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Introdução
História
 2 milhões de anos atrás o Homo Erectus tem contato com
os primeiros materiais cerâmicos;
 Lascas de quartzo e obsidiana (vidro vulcânico) utilizadas como
armas.
Ponta de lança feita de quartzo
Introdução
História
Cerâmicas ao longo da história: Egito e China (5000
anos); Japão (8000 anos).
Introdução
Atualidade
Supercondutores
Vidros
Cerâmicas
Introdução
Definição
Cerâmica (Keramikos) = matéria-prima queimada.
As propriedades só são atingidas após um tratamento
térmico de alta temperatura – conhecido como ignição.
Introdução
Definição
 São materiais inorgânicos. A característica comum a estes materiais é
serem constituídos de elementos metálicos e elementos não
metálicos, ligados por ligações iônicas e/ou covalentes;
 Apresentam composições químicas muito variadas, desde compostos
simples a misturas de várias fases complexas ligadas entre si;
 As propriedades variam muito devido a diferenças de ligação
química;
 Os materiais cerâmicos são geralmente duros e frágeis, com
pouca tenacidade e pouca ductilidade;
Introdução
Definição
 São geralmente isolantes térmicos e elétricos (devido à ausência de
elétrons de condução)
 embora existam materiais cerâmicos semicondutores,
condutores e até mesmo supercondutores (estes dois
últimos, em faixas específicas de temperatura);
 Apresentam alto ponto de fusão e são comumente
 quimicamente estáveis sob condições ambientais severas
 (devido à estabilidade das suas fortes ligações químicas).
Introdução
Exceções
 Fragilidade: cerâmicas
superplásticas. Ex: ZrO2
(zircônia) estabilizado com
Y2O3 (óxido de ítrio);
 “The zirconia oxide stabilized by
yttrium oxide offers except for its
extremely high strength also the
advantage that it is white, light-
permeable material.
Furthermore, its excellent
biocompatibility and low thermal
conductivity make it to be an
ideal material for accurate
prostheses.” Kralodent
Introdução
Exceções
 Isolantes Térmicos: diamante
(alta condutividade térmica –
VERIFICAR);
 Isolantes Elétricos:
semicondutores e
supercondutores.
Bismuth strontium calcium copper oxide
Introdução
Atenção
 O grafite e o diamante são tratados muitas vezes como
cerâmicas!
 Apesar de compostos unicamente de carbono, ambos os
materiais são formas de carbono inorgânicas, não sendo
produzidas por nenhum tipo de organismo vivo.
Introdução
Classificação quanto a aplicação
 Materiais Cerâmicos Tradicionais: cerâmicas estruturais, louças,
refratários (provenientes principalmente de matérias-primas
argilosas e de outros tipos de silicatos);
 Vidros e Vitro-Cerâmicas;
 Abrasivos;
 Cimentos;
 Cerâmicas “Avançadas”: aplicações eletro-eletrônicas, térmicas,
mecânicas, ópticas, químicas, bio-médicas.
Introdução
Classificação quanto a aplicação
Classificação dos Materiais Cerâmicos de acordo com a aplicação
Introdução
Cerâmicas Tradicionais e Avançadas
 Telhas e tijolos
(cerâmica vermelha)
ainda são produzidos
com matéria-prima
não beneficiada.
 Ex.: tijolos, blocos,
telhas, ladrilhos de
barro, vasos, filtros,
tubos, manilhas.
Introdução
Cerâmicas Tradicionais
Introdução
Cerâmicas Tradicionais
 Cerâmica branca, produtos refratários e
vidrados.
 São produzidos com matérias-primas
beneficiadas por diversas etapas de
moagem até um tamanho que permita a
separação por meio de
 sedimentação,
 separação magnética
 e eliminação de fases indesejáveis.
 Ex.: louças, porcelanas, azulejos, louça sanitária, porcelana refratária,
doméstica, elétrica ou artística.
Introdução
Cerâmicas Avançadas
 Utilizam matérias-primas que sofrem uma série de processos químicos
e mecânicos
 que permitem obter produtos de pureza elevada ( > 99,5%) e
pequeno tamanho de partícula (< 1µm).
 Óxidos, nitretos e carbetos podem
ser obtidos.
 A matéria-prima para as cerâmicas
avançadas pode também ser
sintética,
 ou seja, obtida por processos de
síntese química (alumina com
pureza> 99,99%).
 Cerâmica eletrônica: circuitos integrados, instrumentos e sensores de
laboratório, geradores de faísca.
 Cerâmica estrutural: rotores para motor turbo, ferramentas de corte,
mancais, pistões, bocais de extrusoras, bicos de queimadores.
 Alta dureza à quente (1600oC);
 Não reage quimicamente com o aço;
 Longa vida da ferramenta;
 Usado com alta velocidade de corte;
 Não forma gume postiço.
Introdução
Cerâmicas Avançadas
 Pó finíssimo de Al2O3 (partículas compreendidas
entre 1 e 10 mícrons) mais ZrO2 (confere tenacidade
a ferramenta de corte) é prensado, porém apresenta-
se muito poroso. Para eliminar os poros, o material é
sinterizado a uma tempertura de 1700oC ou mais.
