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[AULA 02]
Professora: Valdeci Bosco dos Santos
2016/2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Curso de Bacharelado em Engenharia de Materiais
[ Introdução/Revisão/Propriedades Gerais]
Cerâmica
O termo cerâmica vem do grego Keramos (matéria prima queimada).
As propriedades são obtidas após tratamento térmico
Histórico
Cerâmica: antiguidade
• Keramos = “coisa queimada” (grego)
• 5000 A.C.: artefatos de argila (earthenware), louça de barro (pottery)
• 3500 A.C.: torno de oleiro (roda de madeira movida por um pedal), o qual
permite fazer vasos perfeitos, de superfície lisa e espessura uniforme, em
um tempo relativamente breve)
Torno de oleiro
Histórico
Cerâmica: antiguidade
• ~1000 A.C.: porcelana (China)
Porcelanas – surgiram na China durante a dinastia
Han (221 A.C. e 220 D.C)
Características: Brancura, translucidez e dureza
• Porcelana na China
Cerâmica: antiguidade
Exército de terracota, Guerreiros de Xian ou ainda
Exército do imperador Qin
Coleção de esculturas de terracota representando os
exércitos de Qin Shi Huang, o primeiro imperador da
China.
210-209 a.C. esculturas
enterrada com o imperador,
cuja finalidade era
proteger o governante
chinês em sua vida após
a morte.
Encontradas em 1974 por
agricultores locais no
Cerâmica: idade contemporânea
• Séc. 18:
(Alemanha),
porcelana
colagem,
Histórico
extrusão, forno túnel
• Séc. 19: mecanização, microscopia ótica, cones pirométricos
• Séc. 20: raios X, microscopia eletrônica, materiais sintéticos,
automatização e cerâmica de alta tecnologia
Histórico
No Brasil:
• Ilha de Marajó - Pará
• 400 a 1400 D.C.: Os índios de Marajó
faziam peças utilitárias e decorativas.
• Confeccionavam vasilhas, potes,
urnas funerárias e etc
Cerâmica: definição usual
 Materiais cerâmicos: são compostos inorgânicos formados por
elementos metálicos e não metálicos.
Outra definição:
 São compostos sólidos, que são formados pela
aplicação de calor, e algumas vezes calor e
pressão, que podem ser constituídos por metais,
não metais ou elementos intermediários.
OS MATERIAS CERÂMICOS NATABELA PERIÓDICA
Usualmente:
Materiais cerâmicos: são compostos inorgânicos formados por elementos metálicos e não
metálicos.
Exemplos de combinações
 M + NM: MgO, Al2O3,
 M + NM:TiC
 I + NM: SiC, B4C
 I + NM: SiO2, Si3N4
I (intermediário) = semi- metal
Materiais cerâmicos: são compostos inorgânicos formados por elementos
metálicos e não metálicos. Podem ser simples ou complexos.
(talco), MgO (óxido de
Exemplos:
 SiO2(sílica), Al2O3 (alumina), Mg3Si4O10(OH)2
Magnésia), vidro, cimento e materiais argilosos.
 Carbonatos, fosfatos, halogenetos alcalinos (NaCl) ...
BaLiF3,
 Carbetos (TiC, Si3C4...), nitretos (Si3N4, BN...), boretos (TiB, ZrB ...)
 Óxidos, fluoretos, carbetos complexos: BaTiO3, YBa2Cu3O7,
LiCaAlF6, Ti3SiC2, ...
Cerâmica
[ Estrutura Cristalina]
Estrutura Cristalina
O processo de fabricação dessas duas classes é bastante distinto (queima e fusão).
Material Cristalino: apresenta um
arranjo periódico ou repetido ao longo de
grandes distâncias atômicas (existe ordem
de longo alcance).
Material não-Cristalino (Amorfo):
não apresentam arranjo atômico regular e
periódico de longo alcance.
