3. Editorial
Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Editora:
Carla Rossini - MTb 39.788
Projeto gráfico e
Diagramação:
Rafael H. Mermejo
Equipe de redação e fotos:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Murilo Sicchieri
Rafael H. Mermejo
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(16) 3946-3300 - Ramal: 2008
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Impressão:
São Francisco Gráfica e Editora Ltda
Tiragem:
20.000 exemplares
ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias
assinadas e informes publicitários são de
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3
2012 - Ano Internacional do
Coperativismo: o que esperar?
D
esde março de 2002, a Copercana realiza o recolhimento de
embalagens vazias de agrotóxicos. Para proporcionar aos seus cooperados um atendimento mais eficiente e de melhor qualidade, o Centro de
Distribuição de Insumos da Copercana
passou por uma reestruturação. Somente
em 2011, foram 88 toneladas recolhidas.
Acompanhe na Reportagem de Capa
desta edição as mudanças estruturais do
Centro de Distribuição, além de dicas
para facilitar a entrega das embalagens.
O entrevistado deste mês é o presidente da Copercana e da Sicoob Cocred,
Antonio Eduardo Tonielo, que fala sobre
o cenário da agroindústria canavieira, a
falta de segurança econômica enfrentada
pelo setor e, principalmente, a obrigação
do governo em apoiar um produto tão
rico como é o etanol. Tonielo também fez
uma análise sobre o que esperar da próxima safra de cana-de-açúcar e de grãos.
Edivaldo Del Grande, presidente da
Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) é quem assina
o Ponto de Vista deste mês. Em sua
opinião, 2012 ter sido escolhido o Ano
Internacional do Cooperativismo, foi
uma escolha certa, já que acredita ser
o ano que será marcado pelo equilíbrio
entre as forças econômicas.
Em Assuntos Legais, o advogado da
Canaoeste, Juliano Bortoloti, explana
sobre a obrigatoriedade de autorização
da queima de palha de cana-de-açúcar
para a safra 2012/13, procedimento imprescindível para realizar a queima sem
estar sujeito à responder administrativamente e judicialmente por esta omissão. Confira em sua página como seguir
corretamente o procedimento.
As Notícias Canaoeste trazem a realização do “Programa Aplique Bem, um projeto desenvolvido pela Arysta LifeScience
e o IAC (Instituto Agronômico), em parRC
ceria com a Canaoeste. O evento reuniu
produtores e técnicos para demonstrar a
forma correta e mais eficiente de se utilizar
os pulverizadores. Também em Notícias
Canaoeste está o treinamento realizado
para os agrônomos e secretárias de todas
as filiais com o objetivo de apresentar os
serviços que serão oferecidos pela associação durante o ano de 2012.
Ainda em Notícias Canaoeste o
leitor pode conferir a participação do
presidente, Manoel Ortolan, no Seminário de Lançamento do Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo
Carbono, realizado em Brasília, no dia
31 de janeiro. E também a realização da
Assembleia Geral Ordinária, que reuniu associados e diretores para discutir
o balanço do exercício de 2011.
Em Notícias Copercana é possível
conferir o lançamento do novo herbicida da Dow, que aconteceu durante uma
reunião técnica para produtores em Sertãozinho.
Há ainda a participação dos cooperados no 3º Encontro de Produtores e Dia
de Campo de Amendoim, realizado na
Fazenda Experimental do Pólo Regional
Centro-Norte, localizada na cidade de Pindorama. Além disso, as Notícias Copercana mostram a inauguração da lotérica da
Caixa Econômica Federal dentro do Supermercado de Serrana.
As Notícias Sicoob Cocred desta edição trazem uma entrevista realizada com
o diretor administrativo e financeiro da
cooperativa, Marcio Meloni. Em conversa com a Canavieiros, Meloni falou sobre
a atuação da Sicoob Cocred durante o ano
de 2011, crédito rural e a importância da
confiabilidade entre cooperativa e cliente.
Além disso, não deixe de conferir as
Informações Setoriais com o consultor
agronômico da Canaoeste, Oswaldo
Alonso, Dicas de Leitura e Português.
Boa leitura!
Conselho Editorial
Revista Canavieiros - Fevereiro 2012
4. 4
Índice:
Foto capa: Banco de imagens do inpEV
Ano V - Edição 68 - Fevereiro de 2012 - Circulação: Mensal
Capa - 20
Copercana recolhe 88 toneladas de embalagens de agrotóxicos em 2011
O Centro de Distribuição de Insumos da cooperativa passou por
reestruturação
E mais:
Circular Consecana
.................página 14
05 - Entrevista
Antonio Eduardo Tonielo
Presidente da Copercana e Sicoob Cocred
“O governo precisa viabilizar políticas públicas para
dar competitividade ao etanol”
07 - Ponto de
Vista
Edivaldo Del Grande
Presidente da Organização das Cooperativas
do Estado de São Paulo (Ocesp)
2012, o ano do cooperativismo
10 - Notícias Copercana
- Copercana e Dow realizam reunião técnica para produtores
- Supermercado Copercana realiza parceria com lotérica
- 3º Encontro de Produtores e Dia de Campo de Amendoim
15 - Notícias Canaoeste
- ABC: Agricultura de Baixo Carbono
- Canaoeste realiza treinamento para colaboradores
- Canaoeste realiza Assembleia Geral Ordinária
- O acompanhamento psicológico de equipes de trabalho e seus efeitos na saúde
emocional da empresa
- Programa Aplique Bem realiza treinamento para produtores
22 - Notícias Sicoob Cocred
- Balancete
- Cooperativismo de crédito: um bom negócio
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
Laboratório de Análises
.................página 17
Informações Setoriais
.................página 26
Assuntos Legais
.................página 28
Biblioteca
.................página 30
Cultura
.................página 30
Agende-se
.................página 32
Classificados
.................página 34
5. 5
Entrevista
“O governo precisa viabilizar políticas públicas
para dar competitividade ao etanol”
Antonio Eduardo Tonielo
Carla Rossini
O cenário para a agroindústria da cana-de-açúcar hoje é bem
diferente de alguns anos atrás. A euforia em torno do potencial
de mercado principalmente para o etanol fez o setor crescer. Para
se ter uma ideia, na safra 2009/2010 o Brasil colocou diversas novas unidades industriais em operação e ampliou a capacidade de
produção de algumas já existentes. Na época o horizonte que se
enxergava era muito promissor e ninguém imaginava que problemas climáticos aliados a crise econômica mundial que teve início
em meados de 2008 e se expandiu em 2009, freasse os investimentos em novos projetos no setor sucroenergético. É certo que
atualmente o grande desafio do setor é outro. A falta de segurança
econômica, não incentiva greenfields a investirem em novas unidades, tornando os números do setor em 2011, menores dos que
os obtidos em outras safras. O que pode mudar esse cenário? O
governo decidir se quer realmente incentivar a produção de combustíveis renováveis. Essa é a opinião do presidente da Copercana
e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo que concedeu entrevista
à Canavieiros. Confira!
Revista Canavieiros: O que podemos esperar da safra 2012/13 de
cana-de-açúcar?
Antonio Eduardo Tonielo: Ainda
está cedo para falarmos em estimativas
dessa safra que começa em abril/maio,
mas o que esperamos é que a situação
melhore um pouco. Queremos voltar a
produzir 550 milhões de toneladas de
cana, como produzimos em 2010. Tudo
depende do que vai acontecer com o
clima até abril. Pelo menos até agora,
acredito que as canas estão bem diferentes do ano passado e esperamos uma
melhor produção.
que também depende do clima, vamos
ver se conseguimos colher tudo aquilo
que produzimos.
Revista Canavieiros: E os grãos, o
que podemos esperar da próxima safra?
Tonielo: Esse ano tivemos problemas no Sul - Paraná, Santa Catarina
e um pouco do Mato Grosso do Sul
-, mas a maior parte do país está indo
bem. O que se percebe é que o Brasil
terá uma safra um pouco menor do que
estava planejando - uns 10% menor mas teremos uma safra boa de grãos.
Agora entraremos na época de colheita,
“Uma boa parcela de
cooperativas está se firmando e com isso teremos
uma expansão no cooperativismo brasileiro. O grande desafio é termos diretores que pensam realmente
nas cooperativas...”
Revista Canavieiros: Um dos problemas da safra 2011/2012 de cana
foi a produtividade. O senhor acredita
que neste ano vai haver uma recuperação de produtividade?
Tonielo: Acredito que a produtividade, tanto agrícola quanto industrial, vai
melhorar. Quando a cana é boa, produzimos bem na lavoura e na indústria. O
ano passado foi ao contrário, tivemos
cana ruim na lavoura e na indústria.
Os canaviais sofreram com as geadas
e florescimento. Se não tivermos todos
esses problemas climáticos, voltaremos
a nossa realidade, mas não com a expansão que precisaríamos ter.
Revista Canavieiros: Esse é o Ano
Internacional do Cooperativismo. No
Brasil, existem grandes desafios para
as cooperativas enfrentarem?
Tonielo: Existem. O Brasil está começando a caminhar quando o assunto
é cooperativa. Uma boa parcela de cooperativas está se firmando e com isso
teremos uma expansão no cooperativismo brasileiro. Mas já tivemos muitos
problemas com cooperativas, por ações
de seus diretores. O grande desafio é
termos diretores que pensam realmente
nas cooperativas, e não individualmente. Outra coisa são os incentivos em
relação às cooperativas. Nesses últimos
8 anos, o governo estimulou o cooperativismo melhorando a área de crédito.
Mas as cooperativas precisam de boas
condições de compra e venda para ajudar os seus cooperados. Se o governo
Revista Canavieiros - Fevereiro 2012
6. 6
Entrevista
continuar liberando crédito, continuar
confiando nas cooperativas, tudo vai
melhorar. As leis já mudaram bastante,
mas precisariam ter mudado há vinte
anos atrás. A lei do “colarinho branco”,
por exemplo, para os diretores que fazem coisas erradas dentro da cooperativa, já deveria ter entrado em vigor há
muito tempo. Se fizer coisa errada tem
que sofrer a penalidade e, infelizmente,
isso não acontecia. Mas hoje já é diferente. Isso traz tranquilidade tanto para
a diretoria que quer entrar para dirigir e
não para tirar proveito, como também
para o cooperado ter mais confiança.
