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PROPOSTA DE ESTRUTURA PARA A INDUSTRIA DO
         GÁS NATURAL NO BRASIL
                   Ildo Luis Sauer
                Diretor de Gás e Energia
OBJETIVOS


        • Apresentar o posicionamento da Petrobras à luz da discussão
            da nova Lei do Gás
            – Comparar os arcabouços regulatórios de países em diversos
              estágios de desenvolvimento da indústria do gás

        • Apresentar a estruturação básica para a continuidade do
            desenvolvimento da indústria de gás natural no Brasil,
            abordando as seguintes dimensões:
            – Regime jurídico
            – Atuação integrada na cadeia
            – Interconexão
            – Acesso à capacidade
            – Contratação de capacidade
            – Cessão de capacidade
            – Estrutura tarifária
            – Revisão / Reajuste tarifário


                                                                          1
SUMÁRIO

• O setor de GN no Brasil está em rápido crescimento e apresenta grande potencial de
 expansão. Para desenvolvê-lo é necessário competir com outros energéticos e investir
 fortemente na infra-estrutura. Neste contexto, a regulamentação pode ter um papel
 crítico.

• Experiências internacionais trazem aprendizados relevantes para a elaboração de um
 modelo para o Brasil: (i) é necessária uma adequada priorização de objetivos; nos
 estágios iniciais de desenvolvimento do setor (como no Brasil), deve-se priorizar o
 suprimento do GN e o investimento em infra-estrutura; (ii) a integração/ cooperação
 pode exercer papel fundamental no desenvolvimento da infra-estrutura; (iii) as regras
 adotadas devem ser consistentes entre si e com o estágio atual do setor.

• No estágio atual no Brasil, o modelo de regulamentação deve priorizar em sua primeira
 fase o suprimento do GN e o investimento em infra-estrutura. O desenvolvimento do
 setor deve ser promovido através da participação em livre iniciativa e associação dos
 agentes operadores da indústria, onde a Petrobras poderia atuar como um agente
 catalisador

• Outras propostas em discussão na indústria apresentam potenciais benefícios, porém,
 com riscos de instabilidade e menor potencial de investimento em infra-estrutura.

                                                                                          2
O SETOR DE GN NO BRASIL REGISTROU UM ALTO CRESCIMENTO
E APRESENTA FORTE POTENCIAL FUTURO
Consumo de GN; Índice (base=1980)
20
                                                                                                Brasil      Expansão do consumo
18                                                                                                          projetada para o Brasil

16
                                                                                                            Milhões de m³ por dia

14                                                                                              Espanha             +17% a.a.

12                                                                                                                           100
                                                                                                Chile

10                                                                                                                38
 8

 6                                                                                                              2004         2010
                                                                                                Argentina
 4                                                                                              Itália
                                                                                                Austrália
                                                                                                R.Unido
 2
                                                                                                Colômbia
                                                                                                EUA
 0
                                                                                                Peru         Significativo impacto
     1980

            1982

                   1984

                          1986

                                 1988

                                        1990

                                               1992

                                                      1994

                                                             1996

                                                                    1998

                                                                           2000

                                                                                  2002

                                                                                         2004
                                                                                                              econômico e social
                                                                                                                   para o País
                                                                                                                                      3
O SETOR DE GN NO BRASIL AINDA SE ENCONTRA EM UM ESTÁGIO
EMERGENTE
Índice de desenvolvimento do setor*


     Emergentes                                  Em transição                                                     Maduros
                                                                                                                                    8   8

                                                                                                              7          7

                                                                                          6         6

                                                                     5          5
                                                           4

                                        3        3

        2         2         2




Uruguai Peru          Brasil    Chile       Bolívia   Espa-       Colôm- França         Argen-     Austrá- Itália        Alema- EUA         Reino
                                                      nha         bia                   tina       lia                   nha                Unido


                                                          Grau de maturidade do setor                                                   Maior


      * Índice calculado com base na: (i) penetração do GN na matriz energética; (ii) extensão e densidade da rede; (iii) grau de
        diversificação setorial do consumo do GN; e (iv) número de participantes no setor
 Fonte: UFRJ                                                                                                                                        4
O DESENVOLVIMENTO DO SETOR NO BRASIL REQUER                                                                                        ESTIMATIVA

INVESTIMENTOS SIGNIFICATIVOS EM INFRA-ESTRUTURA
                                                                                                 Estimativa de
                                                       Expansão prevista                        investimentos
  Crescimento projetado                                da rede de transporte
  do consumo de GN                                                                               necessários:
                                                       Mil km
  Milhões de m³ por dia                                                                           US$ 4-6 bi
                                                                        16,1
                           100
                                                               7,6                                                 Dados os altos
                                                                                                                   investimentos
                                                                                                                   necessários e seus
                                                             2004              2010                                demorados
                                                                                                                   paybacks
                                                                                                                   (tipicamente >10
                                                       Expansão prevista                                           anos) é necessária
           38                                          da rede de distribuição                                     estabilidade para
                                                       Mil km                                                      garantir o retorno
                                                                                                                   em um longo
                                                                               14,1                                período de tempo
                                                              11,0

                                                                                                 Estimativa de
        2004               2010                                                                 investimentos
                                                             2004              2010              necessários:
                                                                                                 US$ 10-15 bi*

        *    Supõe investimento de US$ 1,65 bilhões a cada milhão de m³/dia de consumo adicional nos setores residencial, comercial e eicular
 Fonte: Plano de Negócios da Petrobras 2006-2010, Abegás, Comgás,                                                                               5
Investimentos da Petrobras na cadeia de Gás Natural, incluindo
   área internacional, somam cerca de US$ 16 bilhões, até 2010