Vidro ( SiO2:Sílica vítrea)
Quartzo (SiO2: sílica cristalizada)
Estrutura Cristalina
Material Cristalino: apresenta um
arranjo periódico ou repetido ao longo de
grandes distâncias atômicas (existe ordem
de longo alcance).
Material não-Cristalino (Amorfo):
não apresentam arranjo atômico regular e
periódico de longo alcance.
Vidro ( SiO2:Sílica vítrea)
Quartzo (SiO2: sílica cristalizada)
Disposição dos átomos em uma Estrutura Cristalina
Material Cristalino
Material não - Cristalino
(amorfo)
Estrutura Cristalina
Material Z: estrutura cristalina
Ts = temperatura de síntese
Ts = 900 o C
Ts = 300 o C
CERÂMICOS
CRISTALINOS AMORFOS (VIDROS) VIDRO-CERÂMICOS
Incluem os cerâmicos à
base de Silicatos,
Óxidos, Carbonetos e
Nitretos
Em geral com a mesma
composição dos
cristalinos, diferindo no
processamento
Formados inicialmente
como amorfos e
tratados termicamente
Estrutura Cristalina
[ Ligação Química]
Ligações Químicas
 Os tipos primários de ligação em sólidos são: Iônicas, Covalentes e
Metálicas.
Ligações Químicas em Materiais Cerâmicos
 Iônicas: óxidos e silicatos (alumina, silicatos hidratados de alumínio e de magnésio –
talco)
 Covalentes: nitretos, carbetos e boretos
Observação: nenhuma cerâmica apresenta ligação química puramente iônica ou 100%
covalente.
A ligação atômica em cerâmicas é do tipo mista: covalente + iônica
[ Propriedades Gerais]
 A ligação atômica é do tipo mista: covalente + iônica;
 Maior dureza e rigidez quando comparadas aos aços;
 São frágeis
que metais e
 Maior resistência ao calor e à corrosão
polímeros;
 Temperatura de fusão elevada;
 Alta capacidade calorífica;
 Baixo coeficiente de expansão térmica;
 Baixa condutividade térmica e elétrica.
Propriedades Gerais
[ Propriedades Específicas]
Propriedades Mecânicas
Descreve a maneira como um material responde a aplicação de
força, carga e impacto.
Materiais metálicos
X
Materiais cerâmicos
Relembrando......METAIS
Propriedades Mecânicas
Comportamento tensão-deformação para o latão.
 CERÂMICAS
Propriedades Mecânicas em Materiais Cerâmicos
 f
 f
Aplicação LIMITADA:
 Propriedades mecânicas,
que em muitos aspectos
àquelas
pelos
são inferiores
apresentadas
metais.
 A principal desvantagem:
fratura frágil
 f
 f
 À temperatura ambiente, tanto
cerâmicas cristalinas como as
não-cristalinas sempre
fraturam antes
quase
que
deformação plástica
qualquer
possa
ocorrer em resposta à aplicação
de uma carga de tração.
Propriedades Mecânicas em Materiais Cerâmicos
Propriedades Mecânicas
os quais são
virtualmente
impossíveis de serem
eliminados
controlados.
ou
 Fratura frágil - Porque ocorre?
 Presença de defeitos muito pequenos e onipresentes no material:
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Fratura Frágil
 Sendo maior no caso de defeitos longos e pontiagudos.
 Fratura Frágil  formação e propagação de trincas através da seção reta
do material em uma direção perpendicular à carga aplicada.
 O grau de amplificação da tensão depende do
comprimento da trinca e do raio de curvatura da
extremidade da trinca, de acordo com a equação:
 A medida de habilidade de um material cerâmico em resistir à
fratura quando uma trinca está presente é especificada em termos
da tenacidade à fratura.
 A tenacidade à fratura em deformação plana: KIc
 Os valores da tenacidade à fratura em deformação plana para os
materiais cerâmicos são menores do aqueles apresentados pelos
metais; tipicamente eles são menores do que 10 MPa/m².