Por que o que é uma cooperativa? É
confiança. Dessa forma podemos dar
condições para o produtor melhorar sua
renda e ficar mais fortalecido perante a
agricultura de um modo geral. Sabemos
que a agricultura carrega o Brasil, que
é um país extremamente agrícola e que
tem que dar alimento para o mundo. É
isso que estamos fazendo.
“Quem não comprou na
feira, pagou mais caro dos
produtos depois. Já quem
efetuou suas compras no
Agronegócios Copercana
só vai pagar quando vender a sua produção...”
Revista Canavieiros: Como os cooperados podem ajudar a alavancar a
cooperativa?
Tonielo: Temos cooperados muito
bons e que atuam muito forte dentro das
cooperativas. Aqueles cooperados que
entravam em cooperativa apenas para
usufruir estão acabando. Eu estou aqui
na Copercana há 40 anos e já vi cooperado entrar, comprar e depois achar que
não tinha que pagar. Mas isso não existe
mais. Quem compra tem que pagar. Se
estivermos em época de crise, é diferente.
A cooperativa tem obrigação de ajudar
prorrogando prazo de pagamento e renegociando as dívidas. Mas a cooperativa
não pode ficar sem receber, porque precisa ter crédito para ter confiança. Toda
cooperativa que cuida bem dos negócios,
é viável para os cooperados.
Revista Canavieiros: A data do
Agronegócios Copercana já foi definida e mais uma vez é no final de junho.
O senhor acredita que esse ano vai
ser bom para a realização de negócios
como foi 2011?
Tonielo: Tenho certeza que sim, porque os cooperados já sabem que quem
fez negócio com a Copercana no ano passado foi muito bem. Quem não comprou
na feira, pagou mais caro dos produtos
depois. Já quem efetuou suas compras
no Agronegócios Copercana só vai pagar
quando vender a sua produção. Nós fazemos pacotes com volume de produtos,
boas condições financeiras e de pagamento. Tudo para oferecer um bom negócio ao cooperado. Todo ano melhoramos
nossa estrutura porque adquirimos experiência. O ano passado foi um sucesso
e não tem porque não ser igual esse ano.
Estamos cada vez mais práticos. Os cooperados não precisam dispor de dinheiro
para comprar, eles só assinam o pedido e
depois recebem a mercadoria na propriedade. Acho que não existe negócio mais
tranquilo do que esse. Sei que tem várias
cooperativas copiando esse nosso sistema, mas é complicado, porque temos que
ter confiança dos nossos fornecedores
também. E isso a Copercana tem.
Revista Canavieiros: Na sua opinião, o que é necessário haver para
uma expansão da produção
do sistema sucroenergético?
Tonielo: A expansão de
canaviais para o setor é muito importante. Mas precisamos primeiro saber para que
lado o governo quer ir. Se
ele quer olhar os produtos da
cana como sendo renováveis
e incentivar, ou se vai deixar
de lado. Até hoje esse novo
governo que está em vigên-
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
cia não mostrou o que quer. Dizem que
vai ter estocagem de etanol e desoneração
dos produtos, estamos aguardando. Nossos produtos não tem nenhum sistema de
segurança de preço. A gasolina tem um
CIDE (Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico) que o governo altera toda vez que é necessário amenizar
as flutuações dos preços internacionais
do petróleo para garantir a manutenção
da estabilidade dos preços dos combustíveis de origem fósseis. Dessa forma,
as distribuidoras não perdem dinheiro e
também não há aumento de preços para
os consumidores finais. Antigamente, as
usinas vendiam o etanol por R$ 0,40 o litro e ganhavam dinheiro. Hoje, o etanol é
vendido a R$ 1,00 o litro e não remunera adequadamente os produtores, porque
houve um aumento nos custos de produção, principalmente por agregação de tributos e leis trabalhistas e socioambientais
que foram inseridas no cotidiano das indústrias. Os custos triplicaram e os preços
praticados não sofreram a mesma alteração. O governo não está enxergando isso.
Revista Canavieiros: Do jeito que
está não há interesse de grandes grupos investirem no setor?
Tonielo: Não tem nenhuma greenfield querendo montar usinas e nós precisamos montar no mínimo 30 novas
unidades. Tem algumas que estão ampliando, algumas que estavam com os
projetos aprovados estão tocando, mas
não tem grandes negócios em usinas.
O setor não enxerga nada. Até o ano
passado, tínhamos bons negócios com
o açúcar, esse ano, nem o açúcar está
bem. Se fizermos mais etanol, jogaremos seu preço para mais baixo, porque
automaticamente quando tem oferta o
preço cai. E o preço caindo as usinas
ficam em situação mais difíceis. A política que o setor precisa é essa desoneração. O governo precisa entender que
CIDE não é só para gasolina, que vem
do petróleo, é poluente e faz mal para
a saúde. O governo precisa prestigiar o
etanol e os produtos da cana-de-açúcar.
Até para produzir energia estamos sem
estímulo. Era o nosso “filé mignon”,
mas acabou também o nosso estímulo
com a energia, nem leilão temos mais.
Está na hora do governo fazer alguma
coisa por esse setor. RC
8. 8
Ponto de Vista
Edivaldo Del Grande*
2012, o ano do cooperativismo
A
Organização das Nações Unidas (ONU) não poderia ter
feito melhor escolha ao determinar 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas. A crise que
abala a economia dos países da União
Europeia, com reflexos imediatos em
nações de outros continentes, faz de
2011 um ano que não devemos esquecer por aquilo que nos ensina e pelos
novos caminhos que podemos trilhar.
São momentos de crise como esses
que ressaltam as fragilidades de nossos sistemas e nos obrigam a repensar
o modo como agimos.
Acreditamos que 2012 será o ano
do renascimento, após um longo período de reflexão sobre o futuro desejado para nossas famílias e para nosso
país. Depois da avalanche de notícias
negativas, nossa vontade é ver florescer em 2012 perspectivas concretas de
um mundo mais humano, com maior
equilíbrio entre as forças econômicas,
garantindo trabalho digno e geração
de renda para os povos.
O cooperativismo tem muito a contribuir
para a construção desse mundo que almejamos, pois traz
em sua essência
um sistema econômico baseado
na cooperação
entre as pessoas. No atual
mundo da ultracompetitividade, as cooperativas ajudam a
equilibrar forças buscando construir
uma sociedade mais justa, livre e fraterna. Esses empreendimentos apostam na organização social e econômica das comunidades. Organizadas,
as pessoas podem suprir suas reais
necessidades, remunerando adequadamente o trabalho de cada um dos
cooperados.
Presente em 92 países, com
quase um bilhão de pessoas
associadas, o cooperativismo
forma um poderoso sistema
na economia das nações, além
de contribuir para o desenvolvimento social onde atua. No
Brasil, por exemplo, movimentou mais de R$ 93 bilhões
em 2010, melhorando diretamente a qualidade de vida de
mais de nove milhões de famílias; em São Paulo, somos quase três milhões de cooperados.
Uma pesquisa da Universidade
de São Paulo (USP) demonstra
que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é maior
em municípios que contam
com a atuação de cooperativas.
São indicadores da importância do nosso sistema.
A recente crise mostrou ainda que o mundo deve rediscu-
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
tir a gestão de governos e empresas.
Nesse quesito, o cooperativismo também contribui. As cooperativas são
organizações genuinamente democráticas, controladas pelos seus membros, que devem participar na formulação de políticas e na tomada de
decisões. Esse é o maior exemplo que
podemos dar aos nossos governantes. E para sermos ouvidos, estamos
fazendo um grande esforço de aproximação aos poderes públicos com o
propósito de obtermos o tratamento
que merecemos.
Ao mesmo tempo em que assimilamos as lições deixadas pela crise devemos vibrar pela oportunidade que
se abre para as mudanças que poderão
contribuir para uma sociedade mais
justa. O reconhecimento da ONU nos
fortalece e ratifica a certeza de que
nosso modelo de negócio tem um importante papel na construção de um
mundo melhor. É um chamado para
que, juntos, possamos trabalhar a fim
de fazer o nosso Brasil cada vez mais
cooperativo. No ano de 2012 abre-se
então um longo e promissor caminho
a ser trilhado por todos nós. RC
* Edivaldo Del Grande
é presidente da Organização das
Cooperativas do Estado
de São Paulo (Ocesp)
10. 10
Notícias Copercana
Copercana e Dow realizam reunião técnica
para produtores
Os cooperados participaram do lançamento de um novo herbicida
Carla Rodrigues
N
o dia 2 de fevereiro, a Copercana
em parceria com a multinacional
Dow AgroSciences, realizou no
Cred Clube, uma reunião para produtores
e agrônomos da cooperativa e da Canaoeste, com o objetivo de lançar o novo herbicida da empresa, o COACT. O evento
teve como finalidade apresentar as características diferenciais do novo produto.
Segundo Caio de Carvalho, responsável pelo desenvolvimento de mercado da
Dow AgroSciences, “este produto apresenta elevado residual com seletividade,
fácil descarte de embalagem e de manuseio”. Ele também lembra que o COACT
apresentou ótimos resultados no controle
de folhas, larvas em geral e da tiririca.
De acordo com Marcelo Rocha Côrrea, engenheiro agrônomo e sócio da
Tech Field - Assessoria e Consultoria
Agrícola, para que o produtor tenha um
controle mais efetivo de matos e plantas
daninhas em seu canavial, é importante
que conheça sua área, o nível de infestação e as espécies de plantas daninhas
José Renato Paro,
cooperado
envolvidas no seu sistema de produção.
“Tendo as informações básicas sobre seu
canavial e conhecendo o que tem em sua
área, o produtor consegue determinar
qual o melhor método de controle e qual
o produto a ser utilizado, se for no caso,
o controle químico. Em algumas situações, ele (produtor) pode até retardar
uma aplicação ou uma operação de manejo de controle, ou mesmo não realizá-la devido ao nível de infestação e espécies presentes na área”, explicou Côrrea.
