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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 18 - Número 1 - 1º Semestre 2018
SUGANDO SANGUE NOVO: PREFERÊNCIAS DE UM AFÍDEO NUMA PLANTA
EXÓTICA NA RPPN SERRA DAS ALMAS, CRATEÚS, CE, BRASIL
Clóvis Firmino Siqueira¹; Francimário da Silva Feitosa¹,
²; Suellen Trindade de Sousa¹
RESUMO
O presente estudo objetivou avaliar a seleção de locais para forrageamento em Calotropis procera
por Aphis sp. em folhas jovens e adultas dessa planta exótica e nas faces abaxial e adaxial das
folhas. Foram amostradas 10 plantas e em cada uma coletadas três folhas jovens e três adultas,
ambas parasitadas pelo afídeo. Não houve preferência entre folhas jovens e adultas, no entanto
houve preferência pela face abaxial em virtude da facilidade de acesso à seiva, proteção contra
radiação e potenciais predadores.
Palavras-chave: parasitismo; pulgões; algodão-de-praia.
SUGGESTING NEW BLOOD: PREFERENCES OF AN AFFECTION IN AN EXOTIC
PLANT IN RPPN SERRA DAS ALMAS, CRATEÚS, CE, BRAZIL
ABSTRACT
This study aimed to evaluate the selection of areas for foraging in Calotropis procera by Aphis sp.
in the young and adult leaves of this exotic plant and the surface abaxial and adaxial leaves. We
sampled 10 plants and each collected three young leaves and three adults, both parasitized by the
aphid. There was no preference between young and old leaves, however there was preference for
abaxial surface due to the ease of access to the sap, radiation protection and potential predators.
Keywords: parasitism; aphids; Cotton-of-beach.
INTRODUÇÃO
O forrageamento é um conjunto de
estratégias realizadas por um indivíduo para
encontrar, capturar e combater as estratégias
de defesa das presas (POUGH, 2008). A
teoria do forrageamento afirma que os custos
energéticos envolvidos na procura, captura e
manipulação dos recursos alimentares não
devem ser superiores aos benefícios contidos
nos itens alimentares (CHAVES; ALVES,
2010). Diante disso, espera-se que os
indivíduos detentores de padrões
comportamentais que direcionam à uma maior
taxa líquida de consumo sejam favorecidos.
Insetos fitófagos têm como recurso
alimentar a seiva das plantas. Eles possuem
um conjunto de adaptações que permitem
sugar a seiva e uma delas é a presença de
aparelho bucal com um estilete que é
introduzido na epiderme foliar em direção aos
elementos vasculares (SCHOONHOVEN et
al., 2005). De acordo com a teoria do
forrageamento ótimo, estes insetos devem
buscar locais da planta onde haja maior
facilidade de obter a seiva.
Este trabalho buscou entender como os
insetos fitófagos selecionam folhas de plantas
hospedeiras. Para entender esta questão, foi
utilizado um inseto fitófago como modelo,
01
mais precisamente uma espécie de afídeo
parasita de folhas de plantas (Figura 1)
conhecidas popularmente como algodão-de-
praia (Calotropis procera). A premissa é de
que folhas jovens devem apresentar maior
densidade de afídeos por possuírem menor
grau de lignificação e consequentemente
maior acesso à seiva. Este trabalho também
procurou entender como os afídeos estão
distribuídos nas folhas. Apesar de ocuparem
ambas as faces da lamina foliar, deve haver
uma maior densidade destes insetos nas
porções abaxial das folhas, em virtude do
melhor acesso á seiva.
Figura 1. Aphis sp. forrageando em C. procera, planta
exótica na RPPN Serra das Almas.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram amostrados um total de 10
indivíduos de Calotropis procera, parasitados
por Aphis sp. no açude localizado no interior
da Reserva Nacional Serra das Almas,
próximo ao Centro Ecológico Samuel
Jhonson. Em cada planta, foram coletadas três
folhas do ápice e três da base foliar, sendo
classificadas como folhas jovens e folhas
adultas, respectivamente, para avaliação da
preferência dos afídeos por um dos dois tipos
de folhas.
As folhas foram acondicionadas em
sacos plásticos transparentes, devidamente
fechados, e transportadas para o laboratório
onde os afídeos foram contados
separadamente nas faces abaxial e adaxial das
folhas, para avaliação da preferência dos
afídeos por um desses dois sítios de
forrageamento.
