O documento discute a história e definição de cerâmicas, classificando-as em tradicionais e avançadas. Cerâmicas tradicionais usam matérias-primas naturais ou refinadas, enquanto avançadas usam pós sintéticos de alta pureza. Cerâmicas avançadas possuem propriedades mecânicas e elétricas superiores devido aos seus processos de fabricação mais sofisticados.
1. Introdução
História
2 milhões de anos atrás o Homo Erectus tem contato com
os primeiros materiais cerâmicos;
Lascas de quartzo e obsidiana (vidro vulcânico) utilizadas como
armas.
Ponta de lança feita de quartzo
4. Introdução
Definição
Cerâmica (Keramikos) = matéria-prima queimada.
As propriedades só são atingidas após um tratamento
térmico de alta temperatura – conhecido como ignição.
5. Introdução
Definição
São materiais inorgânicos. A característica comum a estes materiais é
serem constituídos de elementos metálicos e elementos não
metálicos, ligados por ligações iônicas e/ou covalentes;
Apresentam composições químicas muito variadas, desde compostos
simples a misturas de várias fases complexas ligadas entre si;
As propriedades variam muito devido a diferenças de ligação
química;
Os materiais cerâmicos são geralmente duros e frágeis, com
pouca tenacidade e pouca ductilidade;
6. Introdução
Definição
São geralmente isolantes térmicos e elétricos (devido à ausência de
elétrons de condução)
embora existam materiais cerâmicos semicondutores,
condutores e até mesmo supercondutores (estes dois
últimos, em faixas específicas de temperatura);
Apresentam alto ponto de fusão e são comumente
quimicamente estáveis sob condições ambientais severas
(devido à estabilidade das suas fortes ligações químicas).
7. Introdução
Exceções
Fragilidade: cerâmicas
superplásticas. Ex: ZrO2
(zircônia) estabilizado com
Y2O3 (óxido de ítrio);
“The zirconia oxide stabilized by
yttrium oxide offers except for its
extremely high strength also the
advantage that it is white, light-
permeable material.
Furthermore, its excellent
biocompatibility and low thermal
conductivity make it to be an
ideal material for accurate
prostheses.” Kralodent
9. Introdução
Atenção
O grafite e o diamante são tratados muitas vezes como
cerâmicas!
Apesar de compostos unicamente de carbono, ambos os
materiais são formas de carbono inorgânicas, não sendo
produzidas por nenhum tipo de organismo vivo.
10. Introdução
Classificação quanto a aplicação
Materiais Cerâmicos Tradicionais: cerâmicas estruturais, louças,
refratários (provenientes principalmente de matérias-primas
argilosas e de outros tipos de silicatos);
Vidros e Vitro-Cerâmicas;
Abrasivos;
Cimentos;
Cerâmicas “Avançadas”: aplicações eletro-eletrônicas, térmicas,
mecânicas, ópticas, químicas, bio-médicas.
13. Telhas e tijolos
(cerâmica vermelha)
ainda são produzidos
com matéria-prima
não beneficiada.
Ex.: tijolos, blocos,
telhas, ladrilhos de
barro, vasos, filtros,
tubos, manilhas.
Introdução
Cerâmicas Tradicionais
14. Introdução
Cerâmicas Tradicionais
Cerâmica branca, produtos refratários e
vidrados.
São produzidos com matérias-primas
beneficiadas por diversas etapas de
moagem até um tamanho que permita a
separação por meio de
sedimentação,
separação magnética
e eliminação de fases indesejáveis.
Ex.: louças, porcelanas, azulejos, louça sanitária, porcelana refratária,
doméstica, elétrica ou artística.
15. Introdução
Cerâmicas Avançadas
Utilizam matérias-primas que sofrem uma série de processos químicos
e mecânicos
que permitem obter produtos de pureza elevada ( > 99,5%) e
pequeno tamanho de partícula (< 1µm).
Óxidos, nitretos e carbetos podem
ser obtidos.
A matéria-prima para as cerâmicas
avançadas pode também ser
sintética,
ou seja, obtida por processos de
síntese química (alumina com
pureza> 99,99%).
16. Cerâmica eletrônica: circuitos integrados, instrumentos e sensores de
laboratório, geradores de faísca.
Cerâmica estrutural: rotores para motor turbo, ferramentas de corte,
mancais, pistões, bocais de extrusoras, bicos de queimadores.
Alta dureza à quente (1600oC);
Não reage quimicamente com o aço;
Longa vida da ferramenta;
Usado com alta velocidade de corte;
Não forma gume postiço.
Introdução
Cerâmicas Avançadas
Pó finíssimo de Al2O3 (partículas compreendidas
entre 1 e 10 mícrons) mais ZrO2 (confere tenacidade
a ferramenta de corte) é prensado, porém apresenta-
se muito poroso. Para eliminar os poros, o material é
sinterizado a uma tempertura de 1700oC ou mais.
