1. O documento apresenta um caso sobre as finanças de um casal, Marcelo e Ana, e propõe oito desafios relacionados aos gastos para criação de um filho.
2. A primeira etapa explica conceitos básicos de matemática financeira como juros simples, juros compostos e capitalização.
3. Os cálculos da primeira etapa fornecem detalhes sobre dívidas do casamento de Marcelo e Ana.
1. UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
Centro de educação a Distância
Polo Maracanã – 24083
Alexis Domingos Costa - RA 424269
Luciana Maria Ferreira - RA 430312
Nailza Oliveira Andrade - RA 420756
Maria Luiza Concon Oliveira – RA
Stefânia Santos de Freitas - RA 7982720267
Polyana Pereira c Melo- RA 7986736585
Thyago Jose Melo-RA 7986736552
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Uberlândia
03 de Novembro de 2014
2. Alexis Domingos Costa - RA 424269
Luciana Maria Ferreira - RA 430312
Nailza Oliveira Andrade - RA 420756
Maria Luiza Concon Oliveira – RA
Stefânia Santos de Freitas - RA 7982720267
Polyana Pereira c Melo- RA 7986736585
Thyago Jose Melo-RA 7986736552
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Atividades Práticas Supervisionadas para
obtenção de aprovação na disciplina de
Estatística no curso de Administração na
Universidade Anhanguera Aplicada a –
Uniderp Polo Maracanã
Professor de Ensino a Distância: Renata M. Garcia
Dalpiaz
Professor Tutor Presencial: Dayse Silva Fonseca
Uberlândia
03 de Novembro de 2014
3. SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3
2. ETAPA 01: MATEMÁTICA FINANCEIRA - REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO
SIMPLES E COMPOSTA .......................................................................................................4
3. ETAPA 02: SÉRIES DE PAGAMENTO UNIFORME - POSTECIPADO E
ANTECIPADO .........................................................................................................................8
4. ETAPA 03: TAXAS A JUROS COMPOSTOS ............................................................12
5. ETAPA 04: AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS.....................................................14
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................17
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................18
4. 3
Introdução
Ao iniciar os estudos da disciplina Matemática Financeira, algumas perguntas inevitavelmente
passam pela sua cabeça: qual o seu campo de aplicação? Qual a sua utilidade prática? Ela fará
alguma diferença em minha vida? Bem, o campo de aplicação dessa disciplina é bastante
amplo, pois suas técnicas são necessárias em operações de financiamento de quaisquer
naturezas: crédito a pessoas físicas e empresas, financiamentos habitacionais, crédito direto ao
consumidor e outras. Também são necessárias em operações de investimentos mobiliários nos
mercados de capitais. Em ambas as situações, é o uso dessas técnicas que permite conhecer o
custo e o retorno dessas operações, permitindo tomadas de decisão mais racionais; são elas
também que permitem determinar o valor das prestações devidas pelas transações efetuadas
em parcelas. No mundo dos negócios, seu conhecimento é absolutamente imprescindível, uma
vez que os custos dos financiamentos dados e recebidos são peças centrais do sucesso
empresarial.
