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Hipertextualidade:
Novas arquiteturas noticiosas
Camila Freitas
Roseli Honorato
Sarah Lima
Stéphanie Lisboa
1. DO TEXTO AO HIPERTEXTO
• A origem etmológica da palavra “ texto” é
“textum”. Que significa entrelaçamento.
• Na WEB o texto é visto como entrelaçamento.
Tece a informação por um conjunto de
blocos ligados por links, num
hipertexto;
A palavra hipertexto foi usada pela
primeira vez por Theodor Nelson, que
definiu o conceito como uma escrita
não conceitual,
Um texto com várias opções de
leitura que permite o leitor efetuar
uma escolha;
Esta definição inicial passou a ser
atualizadas por vários autores;
Nelson define também possibilidade
usar a hiperligação para ligar dois nós
informativos;
Landow (1995) sublinha esta ideia de
fragmentação do texto (atomização) e
as diversas possibilidades de leituras
oferecidas, podem ameaçar o texto e
transformá-lo num caos;
Codina (2003) salienta da mesma
forma a sequencialidade de um
hiperdocumento, mas introduz a
necessidade de uma certa composição
interna, embora os elementos que
constituem pode não ser
homogêneos.
Codina (2003) salienta da mesma
forma a sequencialidade de um
hiperdocumento, mas introduz a
necessidade de uma certa
composição interna, embora os
elementos que constituem pode
não ser homogêneos.
O bloco informativo textual é o
tipo de conteúdo mais
usado para a inserção de
hiperligações.
A dimensão do texto é um
elemento fundamental na
arquitetura noticiosa
Devem ser adaptados em cada
meio;
O hipertexto é descentralizado
Uma hiperligação também pode ser
chamada de conexão ou link (Lévy,1993) ,
(Landow, 1992), pode ser definida como o
elemento que permite a ligação entre dois
blocos informativos (Codina, 2003) ou
ainda como o eixo dos modelos hipermídia
(Edo, 2002).
Hiperligações: tipologia.
No campo do jornalismo
Destacam-se duas funções:
A primeira é documental: as
hiperligações funcionam como
elementos de contextualização que
oferecem por menores do relato
através da oferta de informação
mais especifica sobre determinado
aspecto.
A segunda função é narrativa:
acontece a libertação do leitor, é
oferecido a ele diferentes
percursos de leitura .
Salverría identifica quatro tipos de
hiperligações:
Documental:
Ampliação informativa;
Atualização;
Definição
A hiperligação é embutida quando é
grafada em palavras ou em outros
elementos icônicos existentes dentro
do bloco informativo.
A evolução tecnológica permite que
autores mais recentes, possam ter
uma visão menos preocupada, como
Moraes e Jorge ( 2011) e defina
hipertexto como “um modo de
organização textual cuja função é unir
sentidos” (p.107). introduzindo assim
um papel textual dos blocos
informativos de colocar ordem no caos
referido por Landow.
O bloco informativo tenta situar o
leitor no contexto temático e na
macroestrutura do documento.
O conceito de bloco informativo, também
conhecidos por nó (Lévy, 1993) ou
lexia (Landow, 1992) aplica-se a todo o tipo de
conteúdo, sejam textos, imagens
fixas, imagens em movimento, sons ou
infografias.
2. Técnicas de redação jornalística: o
que muda com o hipertexto
• Pirâmide invertida é a
técnica fundamental do
jornalismo escrito.
• Técnica que consiste em
uma organização dos
dados importantes.
• Pode transformar o
jornalismo em uma
rotina com espaços
definidos.
• Quando a notícia é a mesma para todos, o
diferencial vem do profissional jornalista.
• O que atrai o leitor é, principalmente, a
abordagem dos fatos e o estilo da escrita.
A pirâmide invertida é inadequada
para o webjornalismo.
• Porque na web não há limitações espaciais,
• O jornalista não precisa cortar informações.
