6. • Ezequiel era de família sacerdotal filho de
Buzi, o sacerdote.
• Os sacerdotes iniciavam seu serviço no templo
aos trinta anos.
•
•
•
Mas, no ano em que Ezequiel fez trinta anos ele se
encontrava no cativeiro babilônico a cerca de 1100
quilômetros distante do templo de Jerusalém.
O profeta viveu entre os exilados, sua profecia foi
formulada em meio às pessoas deportadas para as terras
estranhas da Babilônia.
Ezequiel era um homem de amplos conhecimentos, não somente das tradições de
sua nação, mas também de assuntos internacionais e da história.
Sua familiaridade com tópicos gerais de cultura, desde a construção de navios até a literatura,
é igualmente espantosa.
•
•
Era dotado de grande intelecto e tinha capacidade de compreender questões de
amplo alcance.
• Na sua segunda vinda a Jerusalém (598-597), Nabucodonosor deportou
para a Babilônia, o rei Joaquim e a família real, junto com outros dez mil
membros da elite (2 Reis 24.12-14). Ezequiel estava entre eles.
• Era contemporâneo do profeta Jeremias, porém, mais jovem. Enquanto
Jeremias profetizava em Jerusalém.
•
Era conhecido de Daniel, não sabemos se mantinha relações mais próximas com ele
(14.20; 28.3).
• Ezequiel era casado, mas, sua esposa morreu durante o cativeiro (24.15-18).
7. CONTESTAÇÕES HEBRAICAS
• O livro de Ezequiel faz parte da
subdivisão chamada Profetas Maiores do
cânon hebraico e encontra-se logo após
Isaías e Jeremias.
• A Bíblia em português adota a ordem
da Septuaginta e coloca Ezequiel após
Lamentações.
• Apesar do livro sempre ter feito parte do
cânon hebraico, estudiosos judeus
posteriores questionam seu valor pelas
aparentes discrepâncias entre sua
interpretação do ritual do templo e as
prescrições da lei mosaica (Divergência
no número e nos tipos de animais
sacrificados na Festa da Lua Nova (Nm
28.11 e Ez 46.6).
• Os rabinos finalmente restringiram o uso
público e particular de Ezequiel.
8. A Casa de
Ezequiel
Ezequiel, o
grande profeta
do
exilio, entrego
u mensagens
de calamidade
e consolação
entre 592 a.C.
e 570 a.C., de
acordo com a
informação
cronológica
fornecida por
ele.
9. A Casa de
Ezequiel
Fora levado
ao cativeiro
babilônico na
segunda onda
de
deportação
em 598 a.C. e
evidentement
e passara o
resto da vida
entre os
exilados na
Mesopotamia
junto ao rio
Quebar.
10. A Época.
situam o ministério do
profeta no começo do exílio babilônico. O profeta
Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de acontecimentos, analisou
a queda e a restauração da casa de Israel; enquanto que
seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em
Jerusalém, observou de perto os últimos suspiros do
reino de Judá (Jr. 1:1-3). Durante grande parte dos séculos oito
Os fatos contidos no livro de Ezequiel
e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do
norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu
sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633
A.C.), o império assírio começou a declinar.
11. A Época.
O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro
de poucos anos a Assíria estava lutando
pela sobrevivência contra a Babilônia e os
medos. Assur, antiga capital da
Assíria, sucumbiu em 614, e a muito
poderosa Nínive foi completamente
destruída em 612. Por volta de 607 os
restos do império assírio desmoronaram.
Os egípcios sob as ordens de Neco foram
derrotados por Nabucodonosor (também
chamado Nabucodonosor) em Carquemis
sobre o rio Eufrates em 605 A.C. (Jr. 46:2 e segs.).
Os caldeus se tornaram os novos
senhores do mundo (II Reis 24:7), com Judá por
estado vassalo.
12.
13.
14. A Época.
Jeoaquim (608-597 A.C.) perseguiu os profetas (Jr.
7; 26; 36), degradou a vida espiritual da nação (Jr.
7:1-15; 13:16-20; cons. Ez. 8), demonstrando ser
um tirano fantoche (Jr. 22:13-15, 17-19). Ele se
rebelou contra Nabucodonosor em 602 A.C. e
foi molestado pelos estados vizinhos (II Reis
24:1 e seguintes.). Morreu em desgraça antes da
invasão, punitiva de Nabucodonosor chegar a Judá (Jr.
