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GYMNASIO SILVA
JARDIM
O ginásio que os amparenses desconheciam que existiu na nossa
cidade.

Por Suely Piedade Santos – Baseado nos acervos de Marilena Fernandes S.
Silvestre e Luiz Pereira de Oliveira
GRUPO FOTOGRAFIAS DE AMPARO - 2013
GRUPO DE FOTOGRAFIAS DE AMPARO

Esta postagem é, em parte, a reedição de outra cuja temática causou muita
surpresa, estranheza e até polêmica entre os participantes do grupo, em razão do
desconhecimento de quase a totalidade dos amparenses sobre o assunto.

Realizada agora por mim com base no precioso acervo da amiga Marilena
Fernandes, não teria sido possível sem as preciosas contribuições do Prof. Luiz Pereira,
cedendo as provas cabais da existência da escola, que necessitávamos e do senhor
Benedito Jorge, que procedeu ao reconhecimento dos fotografados, além, obviamente, de
muitos outros, cujas opiniões e sugestões através de comentários, encaminharam nossa
pesquisa para este desfecho, aliás, sem falsa modéstia, uma conclusão de cunho histórico
para Amparo, por tratar-se do resgate de um importante episódio da vida educacional
deste querido município.

A FOTOGRAFIA

Foto postada originalmente em 12/06/13 por Marilena Fernandes

1
Assim que nos deparamos com tal foto no Grupo de Fotografias de Amparo, foi
inevitável iniciarmos uma pesquisa a fim de desvendar o mistério da existência de uma
escola nunca antes citada pelos especialistas nos anais da cidade. Assim, depois de muita
busca, creio que descobrimos algo sobre tal escola. A seguir o primeiro achado.

Transcrição da Pg. 6. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 08/02/1931
Alcides Corrêa de Assis, director do Gymnasio Silva Jardim, no Estado de São Paulo,
solicitando a officialização do referido gyinnasio.
- À vista do aviso do Sr. ministro de 6 de janeiro
último, não há o que deferir.

Após essa descoberta, era necessário
compreender os fatos, partindo da dedução que o
pedido de registro do citado ginásio teria sido
inoportuno, frente ao momento de reformas pelo
qual o sistema educacional brasileiro passava.

Vale ressaltar que essa conclusão foi
compartilhada pelo senhor João Baptista Cintra que registrou o seguinte comentário no
grupo: “Suely, a minha primeira impressão, após ver as notícias aqui postadas foi
exatamente a sua conclusão após as pesquisas; não 'estava na hora ' de aprovar um ginásio
para Amparo.”

Embora já convictos do ocorrido, restou a curiosidade sobre o que teria levado
homens de reputação irrepreensível a posar e rotular uma fotografia como se a existência
do Ginásio Silva Jardim tivesse se consumado, situação que somente agora frente ao
precioso material jornalístico fornecido pelo prof., Luiz Pereira pudemos compreender.

O MOMENTO HISTÓRICO

Entendendo que só seria possível compreender aquele momento político
educacional do ano de 1931, através da leitura de informações específicas, constatamos
que o Brasil estava às portas da grande reforma educacional Francisco Campos que viria
a implicar na modernização nacionalizada do ensino secundário.
2
"O novo ministério foi constituído por instituições e repartições desmembradas dos
Ministérios da Agricultura e da Justiça e dos Negócios Interiores. Entretanto, somente em
5 de janeiro de 1931, quase dois meses depois de sua criação, foi aprovado o regulamento
(Decreto no 19.560) que organizou a nova Secretaria de Estado definindo suas
atribuições, fixando as normas de sua constituição e funcionamento e a hierarquização
das repartições e instituições que a ela pertenciam.