Pode colocar todas que achar interessante ao
leitor.
Algumas dificuldades
• A diversidade do público dificulta na hora de
fazer a seleção das informações importantes.
É impossível agradar a todos.
• A proximidade perde sentido quando o
conteúdo é publicado para o mundo e em
várias línguas.
Vantagens
Possibilidade de separar a informação em blocos
informativos ligados através de hiperligações
(links) facilitando itinerários de leitura.
• Existem dois tipos:
– Intratextual ou internos são aqueles que remetem
para lexias dentro do site;
– Os intertextuais “intertextual” ou externos linkam
para conteúdos exteriores à página que está sendo
acessada.
• A notícia web é fragmentada em blocos. E isso
pode dificultar um pouco a compreensão do
conteúdo. Por isso, cada bloco precisa se fazer
compreender.
• Sabendo-se que o recurso ao hipertexto pode
gerar desorientação.
• Os blocos informativos devem ser dispostos
com coerência para facilitar a compreensão
deste bloco e sua relação com os anteriores.
Exemplo
Segundo o autor a hipertextualidade “é a
possibilidade de separar a informação em blocos
informativos ligados através de hiperligações que
abre uma diversidade de itinerários de leitura tão
vasta quanto o número de arranjos e
combinações possíveis”.
• Um exemplo é a matéria “Professores e
polícia entram em confronto durante votação
na Alep”, do Portal de notícias G1.
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/04
/professores-entram-em-confronto-com-pm-
durante-votacao-na-alep.html
Exemplo
3. Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Tipos de leitores da Web:
1. Os que procuram uma
informação específica;
2. Os que estão navegando em
uma notícia, mas precisam
ser guiados;
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo de Carole
Rich
• Contextualização;
• Conjunto de
opções
informativas;
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo de Mario Garcia
• Semelhante a imprensa
escrita;
• “Copo de Champanhe”;
• Texto único: informação é
limitada por blocos de 21
linhas (dimensão ecrã);
• Organização pirâmide
invertida;
• A informação deve atrair o
leitor para avançar para o
próximo bloco informativo;
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo de Ramón Salaverría:
• Harmonia entre os blocos de texto e as
hiperligações;
• O leitor não tem opção de criar seu roteiro
de leitura;
• A estrutura noticiosa se adapta de acordo
com as características da notícia;
• Tipos de ligação entre os blocos:
Arbóreas: cada bloco está ligado a outro (vários
sucessivamente);
Paralela: um bloco dá origem a várias
estruturas lineares (único caminho de leitura);
Reticulares: existem múltiplas ligações entre
os blocos e liberdade de navegação;
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Arbóreas
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Paralela
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Reticulares
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo de João Canavilhas:
• A organização característica
dos meios tradicionais( o
jornalista hierarquiza as
informações) não é
semelhante a maneira como
o leitor na web vai organizar
sua leitura;
• Notícia é organizada por
níveis de informação
(diferentes percursos);
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo de João Canavilhas
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo de Paul Bradshaw:
Parte da forma mais simples para o
nível de contexto máximo
(personalização);
1. Versão curta(alerta);
2. Desenvolvimento e distribuição
para o blog da publicação (draft
–rascunho);
3. Informação fundamental sobre
o tema (article – artigo);
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo Black’s Wheel (Martinez e Ferreira, 2010)
• Elemento central (eixo) e os elementos
secundários(raios) ligados por linhas que mostram a
hierarquia da notícia;
• Cada elemento narrativo é auto explicativo, mas
quando é inserido no contexto narrativo ganha uma
melhor compreensão;
• Bloco informativo seja autónomo (ponto de entrada);
Arquitetura da notícia na Web:
propostas
Modelo Black’s Wheel
(Martinez e Ferreira, 2010)
4. Técnicas de Redação hipertextual
QUESTÃO BÁSICA
• As técnicas de redação hipertextual tem como
objetivo principal organizar a informação disponível
dentro do espaço, ou do tempo, atribuídos à notícia
em causa.