22: 19).
15. ISRAEL: VIOLAÇÃO DO CONCERTO
• Embora o linguajar tecnico do concerto seja esparso em Ezequiel, a
noção do concerto esta pressuposta em todos os lugares.
• As demonstrações epifanicas gloriosas do Senhor servem o proposito de
apresentar o Deus do concerto, o soberano a quem Israel e todas as
nacoes da terra tem de prestar contas.
• A hediondez da deserção pecadora de Israel fica ainda mais
evidente sob a luz da gloria e majestade do Senhor (cf. Is 6.1-5).
• Ezequiel descreveu a desobediencia de Israel ao
concerto divididos em tres titulos: violação como
prostituição, violação como idolatria ou apostasia e
violação como quebra da lei ou estipulação.
• Disse que desde o começo da historia nacional o povo fora caracterizado
por infidelidade ao Senhor. O que tinham feito em tempos recentes era
pouco diferente do que os antepassados fizeram no deserto, nos dias de
Moises (Ez 20.1-32).
• Em linguagem cheia de conotacoes ligadas ao concerto, o profeta
detalhou esse relato medonho.
16. A Época e o Motivo (Jeremias 7)
1 A palavra que da parte do SENHOR, veio a Jeremias, dizendo:
2 Pöe-te à porta da casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a
palavra do SENHOR, todos de Judá, os que entrais por estas portas, para adorardes
ao SENHOR.
3 Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos
e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar.
4 Näo vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do
SENHOR, templo do SENHOR é este.
5 Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras; se deveras
praticardes o juízo entre um homem e o seu próximo;
6 Se näo oprimirdes o estrangeiro, e o órfäo, e a viúva, nem derramardes sangue
inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,
7 Eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos
antigos e para sempre.
8 Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam.
9 Porventura furtareis, e matareis, e adulterareis, e jurareis falsamente, e queimareis
incenso a Baal, e andareis após outros deuses que näo conhecestes,
10 E entäo vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu
nome, e direis: Fomos libertados para fazermos todas estas abominaçöes?
17. A Época e o Motivo (Jeremias 7)
11 É pois esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de
salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o
SENHOR.
12 Mas ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, ao princípio, fiz habitar o
meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel.
13 Agora, pois, porquanto fazeis todas estas obras, diz o SENHOR, e eu vos
falei, madrugando, e falando, e näo ouvistes, e chamei-vos, e näo respondestes,
14 Farei também a esta casa, que se chama pelo meu nome, na qual confiais, e a
este lugar, que vos dei a vós e a vossos pais, como fiz a Siló.
15 E lançar-vos-ei de diante de minha face, como lancei a todos os vossos
irmäos, a toda a geraçäo de Efraim.
16 Tu, pois, näo ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou
oraçäo, nem me supliques, porque eu näo te ouvirei.
17 Porventura näo vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá, e nas ruas de
Jerusalém?
18 Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a
massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libaçöes a outros
deuses, para me provocarem à ira.
19 Acaso é a mim que eles provocam à ira? diz o SENHOR, e näo a si mesmos, para
confusäo dos seus rostos?
20 Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que a minha ira e o meu furor se
derramaräo sobre este lugar, sobre os homens e sobre os animais, e sobre as
árvores do campo, e sobre os frutos da terra; e acender-se-á, e näo se apagará.
18. O credo histórico – Deuteronômio 26:5-11
5 Então testificarás perante o Senhor teu Deus, e dirás:
Arameu, prestes a perecer, foi meu pai, e desceu ao Egito, e ali
peregrinou com pouca gente, porém ali cresceu até vir a ser nação
grande, poderosa, e numerosa. 6 Mas os egípcios nos maltrataram
e nos afligiram, e sobre nós impuseram uma dura servidão. 7 Então
clamamos ao Senhor Deus de nossos pais; e o Senhor ouviu a
nossa voz, e atentou para a nossa miséria, e para o nosso
trabalho, e para a nossa opressão. 8 E o Senhor nos tirou do Egito
com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, e
com sinais, e com milagres; 9 E nos trouxe a este lugar, e nos deu
esta terra, terra que mana leite e mel. 10 E eis que agora eu trouxe
as primícias dos frutos da terra que tu, ó Senhor, me deste. Então
as porás perante o Senhor teu Deus, e te inclinarás perante o
Senhor teu Deus, 11 E te alegrarás por todo o bem que o Senhor
teu Deus te tem dado a ti e à tua casa, tu e o levita, e o estrangeiro
que está no meio de ti.
