1) O documento discute a terceirização da produção de cana por fornecedores independentes como uma nova opção surgindo para os produtores.
2) A revista traz uma entrevista com o futuro secretário da agricultura de São Paulo, João de Almeida Sampaio Filho, que defende menos ideologia e mais racionalidade no campo.
3) Há também artigos sobre a crise no agronegócio brasileiro e as últimas estimativas para a safra de grãos no país.
Futuro secretário defende fim de ideologias no agronegócio
1.
2.
3. Editorial
Uma nova opção
aos fornecedores de cana
independentes
A
edição de novembro apresenta aos
fornecedores de cana uma nova opção que está surgindo: a terceirização da produção da matéria-prima. O termo se refere a
uma nova abordagem sobre a entrega da canade-açúcar por fornecedores independentes às
unidades industriais. Muitos preferem utilizar
o termo ‘parceria’ no intuito de evitar que o
terceiro seja tratado como um estranho. Embora muito comum nas prestações de serviços, a terceirização ou parceria da produção
de cana ainda é incipiente. Essa é a abordagem da reportagem de capa deste mês.
Sempre procurando estar um passo à frente dos acontecimentos, a Revista Canavieiros
traz, neste mês, uma entrevista com o futuro
secretário da Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo, João de Almeida
Sampaio Filho, que foi anunciado recentemente pelo governador eleito, José Serra. Sampaio
é economista e produtor rural de borracha,
cana-de-açúcar e pecuária de corte. Atualmente, preside a SRB – Sociedade Rural Brasileira. Na entrevista concedida a Revista
Canavieiros, Sampaio fala sobre assuntos
polêmicos como o atual modelo de reforma
agrária, o perfil ideal para o ministro da agricultura, a redução do “Custo Brasil” e a expansão da cultura canavieira.
O artigo publicado no “Ponto de Vista”
de novembro é do deputado federal eleito
pelo PSDB-SP, Antonio Duarte Nogueira
Júnior, que fala sobre a pior crise que o
agronegócio brasileiro vem amargando. Nogueira comenta sobre uma possível cortina
de fumaça em relação aos resultados da balança comercial do agronegócio, uma relação conflituosa entre produção e exportação
que é apresentado ao cidadão comum e o faz
pensar que a crise é choradeira de produtor
ou uma invenção daqueles que querem tirar
dinheiro do governo.
Nas páginas da Canaoeste, trazemos a participação do presidente da associação,
Manoel Ortolan na 17ª reunião conjunta da
ISO (Organização Internacional do Açúcar, da
sigla em inglês) e da WABCG (Associação
Internacional dos Produtores de Cana e Beterraba Açucareira). Nas páginas da
Copercana, um relato sobre o “Dia de Campo”, promovido pela cooperativa em parceria
com a Jumil, uma das principais indústrias de
implementos agrícolas do país. E, por fim, nas
páginas da Cocred, a inauguração de mais uma
agência da cooperativa de crédito em
Viradouro. A Cocred também relata a participação de 21 dos seus colaboradores no curso
promovido pelo Cocecrer/Sescoop em parceria com a Unicoc sobre aperfeiçoamento no
mercado financeiro.
A matéria de destaque traz as últimas estimativas da safra de grãos brasileira divulgada
pela CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Segundo a Companhia, a produção
nacional de grãos no ciclo 2006/2007 deve ficar entre 118,9 e 121,3 milhões de toneladas. Se
confirmado o intervalo superior, a safra atual
será 1,1% maior que a anterior, que fechou em
119,9 milhões/toneladas.
Nas reportagens técnicas, a Canavieiros
traz informações sobre a “tiririca”, uma das plantas daninhas mais prejudiciais a todas as culturas. As informações setoriais apresentam as
chuvas e prognósticos climáticos do mês de
outubro e o uso de GPS (Global Positioning
System) na agricultura de precisão.
Para finalizar, a reportagem da editoria “Antes
da Porteira” apresenta o cooperado João Prada (o
‘pai’ dos javalis no Brasil), que foi um dos primeiros a importar e desenvolver a criação do animal
no território nacional. Vale a pena conferir!
Boa leitura
Conselho Editorial
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
03
4. Indice
EXPEDIENTE
Capa
CONSELHO EDITORIAL:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
TERCEIRIZAÇÃO
DA PRODUÇÃO
DE CANA:
vantagens e tendências
EQUIPE DE JORNALISMO:
Carla Rossini – MTb 39.788
Cristiane Barão – MTb 31.814
Marino Guerra – MTb 39.180
20
OUTRAS
DESTAQUES
Entrevista
24
João de Almeida
Sampaio Filho
28
Menos ideologia
para evoluir
05
Ponto de Vista
30
31
Duarte
Nogueira
32
A crise é choradeira de
produtor?
DESTAQUE
INFORMAÇÕES
SETORIAIS
CULTURAS
DE ROTAÇÃO
PRAGAS E
DOENÇAS
NOVAS
TECNOLOGIAS
08
REVISÃO GRAMATICAL:
Igor Fernando Ardenghi
DIAGRAMAÇÃO:
SPM Comunicação
FOTOS:
Carla Rossini
Marino Guerra
CAPA:
Carla Rossini
COMERCIAL E PUBLICIDADE:
Aline Rodrigues
revistacanavieiros@copercana.com.br
DEPARTAMENTO DE MARKETING
E COMUNICAÇÃO:
Aline Rodrigues, Artur Sandrin, Carla
Rossini, Daniel Pelanda,
Letícia Pignata, Marino Guerra, Roberta
Faria da Silva, Tatiana Sicchieri
34
EVENTOS
35
AGENDE-SE
36
CULTURA
TIRAGEM:
6.000 exemplares
Canaoeste
Manoel Ortolan participa de encontro
da WABCG
37
REPERCUTIU
Notícias
38
CLASSIFICADOS
A Revista Canavieiros é distribuída
gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema
Copercana, Canaoeste e Cocred. As
matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial
desta revista é autorizada, desde que
citada a fonte.
Notícias
10
Copercana e jumil
realizam dia de campo
Notícias
14
16
Cocred
Inaugura filial em Viradouro
Antes da Porteira
O cooperado João Prada foi
pioneiro na criação de Javalis
no território nacional
04
26
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
IMPRESSÃO:
São Francisco Gráfica e Editora
ENDEREÇO DA REDAÇÃO:
Rua Dr. Pio Dufles, 532
Sertãozinho – SP CEP: 14.170-680
Fone: (16) 3946 3311
5. Entrevista
João de Almeida Sampaio Filho
é economista, produtor rural de borracha, cana-de-açúcar e
pecuária de corte
Futuro secretário
defende o fim das ideologias e
mais racionalismo no campo
Marino Guerra
O
economista, produtor rural,
presidente da SRB (Sociedade Rural Brasileira) e futuro secretário
da agricultura e abastecimento do estado de São Paulo, João de Almeida
Sampaio, concedeu uma entrevista exclusiva à Revista Canavieiros na qual
fez um balanço em relação à agroenergia
na primeira gestão do governo Lula.
Foto: divulgação JOB
João fala sobre o que uma das maiores entidades representante dentro
do agronegócio brasileiro pensa a respeito de assuntos polêmicos como o
atual modelo de reforma agrária, o perfil do ministro da agricultura ideal, a
redução do “Custo Brasil” e a expansão da cultura canavieira.
Com opiniões formadas através de
argumentos plausíveis, João de Almeida
enxerga o agronegócio nacional de uma
forma racional, de modo que todos os
compenentes necessitem atingir um alto
nível de profissionalização, e que o primeiro quesito para alcançar essa excelência é deixar para trás ideologias ultrapassadas.
perfil
João de Almeida Sampaio Filho é economista, produtor rural de borracha, canade-açúcar e pecuária de corte. É presidente
da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da
Borracha Natural vinculada ao Ministério
da Agricultura. Dirige a usina de beneficiamento de borracha Interlatex, em
Barretos - SP. Preside a Sociedade Rural
Brasileira desde 2002. Foi anunciado como
o secretário da agricultura e abastecimento do estado de São Paulo para a gestão de
José Serra, que se inicia em 2007.
Nascido em 28/07/1965 em São Paulo
- SP. Formado em economia pela FAAP
em 1986. Filho, neto, bisneto de família
tradicional do setor rural, que sempre só
trabalhou com atividades agrícolas. Pelo
lado paterno, a família se dedicava inicialmente à cafeicultura (famílias
Almeida Prado e Sampaio) e posteriormente à pecuária e cana-de-açúcar.
Quanto ao lado materno (famílias
Rodrigues da Cunha e Junqueira Franco), a origem é mineira e sempre voltada à pecuária e recentemente também
ao cultivo da cana-de-açúcar.
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
05
6. Entrevista
CANAVIEIROS: Em matéria
divulgada no site da Sociedade Rural
Brasileira, o senhor disse que um dos
acertos do primeiro mandato do governo Lula foi o apoio ao avanço da
agroenergia. Na opinião do senhor,
quais foram os motivos que levaram o
governo a apoiar esse segmento?
JOÃO DE ALMEIDA SAMPAIO
FILHO: Primeiramente por influência
do ex-ministro Roberto Rodrigues,
que sempre foi muito ligado com o
segmento de agronenergia, outra
peça chave para a evolução desse
segmento foi a presença do ex-ministro Antônio Palocci no Ministério da Fazenda, que por ter suas
raízes em Ribeirão Preto também trabalhou pela agroenergia e por fim,
a presença dessa pauta no projeto
de governo.
CANAVIEIROS: Gostaria que
o senhor fizesse uma análise da
primeira gestão do governo Lula e
quem foi o governante que marcou
história dentro do segmento dos
biocombustíveis?