5. 4
DESAFIO
Sempre foi um grande desafio para a maioria das pessoas controlarem suas finanças. Hoje em
dia, é comum ver pessoas “cuidando” de suas finanças somente pelo acompanhamento do
saldo bancário, usando para isso cálculos simples de adição e subtração. Porém, gerir as
finanças desta forma é insuficiente. Para renovar e aperfeiçoar a vida financeira, tornando-a
mais organizada e próspera, faz-se necessário o domínio dos conceitos da matemática do
dinheiro, conhecida por todos como Matemática Financeira. O conhecimento teórico somado
a uma ferramenta computacional, como uma planilha em Excel, tem ajudado milhares de
pessoas a encontrarem caminhos mais sensatos e ponderados, tanto para as pequenas como
para as grandes decisões financeiras de suas vidas. Marcelo e Ana estão casados há seis anos e
planejam ter um bebê no próximo ano. O casal se encontra, atualmente, com uma vida
financeira organizada, mas entendem que suas vidas mudarão no momento em que Ana
engravidar. Há cinco anos, imersos em inúmeras dívidas e gastos impensados, passaram a
estudar uma maneira de se relacionarem bem com o dinheiro. Para isso, resolveram adotar
bons hábitos financeiros e passaram a alimentar, semanalmente, uma planilha do Excel com
os ganhos e despesas referentes ao período. A planilha desenvolvida contemplava duas
colunas: na primeira, seriam lançadas todas as entradas, como o salário do casal; na outra,
seriam lançadas todas as despesas referentes à alimentação, transporte, cuidados pessoais,
despesas financeiras, habitação, lazer, saúde, empréstimos, vestuário etc. Com esse programa
de reeducação financeira a que se submeteram, passaram a “enxergar” a quantidade de
dinheiro que realmente estava entrando e saindo de seus bolsos. Com o orçamento realista,
saldaram suas dívidas seguindo uma ordem de prioridade (as dívidas que geravam mais juros
eram pagas primeiramente) e transformaram a relação desastrosa que possuíam com o
dinheiro no passado em uma situação atual de multiplicação e qualidade de vida. Motivado
pelo desejo do casal de estudar “o quanto custa ter um filho em nossos dias” e a necessidade
que temos de adquirir bons hábitos financeiros, o desafio proposto nesta atividade é responder
a: “Qual a quantia aproximada que Marcelo e Ana deverão gastar, para que consigam criar
seu filho, do nascimento até a idade em que ele terminará a faculdade?”. Para tanto, oito
desafios são propostos. Cada desafio, após ser devidamente realizado, deverá ser associado a
um número (0 a 9). Esses números, quando colocados lado a lado e na ordem de realização
das etapas, fornecerão os algarismos que irão compor a quantia que deverá ser gasta pelo
casal Marcelo e Ana, para a criação de seu filho. Os seis primeiros números, que serão obtidos
na Etapa 1 até a Etapa 3, fornecerão a parte inteira da quantia a ser gasta (milhares de reais), e
os dois últimos algarismos, obtidos na Etapa 4, fornecerão a parte decimal da quantia a ser
gasta (centavos de reais).
6. 5
Etapa 1
Conceitos fundamentais
A Matemática Financeira é um corpo de conhecimento que estuda a mudança de valor do
dinheiro com o decurso de tempo; para isso cria modelos que permitem avaliar e comparar o
valor do dinheiro em diversos pontos do tempo. Para iniciar o seu estudo, é necessário que se
estabeleça uma linguagem própria para designar os diversos elementos que serão estudados e
que esses elementos sejam contextualizados com precisão. Os elementos básicos do estudo da
disciplina serão inicialmente vistos através de uma situação prática para, na sequencia, defini-
los.
1.1 Capitalização Simples
1.2 Conceito
No regime de capitalização simples, os juros são calculados sempre sobre o valor inicial,
não ocorrendo qualquer alteração da base de cálculo durante o período de cálculo dos juros.
Na modalidade de juros simples, a base de cálculo é sempre o Valor Atual ou Valor Presente
(PV), enquanto na modalidade de desconto bancário a base de cálculo é sempre o valor
nominal do título (FV). O regime de capitalização simples representa, portanto, uma equação
aritmética, sendo que o capital cresce de forma linear, seguindo uma reta; logo, é indiferente
se os juros são pagos periodicamente ou no final do período total. O regime de capitalização
simples é muito utilizado em países com baixo índice de inflação e custo real do dinheiro
baixo; no entanto, em países com alto índice de inflação ou custo financeiro real elevado, a
exemplo do Brasil, a utilização de capitalização simples só é recomendada para aplicações de
curto prazo. A capitalização simples, porém, representa o início do estudo da matemática
financeira, pois todos os estudos de matemática financeira são oriundos de capitalização
simples. (KUHNEN, 2008).
1.3 Juros Simples
No regime de juros simples, os juros de cada período são sempre calculados em função do
capital inicial (principal) aplicado. Os juros do período não são somados ao capital para o
7. 6
cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Os juros não são capitalizados e,
consequentemente, não rendem juros. Assim, apenas o principal é que rende juros.
