíveis. (B)) Alguns policiais requiseram o cumprimento do dispositivo legal para garantir sua segurança durante as diligências. (C) Estudam-se alterações no conteúdo de certas leis para que elas dêem resultados positivos no controle da violência. (D) Apesar de rígidas, as condições de encarceramento para criminosos ainda não contêm a ocorrência de atos de violência. (E) Ninguém ainda se deteve para analisar os resultados da aplicação rigorosa de penalidades aos detentos. Gabarito: B Comentário. Novamente, a banca explorou o verbo REQUERER, mas agora ficou fácil – você já sabe que a forma correta é “Alguns policiais requereram o cumprimento...”. 16 - (TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005) Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase: (A) Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se pronunciava como se detera o monopólio do coração. (B) A mãe interviu na discussão, alegando que seu filho era alérgico a pêlos de animais – razão pela qual se indispusera com a dona do cachorrinho. (C) O autor afirma que sempre se comprazeu em participar de reuniões em que todos envidam esforços na busca de soluções conciliatórias. www.pontodosconcursos.com.br 22
  • 45. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (D)) Se condissessem com a verdadeira prática democrática, as campanhas eleitorais não dariam lugar ao discurso que inclui arrogância na argumentação. (E) Caso Mitterrand contesse o ímpeto de sua fala, não houvera de argumentar com tamanha simplificação e tão visível autoritarismo. Gabarito: D Comentário. Está correta a forma verbal “condissessem”, que se refere a um dos verbos derivados de dizer (condizer = “dizer com” = estar de acordo, estar em harmonia), no pretérito imperfeito do subjuntivo. Temos agora uma ótima oportunidade de estudar um dos verbos mais difíceis da Língua Portuguesa – COMPRAZER, presente na opção (C). Antes, porém, vamos analisar as demais opções: (A) “Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se pronunciava como se detivesse o monopólio do coração.” – além de não existir a forma “detera" (no pretérito mais-que-perfeito, seria “detivera”), por ser derivado do verbo “ter”, o verbo “deter”, na construção, deve ser conjugado no modo subjuntivo que, como vimos anteriormente, situa o fato no campo da hipótese, suposição, possibilidade. (B) “A mãe interveio na discussão...” – o verbo intervir já foi objeto de comentário na questão 13. A forma “indispusera” (pretérito mais-que- perfeito do verbo indispor) está corretamente flexionada. (C) Em relação ao verbo “comprazer”, há divergência doutrinária. Alguns gramáticos afirmam que esse verbo apresenta todas as conjugações (tendo por paradigma o verbo “aprazer”), enquanto outros afirmam ser um verbo defectivo, que só se conjugaria nas 3ªs pessoas, singular e plural (pres.ind.: compraz, comprazem). A questão da prova passou ao largo dessa discussão, por ter apresentado o verbo na 3ª pessoa do singular (“o autor se compr...”). Esse verbo é derivado do verbo “prazer” (este, inquestionavelmente, defectivo). O que torna difícil essa conjugação é que, no pretérito perfeito do indicativo, e nos tempos derivados deste (logo adiante, iremos falar sobre essa derivação), o verbo comprazer se conjuga como o verbo haver, como vimos no exemplo acima: Pret.perf.ind: comprouve / comprouveste / comprouve / comprouvemos / comprouvestes / comprouveram. www.pontodosconcursos.com.br 23
  • 46. PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Pret.mais-que-perf.ind: comprouvera / comprouveras ... Pret.imperfeito subjuntivo: comprouvesse / comprouvesses ... Futuro do subjuntivo: comprouver / comprouveres / comprouver ... A forma correta, portanto, é “O autor afirma que sempre se comprouve em participar de reuniões...”. Em tempo, “comprazer-se” significa “regozijar-se”, “deleitar-se”. Essa foi de matar, hem? (E) “Caso Mitterrand contivesse o ímpeto de sua fala...” – o verbo “conter”, também derivado do verbo “ter”, já foi mencionado na questão 12. Só para não perdermos a oportunidade, veja como se formam os tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo. A 3ª pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito dá origem às seguintes formas verbais: pretérito mais que perfeito do indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo. Exemplo: Eles vieram (pret.perf.ind) Pret.mais que perf.ind – eu viera / tu vieras / ele viera / nós viéramos / vós viéreis / eles vieram Pret.imperf.subjuntivo – eu viesse / tu viesses ... Futuro do subjuntivo – eu vier / tu vieres / ele vier ... E, para matar a sua curiosidade, veja algumas formas de conjugação do verbo “comprazer” (igual ao aprazer, para os que não o consideram defectivo): Pres.Ind – comprazo / comprazes / compraze / comprazemos / comprazeis / comprazem Pres.Subj – compraza / comprazas ... Fut.Pres.Ind – comprazerei / comprazerás / comprazerá... Horrível, não é mesmo?!?! Então, vamos passar correndo para a próxima questão. 17 - (TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005) É preciso corrigir a redação da seguinte frase: (A) Quando se chega a resultados como estes, há que se pensar num reajuste dos parâmetros em que baseamos os nossos cálculos. www.pontodosconcursos.com.br 24