19. Projeto de
Estado e
Nação
Projeto de
Culto e
Liturgia
Projeto Ético
Lei Mosaica - Apresenta 3 projetos de Deus para o homem
As Festas de Israel
Mês
1Nissan
1Nissan
1Nissan
3 - Sivan
Dia
Festa
Retrospectiva
Prospectiva
14
Páscoa
Redenção do
Primogênito
Morte Redentora de
Cristo
15-21
Pães
Ázimos
Separação de outras
nações
Início da colheita na
terra
Conclusão da
Colheita
Viver Santo dos
crentes
Ressurreição de
Cristo
Envio do Espírito
Santo
16
6
Primícias
Pentecost
es
Estabeleci
da
Lev. 23:4-5
Lev. 23:6-8
Lev. 23:9-14
Lev. 23:15-22
Escritura
I Cor 5:7 I Pedro 1:18-19
I Cor 5:7 -8
Gálatas 5.9,1617
I Cor 15:20-23
Atos 2:1-47
I Cor 12:13
20. CREDO HISTÓRICO EXPLICADO
ANTECEDENTES: Meu pai era arameu prestes a
perecer, v.5;
AFLIÇÃO: Os egípcios nos afligiram, v.6;
SÚPLICA: Clamamos a Deus, v. 7a;
ATENDIMENTO: Deus nos ouviu e reparou na nossa
miséria, v. 7b;
SALVAÇÃO. Deus nos conduziu para fora do
Egito, v.8, e nos transferiu para este
lugar, entregando-nos a terra, v.9;
RESPOSTA DO REDIMIDO: Portanto, eu
ofereço...v, 10. Adorando e jubilando, v.11.
21. DEUS: E SUA AUTO-REVELACAO
Este é foco central do profeta que emerge já no começo do tratado, em
Ezequiel 1.1-3. Em uma das revelações mais impressionantes da gloria
divina em toda a Biblia, o Senhor, em imagem intensamente
apocaliptica, manifesta-se ao profeta no trigésimo ano do profeta, o
quinto ano do cativeiro de Joaquim (ou seja, 592 a.C.). Ezequiel afirmou:
―Eu vi visões de Deus‖ (Ez 1.1), visões acompanhadas por palavra
interpretativa (v. 3) e pelo poder capacitador do Senhor (v.3).
Estes tres elementos — visão, palavra e mão (ou poder) —
aparecem espalhadamente nas descrições que Ezequiel fez da sua chamada
e da auto-revelação do Senhor.
A visão é a própria mensagem abstrata, a palavra e sua interpretação
e a mão (ou poder) e o meio pelo qual a mensagem e eficazmente
comunicada. A mão do Senhor em direção ao profeta significa darlhe a garantia da afirmação e capacitação do Senhor.
22.
23. 1 E aconteceu no trigésimo ano, no quarto mês, no quinto dia do
mês, que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se
abriram os céus, e eu tive visöes de Deus.
2 No quinto dia do mês, no quinto ano do cativeiro do rei
Jeoiaquim,
3 Veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de
Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali
esteve sobre ele a mäo do SENHOR.
Ezequiel 1
1) Sob rescrito. 1:1-3.
1. No trigésimo ano. Desde o tempo de Orígenes
(185-254) esta referência ao tempo tem sido
considerada como uma referência à idade do próprio
profeta, cidade quando os sacerdotes começavam o
seu ministério (Nm. 4:3, 4), um sistema de datar sem
paralelos na história hebraica.
24. O quarto mês era dos meados
de junho aos meados de
julho, calculando a partir do
primeiro mês dos meados de
março aos meados de abril.
No meio dos exilados. A palavra
hebraica gôlâ é um termo
coletivo que significa
"exilados", ou, de maneira
abstrata, "o exílio".
Rio Quebar (ké-bär) ou NeharKebar (1:1, 3; 3:15, 23; 10:15
, 20, 22; 43:3). Provavelmente o
nâru kabari, "ou grande rio", ou
"o grande canal", um curso de
água artificial do Eufrates.
