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SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 2/9/2013 OPINIÃO A3
ASSOCIADA
À SIP -
SOCIEDADE
INTERAMERICANA
DE IMPRENSA
ASSOCIADA
AO IVC -
INSTITUTO
VERIFICADOR DE
CIRCULAÇÃO
PREMIADA
PELA
SOCIETY
FOR NEWS
DESIGN
WWW.ATARDE.COM.BR
71 3340 8899
WWW.ATARDEFM.COM.BR
71 3340 8830
M.ATARDE.COM.BR
71 3340 8921
Fundado em 15/10/1912 por Ernesto Simões Filho
Conselho de Administração:
Presidente: Renato Simões
Vice-Presidente: Vera Magdalena Simões
Diretor Geral: André Blumberg
Diretor de Redação: Vaguinaldo Marinheiro
Diretor Comercial: Edmilson Vaz
MEMBRO
FUNDADOR DA ANJ
- ASSOCIAÇÃO
NACIONAL
DE JORNAIS
SEDE: SEDE: RUA PROFESSOR MILTON CAYRES DE BRITO, N.º 204, CAMINHO DAS
ÁRVORES, CEP: 41.822-900, SALVADOR/BA, REDAÇÃO: (71)3340.8800, PABX:(71)
3340.8500, FAX: (71)3340.8712 OU 3340.8713, ENDEREÇO TELEGRÁFICO A TARDE
FALE COM A REDAÇÃO: (71)3340.8800, DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA DAS 6:30 ÀS
00 HORAS. SÁBADOS DOMINGOS E FERIADOS: DAS 9:00 ÀS 21 HORAS; SUGESTÃO
DE PAUTA: CIDADAOREPORTER@GRUPOATARDE.COM.BR, (71)3340.8991.
CLASSIFICADOS POPULARES: (71)3533.0855, PUBLICIDADE: (71)3340-8757 OU
3340-8731, FAX: 3340.8710, CIRCULAÇÃO: (71)3340-8612 – FAX: 3340.8732. CENTRAL
DE ASSINATURAS BAHIA E SERGIPE: (71)3533.0850. REPRESENTANTE PARA TODO
O PAIS: PEREIRA DE SOUZA E CIA LTDA. RIO DE JANEIRO - TEL:(21) 2544-3070, SÃO
PAULO - TEL.:(11) 3231-6111, SALVADOR - TEL.: (71)3646-6550, FORTALEZA - TEL.: (85)
3272-2429, GOIÂNIA/GO - TEL.: (62) 3287-2770, 3287-3993, 3287-3287, 3287- 4370,
BELO HORIZONTE - TEL.: (31) 3224-1245, BELÉM - TEL: (91)3244-4722/3233-5163,
RECIFE - TEL: (81) 3327-3785, CURITIBA - TEL: (41) 3352-2330 - 3352-8921, PORTO
ALEGRE/RS - TEL.: (51) 3311-8377, OUTROS TELEFONES PELO BRASIL: SUCURSAIS:
BARREIRAS/BA: RUA DOM PEDRO SEGUNDO 133, 2.º ANDAR, CEP: 47.800-000,
TELEFONE: (77) 3611.4444, BRASÍLIA: END: SCS, QUADRA 1, EDIFICIO CENTRAL,
SALA 1001 E 1008. CEP: 70.304-900, TELEFONES: (61) 32260543 OU 322-1343, FEIRA
DE SANTANA: AV. GETÚLIO VARGAS, 2020, 1.º ANDAR, SALA 104 – PONTO
CENTRAL, CEP: 44.010-100, TELEFONE: (75) 3625-1488 E (75) 3616-1486, RIO DE
JANEIRO: RUA DA ALFÂNDEGA, 91, SALA 206, CENTRO, CEP: 20.070-001, TE-
LEFONE: (21) 2224.3086, SANTO ANTÔNIO DE JESUS: RUA TIRADENTES, 30, SALA
305, 3.º ANDAR, EDIFICIO SÃO FRANCISCO, CENTRO, CEP: 44.571-115, TELEFONE: (75)
3631-3010, INTERIOR DA BAHIA E REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR: VM2
PUBLICIDADE, AVENIDA JOÃO DURVAL CARNEIRO, 3486, 1.º ANDAR, SALA 06,
CASEB, CEP: 44.056-033, TELEFONE: (75) 3635.1044 / 3635-1037, SERGIPE E
ALAGOAS: GABINETE DE MÍDIA E COMUNICAÇÃO LTDA, RUA ROSALINA, 346,
JARDIM MAR AZUL, FAROLÂNDIA, CEP: 49.032-150, TELEFONE: (79) 3246.4139 OU,
(79)9978-8962, PREÇO DE ASSINATURAS: ANUAL: R$ 782,00 – OBS: PREÇO
BÁSICO DE REFERÊNCIA PARA ASSINATURA ANUAL/DIÁRIA. CONSULTE OU-
TRAS MODALIDADES E PREÇOS PROMOCIONAIS. VENDA AVULSA BAHIA E
SERGIPE: DIAS ÚTEIS: R$ 2,00. DOMINGO: R$ 3,00. OUTROS ESTADOS: DIAS
ÚTEIS R$ 4,00, DOMINGOS: R$ 5,00.