JOÃO DE ALMEIDA SAMPAIO
FILHO: O presidente teve uma participação relevante para o desenvolvimento dos biocombustíveis, mas é preciso
lembrar que o presidente Ernesto Geisel
teve um papel importante, embora seu
mandato tenha acontecido dentro do
regime militar, ele foi o primeiro
governante a apostar no etanol como
alternativa aos combustíveis originados do petróleo.
senvolvem a agricultura familiar em
agricultura empresarial. Quando ele
conseguir resolver esse problema já
terá dado um grande passo.
CANAVIEIROS: Na visão da SRB,
quais são os desafios que o segundo
mandato de Lula terá que vencer para
garantir o desenvolvimento esperado
dentro do setor de biocombustíveis?
CANAVIEIROS: Quando o então
ministro da agricultura Roberto
Rodrigues se desligou do ministério,
o senhor foi uma das lideranças que
defendeu sua gestão, quais foram as
principais conquistas e as principais
derrotas do ex-ministro na frente
do Ministério da Agricultura?
Um ministro da agricultura ideal para os próximos quatro anos precisa ter três características
fundamentais. Primeiro,
ele precisa ser um bom
articulador. Segundo,
tem que ser pró-ativo.
Terceiro, ele precisa conhecer bem o setor.
JOÃO DE ALMEIDA SAMPAIO
FILHO: O primeiro desafio que o presidente Lula terá que vencer é o da ideologia. Ele terá que romper as barreiras
ideológicas presentes na sua própria
equipe de governo que são contrárias
à transformação de áreas que hoje de-
JOÃO DE ALMEIDA
SAMPAIO FILHO: Roberto
Rodrigues foi um grande ministro,
eu acho que sua passagem pelo
Ministério da Agricultura ficou
marcada por ele ter se caracterizado
como um bombeiro, ou seja, ocupou seu tempo em prevenir e resolver emergências e com isso não
conseguiu implantar muitos dos
seus projetos. A sua grande conquista foi o desenvolvimento do
setor da agroenergia, outra medida
de muita importância foi a criação
de novos modelos de financiamento da produção, porém, eu acho que
deixou a desejar na questão das negociações agrícolas e também na defesa
sanitária que também são assuntos de
fundamental importância.
CANAVIEIROS: O senhor pode
traçar o perfil do ministro da agricultura que considera ideal para ocupar esse cargo durante os próximos
quatro anos?
JOÃO DE ALMEIDA SAMPAIO
FILHO: Um ministro da agricultura ideal para os próximos quatro anos precisa ter três características fundamentais.
Primeiro, ele precisa ser um bom
articulador. Segundo, tem que ser próativo. Terceiro, ele precisa conhecer
bem o setor. Ser um bom articulador
porque ele precisa ter facilidade de negociação com as equipes econômicas
e ambientais do governo para as aprovações dos principais projetos do setor. Pró-ativo porque ele precisa fazer
acontecer, principalmente no momento
delicado em que passa a agricultura,
ter um ministro com energia para sair
06
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
7. Entrevista
da crise é de fundamental importância. E por fim, é necessário colocar alguém que conheça bem o setor, pois
se o ministro escolhido tiver que
aprender sobre um setor tão grande,
como o da agricultura, vamos perder
muito tempo.
CANAVIEIROS: O senhor defende a idéia de que é preciso emancipar economicamente os assentamentos existentes antes de se
criar novos. Como e em quanto
tempo é possível tornar os assentamentos já existentes em verdadeiras empresas rurais?
JOÃO
DE ALMEIDA
SAMPAIO FILHO: Para isso acontecer depende de vontade política
do governo, depende de coragem
política. A forma para se conseguir
a emancipação econômica dos assentamentos começa pela escolha
de um produto e o investimento para
se conseguir uma alta produtividade, e
aí é que entra a participação do governo, que ao invés de gastar a verba destinada em assentamentos que não vão
garantir o sustento das famílias ali
inseridas, deveria mudar sua política
agrária com o objetivo de gerar empregos e renda real para quem for trabalhar nas terras.
CANAVIEIROS: E como retirar o
peso ideológico que defende a agricultura de subsistência da grande maioria dos líderes dos assentados?
JOÃO DE ALMEIDA SAMPAIO
FILHO: Não tem que tirar essa ideologia dos líderes dos assentamentos, mas
sim do governo, o ranço ideológico tem
que ser retirado do governo é ele que
tem que tomar uma decisão de alterar
esse sistema que já está ultrapassado.
CANAVIEIROS: Quais serão as
conseqüências para o agronegócio brasileiro se caso for aprovada a redução
no índice de produtividade usado na desapropriação de terras para fins de reforma agrária para 15 módulos fiscais
(entre 20 e 90 hectares) como propõe o
ministério do desenvolvimento agrário?
JOÃO DE ALMEIDA SAMPAIO
FILHO: A alteração desses índices nesse momento demonstra que o governo
está insistindo em um modelo ultrapassado. Caso essa mudança realmente
ocorra, as entidades que defendem o
agronegócio vão buscar mecanismos
legais para protestar a fórmula pela
quais esses índices foram criados.
Não tem que tirar
essa ideologia dos líderes dos assentamentos,
mas sim do governo, o
ranço ideológico tem
que ser retirado do governo.
CANAVIEIROS: O senhor acredita que a união do agronegócio com a
agricultura familiar em um único ministério pode ser um caminho para
transformar os assentamentos de subsistência em empresas rurais?
JOÃO DE ALMEIDA SAMPAIO
FILHO: Eu acredito que as uniões dos
dois ministérios vão ocasionar uma
melhor sinergia, ou seja, ganho na administração, nos resultados de investimento dos recursos disponíveis e da
energia das pessoas no trabalho a ser
feito. Em conseqüência disso, todos os
setores do agronegócio conseguiriam
saber exatamente o que esperar de políticas governamentais de auxílio a produção. É bom lembrar que o termo
agronegócio vai desde a propriedade
familiar que produz determinado produto em um pedaço pequeno de terra,
até a indústria que comercializa o produto final, ou seja, a união dos dois
ministérios vai ocasionar a concentração de esforço para o desenvolvimento de todas as áreas envolvidas com o
agronegócio.
rápida para a redução desse custo?
JOÃO DE ALMEIDA SAMPAIO
FILHO: Uma reforma tributária é fundamental, uma melhor gestão dos recursos do governo, um ajuste fiscal é
importante e uma reforma cambial também é importante. Mas a medida de mais
urgência para a redução do “Custo Brasil” é a reforma tributária.
CANAVIEIROS: Como a SRB
enxerga a expansão da cana-de-açúcar em todo o Brasil?
JOÃO DE ALMEIDA
SAMPAIO FILHO: Eu enxergo
como uma posição natural dos produtores rurais em busca de renda.
O agricultor trabalha para ter renda, se ela não vier, ele perde o seu
investimento, perde o seu estímulo, enfim perde o seu negócio. Como
a cana-de-açúcar está gerando uma
renda melhor, ele está migrando para
essa cultura. Eu vejo isso como um
fato natural, o problema é que outras
culturas, por não conseguirem pagar
nem o custo de produção do agricultor, vão perdendo terreno para as culturas mais rentáveis, como é o caso
da cana-de-açúcar. Na minha visão, se
a expansão de determinada cultura respeitar os limites do meio-ambiente, não
há problema algum.
CANAVIEIROS: Um dos grandes
problemas que atinge, principalmente,
o setor agrícola brasileiro é o “Custo
Brasil”, qual é a saída mais eficiente e
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
07
8. Ponto de Vista
A crise é choradeira
de produtor?
O
agronegócio brasileiro ainda amarga a pior
de suas crises. E nem há sinais de melhora.
Apesar das condições naturais do país, da capacidade gerencial do produtor brasileiro e das
tecnologias disponíveis, o Brasil nunca mais conseguiu superar a produção recorde de quatro safras atrás, quando colheu 123,1 milhões de toneladas de grãos. A partir de então, o setor mergulhou
na crise, provocada por um conjunto de fatores
conjunturais e climáticas e acentuada pela ausência de uma política agrícola capaz de recuperar o
crescimento da atividade agropecuária no país.
Há vários indícios de que a crise perdura. A mais
recente estimativa da Conab para a
safra 2006/07 aponta para uma produção entre 118,9 e 121,3 milhões de toneladas, na melhor das hipóteses. Já
segundo as projeções do mercado a
colheita não deve passar dos 115 milhões/toneladas. Além disso, nesta
safra, o Brasil deve perder 4 milhões
de hectares de área cultivada em relação a 2004, quando a área em produção atingiu o marco histórico de 49
milhões/hectares.
recordes nas exportações do agronegócio brasileiro.
O cidadão comum, que não está atrelado a nenhum
elo da cadeia produtiva, é levado a fazer o seguinte
raciocínio: como o setor pode estar em crise e a produção em queda se as exportações são crescentes?
Na verdade há uma cortina de fumaça em relação
aos resultados da balança comercial do agronegócio.
Vejamos. De janeiro a outubro, os embarques somaram US$ 40, 8 bilhões, contra os US$ 36,2 bilhões
registrados no mesmo período do ano passado. Foi
um recorde, de fato, mas graças ao excelente desempenho do setor sucroalcooleiro e de outras cadeias
como os produtos florestais, fumo e sucos de frutas, especialmente de laranja. Dos
US$ 4,6 bilhões exportados a mais
neste ano, o açúcar e o álcool participaram com R$ 2,2 bilhões, resultado do aumento na quantidade
embarcada e da alta nos preços lá
fora. O setor sucroalcooleiro nunca
esteve tão bem.