Durante a sinterização as peças experimentam uma
contração progressiva, fechando os canais e
diminuindo a porosidade.
 Outras Aplicações
 Material de polimento, isolante elétrico (BN, B4C).
 Eixos, bicos pulverizadores, selos mecânicos, ferramentas de corte,
implantes ósseos, meios de moagem ( Al2O3).
 Matrizes de extrusão e fundição, tesouras, facas (ZrO2).
 Moderador nuclear, revestimento de câmeras de combustão de
foguetes, cadinhos para fusão de Ni e Pt, elemento protetor de
resistências de aquecimento (BeO)
Introdução
Cerâmicas Avançadas
Introdução
Cerâmicas Tradicionais e Avançadas
Diferenças
 Custo muito maior das avançadas; a matéria-prima das cerâmicas
avançadas é muito mais pura (> 99,5%) e os grãos são muito
menores (< 1µm).
 Processos de fabricação são mais sofisticados: torneamento,
prensagem de pós, injeção, prensagem isostática à quente, colagem
sob pressão, tape casting, CVD, sol-gel.
Introdução
Tipos Matérias Primas
 Naturais (brutas) – não sofrem nenhum tipo de beneficiamento
(telhas e tijolos).
 Refinadas (industrializadas) – são beneficiadas por diversas etapas de
moagem até um tamanho que permita a separação por meio de
sedimentação, separação magnética e eliminação de fases
indesejáveis (cerâmica branca, produtos refratários e vidrados).
 Industrializadas por processos químicos e mecânicos – Obtenção de
pureza elevada (> 99,5%) e pequeno tamanho de partícula (< 1µm)
(cerâmica avançada: óxidos, nitretos, carbetos etc).
 Sintéticas – Pós resultantes com características controladas (uso em
cerâmicas avançadas).
Introdução
Tipos Matérias Primas
Propriedades Mecânicas
Fratura Frágil das Cerâmicas
 Tensões de compressão  não existe qualquer amplificação de
tensões associada com qualquer defeito existente.
 Como posso melhorar a resistência à fratura de uma cerâmica
frágil?
 Ainda, a resistência à fratura de uma cerâmica frágil pode ser
melhorada substancialmente pela imposição de tensões
residuais de compressão na superfície (revenimento térmico).
 Por isso veremos mais adiante a questão de tratamentos térmicos
nos cerâmicos.
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
Em cerâmicas frágeis  comportamento tensão-deformação NÃO é
em geral é avaliado por ensaio de tração.
 Difícil preparo de amostras que tenham a geometria exigida.
 Difícil prender e segurar materiais frágeis sem fraturá-los.
 As cerâmicas falham após uma deformação de apenas aprox.
0,1%
 isso exige que os corpos de prova estejam perfeitamente
alinhados para evitar tensões de dobramento ou flexão, que
não são facilmente calculadas.
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
 Portanto aplicamos, na maioria das vezes, ensaio de flexão
transversal :
Mais adequado para tais casos
corpo de prova na forma de uma barra (com seção reta circular
ou retangular) é flexionado até sua fratura, utilizando uma
técnica de carregamento em três ou quatro pontos (ASTM
C1161).
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
 No ponto de carregamento, a
superfície superior do corpo
de prova é colocada em um
estado de compressão,
enquanto a superfície inferior
encontra-se em tração.
 A tensão é calculada a partir
da espessura do corpo de
prova, do momento fletor e do
momento de inércia (ver
figura).
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
 A tensão de tração máxima
(pelas expressões de tensão)
existe na superfície inferior do
corpo de prova, diretamente
abaixo do ponto de aplicação
da carga.
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
 Uma vez que os limites de
resistência à tração dos
materiais cerâmicos
equivalem a prox. 1/10 das
suas resistências à
compressão,
 e uma vez que a fratura ocorre
na face do CP que está sendo
submetida a tração, o ensaio
de flexão é um substituto
razoável para o ensaio de
tração.
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
 A tensão no momento da fratura no ensaio de flexão é conhecida por
resistência à flexão, módulo de ruptura, resistência à fratura ou resistência à
dobra  importante parâmetro mecânico para materiais frágeis.
 Para seção reta retangular e circular, à resistência à flexão, σrf é igual a,
respectivamente:
Ff representa a carga no momento da Fratura
L é a distância entre os pontos de suporte
Outros Parâmetros Dados na Figura
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
RESITÊNCIA À FLEXÃO
 Valores característicos para resistência à flexão de vários cerâmicos são dados
a seguir, no próximo slide.
 Considerações Importantes
 Uma vez que durante a flexão, um CP está sujeito tanto a tensões
compressivas como trativas, a magnitude de sua resistência à flexão é
maior do que a por tração.
 Além disso, σrf dependerá do tamanho do corpo de prova.
Com o aumento do volume do corpo de prova (sob tensão)
existe um aumento na severidade do defeito e,
consequentemente, uma diminuição na resistência á flexão.