25. 3. Ezequiel
(Yehezqe'l, "Deus
fortalece") . . . o
sacerdote. Nada se
No quinto ano de cativeiro
do rei Joaquim (junhojulho, 592) é a primeira das
quatro referências a datas
no livro de Ezequiel (cons. 1:2; 3: 16;
8:1; 20:1; 24:1; 26:1; 29:1, 17; 30:20; 31:1; 32:1, 17; 33:21;
40:1)
. Ezequiel foi o primeiro
profeta a datar a sua mensagem
cronologicamente.
sabe do seu pai Buzi.
Outros profetas com
antecedentes sacerdotais
foram: Samuel (I Cr.
6:28; I Sm. 7:9; 11:14;
16:2 e segs.); Jeremias
(1:1); Zacarias (1:7; Ne.
12:4, 16; Ed. 5:1). Esteve
sobre ele a mão do
Senhor.
26. Visões de Deus aqui incluem visões dadas por Deus e
visões nas quais Deus foi visto.
4 Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma
grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor
ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de
ámbar, que saía do meio do fogo.
5 E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta
era a sua aparência: tinham a semelhança de homem.
6 E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles
quatro asas.
7 E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus pés como a
planta do pé de uma bezerra, e luziam como a cor de cobre polido.
8 E tinham mäos de homem debaixo das suas asas, aos quatro
lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas.
9 Uniam-se as suas asas uma à outra; näo se viravam quando
andavam, e cada qual andava continuamente em frente.
27. 10 E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e
do lado direito todos os quatro tinham rosto de leäo, e do lado
esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham
rosto de águia todos os quatro.
11 Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas por
cima; cada qual tinha duas asas juntas uma a outra, e duas cobriam
os corpos deles.
12 E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia
de ir, iam; näo se viravam quando andavam.
13 E, quanto à semelhança dos seres viventes, o seu aspecto era
como ardentes brasas de fogo, com uma aparência de lámpadas; o
fogo subia e descia por entre os seres viventes, e o fogo
resplandecia, e do fogo saíam relámpagos;
14 E os seres viventes corriam, e voltavam, à semelhança de um
claräo de relámpago.
28. a) As Criaturas Viventes e o Carro. 1:4-14.
4. Quanto a aparição divina no vento tempestuoso (AV, redemoinho)
e nuvem, veja também Ex. 9:24; 19:16; Jz. 5:4; I Reis 19:11; Sl. 29; Zc. 9:14. Do norte. Aqui
Ezequiel não está tomando emprestado o conceito mitológico de
que o norte era o trono dos deuses, mas talvez esteja sugerindo a
transcendência divina. (lembrar de Elias) Metal brilhante (Uma coisa
de cor âmbar, E.R.C.). No hebraico, como o olho do hashamal.
Usado apenas em 1: 4, 27; 8:2.
5. Semelhança (demût) e aparência (mar'eh) aparece dez e quatorze
vezes respectivamente na narrativa. O profeta sente a
impropriedade da língua humana para descrever o inefável, mas
também tem o cuidado de evitar os antropomorfismos. Quatro
seres viventes (hayyôt) são mais tarde identificados como querubins
7. As suas pernas (e não pés; cons. Gn. 49:10; Is. 6:2; 7:20) eram direitas, sem
joelhos; e a planta de seus pés era redonda como a de um
bezerro, para que não se flexionasse ou virasse.
29. 8. Cada querubim tinha provavelmente duas mãos, pois aos quatro lados pode
significar também "ao lado dos quatro".
9. Os querubins, com um par de asas estendidas que se tocavam
umas às outras, formavam os lados da carruagem, que podia se
movimentar em todas as quatro direções, mas não se viraram (cons. v. 12). Um
segundo par de asas que cobriam os corpos
10. Cada querubim tinha quatro rostos, como o de homem, na
frente; à direita . . . rosto de leão; à esquerda, rosto de boi e rosto
de águia, atrás (cons. 10:14; Ap. 4:7).
QUATRO EVANGELHOS
HOMEM = LUCAS
- LEÃO = MATEUS
BOI = MARCOS
- ÁGUIA = JOÃO
No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de
olhos, tanto na frente como atrás. 7 O primeiro ser parecia um leão, o
segundo parecia um boi, o terceiro tinha rosto como de homem, o quarto
parecia uma águia em vôo. 8 Cada um deles tinha seis asas e era cheio de
olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem
cessar: Ap. 4.6
―Santo, santo, santo
é o Senhor, o Deus todo-poderoso,
que era, que é e que há de vir‖.