A leitura do decreto não deixa dúvidas quanto ao que deveria ser a competência em
relação à educação, uma vez que determinava que o MES passasse a ter a seu encargo:

1. A centralização do estudo e despacho de todos os assuntos da administração
federal relacionados com o desenvolvimento intelectual e moral e com a
defesa médico-sanitária da coletividade social brasileira, excetuados aqueles
que, embora tendo de alguma forma esta
Característica visam principalmente a fins ligados a atividades de outro
ministério; 2. A direção geral e fiscalização, sob o ponto de vista
administrativo, de todos os serviços concernentes aos assuntos indicados na
alínea 1; 3.0 preparo de todos os atos que tenham de ser assinados pelo chefe
do Poder Executivo e pelo respectivo ministro de Estado, relativamente à
matéria de sua competência, salvo nos casos em outra coisa for determinada
por disposições regulamentares especiais; 4. A expedição e publicação desses
atos e o recebimento e arquivamento de todos os papéis endereçados ao
ministro ou, por seu intermédio, dirigidos ao chefe do Poder Executivo.
Assim, o ministério estava pronto para exercer sua tutela sobre todos os
domínios do ensino e da saúde"

Assim é possível concluir que tais mudanças implantadas invalidaram toda e
qualquer tramitação em curso como o caso específico do Gymnasio de Amparo,
justificando seu indeferimento.

3
SILVA JARDIM – O PATRONO

Quanto ao seu Patrono, Antônio Silva Jardim há vários registros
atestando tratar-se de um eminente professor, maçom, abolicionista e
republicano, o que por si só parece ter motivado a escolha do seu nome
para a entidade de ensino.

Mesmo contrariando o entendimento de alguns, vimos coerência e pertinência nessa
escolha

AS IDENTIFICAÇÕES

Como restava ainda identificar as pessoas retratadas na fotografia do acervo de seu sogro
o Professor Francisco Leopoldino de Campos Silvestre, coube a Marilena Fernandes
receber em sua residência o Sr. Benedito Jorge, que cordialmente elucidou o mistério.
São palavras dela, “foi emocionante, vê-lo tão bem e lúcido aos 96 anos, subindo as
escadas com toda a elegância. Olhou cuidadosamente a foto e apontou as pessoas que
identificou. Disse que o primeiro sentado é o professor Scalvi (há uma escola com seu
nome em Amparo), ao centro identificou como Alcides Assis, depois Dr.Aristides
Fernandes, ao seu lado disse que tem quase certeza que é da família Barbosa (tio do Paulo
Barbosa), o próximo não identificou, depois Dr. Constâncio Cintra. O segundo em pé,
identificou como Arnaldo Geraldini (disse que era irmão de Orlando Geraldini).
Identificou também Fausto Longo (disse que tinha marmoraria), no meio da coluna. De
óculos ao fundo, identificou como um rapaz da família Tesoni e também Marcílio
Consoli, já identificado, anteriormente. “

4
A PROVA CABAL - PUBLICAÇÕES NA IMPRENSA

Como grande novidade e motivo desta reedição, apresentamos uma preciosa
documentação do acervo do Prof. Luiz Pereira, nosso consultor, constando de recortes de
publicações da época, através dos quais é possível concluir pela incontestável existência,
ainda que breve e sem reconhecimento jurídico, do GYMNASIO SILVA JARDIM, senão
vejamos.

5
6
Tais publicações no Jornal O Comércio, de 15 de fevereiro de 1931 a 28 de abril
de 1931, documentam a existência da escola e mais, registram a visitação de autoridades
para sua fiscalização, bem como identificam seu endereço, nominando seus responsáveis,
salientando também a quem se destinava com a oferta de cursos, fazendo menção até à
mobília que estava sendo confeccionada na modelar Escola Profissional da cidade, de
modo a nos permitir ter uma ideia do intenso movimento havido na ocasião para a
tentativa de sua oficialização por parte dos idealistas e patriotas amparenses. Vale
observar e ressaltar que as datas das publicações, todas muito próximas da grande reforma
educacional que veio a ocorrer, são, porém, posteriores a da publicação do indeferimento
no Diário Oficial, atestando assim não só a morosidade do sistema e como a total a falta
de integração entre as diversas esferas, só justificado por serem outros tempos.

A leitura dos recortes das publicações nos dá, portanto, a certeza que tudo foi feito
para a realização de um projeto, que chegou a ser fotografado para a posteridade, embora
7
não tenha vingado, permitindo a nós, hoje, bons momentos de compartilhamento de ideias
e novos conhecimentos, ainda que no passado a frustração deva ter sido a tônica na vida
dos envolvidos e da população amparense.