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
COMPORTAMENTO ELÁSTICO
Se formos comparar com os metais o
comportamento elástico tensão-deformação para os cerâmicos
quando se utilizam testes de flexão
é semelhante aos resultados apresentados pelos ensaios de
tração realizados com metais:
existe uma relação linear entre a tensão e a deformação.
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
COMPORTAMENTO ELÁSTICO
 A figura compara o comportamento tensão-deformação até a
fratura para o óxido de alumínio (alumina) e para o vidro.
 O coef. angular (inclinação) da curva na região elástica é o módulo
de elasticidade;
 a faixa para ele nos materiais cerâmicos encontra-se entre
aproximadamente 70 e 500 GPa, sendo ligeiramente maior do
que para os metais.
 A tabela anterior lista valores para vários materiais cerâmicos.
Propriedades Mecânicas
Comportamento Tensão-Deformação
COMPORTAMENTO
ELÁSTICO
 Comportamento típico
tensão-deformação até a
fratura para o óxido de
alumínio e o vidro.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
 Embora à Tambiente a maioria dos cerâmicos sofra fratura antes do
surgimento de qualquer deformação plástica, é necessário ver
rapidamente os seus mecanismos.
 A deformação plástica difere para cerâmicas cristalinas e não-
cristalinas.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS CRISTALINAS
 Ocorre como nos metais, pela movimentação de discordâncias.
Uma razão para a dureza e a fragilidade desses materiais é a
dificuldade de escorregamento (ou movimento da discordância).
Quando a ligação é predominantemente iônica, existem muito
poucos sistemas de escorregamento (planos e direções
cristalográficas dentro daqueles planos) ao longo dos quais as
discordâncias podem se mover.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS CRISTALINAS
 Por que isso acontece???
 Isso é uma consequência da natureza eletricamente carregada dos
íons .
 Para o escorregamento em algumas direções, os íons de mesma
carga são colocados próximos uns aos outros;
 devido à repulsão eletrostática, essa modalidade de
escorregamento é muito restrita.
Metais  isso não ocorre pois todos os átomos são eletricamente
neutros.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS CRISTALINAS
 Cerâmicas com ligação altamente covalente  o escorregamento
também é difícil, eles são frágeis pelas seguintes razões:
1. As ligações covalentes são relativamente fortes;
2. Existe também um número limitado de sistemas de
escorregamento;
3. As estruturas das discordâncias são complexas.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
 A deformação plástica NÃO ocorre pelo movimento das
discordâncias,
POIS NÃO EXISTE UMA ESTRUTURA ATÔMICA REGULAR!
 Eles se deformam através de um escoamento viscoso, que é a
maneira segundo a qual os líquidos se deformam;
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
 A taxa de deformação é proporcional à tensão aplicada.
 Em resposta à aplicação de uma tensão de cisalhamento, os
átomos ou íons deslizam uns sobre os outros através da quebra
e da reconstrução de ligações interatômicas.
 Contudo, não existe uma maneira ou direção predeterminada
segundo a qual fenômeno ocorre, como é o caso para as
discordâncias.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
 Representação do
escorregamento viscoso
(demonstrado em escala
macroscópica) de um
líquido ou vidro fluido
em resposta à aplicação
de uma força de
cisalhamento.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
 As camadas adjacentes, deslocam-se paralelamente umas às outras
com diferentes velocidades.
 Pode ser definido por meio da situação ideal conhecida como
escoamento de Couette, onde uma camada de fluido é retido entre
duas placas horizontais, uma fixa e outra se movimentando
horizontalmente a uma velocidade constante.
 Assume-se que as placas são muito grandes, de modo que não é
preciso considerar que ocorre próximo dos seus bordos.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
 Se a velocidade da placa superior é suficientemente baixa, as
partículas do fluido se movem em paralelo a ela, e a sua velocidade
irá variar linearmente a partir de zero, na parte inferior para a parte
superior.
 Cada camada de fluido se move mais rapidamente do que a camada
imediatamente abaixo, e o atrito entre elas irá dar origem a uma
força resistindo a esse movimento relativo.
 Em particular, o fluido vai aplicar sobre a placa superior uma força na
direção oposta ao seu movimento, e uma força igual, mas em direção
oposta à placa de fundo.
 Uma força externa é então necessária para manter a placa superior
em movimento a uma velocidade constante.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
 A propriedade característica para um escoamento viscoso, a
viscosidade, representa uma medida de resistência à deformação de
um material não-cristalino.
 Para o escoamento viscoso de um líquido que tem sua origem nas
tensões de cisalhamento impostas por duas chapas planas e
paralelas:
Ver Figura Anterior
Viscosidade η representa a razão entre a:
τ tensão de cisalhamento aplicada, e
dv alteração na velocidade em função da
dy distância em uma direção perpendicular e se afastando das
chapas  Taxa de deformação.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
 Quanto maior a viscosidade, menor será a velocidade em que o fluido
se movimenta.
 Viscosidade é a propriedade associada a resistência que o fluido
oferece a deformação por cisalhamento.
Propriedades Mecânicas
Mecanismos da Deformação Plástica
CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS
 Líquidos  viscosidades relativamente baixas.