• Isso faz com que as prioridades dos jornalistas sejam
diferentes de meio para meio.
JORNALISTA IMPRENSA ESCRITA
X
JORNALISTA DA WEB
• Suas preocupações no momento de redigir o
texto são diferentes:
O jornalista da imprensa escrita preocupa-se necessariamente
com a seleção da informação, pois sabe que lhe está atribuído um
determinado espaço no jornal. O jornalista que trabalha para
uma edição Web não tem limitações espaciais, e por isso
concentra-se na estrutura da notícia, procurando encontrar a
melhor maneira de oferecer toda a informação disponível de uma
forma apelativa. (CANAVILHAS, 2014, p.17)
Técnica da Pirâmide Invertida
(Jornal Impresso)
• Os factos mais importantes aparecem
no início, os menos importantes no final da
notícia, e uma parte significativa da informação
acaba mesmo por não ser utilizada.
• O critério utilizado pelo jornalista é a
“importância” da informação para a linha
editorial ou para a imagem que o autor tem
do seu público.
WEB
• Nesse caso a disponibilidade espacial é infinita
e o público é global;
• A importância nessa situação é variável;
• A notícia veiculada na Web tem blocos
ligados por hiperligações.
BLOCOS INFORMATIVOS
[...]entende-se uma unidade informativa autónoma,
independentemente de ser composta por texto, vídeo, som
ou qualquer tipo de imagem. Neste campo, as variáveis estão
relacionadas com a quantidade de informação do bloco.
(CANAVILHAS, 2014, p.18)
O EQUILÍBRIO
• No caso dos texto, os blocos não devem ser
excessivamente longos, pois o leitor não gosta de ler
textos extensos;
• Caso o texto seja longo demais a tendência é que o
leitor faça uma leitura diagonal, pulando trechos e
captando apenas o que considera mais relevante;
• Exemplo:
Para layouts com três colunas de informação, o valor de
referência por bloco seriam cerca de mil caracteres.
CONSEQUÊNCIA
Um bloco informativo com muita informação
pode demorar bastante tempo a carregar devido
a limitações no dispositivo de acesso à Internet,
o que pode levar o leitor a desistir.
O QUE FAZER ENTÃO?
• Para não “perder” a atenção do público leitor é preciso
então : “say it quick, say it well”, ou seja , “dizer rápido,
falando bem”;
• Essa, segundo o autor, é cada vez mais uma regra na
produção de conteúdos para a Web;
• Os conteúdos devem ser comprimidos e reduzidos
(tamanho e tempo) para dimensões que permitam um
bom acesso mesmo com ligações de baixa velocidade.
O LABIRINTO
• O jornalismo na Web enfrenta dificuldades não só para simplificar o
texto para seu leitor, mas também no momento da construção de
uma arquitetura noticiosa que consiga guiar o internauta;
• Em comparação com os outros meios, esse leitor vai precisar
utilizar competência ligadas ao campo da interatividade;
Para mudar de folha, (jornais e revistas, ou de canal da rádio e da televisão), basta
um gesto simples e universal. No caso do online existe um conjunto de regras que
se vai estabilizando, como o facto de uma palavra sublinhada indicar uma
hiperligação, mas tudo o resto é variado e está longe de estabilizar devido à
constante evolução do meio. Sem regras, o leitor pode sentir-se num labirinto
onde caminha livremente, mas sem saber se está no caminho certo. (CANAVILHAS,
2014, p.19)
AS REGRAS
• Segundo o autor é importante estabelecer
algumas regras (gramática hipertextual), para
apoiar o leitor no consumo da informação.