Durante a sinterização as peças experimentam uma
contração progressiva, fechando os canais e
diminuindo a porosidade.
17. Outras Aplicações
Material de polimento, isolante elétrico (BN, B4C).
Eixos, bicos pulverizadores, selos mecânicos, ferramentas de corte,
implantes ósseos, meios de moagem ( Al2O3).
Matrizes de extrusão e fundição, tesouras, facas (ZrO2).
Moderador nuclear, revestimento de câmeras de combustão de
foguetes, cadinhos para fusão de Ni e Pt, elemento protetor de
resistências de aquecimento (BeO)
Introdução
Cerâmicas Avançadas
18. Introdução
Cerâmicas Tradicionais e Avançadas
Diferenças
Custo muito maior das avançadas; a matéria-prima das cerâmicas
avançadas é muito mais pura (> 99,5%) e os grãos são muito
menores (< 1µm).
Processos de fabricação são mais sofisticados: torneamento,
prensagem de pós, injeção, prensagem isostática à quente, colagem
sob pressão, tape casting, CVD, sol-gel.
19. Introdução
Tipos Matérias Primas
Naturais (brutas) – não sofrem nenhum tipo de beneficiamento
(telhas e tijolos).
Refinadas (industrializadas) – são beneficiadas por diversas etapas de
moagem até um tamanho que permita a separação por meio de
sedimentação, separação magnética e eliminação de fases
indesejáveis (cerâmica branca, produtos refratários e vidrados).
Industrializadas por processos químicos e mecânicos – Obtenção de
pureza elevada (> 99,5%) e pequeno tamanho de partícula (< 1µm)
(cerâmica avançada: óxidos, nitretos, carbetos etc).
Sintéticas – Pós resultantes com características controladas (uso em
cerâmicas avançadas).
21. Propriedades Mecânicas
Fratura Frágil das Cerâmicas
Tensões de compressão não existe qualquer amplificação de
tensões associada com qualquer defeito existente.
Como posso melhorar a resistência à fratura de uma cerâmica
frágil?
Ainda, a resistência à fratura de uma cerâmica frágil pode ser
melhorada substancialmente pela imposição de tensões
residuais de compressão na superfície (revenimento térmico).
Por isso veremos mais adiante a questão de tratamentos térmicos
nos cerâmicos.
22. Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
Em cerâmicas frágeis comportamento tensão-deformação NÃO é
em geral é avaliado por ensaio de tração.
Difícil preparo de amostras que tenham a geometria exigida.
Difícil prender e segurar materiais frágeis sem fraturá-los.
As cerâmicas falham após uma deformação de apenas aprox.
0,1%
isso exige que os corpos de prova estejam perfeitamente
alinhados para evitar tensões de dobramento ou flexão, que
não são facilmente calculadas.
23. Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
Portanto aplicamos, na maioria das vezes, ensaio de flexão
transversal :
Mais adequado para tais casos
corpo de prova na forma de uma barra (com seção reta circular
ou retangular) é flexionado até sua fratura, utilizando uma
técnica de carregamento em três ou quatro pontos (ASTM
C1161).
24. Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
No ponto de carregamento, a
superfície superior do corpo
de prova é colocada em um
estado de compressão,
enquanto a superfície inferior
encontra-se em tração.
A tensão é calculada a partir
da espessura do corpo de
prova, do momento fletor e do
momento de inércia (ver
figura).
26. Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
Uma vez que os limites de
resistência à tração dos
materiais cerâmicos
equivalem a prox. 1/10 das
suas resistências à
compressão,
e uma vez que a fratura ocorre
na face do CP que está sendo
submetida a tração, o ensaio
de flexão é um substituto
razoável para o ensaio de
tração.
27. Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
A tensão no momento da fratura no ensaio de flexão é conhecida por
resistência à flexão, módulo de ruptura, resistência à fratura ou resistência à
dobra importante parâmetro mecânico para materiais frágeis.
Para seção reta retangular e circular, à resistência à flexão, σrf é igual a,
respectivamente:
Ff representa a carga no momento da Fratura
L é a distância entre os pontos de suporte
Outros Parâmetros Dados na Figura
28. Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
Valores característicos para resistência à flexão de vários cerâmicos são dados
a seguir, no próximo slide.
Considerações Importantes
Uma vez que durante a flexão, um CP está sujeito tanto a tensões
compressivas como trativas, a magnitude de sua resistência à flexão é
maior do que a por tração.
Além disso, σrf dependerá do tamanho do corpo de prova.
Com o aumento do volume do corpo de prova (sob tensão)
existe um aumento na severidade do defeito e,
consequentemente, uma diminuição na resistência á flexão.
30. Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
COMPORTAMENTO ELÁSTICO
Se formos comparar com os metais o
comportamento elástico tensão-deformação para os cerâmicos
quando se utilizam testes de flexão
é semelhante aos resultados apresentados pelos ensaios de
tração realizados com metais:
existe uma relação linear entre a tensão e a deformação.
31. Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
COMPORTAMENTO ELÁSTICO
A figura compara o comportamento tensão-deformação até a
fratura para o óxido de alumínio (alumina) e para o vidro.
O coef. angular (inclinação) da curva na região elástica é o módulo
de elasticidade;
a faixa para ele nos materiais cerâmicos encontra-se entre
aproximadamente 70 e 500 GPa, sendo ligeiramente maior do
que para os metais.
A tabela anterior lista valores para vários materiais cerâmicos.
33. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
Embora à Tambiente a maioria dos cerâmicos sofra fratura antes do
surgimento de qualquer deformação plástica, é necessário ver
rapidamente os seus mecanismos.
A deformação plástica difere para cerâmicas cristalinas e não-
cristalinas.
34. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS CRISTALINAS
Ocorre como nos metais, pela movimentação de discordâncias.
Uma razão para a dureza e a fragilidade desses materiais é a
dificuldade de escorregamento (ou movimento da discordância).
Quando a ligação é predominantemente iônica, existem muito
poucos sistemas de escorregamento (planos e direções
cristalográficas dentro daqueles planos) ao longo dos quais as
discordâncias podem se mover.
35. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS CRISTALINAS
Por que isso acontece???
Isso é uma consequência da natureza eletricamente carregada dos
íons .
Para o escorregamento em algumas direções, os íons de mesma
carga são colocados próximos uns aos outros;
devido à repulsão eletrostática, essa modalidade de
escorregamento é muito restrita.
Metais isso não ocorre pois todos os átomos são eletricamente
neutros.
36. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS CRISTALINAS
Cerâmicas com ligação altamente covalente o escorregamento
também é difícil, eles são frágeis pelas seguintes razões:
1. As ligações covalentes são relativamente fortes;
2. Existe também um número limitado de sistemas de
escorregamento;
3. As estruturas das discordâncias são complexas.
37. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
A deformação plástica NÃO ocorre pelo movimento das
discordâncias,
POIS NÃO EXISTE UMA ESTRUTURA ATÔMICA REGULAR!
Eles se deformam através de um escoamento viscoso, que é a
maneira segundo a qual os líquidos se deformam;
38. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
A taxa de deformação é proporcional à tensão aplicada.
Em resposta à aplicação de uma tensão de cisalhamento, os
átomos ou íons deslizam uns sobre os outros através da quebra
e da reconstrução de ligações interatômicas.
Contudo, não existe uma maneira ou direção predeterminada
segundo a qual fenômeno ocorre, como é o caso para as
discordâncias.
39. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
Representação do
escorregamento viscoso
(demonstrado em escala
macroscópica) de um
líquido ou vidro fluido
em resposta à aplicação
de uma força de
cisalhamento.
40. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
As camadas adjacentes, deslocam-se paralelamente umas às outras
com diferentes velocidades.
Pode ser definido por meio da situação ideal conhecida como
escoamento de Couette, onde uma camada de fluido é retido entre
duas placas horizontais, uma fixa e outra se movimentando
horizontalmente a uma velocidade constante.
Assume-se que as placas são muito grandes, de modo que não é
preciso considerar que ocorre próximo dos seus bordos.
41. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
Se a velocidade da placa superior é suficientemente baixa, as
partículas do fluido se movem em paralelo a ela, e a sua velocidade
irá variar linearmente a partir de zero, na parte inferior para a parte
superior.
Cada camada de fluido se move mais rapidamente do que a camada
imediatamente abaixo, e o atrito entre elas irá dar origem a uma
força resistindo a esse movimento relativo.
Em particular, o fluido vai aplicar sobre a placa superior uma força na
direção oposta ao seu movimento, e uma força igual, mas em direção
oposta à placa de fundo.
Uma força externa é então necessária para manter a placa superior
em movimento a uma velocidade constante.
42. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
A propriedade característica para um escoamento viscoso, a
viscosidade, representa uma medida de resistência à deformação de
um material não-cristalino.
Para o escoamento viscoso de um líquido que tem sua origem nas
tensões de cisalhamento impostas por duas chapas planas e
paralelas:
Ver Figura Anterior
Viscosidade η representa a razão entre a:
τ tensão de cisalhamento aplicada, e
dv alteração na velocidade em função da
dy distância em uma direção perpendicular e se afastando das
chapas Taxa de deformação.
43. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
Quanto maior a viscosidade, menor será a velocidade em que o fluido
se movimenta.
Viscosidade é a propriedade associada a resistência que o fluido
oferece a deformação por cisalhamento.
44. Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
Líquidos viscosidades relativamente baixas.
Vidros viscosidades extremamente elevadas à temperatura
ambiente.
temperatura magnitude da ligação movimento de
escorregamento ou escoamento dos átomos ou íons ficam facilitados.
Viscosidade.
45. Aplicações e Processamento
das Cerâmicas
Características Metais x Cerâmicos muito diferentes aplicações
totalmente diferentes materiais cerâmicos, metálicos e poliméricos se
completam nas suas utilizações.
Processamento (em comparação aos metais)
Fundição de cerâmicos normalmente impraticável (Tfusão muito alta).
Deformação impraticável (fragilidade).
46. Aplicações e Processamento
das Cerâmicas
Processamento dos Cerâmicos
Algumas peças cerâmicas são conformadas a partir de pós (ou
aglomerados particulados) que devem ao final ser secados e
levados a ignição (cozidos)
Vidros formas conformadas a altas temperaturas a partir de
uma massa fluida que se torna viscosa com o resfriamento.
Cimentos são conformados pela colocação de uma pasta fluida
no interior dos moldes, que endurece e assume uma pega
permanente em virtude de reações químicas.
48. Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Vidros
Grupo Familiar de Materiais Cerâmicos recipientes, janelas,
lentes e fibra de vidro.
Consistem em silicatos não cristalinos que também contém outros
óxidos (CaO, Na2O, K2O, Al2O3) que influenciam suas
propriedades.
Características principais transparência ótica e a relativa
facilidade com as quais eles podem ser fabricados.
50. Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A ALTERAÇÕES DE
TEMPERATURA
Materiais vítreos (ou não-cristalinos) não se solidificam do mesmo
modo que os materiais cristalinos:
com o resfriamento, um vidro se torna continuamente mais e
mais viscoso;
não existe uma temperatura definida na qual o líquido se
transforma em um sólido, como ocorre com os materiais
cristalinos.
51. Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A ALTERAÇÕES DE
TEMPARURA
Diferença entre Cristalinos x Não-
cristalinos: Dependência do volume
específico em relação a
temperatura.
Cristalinos: diminuição
descontínua no volume quando
se atinge Tf.
52. Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A ALTERAÇÕES DE
TEMPARURA
Materiais vítreos: volume diminui continuamente em função de
uma redução na temperatura.
Ocorre uma pequena diminuição na inclinação da curva no que
é conhecido por temperatura de transição vítrea, Tv, ou
temperatura fictícia.
Abaixo dessa temperatura o material é considerado como sendo
um vidro; acima dessa temperatura, o material é primeiro um
líquido super-resfriado, e finalmente um líquido.
53. Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
Contraste do comportamento volume
específico-temperatura apresentado
por materiais cristalinos e não-
cristalinos.
Os materiais cristalinos se solidificam
na temperatura de fusão Tf .
Uma característica do estado não-
cristalino é a temperatura de
transição vítrea, Tv.
54. Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE x
TEMPERATURA
1. O ponto de fusão corresponde
à temperatura na qual a
viscosidade é de 10 Pa-s (100
P); o vidro é fluido o suficiente
para ser considerado um
líquido.
2. O ponto de operação
representa a temperatura na
qual a viscosidade é de 10³
Pa-s (104 P); o vidro é
facilmente deformado nessa
viscosidade.
55. Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE-
TEMPERATURA
3. O ponto de amolecimento, a
temperatura na qual a viscosidade é
de 4 x 106 Pa-s (4 x 107 P), é a
temperatura máxima na qual uma
peça de vidro pode ser manuseada
sem causar alterações dimensionais
significativas.
4. O ponto de recozimento é a
temperatura na qual a viscosidade é
de 1012 Pa-s (1013 P). Nessa
temperatura, a difusão atômica é
suficientemente rápida, tal que
quaisquer tensões residuais podem
ser removidas dentro de um intervalo
de aproximadamente 15 min.
56. Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE-
TEMPERATURA
5. O ponto de deformação
corresponde à temperatura na
qual a viscosidade se torna 3 x
1013 Pa-s (3 x 1014 P). Para
temperaturas abaixo do ponto de
deformação, a fratura irá ocorrer
antes do surgimento da
deformação plástica. A
temperatura de transição vítrea
será superior à temperatura do
ponto de deformação (1013 Pa.s).
Logaritmo da viscosidade em função da
temperatura para vidros de sílica fundida e
vários vidros à base de sílica.
57. Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE-
TEMPERATURA
A maioria das operações de
conformação dos vidros é
conduzida dentro da faixa de
operação, entre as temperaturas
de operação e de amolecimento.
A capacidade de um vidro em ser
conformado pode ser em grande
parte modificada pela alteração de
sua composição (T amolecimento,
Cal de soda x 96% sílica)
operações de conformação T
para cal de soda.