O documento discute os principais modelos de negócios para a aquisição de livros eletrônicos no Brasil, identificando quatro formatos: compra, assinatura, acesso perpétuo e compra com assinatura. Estes formatos diferem principalmente na posse dos materiais e na classificação das despesas como capital ou corrente, o que influencia os acordos entre fornecedores e instituições.
Modelos de negócios para aquisição de livros eletrônicos
1. Principais modelos de negócios
na aquisição de livros eletrônicos
Stella Dourado, UNIRIO
Marianna Zattar, UFRJ
UNIRIO
Rio de Janeiro
2014
2. COLEÇÕES ELETRÔNICAS
• O desenvolvimento de coleções em uma BU deve
incorporar diferentes formatos e acessos que atendam
sua comunidade.
• As primeiras coleções eletrônicas adquiridas tinham
como objetivo específico o atendimento aos usuários
dos cursos das áreas de saúde – exigiam acesso mais
rápido às publicações.
3. COLEÇÕES ELETRÔNICAS
• As coleções eletrônicas chegaram às bibliotecas
brasileiras no início dos anos 2000.
• Inicialmente, o modelo de negócio dos fornecedores e
representantes focava na venda de coleções exclusivas
de editoras, sem qualquer análise/seleção particular e
específica dos solicitantes – “pacote”.
4. COLEÇÕES ELETRÔNICAS
• O aumento das demandas por uma maior variabilidade
de formatos por parte das bibliotecas, provocou a
necessidade de novos modelos de negócios oferecidos
por fornecedores/representantes das questões ligadas a
essa prática.
• Identificou-se quatro diferentes formas de aquisição das
coleções eletrônicas com maior incidência no mercado
brasileiro:
5.
6. FORMATOS DE AQUISIÇÃO - COMPRA
• Aquisição de produto (material permanente);
• Escolha por pacote ou por título;
• Aquisição perpétua;
• Sem atualização das edições (automática);
• A posse dos materiais é da requerente.
7. FORMATOS DE AQUISIÇÃO - ASSINATURA
• Contratação do serviço para o acesso;
• Escolha por pacote ou por título;
• Aquisição por um período de tempo (renovação);
• Atualização das edições (automática);
• A posse dos materiais é do fornecedor.
8. FORMATOS DE AQUISIÇÃO – ACESSO
PERPÉTUO
• Contratação do serviço para o acesso;
• Escolha por pacote ou por título;
• Aquisição perpétua;
• Sem atualização das edições (automática);
• A posse dos materiais é do fornecedor.
9. FORMATOS DE AQUISIÇÃO – COMPRA COM
ASSINATURA
• Contratação do serviço para o acesso;
• Aquisição de produto (material permanente);
• Escolha por pacote ou por título;
• Com ou sem atualização das edições (automática);
• A posse dos materiais é da requerente.
10. FORMATOS DE AQUISIÇÃO
• As principais diferenças entre esses formatos de aquisição está
em pontos como a posse e a ordenação/classificação das
despesas.
• Despesas de capital - relacionadas com aquisição de máquinas
equipamentos, realização de obras, aquisição de participações acionárias
de empresas, aquisição de imóveis, concessão de empréstimos para
investimento. (BRASIL, 2014).
• Despesas correntes são “despesas de custeio de manutenção das atividades
dos órgãos da administração pública [...]. Estão nesta categoria as despesas
que não concorrem para ampliação dos serviços prestados pelo órgão, nem
para a expansão das suas atividades.” (BRASIL, 2014).
11. FORMATOS DE AQUISIÇÃO
• Com relação à posse a diferença está em quem detém os
direitos do conteúdo do material e do acesso.
• Aquisição por compra - as obras são entregues às
instituições em forma de backup e são por elas
administradas;
• Em todas as formas de aquisição a instituição deve
pagar um preço para ter acesso ao conteúdo.
12. FORMATOS DE AQUISIÇÃO
• Os itens adquiridos por compra/acesso perpétuo são
classificados em "despesa de capital” - Essa diferenciação
influencia diretamente no tipo de acordo firmado entre a
instituição que adquire os itens e a instituição
fornecedora.
13. FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FORMATOS
ELETRÔNICOS
• A compreensão das formas de aquisição de formatos
eletrônicos, bem como das terminologias – despesa de
capital e despesa corrente – possibilita a elaboração de
parâmetros a serem utilizados na composição/elaboração
dos termos de referência, de forma mais precisa e
contundente e auxilia no desenvolvimento de critérios e
parâmetros para a aquisição de coleções eletrônicas.
14. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. C. B. de. Planejamento de bibliotecas e serviços de informação. 2. ed. Brasília,
DF: Briquet de Lemos, 2005.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento Federal.
Glossário: despesa de capital. Brasília, DF, 2014. Disponível em:
<http://www.orcamentofederal.gov.br/glossario-1/despesa-
corrente/?searchterm=despesa%20corrente>. Acesso em: 7 abr. 2014.
EVANS, G. E. Developing library and information center collection. 4. ed. Englewood:
Libraries Unlimited, 2000.
WEITZEL, S. R. Desenvolvimento de coleções: origem dos fundamentos contemporâneos.
TransInformação, Campinas, v. 24, n. 3, p. 179-190, set./dez. 2012.