São elas:
1ªREGRA
Nielsen & Morkes (1997) recomendam que as hiperligações
tenham uma distribuição homogénea ao longo do texto porque
funcionam como âncoras ao impedir o leitor de fazer a chamada
“leitura na diagonal”, saltando linhas de texto. (CANAVILHAS,
2014, p.19)
AS REGRAS
2ªREGRA
A segunda regra assinala que é vantajoso indicar ao leitor o tipo de
bloco informativo para o qual se direciona a hiperligação. O facto desse
bloco ser outro texto, uma foto, um vídeo, um som ou uma infografia,
representa diferentes estímulos para o leitor, que poderá desistir de
seguir a hiperligação, simplesmente porque não lhe interessa esse tipo
de conteúdos ou porque a velocidade da ligação o impede de aceder a
um vídeo. (CANAVILHAS, 2014, p.20)
3ª REGRA
A terceira regra relaciona-se com a colocação da hiperligação nas frases.
Os leitores tendem a clicar nas hiperligações no preciso momento da
sua leitura. Isso significa que uma hiperligação colocada no início de
uma frase pode significar uma saída para outro bloco informativo sem
que o leitor tenha lido o parágrafo onde se encontrava e, por isso, sem
ter captado a mensagem que se pretendia transmitir. (CANAVILHAS,
2014, p.20)
AS REGRAS
4ª REGRA
Uma quarta regra está relacionada com a relação entre a
palavra onde se coloca a hiperligação e a natureza mediática
do bloco informativo de destino. A inexistência de um ícone
ou de uma etiqueta que assinale o tipo de bloco de destino
não deve impedir o leitor de saber que tipo de conteúdo está
associado à hiperligação. Assim, o estabelecimento de pares
“tipo de conteúdo-palavra a hiperligar” pode ajudar o leitor a
optar por clicar na hiperligação. (CANAVILHAS, 2014, p.20)

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Hipertextualidade - Novas arquiteturas noticiosas

  • 1. Hipertextualidade: Novas arquiteturas noticiosas Camila Freitas Roseli Honorato Sarah Lima Stéphanie Lisboa
  • 2. 1. DO TEXTO AO HIPERTEXTO
  • 3. • A origem etmológica da palavra “ texto” é “textum”. Que significa entrelaçamento. • Na WEB o texto é visto como entrelaçamento.
  • 4. Tece a informação por um conjunto de blocos ligados por links, num hipertexto; A palavra hipertexto foi usada pela primeira vez por Theodor Nelson, que definiu o conceito como uma escrita não conceitual,
  • 5. Um texto com várias opções de leitura que permite o leitor efetuar uma escolha; Esta definição inicial passou a ser atualizadas por vários autores;
  • 6. Nelson define também possibilidade usar a hiperligação para ligar dois nós informativos; Landow (1995) sublinha esta ideia de fragmentação do texto (atomização) e as diversas possibilidades de leituras oferecidas, podem ameaçar o texto e transformá-lo num caos;
  • 7. Codina (2003) salienta da mesma forma a sequencialidade de um hiperdocumento, mas introduz a necessidade de uma certa composição interna, embora os elementos que constituem pode não ser homogêneos.
  • 8. Codina (2003) salienta da mesma forma a sequencialidade de um hiperdocumento, mas introduz a necessidade de uma certa composição interna, embora os elementos que constituem pode não ser homogêneos.
  • 9. O bloco informativo textual é o tipo de conteúdo mais usado para a inserção de hiperligações.
  • 10. A dimensão do texto é um elemento fundamental na arquitetura noticiosa Devem ser adaptados em cada meio; O hipertexto é descentralizado
  • 11. Uma hiperligação também pode ser chamada de conexão ou link (Lévy,1993) , (Landow, 1992), pode ser definida como o elemento que permite a ligação entre dois blocos informativos (Codina, 2003) ou ainda como o eixo dos modelos hipermídia (Edo, 2002). Hiperligações: tipologia.
  • 12. No campo do jornalismo Destacam-se duas funções:
  • 13. A primeira é documental: as hiperligações funcionam como elementos de contextualização que oferecem por menores do relato através da oferta de informação mais especifica sobre determinado aspecto.
