Documento - Marcelo Valle Silveira Mello e Emerson Eduardo Rodrigues
Boletim Informativo da ACRA
1. preços na distribuição
terceira
preços na distribuição
pico e faial
23
Boletim Informativo da ACRA
preços nas distribuição
são miguel
Número 100 – Nov 2017
EM DEFESA DO CONSUMIDOR
Juntos, seremos mais FORTES!!!
formativo
em destaque
21
A C R A
16
22
alimentação
alergias e intolerâncias:
diferenças e cuidados
cabaz do natal: a consoada não
é igual para todos
casos de sucesso
flávio
vs.
a. marques
higiossanitárias
avaliação das
maiores superfícies
da distribuição
2. 29 anos ao serviço do consumidor
Boletim Informativo • Número 100 • Nov 2017
2
“Há muitas pessoas vivendo numa prisão ima-
ginária, são os prisioneiros de suas próprias
mentes, ali jogados pelas limitações impostas
a si mesmas, aceitando a pobreza e a derro-
ta.
ANDREW CARNEGIE
3. 16CABAZ DO NATAL
A Consoada: não é igual para todos
associação de consumidores da região açores ACRA 3
Juntos, seremos mais FORTES!!!
OPINIÃO
Os estilos de vida em consumo: da
convulsão à coesão
desde 1989
Ficha Técnica
Propriedade:
ACRA, Associação dos Consumidores da Região Açores
Director:
Mário Agostinho Reis (Secretário Geral)
Colaboradores:
Carolina Aguiar, Patrícia Cruz,
Luís Resendes, Lina Raposo, Carla Arruda
Mário Mota, Vera Medeiros, Beja Santos
Maquete, composição e montagem:
Serviços de Informação da ACRA
Contactos da ACRA:
Ponta Delgada: Rua de São João, 33
9500-107 Ponta Delgada
(/6:296 629 302 *: consumidores@acra.pt
Angra do Heroísmo: Rua Dr. Eduardo Abreu n.º 7
9700–072 Angra do Heroísmo
(/6: 295 217 589 *: consumidores.ah@acra.pt
Horta: Largo Duque D´Ávila e Bolama, n.º 4, 2º Dto
9900–141 Horta
(/6: 292 292 218 *: consumidores.hr@acra.pt
https://www.acra.pt
Formato: Publicação digital de 16 páginas A4 (*)
Assinantes: 10.475 (**)
Periodicidade: Mensal
(*) Eventualmente poderá ser distribuída edição impressa e o número de páginas poderá ser alterado de acordo com as exigências editorias
(**) Não podem ser cobradas assinaturas nem vendidas versões impressas
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16CABAZ DO NATAL
A Consoada: não é igual para todos
BOLETIM INFORMATIVO
ACRA, Associação de Consumidores dos Açores
10EM ESTUDO
Alimentação: Alergias e intolerências
34CASOS DE SUCESSO
Flávio VS A. Marques
24DISTRIBUIÇÃO - HIGIOSSANITÁRIAS
São Miguel, Terceira, Faial e Pico
4. EDITORIAL
A defesa dos consumidores
implica tomar partido.
29 anos ao serviço do consumidor
Boletim Informativo • Número 100 • Nov 2017
4
S
empre que alguém se sente
injustiçado, algo no sistema
falhou. Falamos dos casos de
pessoas que poderão ser qua-
lificados como sendo cidadãos
comuns. Não estamos a pensar em pessoa com
inteligências superiores, grau elevado de desen-
volvimento de competências, ou comprometi-
mento cívico anormal.
Não. Falamos de gente absolutamente desconheci-
da e que preza continuar a sê-lo e que não esganiça
a voz nos ajuntamentos e/ou organizações porque
simplesmente quer ser anónima.
Mas o facto de querer ser anónima não lhe dá mesno
direito que aos demais, apenas por parecer terem
menos capacidade reivindicativa.
E anónimos são os utentes do Serviço Nacional
de Saúde que desesperam por vez nas consultas
de especialidade porque não há recursos pra fixar
meios humanos nem para manter em funcionamento
os meios técnicos.
Anónimos são os alunos de todos os graus de ensi-
no que esperam pacientemente que os políticos de
uma vez or todas estabilizem as bases curriculares
que pretendem para o ensino em Portugal.
Anónimos são os consumidores de energia elétrica
que andam há anos a pagar incentivos ao investi-
mento privado nas energias renováveis, para além
de terem de pagar défices tarifários loucos das lou-
curas eleitoralistas de todos os governos que quise-
ram manter artificialmente baixos os preços da ener-
gia, fazendo-nos acreditar que nunca ninguém iria
exigir a cobrança do que ficava por pagar.
Anónimos são tantos e tantas, lesados do BES, do
BANIF, do BPN, do BPP, assim como os lesados da
Segunraça Socisal ou da Caixa Nacional de Pen-
sões que viram e veem as suas expectativas defrau-
dadas porque entretanto o que era sério e seguro
deixou de o ser, ou pura e simplesmente porque os
homens e as mulheres vivem hoje mais tempo do
que há anos atrás.
