O documento discute as estratégias de partidos de esquerda no contexto da ofensiva neoliberal. A autora argumenta que partidos "amplos" e "anticapitalistas" não são suficientes para superar experiências falidas como o PT, uma vez que não delimitam claramente suas classes ou objetivos revolucionários. Ela defende que um partido marxista deve ter táticas transitórias que aproximem os trabalhadores da independência de classe e da revolução social.
Semelhante a Uma polêmica sobre as frentes "antineoliberais" e os "partidos amplos anticapitalistas" - Que partido para qual estratégia? - (Excerto) (20)
Um ano de posse: Obama frente al desgaste de su gobierno
Uma polêmica sobre as frentes "antineoliberais" e os "partidos amplos anticapitalistas" - Que partido para qual estratégia? - (Excerto)
1. PT - 30 anos Uma polêmica sobre as frentes
DOSSIÊ
“antineoliberais” e os “partidos
amplos anticapitalistas”
Que partido para qual estratégia?
(Excerto)
Claudia Cinatti conquistas materiais, na sua organização e capacidade de
luta e, finalmente, o colapso dos regimes stalinistas entre
Introdução 1989-1991 e a restauração capitalista sem resistência
Publicamos aqui um brevíssimo excerto de texto operária. São estes os ingredientes para que, desde as
bem mais amplo que trata do tema de partidos fileiras do marxismo militante até o marxismo acadêmico
originários da esquerda, com certa base operária imbuído pelas ideologias da moda, fosse proclamado, de
e que se tornaram agentes da ofensiva neoliberal. fato, o fim da era aberta pela Revolução Russa de outubro
Foi o caso do PT. Esse transformismo de partidos de 97.
operários reformistas em agentes diretos do capital, Em um artigo no qual tentava rebater os argumentos
por sua vez, abriu caminho para experiências daqueles que, pretendendo atacar o stalinismo, atacavam
como a do “partido anticapitalista” na França o bolchevismo e o marxismo, Trotski argumentou que as
ou o PSOL no Brasil – dentre outros – os quais épocas reacionárias “não só desintegram e debilitam a
mesmo pretendendo superar aquelas experiências classe operária e sua vanguarda, como também rebaixam
(como o PT no Brasil ou o PS francês), estabelecem o nível ideológico geral do movimento e retrocedem o
marcos políticos e programáticos que não permitem pensamento político a etapas já amplamente superadas”.
superar aquela experiência anterior, nefasta para a E definia como a tarefa mais importante da vanguarda
classe operária. Porque e em que marcos políticos “não deixar-se ser arrastrado pelo fluxo regressivo, mas
e históricos esse processo se dá e porque é de suma sim nadar contra a corrente” e “agarrar-se a suas posições
importância entender que a tática de construção ideológicas”. Ainda que, seguramente, os ingênuos
do partido revolucionário, de massas e operário, possibilistas confundiriam esta política com “sectarismo”,
precisa ser articulada ativa e organicamente com apelando à experiência histórica do bolchevismo em
seus objetivos estratégicos: eis o tema do excerto a momentos de reação, Trotski concluía que era “a única
seguir. A autora nos brinda com argumentos de uma maneira de preparar um novo e enorme avanço quando se
dialética que tem toda atualidade e importância para produzisse o seguinte ascenso da maré histórica”.
que o balanço da experiência falida e desastrada Se observarmos as conseqüências da ofensiva
do PT não dê lugar à sua reedição piorada, isto neoliberal, veremos que, efetivamente, o “pensamento
é, a outro partido que não sirva aos objetivos político”, inclusive daqueles que se reivindicam
históricos, programáticos e revolucionários da marxistas, retrocedeu a etapas já superadas: desde o
classe trabalhadora do campo e da cidade. retorno de um tipo de neoberstenianismo, até as utopias
Gilson Dantas libertárias e autonomistas, elas pretendem apresentar-se
como grandes novidades.