Em seguida as medidas de
comprimento e largura da folha (cm) foram
determinadas para o cálculo da área foliar (AF
= K x C x L), onde K = constante para o tipo
da folha de C. procera. Após isso, as folhas
foram acondicionadas em papel de jornal,
prensadas e secas em estuda por 12 horas,
para o cálculo da área foliar específica (AFE
= AF/PS), onde PS = ao peso seco da folha.
Com a área foliar específica foi
efetuada uma análise, utilizando o programa
computacional “Past”, entre folhas jovens e
adultas para verificar diferença entre os tipos
no que diz respeito à dificuldade mecânica
que o afídeo teria ao tentar forrageá-las. O
programa “Past” também foi utilizado para
cálculo do teste T entre a abundância de
afídeos nas faces abaxiais e adaxiais nas 60
folhas coletadas em campo (utilizando as
folhas e uma média por tipo de folha).
RESULTADOS
Não houve diferença significativa
entre a abundância de afídeos nas folhas
jovens e adultas (P = 0,8306) (Figura 2). A
área foliar específica também não apresentou
diferença (P = 0,3438), mesmo com uma das
plantas mostrando uma variação que pode ser
considerada alta (Figura 3).
Foram contados um total de 1.531
indivíduos de Aphis sp., onde 1.216 foram
contabilizados para a face abaxial e 315 para a
adaxial. O teste T utilizando todas as folhas
coletadas deu altamente significativo (P =
0,005571) (Figura 4).
Figura 2. Preferência dos afídeos entre folhas jovens e
adulta de C. procera.
Figura 3. Relação entre área foliar de folhas jovens e
adultas de C. procera.
DISCUSSÃO
A ausência de diferença significativa
na abundância de Aphis sp. entre as folhas
jovens e adultas de C. procera, pode ser
explicada pela diferença não observada entre
as áreas específicas de folhas jovens e adultas.
Como a área foliar específica das folhas
jovens foi praticamente igual a das adultas
(com exceção da planta 3, Figura 2) os
afídeos não apresentaram preferência entre
um ou outro tipo de folha.
Segundo Buzzi (2010) os afídeos
possuem o comportamento de agregação para
forrageamento, que ocorre principalmente em
ramos novos, ponteiros dos ramos ou sobre
folhas. Em campo, foi observado que além do
forrageamento, a reprodução também ocorre
nas folhas, já que ovos de Aphis sp. foram
visualizados nesses locais.
Figura 4. Preferência de Aphis sp. nas faces abaxial e
adaxial de C. procera.
A preferência observada nos afídeos
pela face abaxial das folhas de C. procera está
relacionada sobretudo com o forrageamento,
por ser menos custoso em termos energéticos.
Na face adaxial, os vasos de seiva das plantas
estão distantes e portanto, a obtenção do
recurso alimentar seria energeticamente mais
custoso. Além disso, esses insetos estão
suscetíveis à perda de água por dessecação
nessa face (já que Aphis sp. apresenta
tamanho máximo de aproximadamente 3 mm)
e poderiam estar mais expostos à potenciais
predadores.
Os principais predadores dos afídeos
incluem as joaninhas (SORENSEN, 2009)
que também foram observadas em campo.
Possivelmente, os afídeos estão ocupando um
nicho vazio ofertado pela presença da planta
exótica.
CONCLUSÃO
Concluímos que Aphis sp. não
apresenta preferência entre folhas jovens e
adultas de C. procera e, por isso, nossa
hipótese inicial não foi confirmada. Nossa
segunda hipótese, de que os insetos fitófagos
preferem a parte abaxial das folhas para
obtensão de seus recursos foi confirmada.
Aphis sp. seguiu um padrão observado para a
maioria dos insetos fitófagos que preferem a
face abaxial de folhas e locais em que os
maiores vasos podem ser acessados, como a
base foliar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUZZI, Z.J. Entomologia didática. 5ª Edição,
Curitiba: Ed. UFPR, 2010.
CHAVES, F.G.; ALVES, M.A. Teoria do
forrageamento ótimo: premissas e crítica em
estudos com aves. Oecologia Australis, Rio
de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 369-380, 2010.
POUGH, F.H.; JANIS, C.M.; HEISER, J.B..
A vida dos vertebrados. 4ª edição, São Paulo,
Atheneu, 2008.
SCHOONHOVEN, L.M.; VAN LOON, J.A.;
DICKE, M. Insect-plant biology. 2nd.
London, Ed. Oxford University Press, 2005.
SORENSEN, J.T. Aphids. In: RESH, V.H.;
CARDÉ, R.T. Incyclopedia of insects. 2nd
Edition, USA/UK, 2009.
_____________________________________
¹Programa de Pós-graduação em Ecologia e
Recursos Naturais, UFC, Fortaleza-CE.