O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, também esteve presente no
evento e disse que essas reuniões são
fundamentais para que os produtores obtenham melhores rendimentos. “É nossa
obrigação trazer as novidades do mercado na porta de nossos cooperados. Temos que divulgá-las para que apliquem
isso na prática, tendo assim, uma lavoura
mais saudável”, disse Bighetti.
O gerente comercial da Copercana,
Frederico Dalmaso, falou sobre as vantagens que o cooperado tem ao adquirir
Frederico Dalmaso, gerente
comercial da Copercana
Caio de Carvalho,
Dow AgroSciences
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
produtos através da cooperativa, como
o “prazo de safra”, onde o produtor só
vai pagar quando colher seu grão/cana.
Além disso, “a Copercana tem uma preocupação muito grande com qualidade,
ou seja, os produtos oferecidos pela cooperativa trarão benefícios para lavoura.
É de conhecimento de todos que a cana
produziu um pouco menos que o normal
nesta última safra, então através dessas
ações, ofertando novas tecnologias, a
nossa intenção é fazer com que o produtor colha sempre mais”, disse Dalmaso.
O cooperado, José Renato Paro, acredita
ser de extrema importância essa iniciativa
da cooperativa em informar seus produtores sobre as novas tecnologias disponíveis
que podem ser repassadas para o campo e
ajudar o produtor a ter uma melhor produtividade e, consequentemente, um melhor
retorno econômico. “Hoje estamos vivendo um mundo canavieiro com custos muito altos, então as tecnologias tem que ser
bem aproveitadas e essa difusão, reuniões
técnicas são bastante esclarecedoras para
os produtores”, explicou Paro. RC
Pedro Esrael Bighetti,
diretor da Copercana,
11. 11
Supermercado Copercana realiza
parceria com lotérica
Filial de Serrana agora conta com serviços da Caixa Econômica Federal
Carla Rodrigues
N
o dia 24 de janeiro, o Supermercado Copercana da cidade
de Serrana, inaugurou em suas
dependências, uma lotérica da Caixa
Econômica Federal, oferecendo para a
população e principalmente para seus
clientes, mais um serviço de qualidade
e comprometimento com a comunidade.
Antes da inauguração oficial, o Padre José Aparecido Borini, da Paróquia
Nossa Senhora das Dores, deu bênçãos
ao local.
Os proprietários da lotérica, Mauro
Hernandes e Sérgio Yamaki, o gerente
geral da Caixa Econômica Federal de
Serrana, Altair Mendonça e o supervisor de canais, Fábio Henrique Frezza,
estiveram presentes na inauguração.
O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, também esteve na inauguração e aproveitou a oportunidade para
agradecer a parceria realizada. “Não
tenho dúvidas de que a lotérica vai aumentar o movimento em nosso supermercado, abrindo caminhos para futuras parcerias”, disse Bighetti.
O supervisor de canais da Caixa, Fábio Henrique Frezza, disse estar satisfeito com a parceria e espera conseguir
concretizar mais projetos como este.
“Esta é a primeira “sociedade” que a
Caixa tem com a Copercana, e juntas
trabalharemos com ética para atender as
O padre José Aparecido Borini deu bênçãos ao local
Representantes da Copercana, Caixa Econômica Federal e da Lotérica participaram da inauguração
necessidades da cidade. Assim como a
Copercana, a Caixa também se preocupa em trazer até seus clientes o melhor
atendimento”, afirmou Frezza.
Os proprietários da lotérica, Mauro
Hernandes e Sérgio Yamaki, estão realizados com a parceria e garantiram que
Lelo Bighetti e Frederico Dalmaso
tentaram a sorte na nova lotérica
executarão o trabalho com muito profissionalismo e, principalmente, com muito
respeito à população. “É ela (a população)
que irá trazer para nós o retorno desta parceria, e para isso iremos fazer tudo o que
estiver ao nosso alcance para deixar os
clientes satisfeitos, assim como estamos
hoje”, disse Hernandes. RC
Proprietários e colaboradoras da lotérica
Parceria da Copercana com Caixa Econômica Federal, vai oferecer
mais um serviço de qualidade e comprometimento com a comunidade.
Revista Canavieiros - Fevereiro 2012
12. 12
Notícias Copercana
3º Encontro de Produtores e Dia de Campo
de Amendoim
Evento reuniu produtores em Pindorama para conhecer o trabalho
realizado na Fazenda Experimental
Carla Rodrigues
A
Uname (Unidade de Grãos da
Copercana) participou do 3º
Encontro de Produtores e Dia
de Campo de Amendoim, realizado na
Fazenda Experimental do Pólo Regional Centro-Norte, localizada na cidade
de Pindorama, interior de São Paulo.
O encontro contou com palestras
técnicas e visita a campos experimentais, reunindo pesquisadores, técnicos
e produtores rurais com o intuito de
mostrar o trabalho realizado na Fazenda Experimental e também integrar o
produtor com as novas tecnologias disponíveis no mercado para a cultura do
amendoim, desde o pré-melhoramento
até a colheita.
O programa de amendoim da Fazenda Experimental é coordenado pelo
IAC (Instituto Agronômico) e desenvolvido em parceria com a Apta Regional (Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios). O Pólo Centro-Norte
possui aproximadamente 500 hectares
de expansão e atualmente, trabalha com
mais de 20 culturas, como as perenes
(manga, goiaba, abacate, abacaxi, entre outras), seringueira, culturas anuais
(milho, soja, algodão, amendoim, entre
outras) e culturas de inverno (feijão, trigo, entre outras).
“A Fazenda Experimental foi fundada em 1934 para trabalhar com a cultura
do café e depois, com a crise de 1929,
Um grande público acompanhou os
trabalhos realizados no Dia de Campo
houve uma diversificação das culturas
da região e com isso vários outros experimentos foram sendo desenvolvidos.
Assim, outras culturas foram instaladas
aqui na unidade”, disse o diretor técnico do Pólo Apta Centro-Norte, Dr. Antonio Lucio Melo Martins.
De acordo com Dr. Ignácio José
de Godoy, pesquisador científico do
IAC/Apta e um dos coordenadores do
evento, o trabalho realizado com melhoramento genético é a ciência mais
importante para o desenvolvimento
de uma cultura. No caso da cultura de
amendoim, por exemplo, “o melhoramento visando resistência a doenças,
tem importância muito grande porque
na medida em que as variedades são
resistentes, menor será a necessidade de produtos químicos, se tornando
Dr. Antonio L. Melo Martins,
diretor técnico do Pólo Apta
Centro Norte
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
menos agressivas e, portanto, causarão menos danos ao meio ambiente”.
Ainda segundo o pesquisador, o Pólo
Centro-Norte possui dois focos principais e as pesquisas com materiais
genéticos são desdobradas de acordo
com estes objetivos. “Para o IAC, o
principal objetivo em longo prazo é o
desenvolvimento de cultivares resistentes as doenças e em curto prazo é o
desenvolvimento de cultivares rasteiros e cortadores da característica auto-oleico”, explicou Godoy.
A característica auto-oleico é importante principalmente para a indústria,
uma vez que o ácido oleico é considerado benéfico por prolongar a vida de
prateleira do produto. Sendo assim, o
produto auto-oleico leva mais tempo
para oxidar ou deteriorar.
Edgard Matrangolo
Junior, encarregado
técnico do programa de
amendoim da Uname.
13. 13
João Mantovani,
produtor rural
Entre os rasteiros auto-oleicos, a
Fazenda Experimental criou uma linha
para “precocidade” ou a possibilidade
de explorar cultivares para colheita antecipada, já que o sistema de produção é
bastante concentrado nas áreas de renovação de canavial e o manejo de cana é
prejudicado se o cultivar de amendoim
tiver o ciclo muito longo.
Para o pesquisador do Pólo Apta
Centro-Norte, Dr. Marcos Doniseti Michelotto, para os produtores conseguirem produtividades elevadas, precisam
Os participantes visitaram
campos experimentais
Cooperados e colaboradores
da Copercana
Dr. Marcos Doniseti
Michelotto, pesquisador
do Pólo Apta
Centro-Norte
lançar mão de produtos para controlar,
principalmente, pragas e doenças, que
elevam o custo de produção e diminuem a margem de lucro. “A ideia do
projeto que estamos trabalhando há
alguns anos é o desenvolvimento de
materiais resistentes, e o que o pré-melhoramento faz é justamente buscar
esse gene em resistência em espécie silvestre que já existe na natureza. O Brasil possui essas espécies. O trabalho de
busca e armazenamento já foi feito por
várias décadas pela Embrapa e agora,
como estamos no centro da região pro-
Dr. Ignácio
José de Godoy,
pesquisador
científico do
IAC/Apta
dutora de amendoim, a ideia é utilizar
esses materiais e transferi-los para os
materiais comerciais, diminuindo assim a utilização de fungicidas. Isso vai
favorecer não só os produtores, como
também o consumidor final que vai ter
um produto com melhor qualidade”,
explicou Michelotto.
A Uname é uma das unidades que
fazem parte do programa de amendoim
da Fazenda Experimental, e acredita
ser de grande relevância o trabalho desenvolvido para o crescimento eficiente de seus produtores. “Nós temos vários trabalhos com outras instituições
de pesquisas, como na área de fungicidas e inseticidas, e com o IAC, trabalhamos na parte de desenvolvimento de variedades, proporcionando aos
nossos produtores novas variedades
que sejam mais produtivas, que buscam um ciclo menor para atender as
áreas de renovação de cana-de-açúcar
e que sejam mais resistentes a doenças
e pragas”, disse Edgard Matrangolo
Junior, encarregado técnico do programa de amendoim da Uname.
O produtor João Mantovani, esteve presente no evento e acredita que o
encontro foi de extrema importância
para atualização e facilitação no campo
do produtor. “São nesses eventos que
aproveitamos para nos informar do que
está acontecendo na cadeia produtiva do
amendoim, junto às agroindústrias, que
acompanha este mercado desde o plantio até o final do ciclo, e assim ficamos
sabendo sobre as tecnologias que temos
disponíveis no mercado para a cultura do
amendoim”, comentou Mantovani.RC
Revista Canavieiros - Fevereiro 2012
14. 14
Notícias Canaoeste
Consecana
CIRCULAR Nº 12/11
DATA: 31 de Janeiro de 2012
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
A
seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante
o mês de JANEIRO de 2012 e ajuste parcial da safra 2011/2012. O preço médio do kg de ATR para o mês de JANEIRO de 2012, referente à Safra 2011/2012, é de R$ 0,5026.