  • 14. A segunda função é narrativa: acontece a libertação do leitor, é oferecido a ele diferentes percursos de leitura .
  • 15. Salverría identifica quatro tipos de hiperligações: Documental: Ampliação informativa; Atualização; Definição
  • 16. A hiperligação é embutida quando é grafada em palavras ou em outros elementos icônicos existentes dentro do bloco informativo.
  • 17. A evolução tecnológica permite que autores mais recentes, possam ter uma visão menos preocupada, como Moraes e Jorge ( 2011) e defina hipertexto como “um modo de organização textual cuja função é unir sentidos” (p.107). introduzindo assim um papel textual dos blocos informativos de colocar ordem no caos referido por Landow.
  • 18. O bloco informativo tenta situar o leitor no contexto temático e na macroestrutura do documento.
  • 19. O conceito de bloco informativo, também conhecidos por nó (Lévy, 1993) ou lexia (Landow, 1992) aplica-se a todo o tipo de conteúdo, sejam textos, imagens fixas, imagens em movimento, sons ou infografias.
  • 20. 2. Técnicas de redação jornalística: o que muda com o hipertexto
  • 21. • Pirâmide invertida é a técnica fundamental do jornalismo escrito. • Técnica que consiste em uma organização dos dados importantes. • Pode transformar o jornalismo em uma rotina com espaços definidos.
  • 22. • Quando a notícia é a mesma para todos, o diferencial vem do profissional jornalista. • O que atrai o leitor é, principalmente, a abordagem dos fatos e o estilo da escrita.
  • 23. A pirâmide invertida é inadequada para o webjornalismo. • Porque na web não há limitações espaciais, • O jornalista não precisa cortar informações. Pode colocar todas que achar interessante ao leitor.
  • 24. Algumas dificuldades • A diversidade do público dificulta na hora de fazer a seleção das informações importantes. É impossível agradar a todos. • A proximidade perde sentido quando o conteúdo é publicado para o mundo e em várias línguas.
  • 25. Vantagens Possibilidade de separar a informação em blocos informativos ligados através de hiperligações (links) facilitando itinerários de leitura. • Existem dois tipos: – Intratextual ou internos são aqueles que remetem para lexias dentro do site; – Os intertextuais “intertextual” ou externos linkam para conteúdos exteriores à página que está sendo acessada.
  • 26. • A notícia web é fragmentada em blocos. E isso pode dificultar um pouco a compreensão do conteúdo. Por isso, cada bloco precisa se fazer compreender. • Sabendo-se que o recurso ao hipertexto pode gerar desorientação. • Os blocos informativos devem ser dispostos com coerência para facilitar a compreensão deste bloco e sua relação com os anteriores.
  • 27. Exemplo Segundo o autor a hipertextualidade “é a possibilidade de separar a informação em blocos informativos ligados através de hiperligações que abre uma diversidade de itinerários de leitura tão vasta quanto o número de arranjos e combinações possíveis”.
  • 28. • Um exemplo é a matéria “Professores e polícia entram em confronto durante votação na Alep”, do Portal de notícias G1. http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/04 /professores-entram-em-confronto-com-pm- durante-votacao-na-alep.html Exemplo
  • 29.
