3. ASFIXIAS
ETIMOLOGIA
Grego: a = ausência; sfizos = pulso
DEFINIÇÃO MÉDICA
Perturbação oriunda da privação do
oxigênio
CLASSIFICAÇÃO
- Completa ou incompleta (dependendo da gravidade da
situação) - Rápida ou lenta (dependendo da velocidade
de instalação)
4. Sinais Externos
1 - Cianose da face e leitos ungueais
2 - Espuma na boca e narinas
3 - Equimoses externas
5. SINAIS INTERNOS
Tríade Asfíxica
Sinais presentes em (quase) todas as modalidades de
asfi xia:
1)Sangue fl uido escuro (exceção: afogamento - o sangue é
claro );
2)Congestão poli-visceral (Sinal de Etienne-Martin),
devido à falência cardíaca que antecede a morte .
Obs – É um sinal de muito difícil identifi cação e
caracterização
3)Equimose ou mancha de Tardieu que encontramos nas
regiões
6. Sinais Internos
3)Equimoses viscerais (ou manchas ou petéquias de
Tardieu) – localizadas principalmente nas regiões sub-
conjuntival, sub-pleural e sub-epicardica.
As petéquias de
Tardieu não são
patognomônicas,
mas são muito
sugestivas de algum
processo asfíxico
terminal.
7. Asfixia - Fases
DISPNÉIA INSPIRATÓRIA dura cerca de 1 minuto, indivíduo consciente
faz grande esforço para receber oxigênio é decorrente da hipoxemia
DISPNÉIA EXPIRATÓRIA dura cerca de 2 a 3 minutos, devido a
hipercapnia (grande concentração de gás carbônico), o indivíduo perde
gradativamente a consciência e pode apresentar convulsões.
ESGOTAMENTO dura de 2 a 3 minutos indivíduo inconsciente ocorre a
parada respiratória (morte aparente)
MORTE
8. Asfixia- Importância Legal
Lei 7.209/84, não mais considera a asfixia como agravante mas sim
um meio cruel.
Código Penal
Art. 121 - Matar alguém:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos
Homicídio qualificado
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
9. Asfixia – Importância Legal
A asfixia é considerada meio cruel de matar, pois o processo
asfíxico somente produz a morte com cerca de cinco minutos,
sendo meio demorado de produzir a morte, com intenso
sofrimento da vítima, o que nos mostra o inequívoco dolo de
matar.
Consequência jurídica: A morte em legítima defesa através da
asfixia, é muito difícil de ser aceita, uma vez que vindo a
pessoa a desfalecer no primeiro minuto, tem o agressor mais
quatro minutos para arrepender-se e sustar o processo asfíxico.
10. Classificação das Asfixias
1) Asfixias por obstrução das vias respiratórias
a) Sufocação direta: obstáculos à passagem do ar (narina, boca, laringe)
b) Constrição cervical: Enforcamento/Estrangulamento/Esganadura
2) Asfixias por restrição aos movimentos do tórax;
a) Compressão torácica (sufocação indireta)
b) Fraturas costais múltiplas
3) Por modificação do meio ambiente;
a) Afogamento
b) Soterramento
c) Confinamento
4) Asfixias por parada respiratória central - Paralisia dos músculos
respiratórios
a) Traumatismo crânio-encefálico ou medular
b) Drogas depressoras do SNC (ver aula: “Lesões por Agentes
Químicos”)
11. AFOGAMENTO
Uma pessoa que está se afogando não consegue prender a
respiração e manter a cabeça fora da água por muito tempo. Ao
ser forçada a respirar, determinada quantidade de água é
aspirada para as vias aéreas, e a tosse ocorrerá instantaneamente,
como resposta reflexa, numa tentativa de proteger o organismo.
A laringe pode sofrer espasmo (laringoespasmo), embora seja um
evento raro (menos de 2%), e logo essa sensação de sufocamento
é aliviada pela hipóxia cerebral. Se não houver o resgate, maior
quantidade de água continuará a ser aspirada, levando
rapidamente o indivíduo à inconsciência e apneia. A taquicardia
dará sequência à bradicardia, atividade elétrica sem pulso (AESP)
e, finalmente, à perda completa do ritmo cardíaco e da atividade
elétrica (assistolia).