O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril de 2011 a janeiro de 2012 e acumulados até
JANEIRO são apresentados a seguir:
Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao
mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril de 2011 a janeiro de 2012 e
acumulados até JANEIRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/11, são os seguintes:
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
15. 15
ABC: Agricultura de Baixo Carbono
O Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono inicia um novo ciclo
de desenvolvimento agropecuário
Carla Rossini
O
presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, participou do
Seminário de Lançamento do
Guia de Financiamento da Agricultura
de Baixo Carbono, realizado em Brasília, no dia 31 de janeiro. O evento foi
organizado pela CNA – Confederação
Nacional da Agricultura, em parceria
com o Banco do Brasil e a Embaixada
Britânica, com o objetivo de apresentar
cases de sucesso envolvendo práticas
agrícolas sustentáveis que reduzam a
emissão de gases poluentes com potencial agressivo à camada de ozônio.
a perda de água. Assim é possível
manter a umidade, acumular carbono, aumentar a produtividade
da lavoura e diminuir despesas
com maquinário e combustível.
Integração lavoura pecuária - floresta
É uma estratégia de produção
sustentável que integra atividades
agrícolas, pecuárias e florestais,
realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou
rotacionado, e busca efeitos convergentes entre os componentes,
ou seja, sinergia.
A Agricultura de Baixa Emissão de
Carbono, ou ABC como é conhecida, se
baseia em métodos de produção e tecnologias de elevado grau de sustentabilidade, como sistemas de plantio direto,
integração lavoura-pecuária-floresta,
recuperação de áreas de pastagens degradadas, florestas plantadas, fixação
biológica de nitrogênio e tratamento
de dejetos animais. A ABC também
busca desenvolver processos que permitam a geração de energia renovável
nas próprias fazendas, em substituição
a energia gerada a partir de fontes não
renováveis.
Recuperação de áreas e
pastagens degradadas
A técnica consiste em transformar as terras degradadas (no caso
específico de pastagens degradadas) em
áreas produtivas para a produção de
alimentos, fibras, biodiesel, florestas e
carne, evitando a derrubada de novas
áreas de florestas.
Florestas Plantadas
O plantio de espécies florestais de
rápido crescimento (eucalipto, pinus e
acácia-negra, entre outras) proporciona renda, abastece um amplo mercado
consumidor e reduz o carbono do ar por
causa da fotossíntese.
Plantação de eucalipto
Nilton Souza
Sistema de Plantio Direto
É uma tecnologia que dispensa o revolvimento do solo e que evita a erosão
a partir da semeadura direta na palha
da cultura anterior. A palha e os restos
orgânicos protegem o solo e reduzem
Fixação Biológica
de nitrogênio
A técnica possibilita captar, por
meio de microorganismos e/ou bactérias, o nitrogênio existente no ar e
transformá-lo em matéria orgânica
para as culturas, o que permite a redução do custo de produção e melhoria
da fertilidade do solo.
Tratamento de
dejetos animais
A técnica aproveita os dejetos dos
animais para a produção de energia
(gás) e composto orgânico. O tratamento adequado desses efluentes e dejetos contribui para a redução da emissão de metano.
O Programa ABC
O Programa ABC financia práticas
e tecnologias adequadas e também sistemas produtivos eficientes que contribuem para redução dos gases causadores do efeito estufa. Sua elaboração é
de responsabilidade do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e do MDA (Ministério do
Desenvolvimento Agrário), contanto
com a participação de entidades representativas dos produtores. É uma linha
de crédito rural instituída em agosto
de 2010 e inserida no Plano de Safra
2010-2011com valor disponibilizado
de R$ 2 bilhões.
Para saber todas as informações do
Plano ABC e também as regras de financiamento, os produtores rurais podem acessar os sites da Revista Canavieiros (www.revistacanavieiros.com.
br) e da Canaoeste (www.canaoeste.
com.br) e obter as informações no Guia
de Financiamento ABC. RC
Revista Canavieiros - Fevereiro 2012
16. 16
Notícias Canaoeste
Canaoeste realiza treinamento para
colaboradores
Departamentos Técnico, Planejamento e Topografia participaram de
atividades e palestras sobre a associação
Carla Rodrigues
C
om o intuito de apresentar e explanar todos os serviços que serão oferecidos pela associação
durante o ano de 2012, a Canaoeste,
reuniu no dia 10 de fevereiro, no Cred
Clube, os seus agrônomos e secretárias.
Além disso, o encontro também teve
como finalidade estreitar as relações
entre os colaboradores.
Durante a reunião, o Departamento
Técnico da Canaoeste, distribuiu uma
apostila de conduta e um material para
consulta, que servirão como base de
procedimentos em diferentes atividades, descrevendo as situações diversas
em que os colaboradores se encontram
com os associados.
“Este material vai trazer mais segurança aos colaboradores, inclusive as
secretárias que lidam diretamente com
atendimento aos associados, principalmente na época em que é realizado o
plano de queima, é um dos períodos
mais movimentados do ano na maioria
das filiais”, explicou Almir Torcato, do
departamento de Planejamento e Controle Agrícola da Canaoeste, responsável pela criação do material.
Através de palestras explicativas, o
departamento técnico procurou nivelar
os conhecimentos e as rotinas administrativas dos escritórios entre todas as filiais
para que sigam o mesmo modelo, como
Gustavo Nogueira e Cássia Rossini
recolhimento de taxa,
elaboração do requerimento do plano de
queima, filiação dos
fornecedores e atualização das informações sobre os benefícios e serviços que a
entidade disponibiliza
aos associados.
Colaboradores da Canaoeste participaram do treinamento
“É importante padronizar as informações e procedimentos diretamente
ligados aos serviços prestados pelos
agrônomos e secretárias, isso vai facilitar e agilizar o atendimento aos fornecedores”, disse Torcato.
O advogado da Canaoeste, Juliano
Bortoloti, esteve presente na reunião
para falar sobre o Protocolo Agroambiental, as atividades realizadas
pelo departamento jurídico, e também
aproveitou a oportunidade para passar
orientações sobre como agir diante de
uma situação cujo caminho seja o departamento jurídico da associação.
A psicóloga Cássia Rossini participou
do encontro e realizou atividades para
estimular o desenvolvimento profissional e humano. De acordo com a psicóloga, uma das formas de promover isso
é através da brincadeira. “Não é verdade
que o adulto não gosta de brincar, porque
brincar é “coisa de criança”. O que acon-
Juliano Bortoloti e Almir Torcato
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
tece é que o adulto foi reprimido e por
isso, carece de espontaneidade. Quem
não tem prazer fica mais cansado e afasta novas descobertas, não inova, vive rotineiramente”, disse Cássia.
Sendo assim, as atividades elaboradas
para o encontro, tiveram como objetivo
principal, estimular o retorno dessa espontaneidade, através de dinâmicas que
prepararam os participantes para estarem
integrados, atentos e bem humorados
para enfrentar os desafios do dia-a-dia.
“Precisamos interagir, trocar, aprender, socializar e descobrir. Em outras
palavras, exercitar o nosso quociente
emocional, competência imprescindível nas equipes de trabalho para avaliarmos como nos relacionamos com as
outras pessoas e que efeito causamos
uns nos outros, por isso, em situações
de dinâmica de grupo há um canal de
observação entre os membros participantes”, explicou a psicóloga. RC
Rodrigo Zardo e Thiago Silva
17. 17
Canaoeste realiza Assembleia Geral Ordinária
Diretores e associados se reuniram para leitura, discussão e
votação do balanço do exercício de 2011
Carla Rossini
C
om a presença de associados e diretores, a Canaoeste realizou na tarde
do dia 14 de fevereiro a sua Assembleia Geral Ordinária para leitura, discussão
e votação do balanço, relatório da Diretoria
e parecer do Conselho Fiscal, referentes ao
exercício de 2011. Também foram eleitos
os membros da Diretoria e do Conselho
Fiscal para o quadriênio 2012/2015.
A abertura da reunião foi realizada
pelo presidente da Canaoeste, Manoel
Ortolan que fez a leitura do relatório das
atividades do exercício de 2011 e passou
a palavra para o gerente da controladoria, Marcos Molezin, que apresentou o
balanço do exercício. Após a aprovação
pelos associados presentes, foi realizada
a eleição da diretoria que ficou composta
pelos seguintes membros:
Presidente: Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Vice-Presidente: Augusto César
Strini Paixão
1º Secretário: Luiz Carlos Tasso Júnior
2º Secretário: Paulo Paulista Leite
Silva Júnior
1º Tesoureiro: Francisco Cesar Urenha
2º Tesoureiro: João Nilson Magro
Diretor Adjunto: José Mário Paro
Conselho Fiscal
Efetivos:
Luiz Clemente Lunardi
Plácido Heitor Castro Boechat
Paulo César Canesin
Suplentes:
José Natal Lucato
Alexandre Jorge Saquy Neto
Daniel Annibal RC
RC
Revista Canavieiros - Fevereiro 2012
18. 18
Notícias Canaoeste
O acompanhamento psicológico de
equipes de trabalho e seus efeitos na
saúde emocional da empresa
Cássia Rossini, psicóloga
H
oje, uma grande associação
como a Canaoeste, se destaca como organização idônea e
competitiva dentro das políticas de bem
estar emocional. Como diferencial houve a preocupação por parte de seus gestores, dos quais apresentam consciência
da importância na saúde afetiva de seus
liderados, oportunizando o conhecimento dos aspectos psíquicos que influenciam o relacionamento entre os colaboradores, através de ferramentas técnicas
na área de acompanhamento psicológico
dentro de grupos na associação.
