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Semiotécnica- Prof: Renato de Oliveira
Capitulo 2
Sinais vitais ,Banho no leito ,Arrumação de leito
SINAIS VITAIS
Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função cor-
poral. Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática diária para o auxílio do
exame clínico, destacam-se pela sua importância e por nós serão abordados: a pressão
arterial, o pulso, a temperatura corpórea e a respiração e agora mas recentemente a dor..
Por serem os mesmos relacionados com a própria existência da vida, recebem o nome
de sinais vitais.
PRESSÃO ARTERIAL
A pressão ou tensão arterial é um parâmetro de suma importância na investigação diag-
nóstica, sendo obrigatório em toda consulta de qualquer especialidade; relacionando-se
com o coração, traduz o sistema de pressão vigente na árvore arterial. É medida com a
utilização do esfigmomanômetro e do estetoscópio.
OS APARELHOS
ESFIGMOMANÔMETRO - É o instrumento utilizado para a medida da pressão arterial.
Foi idealizado por três cientistas: VonBasch (1880), Riva-Ricci (1896) e Korotkoff (1905).
O tamanho do aparelho depende da circunferência do braço a ser examinado, sendo que
a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda à 40% da circunferên-
cia do braço, sendo que seu comprimento deve ser de 80%; manguitos muito curtos ou
estreitos podem fornecer leituras falsamente elevadas. O esfigmomanômetro pode ser de
coluna de mercúrio para a medida da pressão, ou aneróide. Existem aparelhos semi-au-
tomáticos que se utilizam do método auscultatório e oscilométrico, com grau de confiabili-
dade variável, devido sofrerem com freqüência alterações na calibração.
ESTETOSCÓPIO - Existem vários modelos, porém os principais componentes são: Oli-
vas auriculares: são pequenas peças cônicas que proporcionam uma perfeita adaptação
ao meato auditivo, de modo a criar um sistema fechado entre o ouvido e o aparelho.
Armação metálica: põe em comunicação as peças auriculares com o sistema flexível de
borracha; é provida de mola que permite um perfeito ajuste do aparelho.
Tubos de borracha: possuem diâmetro de 0,3 a 0,5 cm. e comprimento de 25 a 30 cm.
Receptores: existem dois tipos fundamentais: o de campânula de 2,5 cm. que é mais
sensível aos sons de menor freqüência e o diafragma que dispõe de uma membrana se-
mi-rígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm., utilizado para ausculta em geral.
Figura
FATORES DETERMINANTES DA PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial é determinada pela relação PA = DC x RP, onde DC é o débito cardía-
co e RP significa resistência periférica, sendo que cada um desses fatores sofre influên-
cia de vários outros.
O débito cardíaco é resultante do volume sistólico (VS) multiplicado pela freqüência car-
díaca (FC), sendo que o volume sistólico é a quantidade de sangue que é expelida do
ventrículo cardíaco em cada sístole (contração); as variações do débito cardíaco são
grandes, sendo em média de 5 a 6 litros por minuto, podendo chegar a 30 litros por minu-
to durante um exercício físico.
A resistência periférica é representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar, sendo
este fator importante na regulação da pressão arterial mínima ou diastólica; ela é depen-
dente das fibras musculares na camada média dos vasos dos vasos, dos esfíncteres pré-
capilares e de substâncias humorais como a angiotensina e catecolamina.
A distensibilidade é uma característica dos grandes vasos, principalmente da aorta que
possuem grande quantidade de fibras elásticas. Em cada sístole o sangue é impulsiona-
do para a aorta, acompanhada de uma apreciável energia cinética, que é em parte absor-
vida pela parede do vaso, fazendo com que a corrente sanguínea progrida de maneira
contínua. A diminuição da elasticidade da aorta, como ocorre em pessoas idosas, resulta
de aumento da pressão sistólica sem elevação da diastólica.
A volemia interfere de maneira direta e significativa nos níveis da pressão arterial sistólica
e diastólica; com a redução da volemia, que ocorre na desidratação e hemorragias, ocor-
re uma diminuição da pressão arterial.
A viscosidade sangüínea também é um fator determinante, porém de menor importância;
nas anemias graves, podemos encontrar níveis mais baixos de pressão arterial, podendo
estar elevados na poliglobulia.
TÉCNICA - Após a lavagem das mãos, reunir todo o material e dirigir-se à unidade do pa-
ciente, orientando-o para o procedimento. O mesmo deve estar em repouso por pelo me-
nos cinco minutos, em abstenção de fumo ou cafeína nos últimos 30 minutos; o braço se-
lecionado deve estar livre de vestimentas, relaxado e mantido ao nível do coração (apro-
ximadamente no quarto espaço inter-costal); quando o paciente está sentado, coloca-se
o braço por sobre uma mesa; a pressão arterial poderá estar falsamente elevada caso a
artéria braquial fique abaixo do nível do coração.
O pulso braquial deve ser palpado para o diagnóstico de sua integridade A bolsa
inflável deve ser centralizada por sobre a artéria braquial, sendo que a margem inferior
do manguito deve permanecer 2,5 cm. acima da prega anti-cubital; prende-se o manguito
e posiciona-se o braço de modo que fique levemente fletido.
Figura:
Método palpatório: insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se a
“pera” rapidamente até o desaparecimento do pulso radial, verifica-se o valor e acrescen-
ta-se 30 mmHg. Após, desinsufla-se lenta e completamente o manguito até o apareci-
mento do pulso, o que é considerado a pressão arterial máxima. Desinsufla-se a seguir o
manguito rapidamente. O método palpatório só permite a verificação da pressão arterial
máxima.
Método auscultatório: coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por so-
bre a artéria braquial; insufla-se o manguito suavemente até o nível previamente determi-
nado (30 mmHg acima da pressão arterial máxima verificada pelo método palpatório) e
em seguida desinsufla-se lentamente, à uma velocidade de 2 a 3 mmHg por segundo.
Verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são auscultados, o que corresponde à
pressão arterial máxima. Continua-se baixando a pressão até o abafamento das bulhas e
a seguir o desaparecimento completo dos ruídos de Korotkoff, o que corresponde à pres-
são arterial mínima. Em algumas pessoas, o ponto de abafamento e o de desapareci-
mento ficam muito afastados, e em raras situações chegam a não desaparecer. A dife-
rença entre a pressão arterial máxima e mínima é chamada de pressão de pulso. Duran-
te a ausculta dos ruídos (de Korotkoff), pode existir uma ausência temporária dos mes-
mos, sendo este fenômeno chamado de hiato auscultatório, comum em hipertensos gra-
ves a em patologias da vávula aórtica.
Notas complementares
• variações na posição e na pressão do receptor do estetoscópio interferem com o
resultado dos níveis tencionais.
• a pressão arterial deve ser medida em ambos os braços.
• as diferenças de pressão acima de 10 mmHg sugerem obstrução ou compressão
arterial do lado de menor pressão
• evitar a congestão das veias do braço, pois dificulta a ausculta
• a roupa da paciente não deve fazer constrição no braço
• a presença de arritmias importantes interfere na medida da PA
• a medida da PA deve ser sempre medida em condições basais.
• a PA pode ser medida nas coxas, porém com manguitos especiais e com o este-
toscópio localizado no oco poplíteo
• em pacientes obesos, a maior circunferência do braço determina níveis pressóri-
cos falsamente elevados, sendo conveniente nesses casos a mediada da PA no
ante-braço, com o estetoscópio sobre a artéria radial.
• em crianças, na determinação da PA diastólica, leva-se em conta a diminuição dos
ruídos de Korotkoff, já que o desaparecimento pode não ocorrer.
VALORES NORMAIS DA PRESSÃO ARTERIAL - Os valores máximos estabelecidos
pelo Consenso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Cardiologia par indivíduos acima de
18 anos é de 140/90 mmHg. A pressão arterial sistólica como a diastólica podem estar al-
teradas isolada ou conjuntamente.
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Idade - em crianças é nitidamente mais baixos do que em adultos
Sexo - na mulher é pouco mais baixa do que no homem, porém na
prática adotam-se os mesmos valores
Raça - as diferenças em grupos étnicos muito distintos talvez se deva à
condições culturais e de alimentação.