 Investimento em E&P no Brasil (US$ bilhões)

   55 poços profundos                                              1,9
   5 Plataformas com Sistema de Compressão                        1,6
   633 Km de dutos de transferência, linhas flexíveis,
   umbilicais                                                     1,0
   4 UPGN (SF,Cacimbas,Caraguatatuba, BS-500)                     0,9
   Outros                                                         0,2

                                                                    5,6
 Investimento no Período 2006-2010                      US$ bilhões
        • Gás Associado                                     3,2 (*)
        • Gás Não Associado                                 5,6
 Investimento E&P                                           8,8


(*) Inclui UPGNs de Golfinho (gás associado) e UBU (gás associado do Parque das
   Baleias), gasodutos e compressores para gás associado, etc...
                                                                                  6
Principais Investimentos em Projetos de
                    Produção de Gás Não-Associado (GNA)
US$ milhões                 Início da   Vazão Inicial    Investimento no
                            Produção     (mil m3/d)     Período 2006-2010


Bacia do Solimões             2007         5.500              150

Manati (Bahia)                2006         6.000              160

Peroá (Espírito Santo)        2005         3.500              220

ESS-138 + Desenv. Compl.
                              2008         2.000              450
do Espírito Santo

Mexilhão/ Cedro               2008         12.000             1.950

BS-500                        2010         18.000             2.450

Total E&P                                                     5.380

                                                                            7
Principais Projetos para Oferta de
                   Gás Natural Nordeste-Sul-Sudeste
                                                                        ESS-138                              Frade
             70                                                          (2008)                              2009
                                                   Roncador                            Mexilhão/                         62,0
                                                                Marlim Sul
                                                    ( P-54)                             Cedro
                                                                 Módulo 2
             60                                      2007                                2008
                                                                  (P-51)
                                                                   2008
                                                                                                  54,8
             50                                  Golfinho                                                   Roncador
                                   Golfinho                                                                  ( P-55 )           BS-500
                                                  Mód 2                                      Marlim Leste
                                                                                                               2010             (2010)
                                    Mód 1         2007                        47,8              (P-53)
 il 3/d




             40                     2006                                                         2008        Jubarte - Fase 2
                                                                                                                 (P-57)
                                                                     37,1
M m




          Barracuda (P-43)                       31,4                                                             2010
          Caratinga (P-48)
             30
                                                                                  Roncador
                                  26,4                                             (P-52)
             20                                                                     2007
                                        Peroá-       Manati
                                        Cangoa        2006       RJS-409
             10 Albacora                Fase 1                  Espadarte            Peroá-
                                         2005                     2007            Cangoa Fase 2
                   Leste (P-50)                                                       2007
                      2005
               0
                             2005             2006            2007            2008                  2009                2010

                                                                                                                                   8
Investimentos em Gás Natural: investimentos em
infra-estrutura para aumentar a capacidade de entrega.
                                      Belém

                        Manaus                                    Gasfor-II
                                                            Natal                              Gasodutos
                                                                       Nordestão-II            existentes
                                                             Recife
                                                                                               Gasodutos
                                                       Salvador                                novos
                                                                    Gasene / Cacimbas – Catu
  Urucu – Porto Velho                   Brasília
                                                                    (Perna Norte)
  Urucu – Manaus                                                Gasene / Cabiúnas – Vitória
                                                Rio de Janeiro (Perna Sul)
                                          São Paulo
                                                              Paulínia – Jacutinga
                                                                  Caraguatatuba – Taubaté
                                 Porto Alegre
                                                                    Principais Projetos em Gasodutos
                                                   Gasoduto Sudeste-Nordeste (GASENE)
    Investimentos em                               Malha de Gasodutos do Nordeste
 gasodutos de 5,2 bilhões                          Gasoduto Urucu-Coari-Manaus
       de dólares                                  Ampliação Gasbel
                                                   Gasoduto Bolívia-Brasil (até 34 MM m3/dia)
                                                   Projeto Malhas SE e NE
                                                   Gasoduto Paulínia-Jacutinga
                                                   Plano de Desenv. do Escoamento de Gás - PDEG             9
Os investimentos Petrobras na Área G&E - Gás Natural somam US$ 5.2 bilhões
                          Projeto                Modelo de Negócio
                                                           Negó            2006 – 10     Início de
                                                                                         Iní
                                                                          US$ milhões    Operação
                                                                                         Operaç
Bolívia - Brasil                                 Condução Própria             89         operando
Caraguatatuba - Taubaté                         Financ. Estruturado          178           2008
Itu - GASAN                                     Financ. Estruturado          125           2008
Paulínea - Jacutinga                            Financ. Estruturado           45         Jul/2007
Gasene-Cacimbas - Vitória                        Condução Própria             8            2006
Gasene-Cabiúnas Vitória                           Fin. Estruturado           279          Jan/07
Gasene-Cacimbas - Catu                          Financ. Estruturado          1.389       Jul/2008
Urucu - Coari - Manaus                          Financ. Estruturado          390           2007
Urucu - Porto Velho                            Parceria (Part. PB 1%)         4            2007
Malha de Gas SE e NE                            Financ. Estruturado           49         operando
Malha de Gasodutos do NE                        Financ. Estruturado          1.081       Jul/2008
Plano de Desenv. do Escoamento da Gás - PDEG    Financ. Estruturado           38           2007
Ampliação GASBEL                                Financ. Estruturado          185        2007 (FaseI)
Desenvolvimento de Reservatórios no NE            Condução Própria            6            2006
Aquisição de Cias. Distrib.                      Condução Própria            161             --
Inv. AdicionaisTBG                               Condução Própria            100           2008
Inv. Adicionais GTB                              Condução Própria            140           2008
Inv. Adicionais TSB                              Condução Própria            300           2008
                                               Cond. Própria / Financ.
Outros                                                                       647             --
                                               Estratuturado / Parceria

