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Vós que viveis tranquilos
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Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
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coletividade para prevenir que tais horrores possam acontecer outra vez algures, a alguém
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A 21 de abril de 1941, em “Struthof”, os nazis abrem um campo de
concentração, o KL-Natzweiler.
O campo central, o único campo de concentração em território francês,
situa-se na que era, na altura, a Alsácia anexada.
Lugar de trabalho em prol da indústria de guerra nazi, o campo tem, também,
um espaço destinado às experiências médicas dos professores nazis da
Universidade do Reich de Estrasburgo.
De 1941 a 1945, o KL-Natzweiler é um dos campos "mais homicidas" do
sistema nazi. Perto de 22 000 deportados morreram nesse espaço.
“Sobre a morte...basta dizer que, em algum ponto do tempo, eu
me erguerei sobre você com toda a cordialidade possível. Sua alma
estará em meus braços. Haverá uma cor pousada em meu ombro.
E levarei, você embora gentilmente...
A Menina que Roubava Livros, Mark Zusak
Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
À entrada do museu do campo de concentração pode ler-se:
Escultura representando um deportado morto
“Quando a morte conta uma história, é preciso parar para ouvir.”
A Menina que Roubava Livros, Mark Zusak
Tu, que vens ver esta exposição, que te mostra o quanto os homens já sofreram:
• na sua pele
• na sua alma
• no seu coração
onde tantos homens deram a sua vida pela Liberdade
MEDITA…
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tradução do francês
Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
Vista do campo, com o arame farpado eletrificado
A vida e a liberdade das pessoas perderam
o seu significado. (…) Há somente uma
explicação [para as brutalidades alemãs]:
trata-se de pessoas doentes que
enlouqueceram. (…) Será que libertaram os
delinquentes e doentes das prisões e
manicómios? Não. Os culpados são os altos
funcionários do nosso governo. (…) Gostaria
de atirá-los [oficiais que matam judeus] dos
autocarros. Mas o que fazer se somos
covardes e, embora condenados,
permitimos essas atrocidades? E é por isso
que seremos castigados juntamente com
eles.
O pianista, Władysław Szpilman
Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
É sobre uma plataforma que pende sobre o campo, bem visível dos
lugares de chamada, que foram instaladas duas forcas onde tinham lugar
enforcamentos públicos.
Veem-se, ainda, alguns dos instrumentos usados no trabalho diário dos
deportados.
“Deviam ser pelo menos oito horas quando a porta do meu quarto se
abriu. A minha mãe apareceu, vestida como se já estivesse para sair.
Mais pálida do que o habitual, ela não conseguia esconder uma certa
reprovação, vendo-me ainda na cama, imerso na minha leitura. Fingiu
estar zangada, mas a sua voz saiu estrangulada, limpou a garganta antes
de dar um tom irregular e reprimido: "Levanta-te, é a ... A guerra
começou!"
O pianista, Władysław Szpilman
Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
Trabalhos forçados
Desenho de Henry GAYOT, deportado NN, matrícula 11 784
Vestuário e objetos diversos relativos à vida dos
deportados no campo, provenientes de dádivas
efetuadas pelos antigos deportados e pelas suas
famílias.
“Os judeus tinham até 5 de dezembro para fornecer
braçadeiras brancas sobre as quais tinha que ser
costurada em fio azul uma estrela de David. O nosso
estatuto de pária deveria ser conhecido por todos.
Vários séculos de progresso seriam apagados de uma
vez: voltamos de novo à Idade Média.”
O pianista, Władysław Szpilman
Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
Reconstituição da utilização do cavalete de
bastonadas no antigo campo de Natzweiler
“Pela primeira vez, apercebemo-nos de que a nossa
língua carece de palavras para exprimir esta ofensa: a
destruição de um homem. (...) Já nada nos pertence:
tiraram-nos a roupa, os sapatos, até os cabelos; se
falarmos, não nos escutarão, e se nos escutassem, não
nos perceberiam”.