Anónimos são os utilizadores dos serviços de trans-
porte, acostumados já à oferta pobre em horários e
meios.
Anónimos são os utilizadores dos serviços de co-
municações que veem os seus contratos alterados
unilateralmente e têm de esperar meses para que a
autoridade respetiva mande reverter a situação.
Não ter nas mãos poder para chamar a atenção para
os seus direitos, é não ter nome, quase não ter per-
sonalidade.
Por isso existe a ACRA, para restituir a sensação
de personalidade cumprida a todos os consumidores
anónimos.
A todos os nossos associados, Boas Festas. Aos
que o não são, Boas Festas também. Façamoz um
esforço para sair do anonimato. Junta-te a nós e
Juntos, seremos mais fortes.
5. associação de consumidores da região açores ACRA 5
Juntos, seremos mais FORTES!!!
Os estilos de vida
em consumo: da
convulsão à coesão
Beja Santos
1
A civilização e a cultu-
ra, de finais do século
XVIII até ao início da II
Guerra Mundial, eram
definidas por merca-
dorias, transportes marítimos cé-
leres, a apologia do triunfo do tra-
balho; segue-se um ciclo em que
a cornucópia dos consumos, a
apologia das massas e a concre-
tização do Estado de bem-estar
se anunciaram pelos modelos da
sedução, a passagem da repre-
sentação política para a política
da representação, dos ideais co-
letivos para o individualismo; ago-
ra, mais perto, com o paradigma
digital, cedo se anunciou um con-
junto de tempestades que agora
despontam à superfície: a cólera
perante as desigualdades, o re-
gresso ao nacionalismo primário e
ao nacionalismo romântico, típico
do século XIX, entre muitos outros
elementos.
Enfim, uma longa trajetória em
que a energia e o aparato tec-
nológico mudaram de pilares: do
vapor à eletricidade, da omnipre-
sença do petróleo à fibra ótica e
às energias renováveis, agora as
esperanças apontam para uma
viatura elétrica que mudará a face
da civilização tal como a vivemos,
sendo impossível prever a tela de
consequências na ocupação do
território, nos modelos de traba-
lho, nos estilos de vida. Mas esse
futuro já começou.
2
A sociedade do con-
sumo consagrada no
pós-guerra assenta-
va num modelo ideo-
lógico relativamente
simples de caraterizar: um mo-
delo de desenvolvimento direcio-
nado para obras públicas, rede
de transportes, multiplicação de
serviços, satisfação das neces-
sidades coletivas em habitação,
saúde e educação – as alavancas
democráticas para deitar no lixo
as seduções totalitárias.
Os cidadãos responderam, entu-
6. 29 anos ao serviço do consumidor
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DaConvulsãoàCoesão
siasmados, aproveitaram o novo
poder de compra para ter férias,
acessos a lazeres variados, a
comparecer a mais fórmulas de
entretenimento de cultura, o con-
sumo, mais do que norma estatu-
tária, transbordou para todas as
práticas do quotidiano: o equipa-
mento doméstico significou mais
higiene, mais conforto, uma per-
manente remodelação da mobília,
dos eletrodomésticos, das artes
decorativas; mudou a lógica do
transporte e da mobilidade…
Onde havia vida de tertúlia, a co-
municação afetiva da proximida-
de, apareceu o televisor e o ritual
da comunicação alterou-se, prefe-
riu-se ver o espetáculo do mundo
em casa.
A panóplia desses bens de consu-
mo, a que se seguiu a obrigatorie-
dade de conhecimentos perante o
crescimento dos serviços, gerou a
preocupação de decidir bem pe-
rante os milhões de ofertas: assim
nasceu a proteção dos consumi-
dores que tinha o perímetro da
Terra, tudo lhe dizia respeito, o
cidadão consumidor precisava de
informação e devia-se-lhe apoiar
na formação, nos litígios de con-
sumo, promover regras de segu-
rança.
A teia cresceu, desmesuradamen-
te, as preocupações do cidadão
mudaram de ângulo perante de-
safios que nem se suspeitavam:
as chuvas ácidas, o aquecimento
da Terra, os lixos (desde os ater-
ros sanitários até aos lixos indus-
triais perigosos e os nucleares), a
responsabilidade social…
E a perda de estabilidade do em-
prego, o quase anacronismo do
telefone fixo, a morte da máquina
de escrever elétrica, alvoradas da
globalização, da economia digital,
da liberalização do mercado.
3
O cidadão-consumi-
dor passou a ser outra
coisa, em cada salto
tecnológico surgem
novos referentes, no-
vos patronímicos, novos valores,
novas atitudes.
Se a sociedade de massas con-
sagrar a cópia, esta é hoje uma
banalidade: veja o que se passa
no audiovisual, as crescentes di-
ficuldades no registo de cd’s, ins-
tantaneamente copiados e arma-
zenados no computador.
Mudou a nossa atenção perante o
espaço: a cidade é vista como um
espaço teatral, onde se faz turis-
mo para ver o bizarro, para conhe-
cer a gastronomia, para andar em
transportes que lembram o passa-
do, para mergulhar na multidão,
na vida noturna, para satisfazer o
hedonismo.