Uma parte importante das organizações da esquerda
Uma série de fatores históricos convergiram para
a conformação de um cenário complexo: a ofensiva Por exemplo, em um artigo, A. Artous afirma que “o atual
neoliberal; o retrocesso da classe operária nas suas período está caracterizado pelo fim do ciclo histórico que começou
com outubro de 97 (…) O período que começou com outubro de
97 corresponde em termos gerais com a história de Hobsbawm do
curto século XX”. A conseqüência óbvia disso é a reformulação do
Claudia Cinatti é graduada pela Universidade de Buenos
projeto estratégico que deu lugar nos últimos anos a um debate dentro
Aires, integra a revista Lucha de Clases e o Conselho Editorial
da Liga Comunista Revolucionária francesa.
da Revista Estratégia Internacional, Buenos Aires, e o Conselho
Assessor do Instituto do Pensamento Socialista Karl Marx. O artigo Leon Trotski, Bolchevismo y stalinismo - sobre las raízes
do qual publicou este excerto saiu na Revista Estratégia Internacional teoricas de la IV Internacional, 9 de agosto de 97, Escritos León
n. 24, deciembre 2007 ⁄ enero 2008, Buenos Aires, p. 77-108. Trotski 1929-1940, Buenos Aires, CEIP, edição digitalizada.
2. Contra a Corrente
de origem trotskista não souberam “agarrar-se” às Sobre partidos e estratégias
posições ideológicas e estratégicas, como mostra, por Em um velho artigo de 969, no marco de uma
exemplo, a renúncia da Liga Comunista Revolucionária polêmica com Jean Paul Sartre, a intelectual comunista
a lutar pela ditadura do proletariado. italiana Rossana Rossanda recorria a uma simples
Depois de um retrocesso sustentado de ao menos verdade histórica, afirmava que a “teoria da organização
0 anos de ataques neoliberais a realidade mudou. Para encontra-se estreitamente vinculada com uma hipótese
pegar uma data emblemática, esta mudança começou acerca da revolução e não pode ser separada dela”.
lenta, mas sustentadamente em 995 com a greve dos Esta relação entre a construção de uma organização,
trabalhadores dos serviços na França, que atuou como suas táticas e seus objetivos estratégicos – com sua
um ponto de inflexão e como o começo de uma renovada “hipótese estratégica para a revolução” – marcou a história
resistência operária à ofensiva patronal. do Partido Bolchevique, cujas tarefas e sua política em
Logo em seguida, veio o surgimento do movimento “tempos de paz” ou inclusive sob a reação, estavam em
antiglobalização com as mobilizações em Seattle, de função da revolução operária a qual se preparava para
999 e, posteriormente, o movimento contra a guerra dirigir5.
imperialista no Iraque. Como explicava Lenin, o bolchevismo só pôde
Na América Latina se aprofundou a tendência à ter um papel dirigente em outubro de 97 e durante a
ação direta e aos levantamentos populares (Argentina guerra civil por duas razões fundamentais: 1) por seus
em 00, Bolívia em 00, Equador, etc.) que acabaram sólidos fundamentos teóricos; ) por sua história prática
derrubando alguns dos governos neoliberais, dando lugar que, dadas as condições russas, em somente quinze anos,
a uma alteração governamental e ao ressurgimento de entre 90 e 97, havia passado por uma amplíssima
tendências populistas. gama de experiências que incluia o trabalho “legal e
O crescimento econômico dos últimos quatro anos ilegal, pacífico e tormentoso, clandestino e aberto, de
fortaleceu as fileiras operárias desde o ponto de vista social, propaganda nos círculos e de propaganda entre as massas,
com a incorporação de milhões de novos trabalhadores parlamentar e terrorista”. Esta particularidade fez com
jovens à força de trabalho e também do ponto de vista que num breve período não só concentrasse uma grande
da luta reivindicativa, dando lugar, em muitos casos, ao variedade de métodos de luta de classes, mas também que
surgimento de processos de reorganização ou à prática de a classe operária, “como conseqüência do atraso do país
métodos de luta radicalizados. e do peso do domínio do czarismo, amadurecesse com
No entanto, essa recuperação também favoreceu particular rapidez e assimilasse com particular avidez e
ao desenvolvimento de tendências reformistas, tornando eficácia a ‘última palavra’ correspondente da experiência
muito mais contraditória e complexa a perspectiva da política americana e européia”6.