CAU GOMEZ
A
s belezas naturais do Brasil inspi-
raram muitos gênios. Bastam duas
para imortalizá-lo como obra-prima
do Criador: o Rio Amazonas e as Cataratas
do Iguaçu. Esta é a sua face brilhante que
infelizmente contrasta com uma realidade
social desfigurada por muitas chagas, pe-
dindo urgentes tratamentos. Entre elas, a
corrupção e a violência. Aquela, tão ex-
tensa, cobre quase todo o corpo. Esta se
avoluma tanto que não há mais recursos de
segurança capazes de proteger o Brasil. São
dois leviatãs que impedem o advento de um
tempo menos estressante.
É doloroso falar-se na corrupção brasileira.
Pouca gente está imunizada contra este vírus
letal. Do topo da coluna demográfica até a sua
base, fatos deprimentes acontecem, enchen-
do-nos de vergonha e fazendo-nos perguntar:
É possível roubar-se tanto? Quantas estra-
tégias armadas para usurpar o dinheiro pú-
blico gerado pelos que pagam impostos, mas
pouco recebem do que o governo é obrigado
a oferecer ao povo. Não há mais escrúpulos.
Só uma meta norteia hoje grande parte dos
homens: ser rico.
E tanta corrupção sem punição produz re-
volta, bole com a cabeça da população que
extravasa a decepção através de uma violência
que já tangencia a loucura. Os crimes se mul-
tiplicam, as balas perdidas fazem óbitos, e os
brasileiros amanhecem e anoitecem num con-
texto de neurose coletiva. Que futuro se está
construindo? Depende do que se está fazendo
no momento para resgatar os valores inexis-
tentes na alma da população.
A corrupção merece duras penas, mas a
educação brasileira precisa ser revista. Não
são projetos nem decretos que renovarão o
corpo desfigurado do Brasil. Só com trans-
formações culturais e conversão pessoal ele
mudará. Mais do que Português, Matemá-
tica e outras disciplinas, a nova geração
precisa ser formada para ter um bom ca-
ráter: ser honesta, séria e responsável. Mais
do que aulas de moral, ela carece de tes-
temunhos éticos na família, na escola, no
trabalho, na sociedade. Só assim podemos
sonhar com o abraço da justiça e da paz, em
nosso amado Brasil.
Yvette Amaral
Professora universitária
yvetteamaral@terra.com.br
H
á alguns meses escrevi neste jornal
sobre a pequena incidência de cen-
tros culturais amplos, que abar-
quem múltiplas áreas culturais, em Salva-
dor e na Bahia. Creio que as movimentações
em torno da federalização do Museu Na-
cional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab)
e da manutenção do Teatro Jorge Amado
podem caminhar nesta perspectiva e su-
perar esta dificuldade que fragiliza a di-
nâmica cultural de Salvador e da Bahia.