O complexo soja e a carne, primeiros itens na pauta das exportações, tiveram crescimento bem menores, de 1,4% e 2% respectivamen*Duarte Nogueira
Com perda de renda e endividado,
te. No caso da carne bovina e tamo produtor investe menos em
bém suína, houve uma drástica redutecnologia e na expansão da sua lavoura. De janeiro a ção no ritmo de crescimento das exportações por consetembro, a entrega de fertilizantes ao consumidor ta do aparecimento dos casos de aftosa em 2005. O
final recuou 2,5% em relação ao mesmo período de desempenho desse item só não foi pior porque os
2005 e as vendas das principais máquinas agrícolas preços no mercado externo estão bons, refletindo no
sofreram quedas acentuadas: a comercialização de aumento das receitas das exportações.
colheitadeiras caiu 45% e a de cultivadores 17,2%. E o
resultado de tudo isso é que a perda de renda no
Assim, essa relação conflituosa entre produção e
campo, que já somou R$ 37 milhões, tende a crescer.
exportação que é apresentada ao cidadão comum o
faz pensar que a crise é choradeira de produtor ou
No entanto, a crise no setor e seus desdobramen- uma invenção daqueles que querem tirar dinheiro do
tos não causam sensibilização, a não ser junto aos governo. E enquanto isso, o setor que é o fiel da baagentes que tenham uma relação direta ou indireta lança comercial brasileira e gerador de 37% dos emcom a atividade agropecuária. Para a opinião pública pregos vai perdendo fôlego e importância. E quando
em geral, a crise passa despercebida por dois moti- o agronegócio estiver estrangulado, o governo fedevos, principalmente: pelo fato de alguns itens da ces- ral poderá dar a mesma desculpa que deu até agora:
ta básica estarem mais barato nas gôndolas e pelo que não sabia o que estava acontecendo. E não será
carnaval que o governo faz sobre os consecutivos por falta de aviso.
*deputado federal eleito pelo PSDB-SP, foi secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo (2003 a março/2006) e da Habitação (95/96). Foi também deputado estadual por três mandatos
08
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
9.
10. Notícias
Copercana
Copercana e Jumil
realizam “dia de campo”
Carla Rossini
O evento, que aconteceu na destilaria Santa Inês, reuniu mais de 130 produtores de cana
A
Copercana e a Jumil - uma
das principais indústrias de
implementos agrícolas do país – realizaram, no dia 28 de outubro, um
“Dia de Campo” para apresentação
de novos implementos para cana-deaçúcar.
O evento foi realizado na Destilaria Santa Inês, em Sertãozinho-SP, e
contou com a participação de mais de
130 produtores de cana. O dia começou com a exposição do Cultivador
Adubador para cana crua e queimada JM3520SH CA-C/Q-2’, lançado recentemente na Agrocana 2006. Logo
após, o gerente de projetos para linha canavieira da Jumil, Fábio
Chencci Correa, apresentou as características e diferenciais técnicos dos
seguintes produtos: JM3520SH versão sulcador adubador, cultivador
adubador cana queimada e cultivador
adubador cana crua e queimada, o
cobridor e aplicador de inseticidas
JM3620SH, o cultivador adubador bilateral com discos duplos JM3200SH
Mais de 130 cooperados participaram do Dia de Campo
Cultimax Cana, os distribuidores de
fertilizantes Líder JM5050 TTD Cana
e Líder JM10500 TTD com abafador, o
triturador de restos da cultura de cana
Trimax JM TR2500 Cana e o
desintegrador para preparação de
amostras para medição do teor de
sacarose de cana-de-açúcar, modelo
JM5200 U.
O diretor da Copercana e Cocred, Pedro Esrael Bighetti,
ladeado pelos diretores da Jumil, Patrícia Moraes
Crivelente e Fabrício Rosa de Moraes
10
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
Em seguida, os
participantes foram
encaminhados até
uma área plantada
com cana da destilaria, onde puderam ver, na prática,
o Cultivador Adubador para Cana
Crua e Queimada
JM3520SH CA-C/
Q-2 funcionar. O
evento terminou
com um almoço
oferecido aos participantes no Cred
Clube Copercana.
Lá, através da exposição dos equi-
pamentos, os produtores puderam
analisar e tirar possíveis dúvidas a
respeito de cada um.
O diretor presidente da Jumil,
Rubens Dias de Morais, afirma que a
Jumil será uma nova parceira dos produtores de cana. “A Jumil não veio
para ser mais uma empresa do setor,
mas sim para revolucionar o mercado de implementos, e para isso, a
equipe técnica de desenvolvimento
tem pesquisado junto às usinas, fornecedores e usuários as reais necessidades do mercado”, disse.
Os cooperados que participaram
do evento saíram satisfeitos e aprovaram. “Essa reunião dos produtores para o ‘Dia de Campo’ é muito
proveitosa porque podemos fazer
uma avaliação do equipamento na
prática e também trocar informações.
É através das explicações dos
palestrantes que conseguimos ter
idéia do custo/benefício do equipamento e esclarecer nossas dúvidas”,
afirmou Flávio Pontes Guidi, cooperado e produtor de cana.
11. Notícias
Copercana
Após a apresentação técnica, os produtores puderam conferir
o Cultivador Adubador trabalhando na lavoura de cana
A JUMIL
Fundada em 1936, a Jumil é uma das
principais indústrias de implementos
agrícolas do país. Sediada em Batatais,
interior do Estado de São Paulo, ao longo dos anos tem participado efetivamente da evolução e desenvolvimento
tecnológico da agricultura do Brasil e do
mundo. Pioneira no sistema de distribuição de sementes pneumáticas no Brasil,
Os produtores se interessaram pelo equipamento de grande
utilidade nas lavouras de cana
a Jumil revolucionou o mercado de plantio com o lançamento da plantadora
pneumática Exacta e, posteriormente, a
plantadora de hortaliças JM2400 Natura,
sendo a única fabricante deste modelo
de implemento em toda a América.
Em 2006, a Jumil dá mais um salto e
entra no desenvolvimento de produtos para a linha canavieira. Durante a
Fenasucro/Agrocana 2006, realizadas em
setembro, a Jumil lançou a seguinte linha de implementos para o cultivo e
adubação da cultura de cana-de-açúcar:
Cultivador Adubador JM3520SH CA-C/
Q2, Sulcador Adubador, Cultivador
Adubador Cana Queimada e Cana Crua,
implementos que prometem revolucionar o sistema de cultivo e adubação da
cana-de-açúcar.
Revista Canavieiros - Outubro de 2006
11
12. Notícias
Canaoeste
“O desafio é
organizar os produtores
e estimulá-los no cultivo da cana”,
afirma Ortolan
Cristiane Barão
Em encontros na Alemanha e na Inglaterra, o presidente da Canaoeste e Orplana apresentou as perspectivas para o setor e a participação dos fornecedores independentes
E
m sua participação na 17ª reu
nião conjunta da ISO (Organização Internacional do Açúcar, da sigla em inglês) e da WABCG (Associação Internacional dos Produtores de
Cana e Beterraba Açucareira), em Londres no último dia 20, o presidente da
Canaoeste e da Orplana, Manoel
Ortolan, apresentou os desafios que os
produtores independentes de cana terão para participar, de forma efetiva, do
processo de expansão da cana, açúcar
e álcool, e também as perspectivas para
o setor sucroalcooleiro brasileiro.
Ortolan também participou da 26ª
reunião do Conselho da WABCG, realizada em Hannover, na Alemanha, entre
os dias 16 e 19 de novembro. Participaram dos encontros representantes dos
30 países filiados à WABCG. A Orplana
é filiada à associação desde 2004 e organizou a 25ª reunião do conselho pela
primeira vez no Brasil no ano passado,
em Ribeirão Preto.
As discussões em Hannover foram
centradas no tema “Como a pesquisa
de hoje mudará as culturas de amanhã?”,
com apresentações sobre os resultados
e as pesquisas em curso envolvendo
cana e beterraba açucareira na Alemanha, África do Sul e Estados Unidos,
além de citar as tecnologias que podem
ser úteis para o produtor, como o GPS e
GIS. Na Alemanha, os participantes visitaram a companhia Nordzucker - segunda maior produtora de açúcar da
Europa - localizada em Uelzen, norte do
país. Conheceram também a KWS empresa de sementes de beterraba, além
de acompanharem sua colheita.
Em Londres, a reunião foi focada
nas perspectivas para o mercado de
O presidente da Canaoeste e Orplana, Manoel Ortolan; o secretário geral da Federação Internacional de
Produtores Agrícolas (FIPA e IFAP), David J. King; o representante do departamento de Economia e Relações
Internacionais da Confederação dos Plantadores de Beterraba, Olivier Crassard e o presidente da Associação de
Fornecedores de Cana de Monte Aprazível, João Thomas Leal Pimenta
12
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
13. Notícias
Canaoeste
açúcar e etanol, nos impactos da reforma no regime do açúcar na União Européia, na introdução da bioenergia, nas
discussões sobre mudanças climáticas
e nas estimativas para a produção de
etanol. O presidente da Orplana fez sua
apresentação no painel “Quais os principais players no mercado mundial futuro?”, no qual participaram também
produtores da Austrália e África.
Ortolan apresentou as estimativas
para esta safra - quando deverão ser
produzidas perto de 425 milhões de toneladas de cana, que serão transformadas em 17,5 bilhões de litros de
etanol e 30,5 milhões de toneladas de
açúcar – e o crescimento prospectado
para 2013/14. Até lá, deverão ser produzidos 31 bilhões de litros de álcool
(6 bilhões de litros deverão ser exportados) e 40 milhões de toneladas de
açúcar (27 milhões/toneladas destinadas ao mercado externo). Para possibilitar esse crescimento na produção,
serão necessárias 673 milhões de toneladas de cana e, dessa forma, a área
ocupada com a cultura deverá saltar
dos atuais 6,2 milhões de hectares para
9,8 milhões em 2013.