Se isto é um homem, Primo Lévi
Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
Sala de autópsia
Na sala de autópsia, os médicos das SS dissecavam os cadáveres que lhes pareciam
interessantes. As ranhuras diagonais, na mesa de dissecação situada no centro da sala,
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Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
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Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
MEMORIAL
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deportação que não deve apagar-se, o escultor Lucien FENAUX gravou a imagem esquelética
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“É preciso lutar contra a corrente, dar batalha à fadiga, à fome,
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Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto
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O Holocausto em Memória

  • 1. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE AUSCHWITZ
  • 2. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto Vós que viveis tranquilos Nas vossas casas aquecidas, Vós que encontrais regressando à noite Comida quente e rostos amigos: Considerai se isto é um homem Quem trabalha na lama Quem não conhece a paz Quem luta por meio pão Quem morre por um sim ou por um não. Considerai se isto é uma mulher, Sem cabelo e sem nome Sem mais força para recordar Vazios os olhos e frio o regaço Como uma rã no Inverno. Meditai que isto aconteceu: Recomendo-vos estas palavras. Esculpi-as no vosso coração Estando em casa, andando pela rua, Ao deitar-vos e ao levantar-vos; Repeti-as aos vossos filhos. Ou que desmorone a vossa casa, Que a doença vos entrave, Que os vossos filhos vos virem a cara. Se isto é um homem, Primo Levi
  • 3. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto "O TRABALHO LIBERTA" “Isto é o Inferno. Hoje, nos nossos dias, o Inferno deve ser assim, um local grande e vazio, e nós, cansados de estar de pé, com uma torneira a pingar água que não se pode beber, esperamos algo sem dúvida terrível e nada pode acontecer e continua a não acontecer nada. Como pensar? Já não se pode pensar, é como estar já morto. O tempo passa gota a gota.” Se isto é um homem, Primo Levi
  • 4. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto Câmara de gás "Porque nos Campos perdem-se o hábito da esperança e até a confiança no próprio raciocínio. No Campo, pensar não serve para nada, porque os factos acontecem, em geral, de maneira incompreensível; pensar é, também, um mal porque conserva viva uma sensibilidade que é fonte de dor, enquanto uma clemente lei natural embota essa sensibilidade quando o sofrimento passa de certo limite. A gente cansa da alegria, do medo, até da dor; cansa também da espera" Se isto é um homem, Primo Levi
  • 5. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto “A uns passos do crematório de Auschwitz, tomei um momento de reflexão… A minha esperança é de que a nossa geração e as vindouras, disponham do mesmo sentido de coletividade para prevenir que tais horrores possam acontecer outra vez algures, a alguém ou a qualquer grupo, construindo um mundo de igualdade para todos” Ban Ki-moon Fornos crematórios Cinzas
  • 6. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NAZI-KL-NATZWEILER A 21 de abril de 1941, em “Struthof”, os nazis abrem um campo de concentração, o KL-Natzweiler. O campo central, o único campo de concentração em território francês, situa-se na que era, na altura, a Alsácia anexada. Lugar de trabalho em prol da indústria de guerra nazi, o campo tem, também, um espaço destinado às experiências médicas dos professores nazis da Universidade do Reich de Estrasburgo. De 1941 a 1945, o KL-Natzweiler é um dos campos "mais homicidas" do sistema nazi. Perto de 22 000 deportados morreram nesse espaço. “Sobre a morte...basta dizer que, em algum ponto do tempo, eu me erguerei sobre você com toda a cordialidade possível. Sua alma estará em meus braços. Haverá uma cor pousada em meu ombro. E levarei, você embora gentilmente... A Menina que Roubava Livros, Mark Zusak
  • 7. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto À entrada do museu do campo de concentração pode ler-se: Escultura representando um deportado morto “Quando a morte conta uma história, é preciso parar para ouvir.” A Menina que Roubava Livros, Mark Zusak Tu, que vens ver esta exposição, que te mostra o quanto os homens já sofreram: • na sua pele • na sua alma • no seu coração onde tantos homens deram a sua vida pela Liberdade MEDITA… a Humanidade nunca mais deveria ver isto! tradução do francês