           Total Gasodutos                                                   5.214                     10
Medidas de Garantia de Atendimento às Demandas


     1. CONVERSÃO DE TÉRMICAS DA PETROBRAS EM BICOMBUSTÍVEIS



                  TERMOBAHIA        NOVA PIRATININGA
                  TERMORIO          CUBATÃO
                  CANOAS            TERMOAÇU
                  IBIRITERMO        TERMOCEARÁ
                  ELETROBOLT

1- Orçamento previsto de US$ 245 milhões (+ US$ 30 MM TERMOAÇU)
2- Há o compromisso com o MME de converter o equivalente a 14 MMm3/dia,
sem considerar os volumes das térmicas de Termoaçu (2.200mil m3/dia) e
Termoceará (1.200milm3/dia)
1- FECHAMENTO DOS CICLOS DE CANOAS E TRÊS LAGOAS AUMENTANDO
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – US$ 175 MILHÕES.
2- UTE MANAUS NO SISTEMA ISOLADO DA REGIÃO NORTE – US$ 309 MILHÕES

                                                                          11
COMPETIÇÃO PERMANENTE DO GN COM DIVERSOS ENERGÉTICOS

 O setor de GN precisa competir com:

Preferência dos                                                                      • Elevada participação na
consumidores por seu                                                                   matriz energética
uso:                                                                                   brasileira
                           Líquidos                                    Hidro-
• Flexibilidade de uso   derivados do
                                                                                     • Grande abundância a
• Custos de conversão                                               eletricidade       baixo custo
                           petróleo
  para o consumo do                                                                  • Energético insubstituível
  GN                                                                                   do ponto de vista do
                                         Mercado                                       consumidor
                                        para o gás
                                         natural

                                                                           • Fontes bioenergéticas de baixo
                                                            o   s            custo no Brasil (p.ex.: lenha e
                                                   é   t ic                  bagaço de cana)
                                               e rg
                                             en
                                       B   io


     • O GN enfrenta competição significativa de outras fontes energéticas e mercados
     • O crescimento do GN depende de sua competitividade em relação aos outros
      energéticos
                                                                                                               12
O MODELO DE DESENVOLVIMENTO DO SETOR DEVE SER DEFINIDO
ATRAVÉS DE TRÊS ELEMENTOS

       Características do setor e
      estágio de desenvolvimento




                                    • Metas a atingir segundo o estágio do setor
              Objetivos



           Papéis desejados         • Postura em relação aos papéis dos agentes



                                    • Conjunto de escolhas em várias dimensões
          Regras específicas

                                               A regulamentação pode ter
                                                   um papel crítico no
                                                desenvolvimento do setor
                                                                                   13
EM MERCADOS NÃO MADUROS, DEVEM SER PRIORIZADOS OS OBJETIVOS
DE EXPANSÃO DA INFRA-ESTRUTURA E
ESTABILIDADE DO SUPRIMENTO
Estágio de
desenvolvimento do
setor




                                Emergente                   Em transição                      Maduro

Características          • Falta de infra-estrutura   • Desenvolvimento de infra-       • Mercados liberalizados e
                             básica                       estrutura e mercado             competitivos
                         •   Mercados locais          •   Transição a mercados locais
                             protegidos                   mais competitivos
Estrutura típica da      • Monopólio e oligopólios    • Existência de agentes           • Maior número de agentes
industria                    locais                       aglutinadores                 • Mercados competitivos
                         •   Integração vertical      •   Entrada de novos agentes
                                                          em associação


Objetivos prioritários   • Promover o investimento    • Promover a expansão da          • Aumentar a eficiência e
típicos para o               em E&P para garantir o       infra-estrutura e               competitividade do setor
desenvolvimento do           suprimento                   investimento em
setor                                                     suprimento de GN      Objetivos em mercados
                                                                                não maduros como no
                                                                                Brasil                               14
UM AUMENTO EXCESSIVO DA COMPETIÇÃO EM MERCADOS NÃO MADUROS
PODE LIMITAR O INVESTIMENTO E INDUZIR
À INSTABILIDADE NO SETOR
Possíveis ações regulatórias                    Impacto na estabilidade e no
ligadas à competição                            investimento


Separação        • Proibição de participação    A separação pode inviabilizar o
vertical          acionária parcial ou total    investimento pelos agentes com
                  entre os elos da cadeia       posicionamento na produção ou
                                                distribuição, reduzindo o possível
                                                investimento total do setor

Tarifação        • Mecanismos de redução        Redução excessiva de tarifas abaixo
                  forçada de tarifas            de níveis justos de remuneração cria
                                                potenciais des-incentivos aos
                                                investimentos

Intervenção      • Nível de intervenção do      Intervenção tem risco de criar
no mercado        regulador ou outro órgão no   distorções no mercado, prejudicando
                  funcionamento do mercado      a estabilidade do setor
                  de gás

                                                                                     15
UM DOS FATORES QUE LEVOU À CRISE DO SETOR ELÉTRICO
DE 2001-2 FOI A TENTATIVA DE PERSEGUIR SIMULTANEAMENTE OBJETIVOS
CONFLITANTES                                           CASO BRASILEIRO
                                                  • Mercados de atacado e de
                                                      varejo


                                                           Aumentar a
                                                           eficiência e
                                                           moderar
                                                           preços
• Licitação pelo critério
                                   Max                                                      ar a            • Metas de qualidade nos
    de maior oferta                      i                                             en t
                                  rece mizar                                      Aum idade                  contratos de concessão
•   Venda de ativos já
                                 priv ita da
                                                  a                                    l
    existentes de geração            a t iz                                        qua
                                            açã
                                                o               “Crise do           dos iços
                                                               Apagão” de            ser v
                                                                2001/2002