 Vidros  viscosidades extremamente elevadas à temperatura
ambiente.
temperatura  magnitude da ligação  movimento de
escorregamento ou escoamento dos átomos ou íons ficam facilitados.
 Viscosidade.
Aplicações e Processamento
das Cerâmicas
 Características Metais x Cerâmicos  muito diferentes  aplicações
totalmente diferentes  materiais cerâmicos, metálicos e poliméricos se
completam nas suas utilizações.
 Processamento (em comparação aos metais)
 Fundição de cerâmicos  normalmente impraticável (Tfusão muito alta).
 Deformação  impraticável (fragilidade).
Aplicações e Processamento
das Cerâmicas
Processamento dos Cerâmicos
 Algumas peças cerâmicas são conformadas a partir de pós (ou
aglomerados particulados) que devem ao final ser secados e
levados a ignição (cozidos)
 Vidros  formas conformadas a altas temperaturas a partir de
uma massa fluida que se torna viscosa com o resfriamento.
 Cimentos  são conformados pela colocação de uma pasta fluida
no interior dos moldes, que endurece e assume uma pega
permanente em virtude de reações químicas.
Aplicações e Processamento
das Cerâmicas
Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Vidros
 Grupo Familiar de Materiais Cerâmicos  recipientes, janelas,
lentes e fibra de vidro.
 Consistem em silicatos não cristalinos que também contém outros
óxidos (CaO, Na2O, K2O, Al2O3) que influenciam suas
propriedades.
 Características principais  transparência ótica e a relativa
facilidade com as quais eles podem ser fabricados.
Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Vidros
Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A ALTERAÇÕES DE
TEMPERATURA
 Materiais vítreos (ou não-cristalinos) não se solidificam do mesmo
modo que os materiais cristalinos:
com o resfriamento, um vidro se torna continuamente mais e
mais viscoso;
não existe uma temperatura definida na qual o líquido se
transforma em um sólido, como ocorre com os materiais
cristalinos.
Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A ALTERAÇÕES DE
TEMPARURA
 Diferença entre Cristalinos x Não-
cristalinos: Dependência do volume
específico em relação a
temperatura.
 Cristalinos: diminuição
descontínua no volume quando
se atinge Tf.
Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A ALTERAÇÕES DE
TEMPARURA
 Materiais vítreos: volume diminui continuamente em função de
uma redução na temperatura.
 Ocorre uma pequena diminuição na inclinação da curva no que
é conhecido por temperatura de transição vítrea, Tv, ou
temperatura fictícia.
 Abaixo dessa temperatura o material é considerado como sendo
um vidro; acima dessa temperatura, o material é primeiro um
líquido super-resfriado, e finalmente um líquido.
Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
 Contraste do comportamento volume
específico-temperatura apresentado
por materiais cristalinos e não-
cristalinos.
 Os materiais cristalinos se solidificam
na temperatura de fusão Tf .
 Uma característica do estado não-
cristalino é a temperatura de
transição vítrea, Tv.
Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE x
TEMPERATURA
1. O ponto de fusão corresponde
à temperatura na qual a
viscosidade é de 10 Pa-s (100
P); o vidro é fluido o suficiente
para ser considerado um
líquido.
2. O ponto de operação
representa a temperatura na
qual a viscosidade é de 10³
Pa-s (104 P); o vidro é
facilmente deformado nessa
viscosidade.
Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE-
TEMPERATURA
3. O ponto de amolecimento, a
temperatura na qual a viscosidade é
de 4 x 106 Pa-s (4 x 107 P), é a
temperatura máxima na qual uma
peça de vidro pode ser manuseada
sem causar alterações dimensionais
significativas.
4. O ponto de recozimento é a
temperatura na qual a viscosidade é
de 1012 Pa-s (1013 P). Nessa
temperatura, a difusão atômica é
suficientemente rápida, tal que
quaisquer tensões residuais podem
ser removidas dentro de um intervalo
de aproximadamente 15 min.
Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE-
TEMPERATURA
5. O ponto de deformação
corresponde à temperatura na
qual a viscosidade se torna 3 x
1013 Pa-s (3 x 1014 P). Para
temperaturas abaixo do ponto de
deformação, a fratura irá ocorrer
antes do surgimento da
deformação plástica. A
temperatura de transição vítrea
será superior à temperatura do
ponto de deformação (1013 Pa.s).
Logaritmo da viscosidade em função da
temperatura para vidros de sílica fundida e
vários vidros à base de sílica.
Aplicações e Processamento das Cerâmicas
Propriedades dos Vidros
CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE-
TEMPERATURA
A maioria das operações de
conformação dos vidros é
conduzida dentro da faixa de
operação, entre as temperaturas
de operação e de amolecimento.
A capacidade de um vidro em ser
conformado pode ser em grande
parte modificada pela alteração de
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para cal de soda.

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  • 1. Introdução História  2 milhões de anos atrás o Homo Erectus tem contato com os primeiros materiais cerâmicos;  Lascas de quartzo e obsidiana (vidro vulcânico) utilizadas como armas. Ponta de lança feita de quartzo
  • 2. Introdução História Cerâmicas ao longo da história: Egito e China (5000 anos); Japão (8000 anos).