Fratura Frágil
Relembrando......METAIS Ensaio deTração
Propriedades Mecânicas
Comportamento
tensão-deformação
para o latão.
Comportamento tensão-deformação
Comportamento tensão-deformação para materiais cerâmicos
 Resistência à Flexão
 Resistência à Compressão
Os Ensaios de Flexão e Compressão  são os mais apropriados para os
materiais cerâmicos do que o de Tração.
PORQUE ? ? ?
.
Comportamento tensão-deformação para materiais cerâmicos
 É difícil preparar e testar amostras que possuam a geometria exigida;
 É difícil prender e segurar materiais frágeis sem fratura-los;
 As cerâmicas falham após uma deformação de apenas 0,1%, o que exige
que os corpos de prova estejam perfeitamente alinhados para evitar
tensões de dobramento ou flexão, que não são facilmente calculadas.
PORQUE ? ? ?
Em cerâmicas frágeis  comportamento tensão-deformação NÃO é em
geral é avaliado por ensaio de tração.
Porque Não é avaliado por ensaio de TRAÇÃO??
 Ensaio de flexão transversal
Corpo de prova na forma de uma barra (com seção reta circular ou
retangular) é flexionado até sua fratura, utilizando uma técnica de
carregamento em três ou quatro pontos (ASTM C1161).
Resistência à Flexão
o seção circular
o seção retangular
Corpo de prova
Flexão em 3 pontos
 Ensaio de Flexão em 3 pontos
 No ponto de carregamento, a superfície superior do corpo de prova é
colocada em um estado de compressão, enquanto a superfície inferior
encontra-se em tração.
Resistência à Flexão
= deflexão da viga ao se
aplicar uma força F
Resistência à Flexão
 A tensão no momento da fratura ( ) no ensaio de flexão é conhecida por:
resistência à flexão, módulo de ruptura, resistência à fratura ou resistência à
dobra  importante parâmetro mecânico para materiais frágeis.
 Para seção reta retangular e circular, à resistência à flexão (σ ) é igual a,
respectivamente:
 Seção transversal reta:
 Seção circular:
F: representa a carga no momento da Fratura
L: é a distância entre os pontos de suporte
d: espessura do corpo de prova
b: largura do corpo de prova
R: raio do corpo de prova
σ: dependerá do tamanho do corpo de prova. Com o aumento do volume do corpo de prova (sob
tensão) existe um aumento na severidade do defeito e, consequentemente, uma diminuição na
resistência á flexão
σ =
σ =
Resistência à Flexão
=li
Antes da
deformação
F= carga instantânea aplicada perpendicularmente à seção reta
da amostra
Ao = área da seção reta original antes da aplicação de qualquer
carga
.
 Ensaio de Compressão
 Avaliação da resistência ao esmagamento
 O corpo de prova é comprimido ao longo da direção da tensão.
Deformação de engenharia (ε):
Resistência à Compressão
 Geralmente utilizadas quando as condições de carregamento são
compressivas.
Quando usar o Ensaio de Compressão?
 Tensões de compressão  não existe qualquer amplificação de tensões
associada com qualquer defeito existente.
Resistência à Compressão
COMPORTAMENTO FRÁGIL
• Característica típica dos cerâmicos: melhor resistência em compressão que em tração
(ordem de um fator de 10).
 f
Ductilidade < a 0.1%
Comportamento tensão-deformação para materiais cerâmicos
 Comportamento Elástico
 f
tensão-deformação até a fratura para o óxido de alumínio (alumina) e para o vidro.
 Embora à Tambiente a maioria dos cerâmicos sofra fratura antes do
surgimento de qualquer deformação plástica, é necessário ver
rapidamente os seus mecanismos.
 A deformação plástica difere para cerâmicas cristalinas e não-
cristalinas.
Mecanismo de Deformação Plástica
Mecanismo de Deformação Plástica
 Cerâmicas cristalinas deformações plásticas ocorrem através do
movimento de discordâncias.