A existência de centros culturais amplos
e abrangentes tem formidável impacto so-
bre a vida cultural. Eles, devido a sua di-
mensão, mobilizam a comunidade dos pro-
fissionais da cultura, dinamizam a vida cul-
tural, alargam as possibilidades de circu-
lação, ampliam os repertórios simbólicos,
formam públicos diversos e injetam recur-
sos importantes do campo cultural. A au-
sência ou a pouca presença de espaços ini-
bem a movimentação cultural.
Esta fragilidade é paradoxal com a ima-
gem pública de Salvador e da Bahia, pois ela
faz com que sejamos considerados sempre
como lugares culturais e criativos. Esta ima-
gem pública tem vigência não só no Brasil,
mas também no exterior. Ela decorre, sem
dúvida, da relevância da arte e da cultura
baianas, da potência de nossas tradições, da
singularidade de nossas culturas popula-
res, da qualidade das inovações e da pre-
sença de personalidades e grupos reconhe-
cidos, nacional e internacionalmente.
Uma política que busque reverter esta
situação é vital para a cultura na Bahia. Ela
deve colocar na agenda a busca deliberada
de atrair parcerias e instituições culturais
potentes, que tragam todos os benefícios
culturais indicados acima para a cidade e
para o Estado.
Neste sentido deve ser entendida a re-
cente atuação do governo da Bahia e de sua
Secretaria de Cultura no sentido de via-
bilizar a federalização do Muncab, que ape-
sar da denominação não é ainda um museu
da União. A federalização do Muncab do-
tará a Bahia e Salvador de um espaço qua-
lificado para a sua expressiva cultura
afro-baiana, sem dúvida, uma das mais re-
Antonio Albino Canelas Rubim
Secretário de Cultura do Estado da Bahia
rubim@ufba.br
EDITORIAL
A reforma
é outra
A reforma política desenha por enquanto
vaga silhueta no horizonte. Seus maiores
interessados, os eleitores desejosos de ins-
tituições mais transparentes e eficazes, des-
conhecem o conteúdo e a formatação ade-
quados, numa proporção de 52%, segundo
Pesquisa Ibope/Estado.
“Nada informados" foi como eles se de-
clararam, quando ouvidos a respeito, em-
boraoassuntofigurehátemponapautade
aspirações nacionais. No entanto, a con-
sulta ressaltou entre os 30% com algum
conhecimentodamatériaoitemrelativoao
fim do voto secreto no Congresso.
É um dado positivo. Significa que existe
uma consciência forte sobre a necessidade
de maior transparência na atividade par-
lamentar, especialmente nas votações em
plenáriodetemascontrovertidosoudecas-
sação de mandato proposta pela Comissão
de Ética.
Ogovernoapressou-seemecoaravozdas
ruas com a ideia, entre outras, de uma
reforma política que seria a panaceia de
todos os males da nação. Pode até dar-se o
caso de ser a "mãe" de todas as reformas de
que o país necessita, mas o eleitor que foi às
ruas, em marchas pacíficas, tinha outro
pensamento exposto em faixas.
Diferentemente do que parecem enten-
derosparlamentares,areformadesejadaé
mais ampla, ultrapassa mudanças no pro-
cesso eleitoral. Inclui o combate tenaz à
corrupção, o corte de vantagens indevidas,
apuniçãoexemplardeinfratores,acerteza
de justiça igual para todos, sem distinções
de classe e representação social.
Talvezporissoaqueles52%semostrassem
alheados, uma vez restrita a reforma a
aspectos eleitorais. Ninguém é obrigado a
entender se o voto deva ser distrital ou não,
ou qual o melhor modelo para o finan-
ciamento das campanhas.
Sobre este ponto, louve-se o esforço do
deputado Alfredo Sirkis (PT-RJ) em elaborar
um projeto viável de reforma eleitoral com
ênfase na valorização do voto, no forta-
lecimento dos partidos e na quebra da in-
fluência econômica em eleições. Falta o
restante, que é a medula.
“Os congestionamentos colocam à prova as competências
emocionais e sociais dos motoristas e dos usuários
do transporte público” FÁBIO DE CRISTO, psicólogo e especialista em comportamento no trânsito
As duas faces
do Brasil
Atrair instituições
como política cultural
levantes marcas identitárias de nossa ci-
dade e de nosso Estado.