Neste sentido, o acompanhamento
psicológico pode promover uma reflexão mais concreta sobre as implicações
entre as personalidades dos indivíduos
que compõem a equipe de trabalho.
Há vários tipos psicológicos dentro
de uma empresa, dos quais há características específicas que definem um perfil e também definem maior habilidade
em determinadas práticas do que em
outras, por exemplo. Segundo o analista Jung há funções básicas que compõem os tipos psicológicos, são elas:
intuição ou sensação, pensamento ou
sentimento com atitudes de extroversão
ou introversão, que dependendo do tipo
psicológico, há funções mais desenvolvidas do que outras em cada indivíduo,
portanto caracterizando um estilo de se
adaptar as situações que lhes são im-
postas com maior ou menor facilidade
dependendo das interações pessoais e
das habilidades de cada tipo.
Os tipos psicológicos podem ser
compostos pelas seguintes funções, que
estruturam o estilo das pessoas, por
exemplo:
Intuição: são hábeis para ver a amplitude das situações.
Sensação: são rápidos para captarem
os pequenos detalhes.
Pensamento: seu julgamento dos
fatos é de forma racional, pessoas analíticas.
Sentimento: pessoas de sensibilidade aguçada, percepção apurada em experiências emocionais.
A combinação dessas funções pode
ser articulada entre duas atitudes:
Extroversão: pessoas que observam
com bastante objetividade os fatos.
Introversão: pessoas que assimilam
e associam ideias com facilidade.
Assim, podemos observar que dentro
de uma equipe, através de um levantamento dos tipos psicológicos de todos,
há inferências em relação às abordagens
que o líder deve ter quando tem conhecimento do perfil profissional de cada
pessoa que está diretamente ligada a sua
personalidade e ao seu comportamento
para que ocorra eficiência na interação
entre líderes e liderados, praticando o
autoconhecimento e o conhecimento
mútuo, potencializando as pessoas nas
suas qualidades e intervindo sobre aspectos que precisam desenvolver para
uma melhor atuação profissional. Com
a ajuda de um intermediador habilitado
em analisar as relações humanas no trabalho, ou seja, um psicólogo especialista para acompanhar o desenvolvimento
dos membros da equipe na empresa e
como consequência melhorar a saúde
organizacional que trará como indicador a qualidade nas relações produtivas
dentro das equipes dos líderes envolvidos com este trabalho.
Para finalizar, o trabalho se respaldará na quebra de qualquer paradigma do
pensamento, na quebra de qualquer inflexibilidade na ação, no repensar as relações para evolução pessoal e profissional
e como meta observar filosoficamente a
frase: “conhece-te a ti mesmo”, de Sócrates, para que possas conhecer melhor o
íntimo de cada pessoa e ter como recurso
de liderança o aperfeiçoamento da sofisticada inteligência emocional.RC
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
19. 19
Programa Aplique Bem realiza treinamento
para produtores
Em parceria com a Canaoeste, produtores aprenderam a
fazer o uso correto de pulverizadores
Carla Rodrigues
O
“Programa Aplique Bem”,
um projeto desenvolvido pela
Arysta LifeScience e o IAC
(Instituto Agronômico), realizou no dia
15 de fevereiro, em parceria com a Canaoeste, mais um treinamento para produtores rurais sobre regulagem de pulverizadores e qualidade na manutenção.
O treinamento aconteceu na Fazenda
São Paulo, localizada na região de Ribeirão Preto, com o intuito de demonstrar aos produtores e técnicos a forma
correta e mais eficiente de se utilizar os
pulverizadores.
De acordo com o consultor técnico
comercial da Arysta, Carlos Correa Júnior, desde o início do projeto, o “Programa Aplique Bem” já atingiu mais de
27 mil produtores por todo o país, e devido ao sucesso, pretende expandir seu
público ainda mais. “Nós trabalhamos
com duas vans, que chamamos de tachmóvel, onde é possível encontrarmos
todas as ferramentas necessárias para
realizar um dia de treinamento com os
produtores. Com o auxílio deste transporte, conseguimos trabalhar com todas
as culturas e não somente com a cana-de-açúcar, que hoje é a de maior destaque, e por conta desta diversificação,
atingimos todos os tipos de produtores
da cadeia”, disse Correa.
Além de demonstrar a utilização
correta do equipamento, outra área
abordada dentro do projeto é a segurança do trabalhador, ou seja, a utiliza-
ção correta dos EPI (Equipamento de
Proteção Individual). “Nós abordamos
assuntos relacionados à tecnologia de
aplicação, mas também acreditamos
que assim como ter uma máquina regulada e calibrada, é importante o aplicador estar protegido, por isso também
falamos sobre a segurança no campo”,
comentou Douglas Carmanhan, instrutor do Programa.
Segundo Marcel Sarmento de Souza, instrutor do “Programa Aplique
Bem”, os principais problemas encontrados nos pulverizadores são em cima
da regulagem, como fator de rotação,
pressão de trabalho, pontas de pulverização e pontas desgastadas, que se não
identificados, podem causar prejuízos.
“Se não for realizado o dimensionamento e regulagem adequada para cada
situação, o custo de produção pode ser
maior do que o esperado. O que o produtor precisa entender é que cada área é
uma situação e o equipamento tem que
ser regulado de acordo com ela (área)
para que não haja perdas no campo”,
explicou Sarmento.
A Canaoeste tem apoiado estes treinamentos em todas as suas áreas de
atuação, procurando atingir o maior número de associados, uma vez que sua
função é levar conhecimento e novas
informações até seus produtores. “Esses
encontros proporcionam a difusão de
tecnologias, por isso o incentivo da Canaoeste é tão importante para que seus
associados aprendam e façam a melhor
aplicação em suas propriedades”, disse
Gustavo Nogueira, gerente do departamento Técnico da associação.
DEPOIMENTOS
“Os produtores rurais precisam saber trabalhar com os novos implementos que estão disponíveis no mercado
para conseguirem utilizarem ao máximo sua tecnologia, e consequentemente, obterem o resultado que esperavam.
Por isso, participar de treinamentos
como este é relevante para o sucesso de
produção”. Diego Vilela Ferreira, produtor rural.
“É através destes encontros que a
Canaoeste promove a difusão de tecnologias. Eu procuro me atualizar sobre
as novidades do mercado. Estes treinamentos demonstram como devemos
realizar a melhor forma de aplicação e
reduzir nossos custos”. RC
Roberto Rossetti, produtor rural.
Revista Canavieiros - Fevereiro 2012
20. Copercana recolhe 88 toneladas de
embalagens de agrotóxicos em 2011
20
O Centro de Distribuição de Insumos da cooperativa passou por reestruturação
Carla Rossini
Além disso, o Centro de Distribuição de Insumos da Copercana, que fica
anexo a UNAME (Unidade de Grãos),
passou por uma readequação da sua estrutura física e de segurança.
Frederico Dalmaso,
gerente comercial da Copercana
Segundo o gerente comercial da
Copercana, Frederico José Dalmaso, a
realização da obra adequou o barracão
as normas de vigilância e melhorou o
atendimento aos cooperados, inclusive
na logística de distribuição dos produtos. “Conseguimos separar de forma
adequada todos os produtos e controlar
a data de validade. Com essa organização, nos tornamos mais ágeis na entrega
dos agroquímicos aos nossos cooperados”, disse Dalmaso.
A Copercana funciona como uma
central de recebimento. “Nós recebemos as embalagens dos produtores rurais, separamos e enviamos para unidades responsáveis pelo processamento e
incineração”, explica Altair Luiz Porcionato, encarregado do comércio de
defensivos e fertilizantes da Copercana.
Para manter um sistema eficiente e envolver todos os cooperados, a Copercana
tem parcerias com cooperativas e associações das regiões de sua abrangência.
Dessa forma, o produtor rural não precisa
se deslocar por grandes distâncias para
devolver suas embalagens. “O cooperado
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
devolve as suas embalagens no posto de
recebimento mais próximo da sua propriedade. Com essa facilidade, o cooperado não deixa de entregar suas embalagens
corretamente”, disse Dalmaso.
Silvio Lovato,
cooperado
Os cooperados do Sistema Copercana,
Canaoeste e Sicoob Cocred são conscientes da importância de dar o destino
adequado às suas embalagens. “Desde
2002 entrego as embalagens vazias dos
produtos que utilizo na lavoura, na central de recebimento da Copercana em Sertãozinho. A criação dessa central facilitou
a minha logística, porque antes eu tinha
que ir para Guariba para fazer o descarte”,
disse o cooperado Silvio Lovato.
Banco de imagens do inpEV.
D
esde março de 2002, quando entrou em vigor a Lei nº
7.802/89 (com as alterações da
Lei nº 9.974/00 e regulamentada pelo
Decreto nº 4.074/02), a Copercana realiza o recolhimento de embalagens
vazias de agrotóxicos. Em 2011, foram
88 toneladas recolhidas, sendo 65 toneladas de embalagens laváveis e 23 toneladas de embalagens não laváveis.
21. 21
Readequação da estrutura física e de segurança do Centro de
Distribuição de Insumos da Copercana
Banco de imagens do inpEV.
Instalação de telhas translucidas e reforma do piso
Maior ventilação graças aos tijolos vazados
colocados em torno de todo o depósito
Câmeras de segurança
Brasil destina mais de 34 mil toneladas de embalagens
vazias de agrotóxicos em 2011
O Sistema Campo Limpo (logística
reversa de embalagens vazias de agrotóxicos), formado por agricultores,
fabricantes - estes representados pelo
inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias -,
canais de distribuição e com apoio do
poder público, encaminhou para o destino ambientalmente correto, em 2011,
34.202 toneladas de embalagens vazias
de agrotóxicos. O volume representa
um crescimento de 9% em relação ao
ano anterior, quando foram destinadas
31.265 toneladas. Somente em dezembro deste ano, 2.035 toneladas de embalagens vazias foram retiradas do campo.
De acordo com o inpEV, 15 Estados
apresentaram crescimento no volume
destinado. Os maiores destaques foram a Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São
Paulo, que juntos correspondem a 73%
do volume total destinado em todo o
país em 2011.