Sono - durante o sono ocorre uma diminuição de cerca de 10% tanto na
sistólica como na diastólica
Emoções - há uma elevação principalmente da sistólica
Exercício físico - provoca intensa elevação da PA, devido ao aumento do
débito cardíaco, existindo curvas normais da elevação da PA durante o
esforço físico. (testes ergométricos).
Alimentação - após as refeições, há discreta elevação, porém sem
significado prático.
Mudança de posição - a resposta normal quando uma pessoa fica em pé ou sai da
posição de decúbito, inclui uma queda da PA sistólica de até 15 mmHg e uma leve
queda ou aumento da diastólica de 5 a 10 mmHg. Pode ocorrer hipotensão postu-
ral (ortostática), que se acompanha de tontura ou síncope; as três causas mais co-
muns da hipotensão ortostática: depleção do volume intra-vascular, mecanismos
vaso-constrictores inadequados e efeito autônomo insuficiente sobre a constrição
vascular.
PULSO
A palpação do pulso é um dos procedimentos clínicos mais antigos da prática médica, e
representa também um gesto simbólico, pois é um dos primeiros contato físico entre o
médico e o paciente.
FISIOLOGIA - Com a contração do ventrículo esquerdo há uma ejeção de um volume de
sangue na aorta, e dali, para a árvore arterial, sendo que uma onda de pressão desloca-
se rapidamente pelo sistema arterial, onde pode ser percebida como pulso arterial. Por-
tanto o pulso é a contração e expansão alternada de uma artéria
LOCAIS - As artérias em que com freqüência são verificados os pulsos: artéria radial, ca-
rótidas, braquial, femurais, pediosas, temporal, poplítea e tibial posterior. Nessas artérias
pode ser avaliado: o estado da parede arterial, a freqüência, o ritmo, a amplitude, a ten-
são e a comparação com a artéria contra-lateral.
PROCEDIMENTO
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao procedimento
Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre
com o braço apoiado
Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo
Contar durante 1 minuto inteiro
Lavar as mãos
Anotar no prontuário
TÉCNICA - Pulso radial: a artéria radial encontra-se entre a apófise estilóide do rádio e o
tendão dos flexores, sendo que para palpá-los emprega-se os dedos indicador e médio,
com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a
mão direita para examinar o pulso esquerdo e vice versa.
Pulso carotídeo: as pulsações da carótida são visíveis e palpáveis medialmente aos mús-
culos esternocleidomastoideos. Para sua palpação, devemos colocar o polegar esquerdo
(ou o indicador e dedo médio) sobre a carótida direita e vice-versa, no terço inferior do
pescoço, adjacente à margem medial do músculo esternocleiomastoideo bem relaxado,
aproximadamente ao nível da cartilagem cricóide.
Pulso braquial: colocar a mão oposta por debaixo do cotovelo do paciente e utilizar o po-
legar para palpar a artéria braquial imediatamente medial ao tendão do músculo bíceps,
sendo que o braço do paciente deve repousar com o cotovelo esticado e as palmas da
mão para cima.
Figura
Pulso braquial Pulso carotídio
PAREDE ARTERIAL - A parede do vaso não deve apresentar tortuosidades, sendo facil-
mente depressível; na aterosclerose, ocorre deposição de sais de cálcio na parede dos
vasos, sendo que à palpação notamos o mesmo endurecido, irregular, tortuoso, receben-
do o nome de traquéia de passarinho.
FREQÜÊNCIA - A contagem deve ser sempre feita por um período de 1 minuto, sendo
que a freqüência varia com a idade e diversas condições físicas. Na primeira infância va-
ria de 120 a 130 bat/min.; na segunda infância de 80 a 100 e no adulto é considerada
normal de 60 a 100 batimentos por minuto, sendo que acima do valor normal, temos a ta-
quisfigmia e abaixo bradisfigmia. Na prática diária, erroneamente usamos os termos res-
pectivamente de taquicardia e bradicardia, pois nem sempre o número de pulsações peri-
féricas corresponde aos batimentos cardíacos. Está aumentada em situações fisiológicas
como exercício, emoção, gravidez, ou em situações patológicas como estados febris, hi-
pertiroidismo, hipovolemia entre muitos outros. A bradisfigmia pode ser normal em atle-
tas.
RITMO - É dado pela seqüência das pulsações, sendo que quando ocorrem a intervalos
iguais, chamamos de ritmo regular, sendo que se os intervalos são ora mais longos ora
mais curtos, o ritmo é irregular. A arritmia traduz alteração do ritmo cardíaco.
AMPLITUDE OU MAGNITUDE - É avaliada pela sensação captada em cada pulsação e
está diretamente relacionada com o grau de enchimento da artéria na sístole e esvazia-
mento na diástole.
TENSÃO OU DUREZA - É avaliada pela compressão progressiva da artéria, sendo que
se for pequena a pressão necessária para interromper as pulsações, caracteriza-se um
pulso mole. No pulso duro a pressão exercida para desaparecimento do pulso é grande e
pode indicar hipertensão arterial.
COMPARAÇÃO COM ARTÉRIA HOMÓLOGA - É sempre obrigatório o exame de pulso
da artéria contra-lateral, pois a desigualdade dos pulsos podem identificar lesões anatô-
micas.
Temperatura:
Sabemos ser quase constante, a temperatura no interior do corpo, com uma mínima va-
riação, ao redor de 0,6 graus centígrados, mesmo quando expostos à grandes diferenças
de temperatura externa, graças à um complexo sistema chamado termorregulador. Já a
temperatura no exterior varia de acordo com condições ambientais. A mesma é medida
através do termômetro clínico.
TERMÔMETRO CLÍNICO - Idealizado por Santório, entre os anos 1561 e 1636, é consi-
derado o ponto de partida da utilização de aparelhos simples que permitem obter dados
de valor para a complementação do exame clínico.
CONTROLE DA TEMPERATURA CORPORAL - O calor produzido no interior do orga-
nismo chega à superfície corporal através dos vasos sangüíneos e se difundem através
do plexo sub-cutâneo, que representa até 30% do total do débito cardíaco. O grau de
aporte de sangue pela pele é controlado pela constricção ou relaxamento das artérias,
sendo que ao chegar na superfície, o calor é transferido do sangue para o meio externo,
através de: irradiação, condução e evaporação.
Para que ocorra a irradiação, basta que a temperatura do corpo esteja acima do meio
ambiente. A condução ocorre quando há contato com outra superfície, sendo que existe
troca de calor até que as temperaturas se igualem. Já o mecanismo pelo qual o corpo
troca temperatura com o ar circulante chama-se convecção.
A temperatura é quase que totalmente controlada por mecanismos centrais de retroali-
mentação que operam através de um centro regulador situado no hipotálamo, mais preci-
samente através de neurônios localizados na área pré-óptica do hipotálamo, sendo que
este centro recebe o nome de centro termo regulador.
Quando há elevação da temperatura, inicia-se uma eliminação do calor, através do estí-
mulo das glândulas sudoríparas e pela vasodilatação; com a sudorese há uma perda im-
portante de calor, sendo que quando ocorre o inverso, ou seja o resfriamento do organis-
mo, são iniciados mecanismos para a manutenção da temperatura, através da constric-
ção dos vasos cutâneos e diminuição da perda por condução, convecção e transpiração.
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA - Os locais onde habitualmente são
medidas as temperatura do corpo são: axila, boca, reto e mais raramente a prega ingui-
nal, sendo que além do valor absoluto, as diferenças de temperatura nas diferentes regi-
ões do corpo, possuem valor propedêutico, por exemplo, a temperatura retal maior que a
axilar em valores acima de 1 grau, pode ser indicativo de processo inflamatório intra-ab-
dominal.
Na medida oral, o termômetro deverá ser colocado sob a língua, posicionando-o no canto
do lábio; a verificação da temperatura oral é contra-indicada em crianças, idosos, pacien-
tes graves, inconscientes, psiquiátricos, portadores de alterações orofaríngeas, após fu-
mar e após ingestão de alimentos quentes ou gelados.