A visita da ministra Marta Suplicy e a atua-
ção do governo abriram perspectivas concretas
de efetivação da federalização. O museu será o
primeiro equipamento cultural federal na Ba-
hia e em Salvador e o segundo no Nordeste. Ele
terá papel relevante em afirmar ainda mais a
Bahia e Salvador como lugares de referência
das culturas negras no mundo. Não é preciso
lembrar que grande parte dos equipamentos
culturais nacionais hoje se encontra localizada
no Sudeste. Esta situação necessita ser revertida
para que o ministério ganhe uma abrangência
e implantação mais nacional.
Outra iniciativa do governo estadual pode
também caminhar nesta mesma perspectiva.
Trata-se da resolução da situação do Teatro
Jorge Amado, que hoje afeta e preocupa pro-
fundamente a comunidade e a vida cultural da
Bahia e de Salvador. O teatro presta relevantes
serviços à cultura baiana. Nos seus anos de
existência muitas atividades culturais foram
acolhidas e estimuladas por sua presença
atuante. Seu desaparecimento é inconcebível
para a cultura na Bahia e em Salvador.
O prédio onde está instalado o Teatro Jorge
Amado pode ser o novo centro cultural de
Salvador e da Bahia. Além de manter o teatro,
o prédio tem muitas potencialidades: espaço
para cinemas e salas a serem destinadas para
inúmeras atividades culturais: cursos, oficinas,
acervos etc. Sua localização na Pituba é pri-
vilegiada. O novo centro certamente atenderá
a intensa demanda cultural de toda a região, da
cidade e do Estado.
A ideia assumida pelo governo e pela
Secretaria Estadual de Cultura é buscar uma
instituição que adquira o prédio e o trans-
forme em um centro cultural com ativi-
dades múltiplas e em diferentes áreas cul-
turais. Um centro cultural, no sentido forte
da palavra, que movimente nossa cultura e
traga novos aportes a nossa vida cultural.
Mas caso a busca desta instituição não se
realize no prazo necessário, o governo da
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assumir diretamente o prédio e transfor-
má-lo no novo espaço cultural da Bahia e de
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  • 1. SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 2/9/2013 OPINIÃO A3 ASSOCIADA À SIP - SOCIEDADE INTERAMERICANA DE IMPRENSA ASSOCIADA AO IVC - INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO PREMIADA PELA SOCIETY FOR NEWS DESIGN WWW.ATARDE.COM.BR 71 3340 8899 WWW.ATARDEFM.COM.BR 71 3340 8830 M.ATARDE.COM.BR 71 3340 8921 Fundado em 15/10/1912 por Ernesto Simões Filho Conselho de Administração: Presidente: Renato Simões Vice-Presidente: Vera Magdalena Simões Diretor Geral: André Blumberg Diretor de Redação: Vaguinaldo Marinheiro Diretor Comercial: Edmilson Vaz MEMBRO FUNDADOR DA ANJ - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS SEDE: SEDE: RUA PROFESSOR MILTON CAYRES DE BRITO, N.º 204, CAMINHO DAS ÁRVORES, CEP: 41.822-900, SALVADOR/BA, REDAÇÃO: (71)3340.8800, PABX:(71) 3340.8500, FAX: (71)3340.8712 OU 3340.8713, ENDEREÇO TELEGRÁFICO A TARDE FALE COM A REDAÇÃO: (71)3340.8800, DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA DAS 6:30 ÀS 00 HORAS. 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DOMINGO: R$ 3,00. OUTROS ESTADOS: DIAS ÚTEIS R$ 4,00, DOMINGOS: R$ 5,00. CAU GOMEZ A s belezas naturais do Brasil inspi- raram muitos gênios. Bastam duas para imortalizá-lo como obra-prima do Criador: o Rio Amazonas e as Cataratas do Iguaçu. Esta é a sua face brilhante que infelizmente contrasta com uma realidade social desfigurada por muitas chagas, pe- dindo urgentes tratamentos. Entre elas, a corrupção e a violência. Aquela, tão ex- tensa, cobre quase todo o corpo. Esta se avoluma tanto que não há mais recursos de segurança capazes de proteger o Brasil. São dois leviatãs que impedem o advento de um tempo menos estressante. É doloroso falar-se na corrupção brasileira. Pouca gente está imunizada contra este vírus letal. Do topo da coluna demográfica até a sua base, fatos