De acordo com o presidente da
Orplana, o setor industrial já anunciou
investimentos de US$ 9,2 bilhões para
a construção de novas indústrias. Atualmente, são 92 unidades em construção, sendo que 12 unidades entrarão
em operação nesta safra. No Estado de
São Paulo, serão 40 novas indústrias, a
maioria na região noroeste do Estado.
Em relação aos fornecedores independentes de cana, Ortolan afirmou que
há uma grande preocupação em fazer
com que os pequenos e médios produtores participem desse processo de crescimento. “Só no noroeste do Estado de
São Paulo há mais de 10 mil produtores
rurais que, atualmente, se dedicam à
pecuária. Na maioria das propriedades
será cultivada cana, no entanto, a maior
parte desses produtores prefere arrendar ou vender suas terras. Nosso desafio é organizá-los e estimulá-los na produção de cana”, afirmou.
Segundo ele, quanto maior o número de pequenos e médios produtores de cana, maior será a distribuição
de renda e se considerarmos que a área
média de cada produtor é de 100 hectares para cultivar os 3,6 milhões de hectares estimados para 2013, seria possível engajar 36 mil pequenos e médios
produtores na atividade, ampliando a
distribuição de renda.
“Entretanto, para participarmos
desse processo de crescimento, precisamos de crédito, financiamentos com
juros e prazos adequados e, especialmente nas novas fronteiras da cana, há
a necessidade de organizarmos os produtores rurais em associações e cooperativas para fazer frente às novas
necessidades”, afirmou.
Ortolan também listou alguns desafios a serem superados pelo setor
sucroalcooleiro brasileiro, como a falta
de investimentos em infra-estrutura,
dificuldades na obtenção de licença
ambiental para a construção de novas
unidades de produção e problemas de
remuneração, já que o mercado interno
de álcool é muito promissor desde que
se garanta preços competitivos para o
consumidor.
Em sua participação, o representante dos produtores independentes brasileiros ressaltou que, mesmo com o
elevado nível tecnológico e de eficiência que o Brasil atingiu na produção de
etanol, estima-se que seja aproveitada
apenas 1/3 de toda a energia que a canade-açúcar pode gerar. Assim, por meio
da pesquisa e da geração de novas
tecnologias, é plenamente possível
ampliar o potencial energético extraído
do bagaço e da palha da cana, elevando-se os ganhos de eficiência no sistema de produção.
Sobre a WABCG
Fundada em 1981, a WABCG reúne representantes de associações
de produtores de mais de 30 países.
É o único fórum internacional que
permite aos produtores de cana e
beterraba açucareira se reunirem
para discutir as dificuldades e a troca de experiências e soluções. O
conselho da WABCG é formado por
representantes de todas as organizações de produtores filiados. Esse
conselho se reúne uma vez por ano,
e a cada três anos realiza a Conferência Mundial dos Produtores de
Cana e Beterraba Açucareira.
14. Notícias
Canaoeste
Consecana
Conselho dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
CIRCULAR Nº 11/06
DATA: 31 de outubro de 2006
A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante
o mês de OUTUBRO de 2006. O preço médio do kg de ATR para o mês de OUTUBRO é de R$ 0,3645
Os preços levantados pela ESALQ/CEPEA de faturamento do açúcar e do álcool, anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, nos meses de MAIO a OUTUBRO e acumulados até OUTUBRO, são apresentados a seguir:
Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) e os do álcool anidro e hidratado destinado à industria (AAI e AHI),
incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e VHP) e do álcool anidro e hidratado,
carburante e destinados ao mercado externo, são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de MAIO a OUTUBRO e acumulados até OUTUBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 03/05, são os seguintes:
14
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
15.
16. Notícias
Cocred
Cocred
inaugura filial em Viradouro
Marino Guerra
Cooperativa de Crédito dá continuidade ao seu plano de expansão e inaugurara sua décima primeira agência
A
Cocred (Cooperativa de Cré
dito dos Plantadores de Cana
de Sertãozinho) inaugurou, no mês de
novembro, sua agência de Viradouro
que atenderá os produtores rurais do
próprio município e os da cidade vizinha de Terra Roxa. Serão mais de 30 mil
hectares de terras que poderão contar
com as facilidades financeiras que só a
Cocred pode oferecer.
Segundo o seu presidente, Antonio Eduardo Tonielo, os produtores
rurais do município de Viradouro e
Terra Roxa passam a contar com um
verdadeiro parceiro no campo, isso
porque todo o leque de produtos e
serviços oferecidos pela Cocred foi
desenvolvido especialmente para
O presidente da Cocred e Copercana
Antonio Eduardo Tonielo durante
discurso no coquetel de inauguração da
agência de Viradouro
atender as principais necessidades do
cooperado.
cos municípios onde a agricultura é o
carro chefe da economia.
“A Cocred tem uma política de auxílio ao produtor rural que passa a ser um
dos sócios do negócio a partir do momento que abre sua conta, ou seja, participa ativamente de todas as decisões
relevantes da cooperativa e ainda participa dos resultados financeiros. Essa é
a principal diferença de uma cooperativa de crédito para um banco comercial”,
explica Antônio Eduardo Tonielo.
“Inaugurar uma agência em um
município que se desenvolve de forma
saudável e que tem na agricultura o
combustível que movimenta sua economia é uma obrigação da Cocred, que
vem para somar e melhorar ainda mais
a vida dos condutores desse município”, disse Márcio Meloni.
O gerente geral da Cocred e diretor
do setor de Crédito da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de
São Paulo), Márcio Fernando Meloni,
lembrou que Viradouro é um dos pou-
A filial de Viradouro é a décima primeira agência inaugurada da Cocred,
que já conta com suas filiais nos seguintes municípios: Sertãozinho,
Cravinhos, Serrana, Cajuru, Batatais,
Pontal, Pitangueiras, Morro Agudo,
Barretos e Severínia.
Agência de Viradouro
O coquetel de inauguração contou com a presença de grande
parte dos produtores rurais de Viradouro e Terra Roxa.
16
Autoridades do município de Viradouro ao lado da
diretoria da Cocred
Funcionários da Agência de Viradouro da Cocred
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
17. Notícias
Cocred
Cocred
investe na capacitação de seus colaboradores
Marino Guerra
Vinte e um colaboradores da cooperativa fizeram o curso de
aperfeiçoamento para o mercado financeiro
S
empre buscando a capacitação
técnico-profissional de seu corpo de colaboradores e com a intenção
de garantir a melhora contínua de toda
a sua estrutura, a Cocred fez 21 de seus
profissionais terem o privilégio de participar do “Programa de Aperfeiçoamento em Mercado Financeiro”, que foi
promovido pelo convênio Sescoop/SP
e Cocecrer/SP (Cooperativa Central de
Crédito Rural do Estado de São Paulo),
nas dependências da Unicoc, em Ribeirão Preto.
O programa, que ocorreu entre os
meses de abril a novembro, totalizando
120 horas/aula, teve como objetivo oferecer capacitação aos gestores e colaboradores das cooperativas de crédito
que atuam direta ou indiretamente na
comercialização de produtos financeiros (fundos de investimento, títulos,
ações, debêntures, entre outros), alinhando-se às diretrizes de aperfeiçoamento profissional exigidas pelo mercado financeiro.
Para o coordenador do programa e
professor da FGV (Fundação Getúlio
Vargas), Domingos Pandeló Júnior, o
interesse das cooperativas de crédito
em capacitar seus colaboradores é a
mostra do crescimento desse segmento no Brasil.
“Na minha visão, o programa visa
gerar um benefício a todos os cooperados, agregando mais valor aos servi-
Autoridades presentes durante o cerimônia de encerramento do programa
Os colaboradores da Cocred durante cerimônia de
encerramento do programa
A Colaboradora da Cocred, agência de Pontal, Nádia
Sichieri Pedro, recebe certificado das mãos do
coordenador do programa, Domingos Pandeló
ços prestados pelas cooperativas”,
disse Domingos.
A solenidade de encerramento contou com as presenças de Antônio
Eduardo Tonielo, presidente da Cocred
e diretor operacional da Cocecrer; José
Galvão Oswaldo Junqueira, representando o presidente da central; Ismael
Perina Júnior, diretor administrativo da
Cocecrer; David de Andrade, diretor
executivo da Cocecrer; Aramis
Moutinho Júnior, superintendente
operacional do Sistema Ocesp/
Sescoop-SP; Durval Antunes Filho,
diretor geral da Unicoc; Romualdo
Gama, coordenador acadêmico de graduação e pós-graduação da Unicoc;
Domingos Pandeló Júnior, coordenador geral e professor do Programa de
Aperfeiçoamento em Mercado Financeiro e Valdir Fernandes da Rocha, gerente administrativo da Cocecrer.
O presidente da Cocred e diretor operacional da Cocrer,
Antônio Eduardo Tonielo, durante discurso na cerimônia de
encerramento do programa
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
17
20. Reportagem de Capa
TERCEIRIZAÇÃO
DA PRODUÇÃO
DE CANA:
vantagens e
tendências
Cristiane Barão
Entrada de caminhôes canavieiros na Usina Virálcool
A
terceirização da produção da
matéria-prima é um termo que
se refere a uma nova abordagem sobre
a entrega da cana-de-açúcar por fornecedores independentes às unidades industriais. Muitos preferem utilizar o
termo ‘parceria’ no intuito de evitar
que o terceiro seja tratado como um
estranho. Embora muito comum nas
prestações de serviços, a terceirização ou parceira da produção de
cana ainda é incipiente.
20
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
Há poucas experiências na região
Centro-Sul, com algumas diferenças
nas formas de gestão, mas, em geral
caracterizam-se por uma relação mais
estreita estabelecida entre as partes,
com rígidas obrigações contratuais
para a expansão da atividade agroindustrial. A participação da cana de
terceiros (que são os fornecedores),
torna-se mais importante e pode até
chegar a 100% da matéria-prima processada pela indústria parceira.