2.0 Capitalização Composta
No regime de capitalização composta, os juros produzidos num período serão acrescidos ao
valor aplicado e no próximo período também produzirão juros, formando o chamado “juros
sobre juros”. A capitalização composta caracteriza-se por uma função exponencial, em que o
capital cresce de forma geométrica. O intervalo após o qual os juros serão acrescidos ao
capital é denominado “período de capitalização”; logo, se a capitalização for mensal, significa
que a cada mês os juros são incorporados ao capital para formar nova base de cálculo do
período seguinte. É fundamental, portanto, que em regime de capitalização composta se
utilize a chamada “taxa equivalente”, devendo sempre a taxa estar expressa para o período de
capitalização, sendo que o “n” (número de períodos) represente sempre o número de períodos
de capitalização.
Em economia inflacionária ou em economia de juros elevados, é recomendada a aplicação
de capitalização composta, pois a aplicação de capitalização simples poderá produzir
distorções significativas principalmente em aplicações de médio e longo prazo, e em
economia com altos índices de inflação produz distorções mesmo em aplicações de curto
prazo. (KUHNEN, 2008).
2.1 Juros Compostos
O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e, portanto, o mais
útil para cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são
incorporados ao principal para o cálculo dos juros do período seguinte. Matematicamente, o
cálculo a juros compostos é conhecido por cálculo exponencial de juros.
É importante ressaltar que a diferença entre os dois regimes de juros decorre do tratamento
dado aos juros intermediários. No regime de capitalização simples, os juros intermediários são
apenas créditos devidos ao interessado, que não interferem na base de cálculo dos juros de
períodos futuros. No regime de capitalização composta os juros intermediários são agregados
ao principal para o cálculo dos juros de períodos futuros, determinando mudanças na base de
cálculo.
A HP 12C é uma poderosa ferramenta programável utilizada na realização de cálculos
financeiros, a disposição de todos os interessados em agregar valores aos seus conhecimentos
visando enfrentar a competitividade interna ou externa a que estão sujeitos no dia-a-dia. A
Matemática Financeira tem suas aplicações dentro das empresas, em diversas áreas e devido à
velocidade com que a informação está atingindo a todas as pessoas, torna-se uma ferramenta
indispensável a todos aqueles que convivem nas empresas, bem como a todos que necessitam
entender o cotidiano nos setores comerciais. HP 12C mostra de uma maneira clara e simples,
8. 7
como tirar o melhor proveito dessa poderosa ferramenta, como entender os conceitos básicos
da matemática financeira na resolução de problemas do cotidiano que o requeiram.
2.2. Cálculos da Etapa 01
CASO A
Na época em que Marcelo e Ana se casaram, algumas dívidas impensadas foram contraídas.
Deslumbrados pelo grande dia, usaram de forma impulsiva recursos de amigos e créditos pré-
aprovados disponibilizados pelo banco em que mantinham uma conta corrente conjunta há
mais de cinco anos. O vestido de noiva de Ana bem como o terno e os sapatos de Marcelo
foram pagos em doze vezes de R$ 256,25 sem juros no cartão de crédito. O Buffet contratado
cobrou R$ 10.586,00, sendo que 25% deste valor deveria ser pago no ato da contratação do
serviço, e o valor restante deveria ser pago um mês após a contratação. Na época, o casal
dispunha do valor da entrada, e o restante do pagamento do Buffet foi feito por meio de um
empréstimo a juros compostos, concedido por um amigo de infância do casal. O empréstimo
com condições especiais (prazo e taxa de juros) se deu da seguinte forma: pagamento total de
R$ 10.000,00 após dez meses de o valor ser cedido pelo amigo. Os demais serviços que foram
contratados para a realização do casamento foram pagos de uma só vez. Para tal pagamento,
utilizaram parte do limite de cheque especial de que dispunham na conta corrente, totalizando
um valor emprestado de R$ 6.893,17. Na época, a taxa de juros do cheque especial era de
7,81% ao mês. Segundo as informações apresentadas, tem-se:
I – O valor pago por Marcelo e Ana para a realização do casamento foi de R$ 19.968,17.