A VISTORIA

Completando, fazemos referência a uma das autoridades que visitaram Amparo
para a inspeção do Gymnasio, o que reforça nossa tese que tudo se encaminhava para um
desfecho diferente do ocorrido, prova cabal de que todos foram atropelados pela
implantação da reforma educacional Francisco Campos.

Sud Mennucci nasceu em Piracicaba em 20 de janeiro de
1892, filho de um casal de italianos de Lucca que chegaram ao
Brasil como imigrantes em 1888. Sud foi professor, geógrafo,
sociólogo, jornalista e escritor. Em 1910 iniciou sua carreira no
magistério, lecionando numa escola em Cravinhos; entre 1913 e
1914 esteve em Belém do Pará ajudando na reorganização das
Escolas de Aprendizes de Marinheiros. Mais tarde (1914-19)
atuou como professor público em Porto Ferreira, onde conheceu sua esposa Maria e se
casou em 1917.

No ano de 1920, comandou o recenseamento escolar em São Paulo, a partir do qual foi
possível localizar os núcleos de analfabetismo do Estado e dividir o território paulista em
quinze delegacias regionais de ensino. Em seguida, assumiu a Diretoria da Delegacia
Regional de Ensino de Campinas e em 1922, a de Piracicaba.

Entre 1925 e 1931, Sud Mennucci fez carreira como redator e crítico literário do jornal O
Estado de S. Paulo. Neste último ano, ele assumiu pela primeira vez a Diretoria-Geral de
Ensino de São Paulo, cargo equivalente hoje à Secretaria de Estado da Educação. Ele
voltou a ocupar o cargo em 1933 e de 1943 a 1945.

Entre suas atividades na administração do sistema paulista e como jornalista e escritor,
Sud destacou-se no comando do Centro do Professorado Paulista, criado em 1930, e que
atualmente é uma das principais associações docentes de São Paulo. Foi seu presidente
8
de 1931 a 1948. Foi também diretor da Imprensa Oficial do Estado entre os anos de 1931
e 1948.

Como escritor, seu maior livro foi A Crise Brasileira de Educação, alcançando o prêmio
da Academia Brasileira de Letras em 1933. Escreveu também livros e artigos defendendo
o ensino rural. Teve no total 5 filhos. Morreu em 1948, com 56 anos, na sua casa na Vila
Mariana, em São Paulo.

A HISTÓRIA DA RUA XV

Por fim, uma abordagem sobre o local da instalação da escola:

"A rua XV de novembro é uma das mais antigas de Amparo. É parte de um dos
eixos formadores da cidade, o caminho que, em fins do século XVIII, ligava a região de
Campinas ao sul de Minas Gerais. Durante muito tempo, foi chamada rua do Rosário.
Hoje, é uma rua curta, formada por apenas uma quadra. No início do século XX a
denominação estendia-se a um trecho maior. Depois da revolução constitucionalista de
1932, uma homenagem ao herói amparense Humberto Beretta, “reduziu” o tamanho da
rua. Mas, nesse pequeno trecho, muita gente residiu, teve comércio, perambulou. A
viscondessa de Nova Granada, personalidade do Império, residiu no sobrado dos Paiva.
O republicano Bernardino de Campos morou e advogou ali. Foi um dos fundadores da
Loja Maçônica Trabalho que também estava estabelecida com prédio próprio mesma rua.
Fotografias, objetos pessoais e um retrato seu, elaborado por Almeida Júnior, podem ser
vistos no Museu da cidade. O boticário, republicano e fazendeiro Francisco de Assis

9
Santos Prado também viveu e trabalhou ali. Fotografias do seu acervo particular e objetos
que pertenceram a sua botica também podem ser vistos no Museu. Na residência onde
nasceu o dr. Franco da Rocha morou tempos depois o Dr. Alberico do Prado Pastana. No
lugar da pequena casa onde funcionava o Comitê Democrático mantido pelo Partido
Comunista, mais tarde construiu-se um sobrado onde funcionou durante muito tempo a
sapataria dos Terríbile. Na casa do Dr. Bernardino morou posteriormente o Sr.. José
Abdala. No prédio onde funcionou a Delegacia de Polícia funcionou a bicicletaria do
Cozelli. Enfim, a loja de Dona Rosinha, a alfaiataria do Mitidieri, a farmácia do Maia, o
sobrado das Siqueira, são parte da memória da rua XV de novembro.