Na temperatura retal, o termômetro deverá possuir bulbo arredondado e ser de maior ca-
libre, sendo contra-indicações para a verificação do método pacientes com cirurgias re-
cente no reto ou períneo ou portadores de processos inflamatórios neste local. É consi-
derada a temperatura mais precisa.
MATERIAL - bandeja, termômetro, algodão, álcool e sacos para algodão seco e úmido.
PROCEDIMENTO
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao procedimento
Reunir o material e levar à unidade do paciente
Deixar o paciente deitado ou recostado confortavelmente
Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool
Enxugar a axila se for o caso, com as próprias vestimentas do paciente
Descer a coluna de mercúrio até o ponto mais baixo, segurando o termômetro firmemen-
te e sacudindo-o com cuidado.
Colocar o termômetro na axila, se for o caso, mantendo-o com o braço bem encostado
ao tórax.
Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos
Ler a temperatura na escala
Limpar com algodão embebido em álcool
Lavar as mãos
Anotar no prontuário da paciente
VALORES NORMAIS DA TEMPERATURA - Como dito anteriormente, os locais habi-
tuais da medida da temperatura corpórea são: a axila, a boca e o ânus, sendo que exis-
tem diferenças fisiológicas entre os locais:
Axilar - 35,5 a 37,0 0
C
Bucal - 36,0 a 37,4 0
C
Retal - 36,0 a 37,5 0
C
A elevação da temperatura acima dos níveis normais recebe o nome de hipertermia e
abaixo de hipotermia.
FEBRE - Nada mais é do que a elevação da temperatura acima da normalidade, causa-
da por alterações do centro termo regulador ou por substâncias que interferem com o
mesmo. Muitas proteínas ou produtos como as toxinas de bactérias causam elevação da
temperatura e são chamadas de substâncias pirogênicas, sendo portanto que a elevação
da temperatura ou seja a febre pode ocorrer por infecções, lesões teciduais processos in-
flamatórios e neoplasias entre as mais importantes.
A febre é apenas a elevação da temperatura, ou seja, um sinal porém a grande maioria
das pessoas se ressentem desta elevação apresentando outros sinais e sintomas como:
astenia, inapetência, cefaléia, taquicardia, taquipnéia, taquisfigmia, oligúria, dor pelo cor-
po, calafrios, sudorese, nauseas, vômitos, delírio, confusão mental e até convulsões, prin-
cipalmente em recém-nascidos e crianças. Ao conjunto desses sinais e sintomas, acom-
panhado da elevação da temperatura damos o nome de síndrome febril. São raras as
pessoas que apresentam febre na ausência de qualquer outro sinal ou sintoma.
SEMIOLOGIA DA FEBRE - As seguintes características da febre devem ser avaliadas:
início, intensidade, duração, modo de evolução e término.
INÍCIO - Pode ser súbito, onde percebe-se a elevação brusca da temperatura, sendo que
neste caso com freqüência acompanha-se de sinais e sintomas da síndrome febril, ou
pode ocorrer de maneira gradual, em que as vezes nem é percebida pelo paciente.
INTENSIDADE - A classificação obedece a temperatura axilar, devendo sempre lembrar
que a intensidade também depende da capacidade de reação do organismo, sendo que
pacientes extremamente debilitados e idosos podem não responder diante de um proces-
so infeccioso. A intensidade e é assim caracterizada:
febre leve ou febrícula - até 37,5 graus
febre moderada - de 37,5 até 38,5 graus
febre alta ou elevada - acima de 38,5 graus
DURAÇÃO - É uma característica importante, podendo interferir na conduta médica. É
dita prolongada quando a duração é maior do que 10 dias, sendo que existem doenças
próprias que são responsáveis por esta duração, como a tuberculose, septcemia, endo-
cardite, linfomas entre outras.
MODO DE EVOLUÇÃO - Este dado poderá ser avalizado pela informação do paciente,
porém principalmente pela análise diária da temperatura, sendo a mesma registrada em
gráficos próprios chamados de gráficos ou quadro térmico, sendo que a anotação pode
ser feita no mínimo duas vezes por dia, ou de acordo com a orientação médica.
Febre contínua - aquela que sempre permanece acima do normal, com variações
de até 1 grau; exemplo freqüente é a febre da pneumonia
Febre remitente - há hipertermia diária, sendo que as variações são acima de 1
grau; são exemplos a febre dos abcesso, septicemias
Febre intermitente - neste caso, a hipertermia é interrompida por períodos de tem-
peratura normal, que pode ser de alguma medida no mesmo dia, ou um ou mais
dias com temperatura normal; é característica da malária.
Febre recorrente ou ondulante - caracteriza-se por períodos de temperatura nor-
mal que dura dias, seguido de elevações variáveis da temperatura; são encontra-
das por exemplo nos portadores de neoplasias malignas.
RESPIRAÇÃO
A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo
a absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico.
FREQÜÊNCIA - crianças - 30 a 40 movimentos respiratórios/minuto
adulto - 14 a 20 movimentos respiratórios/minuto
ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO
Dispnénia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias
doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.
Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição
ereta.
Taquipnéia : respiração rápida, acima dos valores da normalidade, freqüentemente
pouco profunda.
Bradipnéia : respiração lenta, abaixo da normalidade.
Apnéia: ausência da respiração
MATERIAL
Relógio com ponteiro de segundos
Papel e caneta para anotações
TÉCNICA
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao exame
Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos
Contagem pelo período de 1 minuto
Lavar as mãos no término
Anotar no prontuário
TAXA RESPIRATÓRIA POR MINUTO
Normal Adulto 15 a 20
Criança (1 a 5 anos) 25 a 28
Criança (5 a 12 anos) 20 a 24
Bebê (0 a 1 anos) 30 a 70
Rápida Adulto + 30 (problema sério)
Criança (1 a 5 anos) + 44 (problema sério)
Criança (5 a 12 anos) + 36 (problema sério)
Bebê ( 0 a 1 ano) + 70 (problema sério)
Lenta Adulto - 10 (problema sério)
Criança (1 a 5 anos) - 20 (problema sério)
Criança (5 a 12 anos) - 16 (problema sério)
Bebê (0 a 1 ano) - 30 (problema sério)
A DOR COMO 5º SINAL VITAL:
A dor é um sintoma e uma das causas mais freqüentes da procura por auxílio médico. A
necessidade da dor ser reconhecida como 5° sinal vital foi citada pela primeira vez em
1996 por James Campbell (Presidente da Sociedade Americana de Dor). Seu objetivo foi
de elevar a conscientização entre os profissionais de saúde sobre o tratamento da dor.
James Campbell (1996) refere que “se a dor fosse aliviada com o mesmo zelo como os
outros sinais vitais haveria uma melhor chance de promover tratamento adequado”.
A avaliação da dor deve ser visível nas instituições de saúde, assim o seu registro
juntamente com os demais sinais vitais garantirá, na sua vigência, imediata intervenção e
reavaliações subseqüentes.A avaliação da dor e o registro sistemático e periódico de sua
intensidade é fundamental para que se acompanhe a evolução dos pacientes e se realize
os ajustes necessários ao tratamento.
A inclusão da avaliação da dor junto aos sinais vitais pode assegurar que todos os
pacientes tenham acesso às intervenções para controle da dor da mesma forma que se
dá o tratamento imediato das alterações dos demais controles.
Função do técnico de enfermagem na avaliação da dor:
Adotar uma rotina de avaliação de ocorrência e intensidade da dor para todos os
pacientes usando uma escala
visual analógica (EVA);
• Documentar a ocorrência de dor e de sua intensidade para todos os doentes;
• Documentar as intervenções planejadas para o tratamento e controle da dor, bem como
o período determinado para
a reavaliação.
Escala de( EVA):
A Escala Visual Analógica – EVA consiste em auxiliar na aferição da intensidade da dor
no paciente, é um instrumento importante para verificarmos a evolução do paciente
durante o tratamento e mesmo a cada atendimento, de maneira mais fidedigna. Também
é útil para podermos analisar se o tratamento está sendo efetivo, quais procedimentos
têm surtido melhores resultados, assim como se há alguma deficiência no tratamento, de
acordo com o grau de melhora ou piora da dor.