“A terceirização da matéria-prima
não é um simples fornecimento. Há um
contrato firme entre as partes, estabelecendo a responsabilidade de cada um
por um prazo que pode passar de 10
anos. Representa uma segurança para
o produtor que, por outro lado, fica amarrado ao contrato”, afirma o consultor e
produtor José Tadeu Coleti.
Pelo sistema de entrega convencional, o fornecedor geralmente produz
21. em sua propriedade ou em áreas arrendadas e depois negocia a produção
com a indústria, que fica responsável
pelo corte, carregamento e transporte.
No caso da terceirização, o fornecedor
é responsável pela entrega da matériaprima na esteira da usina.
As vantagens para a usina são: a
redução no custo operacional e nos
investimentos na compra de equipamentos, como caminhões, transbor-
dos e colhedoras. A terceirização
permite que a indústria se concentre
em tarefas essencialmente ligadas à
sua atividade-fim. Para o produtor, a
principal vantagem é a segurança
que o negócio pode proporcionar,
desde que o contrato contemple os
interesses das duas partes.
Coleti, que também é diretortécnico da Asforama (Associação
dos Fornecedores de Cana de
Iturama), no sudoeste de Minas Gerais,
cita como exemplo a parceria entre os
fornecedores da associação com a usina Coruripe, do grupo Tércio
Wanderley, um dos mais importantes
do nordeste. A experiência com a
terceirização foi iniciada em 1994 e é
considerada bem-sucedida. Lá, a participação dos terceiros na área cultivada
na safra deste ano chegou a 67% e a
participação média ao longo dos anos
foi de 60%.
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
21
22. Reportagem de Capa
Os fornecedores da associação recebem alguns incentivos para a produção,
há a seção de áreas arrendadas e, em
contrapartida, se comprometem a se manter unidos ao cadastro informatizado da
usina (para facilitar o controle na condução da lavoura e programar as reformas e
safras) e a entregar a produção exclusivamente para a indústria. Como conseqüência da parceria, há uma estabilização no preço do arrendamento.
De acordo com Coleti, a terceirização da matéria-prima pode ser uma
tendência em regiões novas, como
Mato Grosso, Goiás ou Minas Gerais,
mas com poucas chances de ser implantada nas áreas tradicionais
paulistas, pois onde há grande concentração de indústrias, o preço da
terra é mais alto e há maior concorrência pela cana de fornecedores.
Para o presidente da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da
Região Centro-Sul do Brasil), e da
Canaoeste, Manoel Ortolan, a
terceirização pode ser uma boa oportunidade para os produtores em longo prazo, desde que as condições da parceria
garantam um equilíbrio entre as partes.
“Alguns grupos industriais estão buscando parceria com os produtores para
a formação da lavoura nesse processo
de expansão. No entanto, os produtores devem ter a consciência de que estarão produzindo a sua cana para entrega na esteira e é importante que essa
participação esteja assegurada em contrato”, ressalta.
Entrega de cana para ser processada na Usina Virálcool
22
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
José Tadeu Coleti, diretor técnico
da Asforama
23.
24. Destaque
SAFRA 2006/2007
DE GRÃOS DEVE SER 1,1% MAIOR
QUE A ANTERIOR
Carla Rossini
Os números foram divulgados pela Conab no início de novembro e são positivos
O
presidente da CONAB - Com
panhia Nacional de Abastecimento, Jacinto Ferreira, divulgou no dia
9 deste mês, os últimos números do
levantamento feito pela Companhia para
a safra nacional de grãos. Segundo ele,
a produção nacional de grãos no ciclo
2006/2007 deve ficar entre 118,9 e 121,3
milhões de toneladas. Se confirmado o
intervalo superior, a safra atual será 1,1%
maior que a anterior, que fechou em 119,9
milhões/toneladas.
A pesquisa também mostra crescimento em relação ao primeiro estudo de
intenção de plantio, anunciado no mês
passado, que apresentou um quadro
entre 117,7 e 120,6 milhões/toneladas.
O resultado positivo se deve às boas
condições do clima, impulsionadas pelo
fenômeno El Niño, que provoca mais
chuvas em todo o país, em especial no
Centro-Sul, maior região produtora e responsável por cerca de 88% da produ-
ção nacional de grãos.
ções climáticas.
Plantio - No que se refere à área cultivada, estimada entre 45 e 45,8 milhões
de hectares, a pesquisa aponta uma redução de 3,1% no intervalo superior em
relação aos 47,3 milhões/ha da safra
2005/2006. O motivo da queda está na
descapitalização do produtor e nos baixos preços dos produtos no mercado.
Milho - A produção deverá ficar entre 42,9 e 43,5 milhões/toneladas, significando um aumento de 4,5% na comparação do intervalo superior com os 41,7
milhões/toneladas da safra passada. O
motivo também está na produtividade,
que passou de 3.235 kg/ha para 3.384
kg/ha, embora tenha ocorrido redução
na área de 04%, partindo-se dos 12,9
milhões/ha da anterior para os 12,8 milhões/ha do intervalo superior da atual.
Soja - A área plantada está estimada
entre 20,7 e 21,1 milhões/ha. Partindose do intervalo superior, a redução é de
4,9% em relação aos 22,2 milhões/ha da
safra anterior. Isso mostra que deixaram
de ser plantados 1,1 milhão/ha de soja,
que foi substituída pelo algodão, arroz
e feijão. Apesar do encolhimento na
área, a produção da oleaginosa poderá
chegar a 55,2 milhões/toneladas ou 3,4%
a mais que a quantidade alcançada na
anterior, que foi de 53,4 milhões/toneladas. A justificativa está no ganho da produtividade por causa das boas condi-
Algodão – O em caroço está com
produção estimada entre 3,2 e 3,4 milhões/toneladas. Se a quantidade superior for confirmada, o incremento será
de 25,7% em relação à anterior, que fechou em 2,7 milhões/toneladas. Já a produção do em pluma está entre 1,25 e 1,32
milhão/toneladas, ou 28% a mais que os
1,03 milhão/toneladas da passada. A área
cultivada desta cultura deve ficar entre
977,6 mil e 1,026 milhão/ha.
BRASIL - ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO - SAFRAS 2005/2006 E 2006/2007
(Em 1000 toneladas)
24
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
25. Pragas e Doenças
Palha de cana
atrapalha o desenvolvimento da tiririca
(Cyperus rotundus L.)
Marino Guerra
Estudo mostra que o palhiço proveniente da colheita mecanizada
reduz a parte aérea da planta daninha
A
pesar do seu porte baixo, a
tiririca é uma das plantas daninhas mais prejudiciais a todas as
culturas, em especial à cana-de-açúcar, isso porque ela desenvolve uma
grande estrutura subterrânea aumentando assim a competição e afetando o desenvolvimento natural do
canavial.
Mas a palhada da cana não será o
agente que vai acabar com a Tiririca
dos canaviais, o estudo mostrou que
embora o resíduo da colheita mecanizada atrapalhe o seu desenvolvimento, ocorreu aumento linear da parte
aérea de tiririca em função do tempo.
Logo, mesmo mostrando redução da
parte aérea de tiririca pela presença de
palhiço, se não houver controle desta
planta daninha, os efeitos da
matocompetição por tiririca serão sentidos tanto pela cana, como pelo bolso dos produtores.
Motivados pelo aumento progressivo de áreas que estão sendo
colhidas mecanicamente e com isso
deixando a palha da cana no campo,
os pesquisadores Maria do Carmo
de Salvo Soares Novo (IAC),
Ricardo Victória Filho (ESALQ-USP)
e Fábio Molchanski Langbeck (PUCCampinas) realizaram uma pesquisa
com o objetivo de estudar a
brotação da tiririca em um ambiente
coberto com palhiço.
O estudo, denominado “Efeito da
Palha de Cana-de-Açúcar e do Tamanho do Tubérculo na Brotação e
no Desenvolvimento da Parte Aérea
de Tiririca”, foi realizado utilizandose de tubérculos grandes e pequenos da planta daninha que foram
plantados nos meses de maio, julho
e setembro objetivando também, avaliar influências climáticas e com uma
massa de palha que variou entre 0 t/
ha, 5 t/ha, 10 t/ha e 15 t/ha.
Ao final dos estudos, estes pesquisadores concluíram que plantas de
tiririca originadas de tubérculos grandes se desenvolvem com maior facilidade, mas apresentaram redução de
biomassa quando da presença de 5 e
10 t/há de palhiço. Outra constatação
da pesquisa é que o desenvolvimento da tiririca é prejudicado quando o
tubérculo for plantado em julho.
Área onde há matocompetição entre cana-de-açúcar e tiririca
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
25
26. Antes da Porteira
O pai dos Javalis no Brasil
Marino Guerra
O cooperado João Prada foi um dos primeiros a importar e desenvolver uma criação do
animal em território nacional
O cooperado João
Prada no escritório da
Fazenda Palmira
A
o visitar a Fazenda Palmira, lo
calizada no município de Serra Azul, percebe-se que se trata de
uma propriedade diferente, em que,
mesmo ficando vários dias nela, não
conheceremos todas as surpresas que
os 1,7 mil alqueires nos reservam.
Apaixonado pela natureza, o cooperado João Prada destina ao plantio
de cana-de-açúcar cerca de 400
alqueires, o restante é divido por áreas
26
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
de preservação, uma respeitável lagoa,
criação de búfalos, carneiros e javali,
além da enorme quantidade de água de
mina que passa pela propriedade.
A sua criação de Javali foi iniciada em 1997 quando, depois de se interessar pelo animal através de conversas com amigos e leituras de reportagens, importou da França, 40
animais puro sangue e com isso ele
e mais dois produtores rurais intro-
duziram o ancestral do porco doméstico no Brasil.