constituição da classe operária, enquanto sujeito político Nesse mesmo sentido, ainda que em condições
hegemônico de um projeto emancipador e sua expressão históricas muito distintas das que levaram ao
mais consciente na organização de partidos operários desenvolvimento do bolchevismo na Rússia, as
marxistas com forte inserção no proletariado. “manobras táticas” que Trotski recomendava aos grupos
Isso se torna evidente pela inexistência de tendências que constituiam a Oposição de Esquerda primeiro, e
à independência de classe de setores significativos do logo a IV Internacional, como o entrismo, ou a tática
movimento operário. de partido de trabalhadores, mantinham uma relação
O outro grande fenômeno político atuante, além da dialética com os objetivos de construção de partidos
volta à cena de lutas operárias, é a crise dos chamados operários marxistas em momentos nos quais os tempos
“partidos operário-burgueses” – principalmente o SPD haviam se acelerado, a luta de classes havia cada vez
alemão, o PS francês, o Labour Party britânico, os Partidos mais se agudizado, mas a relação entre o proletariado
Comunistas da Itália e da França e o PT do Brasil–, quer e o marxismo revolucionário tinha como obstáculo a
dizer, os partidos operários reformistas majoritariamente existência de partidos socialdemocratas reformistas ou
fundados no fim do século XIX e princípios do século comunistas stalinizados.
XX (a exceção do PT brasileiro que foi um fenômeno Evidentemente, hoje continua sendo uma necessidade
tardio), que foram a direção histórica do movimento para os revolucionários ter políticas transicionais e
operário, compartilhada com o nacionalismo burguês em
diversos países da periferia capitalista. 4 R. Rossanda, “De Marx a Marx: clase y partido”, Teoría
A crise desses partidos corresponde ao fato de Marxista del Partido Político Nº 3, México, Pasado y Presente, 1987,
terem se tornado os agentes da ofensiva neoliberal, pág. .
transformando-se em partidos sociais liberais, o 5 Para uma visão mais profunda sobre esse tema ver “Lenin e
que os distanciou totalmente de sua base eleitoral a história do Partido Bolchevique”, em La Verdad Obrera, maio-junho
de 006.
tradicionalmente operária.
(...) 6 V. I. Lenin, O esquerdismo, doença infantil do comunismo,
Buenos Aires, Anteo, 1985.
3. Que partido para qual estratégia? (Excerto)
táticas no terreno da construção partidária que permitam quando o trabalho molecular do desenvolvimento
traçar uma ponte até os setores mais avançados da econômico, reforçando mais ainda as contradições,
vanguarda proletária. Do contrário, se aumenta o risco de ao invés de romper o equilíbrio político, parece mais
degeneração sectária em um período histórico no qual a endurecer-lhe provisoriamente e assegurar-lhe uma
revolução operária esteve fora de cena durante as últimas espécie de perenidade, o oportunismo, devorado pela
três décadas e que o colapso dos regimes stalinistas e a impaciência, busca em torno de si ‘novas vias’, ‘novos’
restauração capitalista facilitaram a propaganda burguesa meios de realização. Se esgota em lamentações sobre a
de que não há alternativa para o capitalismo. insuficiência e a incerteza de suas próprias forças e busca
Uma grande parte das correntes da chamada “extrema ‘aliados’ (…) Quando os aliados da oposição não podem
esquerda” vem manifestando um ceticismo histórico de lhe servir, corre ao governo, suplica, ameaça… Por
que se possa reconstruir o marxismo revolucionário no último, encontra um lugar no governo (ministerialismo),
seio da classe operária e, em última instância, de que as mas somente para demonstrar que, se a teoria não pode
massas se levantem violentamente contra o poder burguês adiantar o processo histórico, o método administrativo
e voltem a colocar na ordem do dia a revolução social. tampouco consegue melhores resultados”7.