Em funcionamento
desde 2002, operando
em 25 Estados e no Distrito Federal por meio
de 421 unidades de recebimento, o Sistema
Campo Limpo já destinou mais de 200 mil toneladas do material por
meio da integração de
todos os elos da cadeia.
Comparativo de embalagens destinadas
Jan a Dez 2010 x 2011
Volume 2010 (t) Volume 2011 (t)
Crescimento (%)
Mato Grosso
7.103
8.785
24
São Paulo
3.613
3.740
4
Goiás
3.314 3.580
8
Rio Grande do Sul
2.839
3.272
15
Bahia
2.469 2.760
12
Minas Gerais
2.605
2.733
5
Mato Grosso do Sul
2.176
2.290
5
Maranhão 581 710 22
Santa Catarina
529
551
4
Piauí
247 277 12
Pernambuco 213 239 12
Espírito Santo
194
209
8
Rio de Janeiro
22
68
212
Pará
57 63 11
Sergipe
11 33 212
Outros
5.292 4.892 (7,5)
Brasil
31.266 34.202
9
Sobre o inpEV
O inpEV – Instituto Nacional de
Processamento de Embalagens Vazias, é uma entidade sem fins lucrativos criada pela indústria fabricante de
agrotóxicos para realizar a gestão pós-consumo das embalagens vazias de
seus produtos de acordo com a Lei Federal nº 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002. A legislação atribui
a cada elo da cadeia (agricultores, fa-
bricantes e canais de distribuição, com
apoio do poder público) responsabilidades compartilhadas que possibilitam
o funcionamento do Sistema Campo
Limpo (logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos). RC
Fonte: inpEV –
Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias
Revista Canavieiros - Fevereiro 2012
22. 22
Notícias Sicoob Cocred
Balancete Mensal
COOP. CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO
INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - JANEIRO/2012
Valores em Reais
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
24. 24
Notícias Sicoob Cocred
Cooperativismo de crédito: um bom negócio
Márcio Fernando Meloni
Carla Rodrigues
O diretor administrativo e financeiro da Sicoob Cocred, Márcio
Fernando Meloni, concedeu entrevista à Revista Canavieiros. Meloni falou sobre os números da Sicoob Cocred em 2011, seu diferencial de produtos e atendimentos e também sobre crédito rural.
Confira a íntegra da entrevista!
Revista Canavieiros: Em relação
ao desempenho da Sicoob Cocred,
houve crescimento em 2011? Em
quais áreas?
Márcio Fernando Meloni: Nos
últimos 3 anos, tivemos um volume
de operações com crescimento muito
expressivo. Em 2011, crescemos em
depósito 64%, enquanto a média dos
bancos está girando em torno de 10%
e o próprio sistema cooperativo ficou
em 28%. O sistema inteiro cooperativo já foi alto em relação ao sistema
bancário comum. Isso mostra a confiança do produtor rural/cooperado
em relação à cooperativa. Nós tivemos um crescimento de ativo na ordem de 55% e, esse crescimento nos
bancos está girando de 15 a 20%. Isso
nos deixa muito feliz.
Revista Canavieiros: A que fatores você atribui esse crescimento?
Márcio Meloni: Em primeiro lugar porque fazemos um bom negócio.
Ninguém vem aqui apenas por ser
uma cooperativa, mas por ser um bom
negócio. Em segundo lugar, a credibilidade que a Sicoob Cocred tem hoje,
além de atendimento diferenciado.
Atendemos todas as necessidades dos
nossos associados e isso é muito importante.
Revista Canavieiros: Mesmo com
o aumento do número de cooperados, a Sicoob Cocred ainda oferece
um atendimento personalizado?
Márcio Meloni: Hoje, deixamos
de crescer em termos de quantidade,
de aberturas de PAC’s (agências) e
começamos a reestruturar as agências
internamente, oferecendo acomoda-
ções de primeira classe, procurando
dar um maior conforto ao nosso associado. Cada gerente tem um grupo
de associados para trabalhar, o que
permite que ele (gerente) foque somente neste grupo, conhecendo a
vida das pessoas, sabendo com quem
está lidando. Dessa forma, os gerentes procuram ter um estreitamento de
relacionamento e isso faz com que
nosso atendimento seja diferenciado
mesmo. Também tem a liberdade que
oferecemos para o associado ir até as
agências, conversar com o nosso presidente e com os diretores. Se o cooperado tiver problemas com crédito,
sabe para onde ir, para quem ligar e
isso faz com que se torne um diferencial no mercado.
“...a cooperativa ajuda a
desenvolver a região onde
está. E a cooperativa de
crédito não é diferente.
Todo recurso que recebemos na cooperativa... volta para o desenvolvimento
da própria região.”
Revista Canavieiros: Em sua opinião, pode-se dizer que a cooperativa
tem sido uma auxiliadora para o produtor nesta questão? Ela oferece um
suporte significativo nesta área?
Márcio Meloni: Principalmente
após a crise de 2008, a cooperativa
não fechou as portas - ao contrário
de muitos bancos, que seguraram a
liberação de crédito -, a cooperativa
não. Ela abriu as portas ao produtor e
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
atendeu as necessidades dele. Então,
nesse aspecto, a cooperativa foi muito
importante para o produtor. E quando
falamos produtor, não vamos pensar
apenas em rural, a Sicoob Cocred atende o público rural, mas também atende
o público do comércio e da indústria.
Temos tentado fazer com que esse público venha aqui e tenha condições de
mostrar o seu problema. Nós vamos
procurar a solução para resolvê-lo.
Revista Canavieiros: Como você
avalia a influência do cooperativismo de crédito no desenvolvimento da
economia local e regional? Os recursos oferecidos pela Sicoob Cocred,
permanecem na região ou vão para
outras áreas?
Márcio Meloni: Existe um estudo da ONU (Organização das Nações
Unidas), que mostra que onde tem
cooperativa, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade é
mais alto. Por quê? Porque a cooperativa ajuda a desenvolver a região onde
está. E a cooperativa de crédito não
é diferente. Todo recurso que recebe-
25. 25
mos na cooperativa é o cooperado e
produtor da região que vem e aplica
na cooperativa, trabalha com a cooperativa. É lógico que têm os limites
que somos obrigados a respeitar pelo
Banco Central, mas de uma maneira
geral, estes recursos voltam para o desenvolvimento da própria região.
Quando um cooperado ou mesmo
a própria população faz poupança na
cooperativa – porque a gente pode trabalhar com a população sem ser cooperado, na captação de poupança, por
exemplo, então quando a gente trabalha com população da cidade para que
ela faça poupança na cooperativa, 70%
deste recurso volta para cooperativa
para fomentar a cidade em que foi captado este recurso – então todo recurso
da cooperativa volta para desenvolver
a cidade, a região, para fomentar a
necessidade do cooperado, e isso faz
com que a cidade cresça, ao contrário
de muitas agências bancárias, em que
captam na cidade, pegam este recurso e levam para onde tem menos problema, menos perigo, onde consegue
uma rentabilidade melhor. Aqui não,
independente da rentabilidade que se
tenha, o nosso negócio é desenvolver
essa região.
Revista Canavieiros: Você acredita que o cooperativismo de crédito
rural tem contribuído para o agronegócio nacional?
Márcio Meloni: Não tenho dúvi-
da que tem contribuído muito. Vários
bancos não têm a carteira de crédito
rural e não querem ter, porque para
eles isso é um “problema”. Eles não
têm aquele feeling, aquele foco no
produtor, o negócio deles é o geral. A
cooperativa de crédito rural foca o produtor rural. Como já disse, hoje, nós
abrimos também para outros setores,
como comércio e indústria, mas ainda
mantemos na nossa carteira 60% rural, sempre conhecendo a pessoa para
quem estamos emprestando dinheiro.
E os bancos não têm isso, então preferem não trabalhar com o setor rural.
Quando o banco não trabalha com o
setor rural, repassa este recurso que é
obrigatório para as cooperativas para
que façam esse trabalho. Para o banco é bom, pois ele acaba cumprindo o
seu papel, ou seja, “jogando” esse recurso no crédito rural. Mas ele não faz
isso sozinho, usa a cooperativa para
fazer. Como a cooperativa conhece os
caminhos com quem ela está lidando,
se torna um trabalho mais fácil.
Revista Canavieiros: O que dizer
do sistema cooperativo no Brasil?
Márcio Meloni: O sistema cooperativo no Brasil é pequeno em relação ao mercado financeiro global.
Está crescendo, mas ainda representa
de 2,0 a 2,5% do mercado financeiro
total. Temos muito a crescer e muitos
objetivos para atingir. O que chama
atenção, às vezes, em crédito rural, é
que temos nas regiões em que a Sicoob Cocred está presente, representação de quase 50% do crédito rural
fornecido por todas as instituições
financeiras daquela localidade. Existem cidades que são mais agrícolas,
onde a cooperativa tem 40% do mercado, ou seja, 40% de todo o volume
de crédito rural que foi dado para a
cidade/região. Então, todos os bancos
dividem uma fatia de 60% e a Sicoob
Cocred sozinha, tem 40%. Nós fazemos a seguinte comparação: no mercado nacional inteiro o cooperativismo representa 2%. A Sicoob Cocred,
em algumas regiões, representa cerca
de 40 a 50%, se tornando uma presença marcante. Em Sertãozinho, por
exemplo, temos hoje 50% dos depósitos na Sicoob Cocred. Primeiro porque as grandes contas, os bancos tiram
daqui e levam para outras plataformas
(São Paulo, Ribeirão Preto, etc). Acaba ficando na cidade apenas o volume
corriqueiro de depósitos de comércio
e neste item a Sicoob Cocred supera
a maioria das agências bancárias da
cidade, assim como em Pitangueiras,
Pontal, etc. Então a participação da
Sicoob Cocred nesses municípios é
muito forte, e quando chegamos a alguma cidade é porque as pessoas estão
pedindo a nossa presença.
O cooperativismo de crédito é um
bom negócio por si só e a Sicoob
Cocred representa melhor ainda esse
negócio. Temos alguns produtos
exclusivos, como o LCA
(Letra de Crédito do Agronegócio – que é uma aplicação financeira que possui
maior potencial rentável
que uma aplicação comum.