Resposta:
Dados:
Roupas: 12x R$ 256,25=R$3.075,00
Buffet: R$ 10.586,00
25%=R$ 2.646,50 Valor restante: R$ 7.939,50
Empréstimo: R$ 10.000,00 (juros de R$ 2.060,50)
Cheque especial: R$ 6.893,17
Cálculo= 3.075,00 + 2.646,50 + 10.000,00 + 6.893,17= 22.614,67
Alternativa errada.
9. 8
II – A taxa efetiva de remuneração do empréstimo concedido pelo amigo de Marcelo e Ana
foi de 2,3342% ao mês.
Resposta:
Dados:
Pv=7.939,50
Fv= 10.000,00
n=10 meses
Pela fórmula:
i= v
i=1,023342-1 = 0,023342x100 = 2,3342% a.m.
Pela HP 12C:
f clx 7.939,5 CHS PV O PMT 10 n 10.000 FV i = 2,3342%.
Alternativa certa.
III – O juro do cheque especial cobrado pelo banco em 10 dias, referente ao valor emprestado
de R$ 6.893,17, foi de R$ 358,91.
Resposta:
Dados:
PV= 6893,17
I= 7,81% /30 = 0,2603%a.d.
n= 10 d
Resolução pela HP 12 C:
f clx 6.893,17 CHS PV 10 n 0,2603 i FV = 7.074, 72
J= 7.074, 72 – 6.893,17 = R$ 181,54
Alternativa errada.
Associar o número 3, se as afirmações I, II e III estiverem respectivamente: errada, certa e
errada.
CASO B
Marcelo e Ana pagariam mais juros se, em vez de utilizar o cheque especial disponibilizado
pelo banco no pagamento de R$ 6.893,17, o casal tivesse optado por emprestar de seu amigo a
mesma quantia a uma taxa de juros compostos de 7,81% ao mês, pelo mesmo período de 10
M - 1
C
n
10.000 -1
7.939,5
10
0
10. 9
dias de utilização.
Resposta:
M= C (1+i)n
M= 6.893,17 (1+0,0026)10
M=6.893,17 x 1,026306
M= 7.074, 72
J= 7.074, 72 – 6.893,17 = R$ 181,54
Associar o número 1, se a afirmação estiver errada.
1. ETAPA 02: SÉRIES DE PAGAMENTO UNIFORME – POSTECIPADO E
ANTECIPADO
Ao estudarmos o capítulo 06 do livro PLT, nos deparamos com a tamanha importância
de conhecer o funcionamento financeiro dos diversos pagamentos que efetuamos diariamente.
Nessa etapa vamos abordar os pagamentos Postecipados e Antecipados.
Séries ou sequências uniformes são pagamentos realizados em parcelas iguais e
consecutivas, período a período ao longo de um fluxo de caixa, por exemplo: Empréstimos
podem ser expressos (0 + n) pagamentos.
Os pagamentos Postecipados são aqueles efetivados após o final do primeiro período,
ou seja, o primeiro pagamento ocorre no momento (1) e não no (0), pois não há entrada de
valor. Os pagamentos ou recebimentos são desenvolvidos na Hp12c pela sigla PMT que vem
do inglês ‘‘payment”, também muito conhecido entre nós como prestações.
Podemos representar o Fluxo de um pagamento postecipado através de um diagrama,
conforme abaixo:
PV = 0 1 2 3 4
PMT
Observe que a sigla PMT (1) em negrito é onde se inicia o primeiro pagamento
postecipado (após o final do primeiro período), na calculadora HP12C deve estar no módulo g
END.
No caso B-I, desta etapa temos um pagamento postecipado, Clara optou pelo (1)
pagamento após um mês da concessão do crédito, o cálculo foi desenvolvido na HP12C.
Fórmula do Valor Presente P de uma série postecipada:
11. 10
A fórmula mostra o Valor Presente P de uma sequência de pagamentos PMT
uniformes postecipados em função da quantidade de parcelas n e taxa de juros i. Através de
uma sequência de pagamentos postecipados, podemos calcular o valor presente a partir da
quantidade, do valor das parcelas e da taxa de juros, conforme o PLT.