João conta que, até então, toda
a produção era de ‘javaporco’, uma
mistura de javali com porco, que
chegou ao Brasil vindo do Uruguai
e da Argentina.
“Quando me interessei pela criação do javali, fui até o Rio Grande do
Sul e comprei alguns ‘javaporcos’,
27. Antes da Porteira
mas ao observá-los percebi muita diferença, então decidi importar os animais da Europa”, lembra João.
O cooperado ainda fala sobre a
enorme fiscalização que existe por parte dos órgãos ambientais para os criadores de javali.
“Para trazer o animal eu demorei
cerca de dois anos devido a todo o processo de implantação, hoje a importação está proibida em decorrência dos
problemas no ecossistema que o animal pode causar caso ele se alastre na
natureza. Todos os meus animais são
rastreados e eu emito relatórios regulares aos órgãos ambientais responsáveis”, explica João Prada.
Sua criação ultrapassa quinhentas
cabeças que são destinadas tanto para
o abate como para a reprodução.
Reprodutor da criação do cooperado João Prada
O Javali
O javali selvagem (Sus sc. scrofa)
é o principal ancestral do porco doméstico. Sua existência remonta mais
de 10 mil anos antes de Cristo conforme desenhos pré-históricos encontrados nas grutas de Altamira na
Espanha. Eles eram abundantes na
Europa Continental onde, pela sua
bravura e troféus de suas presas, eram
alvos cobiçados pelos caçadores.
Além disso, sua saborosa carne magra e natural considerada uma iguaria
era servida, principalmente a nobres
e aristocratas.
Maternidade da criação do cooperado João Prada
Após certo período de extrema redução em sua população e distribuição
e o preocupante aumento de animais
mestiços (javalis x porco) soltos na natureza, os esforços dos conservacionistas, amparados por severa legislação, têm ajudado a preservar e isolar os exemplares selvagens de raça ge-
neticamente pura através do cariótipo
(36 cromossomos – o porco possui
38), possibilitando o repovoamento
das muitas áreas de seu habitat original. Pela sua rusticidade e facilidade
de adaptação sob as mais adversas
condições, o javali selvagem tem, pela
influência do homem, uma distribuição geográfica das mais extensas
dentre todos os mamíferos terrestres,
com exceção apenas na Antártica.
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
27
28. Informações setoriais
Chuvas
de
Outubro
e Prognósticos Climáticos
Veja no quadro abaixo as chuvas anotadas durante o mês de outubro de 2006 na região de abrangência da CANAOESTE.
Locais
mm chuvas
Açúcar Guarani
AgroClimatologia FCAV UNESP-Jaboticabal
Algodoeira Donegá - Dumont
Andrade Açúcar e Álcool
Barretos - IAC/Ciiagro
Central Energética Moreno
CFM - Faz Três Barras - Pitangueiras
Cia Energética Santa Elisa (Sede)
E E Citricultura - Bebedouro
Faz Santa Rita - Terra Roxa
Franca - IAC/Ciiagro
IAC-Centro Apta Cana-Ribeirão Preto
São Simão - IAC/Ciiagro
Usina da Pedra
Usina Ibirá - Santa Rosa do Viterbo
Usina Batatais
Usina M B - Morro Agudo
Usina São Francisco
Médias das observações
211
185
182
143
101
257
104
122
111
196
266
234
147
231
150
348
162
180
185
médias históricas
100
123
125
--105
128
118
123
117
109
159
127
131
127
133
165
112
106
124
As chuvas observadas
(médias) durante o mês
de outubro “foram” superiores às históricas.
Foram exceções, por local, Barretos, CFM, Cia
Energética Santa Elisa e
E. E. Citricultura-Bebedouro.
Mapa 1: Água Disponível no Solo no período de 19 a 22 de outubro de 2006.
Engº AGRÔNOMO
OSWALDO ALONSO
Consultor Agronômico
CANAOESTE
O mapa 1 mostra que o índice de Água Disponível no Solo, até 22 de outubro,
encontrava-se como nível crítico em significativa faixa entre a Região Central e
Oeste, bem como em áreas isoladas do Estado de São Paulo; enquanto que, em
quase toda área de abrangência da ABAG - RP os solos se encontravam próximos
da Capacidade de Campo (máximo de armazenamento de água pelo solo), permi-
28
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
29. Informações setoriais
tindo ótimas condições para cultivos mecânicos, químicos e adubações das
soqueiras. Por outro lado, a fim de evitar pisoteio, exigem atenções nas operações
de colheita.
Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de outubro de 2005.
Mapa 3: Água Disponível no Solo ao final de outubro de 2006.
C
om o fim de subsidiar em
planejamentos de atividades futuras, o Departamento Técnico da CANAOESTE resume os
prognósticos climáticos para a Região Centro Sul do Brasil, que poderão ocorrer durante os meses de
novembro e dezembro de 2006. Prognósticos estes, de consenso entre
o INMET - Instituto Nacional de
Meteorologia e INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
• As temperaturas da Superfície
(TSM) do Oceano Pacífico Equatorial encontram-se ligeiramente acima da normalidade, resultando condições favoráveis (de fraca a moderada) para a ocorrência do fenômeno “El Nino” nos próximos meses;
• Mesmo que de baixa a média
confiabilidade, os prognósticos de
consenso INPE / INMET apontam
que:
- Prevêem-se temperaturas acima das médias históricas nos estados das Regiões Centro Oeste/Sudeste e próximas das normais nos
estados da Região Sul;
- As chuvas previstas para o
bimestre novembro/dezembro poderão variar: entre a normalidade
climática e ligeiramente abaixo das
médias históricas nos estados da
Região Centro Oeste / Sudeste e,
nos estados da Região Sul, poderão variar entre próximo a acima da
normalidade.
Ao final de outubro de 2006 (mapa 3), com exceção da Região de Franca e
pequena área no centro do Estado, o índice de Água Disponível no Solo já se
mostrava crítico em todo Estado de São Paulo, sendo praticamente o inverso do
que ocorreu em outubro do ano de 2005 (mapa 2), bem como até meados do mês
(mapa 1).
Exemplificando, na região de
abrangência da CANAOESTE as
chuvas poderão ser, pelas médias
históricas anotadas pelo Centro
Apta - IAC - Ribeirão Preto, de 175
mm em novembro e 270mm em
dezembro.
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
29
30. Culturas de Rotação
Baixa oferta
aumenta 39,5% o preço da saca do amendoim
Marino Guerra
Valor do grão no mês de outubro subiu R$ 7,90 em relação ao mesmo período do ano passado.
A
baixa oferta do amendoim, em
decorrência dos baixos preços
do produto registrados nas últimas safras, foi o fator determinante para que
o valor pago ao produtor pela saca de
25 Kg registrasse no mês de outubro
aumento de 39,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo
informações divulgadas pelo site da
Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) o preço da saca pago ao
produtor, em Ribeirão Preto, chegou a
R$ 27,90 em outubro de 2006, contra R$
20,00 no mesmo mês de 2005.
A queda na oferta do grão no estado
de São Paulo é constatada ao analisar a
produção da última safra de águas que
caiu de 199,6 mil toneladas em 04/05 para
183,4 mil toneladas. Isso se deu graças à
redução da área plantada, que caiu 10,9%
em relação ao mesmo período.
O fator determinante para essa queda de produção foi o fato de apenas
21% dos 317,7 mil hectares de canaviais, que passaram por reforma, terem
sido aproveitados com amendoim como
forma de se fazer rotação de cultura.
Embora a área tenha sido menor, os
produtores que apostaram no cultivo
da oleaginosa não brincaram em serviço e conseguiram aumentar o nível de
produtividade pela quarta safra consecutiva. Na safra 02/03 a produtividade
foi de 2,40 kg/ha, na safra 03/04 foram
colhidos 2,550 kg/ha, na colheita de 04/
05 a produtividade foi de 2,665 kg/ha e
esse ano chegou a 2,750 kg/ha.
Segundo a pesquisadora do IEA
(Instituto de Economia Agrícola), Renata Martins, o ganho progressivo na produtividade se dá em decorrência da preocupação pela qualidade do produto,
visando especialmente às exportações.
30
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
“A partir do final da década de 1990,
foram testadas e implementadas várias
tecnologias ao longo da cadeia de produção, como novos cultivares, colheita mecanizada, secagem artificial e
armazenamento controlado, além de
mudanças institucionais como novas
normas de processamento industrial e
de controle de qualidade do produto.
Essa nova dinâmica possibilitou a retomada de competitividade da atividade, com reflexos em ganhos de produtividade agrícola, no retorno de capital
investido na produção, no incremento
das exportações, principalmente para
mercadorias de maior valor agregado
como os grãos descascados e na oferta de produtos de melhor qualidade,
atendendo assim a demanda dos consumidores finais. Por outro lado, as
cooperativas de produtores e a associação da indústria confeiteira buscaram
especializar-se técnica e estruturalmente para atender melhor as novas exigências do mercado, criando mecanismos
para que o produtor disponha de apoio
técnico e financeiro para conduzir sua
produção”, explica a pesquisadora.
A perspectiva para a safra 06/07 é o
aumento na produção em decorrência
dos bons preços praticados nessa safra, mesmo tendo como perspectiva a
redução da área destinada à reforma do
canavial em cerca de 3,5%, segundo
informações do Canasat.
A grande aposta para a volta do
plantio de amendoim na maior parte das
terras destinadas a reforma dos canaviais é a possibilidade da utilização do
seu óleo para a produção de Biodiesel.
Para os pesquisadores do IEA, Sérgio
Alves Torquato e Renata Martins, a
variedade indicada para a produção de
óleo é a IAC Caiapó que, além de ter
alta produtividade (4,5 Kg/há), também
tem um rendimento de 44% de óleo se
produzido em escala industrial.