                                                                      Es ves nov de e
                                                                      Es es ov e
                                                                       iin em iida ão
                                                                         ttiim ttiim a
                                                                          nv m n dad o e
                                                c id à r
                                             tri ss o l iz a




                                                                             s pac raç são


                                                                             mu me a
                                                                             s e pac raç são
                                                                               ca ge miis



                                                                               ulla ent
                                                                               ca g e
                                          ele a ce rsa




                                                                                  de ans




                                                                                  ar nto
                                                                                  de nsm
                                                       e




                                                                                   r
                                                    ad




                                                                                    ttra
                                                                                      r
                                            o ive
                                              Un




                                                                                         o
                                                                                           ã
                                                                                            s
       • Obrigatoriedade do                                                                     • Status de produtor
                                                                                                    independente para todos os
         atendimento de baixa renda e
                                                                                                    novos geradores
         de áreas rurais
                                                                                                •   Programa prioritário de
                                                                                                    geração termoelétrica
                                                                                                                                  16
A PRIORIZAÇÃO DOS OBJETIVOS CONTRIBUIU PARA O SUCESSO NO
SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES
                                                                                       CASO BRASILEIRO




Estágio de
desenvolvi-
mento do setor



                                   Fase inicial                       Cenário Final


Objetivos        • Universalização do serviço com           • Aumento da competição
priorizados       investimento na rede                      • Melhoria da qualidade
em cada fase
Contexto do      • Limitado acesso e concentração           • Adequação da oferta à demanda
setor              geográfica da rede                       • Aumento da qualidade do serviço
                 • Baixa qualidade do serviço prestado      • Redução das tarifas
                 • Tarifas inferiores ao custo em regiões   • Inovação
                   remotas
Principais       • Alteração tarifária                      • Estabelecimento dos parâmetros
mudanças na      • Flexibilização do modelo de oferta de      mínimos de qualidade
regulamentação    serviços                                  • Concessão de licença para telefonia
                                                              móvel
                                                                                                    17
Objetivos do novo
OS OBJETIVOS PARA O SETOR DE GÁS NO BRASIL               modelo no curto/ médio
FORAM PRIORIZADOS EM DUAS FASES                          prazo



                                                       Segunda fase do
Estágio de                                             novo modelo (longo
desenvolvi-                                            prazo)
mento do
setor                              Primeira fase
                                   do novo modelo
               Evolução
               histórica (até
               2005)




Objetivos      • Suprimento        • Estabilidade do   • Aumento da
priorizados     (desenvolvimento     suprimento         competição e
em cada fase    de reservas e      • Investimento em    eficiência
                importações)         infra-estrutura

                                                                          Tempo

                                                                                  18
EM ESTÁGIOS EMERGENTES DO SETOR DO GN, A                                                                                                                     Mercados
                                                                                                                                                             emergentes
INTEGRAÇÃO/ COOPERAÇÃO VERTICAL É MAIOR                                                                                                                      e em
                                                                                                                                                             transição

                                                                           Índice de desenvolvimento                                 Nível de integração/
                      Grau de maturidade*                                  da infra-estrutura**                                      cooperação vertical***

 Reino Unido                                           8                                                7,2                             0

 EUA                                                   8                                                  8,4                                        3
                                                                                                                                                             Média de
 Alemanha                                          7                                             5,2                                                 3       2,0 vs. 5,0

 Itália                                            7                                 2,6                                                        2

 Austrália                                     6                                                  5,7                                           2

 Argentina                                     6                                          3,8                                                   2

 França                                    5                                               3,9                                                                5

 Colômbia                                  5                                   0,8                                                                            5

 Espanha                               4                                           1,5                                                          2

 Chile                             3                                           0,7                                                                                   7

 Bolívia                           3                                           0,6                                                                            5

 Brasil                        2                                             0,1                                                                              5
                                                                                             Média de
                               2                                              0              0,9 vs. 5,5                                                 4
 Peru

 Uruguai                       2                                             0,1                                                                                     7

      *   Índice definido em função da participação do GN na matriz energética, do desenvolvimento da infra-estrutura e da concentração dos agentes
     **   Índice definido com base na extensão, capilaridade e densidade das redes de transporte e distribuição
    ***   Separação total (0-1), participação cruzada com restrições (2-3), participação cruzada sem restrições (4-6), integração vertical livre (7-10)
                                                                                                                                                        Definições
 Fonte:   UFRJ                                                                                                                                                             19
A LIBERALIZAÇÃO DA REGULAMENTAÇÃO NÃO AUMENTA A COMPETIÇÃO
POIS ESTA DEPENDE DA MATURIDADE DO SETOR
Nível de concorrência
 12

                                                                       R2 = 91%                                 EUA
 10
                                                                                          Alemanha              UK
  8

                                           Espanha              Colômbia                         Itália
  6                                                                                 Austrália
                                                                                    Argentina
                                                                                                                             • O nível de
                                 Chile
  4
                                                                França
                                                                                                                                concorrência
  2
                   Peru
                                          Bolívia
                                                                                                                                possível do
                   Brasil
                   Uruguai                                                                                                      mercado é
  0
      0        1             2        3              4             5            6            7              8         9
                                                                                                                                dependente do grau
                                                                                                 Grau de maturidade             de maturidade da
Nível de concorrência                                                                                                           indústria
  12