Viaja-se para conhecer a nature-
za, seja com uma atitude ambien-
tal, seja com uma atitude nostál-
gica. Mas há muitos mais prismas
neste caleidoscópio para analisar,
no céu, no mar e na terra.
O digital tornou-nos impacientes,
desde levantar dinheiro a pagar
contas e a obter informações,
sentimos ter direitos instantâneos.
As preocupações com a seguran-
ça mudaram de forma, tal como
a ética, porque estamos a reviver
lógicas do passado: nacionalismo
exacerbado, racismo, lutas étni-
co-religiosas, vírus de carga mu-
tável, anarquismos incompreensí-
veis, onde a globalização parecia
de vento em pompa vêm agora
as ameaças ao protecionismo, à
filtragem das fronteiras, à escolha
radical de amigos e inimigos que
ficarão debaixo da mais severa vi-
gilância eletrónica.
Este mesmo digital acabou por
ser a rede de transporte para
aquilo que o recém-falecido Zyg-
munt Bauman designou por mo-
dernidade líquida: desaparece-
ram os grandes projetos sociais
7. associação de consumidores da região açores ACRA 7
Juntos, seremos mais FORTES!!!
ou humanos, as nossas relações
persistem na linha das conveniên-
cias, deixaram de ser perduráveis,
o amor, a amizade, a fidelidade às
crenças e aos projetos é matéria
descartável.
A imagem não está só nos ecrãs,
é multímoda, cultivamos a nossa
própria imagem com a mesma na-
turalidade com que os meios de
comunicação abrem os noticiários
com um acidente ou uma catástro-
fe. Vivemos naturalmente a tirania
do presente, esquecendo muitas
vezes que há 150 anos não havia
a fotografia, nem a rádio nem o te-
lefone, nem a televisão, o vídeo, o
computador e a internet.
Foi neste espaço de tempo que
todos estes meios de comunica-
ção passaram a decidir as nossas
vidas o que é ou não é real, dig-
no de ser conhecido: há dias em
que somos avassalados pelo que
se passa nas migrações do Medi-
terrâneo e suas tragédias, noutros
(em que essas mesmas tragé-
dias persistem) somos ocupados
por um previsível confronto entre
os interesses norte-americanos
e chineses e mais adiante a im-
prensa centra-se apopleticamente
nos riscos da dívida pública portu-
guesa ou na fome em África – os
espectadores deixaram de ter a
noção do que separa o espetá-
culo noticiarista da dimensão dos
grandes problemas mundiais ou
nacionais.
4
Com tais e tantas mu-
danças, as preocu-
pações da cidadania
mudaram de natureza
e aquilo que eram as
preocupações com o consumo
foram relegadas para uma outra
noção de forma.
Somos hoje consumidores de for-
mas, e o que antes era uma po-
lítica que visava horizontalmente
todas as necessidades dos con-
sumidores, está reduzida à seg-
mentação: há reguladores para a
água, para os serviços elétricos,
para o turismo, para as comu-
nicações de todo o tipo, para o
transporte aéreo, para a saúde;
a segurança alimentar tem vários
vigilantes que se ocupam de ma-
térias parcelares… dentro deste
conceito de descentralização e
dispersão, da perda de uma au-
toridade a quem o consumidor se
possa dirigir, foi-se liquefazendo a
cidadania no consumo neste su-
permercado de instituições e en-
tidades que respondem perante
parcelas no mercado. Nenhum ci-
dadão admite transformar-se num
perito do mercado e colaborador
técnico da governação.
Mas não é tudo, era bem mais
agradável reduzir o consumidor a
este quadro molecular, e prepa-
rar-lhe a certidão de óbito.
Aconteceram outras coisas: o in-
dividualismo extremado, a ilusão
(que a tecnologia permite) de que
8. 29 anos ao serviço do consumidor
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DaConvulsãoàCoesão
podemos ter cada vez mais obje-
tos e serviços personalizados; a
ilusão de que a luta por ser “eu”
volatizou as classes sociais, e daí
a letargia em que se montou uma
globalização que permitiu as mais
brutais disparidades e desigualda-
des que agora se estão a transfor-
mar em ondas de violência e de
protesto, e que são o argumento-
-chave para o triunfo dos demago-
gos e dos populistas.
O consumo enquanto vertente da
cidadania também está fragilizado
neste presente descontínuo, é tal
a velocidade dos acontecimentos
que ficamos realmente nas tintas
perante tantos furacões, guerras
iminentes, incêndios colossais,
espécies em vias de extinção – já
nem medo temos, ficamos indi-
ferentes perante esta estridência
contínua, sensacionalista em que
até a vida é objeto de ficção. Não
se pode ser solidário na civiliza-
ção do espetáculo.
5
Para quem ainda tei-
ma, com convicções
e sentido de causa,
participar num modelo
de cidadania no con-
sumo, importa refletir sobre esta
multiplicidade de peças soltas
onde nadam à superfície o desen-
volvimento sustentável, a respon-
sabilidade social, a solidariedade
que devia ser devida a todos os
agentes sociais no consumo, a
austeridade interminável, a rea-
lização de facto do mercado úni-
co europeu, há que ter em conta
um encadeado de fenómenos que
tem alterado os comportamentos
dos consumidores, com realce
para o low-cost, o alojamento tu-
rístico urbano e rural, as compras
online.