  • 4. Introdução Definição Cerâmica (Keramikos) = matéria-prima queimada. As propriedades só são atingidas após um tratamento térmico de alta temperatura – conhecido como ignição.
  • 5. Introdução Definição  São materiais inorgânicos. A característica comum a estes materiais é serem constituídos de elementos metálicos e elementos não metálicos, ligados por ligações iônicas e/ou covalentes;  Apresentam composições químicas muito variadas, desde compostos simples a misturas de várias fases complexas ligadas entre si;  As propriedades variam muito devido a diferenças de ligação química;  Os materiais cerâmicos são geralmente duros e frágeis, com pouca tenacidade e pouca ductilidade;
  • 6. Introdução Definição  São geralmente isolantes térmicos e elétricos (devido à ausência de elétrons de condução)  embora existam materiais cerâmicos semicondutores, condutores e até mesmo supercondutores (estes dois últimos, em faixas específicas de temperatura);  Apresentam alto ponto de fusão e são comumente  quimicamente estáveis sob condições ambientais severas  (devido à estabilidade das suas fortes ligações químicas).
  • 7. Introdução Exceções  Fragilidade: cerâmicas superplásticas. Ex: ZrO2 (zircônia) estabilizado com Y2O3 (óxido de ítrio);  “The zirconia oxide stabilized by yttrium oxide offers except for its extremely high strength also the advantage that it is white, light- permeable material. Furthermore, its excellent biocompatibility and low thermal conductivity make it to be an ideal material for accurate prostheses.” Kralodent
  • 8. Introdução Exceções  Isolantes Térmicos: diamante (alta condutividade térmica – VERIFICAR);  Isolantes Elétricos: semicondutores e supercondutores. Bismuth strontium calcium copper oxide
  • 9. Introdução Atenção  O grafite e o diamante são tratados muitas vezes como cerâmicas!  Apesar de compostos unicamente de carbono, ambos os materiais são formas de carbono inorgânicas, não sendo produzidas por nenhum tipo de organismo vivo.
  • 10. Introdução Classificação quanto a aplicação  Materiais Cerâmicos Tradicionais: cerâmicas estruturais, louças, refratários (provenientes principalmente de matérias-primas argilosas e de outros tipos de silicatos);  Vidros e Vitro-Cerâmicas;  Abrasivos;  Cimentos;  Cerâmicas “Avançadas”: aplicações eletro-eletrônicas, térmicas, mecânicas, ópticas, químicas, bio-médicas.
  • 11. Introdução Classificação quanto a aplicação Classificação dos Materiais Cerâmicos de acordo com a aplicação
  • 13.  Telhas e tijolos (cerâmica vermelha) ainda são produzidos com matéria-prima não beneficiada.  Ex.: tijolos, blocos, telhas, ladrilhos de barro, vasos, filtros, tubos, manilhas. Introdução Cerâmicas Tradicionais
  • 14. Introdução Cerâmicas Tradicionais  Cerâmica branca, produtos refratários e vidrados.  São produzidos com matérias-primas beneficiadas por diversas etapas de moagem até um tamanho que permita a separação por meio de  sedimentação,  separação magnética  e eliminação de fases indesejáveis.  Ex.: louças, porcelanas, azulejos, louça sanitária, porcelana refratária, doméstica, elétrica ou artística.
  • 15. Introdução Cerâmicas Avançadas  Utilizam matérias-primas que sofrem uma série de processos químicos e mecânicos  que permitem obter produtos de pureza elevada ( > 99,5%) e pequeno tamanho de partícula (< 1µm).  Óxidos, nitretos e carbetos podem ser obtidos.  A matéria-prima para as cerâmicas avançadas pode também ser sintética,  ou seja, obtida por processos de síntese química (alumina com pureza> 99,99%).
  • 16.  Cerâmica eletrônica: circuitos integrados, instrumentos e sensores de laboratório, geradores de faísca.  Cerâmica estrutural: rotores para motor turbo, ferramentas de corte, mancais, pistões, bocais de extrusoras, bicos de queimadores.  Alta dureza à quente (1600oC);  Não reage quimicamente com o aço;  Longa vida da ferramenta;  Usado com alta velocidade de corte;  Não forma gume postiço. Introdução Cerâmicas Avançadas  Pó finíssimo de Al2O3 (partículas compreendidas entre 1 e 10 mícrons) mais ZrO2 (confere tenacidade a ferramenta de corte) é prensado, porém apresenta- se muito poroso. Para eliminar os poros, o material é sinterizado a uma tempertura de 1700oC ou mais. Durante a sinterização as peças experimentam uma contração progressiva, fechando os canais e diminuindo a porosidade.