A EVA pode ser utilizada no início e no final de cada atendimento, registrando o resultado
sempre na evolução. Para utilizar a EVA o atendente deve questionar o paciente quanto
ao seu grau de dor sendo que 0 significa ausência total de dor e 10 o nível de dor
máxima suportável pelo paciente.
Dicas sobre como interrogar o paciente:
• Você tem dor?
• Como você classifica sua dor? (deixe ele falar livremente, faça observações na
pasta sobre o que ele falar)
Questione-o:
a) Se não tiver dor, a classificação é zero.
b) Se a dor for moderada, seu nível de referência é cinco.
c) Se for intensa, seu nível de referência é dez.
OBS.: Procure estabelecer variações de melhora e piora na escala acima tomando
cuidado para não sugestionar o paciente.
Banho no leito:
Material
- Equipamentos da cama: colcha, cobertor, 01 lençol de cima, lençol móvel, 01
impermeável, 01 lençol de baixo, fronha, seguindo esta ordem;
- Luvas de procedimento; 01 toalha de rosto; 01 toalha de banho; 02 luvas de banho ou
compressas; 01 camisola; 02 bacias de banho ou balde; jarro de água quente; 01
sabonete anti-séptico; comadre ou papagaio; biombo s/n; saco de hamper.
Procedimento:
- colocar o biombo s/n;
- fechas janelas e portas;
- desocupar a mesa de cabeceira;
- oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho;
- desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor, o travesseiro e a camisola,
deixando-o protegido com o lençol;
- abaixar a cabeceira da cama caso seja possível;
- colocar o travesseiro sobre o ombro;
- ocluir os ouvidos;
- colocar a bacia sob a cabeça;
- lavar os cabelos;
- fazer higiene oral;
- calcar as luvas de procedimento;
- molhar as luvas de banho retirando o excesso de água;
- lavar os olhos do paciente do ângulo interno;
- lavar os olhos do paciente do ângulo interno para o externo;
- utilizar água limpa para lavar cada olho;
- ensaboar pouco e secar com a toalha de rosto;
- colocar a toalha de bano sob um dos braços do paciente e lavá-lo no sentido do punho
para as axilas em movimentos longos;
- enxaguar e secar com a toalha de banho;
- repetir a operação com o outro braço;
- colocar a toalha de banho sobre o tórax do paciente, cobrindo-o até a região púbica;
- com uma as mãos suspender a toalha e com a outra lavar o tórax e abdômen;
- enxaguar, secar e cobri-lo com o lençol;
- lavar as pernas fazendo movimentos passivos nas articulações, massagear as
proeminências ósseas e panturrilha;
- flexionar o joelho do paciente e lavar os pés, secando bem entre os dedos;
- colocar o paciente em decúbito lateral, com as costas voltadas para você, protegendo-a
com toalha, lavar, enxugar e secar;
- fazer massagem de conforto;
- colocar o paciente em posição dorsal;
- colocar a toalha de banho e comadre sob o paciente;
- oferecer a luva de banho para que o paciente possa fazer sua higiene íntima (se tiver
limitações, calçar a luva e fazer a higiene para o paciente);
- lavar as mãos;
- vestir a camisola;
- trocar a roupa de cama;
- recolocar o travesseiro e deixá-lo em posição confortável.
Arrumação do leito:
O leito é um fator importante na obtenção de repouso e conforto. Objetivos: proporcionar
conforto e segurança ao paciente. Economia de tempo e fadiga da enfermagem.
O leito é um fator importante na obtenção de repouso e conforto. Objetivos: proporcionar
conforto e segurança ao paciente. Economia de tempo e fadiga da enfermagem.
Tipos de Cama:
* Aberta: Ocupada por paciente que pode locomover-se, ou aguarda chegada do
paciente.
* Fechada: Permanece fechada até que o novo paciente a ocupe.
Aberta com doente acamado: Ocupado pelo paciente impossibilitado de locomover-se.
Cama de operado: É preparada após o paciente ser encaminhado a cirúrgia e em
seguida aguarda o paciente cirúrgiado.
Material necessário para cama simples:
• Toalha de banho;
• Toalha de rosto;
• Fronha;
• Lençol protetor do colchão;
• Oleado;
• Traçado;
• Lençol protetor do paciente;
• Cobertor;
• Colcha;
Procedimentos: Cama Fechada
• Reunir o material;
• Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela o travesseiro;
• Dispor a roupa no espaldar da cadeira, observando a ordem:
- Colcha;
- Cobertor;
- Lençol protetor do paciente;
- Traçado;
- Oleado;
- Lençol protetor do colchão;
• Dispor o lençol de baixo fazendo canto da cabeceira, dos pés e lateral da cama,
estender o oleado e o traçado e prendê-los juntamente.
• Colocar o lençol protetor do paciente deixando barrado junto a cabeceira;
• O cobertor a menos de 40cm da cabeceira estender a colcha rente a cabeceira
prendendo junto as 3 peças nos pés da cama e deixando solto os lados.
• Por a fronha no travesseiro colocando junto a grade da cabeceira. Endireitar a cadeira,
passar para o outro lado e repetir a seqüência.
• Deixar a unidade (quarto do paciente em ordem);
obs.: Dobraduras: 2 vezes no sentido da largura e 1 vez no sentido de comprimento.
Colocar na cadeira com as pontas laterais voltadas para cama, caso colocar na cadeira,
por as pontas laterais voltadas para cama. Caso não houver hamper improvisar com a
colcha.
Procedimentos: Cama Aberta
A seguir a mesma seqüência deixando o lençol de cima (protetor do paciente) virado
sobre o cobertor e a colcha na parte da cabeceira.
O travesseiro é colocado sobre a cama.
Procedimentos: Aberta com paciente acamado
Dispor a roupa de cama na cadeira, virar o paciente para o lado oposto que vai iniciar a
técnica.
Dobrar as peças de modo a deixar exposto a metade do colchão, estender as roupas
limpas seguindo a mesma seqüência.
Virar o paciente para o outro lado limpo, retirando a roupa suja e colocando no hamper.
Completar a arrumação da cama e deixar a unidade em ordem.
Procedimentos: Cama de Operado
• Trocar as roupas de cama e fazer uma limpeza na unidade;
• Dispor as roupas de cama no espaldar da cadeira;
• Arrumar a cama na mesma seqüência das outras;
• Após fazê-la deixar lateralmente uma dobra próxima a cabeceira;
• Deixar o travesseiro preso a cabeceira da cama;
• Colocar na mesa: cuba rim, gazes, aparelho de P.A., estetoscópio. Colocar ao lado do
suporte de soro;
ESTUDO DIRIGIDO:
Questão 1
Quais os 5 sinais vitais?
R:
Questão 2
Defina Apnéia?
R
Questão 3
O ESFIGMOMANÔMETRO é utilizado para :
( ) verificar PA
( ) verificar Pulso
( )verificar dor
( ) verificar Temperatura
Questão 4
Onde podemos encontra o pulso braquial :
( ) braços
( ) cabeça
( ) pernas
( ) tórax
Questão 5
Qual patologia podemos encontra verificando a respiração?
( ) Asma
( ) febre
( ) dor
( ) pressão alta
Questão 5
Cite 5 materiais utilizados para Arrumação do leito?
R:
Questão 6
Cite 5 materiais utilizados no banho no leito?
R
Questão 7
Defina dispneia?
R
Questão 8
A Escala Visual Analógica é utilizada para verificar?
( ) Bronquite
( ) febre
( ) dor
( ) dispneia
Questão 9
Em qual patologia podemos encontra febre continua?
( ) Fraturas
( ) bronquite
( ) pneumonia
( ) septicemias
Questão 10
Defina sinais vitais ?
R
Bibliografia:
SMELTZER, S. O.; Bare, B. G.(E.d.) – Brunner & Suddarth: ; Tratado de
Enfermagem Médico-Cirurgica; 10ª Ed. Rio de Janeiro; Editora Guanabara
Koogan. 2005.