Já os pagamentos antecipados são aqueles em que o primeiro pagamento ocorre no 0
(zero). É também conhecido como pagamento com entrada. Podemos representar o Fluxo de
um pagamento antecipado através de um diagrama, conforme abaixo:
PV
0 1 2 3 4
PMT
Observe que a sigla PMT (0) em negrito é onde se inicia o primeiro pagamento
antecipado (entrada do valor), na calculadora HP12C deve estar no módulo g BEG.
No caso A-I e II desta etapa, Marcelo adquiriu um DVD através de um pagamento
antecipado, pois realizou o pagamento á vista, porém não ficou com prestações a pagar, no
entanto ele fez uma aplicação na poupança durante 12 meses, ou seja, para Marcelo comprar o
DVD ele utilizou também de pagamentos postecipados com valor fixo a cada mês.
No caso B-II desta etapa, temos um pagamento antecipado, onde Clara optou pelo
vencimento no dia em que se deu concessão ao crédito.
A fórmula do valor presente de uma série antecipada é a seguinte:
Sequência uniforme direta são pagamentos realizados em períodos ou intervalos de
tempo. Temos nesta etapa, no caso B-III, um cálculo de prestação de série direta, onde Clara
optou pelo vencimento após 4 meses de concessão do crédito, esse pagamento apresenta
período de carência.
Fórmula do valor presente de uma série direta:
3.1. Cálculos da Etapa 02
12. 11
CASO A
Marcelo adora assistir a bons filmes e quer comprar uma TV HD 3D, para ver seus títulos
prediletos em casa como se estivesse numa sala de cinema. Ele sabe exatamente as
características do aparelho que deseja comprar, porque já pesquisou na internet e em algumas
lojas de sua cidade. Na maior parte das lojas, a TV cobiçada está anunciada por R$ 4.800,00.
No passado, Marcelo compraria a TV em doze parcelas “sem juros” de R$ 400,00, no cartão
de crédito, por impulso e sem o cuidado de um planejamento financeiro necessário antes de
qualquer compra. Hoje, com sua consciência financeira evoluída, traçou um plano de
investimento: durante 12 meses, aplicará R$ 350,00 mensais na caderneta de poupança. Como
a aplicação renderá juros de R$ 120,00 acumulados nesses dozes meses, ao fim de um ano,
Marcelo terá juntado R$ 4.320,00. Passado o período de 12 meses e fazendo uma nova
pesquisa em diversas lojas, ele encontra o aparelho que deseja, última peça (mas na caixa e
com nota fiscal), com desconto de 10% para pagamento à vista em relação ao valor orçado
inicialmente. Com o planejamento financeiro, Marcelo conseguiu multiplicar seu dinheiro.
Com o valor exato desse dinheiro extra que Marcelo salvou no orçamento, ele conseguiu
comprar também um novo aparelho de DVD/Blu-ray juntamente com a TV, para
complementar seu “cinema em casa”.
De acordo com a compra de Marcelo, têm-se as seguintes informações:
I – O aparelho de DVD/Blu-ray custou R$ 600,00.
Resposta:
Dados:
Valor da TV: 12 x R$400,00 = 4.800,00
Aplicação: 12 x R$ 350,00 = 4.200,00 (juros = 120,00) Total = R$4.320,00
Saldo Extra: 4.800,00 – 4.320,00 = 480,00
Portanto o aparelho de DVD custou R$ 480,00.
Alternativa errada.
II – A taxa média da poupança nestes 12 meses em que Marcelo aplicou seu dinheiro foi de
0,5107% ao mês.
Resposta:
Dados:
PV= R$4.200,00
n= 12
FV= 4.320,00
i=
Resolução pela HP 12C:
f CLX 350 CHS PMT 4320 FV 12 n i= 0,5107
Alternativa certa.
13. 12
Associar o número 1, se as afirmações I e II estiverem respectivamente: errada e certa.