deprimentes acontecem, enchen- do-nos de vergonha e fazendo-nos perguntar: É possível roubar-se tanto? Quantas estra- tégias armadas para usurpar o dinheiro pú- blico gerado pelos que pagam impostos, mas pouco recebem do que o governo é obrigado a oferecer ao povo. Não há mais escrúpulos. Só uma meta norteia hoje grande parte dos homens: ser rico. E tanta corrupção sem punição produz re- volta, bole com a cabeça da população que extravasa a decepção através de uma violência que já tangencia a loucura. Os crimes se mul- tiplicam, as balas perdidas fazem óbitos, e os brasileiros amanhecem e anoitecem num con- texto de neurose coletiva. Que futuro se está construindo? Depende do que se está fazendo no momento para resgatar os valores inexis- tentes na alma da população. A corrupção merece duras penas, mas a educação brasileira precisa ser revista. Não são projetos nem decretos que renovarão o corpo desfigurado do Brasil. Só com trans- formações culturais e conversão pessoal ele mudará. Mais do que Português, Matemá- tica e outras disciplinas, a nova geração precisa ser formada para ter um bom ca- ráter: ser honesta, séria e responsável. Mais do que aulas de moral, ela carece de tes- temunhos éticos na família, na escola, no trabalho, na sociedade. Só assim podemos sonhar com o abraço da justiça e da paz, em nosso amado Brasil. Yvette Amaral Professora universitária yvetteamaral@terra.com.br H á alguns meses escrevi neste jornal sobre a pequena incidência de cen- tros culturais amplos, que abar- quem múltiplas áreas culturais, em Salva- dor e na Bahia. Creio que as movimentações em torno da federalização do Museu Na- cional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab) e da manutenção do Teatro Jorge Amado podem caminhar nesta perspectiva e su- perar esta dificuldade que fragiliza a di- nâmica cultural de Salvador e da Bahia. A existência de centros culturais amplos e abrangentes tem formidável impacto so- bre a vida cultural. Eles, devido a sua di- mensão, mobilizam a comunidade dos pro- fissionais da cultura, dinamizam a vida cul- tural, alargam as possibilidades de circu- lação, ampliam os repertórios simbólicos, formam públicos diversos e injetam recur- sos importantes do campo cultural. A au- sência ou a pouca presença de espaços ini- bem a movimentação cultural. Esta fragilidade é paradoxal com a ima- gem pública de Salvador e da Bahia, pois ela faz com que sejamos considerados sempre como lugares culturais e criativos. Esta ima- gem pública tem vigência não só no Brasil, mas também no exterior. Ela decorre, sem dúvida, da relevância da arte e da cultura baianas, da potência de nossas tradições, da singularidade de nossas culturas popula- res, da qualidade das inovações e da pre- sença de personalidades e grupos reconhe- cidos, nacional e internacionalmente. Uma política que busque reverter esta situação é vital para a cultura na Bahia. Ela deve colocar na agenda a busca deliberada de atrair parcerias e instituições culturais potentes, que tragam todos os benefícios culturais indicados acima para a cidade e para o Estado. Neste sentido deve ser entendida a re- cente atuação do governo da Bahia e de sua Secretaria de Cultura no sentido de via- bilizar a federalização do Muncab, que ape- sar da denominação não é ainda um museu da União. A federalização do Muncab do- tará a Bahia e Salvador de um espaço qua- lificado para a sua expressiva cultura afro-baiana, sem dúvida, uma das mais re- Antonio Albino Canelas Rubim Secretário de Cultura do Estado da Bahia rubim@ufba.br EDITORIAL A reforma é outra A reforma política desenha por enquanto vaga silhueta no horizonte. Seus maiores interessados, os eleitores desejosos de ins- tituições mais transparentes e eficazes, des- conhecem o conteúdo e a formatação ade- quados, numa proporção de 52%, segundo Pesquisa Ibope/Estado. “Nada informados" foi como eles se de- clararam, quando ouvidos a