  • 17.  Outras Aplicações  Material de polimento, isolante elétrico (BN, B4C).  Eixos, bicos pulverizadores, selos mecânicos, ferramentas de corte, implantes ósseos, meios de moagem ( Al2O3).  Matrizes de extrusão e fundição, tesouras, facas (ZrO2).  Moderador nuclear, revestimento de câmeras de combustão de foguetes, cadinhos para fusão de Ni e Pt, elemento protetor de resistências de aquecimento (BeO) Introdução Cerâmicas Avançadas
  • 18. Introdução Cerâmicas Tradicionais e Avançadas Diferenças  Custo muito maior das avançadas; a matéria-prima das cerâmicas avançadas é muito mais pura (> 99,5%) e os grãos são muito menores (< 1µm).  Processos de fabricação são mais sofisticados: torneamento, prensagem de pós, injeção, prensagem isostática à quente, colagem sob pressão, tape casting, CVD, sol-gel.
  • 19. Introdução Tipos Matérias Primas  Naturais (brutas) – não sofrem nenhum tipo de beneficiamento (telhas e tijolos).  Refinadas (industrializadas) – são beneficiadas por diversas etapas de moagem até um tamanho que permita a separação por meio de sedimentação, separação magnética e eliminação de fases indesejáveis (cerâmica branca, produtos refratários e vidrados).  Industrializadas por processos químicos e mecânicos – Obtenção de pureza elevada (> 99,5%) e pequeno tamanho de partícula (< 1µm) (cerâmica avançada: óxidos, nitretos, carbetos etc).  Sintéticas – Pós resultantes com características controladas (uso em cerâmicas avançadas).
  • 21. Propriedades Mecânicas Fratura Frágil das Cerâmicas  Tensões de compressão  não existe qualquer amplificação de tensões associada com qualquer defeito existente.  Como posso melhorar a resistência à fratura de uma cerâmica frágil?  Ainda, a resistência à fratura de uma cerâmica frágil pode ser melhorada substancialmente pela imposição de tensões residuais de compressão na superfície (revenimento térmico).  Por isso veremos mais adiante a questão de tratamentos térmicos nos cerâmicos.
  • 22. Propriedades Mecânicas Comportamento Tensão-Deformação RESITÊNCIA À FLEXÃO Em cerâmicas frágeis  comportamento tensão-deformação NÃO é em geral é avaliado por ensaio de tração.  Difícil preparo de amostras que tenham a geometria exigida.  Difícil prender e segurar materiais frágeis sem fraturá-los.  As cerâmicas falham após uma deformação de apenas aprox. 0,1%  isso exige que os corpos de prova estejam perfeitamente alinhados para evitar tensões de dobramento ou flexão, que não são facilmente calculadas.
  • 23. Propriedades Mecânicas Comportamento Tensão-Deformação RESITÊNCIA À FLEXÃO  Portanto aplicamos, na maioria das vezes, ensaio de flexão transversal : Mais adequado para tais casos corpo de prova na forma de uma barra (com seção reta circular ou retangular) é flexionado até sua fratura, utilizando uma técnica de carregamento em três ou quatro pontos (ASTM C1161).
  • 24. Propriedades Mecânicas Comportamento Tensão-Deformação RESITÊNCIA À FLEXÃO  No ponto de carregamento, a superfície superior do corpo de prova é colocada em um estado de compressão, enquanto a superfície inferior encontra-se em tração.  A tensão é calculada a partir da espessura do corpo de prova, do momento fletor e do momento de inércia (ver figura).
  • 25. Propriedades Mecânicas Comportamento Tensão-Deformação RESITÊNCIA À FLEXÃO  A tensão de tração máxima (pelas expressões de tensão) existe na superfície inferior do corpo de prova, diretamente abaixo do ponto de aplicação da carga.
  • 26. Propriedades Mecânicas Comportamento Tensão-Deformação RESITÊNCIA À FLEXÃO  Uma vez que os limites de resistência à tração dos materiais cerâmicos equivalem a prox. 1/10 das suas resistências à compressão,  e uma vez que a fratura ocorre na face do CP que está sendo submetida a tração, o ensaio de flexão é um substituto razoável para o ensaio de tração.
  • 27. Propriedades Mecânicas Comportamento Tensão-Deformação RESITÊNCIA À FLEXÃO  A tensão no momento da fratura no ensaio de flexão é conhecida por resistência à flexão, módulo de ruptura, resistência à fratura ou resistência à dobra  importante parâmetro mecânico para materiais frágeis.  Para seção reta retangular e circular, à resistência à flexão, σrf é igual a, respectivamente: Ff representa a carga no momento da Fratura L é a distância entre os pontos de suporte Outros Parâmetros Dados na Figura
  • 28. Propriedades Mecânicas Comportamento Tensão-Deformação RESITÊNCIA À FLEXÃO  Valores característicos para resistência à flexão de vários cerâmicos são dados a seguir, no próximo slide.  Considerações Importantes  Uma vez que durante a flexão, um CP está sujeito tanto a tensões compressivas como trativas, a magnitude de sua resistência à flexão é maior do que a por tração.  Além disso, σrf dependerá do tamanho do corpo de prova. Com o aumento do volume do corpo de prova (sob tensão) existe um aumento na severidade do defeito e, consequentemente, uma diminuição na resistência á flexão.