Na verdade, vivemos obrigados a
atender a fenómenos novos e a
alterações comportamentais com
maior ou menos expressão.
A desvalorização da arte é um
desses fenómenos curiosos para
estudar o que é hoje a pauta das
grandes desigualdades: há obje-
tos de arte altamente cotados, de-
sejados como investimentos dura-
douros e de prestígio, e é possível
comprar em leilões objetos que
perderam nestes últimos anos va-
lores de mercado, o que também
é necessário estudar como o di-
nheiro muda de mãos em função
das novas categorias sociais.
Para terminar, convém relembrar
que não há ciclos fechados na
sociedade de consumo. Não está
nas mãos de cada um pôr em
prática reguladores globais que
podiam afinar um efetivo modelo
de solidariedade e de responsabi-
lização.
Compete à boa governação
abrir caminho para as práticas
da literacia, mas para que isso
aconteça é indispensável que
se volte a ver o Estado como o
garante supremo da coesão da
sociedade. A ele compete-lhe
dar estímulo ao papel formativo e
educativo, a fomentar a coopera-
ção, o voluntariado e a substituir
a baixíssima intensidade da po-
lítica de consumidores por uma
reorganização dos departamentos
governamentais para que sejam
implicados a cuidar dos interes-
ses do cidadão no consumo, com
pouco custo os cidadãos deviam
ser mais consultados e auscul-
tados no campo das medidas de
política que têm peso na vida com
qualidade, desde as práticas co-
merciais às comunicações eletró-
nicas.
Essa boa governação não pode
passar à margem destas obriga-
ções: assim como não há demo-
cracia sem democratas não há so-
lidariedade em que o consumidor
não seja valorizado como o agen-
te de desenvolvimento, beneficiá-
rio e patrocinador de uma civiliza-
ção e cultura pontuadas por aquilo
que convencionámos designar os
padrões das democracias que en-
formam o espírito europeu.
9. associação de consumidores da região açores ACRA 9
Juntos, seremos mais FORTES!!!
A
esperança como um fósforo inda aceso,
Deixei no chão, e entardeceu no chão ileso.
A falha social do meu destino
Reconheci, como um mendigo preso.
Cada dia me traz com que esperar
O que dia nenhum poderá dar.
Cada dia me cansa da esperança...
Mas viver é esperar e se cansar.
O prometido nunca será dado
Porque no prometer cumpriu-se o fado.
O que se espera, se a esperança é gosto,
Gastou-se no esperá-lo, e está acabado.
Quanta acha vingança contra o fado
Nem deu o verso que a dissesse, e o dado
Rolou da mesa abaixo, oculta a carta,
Nem o buscou o jogador cansado.
Fernando Pessoa
11. Colaboração de Carolina Aguiar
Leite de vaca e
derivados
A
alergia à proteína do
leite de vaca é dife-
rente da intolerância
à lactose. A alergia
à proteína do leite de
vaca é uma reação do organismo
às proteínas presentes no leite (ex:
caseína, alfa-lactoalbumina, beta-
-lactoglobulina), enquanto que a in-
tolerância à lactose surge perante a
dificuldade do organismo em digerir
a lactose - açúcar do leite - devido à
diminuição ou ausência de lactase,
enzima que a digere.
A expressão “alergia à lactose” é
errada e não existe, pois a alergia é
uma reação à proteína e a lactose é
um açúcar.
É, assim, importante diferenciar a
alergia à proteína do leite de vaca
da intolerância à lactose e relembrar
que alguns alimentos sem lactose
possuem as proteínas do leite e não
podem ser consumidos por crianças
com alergia à proteína do leite de
vaca. Por exemplo, há chocolates
que são classificados como isentos
de lactose (açúcar do leite). Porém,
por vezes, na lista de ingredientes
encontramos “gordura anidra do lei-
te” (gordura do leite isenta de água),
que pode conter proteínas do leite,
associação de consumidores da região açores ACRA 11
Juntos, seremos mais FORTES!!!
12. sendo, assim, um alimento de risco
para quem sofre de alergia à proteí-
na do leite de vaca.
De seguida encontra-se uma lista-
gem com exemplos de alimentos que
devem ser excluídos ou evitados na
alimentação em caso de diagnóstico
médico de alergia à proteína do leite
de vaca ou intolerância à lactose:
LEITE "SEM" LACTOSE
A lactose é um hidrato de carbono que faz parte da composição natural do lei-
te e que tem como função fornecer energia ao organismo. Algumas pessoas
têm, no entanto, dificuldade em digeri-la.
Assim sendo, existem disponíveis no mercado diferentes opções para quem
tem intolerância à lactose. Mas, a bem ver, a lactose continua presente no
leite: a este é adicionada a enzima lactase, que em pouco tempo inicia o
processo de digestão da lactose, que a divide em dois componentes: glicose
e galactose. Este processo não modifica nenhuma propriedade nem a com-
posição do leite.