respeito, em- boraoassuntofigurehátemponapautade aspirações nacionais. No entanto, a con- sulta ressaltou entre os 30% com algum conhecimentodamatériaoitemrelativoao fim do voto secreto no Congresso. É um dado positivo. Significa que existe uma consciência forte sobre a necessidade de maior transparência na atividade par- lamentar, especialmente nas votações em plenáriodetemascontrovertidosoudecas- sação de mandato proposta pela Comissão de Ética. Ogovernoapressou-seemecoaravozdas ruas com a ideia, entre outras, de uma reforma política que seria a panaceia de todos os males da nação. Pode até dar-se o caso de ser a "mãe" de todas as reformas de que o país necessita, mas o eleitor que foi às ruas, em marchas pacíficas, tinha outro pensamento exposto em faixas. Diferentemente do que parecem enten- derosparlamentares,areformadesejadaé mais ampla, ultrapassa mudanças no pro- cesso eleitoral. Inclui o combate tenaz à corrupção, o corte de vantagens indevidas, apuniçãoexemplardeinfratores,acerteza de justiça igual para todos, sem distinções de classe e representação social. Talvezporissoaqueles52%semostrassem alheados, uma vez restrita a reforma a aspectos eleitorais. Ninguém é obrigado a entender se o voto deva ser distrital ou não, ou qual o melhor modelo para o finan- ciamento das campanhas. Sobre este ponto, louve-se o esforço do deputado Alfredo Sirkis (PT-RJ) em elaborar um projeto viável de reforma eleitoral com ênfase na valorização do voto, no forta- lecimento dos partidos e na quebra da in- fluência econômica em eleições. Falta o restante, que é a medula. “Os congestionamentos colocam à prova as competências emocionais e sociais dos motoristas e dos usuários do transporte público” FÁBIO DE CRISTO, psicólogo e especialista em comportamento no trânsito As duas faces do Brasil Atrair instituições como política cultural levantes marcas identitárias de nossa ci- dade e de nosso Estado. A visita da ministra Marta Suplicy e a atua- ção do governo abriram perspectivas concretas de efetivação da federalização. O museu será o primeiro equipamento cultural federal na Ba- hia e em Salvador e o segundo no Nordeste. Ele terá papel relevante em afirmar ainda mais a Bahia e Salvador como lugares de referência das culturas negras no mundo. Não é preciso lembrar que grande parte dos equipamentos culturais nacionais hoje se encontra localizada no Sudeste. Esta situação necessita ser revertida para que o ministério ganhe uma abrangência e implantação mais nacional. Outra iniciativa do governo estadual pode também caminhar nesta mesma perspectiva. Trata-se da resolução da situação do Teatro Jorge Amado, que hoje afeta e preocupa pro- fundamente a comunidade e a vida cultural da Bahia e de Salvador. O teatro presta relevantes serviços à cultura baiana. Nos seus anos de existência muitas atividades culturais foram acolhidas e estimuladas por sua presença atuante. Seu desaparecimento é inconcebível para a cultura na Bahia e em Salvador. O prédio onde está instalado o Teatro Jorge Amado pode ser o novo centro cultural de Salvador e da Bahia. Além de manter o teatro, o prédio tem muitas potencialidades: espaço para cinemas e salas a serem destinadas para inúmeras atividades culturais: cursos, oficinas, acervos etc. Sua localização na Pituba é pri- vilegiada. O novo centro certamente atenderá a intensa demanda cultural de toda a região, da cidade e do Estado. A ideia assumida pelo governo e pela Secretaria Estadual de Cultura é buscar uma instituição que adquira o prédio e o trans- forme em um centro cultural com ativi- dades múltiplas e em diferentes áreas cul- turais. Um centro cultural, no sentido forte da palavra, que movimente nossa cultura e traga novos aportes a nossa vida cultural. Mas caso a busca desta instituição não se realize no prazo necessário, o governo da Bahia já tornou público o compromisso de assumir diretamente o prédio e transfor- má-lo no novo espaço cultural da Bahia e de Salvador.