Em 1929, em plena crise econômica, ao projetar a fachada posterior da Igreja
Matriz, o Dr. Amador Cintra do Prado imprimiu-lhe um caráter de “pano de fundo”.
Talvez uma reverberação da fachada do teatro João Caetano que, já naquele tempo, vivia
de um passado de glórias.

Para quem olha do largo do Rosário, essa fachada parece arrematar o cenário,
parece ser - no fundo do palco - o pano de fundo da rua XV de novembro. Numa manhã
de domingo, quando as gentes dormem e os automóveis estão recolhidos nos
estacionamentos, tem-se a impressão de que das casas poderão sair, a qualquer momento,
personagens dos mais diversos passados. Quanto mais se observa a rua, mais sede se tem
de conhecer essa gente do passado. Quanto mais se conhece seus hábitos, suas casas, os
seus afazeres, mais se conhece também a rua do presente, o Amparo de hoje."

Como acabamos de ler, tendo em vista as grandes mudanças ocorridas e escassa,
documentação fica difícil identificar hoje o imóvel da Rua XV de Novembro, outrora sob
o n. 25 descrito no jornal da época como “magnífico prédio”.

Ainda que essa dúvida permaneça temos a certeza de que o Gymnasio Silva
Jardim existiu um dia, tendo a sua frente grandes homens e certamente uma clientela
ávida de instrução e conhecimento, talvez adiado, em vista do surpreendente
indeferimento de sua oficialização.

Mesmo não sendo uma novela, quem sabe tenhamos novas informações num
próximo capítulo
10
FONTES DE PESQUISA
http://www.jusbrasil.com.br/.../dou-secao-1-08-02-1931-pg-6
http://revistaseletronicas.pucrs.br/.../viewFile/5520/4015
http://www.uninove.br/.../COMUNICA%C3%87%C3%83O%2017.pdf
http://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/.../viewFile/110/88
http://www.saopauloantiga.com.br/sud-mennucci/
http://www.spvirtual.net/index.php?page=out&id=63816