CASO B
A quantia de R$30.000,00 foi emprestada por Ana à sua irmã Clara, para ser liquidada em 12
parcelas mensais iguais e consecutivas. Sabe-se que a taxa de juros compostos que ambas
combinaram é de 2,8% ao mês.
A respeito deste empréstimo, tem-se:
I – Se Clara optar pelo vencimento da primeira prestação após um mês da concessão do
crédito, o valor de cada prestação devida por ela será de R$ 2.977,99.
Resposta:
Dados:
PV= 30.000,00
n= 12
i= 2,8%a.m.
Resolução pela calculadora HP 12C
f CLX 30000 CHS PV 0 FV 12 n 2,8 i PMT = 2.977,99
Alternativa certa.
II – Clara, optando pelo vencimento da primeira prestação no mesmo dia em que se der a
concessão do crédito, o valor de cada prestação devida por ela será de R$ 2.896,88.
Resposta:
Dados:
PV= 30.000,00
n= 12
i= 2,8%a.m.
Resolução pela calculadora HP 12C
f CLX g 7 30000 PV 0 FV 12 n 2,8 i PMT = 2.896,88
Alternativa certa.
III – Caso Clara opte pelo vencimento da primeira prestação após quatro meses da concessão
do crédito, o valor de cada prestação devida por ela será de R$ 3.253,21.
Resposta:
Dados:
PV= 30000
i= 2,8 = 0,028
n= 12
c=4
PMT= PV.(1+i) c-1.i
1- (1+i)-n
PMT = 30000 (1+0,028)4-1 . 0,028
1-(1+0,028) -12
PMT = 30000 (1,028)3 . 0,028
1-(1,028) -12
14. 13
PMT = 30000. 1,0864 . 0,028
1 – 0,7179
PMT = 912,5760 = 2.234,93
0,2821
Alternativa errada.
Associar o número 9, se as afirmações I, II e III estiverem respectivamente: certa, certa e
errada.
2. ETAPA 03: TAXAS A JUROS COMPOSTOS
Os juros compostos são aqueles em que o juro do período é incorporado ao capital
inicial (principal), constituindo um novo capital a cada período para o cálculo de novos juros.
Como dito anteriormente no início deste relatório, é o conhecido sistema de “juros sobre
juros” ou ainda “juros capitalizados” (juros que se transformam em capital). Esse tipo de
capitalização é muito vantajoso, sendo bastante utilizada pelo atual sistema financeiro.
Partindo do pressuposto de que juros é aquilo que se agrega ao capital, isto é, os
rendimentos que o capital gera. Eles são compostos, quando, em um período subsequente,
passam a integrar o capital, fazendo com que os novos juros devidos se apliquem também
sobre os anteriores. Nesse sistema o valor da dívida é sempre corrigido e a taxa de juros é
calculada sobre esse valor.
Dado essas vantagens, o regime de juros compostos é o mais comum no sistema
financeiro, pois oferece uma maior rentabilidade quando comparado ao regime de juros
simples. Um exemplo de sua aplicação é a remuneração da caderneta de poupança. Estão
presentes também em diversas compras a médio e longo prazo, compras com o cartão de
crédito, empréstimos bancários, processos de desconto simples e duplicatas.
Vale salientar que duas taxas de juros são equivalentes quando ao ser aplicadas, ao
mesmo capital e pelo mesmo prazo, geram montantes iguais. E quanto ao desconto, em juros
compostos utiliza-se mais frequentemente o modelo de desconto racional, isto é, aquele em
que a base de cálculo dos juros é o valor presente (PV).
Outro ponto importante é a relação dos juros com a economia brasileira, pois entre as
inúmeras variáveis que fazem parte da economia de um país, uma das mais importantes é a
taxa de juros. A partir da taxa básica da economia, monitorada e controlada pelo Banco
Central (BACEN), o custo do dinheiro é estabelecido aqui no Brasil.
Atualmente, em nosso País, mesmo que não divulgado a maioria das compra no varejo
tem algum tipo de juros embutido, principalmente se a forma de pagamento oferecida pela
empresa for parcelada e sem juros.