 As deformações plásticas são diferentes em cerâmicas cristalinas e
não-cristalinas
 Cerâmicas cristalinas deformações plásticas ocorrem através do
movimento de discordâncias.
Mecanismo de Deformação Plástica
 O deslocamento de discordâncias é muito difícil: íons com mesma carga elétrica são
colocados próximos uns dos outros – REPULSÂO.
 Cerâmicas em que predomina a ligação iônica: poucos sistemas de
escorregamento – difícil movimentação das discordâncias.
 Cerâmicas em que predomina a ligação covalente: número limitado de sistemas de
escorregamento; escorregamento também é difícil – LIGAÇÃO FORTE.
 Pouca ou Nenhuma deformação Plástica.
as deformações plásticas NÃO
Mecanismo de Deformação Plástica
 Cerâmicas não- cristalinas
 As deformações plásticas são diferentes em cerâmicas cristalinas e
não-cristalinas
ocorrem através do movimento de
discordâncias!!!
 Não há uma estrutura cristalina regular – NÃO HÁ DISCORDÂNCIAS;
Como ocorre a deformação plástica ??
 Deformação por ESCOAMENTO VISCOSO (que é a maneira segundo a qual os líquidos
se deformam);
Mecanismo de Deformação Plástica
 Cerâmicas não- cristalinas
 A propriedade característica para um escoamento viscoso, a
viscosidade, representa uma medida de resistência à deformação de
um material não-cristalino.
 Para o escoamento viscoso de um líquido
que tem sua
cisalhamento
origem
impostas
nas tensões de
por duas chapas
planas e paralelas:
η: viscosidade
τ: tensão de cisalhamento aplicada, e
dv: alteração na velocidade em função da
dy: distância em uma direção perpendicular e se afastando das chapas  Taxa de
deformação.
Mecanismo de Deformação Plástica
 Cerâmicas não- cristalinas
 Líquidos  viscosidades relativamente baixas.
 Vidros  viscosidades extremamente elevadas à temperatura ambiente.
temperatura  magnitude da ligação  movimento de escorregamento
ou escoamento dos átomos ou
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  • 1. [AULA 02] Professora: Valdeci Bosco dos Santos 2016/2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Curso de Bacharelado em Engenharia de Materiais
  • 3. Cerâmica O termo cerâmica vem do grego Keramos (matéria prima queimada). As propriedades são obtidas após tratamento térmico
  • 4. Histórico Cerâmica: antiguidade • Keramos = “coisa queimada” (grego) • 5000 A.C.: artefatos de argila (earthenware), louça de barro (pottery) • 3500 A.C.: torno de oleiro (roda de madeira movida por um pedal), o qual permite fazer vasos perfeitos, de superfície lisa e espessura uniforme, em um tempo relativamente breve)
  • 6. Histórico Cerâmica: antiguidade • ~1000 A.C.: porcelana (China) Porcelanas – surgiram na China durante a dinastia Han (221 A.C. e 220 D.C) Características: Brancura, translucidez e dureza
  • 7. • Porcelana na China Cerâmica: antiguidade Exército de terracota, Guerreiros de Xian ou ainda Exército do imperador Qin Coleção de esculturas de terracota representando os exércitos de Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China. 210-209 a.C. esculturas enterrada com o imperador, cuja finalidade era proteger o governante chinês em sua vida após a morte. Encontradas em 1974 por agricultores locais no
  • 8. Cerâmica: idade contemporânea • Séc. 18: (Alemanha), porcelana colagem, Histórico extrusão, forno túnel • Séc. 19: mecanização, microscopia ótica, cones pirométricos • Séc. 20: raios X, microscopia eletrônica, materiais sintéticos, automatização e cerâmica de alta tecnologia
  • 9. Histórico No Brasil: • Ilha de Marajó - Pará • 400 a 1400 D.C.: Os índios de Marajó faziam peças utilitárias e decorativas. • Confeccionavam vasilhas, potes, urnas funerárias e etc
  • 10. Cerâmica: definição usual  Materiais cerâmicos: são compostos inorgânicos formados por elementos metálicos e não metálicos. Outra definição:  São compostos sólidos, que são formados pela aplicação de calor, e algumas vezes calor e pressão, que podem ser constituídos por metais, não metais ou elementos intermediários.