POTTER, P. A.; PERRY, A. G.; Grande Tratado De Enfermagem Prática
Hospitalar. SP. Santos, 2002.
AYLIFFE, G. A. J et. al. Controle de Infecção Hospitalar. Livraria e editora Revinter
Ltda, 3.ed. 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. Revista do Controle de Infecção Hospitalar.
Brasília. 1995.
CORRÊA, G. M. & Chinellato, l. E. M. Manual Prático para Procedimentos de
Enfermagem

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  • 1. Semiotécnica- Prof: Renato de Oliveira Capitulo 2 Sinais vitais ,Banho no leito ,Arrumação de leito SINAIS VITAIS Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função cor- poral. Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática diária para o auxílio do exame clínico, destacam-se pela sua importância e por nós serão abordados: a pressão arterial, o pulso, a temperatura corpórea e a respiração e agora mas recentemente a dor.. Por serem os mesmos relacionados com a própria existência da vida, recebem o nome de sinais vitais. PRESSÃO ARTERIAL A pressão ou tensão arterial é um parâmetro de suma importância na investigação diag- nóstica, sendo obrigatório em toda consulta de qualquer especialidade; relacionando-se com o coração, traduz o sistema de pressão vigente na árvore arterial. É medida com a utilização do esfigmomanômetro e do estetoscópio. OS APARELHOS ESFIGMOMANÔMETRO - É o instrumento utilizado para a medida da pressão arterial. Foi idealizado por três cientistas: VonBasch (1880), Riva-Ricci (1896) e Korotkoff (1905). O tamanho do aparelho depende da circunferência do braço a ser examinado, sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda à 40% da circunferên- cia do braço, sendo que seu comprimento deve ser de 80%; manguitos muito curtos ou estreitos podem fornecer leituras falsamente elevadas. O esfigmomanômetro pode ser de coluna de mercúrio para a medida da pressão, ou aneróide. Existem aparelhos semi-au- tomáticos que se utilizam do método auscultatório e oscilométrico, com grau de confiabili- dade variável, devido sofrerem com freqüência alterações na calibração.
  • 2. ESTETOSCÓPIO - Existem vários modelos, porém os principais componentes são: Oli- vas auriculares: são pequenas peças cônicas que proporcionam uma perfeita adaptação ao meato auditivo, de modo a criar um sistema fechado entre o ouvido e o aparelho. Armação metálica: põe em comunicação as peças auriculares com o sistema flexível de borracha; é provida de mola que permite um perfeito ajuste do aparelho. Tubos de borracha: possuem diâmetro de 0,3 a 0,5 cm. e comprimento de 25 a 30 cm. Receptores: existem dois tipos fundamentais: o de campânula de 2,5 cm. que é mais sensível aos sons de menor freqüência e o diafragma que dispõe de uma membrana se- mi-rígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm., utilizado para ausculta em geral. Figura FATORES DETERMINANTES DA PRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial é determinada pela relação PA = DC x RP, onde DC é o débito cardía- co e RP significa resistência periférica, sendo que cada um desses fatores sofre influên- cia de vários outros. O débito cardíaco é resultante do volume sistólico (VS) multiplicado pela freqüência car- díaca (FC), sendo que o volume sistólico é a quantidade de sangue que é expelida do ventrículo cardíaco em cada sístole (contração); as variações do débito cardíaco são grandes, sendo em média de 5 a 6 litros por minuto, podendo chegar a 30 litros por minu- to durante um exercício físico. A resistência periférica é representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar, sendo este fator importante na regulação da pressão arterial mínima ou diastólica; ela é depen- dente das fibras musculares na camada média dos vasos dos vasos, dos esfíncteres pré- capilares e de substâncias humorais como a angiotensina e catecolamina.
  • 3. A distensibilidade é uma característica dos grandes vasos, principalmente da aorta que possuem grande quantidade de fibras elásticas. Em cada sístole o sangue é impulsiona- do para a aorta, acompanhada de uma apreciável energia cinética, que é em parte absor- vida pela parede do vaso, fazendo com que a corrente sanguínea progrida de maneira contínua. A diminuição da elasticidade da aorta, como ocorre em pessoas idosas, resulta de aumento da pressão sistólica sem elevação da diastólica. A volemia interfere de maneira direta e significativa nos níveis da pressão arterial sistólica e diastólica; com a redução da volemia, que ocorre na desidratação e hemorragias, ocor- re uma diminuição da pressão arterial. A viscosidade sangüínea também é um fator determinante, porém de menor importância; nas anemias graves, podemos encontrar níveis mais baixos de pressão arterial, podendo estar elevados na poliglobulia. TÉCNICA - Após a lavagem das mãos, reunir todo o material e dirigir-se à unidade do pa- ciente, orientando-o para o procedimento. O mesmo deve estar em repouso por pelo me- nos cinco minutos, em abstenção de fumo ou cafeína nos últimos 30 minutos; o braço se- lecionado deve estar livre de vestimentas, relaxado e mantido ao nível do coração (apro- ximadamente no quarto espaço inter-costal); quando o paciente está sentado, coloca-se o braço por sobre uma mesa; a pressão arterial poderá estar falsamente elevada caso a artéria braquial fique abaixo do nível do coração. O pulso braquial deve ser palpado para o diagnóstico de sua integridade A bolsa inflável deve ser centralizada por sobre a artéria braquial, sendo que a margem inferior do manguito deve permanecer 2,5 cm. acima da prega anti-cubital; prende-se o manguito e posiciona-se o braço de modo que fique levemente fletido. Figura:
  • 4. Método palpatório: insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se a “pera” rapidamente até o desaparecimento do pulso radial, verifica-se o valor e acrescen- ta-se 30 mmHg. Após, desinsufla-se lenta e completamente o manguito até o apareci- mento do pulso, o que é considerado a pressão arterial máxima. Desinsufla-se a seguir o manguito rapidamente. O método palpatório só permite a verificação da pressão arterial máxima. Método auscultatório: coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por so- bre a artéria braquial; insufla-se o manguito suavemente até o nível previamente determi- nado (30 mmHg acima da pressão arterial máxima verificada pelo método palpatório) e em seguida desinsufla-se lentamente, à uma velocidade de 2 a 3 mmHg por segundo. Verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são auscultados, o que corresponde à pressão arterial máxima. Continua-se baixando a pressão até o abafamento das bulhas e a seguir o desaparecimento completo dos ruídos de Korotkoff, o que corresponde à pres- são arterial mínima. Em algumas pessoas, o ponto de abafamento e o de desapareci- mento ficam muito afastados, e em raras situações chegam a não desaparecer. A dife- rença entre a pressão arterial máxima e mínima é chamada de pressão de pulso. Duran- te a ausculta dos ruídos (de Korotkoff), pode existir uma ausência temporária dos mes- mos, sendo este fenômeno chamado de hiato auscultatório, comum em hipertensos gra- ves a em patologias da vávula aórtica. Notas complementares • variações na posição e na pressão do receptor do estetoscópio interferem com o resultado dos níveis tencionais. • a pressão arterial deve ser medida em ambos os braços. • as diferenças de pressão acima de 10 mmHg sugerem obstrução ou compressão arterial do lado de menor pressão • evitar a congestão das veias do braço, pois dificulta a ausculta • a roupa da paciente não deve fazer constrição no braço • a presença de arritmias importantes interfere na medida da PA • a medida da PA deve ser sempre medida em condições basais.