  10                                                 R2 = 13%                       EUA                   UK
                                                                                                                             • Entretanto, uma
                                                                                                                                maior liberalização
      8
                   R2 = 1%                                         Alemanha                        Itália                       da regulamentação
      6
                                                                                          Austrália                             não gera
                                                                       Colômbia
                                            França                                            Espanha                           necessariamente
      4                                                                         Argentina
                                             Chile                                                                              uma maior
                                                             Bolívia
      2
                                 Brasil                 Peru                                                                    concorrência
      0                                             Uruguai
          0    1        2        3           4           5         6        7          8           9            10    11
                                                                   Grau de liberalização da regulamentação
   Nota: Nível de concorrência definido em função de número de competidores, desenvolvimento dos mercados secundário e de curto prazo e concentração
         da oferta; Grau de maturidade definido em função de participação do GN na matriz energética, desenvolvimento da infra-estrutura e concentração dos
         agentes; Grau de liberalização da regulamentação definido em função de eficácia do livre acesso, grau de separação, poder da agência reguladora e
         grau de abertura do mercado final
  Fonte: UFRJ                                                                                                                                                 20
NA COLÔMBIA, A PRIORIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE INFRA-
ESTRUTURA FOI CRÍTICA PARA O CRESCIMENTO DO SETOR DE GN

No estágio inicial até    Objetivos priorizados:            Extensão do sistema de
1970-80, indústria                                          transporte
emergente                 • Garantir disponibilidade do     km            7.800
caracterizada por:          GN
                          • Desenvolver a infra-estrutura        4.800              +63%


• Importações de
 combustíveis de alto     Papéis dos agentes:
 custo                                                            94       04
                          • Estado - regulador e
• Infra-estrutura pouco     investidor (via Ecopetrol)       Participação do GN
 desenvolvida             • Agentes operadores -             na matriz energética
                            investidores (Promigás)          %            21,0
• Grande                                                         14,4                  +46%
 oportunidade de          Principais regras adotadas:
 crescimento
                          • Parcerias com a Promigás
                          • Acesso à capacidade                   94       04
                          • Sistema tarifário com           Modelo contribuiu com o forte
                           diferentes modalidades por       desenvolvimento do setor
                           zonas
                                                                                           21
A DEFINIÇÃO DOS PAPÉIS ATRIBUI AOS AGENTES OPERADORES
O DESENVOLVIMENTO DO SETOR NO MODELO PROPOSTO
                Agente
Papéis          responsável          Justificativa

 Planejamento   Governo Federal      • Visão abrangente dos requerimentos energéticos
 e arcabouço                          do País
 regulatório



                Órgão                • Necessidade de fortalecimento
 Aplicação da   independente
 regulação
                (ANP)




 Cooperação e   Agentes operadores   • Agentes, em livre participação e associação, com
 operação do    (ex: produtores,       integração/ cooperação vertical, têm capacidades
 sistema        transportadores e      técnicas e financeiras para desenvolver o setor
                distribuidores)      • Petrobras como catalisador do desenvolvimento

                                                                                      22
O MODELO PROPOSTO PERMITE A LIVRE PARTICIPAÇÃO DOS
AGENTES DANDO ESTÍMULOS ADEQUADOS AO DESENVOLVIMENTO

  Livre iniciativa,   • Desenvolvimento de infra-estrutura por iniciativa dos agentes
  participação e       operadores, sem licitação.
  associação          • Integração/ cooperação e livre associação ao longo da cadeia
                       permitida para todos os agentes


                      • Liberdade e flexibilidade para desenvolver mercados de curto e
  Transparência e      longo prazos e secundários de gás e transporte
  flexibilidade
                      • Regras de livre acesso à infra-estrutura


                      • Período de exclusividade de acesso à nova infra-estrutura
  Estímulo aos
  investimentos       • Tarifas de transporte reguladas refletindo custos reais e retornos
                       adequados


  Estabilidade e      • Planejamento e arcabouço regulatório a cargo do Governo
  independência        Federal
  regulatória         • Aplicação da regulamentação por órgão independente

                                                                                             23
DADAS AS CARACTERÍSTICAS DO SETOR DE GN, A INTEGRAÇÃO/
COOPERAÇÃO VERTICAL É NECESSÁRIA PARA O SEU DESENVOLVIMENTO

 Setores industriais típicos
 (ex. bens de consumo)                               Setor de gás natural
  Produtores Canais de distribuição                   Produtores    Transporte e
                                                                    distribuição



                                                                                               Usuários
                                      Consumi-                                               de diferentes
                                       dores                                                portes e perfis
                                                                                             de consumo




 Múltiplos      Atingimento direto dos               Múltiplos      Infra-estrutura comum
 produtores     consumidores via canais              produtores
                alternativos de distribuição                       Elevados investimentos de alto
                                                                      risco ao longo da cadeia