Os projetos de “partidos amplos” e “frentes Historicamente a ruptura entre os interesses imediatos
antineoliberais” são o oposto de uma tática política que, e os objetivos históricos, entre a tática e a estratégia, entre
como dizia Trotski com relação à consigna de partido de o “programa mínimo” e o “programa máximo”, deu lugar
trabalhadores, ao ajudar os operários a avançarem em sua ao oportunismo político e ao revisionismo teórico nas
independência com relação à burguesia e na necessidade correntes do movimento operário.
de intervir na luta política, abria o caminho para o Salvo as diferenças, tanto na LCR, como no PSOL
fortalecimento de um partido marxista revolucionário na ou na DS do Brasil, ou no SWP é possível reconhecer
classe operária. alguns dos resquícios desse velho oportunismo.
Nenhuma frente ou partido – “antineoliberal” O que significa acreditar que o “socialismo do
ou “anticapitalista” – sem delimitação clara de classe, século XXI” será um “socialismo empresário” com
sem um programa que transitoriamente tenha a Chávez e a burguesia venezuelana, quer dizer, uma
revolução como objetivo, sem uma política para intervir absoluta contradição nos termos? Como explicar o
audazmente na luta de classes atual, tomando os conflitos “municipalismo” ou o “ministerialismo” da LCR e do
verdadeiramente como uma “escola de guerra” para lutar Secretariado Unificado se não é por ter renunciado a uma
pela expulsão das burocracias sindicais, o exercício da estratégia revolucionária e ter se adaptado à “normalidade”
democracia operária e, em última instância, impulsionar da democracia burguesa? Como interpretar, se não como
as tendências progressistas que apontam para a superação oportunismo, os acordos de governabilidade do Bloco
do corporativismo e a transformação da classe operária de Esquerda com a social-democracia em Portugal? Em
em classe hegemônica, permitirá que a classe operária síntese, que nome dar à estratégia de construir durante
avance em um sentido revolucionário mas, pelo contrário, toda uma etapa histórica, movimentos ou partidos comuns
“trabalhará” para a estratégia de classes ou setores de entre revolucionários e reformistas?
classe inimigos da revolução. A história do século XX demonstrou pela positiva
Um dos argumentos com os quais pretende-se no caso da Revolução Russa de 97, mas essencialmente
justificar esses projetos, além da marginalidade ou da pela negativa, que não é possível construir um partido
escassa incidência das correntes da esquerda trotskista e operário marxista no curso mesmo dos acontecimentos
a necessidade de superar o “sectarismo”, é a “renovação” revolucionários, mas sim que para cumprir um papel
do marxismo em função das transformações das últimas decisivo, este deve ter desenvolvido, no período anterior,
décadas. No entanto, essa aparente “renovação” parece uma inserção qualitativa na classe operária e uma
ser mais a adoção dos novos “dogmas” antimarxistas de experiência prática na luta de classes que tenha posto
nossa época, que recordam no seu início a revisão teórica a prova sua teoria, sua estratégia e sua capacidade para
iniciada por Bernstein. A adaptação ao que está dado é influir nos setores avançados do proletariado.