30. 15 E vi os seres viventes; e eis que havia uma roda sobre a terra
junto aos seres viventes, uma para cada um dos quatro rostos.
16 O aspecto das rodas, e a obra delas, era como a cor de berilo; e
as quatro tinham uma mesma semelhança; e o seu aspecto, e a sua
obra, era como se estivera uma roda no meio de outra roda.
17 Andando elas, andavam pelos seus quatro lados; näo se
viravam quando andavam.
18 E os seus aros eram täo altos, que faziam medo; e estas quatro
tinham as suas cambotas cheias de olhos ao redor.
19 E, andando os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles;
e, elevando-se os seres viventes da terra, elevavam-se também as
rodas.
20 Para onde o espírito queria ir, eles iam; para onde o espírito
tinha de ir; e as rodas se elevavam defronte deles, porque o
espírito do ser vivente estava nas rodas.
21 Andando eles, andavam elas e, parando eles, paravam elas
e, elevando-se eles da terra, elevavam-se também as rodas
defronte deles; porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.
31. b) As Quatro Rodas. 1:15-21.
15. O profeta viu a seguir ao lado dos seres viventes, rodas.
16. Pareciam brilhantes (lit. olho) como o berilo (turquesa). No
hebraico, tarshîsh. A pedra que recebeu o nome de Társis, ou
Tartessus, ao sul da Espanha, é provavelmente o antigo
crisólito (pedra de ouro) correspondendo ao nosso topázio
dourado, não à água marinha verde claro ou o berilo. Uma
roda dentro da outra. A explicação comum é que cada roda
parecia como duas rodas que se atravessavam fazendo
ângulos retos e formando uma roda composta, que podia se
movimentar em diferentes direções sem se virar (v. 17).
18. O texto hebraico está em desordem. A LXX sugere: e
tinham rebordos (ou, aros; AV, anéis). E olhei para elas (em
vez do heb. e metiam medo). E os seus rebordos eram
cheios de olhos, símbolos da vida e inteligência.
32. 22 E sobre as cabeças dos seres viventes havia uma semelhança de
firmamento, com a aparência de cristal terrível, estendido por cima, sobre
as suas cabeças.
23 E debaixo do firmamento estavam as suas asas direitas uma em direçäo
à outra; cada um tinha duas, que lhe cobriam o corpo de um lado; e cada
um tinha outras duas asas, que os cobriam do outro lado.
24 E, andando eles, ouvi o ruído das suas asas, como o ruído de muitas
águas, como a voz do Onipotente, um tumulto como o estrépito de um
exército; parando eles, abaixavam as suas asas.
25 E ouviu-se uma voz vinda do firmamento, que estava por cima das suas
cabeças; parando eles, abaixavam as suas asas.
26 E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia
algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre esta
espécie de trono havia uma figura semelhante à de um homem, na parte de
cima, sobre ele.
27 E vi-a como a cor de ámbar, como a aparência do fogo pelo interior
dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o
aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e
um resplendor ao redor dele.
28 Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim
era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da
glória do SENHOR; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de
quem falava.
33. 19-21. Havia uma unidade entre os seres viventes e as
rodas orientadas pelo Espírito de Deus . Compare com as
referências às rodas do trono do "Ancião de dias" em Dan. 7:9, às
bases do Templo de Salomão, I Reis 7:27-30, e às da carruagem em
I Cr. 28:18. Mais tarde, os "ofanins", as rodas personificadas, foram
colocadas perto dos querubins e serafins na presença de Deus.
c) A Plataforma, o Trono e a Aparência Divina em Cima Delas. 1:22-28.
22. Algo semelhante ao firmamento. O hebraico raqi'a
aparece dezessete vezes nas Escrituras,
em Gn. 1; Ez. 1; 10:1; Sl. 19:1; 150:1;
Aqui a figura é de uma "plataforma" estendida por sobre (RSV)
as cabeças dos seres viventes como cristal (lit., como o olho ou a
cintilação do gelo; também a LXX, Sir. , Vulg. Cons. Ap. 4:6. Omitase "que metia medo", de acordo com a LXX).
Dn. 12:3.
34. 24. Quando em movimento, o som de suas asas era
como o rugido de muitas águas (Si. 42:7; Is,17:12), como a voz
do Onipotente (Sl. 29, "a voz de Deus", sete vezes), o
estrondo tumultuoso, como o tropel de um exército (Is.
