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1 de 19
José Marques & Paulo Alves
Enfermeiro UCCI Arganil; Mestrando de FVT do ICS-UCP Porto
Enfermeiro; Professor Assistente do ICS-UCP Porto
Instrumentos de avaliação de feridas crónicas:
Estudo sobre as escalas PUSH e RESVECH 2.0
Contexto
 Instrumento de avaliação de feridas crónicas (UPP, Úlcera de
Perna e Pé Diabético): PUSH
 Thomas DR. Rodeheaver GT. Bartolucci AA. Franz RA, Sussman
C. Ferrell BA.(1997). Cuddigan J, Stotts NA, Maklebust J. Pressure
ulcer scale for healing: Derivation and validation of the PUSH tool.
AdvWound Care, nº10, vol.5, 96-101.
 CEISUC (2005), por Pedro Lopes Ferreira, Cristina Miguéns, João
Gouveia e Kátia Furtado
 Ampla utilização
 Instrumento de rápido e fácil uso
Contexto
 Limitações da PUSH
 Não avalia as características do exsudado (somente quantidade)
 Sensibilidade para o tamanho da lesão (>24 cm2
)1
 Não avalia a profundidade da lesão
 Escala RESVECH 2.0
 Restrepo-Medrano, J. C.; Verdú Soriano, J. (2011). DESARROLLO
DE UN ÍNDICE DE MEDIDA DE LA EVOLUCIÓN HACIA LA
CICATRIZACIÓN DE LAS HERIDAS CRÓNICAS. Gerokomos,
nº22, vol. 4, 176-183
1
Cauble, D. (2010). A Critical Appraisal of Two Measures for Pressure Ulcer Assessment.
Southern Online Journal of Nursing Research, nº10, vol. 4
ESCALA RESVECH 2.01
 6 Domínios:
 Dimensão da lesão; Profundidade / Tecidos atingidos; Bordos; Tipo de tecido
presente no leito da ferida; Exsudado Infeção/inflamação (sinais de biofilme)
 Scores de 0 a 35
 Evolução da escala RESVECH 1.0
 Testes de validade e fiabilidade com 69,2% UPP e 30,8% UEI
(N=91)
 Definições operacionais e instruções de uso
 Escala completa e de fácil uso
1
Restrepo-Medrano, J. C.; Verdú Soriano, J. (2011). DESARROLLO DE UN ÍNDICE DE
MEDIDA DE LA EVOLUCIÓN HACIA LA CICATRIZACIÓN DE LAS HERIDAS
CRÓNICAS. Gerokomos, nº22, vol. 4, 176-183
ESCALA RESVECH 2.0
ITEMS
1.Dimensões da lesão
0. Área = 0 cm2
1. Área < 4 cm2
2. Área = 4 - < 16 cm2
3. Área = 16 - < 36 cm2
4. Área = 36 - < 64 cm2
5. Área = 64 - < 100 cm2
6. Área ≥ 100 cm2
2. Profundidade / Tecidos atingidos
0.Pele intacta regenerada / cicatrizada
1.Atingimento da derme e epiderme
2.Atingimento do tecido celular subcutâneo (tecido adiposo sem atingir a fáscia muscular)
3.Atingimento muscular
4.Atingimento ósseo e/ou tecidos anexos (tendões, ligamentos, cápsula articular, ou
necrose negra que não permite visualizar tecidos subjacentes)
3. Bordos
0.Não distintos; (ausência de bordos de ferida)
1.Difusos
2.Delimitados
3. Lesados
4.Espessos (“envelhecidos”, “evertidos”)
4. Tipo de tecido presente no leito da ferida
4.Necrótico (necrose negra seca ou húmida)
3.Tecido desvitalizado e/ou fibrinoso
2.Tecido de granulação
1.Tecido epitelial
0. Tecido regenerado / cicatrizado
ITEMS
5. Exsudado
3.Seco
0.Húmido
1. Molhado
2.Saturado
3.Com fuga de exsudado
6. Infeção/inflamação (sinais de biofilme)
6.1 Dor aumentada
6.2 Eritema perilesional
6.3 Edema perilesional
6.4 Calor / Pele quente
6.5 Exsudado aumentado
6.6 Exsudado purulento
6.7 Tecido friável ou facilmente sangrante
6.8 Ferida estagnada, sem evolução
6.9 Tecido compatível com biofilme
6.10 Odor
6.11 Hipergranulação
6.12 Aumento do tamanho da ferida
6.13 Lesões satélite
6.14 Descoloração / Palidez dos tecido
SOMAR A PONTUAÇÃO DE TODOS OS SUBITEMS
Sim=1
Sim=1
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Sim=1
Sim=1
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Não=0
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Não=0
Não=0
PONTUAÇÃO TOTAL (Máx.= 35, Mín.= 0)
ESCALA RESVECH 2.01
OBJETIVO
 Comparar a monitorização efetuada a uma amostra de 28 feridas
crónicas, avaliadas ao longo de 5 momentos distintos, durante 8
semanas, em população residente em tipologias de Longa Duração
e Média Duração de Unidade Cuidados Continuados e de Lar de 3ª
Idade, com uso simultâneo da escala PUSH-PT e RESVECH2.0.