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Gymnasio silva jardim

  • 1. GYMNASIO SILVA JARDIM O ginásio que os amparenses desconheciam que existiu na nossa cidade. Por Suely Piedade Santos – Baseado nos acervos de Marilena Fernandes S. Silvestre e Luiz Pereira de Oliveira GRUPO FOTOGRAFIAS DE AMPARO - 2013
  • 2. GRUPO DE FOTOGRAFIAS DE AMPARO Esta postagem é, em parte, a reedição de outra cuja temática causou muita surpresa, estranheza e até polêmica entre os participantes do grupo, em razão do desconhecimento de quase a totalidade dos amparenses sobre o assunto. Realizada agora por mim com base no precioso acervo da amiga Marilena Fernandes, não teria sido possível sem as preciosas contribuições do Prof. Luiz Pereira, cedendo as provas cabais da existência da escola, que necessitávamos e do senhor Benedito Jorge, que procedeu ao reconhecimento dos fotografados, além, obviamente, de muitos outros, cujas opiniões e sugestões através de comentários, encaminharam nossa pesquisa para este desfecho, aliás, sem falsa modéstia, uma conclusão de cunho histórico para Amparo, por tratar-se do resgate de um importante episódio da vida educacional deste querido município. A FOTOGRAFIA Foto postada originalmente em 12/06/13 por Marilena Fernandes 1
  • 3. Assim que nos deparamos com tal foto no Grupo de Fotografias de Amparo, foi inevitável iniciarmos uma pesquisa a fim de desvendar o mistério da existência de uma escola nunca antes citada pelos especialistas nos anais da cidade. Assim, depois de muita busca, creio que descobrimos algo sobre tal escola. A seguir o primeiro achado. Transcrição da Pg. 6. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 08/02/1931 Alcides Corrêa de Assis, director do Gymnasio Silva Jardim, no Estado de São Paulo, solicitando a officialização do referido gyinnasio. - À vista do aviso do Sr. ministro de 6 de janeiro último, não há o que deferir. Após essa descoberta, era necessário compreender os fatos, partindo da dedução que o pedido de registro do citado ginásio teria sido inoportuno, frente ao momento de reformas pelo qual o sistema educacional brasileiro passava. Vale ressaltar que essa conclusão foi compartilhada pelo senhor João Baptista Cintra que registrou o seguinte comentário no grupo: “Suely, a minha primeira impressão, após ver as notícias aqui postadas foi exatamente a sua conclusão após as pesquisas; não 'estava na hora ' de aprovar um ginásio para Amparo.” Embora já convictos do ocorrido, restou a curiosidade sobre o que teria levado homens de reputação irrepreensível a posar e rotular uma fotografia como se a existência do Ginásio Silva Jardim tivesse se consumado, situação que somente agora frente ao precioso material jornalístico fornecido pelo prof., Luiz Pereira pudemos compreender. O MOMENTO HISTÓRICO Entendendo que só seria possível compreender aquele momento político educacional do ano de 1931, através da leitura de informações específicas, constatamos que o Brasil estava às portas da grande reforma educacional Francisco Campos que viria a implicar na modernização nacionalizada do ensino secundário. 2
  • 4. "O novo ministério foi constituído por instituições e repartições desmembradas dos Ministérios da Agricultura e da Justiça e dos Negócios Interiores. Entretanto, somente em 5 de janeiro de 1931, quase dois meses depois de sua criação, foi aprovado o regulamento (Decreto no 19.560) que organizou a nova Secretaria de Estado definindo suas atribuições, fixando as normas de sua constituição e funcionamento e a hierarquização das repartições e instituições que a ela pertenciam. A leitura do decreto não deixa dúvidas quanto ao que deveria ser a competência em relação à educação, uma vez que determinava que o MES passasse a ter a seu encargo: 1. A centralização do estudo e despacho de todos os assuntos da administração federal relacionados com o desenvolvimento intelectual e moral e com a defesa médico-sanitária da coletividade social brasileira, excetuados aqueles que, embora tendo de alguma forma esta Característica visam principalmente a fins ligados a atividades de outro ministério; 2. A direção geral e fiscalização, sob o ponto de vista administrativo, de todos os serviços concernentes aos assuntos indicados na alínea 1; 3.0 preparo de todos os atos que tenham de ser assinados pelo chefe do Poder Executivo e pelo respectivo ministro de Estado, relativamente à matéria de sua competência, salvo nos casos em outra coisa for determinada por disposições regulamentares especiais; 4. A expedição e publicação desses atos e o recebimento e arquivamento de todos os papéis endereçados ao ministro ou, por seu intermédio, dirigidos ao chefe do Poder Executivo. Assim, o ministério estava pronto para exercer sua tutela sobre todos os domínios do ensino e da saúde" Assim é possível concluir que tais mudanças implantadas invalidaram toda e qualquer tramitação em curso como o caso específico do Gymnasio de Amparo, justificando seu indeferimento. 3