Seu crescimento e retorno
são garantidos, pois é totalmente isento de Imposto de
Renda). Os bancos também
têm, mas oferecem muito
pouco, às vezes nem sabem
oferecer. É a primeira cooperativa de crédito do Brasil a ter esse produto. É por
esse motivo e outros que a
Sicoob Cocred tem se destacado tanto no mercado.
E é para isso que estamos
trabalhando.RC
Revista Canavieiros - Fevereiro 2012
26. 26
Informações Setoriais
Chuvas de janeiro e Prognósticos
Climáticos de fevereiro a abril 2012
No quadro a seguir, são apresentadas as chuvas do mês de JANEIRO de 2012.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Técnico Agronômico da Canaoeste
O
A média das observações de chuvas anotadas
durante o mês de janeiro (313mm) ficou praticamente igual à média das normalidades climáticas de todos os locais informados (310mm). Os
locais com chuvas acima de suas médias foram
registrados em Dumont, CFM-Pitangueiras, na
LDCSEV Santa Elisa, Pedra, Ibirá e São Simão.
Nota-se que, a exemplo de novembro e dezembro, em relação às suas médias históricas, a distribuição das chuvas na região não foi regular.
Mapa 1, que se refere ao
período de janeiro até o dia
16, mostra que uma estreita
faixa Oeste já se encontrava com baixa Disponibilidade de Água no Solo.
Baixa Disponibilidade esta, que migrou para a região Central do Estado
ao final do mês.
O Mapa 2, ao final de janeiro de
2011, faz relembrar a ocorrência de
baixos e até críticos índices de Disponibilidades de Água no Solo que foram
observados na metade Centro-Norte do
Estado. Enquanto que, em fins de janeiro de 2012 (Mapa 3), condições críticas
Umidade do Solo foram registradas em
Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 14 a 16 de janeiro de 2012
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
região no entorno de Bauru à região de
Ourinhos. Nas demais áreas, ainda podia se notar entre média a boa Disponibilidade de Água na área sucroenergética do Estado de São Paulo.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a Canaoeste resume o
Mapa 2:- Água Disponível no S
27. 27
prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais para os meses
de fevereiro a abril, conforme mostrado no Mapa 4.
• Para os meses fevereiro a abril,
prevê-se temperaturas médias próximas
das respectivas médias históricas em
toda Região Centro Sul;
• Com relação às chuvas, durante o
mesmo período, “ficarão” em torno das
normais climáticas nas Regiões Centro
Oeste, Sudeste e toda área sucroenergética do Estado do Paraná;
• Como referência de normais climáticas para Ribeirão Preto e municípios
vizinhos, pelo Centro de Cana-IAC,
as médias históricas de chuvas são:
220mm em fevereiro, 170mm em março e 70mm em abril.
Por sua vez, a SOMAR Meteorologia com base em modelos climáticos mais recentes, assinala que para
a região de abrangência da Canaoeste
estão previstas somas de chuvas de
fevereiro-março a maio próximas às
respectivas médias históricas. Logo,
não se prevê (hoje) chuvas tão intensas
e constantes como ocorreram entre fi-
Solo ao final de janeiro de 2011.
nal de fevereiro a início de
abril de 2011, que poderão
favorecer as operações de
plantio. Tampouco, não
estão previstas total escassez de chuvas para os
meses subsequentes.
Mapa 4:- Adaptação pela Canaoeste do Prognóstico de
Consenso entre INMET e INPE para o trimestre fevereiro-abril.
Prognóstico este não muito diferente dos anteriores.
A Canaoeste volta a
enfatizar sobre qualidade
das mudas, como fator
fundamental para assegurar produtividade e longevidade dos canaviais.
A relação custo/benefício
é por demais de favorável
quando se empregam mudas sadias.
Face estas previsões
climáticas para estes próximos meses, a Canaoeste
recomenda aos produtores
de cana muitas atenções
mesmo - em monitoramentos/controles de pragas (leia-se, cigarrinhas), doenças e
ervas daninhas.
fatos serão noticiados em nosso site
www.canaoeste.com.br.
Estes prognósticos serão revistos
a cada edição da Revista Canavieiros.
Prognósticos climáticos relevantes ou
Persistindo dúvidas, consultem os
Técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco Canaoeste. RC
Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de janeiro de 2012.
RC
Revista Canavieiros - Fevereiro 2012
28. 28
Assuntos Legais
Queima de palha de cana-de-açúcar
obrigatoriedade de autorização para a safra 2012/2013
M
ais uma vez estamos prestes a
iniciar outra safra canavieira,
razão pela qual novamente
vimos alertar aos fornecedores de cana-de-açúcar e unidades produtoras sobre
a obrigatoriedade de obter a autorização
do órgão ambiental (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) para se efetuar
a queima de palha de cana-de-açúcar,
procedimento obrigatório àqueles que
não queiram responder administrativamente e judicialmente (cível e criminal)
por esta omissão, inclusive com pesadíssimas multas. As indústrias já fazem
o seu licenciamento e, para evitar as
penalidades retro citadas, devem os fornecedores de cana-de-açúcar procurar a
sua associação de classe para que esta
realize adequadamente o procedimento
visando a obtenção da autorização.
A Canaoeste, novamente este ano,
irá proceder a orientação, elaboração,
confecção e envio da documentação necessária à obtenção da Autorização de
Queima Controlada de Palha de Cana-de-Açúcar para os seus associados,
cujo prazo para protocolo no órgão ambiental expirará em 02 de abril.
Para tanto, pois sem autorização não
se poderá queimar, a entidade afirma
que seus associados procurem os Técnicos, Agrônomos ou as Secretárias dos
respectivos escritórios regionais ou da
matriz da Canaoeste, a partir de 01 de
fevereiro de 2012, para realizar o Requerimento de Autorização de Queima
de Palha de Cana-de-açúcar.
Os fornecedores(as) que tiveram expansões em seus canaviais, aquisições
de propriedades por compra ou arrendamento, dentre outras situações, nas quais
a área total ou soma das áreas contíguas
à serem colhidas na Safra 2012/2013 sejam iguais ou superiores a 150 ha cultivadas com cana-de-açúcar, deverão procurar os escritórios da Canaoeste até a
data limite de 02 de março de 2012, para
possibilitar o levantamento topográfico
prévio de sua lavoura, sem custo algum,
necessário ao devido licenciamento. O
prazo para se indicar, no mapa, as áreas
que serão colhidas sem a queima expira
em 23 de março de 2012.
Tudo isto se torna necessário porque,
na safra anterior, inúmeros fornecedores de cana não obtiveram a autorização
de queima, tendo que proceder ao corte
manual sem o uso do fogo e/ou de forma mecanizada, mesmo em áreas não
adaptadas para isso. Tudo para evitar o
descumprimento ao que dispõe o Decreto Estadual nº 47.700/2003, regulamentador da Lei Estadual nº 11.241/2002,
que diz que o produtor de cana-de-açúcar pode ser autuado pela Polícia Ambiental em 30 (trinta) UFESPs
(Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), aproximadamente R$-553,20 por
hectare queimado sem as observâncias
legais, além de poder, ainda, ser autuado pelos agentes fiscalizadores da
CETESB (Companhia de Tecnologia e
de Saneamento Ambiental) em valores
que variam de 5.001 a 10.000 UFESPs,
aproximadamente R$-92.218,44 a R$184.400,00, independentemente do tamanho da área queimada.
Alheio a estas penalidades administrativas, o produtor de cana-de-açúcar
que não observar o prescrito na legislação poderá responder, ainda, uma ação
cível, visando outra indenização e a suspensão da queima em sua propriedade,
além de uma ação penal, que visa restringir o seu direito de liberdade (pena
de detenção). Fica registrado, então, que
para aquele produtor de cana-de-açúcar
que não cumprir os requisitos prescritos
na legislação de queima ou, mais gravemente, efetuar a queima sem a devida
autorização, fica evidente que não lhe
restará quase nenhuma possibilidade de
defesa, tanto administrativa (auto de infração) como judicial (cível e penal).
Neste ano, como ocorrido nos anos
anteriores, a Secretaria do Meio Ambiente está exigindo a adesão do fornecedor/unidade industrial ao Protocolo
de Cooperação Agroambiental, entabulado entre as entidades de classe dos
fornecedores de cana e unidades industriais para com o Governo Estadual, que
estabelece diversas metas ambientais,
principalmente a antecipação dos prazos das queimadas, em áreas de produtores independentes de cana-de-açúcar
de 2021 para 2014 nas áreas mecanizá-
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
Juliano Bortoloti
Advogado da Canaoeste
veis e, de 2031 para 2017, nas áreas não
mecanizáveis, além de determinar outras providências, todas já previstas em
leis, como a proibição da queima da palha pós colheita, conservação do solo,
conservação da água, proteção de matas
ciliares e nascentes e descarte adequado
de embalagens de agrotóxicos
Apesar de ser uma adesão voluntária,
os produtores que não a fizerem poderão enfrentar grandes dificuldades com
os órgãos de fiscalização ambiental, inclusive com a possibilidade de recusa
e/ou corte da autorização de queima e,
também, quando da venda de seus produtos (cana-de-açúcar) junto às usinas/
destilarias, pois estas estão passando
por processo de renovação de licença,
auditoria e certificação ambiental/social
para viabilizar a comercialização do
etanol e do açúcar que produzem.
Logo, se torna evidente a necessidade do fornecedor de cana-de-açúcar em
buscar a devida autorização dentro do
prazo legal (até 02 de abril), para poder utilizar-se do fogo como método
despalhador da cana-de-açúcar durante
a safra 2012/2013, bastando, somente,
que procure o mais rapidamente possível a sua associação de classe, no caso
da macro região de Ribeirão Preto-SP.,
a Canaoeste para a sua devida orientação e, se porventura, persistir dúvidas a
respeito do assunto, os Departamentos
Jurídico, Técnico e de Planejamento
estarão à inteira disposição dos associados para esclarecê-las.