  • 30. 3. Arquitetura da notícia na Web: propostas
  • 31. Tipos de leitores da Web: 1. Os que procuram uma informação específica; 2. Os que estão navegando em uma notícia, mas precisam ser guiados;
  • 32. Arquitetura da notícia na Web: propostas Modelo de Carole Rich • Contextualização; • Conjunto de opções informativas;
  • 33. Arquitetura da notícia na Web: propostas
  • 34. Arquitetura da notícia na Web: propostas Modelo de Mario Garcia • Semelhante a imprensa escrita; • “Copo de Champanhe”; • Texto único: informação é limitada por blocos de 21 linhas (dimensão ecrã); • Organização pirâmide invertida; • A informação deve atrair o leitor para avançar para o próximo bloco informativo;
  • 35. Arquitetura da notícia na Web: propostas Modelo de Ramón Salaverría: • Harmonia entre os blocos de texto e as hiperligações; • O leitor não tem opção de criar seu roteiro de leitura; • A estrutura noticiosa se adapta de acordo com as características da notícia; • Tipos de ligação entre os blocos: Arbóreas: cada bloco está ligado a outro (vários sucessivamente); Paralela: um bloco dá origem a várias estruturas lineares (único caminho de leitura); Reticulares: existem múltiplas ligações entre os blocos e liberdade de navegação;
  • 36. Arquitetura da notícia na Web: propostas Arbóreas
  • 37. Arquitetura da notícia na Web: propostas Paralela
  • 38. Arquitetura da notícia na Web: propostas Reticulares
  • 39. Arquitetura da notícia na Web: propostas Modelo de João Canavilhas: • A organização característica dos meios tradicionais( o jornalista hierarquiza as informações) não é semelhante a maneira como o leitor na web vai organizar sua leitura; • Notícia é organizada por níveis de informação (diferentes percursos);
  • 40. Arquitetura da notícia na Web: propostas Modelo de João Canavilhas
  • 41. Arquitetura da notícia na Web: propostas Modelo de Paul Bradshaw: Parte da forma mais simples para o nível de contexto máximo (personalização); 1. Versão curta(alerta); 2. Desenvolvimento e distribuição para o blog da publicação (draft –rascunho); 3. Informação fundamental sobre o tema (article – artigo);
  • 42. Arquitetura da notícia na Web: propostas
  • 43. Arquitetura da notícia na Web: propostas Modelo Black’s Wheel (Martinez e Ferreira, 2010) • Elemento central (eixo) e os elementos secundários(raios) ligados por linhas que mostram a hierarquia da notícia; • Cada elemento narrativo é auto explicativo, mas quando é inserido no contexto narrativo ganha uma melhor compreensão; • Bloco informativo seja autónomo (ponto de entrada);
  • 44. Arquitetura da notícia na Web: propostas Modelo Black’s Wheel (Martinez e Ferreira, 2010)
  • 45. 4. Técnicas de Redação hipertextual
  • 46. QUESTÃO BÁSICA • As técnicas de redação hipertextual tem como objetivo principal organizar a informação disponível dentro do espaço, ou do tempo, atribuídos à notícia em causa. • Isso faz com que as prioridades dos jornalistas sejam diferentes de meio para meio.
  • 47. JORNALISTA IMPRENSA ESCRITA X JORNALISTA DA WEB • Suas preocupações no momento de redigir o texto são diferentes: O jornalista da imprensa escrita preocupa-se necessariamente com a seleção da informação, pois sabe que lhe está atribuído um determinado espaço no jornal. O jornalista que trabalha para uma edição Web não tem limitações espaciais, e por isso concentra-se na estrutura da notícia, procurando encontrar a melhor maneira de oferecer toda a informação disponível de uma forma apelativa. (CANAVILHAS, 2014, p.17)
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  • 52. Técnica da Pirâmide Invertida (Jornal Impresso) • Os factos mais importantes aparecem no início, os menos importantes no final da notícia, e uma parte significativa da informação acaba mesmo por não ser utilizada. • O critério utilizado pelo jornalista é a “importância” da informação para a linha editorial ou para a imagem que o autor tem do seu público.
  • 53. WEB • Nesse caso a disponibilidade espacial é infinita e o público é global; • A importância nessa situação é variável; • A notícia veiculada na Web tem blocos ligados por hiperligações.