Outra grande diferen-
ça está no sabor do
leite, que se apresen-
ta mais adocicado.
Como a lactose foi
degradada em com-
ponentes mais peque-
nos, mais rapidamen-
te se faz sentir nas
papilas gustativas,
dando a entender que
um leite é mais doce.
AlergiaseIntolerânciasAlimentares 29 anos ao serviço do consumidor
Boletim Informativo • Número 100 • Nov 2017
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13. Flores do rochedo
Flores do rochedo diante do mar verde
com veias que me lembravam outros amores
ao brilharem na lenta queda de gotas,
flores do rochedo semblantes
que vieram quando ninguém falava e me falaram
que me deixaram tocá-los depois do silêncio
entre pinheiros loendros e plátanos.
Yorgos Seferis
associação de consumidores da região açores ACRA 13
Juntos, seremos mais FORTES!!!
14. São Miguel e Santa Maria
29 anos ao serviço do consumidor
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atividadesdosecretariadogeraldepontadelgada
Atividade dos
Serviços em
Ponta Delgada
Outubro
• Fez 14 novos associados, e abriu 23 novos processos;
• Elaborou 4 pareceres, solicitados pela chefe de divisão do IAMA – Insti-
tuto de Alimentação e Mercados Agrícolas, Governo Regional dos Aço-
res e pelo gabinete de S. Exa. o Senhor Secretário de Estado Adjunto e
do Comércio;
• Monitorizou 2 sessão de informação, na Escola B/I Roberto Ivens e na
Escola B/S de Nordeste;
• Visitou as maiores superfícies comerciais alimentícias da ilha de S.
Miguel, com intuito de avaliar as condições higiossanitárias das suas
estruturas, produtos comercializados e a higiene praticada pelos seus
funcionários, assim como recolher os preços de produtos que compõem
um cabaz previamente selecionado.
15. associação de consumidores da região açores ACRA 15associação de consumidores da região açores ACRA 15
Juntos, seremos mais FORTES!!!
atividadesdosecretariadogeraldepontadelgada
Plano para o mês vindouro:
• Realização de várias sessões de esclarecimento nos diversos estabele-
cimentos de ensino da ilha de S. Miguel e Terceira, conforme agenda-
mento;
• Visita às maiores superfícies comerciais alimentícias da ilha de S. Mi-
guel, com intuito de avaliar as condições higio-sanitárias das suas estru-
turas, produtos comercializados e a higiene praticada pelos seus funcio-
nários, assim como recolher os preços de produtos que compõem um
cabaz previamente selecionado.
16. 29 anos ao serviço do consumidor
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CABAZDENATAL
A Consoada não é
igual para todos
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associação de consumidores da região açores ACRA 17
A
ACRA compôs uma
lista de compras para
constituir a base de
análise dos preços
ao consumidor para
a Festa do Natal: Amendoim, Azei-
te, Bacalhau Inteiro, Batatas, Bolo
Rei, Cebolas, Chocolates/Bombons,
Chouriço de Carne, Couve, Espu-
mante Doce, Espumante Meio Seco,
Figos, Galinha c/ miúdos, Grão de
Bico, Laranja, Licor de Amora, No-
zes, Ovos, Pão, Passas, Perú, Pe-
vides, Pimento Vermelho, Refrige-
rante, Sortido de Bolachas, Sumo de
Fruta, Tomate, Vinho branco, Vinho
do Porto, Vinho tinto.
As médias por ilha não são muito
díspares, mediando entre a mais
baixa e a mais alta apenas € 12.
Seria enganador uma análise que se
limitasse a estes dados já que, como
veremos, as diferenças entre custos
do cabaz irão mostrar-se bastante
acentuadas.
Comecemos por analisar as locali-
dades das Ilhas Faial e Pico. Aqui a
diferença entre a média menor e a
mais elevada continua a ser relativa-
mente baixa, situando-se nos € 13.
Os intervalos que separam as loca-
lidades da Ilha Terceira são ainda
mais ténues que as da Ilha do Pico,
mediando entre a mais baixa e a
mais elevada apenas € 6.
18. Porém, em São Miguel, as diferen-
ças entre as várias médias são con-
sideráveis, situando-se o intervalo
entre a mais baixa e a mais alta nos
€ 36.
Isto fica a dever-se à grande dis-
tância que separa o custo médio do
cabaz da marca Continente do dos
cabazes das outras marcas em São
Miguel. São € 18 para a marca Man-
teiga e € 23 para a marca Solmar.
Aliás, a marca Solmar volta a dispa-
rar na ilha do Pico, com um intervalo
de € 13 para a marca mais barata,
Âncora Parque.
Aliás, a média do preço do cabaz no
Pico teria ficado muito próxima da
média da Terceira, não fossem os
preços do Solmar.
Mesmo assim, a média das superfí-
cies desta marca em todos a Região
ainda fica aquém do custo do cabaz
no Faial Kompra.