 Produtores podem desenvolver seus próprios          Dados os riscos e altos investimentos
 canais de distribuição para atingir seus clientes   necessários para atingir os usuários, é preciso
 ou inclusive adquirir canais de distribuição dos    • Coordenar investimentos ao longo da cadeia,
 competidores (ex: aquisição de cadeia de              com retornos adequados
 supermercados)                                      • Utilizar infra-estruturas comuns para o
                                                       transporte e distribuição                     24
CASOS INTERNACIONAIS INDICAM UMA EVOLUÇÃO
NATURAL À COMPETIÇÃO NO SETOR
       Monopólio / oligopólio           Integração/ cooperação vertical                       Competição
Reino Unido (até 1982)              Reino Unido (1983-1991)                     Reino Unido (desde 1992)
• Monopólio da British Gas          • Estado atuante como regulador             • Estado atuante como regulador
  (estatal) como investidora e      • BG Transco (privatizada) atuante          • Transco atuante como
  operadora                             como investidora e operadora                investidora e operadora
• Alguma presença de outros                                                     •   Participação de outros agentes
  agentes no E&P, mas                                                               no transporte e distribuição
  praticamente ausentes no
  transporte
Holanda (até 1997)                  Holanda (1998-2000)                         Holanda (desde 2001)
• Estado atuante como regulador,    • Estado atuante como regulador e           • Estado atuante como regulador e
    investidor e operador               investidor através da Gasunie               operador via Gasuine (acionista)
•   Demais agentes praticamente     •   Outros agentes participando em          •   Transporte dominado pela
    ausentes                            parceira com a Gasunie                      Gasunie. Zebra Line atuante
                                                                                    como investidora
Colômbia (até 1993)                 Colômbia (desde 1994)
• Ecopetrol – monopólio (estatal)   • Estado atuante como planejador e
    atuante como investidora e          regulador
    operadora                       •   Ecogás (estatal detentora de dutos)
•   Demais agentes praticamente         atuando como investidora em
    ausentes                            parceria com terceiros
                                    •   Promigás (novo agente) com
                                        significativa participação no mercado
       * 25% Shell, 25% Exxon                                                                                          25
Período com elevada
A INTEGRAÇÃO/ COOPERAÇÃO VERTICAL PODE                                                            integração/
                                                                                                  cooperação vertical
VIABILIZAR O DESENVOLVIMENTO DA INFRA-ESTRUTURA                                                   Período pós-
                                                                                                  liberalização do setor



                   Reino Unido                                 Holanda                      Colômbia
Aumento da
participação                                                           40,9
do GN na
                           23,6
matriz
                                               15,3                                             14,4
energética
Pontos                                                                                                              6,6
                                                                                   0,1
percentuais

                           17,9
Aumento da
rede de                                                                10,2
transporte
Mil km                                                                                           1,9
                                                1,5                                                                  0
                                                                                   0
                       Até 1992           1992-2004                  Até 2000   2000-2004     Até 1994         1994-2004

Principal           • British Gas                                   • Gasunie               • Promigás
agente

                                  Integração / cooperação vertical permite reduzir os
                                  riscos dos investimentos ao longo da cadeia do GN
  Fonte: BP Statistical Review of World Energy June 2005, CIA, BG                                                          26
Emergentes e
CASOS INTERNACIONAIS MOSTRAM REGRAS CONSISTENTES                                                                                   Em transição
                                                                                                                                   Maduros
DEPENDENDO DO ESTÁGIO DO MERCADO                                                                                                   Casos menos
                                                                                                                                   comuns

                                                        Permissão com licitação           Permissão sem licitação       Permissão livre apenas
Regime                Monopólio controlado pelo
                                                                                          preservando o interesse       com licenciamento
jurídico              governo / Estado
                                                                                          público                       ambiental

Atuação                                                Integração com                    Integração com                 Separação econômica
integrada na          Integração sem restrição         separação                          separação jurídica            (parcial ou total)
cadeia                                                 contábil/gerencial

                      Negociação a critério                         Negociação                                  Interconexão forçada desde que o
Interconexão
                      do transportador                              com recurso de arbitragem                   sistema permita

                                                                                Acesso a terceiros com
                      Negociação a            Acesso a terceiros com                                                    Acesso a terceiros com pro-
Acesso à                                                                        prioridade para os titulares
                      critério                prioridade para o                                                         rata da capacidade –
capacidade                                                                      dos contratos – contract
                      do transportador        investidor                                                                common carriage
                                                                                carriage

Contratação de        Negociação a critério                        Firme e interruptível                       Firme e interruptível com teto para
capacidade            do transportador                                                                         preços e repartição de ganhos

Cessão de
capacidade pelo                                                                                    Permitida (com
                                    Não permitida
titular do contrato                                                                                regulamentação específica)

Estrutura             Negociação livre        Postal                  Zonas               Ponto-a-ponto         Misto            Pontos de
tarifária             com arbitragem                                                      (distância)                            entrada e saída
                      do regulador                                                                                               (congestionamento)
Revisão/ reajuste     Negociação a critério                        Cost plus histórico                           Price cap
tarifário             do transportador com
                      arbitragem do regulador

                                                                                                                                                      27
Emergentes e
EXEMPLOS INTERNACIONAIS DE APLICAÇÃO DAS REGRAS                                                                                                 Em transição
                                                                                                                                                Maduros
                                                                                                                                                Casos atípicos

                      Monopólio controlado pelo          Permissão com licitação                Permissão sem licitação           Permissão livre apenas com
Regime                governo / Estado                   (Argentina, Bolívia, Colômbia,         preservando o interesse público   licenciamento ambiental
jurídico              (Arábia Saudita, Argélia,          EUA, Itália, México,                   (Austrália, EUA, Canadá,          (Brasil, Chile, EUA intra-estado
                      Rússia, Índia-atualmente)          Peru, Reino Unido, Uruguai)            Holanda, Índia-futuramente)       ex: Texas-Lousiana)
                                                                                                                               Separação econômica
Atuação                                                Integração com separação                Integração com separação
                      Integração sem restrição                                                                                 (parcial ou total)
                                                       contábil/gerencial                      jurídica
integrada na          (Arábia Saudita, Argélia,                                                                                (Parcial: Austrália, Itália, Argentina,
                      Rússia, Grécia, Portugal)        (Alemanha, Canadá, Chile,               (Brasil, Espanha, EUA,          Bolívia, Peru, Uruguai
cadeia                                                 Irlanda, França, Suécia)                Bélgica, Áustria)               Total: Holanda, R.Unido, Colômbia)
                                                                                                                          Interconexão forçada desde que o
                      Negociação a critério do transportador
                                                                      Negociação com recurso de arbitragem                sistema permita
Interconexão          (Alemanha, Brasil, Texas/Lousiana –
                                                                      (EUA)                                               (Argentina, Colômbia, Espanha,
                      intra-estados, Reino Unido)
                                                                                                                          Holanda novos dutos- Zebra, México)
                                               Acesso a terceiros com prioridade     Acesso a terceiros com prioridade
                                                                                     para os titulares dos contratos –             Acesso a terceiros com pro-
                      Negociação a critério    para o investidor
Acesso à                                                                             contract carriage                             rata da capacidade – common
                      do transportador         (Casos especiais: EUA, Holanda,
capacidade                                                                           (Argentina,Brasil*,Canadá,Chile,              carriage
                      (Alemanha, Bélgica)      México-novos dutos, Bélgica-
                                                                                     Colômbia, Espanha, EUA, Holanda)              (Hong Kong, Índia)
                                               Reino Unido-interconexão)