  • 30. Propriedades Mecânicas Comportamento Tensão-Deformação COMPORTAMENTO ELÁSTICO Se formos comparar com os metais o comportamento elástico tensão-deformação para os cerâmicos quando se utilizam testes de flexão é semelhante aos resultados apresentados pelos ensaios de tração realizados com metais: existe uma relação linear entre a tensão e a deformação.
  • 31. Propriedades Mecânicas Comportamento Tensão-Deformação COMPORTAMENTO ELÁSTICO  A figura compara o comportamento tensão-deformação até a fratura para o óxido de alumínio (alumina) e para o vidro.  O coef. angular (inclinação) da curva na região elástica é o módulo de elasticidade;  a faixa para ele nos materiais cerâmicos encontra-se entre aproximadamente 70 e 500 GPa, sendo ligeiramente maior do que para os metais.  A tabela anterior lista valores para vários materiais cerâmicos.
  • 32. Propriedades Mecânicas Comportamento Tensão-Deformação COMPORTAMENTO ELÁSTICO  Comportamento típico tensão-deformação até a fratura para o óxido de alumínio e o vidro.
  • 33. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica  Embora à Tambiente a maioria dos cerâmicos sofra fratura antes do surgimento de qualquer deformação plástica, é necessário ver rapidamente os seus mecanismos.  A deformação plástica difere para cerâmicas cristalinas e não- cristalinas.
  • 34. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica CERÂMICAS CRISTALINAS  Ocorre como nos metais, pela movimentação de discordâncias. Uma razão para a dureza e a fragilidade desses materiais é a dificuldade de escorregamento (ou movimento da discordância). Quando a ligação é predominantemente iônica, existem muito poucos sistemas de escorregamento (planos e direções cristalográficas dentro daqueles planos) ao longo dos quais as discordâncias podem se mover.
  • 35. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica CERÂMICAS CRISTALINAS  Por que isso acontece???  Isso é uma consequência da natureza eletricamente carregada dos íons .  Para o escorregamento em algumas direções, os íons de mesma carga são colocados próximos uns aos outros;  devido à repulsão eletrostática, essa modalidade de escorregamento é muito restrita. Metais  isso não ocorre pois todos os átomos são eletricamente neutros.
  • 36. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica CERÂMICAS CRISTALINAS  Cerâmicas com ligação altamente covalente  o escorregamento também é difícil, eles são frágeis pelas seguintes razões: 1. As ligações covalentes são relativamente fortes; 2. Existe também um número limitado de sistemas de escorregamento; 3. As estruturas das discordâncias são complexas.
  • 37. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS  A deformação plástica NÃO ocorre pelo movimento das discordâncias, POIS NÃO EXISTE UMA ESTRUTURA ATÔMICA REGULAR!  Eles se deformam através de um escoamento viscoso, que é a maneira segundo a qual os líquidos se deformam;
  • 38. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS  A taxa de deformação é proporcional à tensão aplicada.  Em resposta à aplicação de uma tensão de cisalhamento, os átomos ou íons deslizam uns sobre os outros através da quebra e da reconstrução de ligações interatômicas.  Contudo, não existe uma maneira ou direção predeterminada segundo a qual fenômeno ocorre, como é o caso para as discordâncias.
  • 39. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS  Representação do escorregamento viscoso (demonstrado em escala macroscópica) de um líquido ou vidro fluido em resposta à aplicação de uma força de cisalhamento.
  • 40. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica  As camadas adjacentes, deslocam-se paralelamente umas às outras com diferentes velocidades.  Pode ser definido por meio da situação ideal conhecida como escoamento de Couette, onde uma camada de fluido é retido entre duas placas horizontais, uma fixa e outra se movimentando horizontalmente a uma velocidade constante.  Assume-se que as placas são muito grandes, de modo que não é preciso considerar que ocorre próximo dos seus bordos.
  • 41. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica  Se a velocidade da placa superior é suficientemente baixa, as partículas do fluido se movem em paralelo a ela, e a sua velocidade irá variar linearmente a partir de zero, na parte inferior para a parte superior.  Cada camada de fluido se move mais rapidamente do que a camada imediatamente abaixo, e o atrito entre elas irá dar origem a uma força resistindo a esse movimento relativo.  Em particular, o fluido vai aplicar sobre a placa superior uma força na direção oposta ao seu movimento, e uma força igual, mas em direção oposta à placa de fundo.  Uma força externa é então necessária para manter a placa superior em movimento a uma velocidade constante.
  • 42. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS  A propriedade característica para um escoamento viscoso, a viscosidade, representa uma medida de resistência à deformação de um material não-cristalino.  Para o escoamento viscoso de um líquido que tem sua origem nas tensões de cisalhamento impostas por duas chapas planas e paralelas: Ver Figura Anterior Viscosidade η representa a razão entre a: τ tensão de cisalhamento aplicada, e dv alteração na velocidade em função da dy distância em uma direção perpendicular e se afastando das chapas  Taxa de deformação.
  • 43. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS  Quanto maior a viscosidade, menor será a velocidade em que o fluido se movimenta.  Viscosidade é a propriedade associada a resistência que o fluido oferece a deformação por cisalhamento.