CABAZDENATAL 29 anos ao serviço do consumidor
Boletim Informativo • Número 100 • Nov 2017
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19. Não existem diferenças notórias de
ilha para ilha na composição do pre-
ço do cabaz segundo os grupos de
produtos. Assim, em todas as ilhas o
grupo que contribui mais para custo
total é o de “outros”, onde se englo-
bam os doces, aperitivos, frutos se-
cos, etc. Segue-se o grupo das bebi-
das a par e passo com o das carnes
frescas. Porém no Faial a diferença
das bebidas (27%) para as carnes
frescas (17%) é assinalável.
Finalmente, entre a superfície com
preço mais em conta (Continente da
Praia da Vitória, a € 93) e a mais dis-
pendiosa (Solmar dos Valados, a €
133) vai uma diferença de € 40, ou
seja na Praia da Vitória o consumi-
dor compra quase um cabaz e meio
pelo mesmo preço que um consumi-
dor do Solmar dos Valados dispende
para comprar o seu cabaz.
Juntos, seremos mais FORTES!!!
associação de consumidores da região açores ACRA 19
21. Juntos, seremos mais FORTES!!!
Preços na Distribuição:
São Miguel
associação de consumidores da região açores ACRA 21
N
o mês de Novembro
São Miguel apre-
senta a pior média
de preços de toda a
Região.
Entre a Terceira (€ 191) e São Mi-
guel (€ 204) medeia um intervalo de
€ 23. Isto fica a dever-se em grande
parte ao peso relativo do Manteiga e
ao desempenho modesto da marca
Solmar em várias superfícies de São
Miguel.
No entanto, analisando a realida-
de por superfícies, a discrepância
é bastante acentuada, existindo um
fosso de € 26 entre a média mais
baixa (Continente, na Praia) e a mais
elevada.(Faial Kompra, na Horta).
Em São Miguel a pior média é a de
Ponta Delgada com € 225 e a di-
ferença para segunda média mais
cara é de € 14
Fajã de Baixo é a localidade onde
a distribuição oferece melhor preço
ao consumidor com um cabaz por €
185 .
Por marcas, o Manteiga já nos habi-
tou a estas diferenças: são mais € 35
do que a melhor média do Continen-
te. O Solmar neste mês distancia-se
mais um pouco do que é habitual da
marca Continente.
22. ANÁLISEDEPREÇOS
Preços na Distribuição:
Terceira
Dez euros é quanto separa a melhor
da pior média apresentadas nas lo-
calidades da Terceira Os intervalos
de diferença entre as diversas locali-
dades também são regulares.
Por outro lado a marca Continente
consegue uma média em toda a Ilha
€ 13 abaixo da média do Guarita.
Aliás, o Continente na Praia e em
Angra são mesmo as superfícies
que tem melhores médias em toda a
região neste mês de novembro.
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23. Juntos, seremos mais FORTES!!!
Preços na Distribuição:
Faial e Pico
São Roque do Pico é a Localidade
que consegue este mês a média de
cabaz mais baixa, se bem que em
novembro se tenha verificado uma
equivalência bastante notória entre
todas as médias, registando-se ape-
nas um intervalo de € 5 entre a mé-
dia mais baixa e a mais elevada.
Não se pode dizer o mesmo na hora
de analisar as médias por superfí-
cies: enquanto o Continente con-
segue uma média de € 185, o Faial
Kompra encontra-se a uma distância
de € 24. Mas o intervalo maior neste
mês (€ 10) é mesmo entre o primei-
ro e o segundo classificado, o Híper
Cais.
associação de consumidores da região açores ACRA 23
24. Distribuição nos Açores:
Condições Higiossanitárias e
Informação ao Consumidor
Mês de Novembro
29 anos ao serviço do consumidor
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ANÁLISEHIGIOSSANITÁRIA
25. Juntos, seremos mais FORTES!!!
O trabalho da ACRA:
critérios e metodologia
T
odos os meses os téc-
nicos da ACRA, para
além dos preços ao
consumidor, recolhem,
nas superfícies de
distribuição alimentar e de utilidades
domésticas, informações muito impor-
tantes acerca das condições higiossa-
nitárias verificadas, estado e funciona-
mento do equipamento, condições de
conservação dos alimentos, higiene e
limpeza e cumprimento das normas de
informação obrigatória aos consumido-
res (preços, origem, data de fabrico /
abate, data de limite de prazos, compo-
sição, alertas etc).
Os estabelecimentos são analisados
segundo os critérios exigidos por lei re-
lativamente a 4 grandes áreas:
• práticas favoráveis à boa conser-
vação dos alimentos, sua apresenta-
ção e manuseamento:
• estado de manutenção e funcio-
namento dos equipamentos (balcões
e mesas de trabalho, instrumentos,
expositores, frigoríficos e arcas,
etc.);
• higiene e limpeza das instala-
ções, instrumentos e equipamentos
e adoção por parte dos trabalhado-
res de atitudes e comportamentos
que tendem a favorecer a higiene e
segurança alimentar;
• práticas favoráveis a uma corre-
ta informação ao consumidor relati-
vamente a preços, composição dos
produtos, alertas, prazos de validade
ou de recomendação de consumo.
Todas estas áreas constituem a grelha
de análise das superfícies em cada uma
das suas vertentes. Assim, é analisada
cada secção da superfície comercial:
peixaria, talho, charcutaria, frutas e
legumes, padaria e pastelaria, pronto-
-a-comer, congelados e refrigerados e
outros sectores como, por exemplo, as
instalações sanitárias.