Contratação de        Negociação a critério do transportador           Firme e interruptível                           Firme e interruptível com teto para
                      (Argélia, China, Espanha, Índia, Rússia)         (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia,            preços e repartição de ganhos
capacidade                                                                                                             (EUA, Holanda, México)
                                                                       Peru, Reino Unido, Uruguai)
Cessão de                     Não permitida                                            Permitida (com regulamentação específica)
capacidade pelo               (Argélia, China, Espanha, EUA (até                       (Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia,
                              10/1992), Índia, Rússia)                                  Argentina,EUA desde 11/1992, Holanda, Itália, Reino Unido, Uruguai,
titular do contrato                                                                    Peru)
                                               Postal                                                                                      Pontos de entrada e
                      Negociação livre com                                                   Ponto-a-ponto (distância) Misto
Estrutura                                      (Brasil, Canadá:
                      arbitragem do regulador Alberta, Colômbia,
                                                                       Zonas
                                                                                             (Argentina,Alemanha                           saída (congestionamento)
tarifária             (EUA, Reino Unido,       Espanha, EUA:           (EUA: ANR,            Austrália, Canadá,        (EUA: Alasca        (Colômbia, França,
                                                                                             Chile, EUA, Peru,
                      Portugal, Grécia)        Columbia Gas, Bolívia, Colômbia, França)
                                                                                             Áustria)                  pipeline, Brasil**) Holanda, Itália, Reino
                                                                                                                                           Unido)
                                               Suécia, Bélgica)
                                                                                                                       Price cap
Revisão/ reajuste      Negociação a critério do transportador        Cost plus histórico                               (Argentina, Austrália, Bolívia, Chile,
tarifário              com arbitragem do regulador                   (EUA, França)                                     Colômbia, Espanha, Holanda, Itália,
                       (Reino Unido)
                                                                                                                       Peru, Uruguai, Reino Unido)

                                                                                                                                                                     28
POSTURA PARA AS REGRAS DO TRANSPORTE NO BRASIL

 1   Regime                Infra-estrutura pode ser desenvolvida por iniciativa dos agentes, sem
     jurídico              licitação

 2   Atuação integrada     Integração com separação jurídica (atual) ou apenas com
     na cadeia             separação contábil / gerencial

 3   Interconexão          Livre negociação com recurso de arbitragem, porém com período de
                           exclusividade para a interconexão à infra-estrutura nova
                           Acesso a terceiros garantido com prioridade para os titulares dos
 4   Acesso à
                           contratos, porém com período de exclusividade para o acesso à infra-
     capacidade
                           estrutura nova
 5   Contratação de        Firme e interruptível, porém com liberdade para outras formas de
     capacidade            contratação durante o período de exclusividade

 6   Cessão de             Permitida para os titulares dos contratos
     capacidade

 7   Estrutura tarifária   Mista, refletindo custos reais de transporte


 8   Revisão/ reajuste     Cost plus histórico
     de tarifas
                                                                                               29
PROPOSTAS DE REGRAS PARA A INDÚSTRIA DO GÁS                                                                                          Postura proposta

    NATURAL NO BRASIL    Por iniciativa do Por iniciativa
                                                                                                                                         Especifico para
                                                                                                                                         infra-estrutura
                                                             Regulador                              dos agentes                          nova*

1 Regime                                                                                          Permissão sem                      Permissão livre apenas
                          Monopólio controlado pelo            Permissão com
  jurídico                                                                                        licitação preservando              com licenciamento
                          governo / Estado                     licitação**
                                                                                                  o interesse público                ambiental**

  Atuação                                                     Integração com                                                            Separação
2 integrada na                                                                                     Integração com separação
                          Integração sem restrição            separação                                                                 econômica
  cadeia                                                                                           jurídica
                                                              contábil/gerencial                                                        (parcial ou total)


                          Negociação a critério do                          Negociação com recurso de                      Interconexão forçada desde
3 Interconexão
                          transportador                                     arbitragem                                     que o sistema permita

                                                                                           Acesso a terceiros com
                          Negociação a                    Acesso a terceiros                                                           Acesso a terceiros com pro-
4 Acesso à                critério do                     com prioridade
                                                                                           prioridade para os
                                                                                                                                       rata da capacidade –
  capacidade                                                                               titulares dos contratos
                          Transportador***                para o investidor                – contract carriage                         common carriage

                                                                                                                            Firme e interruptível com teto
5 Contratação de Negociação a critério do transportador                     Firme e interruptível                           para preços e repartição de
  capacidade                                                                                                                ganhos
 6 Cessão de
   capacidade                                                                                                 Permitida (com
                                             Não permitida
   pelo titular do                                                                                            regulamentação específica)
   contrato               Negociação livre                                                        Ponto-a-                                     Pontos de
7 Estrutura               com arbitragem           Postal                 Zonas                   ponto                 Misto                  entrada e saída
   tarifária              do regulador                                                            (distância)                                  (congestionamento)