Para os pesquisadores, o cultivo da
oleaginosa, que servirá como matériaprima na produção do Biodiesel dentro
do estado de São Paulo, teria a seu favor os seguintes fatores: maior concentração de usinas, capacidade para extração de óleo e a boa infra-estrutura
de transporte.
A valorização do produto amendoim, seja no aumento das exportações ou
na utilização como matéria-prima para a
produção de Biodiesel, é de fundamental importância, tanto para as terras que
se beneficiará das vantagens naturais
da rotação de cultura, como para os pequenos e médios produtores que terão
um ganho expressivo em sua renda.
Cooperados da Copercana deverão
plantar cerca de 10 ha
A Unidade de Grãos da
Copercana espera ter um aumento
de 50% no recebimento de amendoim da próxima safra de águas. Isso
porque os cooperados, incentivados pela estrutura oferecida pela cooperativa e um plano de crédito facilitado, deverão plantar até o término da safra canavieira cerca de 6
mil hectares a mais do grão, isso
comparado com o mesmo período
do ano passado.
No total, deverão ser plantados
cerca de 10 mil hectares, o que se
considerar a área de 66,7 mil hectares plantada dentro do estado de
São Paulo na safra passada, só o
produto recebido pela Copercana
representará cerca de 15% de todo
amendoim colhido no início do ano.
34. Novas Tecnologias
Agricultura
de precisão não tão precisa assim
Marino Guerra
Estudo compara a qualidade de três modelos de GPS para utilização na
agricultura de precisão.
O
GPS (Global Positioning
System) foi um sistema criado
pelos Estados Unidos com o intuito de
localizar tropas em qualquer lugar da
Terra. Por influência da agricultura, que
ao contrário do setor bélico produz
vida, essa tecnologia foi se aproximando de vários segmentos da economia até se tornar peça fundamental
ao produtor que pretende desenvolver um sistema de agricultura de precisão em sua lavoura.
A utilização desse sistema possibilita o produtor ter informações localizadas dos problemas dentro de sua propriedade, porém, em decorrência do seu
alto custo, que pode variar de trezentos
dólares a quarenta mil dólares, sua utilização o torna viável para uma pequena
parcela dos produtores rurais brasileiros.
Sabendo da importância do aparelho dentro do conceito de “agricultura
de precisão” os engenheiros agrônomos
e mestres em agronomia Marcelo C. C.
Stabile e Luiz A Balastreire realizaram um
estudo denominado “Comparação de
três receptores GPS para uso em agricultura de precisão”.
O estudo consistiu na análise de
três modelos de GPS. O primeiro analisado foi um GPS de oito canais, freqüência de aquisição de 1Hz e exatidão maior de 25m sem disponibilidade
seletiva, o segundo foi um DGPS com
12 canais de freqüência de aquisição
de dados de 1Hz, base fixa, rádio transmissor 35W para a transmissão do sinal de correção calculado e exatidão
submétrica, e um terceiro GPS
algoritmo otimizado de 12 canais, freqüência de aquisição de dados de 1
Hz, exatidão submétrica, se utilizado
34
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
O GPS é um sistema fundamental para a implantação da agricultura de precisão
com sinal diferencial.
Para fazer a comparação, os testes
aconteceram em um campo aberto, plano e sem nenhum obstáculo na Esalq/
USP (Escola Superior de Agricultura
“Luiz de Queiroz” da Universidade de
São Paulo), no município de PiracicabaSP. Na área, foram feitas três linhas com
espaçamento de 10m entre si e 50m de
comprimento. Os testes aconteceram de
forma simultânea, sendo que foram feitas seis repetições com os três modelos
analisados.
Os testes constataram que o GPS
sem correção apresentou os maiores
desvios, variando de –9,2 a 9,7m, o
DGPS, embora tenha reduzido a margem de desvio (-6,2 a 3,9), ficou fora do
padrão considerado ideal dentro da
agricultura de precisão de no máximo
2m de desvio. O único modelo que ficou abaixo do limite de erro foi o GPS
com algoritmo otimizado, que teve uma
margem de –1,7 e 1,7m.
Ao ver os resultados, os pesquisadores concluíram que o único modelo não indicado para a agricultura
de precisão é o GPS sem correção,
sendo ele o de menor custo. Mesmo
acima da média tolerada, os pesquisadores consideraram o DGPS indicado para essa prática, o problema
para esse aparelho é o seu alto custo
inicial. A indicação ideal para esse fim,
tomando como base os resultados do
estudo, é o GPS algoritmo otimizado,
embora ele não esteja disponível em
todas as empresas fabricantes do
equipamento.
A solução dada pelos pesquisadores para que o GPS deixe de ser um
entrave no desenvolvimento da agricultura de precisão brasileira, é a fabricação de DGPS de baixo custo,
através da criação de uma tecnologia
nacional.
35. Agende-se
Dezembro
de 2006
VII Seminário Nacional de Energia e Responsabilidade Social Ambiental no Brasil:
Competitividade, Produtos, Tecnologias e Inclusão Social"
Data: 5 de dezembro
Local: Auditório do Interlegis - Via N 2 - Anexo “E” - Senado Federal - Brasília - DF
Temática: Viabilidade econômica; desenvolvimento tecnológico; harmonização com os padrões legais e
ambientais; aumento de competitividade; e, sobretudo, potencial para agregar valor social
do Setor Energético.
Maiores Informações: fones (61): 3031-9171 / 8465-3961 / 8465-3962 ou
seminarios@integrabrasil.com.br
Análise dos Fatores Fundamentais para Explorar com Sucesso as Oportunidades de
Negócios no Setor de AÇÚCAR E ÁLCOOL
Data: 5 e 6 de dezembro
Local: Paulista Plaza Hotel - São Paulo – SP
Temática: Perspectivas Mundiais e Desafios para Escoamento da Produção no Mercado Sucroalcooleiro
Maiores Informações: fone (11) 3017-6888 ou customer.service@ibcbrasil.com.br
VII Fórum da Abag - Tema: Agroenergia
Data: 7 de dezembro
Local: Hotel Araucária Plaza, em Ribeirão Preto
Temática: o aumento da população mundial e o maior consumo de energia; a necessidade de
ampliação da produção de energias renováveis; a importância dos mercados internacionais; o Protocolo de
Kyoto; o protecionismo e as barreiras comerciais; o sucesso dos carros flex fuel.
Maiores Informações: fone (11) 3285-3100 ou abag@abaf.com.br
Seminário Agropecuário Sustentável: Um olhar para o futuro
Data: 7 de dezembro
Local: Memorial JK – Eixo Monumental – Entrada Oeste – Brasília DF
Temática: Busca pela compatibilizaçãos do desenvolvimento do agronegócio com a conservação, a
valorização e o uso sustentável dos recursos da biodiversidade, com o objetivo de assegurar os
recursos naturais produtivos para o futuro.
Maiores Informações: fone (61) 3218-2244 ou cprp@agricultura.gov.br
Pareceres Técnicos e Jurídicos sobre Intervenções em APPs
Data: 13 de Dezembro
Local: Meliá Confort Paulista - São Paulo – SP
Temática: Esclarecimento das diferentes interpretações da legislação e atualização
sobre a recuperação de APPs.
Maiores Informações: fone (11) 3017 6888
Revista Canavieiros - Setembro de 2006
35
36. Biblioteca
Cultura
Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de
esclarecer, de maneira didática,
algumas dúvidas a respeito do
português
Pedro participando do debate disse:
- MINHA OPINIÃO PESSOAL é positiva em relação ao assunto em pauta.
Prezado amigo leitor, a opinião pode ser positiva ou negativa, mas em relação
ao Português é visível uma opinião redundante. (redundância)
Ora, se a opinião é MINHA (pronome possessivo), só pode ser pessoal.
Ou temos uma opinião que seja MINHA, mas não seja pessoal?
Melhor dizer: Minha opinião é positiva em relação ao assunto em pauta.
Pedro e Maria são amigos de longa data...
Todos dizem que a amizade de ambos é um “ELO DE LIGAÇÃO” muito forte...
Muito forte também é a redundância feita no Português...
Todo ELO é obrigatoriamente de LIGAÇÃO, assim como toda surpresa é
inesperada, todo lançamento é novo...
Portanto, usar apenas ELO, SURPRESA, LANÇAMENTO...
Escreveram no cartaz: BEM VINDO à nova Exposição...
Os convidados adoraram a homenagem!!!
Não quero tirar a alegria dos convidados, mas BOAS-VINDAS se dão de
forma diferente!!!
O correto é: BEM-VINDO à nova Exposição... (Bem-vindo – com hífen)
Há certos locais que usam logo à entrada de seu estabelecimento a sua própria identidade: “BENVINDOS” (forma incorreta)
Forma correta: BEM-VINDOS (usar hífen)
Cuidado, prezado amigo leitor, ao entrar!!!
PARA VOCÊ PENSAR
“De tudo, ficaram três coisas:
a certeza de que estamos sempre começando...
a certeza de que é preciso continuar...
a certeza de que seremos interrompidos
antes de terminar...
Portanto, devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo...
da queda, um passo de dança...
do medo, uma escada...
do sonho, uma ponte...
da procura, um encontro.”
Fernando Pessoa
36
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
RENATA CARONE SBORGIA
Advogada
e Prof.ª de Português e Inglês
Mestra—USP/RP,
Especialista em Língua
Portuguesa, MBA em Direito e
Gestão Educacional,
Escreveu a Gramática
Português Sem Segredos
(Ed. Madras)
com Miriam M. Grisolia
“GENERAL ÁLVARO
TAVARES CARMO”
CÁLCULOS NAAGROINDÚSTRIA
DA CANA-DE-AÇÚCAR
Maximizar a produtividade e reduzir
custos têm sido as metas da maioria
das unidades produtoras, juntamente com a melhoria da qualidade da matéria-prima e dos
produtos finais.