tão velha como a política e, uma vez mais, nesse terreno a Aqueles que seguimos reivindicando a necessidade
novidade resulta em ser a repetição degradada de antigos de uma revolução social que ponha fim ao capitalismo , a
erros. ditadura do proletariado, o desenvolvimento de organismos
Em um texto de 909 dirigido essencialmente contra de auto-determinação de massas como expressão mais
os mencheviques, Trotski mencionava algumas das elevada do agudizamento da luta pelo poder político, a
características do oportunismo, que vale a pena recordar “insurreição como arte”, o pluripartidarismo soviético
por sua impressionante atualidade. Dizia que: “Nos e o caráter internacional da revolução, devemos intervir
períodos em que as forças sociais aliadas e adversárias,
tanto por seu antagonismo como por suas reações
mútuas, levam a uma vida política sem movimento; 7 Leon Trotski, “Nuestras diferencias” (junho de 909),
1905, Buenos Aires, CEIP, 2006. pág. 345-6.
4. Contra a Corrente
nos debates estratégicos em curso para recriar o ponto de
vista do marxismo revolucionário. Como diz o Programa Trotski: a defesa da posição de princípio
de Transição, “A IV Internacional não busca nem inventa correta quando o “pensamento
único” prevalece
nenhuma panacéia. Mantem-se inteiramente no terreno
do marxismo, única doutrina revolucionária que permite
“Épocas reacionárias como a atual não apenas
compreender a realidade, descobrir as causas das derrotas desagregam e enfraquecem a classe operária,
e preparar conscientemente a vitória”. Como mostramos, isolando-a de sua vanguarda, como também
nada disso é o que apontam os projetos oportunistas de rebaixam o nível ideológico geral do movimento,
“partidos amplos” sem delimitação estratégica nem de fazendo retroagir o pensamento político a etapas
classe. Mas a oposição a estas políticas não deve levar já superadas desde há muito tempo. Nestas
tampouco à autoproclamação estéril de pequenos grupos. condições, a tarefa da vanguarda consiste, antes
Para avançar em direção à construção de verdadeiros de tudo, em não deixar-se arrastar pelo refluxo
partidos marxistas revolucionários, é preciso sustentar geral: é necessário avançar contra a corrente. Se
as desfavoráveis relações de forças não permitem
distintas políticas transitórias que permitam dar passos
conservar antigas posições políticas, pelo menos
na independência política da classe operária.
se deve conservar as posições ideológicas, pois
nelas se concentram a custosa experiência do
passado. Aos olhos dos tolos, tal política aparece
como “sectária”. Em realidade é a única maneira
Trotski: sem revolução política a de preparar um novo e gigantesco salto para a
URSS será vítima da restauração capitalista frente, impulsionada pela onda ascendente do
próximo ascenso histórico”.
“Recordemos o prognóstico que os bolcheviques (Bolchevismo e stalinismo de Trotski,
fizeram não somente às vésperas da Revolução 9 agosto 97)
de Outubro, como também anos antes. O
agrupamento fundamental das forças em escala
nacional e internacional abre pela primeira vez
para ao proletariado de um país tão atrasado como
a Rússia a possibilidade de chegar à conquista do
poder. Mas esse mesmo agrupamento de forças
permite assegurar de antemão que sem a vitória
mais ou menos rápida do proletariado dos países
adiantados o Estado operário não podia manter-
se na Rússia. O regime soviético, abandonado às
suas próprias forças, cairá ou degenerará. Mais
exatamente: primeiro degenerará e logo cairá
rapidamente. Eu tive oportunidade de escrever
sobre isso, mais de uma vez, desde 905. Em
minha História da Revolução Russa (apêndice
ao último tomo, “Socialismo em um só país”)
há uma resenha do que disseram a esse respeito
os chefes do bolchevismo desde 97 até 9.
Tudo se reduz a uma só coisa: sem revolução
no Ocidente o bolchevismo será liquidado pela
contra-revolução; pela intervenção estrangeira ou
por sua combinação. Lênin, em particular, indicou
mais de uma vez que a burocratização do regime
soviético não é uma questão técnica ou
de organização, mas que é o começo de
uma possível degeneração
social do Estado operário”.
(Bolchevismo e stalinismo de Trotski,
9 agosto 97)