²Universidade Federal do Vale do São
Francisco, UNIVASF, São Raimundo
Nonato-PI.
francimario.feitosa@gmail.com
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Artigo bioterra v18_n1_01

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 18 - Número 1 - 1º Semestre 2018 SUGANDO SANGUE NOVO: PREFERÊNCIAS DE UM AFÍDEO NUMA PLANTA EXÓTICA NA RPPN SERRA DAS ALMAS, CRATEÚS, CE, BRASIL Clóvis Firmino Siqueira¹; Francimário da Silva Feitosa¹, ²; Suellen Trindade de Sousa¹ RESUMO O presente estudo objetivou avaliar a seleção de locais para forrageamento em Calotropis procera por Aphis sp. em folhas jovens e adultas dessa planta exótica e nas faces abaxial e adaxial das folhas. Foram amostradas 10 plantas e em cada uma coletadas três folhas jovens e três adultas, ambas parasitadas pelo afídeo. Não houve preferência entre folhas jovens e adultas, no entanto houve preferência pela face abaxial em virtude da facilidade de acesso à seiva, proteção contra radiação e potenciais predadores. Palavras-chave: parasitismo; pulgões; algodão-de-praia. SUGGESTING NEW BLOOD: PREFERENCES OF AN AFFECTION IN AN EXOTIC PLANT IN RPPN SERRA DAS ALMAS, CRATEÚS, CE, BRAZIL ABSTRACT This study aimed to evaluate the selection of areas for foraging in Calotropis procera by Aphis sp. in the young and adult leaves of this exotic plant and the surface abaxial and adaxial leaves. We sampled 10 plants and each collected three young leaves and three adults, both parasitized by the aphid. There was no preference between young and old leaves, however there was preference for abaxial surface due to the ease of access to the sap, radiation protection and potential predators. Keywords: parasitism; aphids; Cotton-of-beach. INTRODUÇÃO O forrageamento é um conjunto de estratégias realizadas por um indivíduo para encontrar, capturar e combater as estratégias de defesa das presas (POUGH, 2008). A teoria do forrageamento afirma que os custos energéticos envolvidos na procura, captura e manipulação dos recursos alimentares não devem ser superiores aos benefícios contidos nos itens alimentares (CHAVES; ALVES, 2010). Diante disso, espera-se que os indivíduos detentores de padrões comportamentais que direcionam à uma maior taxa líquida de consumo sejam favorecidos. Insetos fitófagos têm como recurso alimentar a seiva das plantas. Eles possuem um conjunto de adaptações que permitem sugar a seiva e uma delas é a presença de aparelho bucal com um estilete que é introduzido na epiderme foliar em direção aos elementos vasculares (SCHOONHOVEN et al., 2005). De acordo com a teoria do forrageamento ótimo, estes insetos devem buscar locais da planta onde haja maior facilidade de obter a seiva. Este trabalho buscou entender como os insetos fitófagos selecionam folhas de plantas hospedeiras. Para entender esta questão, foi utilizado um inseto fitófago como modelo, 01
  • 2. mais precisamente uma espécie de afídeo parasita de folhas de plantas (Figura 1) conhecidas popularmente como algodão-de- praia (Calotropis procera). A premissa é de que folhas jovens devem apresentar maior densidade de afídeos por possuírem menor grau de lignificação e consequentemente maior acesso à seiva. Este trabalho também procurou entender como os afídeos estão distribuídos nas folhas. Apesar de ocuparem ambas as faces da lamina foliar, deve haver uma maior densidade destes insetos nas porções abaxial das folhas, em virtude do melhor acesso á seiva. Figura 1. Aphis sp. forrageando em C. procera, planta exótica na RPPN Serra das Almas. MATERIAL E MÉTODOS Foram amostrados um total de 10 indivíduos de Calotropis procera, parasitados por Aphis sp. no açude localizado no interior da Reserva Nacional Serra das Almas, próximo ao Centro Ecológico Samuel Jhonson. Em cada planta, foram coletadas três folhas do ápice e três da base foliar, sendo classificadas como folhas jovens e folhas adultas, respectivamente, para avaliação da preferência dos afídeos por um dos dois tipos de folhas. As folhas foram acondicionadas em sacos plásticos transparentes, devidamente fechados, e transportadas para o laboratório onde os afídeos foram contados separadamente nas faces abaxial e adaxial das folhas, para avaliação da preferência dos afídeos por um desses dois sítios de forrageamento. Em seguida as medidas de comprimento e largura da folha (cm) foram determinadas para o cálculo da área foliar (AF = K x C x L), onde K = constante para o tipo da folha de C. procera. Após isso, as folhas foram acondicionadas em papel de jornal, prensadas e secas em estuda por 12 horas, para o cálculo da área foliar específica (AFE = AF/PS), onde PS = ao peso seco da folha. Com a área foliar específica foi efetuada uma análise, utilizando o programa computacional “Past”, entre folhas jovens e adultas para verificar diferença entre os tipos no que diz respeito à dificuldade mecânica que o afídeo teria ao tentar forrageá-las. O programa “Past” também foi utilizado para cálculo do teste T entre a abundância de afídeos nas faces abaxiais e adaxiais nas 60 folhas coletadas em campo (utilizando as folhas e uma média por tipo de folha). RESULTADOS Não houve diferença significativa entre a abundância de afídeos nas folhas jovens e adultas (P = 0,8306) (Figura 2). A área foliar específica também não apresentou diferença (P = 0,3438), mesmo com uma das plantas mostrando uma variação que pode ser considerada alta (Figura 3). Foram contados um total de 1.531 indivíduos de Aphis sp., onde 1.216 foram contabilizados para a face abaxial e 315 para a adaxial. O teste T utilizando todas as folhas coletadas deu altamente significativo (P = 0,005571) (Figura 4). Figura 2. Preferência dos afídeos entre folhas jovens e adulta de C. procera.