Em cada uma destas secções e para
cada uma das quatro áreas anterior-
mente referidas, existe uma série de
itens previamente definidos que devem
ser observados e avaliados pelos nos-
sos técnicos.
Na avaliação global da superfície ou na
sectorial de cada secção ou área, cada
estabelecimento parte com 100 pontos.
Cada não conformidade encontrada
desconta valor a estes 100 pontos.
As não conformidades tem valor diverso
consoante o seu tipo e conforme a sec-
ção e a área em que sejam observadas.
Para analisar em detalhe visite o site da
ACRA.
É preocupante constatar-se que, mês
após mês, é raríssimo encontrar uma
única superfície que consiga 100% de
avaliação. E é preocupante porque a
ACRA apenas avalia o que está previs-
to na lei e que consiste no mínimo que
cada superfície deveria preocupar-se
em nunca falhar.
associação de consumidores da região açores ACRA 25
26. ANÁLISEHIGIOSSANITÁRIA
O Continente da Fajã de Baixo con-
seguiu este mês a classificação má-
xima: 100 ponto em 100 possíveis.
E destes 100% até aos 86% do An-
cora Parque, notou-se uma evolução
a nível da Região. Ainda é grande
a diferença entre o melhor e o pior
classificados. Mas estamos já longe
dos valores observados no mês de
Agosto, em que a avaliação mais
baixa era de 79% no Compre Bem
da Madalena. Só esta superfície
conseguiu subir 10 pontos percen-
tuais. Se todos fizerem esforço se-
melhante e mantiverem estes níveis
de exigência, não temos dúvida que
podemos vir a ser das zonas do país
onde a distribuição é mais amiga do
consumidor. De agosto para novem-
bro a média de conformidade em
toda a Região subiu de 91 para 95%.
29 anos ao serviço do consumidor
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27. Juntos, seremos mais FORTES!!!
As quatro peixarias classificadas
com 100% situam-se em superfí-
cies de São Miguel. Imediatamente
seguem duas com classificação de
99%, uma em São Miguel e outra
na Terceira. Destas seis, três são do
Solmar, duas do Continente e uma
do Manteiga.
Por outro lado, nas últimas seis en-
contra-se uma de São Miguel, outra
da Terceira, e as outras quatro: três
são do Pico e uma do Faial.
Quatro dos seis melhores talhos
(todos com 100% de classificação)
estão em superfícies da Terceira,
sendo os outros dois de São Miguel.
A repartição por marcas é interes-
sante: dois são Guarita, dois Solmar
e dois Continente.
Por outro lado, entre as seis superfí-
cies com pior talho, apenas uma se
na Praia da Vitória, sendo todas as
outras do Faial (2) e Pico (3).
Avaliação por Secções
Peixarias, talhos, charcutarias, frutas e legumes, padaria e pastelaria, take
away, congelados e refrigerados e outros
associação de consumidores da região açores ACRA 27
28. ANÁLISEHIGIOSSANITÁRIA
Das melhores 10 charcutarias (todas
com 100% de classificação) quatro
estão na Terceira e seis em São Mi-
guel, sendo que duas são Guarita,
quatro Continente e quatro Solmar.
Na cauda classificativa aparecem
quatro da Ilha do Pico uma do Faial
e outra da Terceira.
As primeiras seis frutarias têm todas
a máxima avaliação (100%) sendo
quatro da ilha Terceira, uma de São
Miguel e outra do Faial. A marca
Continente domina este grupo com
quatro superfícies sendo as outras
duas do Guarita.
O fundo da tabela é pouco indicativo
a nível estatístico, não se notando
tendências nem constantes dignas
de nota.
29 anos ao serviço do consumidor
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29. Juntos, seremos mais FORTES!!!
As 10 melhores padarias e paste-
larias dos Açores, todas com nota
máxima, encontram-se 7 em São Mi-
guel e 3 na Terceira.
Cinco são da marca Continente, três
da marca Solmar, uma é do Guarita
e a outra do Manteiga.
No fundo da tabela não exitem ten-
dências nem constantes a realçar.
O pronto-a-comer ou take-away
apresenta doze superfícies com
avaliação máxima (100%), sendo
oito em São Miguel, três na Terceira
e uma no Faial.
O fundo da tabela, que mesmo as-
sim é bastante menos fundo que em
outras secções, apresenta uma ten-
dência de melhoria em relação ao
resto do ano.
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30. ANÁLISEHIGIOSSANITÁRIA
Quatro superfícies em São Miguel apre-
sentam secções de congelados e refri-
gerados com nota máxima. As cinco que
se seguem (com avaliação de 98%) são
duas do Faial e as outras três também
de São Miguel.
A melhor classificada da Terceira apa-
rece apenas em 12º lugar, com 96% de
avaliação.
Por isso, não será de muito estranhar
que nas últimas quatro classificadas
duas sejam da Terceira.