  • 5. SILVA JARDIM – O PATRONO Quanto ao seu Patrono, Antônio Silva Jardim há vários registros atestando tratar-se de um eminente professor, maçom, abolicionista e republicano, o que por si só parece ter motivado a escolha do seu nome para a entidade de ensino. Mesmo contrariando o entendimento de alguns, vimos coerência e pertinência nessa escolha AS IDENTIFICAÇÕES Como restava ainda identificar as pessoas retratadas na fotografia do acervo de seu sogro o Professor Francisco Leopoldino de Campos Silvestre, coube a Marilena Fernandes receber em sua residência o Sr. Benedito Jorge, que cordialmente elucidou o mistério. São palavras dela, “foi emocionante, vê-lo tão bem e lúcido aos 96 anos, subindo as escadas com toda a elegância. Olhou cuidadosamente a foto e apontou as pessoas que identificou. Disse que o primeiro sentado é o professor Scalvi (há uma escola com seu nome em Amparo), ao centro identificou como Alcides Assis, depois Dr.Aristides Fernandes, ao seu lado disse que tem quase certeza que é da família Barbosa (tio do Paulo Barbosa), o próximo não identificou, depois Dr. Constâncio Cintra. O segundo em pé, identificou como Arnaldo Geraldini (disse que era irmão de Orlando Geraldini). Identificou também Fausto Longo (disse que tinha marmoraria), no meio da coluna. De óculos ao fundo, identificou como um rapaz da família Tesoni e também Marcílio Consoli, já identificado, anteriormente. “ 4
  • 6. A PROVA CABAL - PUBLICAÇÕES NA IMPRENSA Como grande novidade e motivo desta reedição, apresentamos uma preciosa documentação do acervo do Prof. Luiz Pereira, nosso consultor, constando de recortes de publicações da época, através dos quais é possível concluir pela incontestável existência, ainda que breve e sem reconhecimento jurídico, do GYMNASIO SILVA JARDIM, senão vejamos. 5
  • 7. 6
  • 8. Tais publicações no Jornal O Comércio, de 15 de fevereiro de 1931 a 28 de abril de 1931, documentam a existência da escola e mais, registram a visitação de autoridades para sua fiscalização, bem como identificam seu endereço, nominando seus responsáveis, salientando também a quem se destinava com a oferta de cursos, fazendo menção até à mobília que estava sendo confeccionada na modelar Escola Profissional da cidade, de modo a nos permitir ter uma ideia do intenso movimento havido na ocasião para a tentativa de sua oficialização por parte dos idealistas e patriotas amparenses. Vale observar e ressaltar que as datas das publicações, todas muito próximas da grande reforma educacional que veio a ocorrer, são, porém, posteriores a da publicação do indeferimento no Diário Oficial, atestando assim não só a morosidade do sistema e como a total a falta de integração entre as diversas esferas, só justificado por serem outros tempos. A leitura dos recortes das publicações nos dá, portanto, a certeza que tudo foi feito para a realização de um projeto, que chegou a ser fotografado para a posteridade, embora 7
  • 9. não tenha vingado, permitindo a nós, hoje, bons momentos de compartilhamento de ideias e novos conhecimentos, ainda que no passado a frustração deva ter sido a tônica na vida dos envolvidos e da população amparense. A VISTORIA Completando, fazemos referência a uma das autoridades que visitaram Amparo para a inspeção do Gymnasio, o que reforça nossa tese que tudo se encaminhava para um desfecho diferente do ocorrido, prova cabal de que todos foram atropelados pela implantação da reforma educacional Francisco Campos. Sud Mennucci nasceu em Piracicaba em 20 de janeiro de 1892, filho de um casal de italianos de Lucca que chegaram ao Brasil como imigrantes em 1888. Sud foi professor, geógrafo, sociólogo, jornalista e escritor. Em 1910 iniciou sua carreira no magistério, lecionando numa escola em Cravinhos; entre 1913 e 1914 esteve em Belém do Pará ajudando na reorganização das Escolas de Aprendizes de Marinheiros. Mais tarde (1914-19) atuou como professor público em Porto Ferreira, onde conheceu sua esposa Maria e se casou em 1917. No ano de 1920, comandou o