METODOLOGIA
 Paradigma quantitativo: descritivo e longitudinal.
 Tradução, validação cultural e semântica do instrumento castelhano
RESVECH 2.0.
 Amostra: utentes que ingressaram em Unidade de Cuidados
Continuados – MDR e LDM da Região do Pinhal Interior Norte, e
Lar de 3ª Idade, da mesma região, entre 1 de Outubro de 2014 e 30
de Janeiro de 2015
 Colheita de dados através de avaliação presencial e de registo
fotográfico em 5 momentos intercalados por períodos de 2
semanas.
 Na avaliação foram preenchidas as escalas e registados os
tratamentos local/sistémico adotados.
CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA
 N=28 feridas crónicas (20 utentes)
 N médio = 1,4 feridas/utente
 Idade média = 84,1 A (min. 54 máx. 96)
 Sexo: 14♀ / 6♂
 Patologias: essencialmente relacionadas com envelhecimento
 Etiologia das feridas: 72% UPP
 Tempo médio de evolução: 21 meses (min. 1,5 mês; máx. 40 anos)
PROFUNDIDADE
Início ■
Fim ■
N
BORDOS
Início ■
Fim ■
N
INFECÇÃO / INFLAMAÇÃO
Início ■
Fim ■
(em %)
RESULTADOS
DIMENSÕES DA LESÃO
PUSH RESVECH
Início ■
Fim ■
N
QUANTIDADE DE EXSUDADO
RESVECH 2.0 PUSH
Início ■
Fim ■
N
N
TIPO DE TECIDO
PUSH RESVECH
Início ■
Fim ■
NN
SOMATÓRIOS DAS AVALIAÇÕES
PUSH RESVECHScoreScore
CONCLUSÕES
 A escala RESVECH 2.0 mostrou efetividade na avaliação de feridas
crónicas, em concorrência com a escala PUSH (“comportamento
semelhante”)
 A escala RESVECH 2.0 vem corrigir alguns defeitos apontados à
escala PUSH, como:
 Apresenta maior sensibilidade no item “tamanho de lesão”
 Avalia as características do exsudado
 Avalia a profundidade da lesão
 Penaliza um “exsudato seco” (cicatrização ocorre em meio húmido)
 Depois de validada, serão necessários mais estudos que
demonstrem a efetividade da escala RESVECH 2.0 e a pertinência
do seu uso em feridas crónicas.
Obrigado.
ze_miguel1987@hotmail.com

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Push vs resvech

  • 1. José Marques & Paulo Alves Enfermeiro UCCI Arganil; Mestrando de FVT do ICS-UCP Porto Enfermeiro; Professor Assistente do ICS-UCP Porto Instrumentos de avaliação de feridas crónicas: Estudo sobre as escalas PUSH e RESVECH 2.0
  • 2. Contexto  Instrumento de avaliação de feridas crónicas (UPP, Úlcera de Perna e Pé Diabético): PUSH  Thomas DR. Rodeheaver GT. Bartolucci AA. Franz RA, Sussman C. Ferrell BA.(1997). Cuddigan J, Stotts NA, Maklebust J. Pressure ulcer scale for healing: Derivation and validation of the PUSH tool. AdvWound Care, nº10, vol.5, 96-101.  CEISUC (2005), por Pedro Lopes Ferreira, Cristina Miguéns, João Gouveia e Kátia Furtado  Ampla utilização  Instrumento de rápido e fácil uso
  • 3. Contexto  Limitações da PUSH  Não avalia as características do exsudado (somente quantidade)  Sensibilidade para o tamanho da lesão (>24 cm2 )1  Não avalia a profundidade da lesão  Escala RESVECH 2.0  Restrepo-Medrano, J. C.; Verdú Soriano, J. (2011). DESARROLLO DE UN ÍNDICE DE MEDIDA DE LA EVOLUCIÓN HACIA LA CICATRIZACIÓN DE LAS HERIDAS CRÓNICAS. Gerokomos, nº22, vol. 4, 176-183 1 Cauble, D. (2010). A Critical Appraisal of Two Measures for Pressure Ulcer Assessment. Southern Online Journal of Nursing Research, nº10, vol. 4
  • 4. ESCALA RESVECH 2.01  6 Domínios:  Dimensão da lesão; Profundidade / Tecidos atingidos; Bordos; Tipo de tecido presente no leito da ferida; Exsudado Infeção/inflamação (sinais de biofilme)  Scores de 0 a 35  Evolução da escala RESVECH 1.0  Testes de validade e fiabilidade com 69,2% UPP e 30,8% UEI (N=91)  Definições operacionais e instruções de uso  Escala completa e de fácil uso 1 Restrepo-Medrano, J. C.; Verdú Soriano, J. (2011). DESARROLLO DE UN ÍNDICE DE MEDIDA DE LA EVOLUCIÓN HACIA LA CICATRIZACIÓN DE LAS HERIDAS CRÓNICAS. Gerokomos, nº22, vol. 4, 176-183