A avaliação desta secção, que inclui
por exemplo todos os enlatados,
mercearia, temperos, produtos de
higiene do lar e pessoal, utilidades
domésticas, bebidas, assim como as
instalações sanitárias disponíveis ao
público e outras áreas de utilização
geral da superfície (entrada, esca-
das, elevador, etc.) mostra estarmos
perante uma das secções com me-
nos problemas no cumprimento das
boas práticas.
29 anos ao serviço do consumidor
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31. Juntos, seremos mais FORTES!!!
As quatro superfícies que mais atenção
dedicaram em novembro às boas prá-
ticas em matéria de conservação são
2 de São Miguel, 1 da Terceira e uma
Pico, sendo que o Continente da Fajã de
Baixo consegue mesmo o primeiro lugar
com 100% de classificação.
Nos últimos seis lugares não há tendên-
cia ou constante a destacar.
A área do equipamento é a pior clas-
sificada de todas. Nos primeiros seis
melhor colocados encontramos cinco da
Terceira e um de São Miguel. Interes-
sante o facto de três destas superfícies
serem da marca Guarita e as outras três
da marca Continente.
De realçar também que as quatro su-
perfícies do Pico aparecem, juntamente
com o Faial Kompra da Horta e o Con-
tinente da Ribeira Grande, nos últimos
seis lugares. O fosso (9 pontos percen-
tuais) entre o último e penúltimo indica-
-nos que há muito a fazer.
Avaliação por Áreas
Conservação, equipamento, informação ao consumidor, higiene e limpeza
associação de consumidores da região açores ACRA 31
32. ANÁLISEHIGIOSSANITÁRIA
Das nove superfícies mais amigas do
consumidor, no sentido de serem as que
melhor informação disponibilizam, oito
delas situam-se em São Miguel, sendo a
nona o Continente da Horta que conse-
gue mais uma vez a máxima classifica-
ção, ex-aequo com outras 6 superfícies.
Cinco destas superfícies são da marca
Continente, três do Solmar e uma do
Guarita. Nos lugares pior qualificados
nada se destaca que seja digno de repa-
ro estatístico.
Se excluirmos o Continente da Fajã
de Baixo (2º classificado), a melhor
superfície de São Miguel em higiene
e limpeza é o Continente da Ribei-
ra Grande que vem apenas em 10º
lugar.
Aliás, esta é a única área em que tal
se verifica.
Descontada esta característica não
aparece nenhuma outra marca de
evidente destaque estatístico.
29 anos ao serviço do consumidor
Boletim Informativo • Número 100 • Nov 2017
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33. Juntos, seremos mais FORTES!!!
Verifique se a sua peixaria
respeita as boas práticas para a
conservação do pescado
A peixaria deve estar livre de pragas,
nomeadamente de insetos, pelo que
deve estar equipada com isetocaçadores.
O
O pescado deve estar ordenado, disposto de maneira
uniforme nos expositores, devidamente identificado e
com etiquetas indicativas do preço de venda
O
A balança tem de apresentar selo de verificação de cali-
bragem atualizado e inviolado.
A peixaria tem de ter obrigatoriamente um balde de lixo
com tampa acionada por pedal.
associação de consumidores da região açores ACRA 33
(Veja em próximos números a continuação...)
34. V
CASOSDESUCESSO
FLÁVIO
29 anos ao serviço do consumidor
Boletim Informativo • Número 100 • Nov 2017
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F
lávio, associado da
ACRA, entrou em acor-
do com a Auto Mar-
ques para compra de
um veículo.
Porém quando quis concretizar o ne-
gócio deparou-se com a situação de
que os valores acordados não cor-
respondiam aos que estavam a ser
exigidos pelo stand.
Flávio tinha acordado comprar um
veículo pelo valor de 4.000 euros.
Pagou 550 euros com um cheque
que foi descontado pelo stand.
Foi acordado o abatimento do valor
de 200 euros em compensação pela
retoma da viatura que era do consu-
midor.
Mas quando recebeu o contrato de
crédito, reparou que, em vez dos
3.250 euros que estava à espera, o
contrato era celebrado para um em-
préstimo de 3.750 euros.
35. VS
emdefesadoassociado
associação de consumidores da região açores ACRA 35
A. MARQUES
O Flávio entendeu por bem terminar
o contrato alegando que o mesmo
não tinha sido respeitado.
O stand mostrou-se renitente mas
acabou por concordar em rever-
ter todo o negócio, exigindo que o
consumidor desistisse da reclama-
ção que tinha apresentado junto da
ACRA.
Dado cumprimento a uma parte, a
outra foi integralmente repeitada. E
mais uma vez o nosso associado
sentiu valer a pena o apoio que dá à
ACRA sendo seu associado.
Porque aquilo que recebe em troca é
sempre muito mais.
36. BOAS FESTAS
NATAL FELIZ
PRÓSPERO ANO NOVO
Associe-se à ACRA!
Seja um dos nossos.
Dê-nos a sua força e receba a força de mais 5.000 dispostos a
lutar consigo por serviços mais justos e produtos e contratos
mais amigos do consumidor.
Juntos, seremos mais fortes!
A ACRA deseja a todos
os seus associados e
consumidores em geral
Bom Natal e Feliz Ano Novo