  • 3. Figura 3. Relação entre área foliar de folhas jovens e adultas de C. procera. DISCUSSÃO A ausência de diferença significativa na abundância de Aphis sp. entre as folhas jovens e adultas de C. procera, pode ser explicada pela diferença não observada entre as áreas específicas de folhas jovens e adultas. Como a área foliar específica das folhas jovens foi praticamente igual a das adultas (com exceção da planta 3, Figura 2) os afídeos não apresentaram preferência entre um ou outro tipo de folha. Segundo Buzzi (2010) os afídeos possuem o comportamento de agregação para forrageamento, que ocorre principalmente em ramos novos, ponteiros dos ramos ou sobre folhas. Em campo, foi observado que além do forrageamento, a reprodução também ocorre nas folhas, já que ovos de Aphis sp. foram visualizados nesses locais. Figura 4. Preferência de Aphis sp. nas faces abaxial e adaxial de C. procera. A preferência observada nos afídeos pela face abaxial das folhas de C. procera está relacionada sobretudo com o forrageamento, por ser menos custoso em termos energéticos. Na face adaxial, os vasos de seiva das plantas estão distantes e portanto, a obtenção do recurso alimentar seria energeticamente mais custoso. Além disso, esses insetos estão suscetíveis à perda de água por dessecação nessa face (já que Aphis sp. apresenta tamanho máximo de aproximadamente 3 mm) e poderiam estar mais expostos à potenciais predadores. Os principais predadores dos afídeos incluem as joaninhas (SORENSEN, 2009) que também foram observadas em campo. Possivelmente, os afídeos estão ocupando um nicho vazio ofertado pela presença da planta exótica. CONCLUSÃO Concluímos que Aphis sp. não apresenta preferência entre folhas jovens e adultas de C. procera e, por isso, nossa hipótese inicial não foi confirmada. Nossa segunda hipótese, de que os insetos fitófagos preferem a parte abaxial das folhas para obtensão de seus recursos foi confirmada. Aphis sp. seguiu um padrão observado para a maioria dos insetos fitófagos que preferem a face abaxial de folhas e locais em que os maiores vasos podem ser acessados, como a base foliar.
  • 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUZZI, Z.J. Entomologia didática. 5ª Edição, Curitiba: Ed. UFPR, 2010. CHAVES, F.G.; ALVES, M.A. Teoria do forrageamento ótimo: premissas e crítica em estudos com aves. Oecologia Australis, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 369-380, 2010. POUGH, F.H.; JANIS, C.M.; HEISER, J.B.. A vida dos vertebrados. 4ª edição, São Paulo, Atheneu, 2008. SCHOONHOVEN, L.M.; VAN LOON, J.A.; DICKE, M. Insect-plant biology. 2nd. London, Ed. Oxford University Press, 2005. SORENSEN, J.T. Aphids. In: RESH, V.H.; CARDÉ, R.T. Incyclopedia of insects. 2nd Edition, USA/UK, 2009. _____________________________________ ¹Programa de Pós-graduação em Ecologia e Recursos Naturais, UFC, Fortaleza-CE. ²Universidade Federal do Vale do São Francisco, UNIVASF, São Raimundo Nonato-PI. francimario.feitosa@gmail.com 04