  • 11. OS MATERIAS CERÂMICOS NATABELA PERIÓDICA Usualmente: Materiais cerâmicos: são compostos inorgânicos formados por elementos metálicos e não metálicos. Exemplos de combinações  M + NM: MgO, Al2O3,  M + NM:TiC  I + NM: SiC, B4C  I + NM: SiO2, Si3N4 I (intermediário) = semi- metal
  • 12. Materiais cerâmicos: são compostos inorgânicos formados por elementos metálicos e não metálicos. Podem ser simples ou complexos. (talco), MgO (óxido de Exemplos:  SiO2(sílica), Al2O3 (alumina), Mg3Si4O10(OH)2 Magnésia), vidro, cimento e materiais argilosos.  Carbonatos, fosfatos, halogenetos alcalinos (NaCl) ... BaLiF3,  Carbetos (TiC, Si3C4...), nitretos (Si3N4, BN...), boretos (TiB, ZrB ...)  Óxidos, fluoretos, carbetos complexos: BaTiO3, YBa2Cu3O7, LiCaAlF6, Ti3SiC2, ... Cerâmica
  • 14. Estrutura Cristalina O processo de fabricação dessas duas classes é bastante distinto (queima e fusão). Material Cristalino: apresenta um arranjo periódico ou repetido ao longo de grandes distâncias atômicas (existe ordem de longo alcance). Material não-Cristalino (Amorfo): não apresentam arranjo atômico regular e periódico de longo alcance. Vidro ( SiO2:Sílica vítrea) Quartzo (SiO2: sílica cristalizada)
  • 15. Estrutura Cristalina Material Cristalino: apresenta um arranjo periódico ou repetido ao longo de grandes distâncias atômicas (existe ordem de longo alcance). Material não-Cristalino (Amorfo): não apresentam arranjo atômico regular e periódico de longo alcance. Vidro ( SiO2:Sílica vítrea) Quartzo (SiO2: sílica cristalizada)
  • 16. Disposição dos átomos em uma Estrutura Cristalina Material Cristalino Material não - Cristalino (amorfo)
  • 18. Material Z: estrutura cristalina Ts = temperatura de síntese Ts = 900 o C Ts = 300 o C
  • 19. CERÂMICOS CRISTALINOS AMORFOS (VIDROS) VIDRO-CERÂMICOS Incluem os cerâmicos à base de Silicatos, Óxidos, Carbonetos e Nitretos Em geral com a mesma composição dos cristalinos, diferindo no processamento Formados inicialmente como amorfos e tratados termicamente Estrutura Cristalina
  • 21. Ligações Químicas  Os tipos primários de ligação em sólidos são: Iônicas, Covalentes e Metálicas. Ligações Químicas em Materiais Cerâmicos  Iônicas: óxidos e silicatos (alumina, silicatos hidratados de alumínio e de magnésio – talco)  Covalentes: nitretos, carbetos e boretos Observação: nenhuma cerâmica apresenta ligação química puramente iônica ou 100% covalente. A ligação atômica em cerâmicas é do tipo mista: covalente + iônica
  • 23.  A ligação atômica é do tipo mista: covalente + iônica;  Maior dureza e rigidez quando comparadas aos aços;  São frágeis que metais e  Maior resistência ao calor e à corrosão polímeros;  Temperatura de fusão elevada;  Alta capacidade calorífica;  Baixo coeficiente de expansão térmica;  Baixa condutividade térmica e elétrica. Propriedades Gerais
  • 25. Propriedades Mecânicas Descreve a maneira como um material responde a aplicação de força, carga e impacto.