  • 54. BLOCOS INFORMATIVOS [...]entende-se uma unidade informativa autónoma, independentemente de ser composta por texto, vídeo, som ou qualquer tipo de imagem. Neste campo, as variáveis estão relacionadas com a quantidade de informação do bloco. (CANAVILHAS, 2014, p.18)
  • 55. O EQUILÍBRIO • No caso dos texto, os blocos não devem ser excessivamente longos, pois o leitor não gosta de ler textos extensos; • Caso o texto seja longo demais a tendência é que o leitor faça uma leitura diagonal, pulando trechos e captando apenas o que considera mais relevante; • Exemplo: Para layouts com três colunas de informação, o valor de referência por bloco seriam cerca de mil caracteres.
  • 56. CONSEQUÊNCIA Um bloco informativo com muita informação pode demorar bastante tempo a carregar devido a limitações no dispositivo de acesso à Internet, o que pode levar o leitor a desistir.
  • 57. O QUE FAZER ENTÃO? • Para não “perder” a atenção do público leitor é preciso então : “say it quick, say it well”, ou seja , “dizer rápido, falando bem”; • Essa, segundo o autor, é cada vez mais uma regra na produção de conteúdos para a Web; • Os conteúdos devem ser comprimidos e reduzidos (tamanho e tempo) para dimensões que permitam um bom acesso mesmo com ligações de baixa velocidade.
  • 58. O LABIRINTO • O jornalismo na Web enfrenta dificuldades não só para simplificar o texto para seu leitor, mas também no momento da construção de uma arquitetura noticiosa que consiga guiar o internauta; • Em comparação com os outros meios, esse leitor vai precisar utilizar competência ligadas ao campo da interatividade; Para mudar de folha, (jornais e revistas, ou de canal da rádio e da televisão), basta um gesto simples e universal. No caso do online existe um conjunto de regras que se vai estabilizando, como o facto de uma palavra sublinhada indicar uma hiperligação, mas tudo o resto é variado e está longe de estabilizar devido à constante evolução do meio. Sem regras, o leitor pode sentir-se num labirinto onde caminha livremente, mas sem saber se está no caminho certo. (CANAVILHAS, 2014, p.19)
  • 59.
  • 60. AS REGRAS • Segundo o autor é importante estabelecer algumas regras (gramática hipertextual), para apoiar o leitor no consumo da informação. São elas: 1ªREGRA Nielsen & Morkes (1997) recomendam que as hiperligações tenham uma distribuição homogénea ao longo do texto porque funcionam como âncoras ao impedir o leitor de fazer a chamada “leitura na diagonal”, saltando linhas de texto. (CANAVILHAS, 2014, p.19)
  • 61. AS REGRAS 2ªREGRA A segunda regra assinala que é vantajoso indicar ao leitor o tipo de bloco informativo para o qual se direciona a hiperligação. O facto desse bloco ser outro texto, uma foto, um vídeo, um som ou uma infografia, representa diferentes estímulos para o leitor, que poderá desistir de seguir a hiperligação, simplesmente porque não lhe interessa esse tipo de conteúdos ou porque a velocidade da ligação o impede de aceder a um vídeo. (CANAVILHAS, 2014, p.20) 3ª REGRA A terceira regra relaciona-se com a colocação da hiperligação nas frases. Os leitores tendem a clicar nas hiperligações no preciso momento da sua leitura. Isso significa que uma hiperligação colocada no início de uma frase pode significar uma saída para outro bloco informativo sem que o leitor tenha lido o parágrafo onde se encontrava e, por isso, sem ter captado a mensagem que se pretendia transmitir. (CANAVILHAS, 2014, p.20)
  • 62. AS REGRAS 4ª REGRA Uma quarta regra está relacionada com a relação entre a palavra onde se coloca a hiperligação e a natureza mediática do bloco informativo de destino. A inexistência de um ícone ou de uma etiqueta que assinale o tipo de bloco de destino não deve impedir o leitor de saber que tipo de conteúdo está associado à hiperligação. Assim, o estabelecimento de pares “tipo de conteúdo-palavra a hiperligar” pode ajudar o leitor a optar por clicar na hiperligação. (CANAVILHAS, 2014, p.20)