15. 14
Também é de fundamental importância que os poupadores saibam identificar o
rendimento de suas aplicações para um bom planejamento financeiro, assim como os
tomadores, saibam escolher a fonte de empréstimo mais barata para recuperar sua saúde
financeira.
Por fim, quanto mais juros se paga, menos o consumidor tem disponível para poupar e
sem querer, ele contribui para o aumento da transferência de renda dentro do país.
4.1. Cálculos da Etapa 03
Caso A
Marcelo recebeu seu 13º salário e resolveu aplicá-lo em um fundo de investimento.
A aplicação de R$ 4.280,87 proporcionou um rendimento de R$ 2.200,89 no final de
1.389 dias.
A respeito desta aplicação tem-se:
I – A taxa média diária de remuneração é de 0,02987%
Resposta:
Dados:
PV= R$ 4.280,87
n= 1.389d
FV= 4.280,87+2.200,89= 6.481,76
Resolução na HP 12C:
f CLX 4.280,87 CHS PV 0 PMT 1389 n 6.481,76 FV i= 0,02987
Alternativa Certa.
II – A taxa média mensal de remuneração é de 1,2311%.
Resposta:
Dados:
PV= R$ 4.280,87
n= 1.389d/30 = 46,3m
FV= 4.280,87+2.200,89= 6.481,76
Resolução na HP 12C:
f CLX 4.280,87 CHS PV 0 PMT 46,3 n 6.481,76 FV i= 0,899981
Alternativa Errada.
III – A taxa efetiva anual equivalente à taxa nominal de 10,8% ao ano, capitalizada
mensalmente, é de 11,3509%.
Resposta:
Para o cálculo da taxa efetiva), temos a seguinte fórmula:
16. 15
i= (1+0,1080)12 - 1
12
i= (1+0,0090)12 – 1
i= 1,1135 – 1 = 0,1135 * 100 = 11,3509%
Alternativa Certa.
Associar o número 5, se as afirmações I, II e III estiverem respectivamente: certa, errada e
certa.
Caso B
Nos últimos dez anos, o salário de Ana aumentou 25,78%, enquanto a inflação, nesse mesmo
período, foi de aproximadamente 121,03%. A perda real do valor do salário de Ana foi de –
43,0937%.
Resposta:
Resolução pela fórmula: (1+i)= (1+r)*(1+j)
(1+0,2578)= (1+r)* (1+1,2103)
(1,2578)= (1+r)*(2,2103)
(1+r)= 1,2578
2,2103
(1+r) = 0,5691
r= -0,4309 = -43,0937%
Alternativa Certa.
Associar o número 0, se a afirmação estiver certa.
3. ETAPA 04: AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
Amortização é um procedimento que extingue dívidas a partir de pagamentos
periódicos, ou seja, é a extinção de uma dívida através da quitação da mesma. Dentro do
sistema de amortização, são colocados os prazos (pois há um tempo estipulado para o
pagamento de todas as parcelas que estão pendente e claro vem com juros e impostos). Um
exemplo claro e comum da utilização da amortização é o financiamento de um imóvel,
sistema oferecido por diversas construtoras e bancos.
Existem vários tipos de sistema de amortização, o sistema mais popular e conhecido é
o sistema de amortização francês, conhecido por Tabela Price, onde todas as prestações, ou
seja, pagamentos são iguais. É geralmente usado para o financiamento de bens de consumo,
como eletrodomésticos, na compra de um carro ou em empréstimos pessoais. Tem por
vantagem o valor fixo das prestações, mas em contrapartida, os juros pagos no começo são
altos e o valor amortizado muito pequeno.
Outro bem usado é o sistema de amortização Americano que se define quando o
pagamento é realizado no final, ou seja, o devedor paga o principal em um único pagamento
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final. E ao término de cada período, realiza o pagamento dos juros do saldo devedor do
mesmo.
Existe ainda o sistema SACRE desenvolvido pela Caixa Econômica Federal, onde o
valor das parcelas, que é fixo, é estabelecido a cada 12 meses. Sua vantagem é a maior
amortização inicial do valor emprestado, reduzindo-se simultaneamente o valor dos juros
sobre o saldo devedor e o valor pago em todo o contrato.