A área agrícola
tem buscado
incessantemente maior produtividade e melhor
qualidade da matéria-prima. Na área
industrial o objetivo principal tem
sido o aumento do “rendimento industrial”, ou seja, maior quantidade
de açúcar ou de álcool produzido
por tonelada de cana. Nos últimos
anos, entretanto, maior tem sido a
conscientização pelo aumento da
“eficiência industrial” e melhoria da
qualidade dos produtos finais.
Esse trabalho pretende ser mais uma
contribuição ao desenvolvimento
profissional do setor. Contém algumas das principais fórmulas e equações empregadas na produção e industrialização da cana-de-açúcar,
além de informações úteis, agrupadas para serem consultadas e utilizadas rapidamente. Foram abrangidos assuntos da área agrícola, industrial, econômica e financeira da
produção e industrialização da canade-açúcar.
Alguns resultados podem ser obtidos por diferentes fórmulas, sendo
apresentadas as soluções mais usuais. Não há recomendações específicas de fórmulas a serem empregadas. Caberá ao leitor decidir qual o
melhor caminho para sua empresa.
Os interessados em conhecer as
sugestões de leitura da Revista
Canavieiros, podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste em
Sertãozinho – Rua Augusto Zanini,
nº 1461 ou pelo telefone (16) 3946
3300 Ramal 2016.
37. Repercutiu
"O usineiro com pose de coronel e o engenho que centralizava o
lucro não existem mais. Hoje a indústria canavieira segue os melhores
padrões sociais e ambientais, gera renda e empregos", diz Decio
Zylbersztajn, coordenador do Programa de Estudos dos Negócios do Sistema
Agroindustrial, da Universidade de São Paulo para a Revista Exame em matéria publicada na edição 880.
“A atual crise do campo não é responsabilidade do setor
agropecuário, mas de todos nós brasileiros. A agropecuária é um
patrimônio nacional, um diferencial que pode garantir a nossa futura
saúde econômico-financeira”, do deputado estadual e eleito deputado federal Arnaldo Jardim em artigo publicado no Jornal Agora do dia 11 de novembro de 2006.
“Acredito, de fato, que as nuvens negras estão desanuviando. Nossa expectativa é de um ano (2007) agrícola bastante satisfatório. Teremos uma safra razoável. Mas a dissipação das nuvens depende também das políticas de apoio do governo”, do ministro da Agricultura, Luiz
Carlos Guedes Pinto, sobre a agricultura em 2007
"Enfrentamos três grandes desafios no começo deste novo século:
30% da força de trabalho do mundo vivem no desemprego ou no
subemprego, as mudanças climáticas apresentam sinais que não podem ser ignorados e a geopolítica do petróleo desponta com perspectivas de conflitos futuros. Nesse contexto, a bioenergia surge como uma
alternativa viável para países como o Brasil”, de Ignacy Sachs, sócioeconomista polonês, naturalizado francês, estudioso da economia brasileira,
durante palestra no Rio de Janeiro.
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
37
38. 1)Vende-se
MATÃO/SP
245 Alq., sendo 218 com cana, arrendado para Usina até 2011 ‘a 50t/alq., sem
benfeitorias, R$49.000,00 o Alq.. Interessados: Tratar com José Paulo Prado
(19)3541-5318 / (19) 9758-4054 ou pelo email: zptratores@yahoo.com.br
8) Vende-se
Caminhão 2325 ANO 1992, TODO
REVISADO, OTIMO DE PNEUS, MOTOR,
CAMBIO, ETC. PRONTO PARA TRABALHAR, R$ 115.000,00.
Interessados: Tratar com Patito –
(16)9187-1901 ou pelo e-mail:
paulistacomercial@uol.com.br
2) Vende-se
Destilaria de Aguardente Completa. Capacidade de até 24.000lts/dia de Álcool.
Interessados: Tratar com Márcio Viana,
(31)8437-3377
ou
pelo
e-mail:
marcio.mol.mol@bol.com.br
9) Vende-se
CARROCERIA 8 METROS PARA
TRANSPORTE DE CANA PRETA.
Interessados: Tratar com Dias pelo Telefone (19) 8161-6509 ou pelo e-mail:
levi.carmo@superig.com.br
15) Vende-se
ÁREA DE 13.200 ha, em Porto
Esperidião/MT, com 7000 ha em pastagens,
diversas benfeitorias, R$ 1.450,00/ha.
Interessados: Tratar com José Paulo Prado – (19)3541-5318 / (19) 9758-4054 ou
pelo e-mail: zptratores@yahoo.com.br
3) Vende-se
Área de 260 Alq. Com Laranja na Região
de Botucatu. R$70.000,00 o Alq..
Interessados: Tratar com José Paulo Prado, (19) 3541-5318/(19) 9758-4054 ou pelo
e-mail: terraverdeimoveis@yahoo.com.br
10) Compra-se
Procura-se barco usado em bom estado,
de 5 ou 6 metros com borda alta, do tipo
levfort. Tratar com Sidiclei, no tel. (67)
9636-7556 ou pelo e-mail:
sid_maxx@hotmail.com
16) Vende-se
TRATOR CBT 1105 COM CONCHA,
TODO REVISADO 100%, PREÇO A COMBINAR. Tratar Antonio Leme. Tel. (18)
3282-3853 ou pelo e-mail:
autopecaspirilampo@hotmail.com
4) Vende-se
Gado Nelore. Pronto para engorda de 18
a 24 meses, baia bruta.
Interessados: Tratar com José Luiz –
(18) 9733-8510 ou pelo e-mail:
jol.zelcam@ig.com.br
11) Vende-se
MERCEDES BENZ 1113,TOCO, ANO
1984, EQUIPADO COM GUINDAUTO
MASAL - 12004 E 12,5 MTS DE LANÇA,
SENDO 2 HIDRAULICAS E 2 MANUAIS.
VALOR - R$ 90.000,00. Interessados: Tratar com Wemerson Queiroz,
no tel. (31) 9615-3998 ou pelo e-mail:
wequeiroz@hotmail.com
17) Vende-se
Carneiros Santa Inês, pronto para cria e
recria. Temos carneiros de 8kg até 30
kg.Interessados tratar com MARCELOS
GUIDEROLI, Tel.: (16) 8146-1206 /99971206 / 37630862, ou pelo e-mail:
guideroli@furtuna.com.br
5)Vende-se
Área com 257 alq. arrendado para celulose, sede com piscina, hidromassagem e etc.
R$15.500,00 o alq.. Interessados: Tratar com
José Paulo Prado (19) 3541-5318 /
(19) 9758-4054 ou pelo e-mail:
zptratores@yahoo.com.br
6) Vende-se
Caminhão traçado MB 2213, ano 79, cor
verde, 2 cardans, caixinha revisada, carroceria
de plantio, pneus 70% novos, pronto para
trabalhar.Interessados: Tratar com Hugo (18)
9776-0358 ou e-mail: p7j9@hotmail.com
7) Vende-se
Caminhão Traçado + Julieta, cargo 2631,
ano 2004, FNV 2004, turbinado, hidráulico,
10 marchas, 200 mil km originais, 2º dono.
Preço do Conjunto R$150.000,00, Preço
somente do caminhão R$120.000,00 e preço da Julieta R$30.000,00. Interessados:
Tratar com ADEMIR FEUSER, (47)
3396-6763 – 9998-5213 ou pelo e-mail:
adf186@hotmail.com
38
Revista Canavieiros - Novembro de 2006
12) Vende-se
Caminhão cargo 4030, ano97, amarelo,
canavieiro (esta no chassis). Urgência em
vender. Ágio por R$25.000,00 ou Quitado
75.000,00.Interessados também aceito troca. Falar com Welton no tel (34) 9168-2086
ou pelo e-mail: welton_udi@hotmail.com
13) Vende-se
CAMINHÃO TRAÇADO BASCULANTE MB 2213, ANO 1979 R$45.000,00. Interessados: Tratar com Palu. Jaú/SP. Tel. (14)
9714-0056 ou pelo e-mail:
alexandrepaludetto@ig.com.br
14) Vende-se
Caminhão Scania cb 6x4 nz 260 cv. no
chassi, ano e modelo 1999, cabine simples,
branco, único dono, todo original e sem nenhum acidente. Pneus 1100/22, caixa de
transmissão e diferencial reforçado, não sou
garagista, sempre transportou 12 toneladas
com silo de ração, motivo da venda é recisão
de contrato de transporte com a agroindústria,
o caminhão esta em concórdia-sc, interessados em ver as fotos do mesmo, favor solicitar no endereço rodobonassi@netcon.com.br
com Marcos. Tel (49) 3444-1654
rodobonassi@netcon.com.br
18) Vende-se
CAMINHÃO FORD 22000, TRAÇADO,
MOTOR COM 3.000KM TODO REFORMADO, PINTURA DE PU,TRAÇOES ZF.
O MELHOR DA REGIÃO. ACEITAMOS
OFERTA. Interessados Tratar com SILVIO
BORGHI, no tel. (16) 3664-1535 ou pelo email: santaritaveiculo@terra.com.br
19) Vende-se
144 alq. em Nova Granada/SP, 120 em
cana arrendado para usina, R$ 25.000/alq.
Veja mais informações no site:
www.terraverde.ubbi.com.br
Interessados: Tratar com José Paulo Prado – (19) 3541-5318 / (19) 9758-4054 ou
pelo e-mail: zptratores@yahoo.com.br
20) Compra-se
COMPRO CAMINHÕES TRUCKS,
TOCO E 3/4. PAGO A VISTA OU COM CARROS. Interessados: Tratar com Plauto, tel.
(41) 3035-1938 ou pelo e-mail:
planettruck@hotmail.com