17:12; Joel 2:5 ). Onipotente. Hebraico Shadday é um termo prémosaico para Deus, usado principalmente para
poesia, ou em prosa com El (Deus) antes (Gn. 17:1). O
nome é de origem incerta, mas pode significar
"onisciente, que tudo sabe", e não "onipotente", ou "das
montanhas" (cons. N. Walker, "Uma Nova Interpretação
do Nome Divino Shaddai" ZAW, 72, 1960, págs. 64-66).
35. 25. Este versículo foi omitido por nove manuscritos hebraicos, pela
LXX e pelo manuscrito siríaco.
26. Sobre a plataforma havia um trono como uma safira (cons. Êx. 24:10).
Talvez fosse o antigo lapis lazuli semelhante ao mármore.
27. A parte superior da figura semelhante a um homem assentado
sobre o trono parecia metal brilhante (bronze reluzente, RSV;
lit, como o olho do hashmal; cons. v. 4) rodeada de fogo (lit. como
se o fogo .a envolvesse de todos os lados); enquanto a parte
inferior, também, era coberta por um resplendor ardente.
28. O resplendor à volta do trono do Senhor era como o
arco que aparece na nuvem em dia de chuva. Isto sugere
a quietude após a. tempestade. Para os hebreus e para
nós o arco-íris faz lembrar a aliança feita com Noé
(cons. Gn. 9:12 e segs.; Ap. 4:3; 10:1).
36. Na presença de Deus, Ezequiel reconheceu a sua
indignidade (cons. Gn. 32:30; Êx. 20; 19, 20; 24:11; Is. 6:5; Jr. 1: 6).
Da sua visão, Ezequiel ficou sabendo que Deus não se
limitava à Palestina, mas estava presente na Babilônia
entre os exilados, descendo à terra sobre querubins e
tempestade (Sl. 18:10; 104:3). O carro podia
movimentar-se rapidamente em todas as
direções, simbolizado pelo número quatro. As figuras
olhando para as quatro direções (vs. 9, 10, 17) dão a
idéia que todas as partes do universo estão abertas aos
olhos divinos. As asas ligavam a visão ao céu e as rodas
à terra. Assim nenhum lugarzinho fica inacessível à
presença e energia divinas. A onipresença de Deus fica
desse modo transmitida de maneira poderosa.
37. A figura assentada sobre o trono fala da onipotência e
governo soberano de Deus (v. 26). A soberania de Deus
está manifesta sobre a criação inanimada
vento, nuvens, fogo, trovão (vs. 4, 24) e criação animada
– os quatro seres viventes (vs. 5, 10).
A forma humana generalizada e as diversas faces das
criaturas viventes expressam a dignidade conferida por
Deus às diversas porções de Sua criação, um reflexo de
Sua majestade: homem, inteligência; águia, rapidez;
boi, força; leão, majestade. Os rabis explicam o
simbolismo assim: "
38. O homem foi exaltado entre todas as criaturas; a águia,
entre as aves; o boi, entre os animais domésticos; o
leão, entre ai feras; e todos eles receberam o domínio e
a grandeza, mas ainda assim estão sob o carro do
Santo". (Misdrash Rabbah Shemoth, § 23, coment. sobre
o Êx. 15:1). o ruído das asas dos querubins (v. 24) é o
testemunho de toda a criação para com Deus (Sl. 19:1),
enquanto os corpos velados (vs. 8, 11) representam a
incapacidade de todas as criaturas de permanecerem na
presença de Deus santo (cons. Is. 6:2).
39. Os Pais da Igreja empregavam os quatro rostos como
emblema dos Evangelistas. Irineu, Jerônimo, Atanásio e
Agostinho variavam no seu uso, o de Jerônimo, de maior
aceitação, tem a seguinte ordem: o homem, Lucas; o
leão, Mateus; o boi, Marcos; a águia, João.
Embora as divindades
babilônicas, Marduque, Nebo, Nergal e Ninib fossem
indicadas pelo boi, homem, leão e águia
respectivamente (Jeremias), Ezequiel deve ter extraído o
seu simbolismo mais provavelmente das figuras do
templo de Salomão (I Reis 6:23-35; 7:27-37 ) e do
propiciatório em cima da arca do Tabernáculo (Êx.
25:10-22).