  • 5. ESCALA RESVECH 2.0 ITEMS 1.Dimensões da lesão 0. Área = 0 cm2 1. Área < 4 cm2 2. Área = 4 - < 16 cm2 3. Área = 16 - < 36 cm2 4. Área = 36 - < 64 cm2 5. Área = 64 - < 100 cm2 6. Área ≥ 100 cm2 2. Profundidade / Tecidos atingidos 0.Pele intacta regenerada / cicatrizada 1.Atingimento da derme e epiderme 2.Atingimento do tecido celular subcutâneo (tecido adiposo sem atingir a fáscia muscular) 3.Atingimento muscular 4.Atingimento ósseo e/ou tecidos anexos (tendões, ligamentos, cápsula articular, ou necrose negra que não permite visualizar tecidos subjacentes) 3. Bordos 0.Não distintos; (ausência de bordos de ferida) 1.Difusos 2.Delimitados 3. Lesados 4.Espessos (“envelhecidos”, “evertidos”) 4. Tipo de tecido presente no leito da ferida 4.Necrótico (necrose negra seca ou húmida) 3.Tecido desvitalizado e/ou fibrinoso 2.Tecido de granulação 1.Tecido epitelial 0. Tecido regenerado / cicatrizado ITEMS 5. Exsudado 3.Seco 0.Húmido 1. Molhado 2.Saturado 3.Com fuga de exsudado 6. Infeção/inflamação (sinais de biofilme) 6.1 Dor aumentada 6.2 Eritema perilesional 6.3 Edema perilesional 6.4 Calor / Pele quente 6.5 Exsudado aumentado 6.6 Exsudado purulento 6.7 Tecido friável ou facilmente sangrante 6.8 Ferida estagnada, sem evolução 6.9 Tecido compatível com biofilme 6.10 Odor 6.11 Hipergranulação 6.12 Aumento do tamanho da ferida 6.13 Lesões satélite 6.14 Descoloração / Palidez dos tecido SOMAR A PONTUAÇÃO DE TODOS OS SUBITEMS Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Sim=1 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 Não=0 PONTUAÇÃO TOTAL (Máx.= 35, Mín.= 0)
  • 7. OBJETIVO  Comparar a monitorização efetuada a uma amostra de 28 feridas crónicas, avaliadas ao longo de 5 momentos distintos, durante 8 semanas, em população residente em tipologias de Longa Duração e Média Duração de Unidade Cuidados Continuados e de Lar de 3ª Idade, com uso simultâneo da escala PUSH-PT e RESVECH2.0.
  • 8. METODOLOGIA  Paradigma quantitativo: descritivo e longitudinal.  Tradução, validação cultural e semântica do instrumento castelhano RESVECH 2.0.  Amostra: utentes que ingressaram em Unidade de Cuidados Continuados – MDR e LDM da Região do Pinhal Interior Norte, e Lar de 3ª Idade, da mesma região, entre 1 de Outubro de 2014 e 30 de Janeiro de 2015  Colheita de dados através de avaliação presencial e de registo fotográfico em 5 momentos intercalados por períodos de 2 semanas.  Na avaliação foram preenchidas as escalas e registados os tratamentos local/sistémico adotados.
  • 9. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA  N=28 feridas crónicas (20 utentes)  N médio = 1,4 feridas/utente  Idade média = 84,1 A (min. 54 máx. 96)  Sexo: 14♀ / 6♂  Patologias: essencialmente relacionadas com envelhecimento  Etiologia das feridas: 72% UPP  Tempo médio de evolução: 21 meses (min. 1,5 mês; máx. 40 anos)
  • 12. INFECÇÃO / INFLAMAÇÃO Início ■ Fim ■ (em %)
  • 14. DIMENSÕES DA LESÃO PUSH RESVECH Início ■ Fim ■ N
  • 15. QUANTIDADE DE EXSUDADO RESVECH 2.0 PUSH Início ■ Fim ■ N N
  • 16. TIPO DE TECIDO PUSH RESVECH Início ■ Fim ■ NN
  • 18. CONCLUSÕES  A escala RESVECH 2.0 mostrou efetividade na avaliação de feridas crónicas, em concorrência com a escala PUSH (“comportamento semelhante”)  A escala RESVECH 2.0 vem corrigir alguns defeitos apontados à escala PUSH, como:  Apresenta maior sensibilidade no item “tamanho de lesão”  Avalia as características do exsudado  Avalia a profundidade da lesão  Penaliza um “exsudato seco” (cicatrização ocorre em meio húmido)  Depois de validada, serão necessários mais estudos que demonstrem a efetividade da escala RESVECH 2.0 e a pertinência do seu uso em feridas crónicas.