31. HEMATOLOGIA
A forma como as manchas de sangue
estão dispostas no local do crime
ajuda na sua reconstrução. Um olhar
atento sobre essas manchas revela a
posição da vítima e do agressor, o
trajeto de ocultação do cadáver ou de
fuga, a arma, intensidade e distância
que ela foi utilizada e até incluir e
excluir suspeitos.
32.
33. COLORAÇÃO DAS MANCHAS
Normalmente as manchas recentes são vermelhas e
úmidas, passando de vermelho-castanho a castanho-
escuro. As manchas que estejam bem secas
apresentam aspecto fendilhado, com escamas
brilhantes e aspecto esverdeado.
34.
35. IDADE DA MANCHA
A idade da mancha depende de dois fatores, cor e o
grau de solubilidade. A cor determina a idade da
mancha, mas deve-se levar em conta elementos
como a umidade, temperatura, putrefação,
intensidade de luz e agentes químicos que
influenciam neste sentido. De um modo geral,
quanto mais recente maior a solubilidade.
36. TOPOGRAFIA DAS MANCHAS
Através da distribuição topográfica é possível dizer
se houve deslocamento do cadáver, se a vítima
caminhou após o ferimento, por onde andou, que
posição estava, se praticou certos atos antes ou
após o ferimento. Pode determinar, também, os
atos do criminoso, bem como se estava ferido.
37.
38.
39. FORMA DA MANCHA
Através do estudo de como a mancha se apresenta, pode-
se determinar aspectos primordiais para desvendar, e
mostrar a hipoteticamente o que aconteceu no teatro
de do crime, observando a altura, o ângulo e a
violência que atingiu o corpo em analise.
41. MANCHAS POR PROJEÇÃO
Gotas: forma circular = pequena
altura; forma estrelada, com
bordos irregulares = altura
aproximada de 30 a 60cm; forma
estrelada com bordos denteados,
gotas satélites = altura superior a
120 a 200 cm; gotículas = altura
superior a 2,2m.
42.
43.
44. MANCHAS POR PROJEÇÃO
Salpicos: quando a
projeção do sangue é
feita sob impulso e
uma segunda força e
cai sob a ação da
gravidade (forma
alongada na fase
final).
45. Estas manchas podem
formar-se em virtude
de diversos
mecanismos de
impacto ou de
projeção, como por
exemplo
espancamento.
46. PADRÃO DE SALPICO PARA A
FRENTE/DIANTEIRO
Este padrão é
normalmente
observado em eventos
cuja arma do crime é
uma arma de fogo,
contudo também
poderá ser observado
em casos relacionados
com explosões,
acidentes de viação ou
com ferramentas
47. PADRÃO DE SALPICO TRASEIRO
Este padrão é originado
pelas gotas de sangue
que se movem na direção
contrária à da força
externa aplicada,
estando associado a um
orifício de entrada
criado por um projétil
48.
49. PADRÃO DE NEVOEIRO/NÉVOA
Trata-se de uma padrão
que resulta da redução
de sangue a uma
pulverização de
pequeníssimas gotas,
como conseqüência da
força que foi aplicada,
podendo estar associado
a armas de fogo.
50. PADRÃO PROJETADO
Este padrão resulta da
projeção/ejeção de um
certo volume de sangue
que está sob pressão.
Contudo, contemplam
padrões de projeção
como o jato arterial e o
padrão de lançamento,
na família dos salpicos
lineares.
51.
52. PADRÃO DE SANGUE ARTERIAL
Este padrão surge em
conseqüência da projeção de
sangue causada pela pressão
arterial, expelindo-o de
forma semelhante a um
spray As suas especificidades
prendem-se com a cor
vermelha intensa e a
ondulação como
particularidade da pulsação,
sendo que as características
do padrão dependem
essencialmente da
localização do ferimento, do
volume de sangue que é
dispersado, da posição
inicial e movimentações da
vítima depois de ferida.
53. PADRÃO DE LANÇAMENTO
Este padrão é criado
pela libertação de
gotas de sangue de um
determinado objeto
devido ao movimento
deste (Terminologia
Recomendada, PJ),
como por exemplo o
movimento de uma
faca ou de uma mão
ensanguentada.
54. PADRÃO DE EXPIRAÇÃO
Trata-se de um padrão
de manchas de
sangue produzido a
partir de sangue que
é forçado a sair
através de um fluxo
de ar para fora do
nariz, boca ou ferida
nas vias respiratórias
55. Bom Final de Semana.
Obrigado a todos...
Professor William Silva The
@wylliam_the