Importante salientar, segundo informações da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente, que o prazo para protocolo
não será prorrogado, razão pela qual deve
o associado procurar a Canaoeste o mais
rápido possível, ressaltando que esta realizará o plano de queima gratuitamente até o dia 02.03.2012, para aqueles ue
não tenham realizado o levantamento
topográfico da propriedade e/ou precisam
alterá-lo e, 23.03.2012, para aqueles que
já fizeram o referido mapeamento RC
30. 30 “General Álvaro
Tavares Carmo”
Tecnologias na
Agroindústria Canavieira
Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.
“Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual
é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.” Clarice Lispector
1) Pedro gosta e joga muito bem “dominó”.
Renata Sborgia
Parabéns duplamente, Pedro: grafia correta e joga bem dominó.
Correto: dominó (plural: dominós)
Dica fácil: não houve mudanças fundamentais quanto às regras de acentuação
das palavras oxítonas (palavras cuja sílaba tônica – forte - é a última).
Regra mantida: são acentuadas as palavras oxítonas terminadas nas vogais
tônicas abertas ou fechadas grafadas a, e ou o, seguidas ou não de s.
2) Sua atitude foi “heróica”.
“Somos o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, mas, em essência, empregamos
tecnologia gerada há mais de 50 anos para a fabricação de açúcar e há mais de 30 anos para a
fabricação do álcool, além de mão-de-obra com
baixo grau de especialização. Isso nos permite
afirmar que nossos produtos são competitivos
no mercado internacional por sermos exímios
produtores de cana, em larga escala, e respeitáveis exportadores de açúcar bruto e etanol-combustível, em grau de importância menor. O
principal objetivo do II Simpósio do Setor Sucroalcooleiro de Jaboticabal foi a discussão de
temas de importância para o setor, em que técnicos, pesquisadores e estudantes discutiram as
melhores opções para a solução de problemas do
setor. Fazem parte desse volume vinte capítulos
elaborados por autores de reconhecida experiência no setor, que abordam de forma técnica, simples e precisa, temas de suma importância que
compõem os processos de fabricação de açúcar
e álcool em usinas e destilarias brasileiras”.
(Texto extraído da apresentação do livro)
MARQUES, Marcos Omir; MUTTON,
Miguel Angelo; NOGUEIRA, Thiago Assis
Rodrigues; JÚNIOR, Luis Carlos Tasso;
NOGUEIRA, Gustavo Almeida; BERNARDI,
Juliano Henrique.
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste.
novo endereço: Rua Frederico Osanan, nº842 - Sertãozinho-SP
A atitude, mas a grafia não...
Correto: heroica (heroicas)
Nova Regra Ortográfica: não será mais acentuada a palavra heroico (ou heroica), porque os ditongos ei, oi da sílaba tônica - forte - de palavras paroxítonas
(palavras cuja sílaba tônica - forte - é a antepenúltima) perdem os acentos gráficos.
3) Ele é um “herói”.
Parabéns! Correto!
Dica fácil: regra mantida. Herói continuará sendo acentuado porque os grupos
ei , oi das palavras oxítonas (palavras cuja sílaba tônica - forte - é a última) continuam acentuadas.
Saiba mais para não errar:
1) “menas” - não existe. Correto: menos.
2) “comcerteza” - com certeza se escreve separado.
PARA VOCÊ PENSAR:
“Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais
poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me
mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam
ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no
chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre.”
Clarice Lispector
* Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de
vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
32. 32
Eventos em Março 2012
FEINCO 2012 - 9ª Feira Internacional
de Caprinos e Ovinos
Empresa Promotora: Agrocentro Feiras e Exposições
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 12/03/2012
Fim do Evento: 16/03/2012
Estado: SP
Cidade: São Paulo
Localização do Evento: Centro de Exposições Imigrantes - Rodovia dos Imigrantes, km 1,5
Informações com: Secretaria do Evento - Agrocentro
Site: www.feinco.com.br
Telefone: (11) 5067-6770
E-mail: feinco@agrocentro.com.br
14º Seminário de Mecanização e
Produção de Cana-de-Açúcar
Data: de 28 a 29 de Março
Inscrições: Até o dia 26 de Março
Local: Centro de eventos Taiwan km 310
Endereço: Rod. Ribeirão Preto - Bonfim Paulista
Bairro: Royal Park
Mais informações: (16) 3514-0631 / 3211-4770
E-mail: eventos@ideaonline.com.br
Valor: Valor por participante: valor para inscrições até
16/03/2012 R$ 765,00 e até 26/03/2012 R$ 850,00
Feicana (Feira de Negócios
do Setor de Energia)
Início do evento: 06/03/2012
Fim do evento: 08/03/2012
Descrição do evento: Reúne expositores do setor sucroenergético, entre máquinas, equipamentos e serviços.
Local: Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado
Site: http://www.feicana.com.br
As informações são de responsabilidade exclusiva dos organizadores do evento
Endereço do evento: Rua Dr. Alcides Fagundes Chagas,
600 – Araçatuba
Cana, substantivo feminino
Data: 22 /03/ 2012
Horário: 8h30 às 20h30
Local: Centro de Convenções de Ribeirão Preto
Público-alvo: executivas e executivos do setor sucroenergético e de setores afins.
Entrada: gratuita com distribuições de convite e confirmação antecipada.
Mais informações e inscrições: lurp10@hotmail.com ou
pelo telefone (16) 3627-4502
Notas
Ceise Br e CTBE reúnem empresas associadas ao centro
Encontro aconteceu em Campinas, na sede do laboratório
Carla Rodrigues
O
Ceise Br (Centro Nacional das
Industrias do Setor Sucroenergético e Bicombustíveis) em parceria com a CTBE (Laboratório Nacional
de Ciência e Tecnologia do Bioetanol)
realizou uma reunião para as empresas
associadas ao centro com o intuito de assinar um protocolo de intenções entre as
instituições para aproximar o setor industrial ao desenvolvimento de pesquisas. O
encontro aconteceu na sede do laboratório, em Campinas, no dia 25 de janeiro.
O CTBE foi inaugurado em janeiro de
2010 e integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)
junto com outros três laboratórios nacionais, tornando-se um campus que estimula a produção científica. Seus trabalhos
são organizados por programas: Programa Industrial, Ciência Básica, Agrícola,
Sustentabilidade e Biorefinaria.
Segundo Marco Aurélio Pinheiro
Lima, diretor do CTBE, as recentes mudanças no cenário do setor sucroenergético do país, automaticamente “forçam”
o setor a tomar medidas para garantir
uma boa produtividade no final de cada
safra. “Com a cooperação tecnológica
conseguiremos resultados positivos em
aumento de investimento e, com isso,
trazermos uma maior eficiência para
o setor. Por exemplo, há necessidades
da cana que acabam surgindo por conta
das máquinas, como o plantio mecanizado que exige algumas qualificações
técnicas das máquinas”, explicou Lima.
Apesar de ser um laboratório recente,
o CTBE já possui contratos de peso com
grandes indústrias e proporciona condições para realizar o trabalho com mais facilidade e qualidade. “Com as indústrias,
atuamos através de diversas maneiras,
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
como fornecimento de insumos, infraestrutura, materiais para desenvolvimento
de equipamentos, produtos derivados, intercambio de recursos humanos, criação
de empresas, apoio por busca de recursos
governamentais, pesquisa e desenvolvimento, entre outros; enfim nosso objetivo
é garantir e manter um bom relacionamento com a cadeia industrial”, explicou
a gestora de negócios do CTBE, Rosana
Ceron Di Giorgio.
Participaram desta reunião representantes de várias empresas associadas
ao Ceise Br, o secretário da Indústria
e Comércio de Sertãozinho, Marcelo
Pelegrini, o coordenador do Comitê
de Novos Bicombustíveis, Claudinei
Andreoli e o professor da UFSCar e
coordenador do MTA da Universidade
Corporativa do Setor Sucroenergético
(UNICEISE), Octavio Valeschi.RC
34. 34
COMPRA-SE
- Tubos de irrigação de todos os diâmetros, motobombas, rolão autopropelido, pivot, etc. Pagamento á vista.
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6 km da Usina Virgulino, planta 36 e arrenda
60 toneladas. Valor: R$ 50.000,00/alqueires;
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Antônio do Aracanguá/SP; planta 110.
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-13 alqueires na região de Nova Castilho, planta 9 alqueires e arrenda a 60 toneladas/ano. Valor:R$ 35.000,00/alqueire;
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(16) 9739.9340 / (16) 8217.1255
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- 01 transformador de 112 KVA;
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Tratar com Wilson pelo telefone:
(17) 9739.2000 – Viradouro /SP
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com munk MASAL, modelo 12.000;
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tanque novo Gascom de 16.000 l, bombeiro, pipa;
- VW 26-260/08, equipado com caçamba basculante de 12m³ da marca Facchini;
- VW 12-170bt/99, toco, equipado com
tanque novo de 10.000 l, bombeiro, pipa;
- VW 15-180/07, toco, equipado
com comboio de lubrif. e abast. Gascom Prolub;
- VW 14.220/97, truk, equipado com
munk IMAP, modelo 20.000;
- MB 1516/86, truk, equipado com
munk IMAP, modelo 20.000;
- MB 1313/82, toco, equipado com
munk Motocana, modelo 10.000;
- MB 1113/85, toco, equipado com
munk, modelo 640-18;
- MB 1620/03, truk no chassi;
- Semi Reboque Prancha, marca
NOMA, ano 07, 3 eixos, 3 mts de ,largura, rampa hidr.;
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com tanque 9.000 l, bombeiro, pipa;
- Ford Cargo 2425/98, equipado com
tanque novo de 16.000 l, bombeiro, pipa;
- Munk ARGO, modelo 20.500, ano 2010;
- Munk MUNCK modelo 640-18,
ano 1990;
- Munk PHD, modelo 16.000, ano 2006;
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bombeiro, pipa;
- Tanque de água usado de 9.000 l,
revisado;
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carrinho para caminhão toco;
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16.000 l;
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de 22.000 l;
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marca Ota, para caminhão truk;
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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2012
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cheia, com 7 metros de altura e capacidade de 6.000 litros. Valor: R$
3.500,00 para pagamento à vista. Tratar pelos telefones (16) 3628.1010 ou
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