  • 5. • a PA pode ser medida nas coxas, porém com manguitos especiais e com o este- toscópio localizado no oco poplíteo • em pacientes obesos, a maior circunferência do braço determina níveis pressóri- cos falsamente elevados, sendo conveniente nesses casos a mediada da PA no ante-braço, com o estetoscópio sobre a artéria radial. • em crianças, na determinação da PA diastólica, leva-se em conta a diminuição dos ruídos de Korotkoff, já que o desaparecimento pode não ocorrer. VALORES NORMAIS DA PRESSÃO ARTERIAL - Os valores máximos estabelecidos pelo Consenso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Cardiologia par indivíduos acima de 18 anos é de 140/90 mmHg. A pressão arterial sistólica como a diastólica podem estar al- teradas isolada ou conjuntamente. VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS Idade - em crianças é nitidamente mais baixos do que em adultos Sexo - na mulher é pouco mais baixa do que no homem, porém na prática adotam-se os mesmos valores Raça - as diferenças em grupos étnicos muito distintos talvez se deva à condições culturais e de alimentação. Sono - durante o sono ocorre uma diminuição de cerca de 10% tanto na sistólica como na diastólica Emoções - há uma elevação principalmente da sistólica Exercício físico - provoca intensa elevação da PA, devido ao aumento do débito cardíaco, existindo curvas normais da elevação da PA durante o esforço físico. (testes ergométricos). Alimentação - após as refeições, há discreta elevação, porém sem significado prático. Mudança de posição - a resposta normal quando uma pessoa fica em pé ou sai da posição de decúbito, inclui uma queda da PA sistólica de até 15 mmHg e uma leve queda ou aumento da diastólica de 5 a 10 mmHg. Pode ocorrer hipotensão postu- ral (ortostática), que se acompanha de tontura ou síncope; as três causas mais co- muns da hipotensão ortostática: depleção do volume intra-vascular, mecanismos
  • 6. vaso-constrictores inadequados e efeito autônomo insuficiente sobre a constrição vascular. PULSO A palpação do pulso é um dos procedimentos clínicos mais antigos da prática médica, e representa também um gesto simbólico, pois é um dos primeiros contato físico entre o médico e o paciente. FISIOLOGIA - Com a contração do ventrículo esquerdo há uma ejeção de um volume de sangue na aorta, e dali, para a árvore arterial, sendo que uma onda de pressão desloca- se rapidamente pelo sistema arterial, onde pode ser percebida como pulso arterial. Por- tanto o pulso é a contração e expansão alternada de uma artéria LOCAIS - As artérias em que com freqüência são verificados os pulsos: artéria radial, ca- rótidas, braquial, femurais, pediosas, temporal, poplítea e tibial posterior. Nessas artérias pode ser avaliado: o estado da parede arterial, a freqüência, o ritmo, a amplitude, a ten- são e a comparação com a artéria contra-lateral. PROCEDIMENTO Lavar as mãos Orientar o paciente quanto ao procedimento Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo Contar durante 1 minuto inteiro Lavar as mãos Anotar no prontuário TÉCNICA - Pulso radial: a artéria radial encontra-se entre a apófise estilóide do rádio e o tendão dos flexores, sendo que para palpá-los emprega-se os dedos indicador e médio, com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo e vice versa. Pulso carotídeo: as pulsações da carótida são visíveis e palpáveis medialmente aos mús- culos esternocleidomastoideos. Para sua palpação, devemos colocar o polegar esquerdo (ou o indicador e dedo médio) sobre a carótida direita e vice-versa, no terço inferior do
  • 7. pescoço, adjacente à margem medial do músculo esternocleiomastoideo bem relaxado, aproximadamente ao nível da cartilagem cricóide. Pulso braquial: colocar a mão oposta por debaixo do cotovelo do paciente e utilizar o po- legar para palpar a artéria braquial imediatamente medial ao tendão do músculo bíceps, sendo que o braço do paciente deve repousar com o cotovelo esticado e as palmas da mão para cima. Figura Pulso braquial Pulso carotídio PAREDE ARTERIAL - A parede do vaso não deve apresentar tortuosidades, sendo facil- mente depressível; na aterosclerose, ocorre deposição de sais de cálcio na parede dos vasos, sendo que à palpação notamos o mesmo endurecido, irregular, tortuoso, receben- do o nome de traquéia de passarinho. FREQÜÊNCIA - A contagem deve ser sempre feita por um período de 1 minuto, sendo que a freqüência varia com a idade e diversas condições físicas. Na primeira infância va- ria de 120 a 130 bat/min.; na segunda infância de 80 a 100 e no adulto é considerada normal de 60 a 100 batimentos por minuto, sendo que acima do valor normal, temos a ta- quisfigmia e abaixo bradisfigmia. Na prática diária, erroneamente usamos os termos res- pectivamente de taquicardia e bradicardia, pois nem sempre o número de pulsações peri- féricas corresponde aos batimentos cardíacos. Está aumentada em situações fisiológicas como exercício, emoção, gravidez, ou em situações patológicas como estados febris, hi- pertiroidismo, hipovolemia entre muitos outros. A bradisfigmia pode ser normal em atle- tas. RITMO - É dado pela seqüência das pulsações, sendo que quando ocorrem a intervalos iguais, chamamos de ritmo regular, sendo que se os intervalos são ora mais longos ora mais curtos, o ritmo é irregular. A arritmia traduz alteração do ritmo cardíaco.
  • 8. AMPLITUDE OU MAGNITUDE - É avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está diretamente relacionada com o grau de enchimento da artéria na sístole e esvazia- mento na diástole. TENSÃO OU DUREZA - É avaliada pela compressão progressiva da artéria, sendo que se for pequena a pressão necessária para interromper as pulsações, caracteriza-se um pulso mole. No pulso duro a pressão exercida para desaparecimento do pulso é grande e pode indicar hipertensão arterial. COMPARAÇÃO COM ARTÉRIA HOMÓLOGA - É sempre obrigatório o exame de pulso da artéria contra-lateral, pois a desigualdade dos pulsos podem identificar lesões anatô- micas. Temperatura: Sabemos ser quase constante, a temperatura no interior do corpo, com uma mínima va- riação, ao redor de 0,6 graus centígrados, mesmo quando expostos à grandes diferenças de temperatura externa, graças à um complexo sistema chamado termorregulador. Já a temperatura no exterior varia de acordo com condições ambientais. A mesma é medida através do termômetro clínico. TERMÔMETRO CLÍNICO - Idealizado por Santório, entre os anos 1561 e 1636, é consi- derado o ponto de partida da utilização de aparelhos simples que permitem obter dados de valor para a complementação do exame clínico. CONTROLE DA TEMPERATURA CORPORAL - O calor produzido no interior do orga- nismo chega à superfície corporal através dos vasos sangüíneos e se difundem através do plexo sub-cutâneo, que representa até 30% do total do débito cardíaco. O grau de aporte de sangue pela pele é controlado pela constricção ou relaxamento das artérias,
  • 9. sendo que ao chegar na superfície, o calor é transferido do sangue para o meio externo, através de: irradiação, condução e evaporação. Para que ocorra a irradiação, basta que a temperatura do corpo esteja acima do meio ambiente. A condução ocorre quando há contato com outra superfície, sendo que existe troca de calor até que as temperaturas se igualem. Já o mecanismo pelo qual o corpo troca temperatura com o ar circulante chama-se convecção. A temperatura é quase que totalmente controlada por mecanismos centrais de retroali- mentação que operam através de um centro regulador situado no hipotálamo, mais preci- samente através de neurônios localizados na área pré-óptica do hipotálamo, sendo que este centro recebe o nome de centro termo regulador. Quando há elevação da temperatura, inicia-se uma eliminação do calor, através do estí- mulo das glândulas sudoríparas e pela vasodilatação; com a sudorese há uma perda im- portante de calor, sendo que quando ocorre o inverso, ou seja o resfriamento do organis- mo, são iniciados mecanismos para a manutenção da temperatura, através da constric- ção dos vasos cutâneos e diminuição da perda por condução, convecção e transpiração. LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA - Os locais onde habitualmente são medidas as temperatura do corpo são: axila, boca, reto e mais raramente a prega ingui- nal, sendo que além do valor absoluto, as diferenças de temperatura nas diferentes regi- ões do corpo, possuem valor propedêutico, por exemplo, a temperatura retal maior que a axilar em valores acima de 1 grau, pode ser indicativo de processo inflamatório intra-ab- dominal. Na medida oral, o termômetro deverá ser colocado sob a língua, posicionando-o no canto do lábio; a verificação da temperatura oral é contra-indicada em crianças, idosos, pacien- tes graves, inconscientes, psiquiátricos, portadores de alterações orofaríngeas, após fu- mar e após ingestão de alimentos quentes ou gelados. Na temperatura retal, o termômetro deverá possuir bulbo arredondado e ser de maior ca- libre, sendo contra-indicações para a verificação do método pacientes com cirurgias re- cente no reto ou períneo ou portadores de processos inflamatórios neste local. É consi- derada a temperatura mais precisa. MATERIAL - bandeja, termômetro, algodão, álcool e sacos para algodão seco e úmido. PROCEDIMENTO Lavar as mãos