  • 8. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto Vista do campo, com o arame farpado eletrificado A vida e a liberdade das pessoas perderam o seu significado. (…) Há somente uma explicação [para as brutalidades alemãs]: trata-se de pessoas doentes que enlouqueceram. (…) Será que libertaram os delinquentes e doentes das prisões e manicómios? Não. Os culpados são os altos funcionários do nosso governo. (…) Gostaria de atirá-los [oficiais que matam judeus] dos autocarros. Mas o que fazer se somos covardes e, embora condenados, permitimos essas atrocidades? E é por isso que seremos castigados juntamente com eles. O pianista, Władysław Szpilman
  • 9. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto É sobre uma plataforma que pende sobre o campo, bem visível dos lugares de chamada, que foram instaladas duas forcas onde tinham lugar enforcamentos públicos. Veem-se, ainda, alguns dos instrumentos usados no trabalho diário dos deportados. “Deviam ser pelo menos oito horas quando a porta do meu quarto se abriu. A minha mãe apareceu, vestida como se já estivesse para sair. Mais pálida do que o habitual, ela não conseguia esconder uma certa reprovação, vendo-me ainda na cama, imerso na minha leitura. Fingiu estar zangada, mas a sua voz saiu estrangulada, limpou a garganta antes de dar um tom irregular e reprimido: "Levanta-te, é a ... A guerra começou!" O pianista, Władysław Szpilman
  • 10. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto Trabalhos forçados Desenho de Henry GAYOT, deportado NN, matrícula 11 784 Vestuário e objetos diversos relativos à vida dos deportados no campo, provenientes de dádivas efetuadas pelos antigos deportados e pelas suas famílias. “Os judeus tinham até 5 de dezembro para fornecer braçadeiras brancas sobre as quais tinha que ser costurada em fio azul uma estrela de David. O nosso estatuto de pária deveria ser conhecido por todos. Vários séculos de progresso seriam apagados de uma vez: voltamos de novo à Idade Média.” O pianista, Władysław Szpilman
  • 11. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto Reconstituição da utilização do cavalete de bastonadas no antigo campo de Natzweiler “Pela primeira vez, apercebemo-nos de que a nossa língua carece de palavras para exprimir esta ofensa: a destruição de um homem. (...) Já nada nos pertence: tiraram-nos a roupa, os sapatos, até os cabelos; se falarmos, não nos escutarão, e se nos escutassem, não nos perceberiam”. Se isto é um homem, Primo Lévi
  • 12. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto Sala de autópsia Na sala de autópsia, os médicos das SS dissecavam os cadáveres que lhes pareciam interessantes. As ranhuras diagonais, na mesa de dissecação situada no centro da sala, permitiam o escoamento do sangue. “Fala-se de outras coisas para além da fome e do trabalho, e acontece-nos considerar ao que nos reduziram, quanto nos tiraram, o que é esta vida. Aprendemos que a nossa personalidade é frágil, está muito mais ameaçada do que a nossa vida.” Se isto é um homem, Primo Lévi
  • 13. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto Forno crematório Os cadáveres eram colocados sobre uma maca metálica munida de rodas à frente, e introduzidos no forno. Câmara das urnas A sala contém urnas funerárias destinadas a recolher as cinzas dos prisioneiros alemães incinerados no forno crematório. “Já não sou bastante vivo para ser capaz de pôr termo à minha vida.” Se isto é um homem, Primo Lévi
  • 14. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto MEMORIAL O monumento que pende sobre o campo é o Memorial da Deportação, construído na sequência de uma subscrição nacional lançada em 1955. O arquiteto Bertrand MONNET concebeu um monumento de betão de 41 metros de altura, de pedra branca de Hauteville (Ain). Sobre a curva deste monumento que simboliza pela sua forma a chama da lembrança da deportação que não deve apagar-se, o escultor Lucien FENAUX gravou a imagem esquelética de um deportado. “É preciso lutar contra a corrente, dar batalha à fadiga, à fome, ao frio, não ter piedade dos rivais, aguçar a inteligência, endurecer a paciência.” Se isto é um homem, Primo Lévi
  • 15. Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto Monumento de Natzweiler-Struthof “As personagens destas páginas não são homens. A sua humanidade está sepultada, debaixo da ofensa que sofreram ou que infligiram a outrem. (...) Um homem é o que mantém pura a sua humanidade.” Se isto é um homem, Primo Lévi