Vale ressaltar que os sistemas de amortização são bastante utilizados pelas pessoas
indo desde o financiamento da casa própria até o financiamento de computadores, crediários
em geral.Vale lembrar ainda que quanto maior o tempo de financiamento maior serão os juros
a serem pagos.
5.1. Cálculos da Etapa 04
Caso A
Se Ana tivesse acertado com a irmã que o sistema de amortização das parcelas se daria pelo
SAC (Sistema de Amortização Constante), o valor da 10ª prestação seria de R$ 2.780,00, e o
saldo devedor atualizado para o próximo período seria de R$ 5.000,00.
Resposta:
Resolução através da Planilha do Excel.
Observando a tabela temos respectivamente, os valores do período (n), saldo devedor (SD),
valor amortizado (A), juros pagos (J) e valor da prestação (PMT). Assim, o valor da 10ª
prestação é de R$ 2.710,00 e não de R$ 2.780,00, portanto a Alternativa está errada.
Associar o número 3, se a afirmação estiver certa.
Caso B
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Se Ana tivesse acertado com a irmã que o sistema de amortização das parcelas se daria pelo
sistema PRICE (Sistema Frances de Amortização), o valor da amortização para o 7º período
seria de R$ 2.780,00, o saldo devedor atualizado para o próximo período seria de R$
2.322,66, e o valor do juro correspondente ao próximo período seria de R$ 718,60.
Resposta:
Resolução através da Planilha do Excel.
Observando a tabela acima temos que o valor da amortização para o 7º período seria de R$
2.523,27, o saldo devedor atualizado para o próximo período seria de R$ 13.716,59, e o valor
do juro correspondente ao próximo período seria de R$ 384,06.
Portanto a Alternativa está errada.
Associar o número 1, se a afirmação estiver certa.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O relatório apresentado, assim como os cálculos efetuados, serviram de base para
responder ao desafio proposto nesta ATPS, que era de encontrar o valor aproximado que será
gasto por Marcelo e Ana para que a vida de seu filho seja bem assistida, do nascimento até o
término da faculdade.
Associando os números obtidos com cada etapa, temos para a etapa 1 os números 3 e 1,
para a etapa 2 os números 1 e 9, para a etapa 3 os números 5 e 0 e para a etapa 4 os números
3 e 1, chegando ao montante de R$ 311.950,31.
Por fim, a Atividade Prática Supervisionada de Matemática Financeira nos mostrou a
importância de saber lidar com a HP 12C, para o cálculo rápido e prático de situações
cotidianas, de saber aplicar as fórmulas adequadas e manusear os meios tecnológicos
(planilhas do Excel). Permitiu o aprofundamento nos temas sobre capitalização simples e
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composta, diferenciando ambas e expondo suas vantagens e desvantagens; cálculos das taxas
de juros, séries de pagamentos uniformes antecipados e postecipados, como ambas são
calculadas; sistemas de amortização, quais os mais comuns, o que os diferenciam. Por fim,
com esta foi possível entender a utilidade dos conhecimentos financeiros tanto no meio
profissional, acadêmico como pessoal.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Amortização de Empréstimos. Disponível em:
http://matematicafinanceira.webnode.com.br/amortiza%C3%A7%C3%A3o%20de%20empres
timos/. Acesso em: 20 out. 2013
GIMENES, CRISTIANO MARCHI. Matemática Financeira. 2. Ed.-São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2009.
SANDRINI, JACKSON CIRO. Sistemas de Amortização de Empréstimos e a
Capitalização de Juros: Análise dos Impactos Financeiros e Patrimoniais. Disponível em:
http://www.ppgcontabilidade.ufpr.br/system/files/documentos/Dissertacoes/D007.pdf. Acesso
em: 16 out. 2013
Série de Pagamentos. Disponível em: http://www.paulomarques.com.br/arq9-15.htm. Acesso
em: 17 nov. 2013.
Sequencia Uniforme de Capitais. Disponível em:
http://matematicafinanceira.webnode.com.br/sequ%C3%AAncia%20uniforme%20de%20capi
tais/. Acesso em: 17 nov. 2013.