  • 28.  CERÂMICAS Propriedades Mecânicas em Materiais Cerâmicos  f  f Aplicação LIMITADA:  Propriedades mecânicas, que em muitos aspectos àquelas pelos são inferiores apresentadas metais.  A principal desvantagem: fratura frágil
  • 29.  f  f  À temperatura ambiente, tanto cerâmicas cristalinas como as não-cristalinas sempre fraturam antes quase que deformação plástica qualquer possa ocorrer em resposta à aplicação de uma carga de tração. Propriedades Mecânicas em Materiais Cerâmicos
  • 30. Propriedades Mecânicas os quais são virtualmente impossíveis de serem eliminados controlados. ou  Fratura frágil - Porque ocorre?  Presença de defeitos muito pequenos e onipresentes no material:  diminutas trincas de superfície ou internas (microtrincas)  poros internos e arestas de grãos
  • 31. Tensão máxima na extremidade da trinca σm Magnitude da tensão de tração nominal aplicada σ0 Raio de curvatura da extremidade da trinca ρt Comprimento de uma trinca superficial, ou C/2 de uma trinca interna a Fratura Frágil  Sendo maior no caso de defeitos longos e pontiagudos.  Fratura Frágil  formação e propagação de trincas através da seção reta do material em uma direção perpendicular à carga aplicada.  O grau de amplificação da tensão depende do comprimento da trinca e do raio de curvatura da extremidade da trinca, de acordo com a equação:
  • 32.  A medida de habilidade de um material cerâmico em resistir à fratura quando uma trinca está presente é especificada em termos da tenacidade à fratura.  A tenacidade à fratura em deformação plana: KIc  Os valores da tenacidade à fratura em deformação plana para os materiais cerâmicos são menores do aqueles apresentados pelos metais; tipicamente eles são menores do que 10 MPa/m². Fratura Frágil
  • 33. Relembrando......METAIS Ensaio deTração Propriedades Mecânicas Comportamento tensão-deformação para o latão. Comportamento tensão-deformação
  • 34. Comportamento tensão-deformação para materiais cerâmicos  Resistência à Flexão  Resistência à Compressão Os Ensaios de Flexão e Compressão  são os mais apropriados para os materiais cerâmicos do que o de Tração. PORQUE ? ? ?
  • 35. . Comportamento tensão-deformação para materiais cerâmicos  É difícil preparar e testar amostras que possuam a geometria exigida;  É difícil prender e segurar materiais frágeis sem fratura-los;  As cerâmicas falham após uma deformação de apenas 0,1%, o que exige que os corpos de prova estejam perfeitamente alinhados para evitar tensões de dobramento ou flexão, que não são facilmente calculadas. PORQUE ? ? ? Em cerâmicas frágeis  comportamento tensão-deformação NÃO é em geral é avaliado por ensaio de tração. Porque Não é avaliado por ensaio de TRAÇÃO??
  • 36.  Ensaio de flexão transversal Corpo de prova na forma de uma barra (com seção reta circular ou retangular) é flexionado até sua fratura, utilizando uma técnica de carregamento em três ou quatro pontos (ASTM C1161). Resistência à Flexão o seção circular o seção retangular Corpo de prova Flexão em 3 pontos
  • 37.  Ensaio de Flexão em 3 pontos  No ponto de carregamento, a superfície superior do corpo de prova é colocada em um estado de compressão, enquanto a superfície inferior encontra-se em tração. Resistência à Flexão = deflexão da viga ao se aplicar uma força F
  • 38. Resistência à Flexão  A tensão no momento da fratura ( ) no ensaio de flexão é conhecida por: resistência à flexão, módulo de ruptura, resistência à fratura ou resistência à dobra  importante parâmetro mecânico para materiais frágeis.  Para seção reta retangular e circular, à resistência à flexão (σ ) é igual a, respectivamente:  Seção transversal reta:  Seção circular: F: representa a carga no momento da Fratura L: é a distância entre os pontos de suporte d: espessura do corpo de prova b: largura do corpo de prova R: raio do corpo de prova σ: dependerá do tamanho do corpo de prova. Com o aumento do volume do corpo de prova (sob tensão) existe um aumento na severidade do defeito e, consequentemente, uma diminuição na resistência á flexão σ = σ =
  • 40. =li Antes da deformação F= carga instantânea aplicada perpendicularmente à seção reta da amostra Ao = área da seção reta original antes da aplicação de qualquer carga .  Ensaio de Compressão  Avaliação da resistência ao esmagamento  O corpo de prova é comprimido ao longo da direção da tensão. Deformação de engenharia (ε): Resistência à Compressão
  • 41.  Geralmente utilizadas quando as condições de carregamento são compressivas. Quando usar o Ensaio de Compressão?