  • 10. Orientar o paciente quanto ao procedimento Reunir o material e levar à unidade do paciente Deixar o paciente deitado ou recostado confortavelmente Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool Enxugar a axila se for o caso, com as próprias vestimentas do paciente Descer a coluna de mercúrio até o ponto mais baixo, segurando o termômetro firmemen- te e sacudindo-o com cuidado. Colocar o termômetro na axila, se for o caso, mantendo-o com o braço bem encostado ao tórax. Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos Ler a temperatura na escala Limpar com algodão embebido em álcool Lavar as mãos Anotar no prontuário da paciente VALORES NORMAIS DA TEMPERATURA - Como dito anteriormente, os locais habi- tuais da medida da temperatura corpórea são: a axila, a boca e o ânus, sendo que exis- tem diferenças fisiológicas entre os locais: Axilar - 35,5 a 37,0 0 C Bucal - 36,0 a 37,4 0 C Retal - 36,0 a 37,5 0 C A elevação da temperatura acima dos níveis normais recebe o nome de hipertermia e abaixo de hipotermia. FEBRE - Nada mais é do que a elevação da temperatura acima da normalidade, causa- da por alterações do centro termo regulador ou por substâncias que interferem com o mesmo. Muitas proteínas ou produtos como as toxinas de bactérias causam elevação da temperatura e são chamadas de substâncias pirogênicas, sendo portanto que a elevação da temperatura ou seja a febre pode ocorrer por infecções, lesões teciduais processos in- flamatórios e neoplasias entre as mais importantes. A febre é apenas a elevação da temperatura, ou seja, um sinal porém a grande maioria das pessoas se ressentem desta elevação apresentando outros sinais e sintomas como:
  • 11. astenia, inapetência, cefaléia, taquicardia, taquipnéia, taquisfigmia, oligúria, dor pelo cor- po, calafrios, sudorese, nauseas, vômitos, delírio, confusão mental e até convulsões, prin- cipalmente em recém-nascidos e crianças. Ao conjunto desses sinais e sintomas, acom- panhado da elevação da temperatura damos o nome de síndrome febril. São raras as pessoas que apresentam febre na ausência de qualquer outro sinal ou sintoma. SEMIOLOGIA DA FEBRE - As seguintes características da febre devem ser avaliadas: início, intensidade, duração, modo de evolução e término. INÍCIO - Pode ser súbito, onde percebe-se a elevação brusca da temperatura, sendo que neste caso com freqüência acompanha-se de sinais e sintomas da síndrome febril, ou pode ocorrer de maneira gradual, em que as vezes nem é percebida pelo paciente. INTENSIDADE - A classificação obedece a temperatura axilar, devendo sempre lembrar que a intensidade também depende da capacidade de reação do organismo, sendo que pacientes extremamente debilitados e idosos podem não responder diante de um proces- so infeccioso. A intensidade e é assim caracterizada: febre leve ou febrícula - até 37,5 graus febre moderada - de 37,5 até 38,5 graus febre alta ou elevada - acima de 38,5 graus DURAÇÃO - É uma característica importante, podendo interferir na conduta médica. É dita prolongada quando a duração é maior do que 10 dias, sendo que existem doenças próprias que são responsáveis por esta duração, como a tuberculose, septcemia, endo- cardite, linfomas entre outras. MODO DE EVOLUÇÃO - Este dado poderá ser avalizado pela informação do paciente, porém principalmente pela análise diária da temperatura, sendo a mesma registrada em gráficos próprios chamados de gráficos ou quadro térmico, sendo que a anotação pode ser feita no mínimo duas vezes por dia, ou de acordo com a orientação médica. Febre contínua - aquela que sempre permanece acima do normal, com variações de até 1 grau; exemplo freqüente é a febre da pneumonia Febre remitente - há hipertermia diária, sendo que as variações são acima de 1 grau; são exemplos a febre dos abcesso, septicemias Febre intermitente - neste caso, a hipertermia é interrompida por períodos de tem- peratura normal, que pode ser de alguma medida no mesmo dia, ou um ou mais dias com temperatura normal; é característica da malária.
  • 12. Febre recorrente ou ondulante - caracteriza-se por períodos de temperatura nor- mal que dura dias, seguido de elevações variáveis da temperatura; são encontra- das por exemplo nos portadores de neoplasias malignas. RESPIRAÇÃO A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico. FREQÜÊNCIA - crianças - 30 a 40 movimentos respiratórios/minuto adulto - 14 a 20 movimentos respiratórios/minuto ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO Dispnénia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa. Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta. Taquipnéia : respiração rápida, acima dos valores da normalidade, freqüentemente pouco profunda. Bradipnéia : respiração lenta, abaixo da normalidade. Apnéia: ausência da respiração MATERIAL Relógio com ponteiro de segundos Papel e caneta para anotações TÉCNICA Lavar as mãos Orientar o paciente quanto ao exame Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos Contagem pelo período de 1 minuto Lavar as mãos no término Anotar no prontuário
  • 13. TAXA RESPIRATÓRIA POR MINUTO Normal Adulto 15 a 20 Criança (1 a 5 anos) 25 a 28 Criança (5 a 12 anos) 20 a 24 Bebê (0 a 1 anos) 30 a 70 Rápida Adulto + 30 (problema sério) Criança (1 a 5 anos) + 44 (problema sério) Criança (5 a 12 anos) + 36 (problema sério) Bebê ( 0 a 1 ano) + 70 (problema sério) Lenta Adulto - 10 (problema sério) Criança (1 a 5 anos) - 20 (problema sério) Criança (5 a 12 anos) - 16 (problema sério) Bebê (0 a 1 ano) - 30 (problema sério) A DOR COMO 5º SINAL VITAL: A dor é um sintoma e uma das causas mais freqüentes da procura por auxílio médico. A necessidade da dor ser reconhecida como 5° sinal vital foi citada pela primeira vez em 1996 por James Campbell (Presidente da Sociedade Americana de Dor). Seu objetivo foi de elevar a conscientização entre os profissionais de saúde sobre o tratamento da dor. James Campbell (1996) refere que “se a dor fosse aliviada com o mesmo zelo como os outros sinais vitais haveria uma melhor chance de promover tratamento adequado”. A avaliação da dor deve ser visível nas instituições de saúde, assim o seu registro juntamente com os demais sinais vitais garantirá, na sua vigência, imediata intervenção e reavaliações subseqüentes.A avaliação da dor e o registro sistemático e periódico de sua intensidade é fundamental para que se acompanhe a evolução dos pacientes e se realize
  • 14. os ajustes necessários ao tratamento. A inclusão da avaliação da dor junto aos sinais vitais pode assegurar que todos os pacientes tenham acesso às intervenções para controle da dor da mesma forma que se dá o tratamento imediato das alterações dos demais controles. Função do técnico de enfermagem na avaliação da dor: Adotar uma rotina de avaliação de ocorrência e intensidade da dor para todos os pacientes usando uma escala visual analógica (EVA); • Documentar a ocorrência de dor e de sua intensidade para todos os doentes; • Documentar as intervenções planejadas para o tratamento e controle da dor, bem como o período determinado para a reavaliação. Escala de( EVA): A Escala Visual Analógica – EVA consiste em auxiliar na aferição da intensidade da dor no paciente, é um instrumento importante para verificarmos a evolução do paciente durante o tratamento e mesmo a cada atendimento, de maneira mais fidedigna. Também é útil para podermos analisar se o tratamento está sendo efetivo, quais procedimentos têm surtido melhores resultados, assim como se há alguma deficiência no tratamento, de acordo com o grau de melhora ou piora da dor. A EVA pode ser utilizada no início e no final de cada atendimento, registrando o resultado sempre na evolução. Para utilizar a EVA o atendente deve questionar o paciente quanto ao seu grau de dor sendo que 0 significa ausência total de dor e 10 o nível de dor máxima suportável pelo paciente. Dicas sobre como interrogar o paciente: • Você tem dor? • Como você classifica sua dor? (deixe ele falar livremente, faça observações na pasta sobre o que ele falar) Questione-o: a) Se não tiver dor, a classificação é zero. b) Se a dor for moderada, seu nível de referência é cinco. c) Se for intensa, seu nível de referência é dez.