recenseamento escolar em São Paulo, a partir do qual foi possível localizar os núcleos de analfabetismo do Estado e dividir o território paulista em quinze delegacias regionais de ensino. Em seguida, assumiu a Diretoria da Delegacia Regional de Ensino de Campinas e em 1922, a de Piracicaba. Entre 1925 e 1931, Sud Mennucci fez carreira como redator e crítico literário do jornal O Estado de S. Paulo. Neste último ano, ele assumiu pela primeira vez a Diretoria-Geral de Ensino de São Paulo, cargo equivalente hoje à Secretaria de Estado da Educação. Ele voltou a ocupar o cargo em 1933 e de 1943 a 1945. Entre suas atividades na administração do sistema paulista e como jornalista e escritor, Sud destacou-se no comando do Centro do Professorado Paulista, criado em 1930, e que atualmente é uma das principais associações docentes de São Paulo. Foi seu presidente 8
  • 10. de 1931 a 1948. Foi também diretor da Imprensa Oficial do Estado entre os anos de 1931 e 1948. Como escritor, seu maior livro foi A Crise Brasileira de Educação, alcançando o prêmio da Academia Brasileira de Letras em 1933. Escreveu também livros e artigos defendendo o ensino rural. Teve no total 5 filhos. Morreu em 1948, com 56 anos, na sua casa na Vila Mariana, em São Paulo. A HISTÓRIA DA RUA XV Por fim, uma abordagem sobre o local da instalação da escola: "A rua XV de novembro é uma das mais antigas de Amparo. É parte de um dos eixos formadores da cidade, o caminho que, em fins do século XVIII, ligava a região de Campinas ao sul de Minas Gerais. Durante muito tempo, foi chamada rua do Rosário. Hoje, é uma rua curta, formada por apenas uma quadra. No início do século XX a denominação estendia-se a um trecho maior. Depois da revolução constitucionalista de 1932, uma homenagem ao herói amparense Humberto Beretta, “reduziu” o tamanho da rua. Mas, nesse pequeno trecho, muita gente residiu, teve comércio, perambulou. A viscondessa de Nova Granada, personalidade do Império, residiu no sobrado dos Paiva. O republicano Bernardino de Campos morou e advogou ali. Foi um dos fundadores da Loja Maçônica Trabalho que também estava estabelecida com prédio próprio mesma rua. Fotografias, objetos pessoais e um retrato seu, elaborado por Almeida Júnior, podem ser vistos no Museu da cidade. O boticário, republicano e fazendeiro Francisco de Assis 9
  • 11. Santos Prado também viveu e trabalhou ali. Fotografias do seu acervo particular e objetos que pertenceram a sua botica também podem ser vistos no Museu. Na residência onde nasceu o dr. Franco da Rocha morou tempos depois o Dr. Alberico do Prado Pastana. No lugar da pequena casa onde funcionava o Comitê Democrático mantido pelo Partido Comunista, mais tarde construiu-se um sobrado onde funcionou durante muito tempo a sapataria dos Terríbile. Na casa do Dr. Bernardino morou posteriormente o Sr.. José Abdala. No prédio onde funcionou a Delegacia de Polícia funcionou a bicicletaria do Cozelli. Enfim, a loja de Dona Rosinha, a alfaiataria do Mitidieri, a farmácia do Maia, o sobrado das Siqueira, são parte da memória da rua XV de novembro. Em 1929, em plena crise econômica, ao projetar a fachada posterior da Igreja Matriz, o Dr. Amador Cintra do Prado imprimiu-lhe um caráter de “pano de fundo”. Talvez uma reverberação da fachada do teatro João Caetano que, já naquele tempo, vivia de um passado de glórias. Para quem olha do largo do Rosário, essa fachada parece arrematar o cenário, parece ser - no fundo do palco - o pano de fundo da rua XV de novembro. Numa manhã de domingo, quando as gentes dormem e os automóveis estão recolhidos nos estacionamentos, tem-se a impressão de que das casas poderão sair, a qualquer momento, personagens dos mais diversos passados. Quanto mais se observa a rua, mais sede se tem de conhecer essa gente do passado. Quanto mais se conhece seus hábitos, suas casas, os seus afazeres, mais se conhece também a rua do presente, o Amparo de hoje." Como acabamos de ler, tendo em vista as grandes mudanças ocorridas e escassa, documentação fica difícil identificar hoje o imóvel da Rua XV de Novembro, outrora sob o n. 25 descrito no jornal da época como “magnífico prédio”. Ainda que essa dúvida permaneça temos a certeza de que o Gymnasio Silva Jardim existiu um dia, tendo a sua frente grandes homens e certamente uma clientela ávida de instrução e conhecimento, talvez adiado, em vista do surpreendente indeferimento de sua oficialização. Mesmo não sendo uma novela, quem sabe tenhamos novas informações num próximo capítulo 10