  • 42.  Tensões de compressão  não existe qualquer amplificação de tensões associada com qualquer defeito existente. Resistência à Compressão COMPORTAMENTO FRÁGIL • Característica típica dos cerâmicos: melhor resistência em compressão que em tração (ordem de um fator de 10).
  • 43.  f Ductilidade < a 0.1% Comportamento tensão-deformação para materiais cerâmicos  Comportamento Elástico  f tensão-deformação até a fratura para o óxido de alumínio (alumina) e para o vidro.
  • 44.  Embora à Tambiente a maioria dos cerâmicos sofra fratura antes do surgimento de qualquer deformação plástica, é necessário ver rapidamente os seus mecanismos.  A deformação plástica difere para cerâmicas cristalinas e não- cristalinas. Mecanismo de Deformação Plástica
  • 45. Mecanismo de Deformação Plástica  Cerâmicas cristalinas deformações plásticas ocorrem através do movimento de discordâncias.
  • 46.  As deformações plásticas são diferentes em cerâmicas cristalinas e não-cristalinas  Cerâmicas cristalinas deformações plásticas ocorrem através do movimento de discordâncias. Mecanismo de Deformação Plástica  O deslocamento de discordâncias é muito difícil: íons com mesma carga elétrica são colocados próximos uns dos outros – REPULSÂO.  Cerâmicas em que predomina a ligação iônica: poucos sistemas de escorregamento – difícil movimentação das discordâncias.  Cerâmicas em que predomina a ligação covalente: número limitado de sistemas de escorregamento; escorregamento também é difícil – LIGAÇÃO FORTE.  Pouca ou Nenhuma deformação Plástica.
  • 47. as deformações plásticas NÃO Mecanismo de Deformação Plástica  Cerâmicas não- cristalinas  As deformações plásticas são diferentes em cerâmicas cristalinas e não-cristalinas ocorrem através do movimento de discordâncias!!!  Não há uma estrutura cristalina regular – NÃO HÁ DISCORDÂNCIAS; Como ocorre a deformação plástica ??  Deformação por ESCOAMENTO VISCOSO (que é a maneira segundo a qual os líquidos se deformam);
  • 48. Mecanismo de Deformação Plástica  Cerâmicas não- cristalinas  A propriedade característica para um escoamento viscoso, a viscosidade, representa uma medida de resistência à deformação de um material não-cristalino.  Para o escoamento viscoso de um líquido que tem sua cisalhamento origem impostas nas tensões de por duas chapas planas e paralelas: η: viscosidade τ: tensão de cisalhamento aplicada, e dv: alteração na velocidade em função da dy: distância em uma direção perpendicular e se afastando das chapas  Taxa de deformação.
  • 49. Mecanismo de Deformação Plástica  Cerâmicas não- cristalinas  Líquidos  viscosidades relativamente baixas.  Vidros  viscosidades extremamente elevadas à temperatura ambiente. temperatura  magnitude da ligação  movimento de escorregamento ou escoamento dos átomos ou íons ficam facilitados.  Viscosidade.