  • 15. OBS.: Procure estabelecer variações de melhora e piora na escala acima tomando cuidado para não sugestionar o paciente. Banho no leito: Material - Equipamentos da cama: colcha, cobertor, 01 lençol de cima, lençol móvel, 01 impermeável, 01 lençol de baixo, fronha, seguindo esta ordem; - Luvas de procedimento; 01 toalha de rosto; 01 toalha de banho; 02 luvas de banho ou compressas; 01 camisola; 02 bacias de banho ou balde; jarro de água quente; 01 sabonete anti-séptico; comadre ou papagaio; biombo s/n; saco de hamper. Procedimento: - colocar o biombo s/n; - fechas janelas e portas; - desocupar a mesa de cabeceira; - oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho; - desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor, o travesseiro e a camisola, deixando-o protegido com o lençol; - abaixar a cabeceira da cama caso seja possível; - colocar o travesseiro sobre o ombro; - ocluir os ouvidos; - colocar a bacia sob a cabeça; - lavar os cabelos; - fazer higiene oral; - calcar as luvas de procedimento; - molhar as luvas de banho retirando o excesso de água; - lavar os olhos do paciente do ângulo interno; - lavar os olhos do paciente do ângulo interno para o externo; - utilizar água limpa para lavar cada olho; - ensaboar pouco e secar com a toalha de rosto; - colocar a toalha de bano sob um dos braços do paciente e lavá-lo no sentido do punho para as axilas em movimentos longos; - enxaguar e secar com a toalha de banho; - repetir a operação com o outro braço;
  • 16. - colocar a toalha de banho sobre o tórax do paciente, cobrindo-o até a região púbica; - com uma as mãos suspender a toalha e com a outra lavar o tórax e abdômen; - enxaguar, secar e cobri-lo com o lençol; - lavar as pernas fazendo movimentos passivos nas articulações, massagear as proeminências ósseas e panturrilha; - flexionar o joelho do paciente e lavar os pés, secando bem entre os dedos; - colocar o paciente em decúbito lateral, com as costas voltadas para você, protegendo-a com toalha, lavar, enxugar e secar; - fazer massagem de conforto; - colocar o paciente em posição dorsal; - colocar a toalha de banho e comadre sob o paciente; - oferecer a luva de banho para que o paciente possa fazer sua higiene íntima (se tiver limitações, calçar a luva e fazer a higiene para o paciente); - lavar as mãos; - vestir a camisola; - trocar a roupa de cama; - recolocar o travesseiro e deixá-lo em posição confortável. Arrumação do leito: O leito é um fator importante na obtenção de repouso e conforto. Objetivos: proporcionar conforto e segurança ao paciente. Economia de tempo e fadiga da enfermagem. O leito é um fator importante na obtenção de repouso e conforto. Objetivos: proporcionar conforto e segurança ao paciente. Economia de tempo e fadiga da enfermagem. Tipos de Cama: * Aberta: Ocupada por paciente que pode locomover-se, ou aguarda chegada do paciente. * Fechada: Permanece fechada até que o novo paciente a ocupe. Aberta com doente acamado: Ocupado pelo paciente impossibilitado de locomover-se. Cama de operado: É preparada após o paciente ser encaminhado a cirúrgia e em
  • 17. seguida aguarda o paciente cirúrgiado. Material necessário para cama simples: • Toalha de banho; • Toalha de rosto; • Fronha; • Lençol protetor do colchão; • Oleado; • Traçado; • Lençol protetor do paciente; • Cobertor; • Colcha; Procedimentos: Cama Fechada • Reunir o material; • Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela o travesseiro; • Dispor a roupa no espaldar da cadeira, observando a ordem: - Colcha; - Cobertor; - Lençol protetor do paciente; - Traçado; - Oleado; - Lençol protetor do colchão; • Dispor o lençol de baixo fazendo canto da cabeceira, dos pés e lateral da cama, estender o oleado e o traçado e prendê-los juntamente. • Colocar o lençol protetor do paciente deixando barrado junto a cabeceira; • O cobertor a menos de 40cm da cabeceira estender a colcha rente a cabeceira prendendo junto as 3 peças nos pés da cama e deixando solto os lados. • Por a fronha no travesseiro colocando junto a grade da cabeceira. Endireitar a cadeira, passar para o outro lado e repetir a seqüência. • Deixar a unidade (quarto do paciente em ordem); obs.: Dobraduras: 2 vezes no sentido da largura e 1 vez no sentido de comprimento.
  • 18. Colocar na cadeira com as pontas laterais voltadas para cama, caso colocar na cadeira, por as pontas laterais voltadas para cama. Caso não houver hamper improvisar com a colcha. Procedimentos: Cama Aberta A seguir a mesma seqüência deixando o lençol de cima (protetor do paciente) virado sobre o cobertor e a colcha na parte da cabeceira. O travesseiro é colocado sobre a cama. Procedimentos: Aberta com paciente acamado Dispor a roupa de cama na cadeira, virar o paciente para o lado oposto que vai iniciar a técnica. Dobrar as peças de modo a deixar exposto a metade do colchão, estender as roupas limpas seguindo a mesma seqüência. Virar o paciente para o outro lado limpo, retirando a roupa suja e colocando no hamper. Completar a arrumação da cama e deixar a unidade em ordem. Procedimentos: Cama de Operado • Trocar as roupas de cama e fazer uma limpeza na unidade; • Dispor as roupas de cama no espaldar da cadeira; • Arrumar a cama na mesma seqüência das outras; • Após fazê-la deixar lateralmente uma dobra próxima a cabeceira; • Deixar o travesseiro preso a cabeceira da cama; • Colocar na mesa: cuba rim, gazes, aparelho de P.A., estetoscópio. Colocar ao lado do suporte de soro;
  • 19. ESTUDO DIRIGIDO: Questão 1 Quais os 5 sinais vitais? R: Questão 2 Defina Apnéia? R Questão 3 O ESFIGMOMANÔMETRO é utilizado para : ( ) verificar PA ( ) verificar Pulso ( )verificar dor ( ) verificar Temperatura Questão 4 Onde podemos encontra o pulso braquial : ( ) braços ( ) cabeça ( ) pernas ( ) tórax Questão 5 Qual patologia podemos encontra verificando a respiração? ( ) Asma ( ) febre ( ) dor ( ) pressão alta Questão 5 Cite 5 materiais utilizados para Arrumação do leito? R:
  • 20. Questão 6 Cite 5 materiais utilizados no banho no leito? R Questão 7 Defina dispneia? R Questão 8 A Escala Visual Analógica é utilizada para verificar? ( ) Bronquite ( ) febre ( ) dor ( ) dispneia Questão 9 Em qual patologia podemos encontra febre continua? ( ) Fraturas ( ) bronquite ( ) pneumonia ( ) septicemias Questão 10 Defina sinais vitais ? R
  • 21. Bibliografia: SMELTZER, S. O.; Bare, B. G.(E.d.) – Brunner & Suddarth: ; Tratado de Enfermagem Médico-Cirurgica; 10ª Ed. Rio de Janeiro; Editora Guanabara Koogan. 2005. POTTER, P. A.; PERRY, A. G.; Grande Tratado De Enfermagem Prática Hospitalar. SP. Santos, 2002. AYLIFFE, G. A. J et. al. Controle de Infecção Hospitalar. Livraria e editora Revinter Ltda, 3.ed. 1998. BRASIL. Ministério da Saúde. Revista do Controle de Infecção Hospitalar. Brasília. 1995. CORRÊA, G. M. & Chinellato, l. E. M. Manual Prático para Procedimentos de Enfermagem