  • 44. Propriedades Mecânicas Mecanismos da Deformação Plástica CERÂMICAS NÃO-CRISTALINAS  Líquidos  viscosidades relativamente baixas.  Vidros  viscosidades extremamente elevadas à temperatura ambiente. temperatura  magnitude da ligação  movimento de escorregamento ou escoamento dos átomos ou íons ficam facilitados.  Viscosidade.
  • 45. Aplicações e Processamento das Cerâmicas  Características Metais x Cerâmicos  muito diferentes  aplicações totalmente diferentes  materiais cerâmicos, metálicos e poliméricos se completam nas suas utilizações.  Processamento (em comparação aos metais)  Fundição de cerâmicos  normalmente impraticável (Tfusão muito alta).  Deformação  impraticável (fragilidade).
  • 46. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Processamento dos Cerâmicos  Algumas peças cerâmicas são conformadas a partir de pós (ou aglomerados particulados) que devem ao final ser secados e levados a ignição (cozidos)  Vidros  formas conformadas a altas temperaturas a partir de uma massa fluida que se torna viscosa com o resfriamento.  Cimentos  são conformados pela colocação de uma pasta fluida no interior dos moldes, que endurece e assume uma pega permanente em virtude de reações químicas.
  • 48. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Vidros  Grupo Familiar de Materiais Cerâmicos  recipientes, janelas, lentes e fibra de vidro.  Consistem em silicatos não cristalinos que também contém outros óxidos (CaO, Na2O, K2O, Al2O3) que influenciam suas propriedades.  Características principais  transparência ótica e a relativa facilidade com as quais eles podem ser fabricados.
  • 49. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Vidros
  • 50. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Propriedades dos Vidros PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A ALTERAÇÕES DE TEMPERATURA  Materiais vítreos (ou não-cristalinos) não se solidificam do mesmo modo que os materiais cristalinos: com o resfriamento, um vidro se torna continuamente mais e mais viscoso; não existe uma temperatura definida na qual o líquido se transforma em um sólido, como ocorre com os materiais cristalinos.
  • 51. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Propriedades dos Vidros PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A ALTERAÇÕES DE TEMPARURA  Diferença entre Cristalinos x Não- cristalinos: Dependência do volume específico em relação a temperatura.  Cristalinos: diminuição descontínua no volume quando se atinge Tf.
  • 52. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Propriedades dos Vidros PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A ALTERAÇÕES DE TEMPARURA  Materiais vítreos: volume diminui continuamente em função de uma redução na temperatura.  Ocorre uma pequena diminuição na inclinação da curva no que é conhecido por temperatura de transição vítrea, Tv, ou temperatura fictícia.  Abaixo dessa temperatura o material é considerado como sendo um vidro; acima dessa temperatura, o material é primeiro um líquido super-resfriado, e finalmente um líquido.
  • 53. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Propriedades dos Vidros  Contraste do comportamento volume específico-temperatura apresentado por materiais cristalinos e não- cristalinos.  Os materiais cristalinos se solidificam na temperatura de fusão Tf .  Uma característica do estado não- cristalino é a temperatura de transição vítrea, Tv.
  • 54. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Propriedades dos Vidros CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE x TEMPERATURA 1. O ponto de fusão corresponde à temperatura na qual a viscosidade é de 10 Pa-s (100 P); o vidro é fluido o suficiente para ser considerado um líquido. 2. O ponto de operação representa a temperatura na qual a viscosidade é de 10³ Pa-s (104 P); o vidro é facilmente deformado nessa viscosidade.
  • 55. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Propriedades dos Vidros CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE- TEMPERATURA 3. O ponto de amolecimento, a temperatura na qual a viscosidade é de 4 x 106 Pa-s (4 x 107 P), é a temperatura máxima na qual uma peça de vidro pode ser manuseada sem causar alterações dimensionais significativas. 4. O ponto de recozimento é a temperatura na qual a viscosidade é de 1012 Pa-s (1013 P). Nessa temperatura, a difusão atômica é suficientemente rápida, tal que quaisquer tensões residuais podem ser removidas dentro de um intervalo de aproximadamente 15 min.
  • 56. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Propriedades dos Vidros CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE- TEMPERATURA 5. O ponto de deformação corresponde à temperatura na qual a viscosidade se torna 3 x 1013 Pa-s (3 x 1014 P). Para temperaturas abaixo do ponto de deformação, a fratura irá ocorrer antes do surgimento da deformação plástica. A temperatura de transição vítrea será superior à temperatura do ponto de deformação (1013 Pa.s). Logaritmo da viscosidade em função da temperatura para vidros de sílica fundida e vários vidros à base de sílica.
  • 57. Aplicações e Processamento das Cerâmicas Propriedades dos Vidros CARACTERÍSTICAS VISCOSIDADE- TEMPERATURA A maioria das operações de conformação dos vidros é conduzida dentro da faixa de operação, entre as temperaturas de operação e de amolecimento. A capacidade de um vidro em ser conformado pode ser em grande parte modificada pela alteração de sua composição (T amolecimento, Cal de soda x 96% sílica)  operações de conformação  T para cal de soda.