8    Revisão/             Negociação a critério
     reajuste             do transportador com                              Cost plus histórico                             Price cap
     tarifário            arbitragem do regulador
       * Infra-estrutura nova (ex: dutos) é aquela para a qual é definido um período de exclusividade para os transportadores no acesso ao duto
      ** Regime jurídico específico (ex: concessão ou autorização) a definir        ***Aplicação de tarifas reguladas caso haja acesso de terceiros            30
A PROPOSTA PARA O BRASIL PERMITE O DESENVOLVIMENTO DO SETOR,
ALAVANCANDO OS AGENTES E ARCABOUÇO REGULATÓRIO EXISTENTES



                      Planejador: CNPE, MME e EPE


Prioridades do
modelo de
                      Regulador competente: ANP               Desenvolvi-
desenvolvimento:
                                                              mento do
• Estabilidade do     Desenvolvimento e operação do setor:    setor de gás
 suprimento           • Petrobras com grandes investimentos   no Brasil
                        passados e previstos
• Investimento em     • Outros agentes investindo no setor
 infra-estrutura

                      Arcabouço regulatório: Lei 9478/97


              Na visão dos agentes, ajustes na
              regulamentação podem permitir a continuidade
              do desenvolvimento do setor.
                                                                             31
O DESAFIO É A NOSSA ENERGIA
ANEXOS


         33
METODOLOGIA PARA CÁLCULO DOS ÍNDICES
 Índice                            Descrição                                        Fórmula de cálculo

                                   Definido em função da participação do Média aritmética dos índices:
   Grau de maturidade
                                   GN na matriz energética, tamanho da     – de participação na matriz energética*
                                   rede de transporte e distribuição,      – de desenvolvimento da infra-estrutura
                                   participação dos diversos segmentos de – de diversificação**
                                   consumo e do número de agentes          – de agentes***
                                   atuando em toda cadeia produtiva
                                   Índice definido com base na extensão, Igual a 20% do índice de extensão mais 80% do índice
   Índice de
                                   capilaridade e densidade das redes de   de população
   desenvolvimento da
                                   transporte e distribuição               – Índice de extensão definido a partir de regra de três,
   infra-estrutura
                                                                             com escala de 1 à 10, atribuindo 10 para o país
                                                                             com a maior razão entre a extensão da rede (km)
                                                                             pela extensão territorial do país (milhões km2)
                                                                           – Índice de população definido a partir de regra de
                                                                             três, com escala de 1 à 10, atribuindo 10 para o
                                                                             país com a maior razão entre extensão da rede
                                                                             (km) pela população (milhões de habitantes)
                                      Índice definido a partir do grau de              Escala utilizada:
   Nível de
                                      separação vertical na cadeia produtiva             – Separação total (0-1)
   Integração/
                                      do GN                                              – Participação cruzada com
   coordenação
                                                                                            restrições (2-3)
   vertical
                                                                                         – Participação cruzada sem
                                                                                            restrições (4-6)
                                                                                         – Integração vertical livre (7-10)
      * Índice definido a partir de regra de três, com escala de 1 à 10, atribuindo 10 para o país com maior participação do GN na matriz energética
     ** Índice igual ao inverso do HHI. Sendo HHI igual a soma dos quadrados das participações percentuais no consumo interno do GN

        dos segmentos: residencial, industrial, geração elétrica e comercial mais veicular
    *** Índice definido a partir de uma regra de três com escala de 1 a 10, considerando o número de agentes do Reino Unido como referência e
        atribuindo o valor 8 ao índice do país. Atribui-se10 e 9 para os índices dos EUA e da Itália respectivamente
 Fonte: UFRJ                                                                                                                                           34
4 PROCESSO PROPOSTO PARA ACESSO À CAPACIDADE
Processo aplicável após período de exclusividade*
                                                                                    Detalhamento do processo
 Diretrizes para acesso                                                             • Transportador informa ao regulador condições, tais como:
                                                      Manifestação                      – Capacidade disponível
                                                      de interesse                      – Durações dos contratos
 • Permissão para acesso a                              de vender
  terceiros garantida com                                                               – Modo de contratação
                                                       capacidade
  prioridade para titulares
  do contrato (contract                                                             • Publicação da disponibilidade pelo transportador, incluindo
  carriage)                                                                             critérios definidos pelo regulador para o leilão**
                                                      Publicação da
                                                       capacidade
 • Realização de leilão para                           disponível
  alocação de capacidade
                                                                                    • Estruturação do processo a cargo do regulador, com
 • Estruturação de                                                                      execução pelo transportador
  contratos firmes e                                 Realização do                  •   Licitantes manifestam interesse via leilão
  interruptíveis                                         leilão

                                                                                    • Alocação de capacidade conforme critérios definidos para
   Acesso à capacidade
                                                                                        o leilão**
   requer formalização dos
   contratos de transporte                             Alocação da                  •   Regulador é informado sobre o resultado da alocação
   existentes necessitando                             capacidade                                                    Regulador aprovará as regras específicas
   período de transição para                                                                                         para a realização do leilão**, p.ex.:
   conclusão do processo                                                                                             freqüência, critérios para vitória, alocação
   (ex: 1 ano)                                                                                                       em caso de empate, mecanismo para
                                                                                                                     resolução de disputas
     * Período de exclusividade para o transportador optar por conceder ou não o acesso às instalações
    ** Definição pelo regulador garante transparência ao processo e permite a gradual flexibilização das regras do leilão conforme o grau de maturidade da indústria   35
4 NA EUROPA, EXISTEM CASOS EXCEPCIONAIS DE PERÍODOS DE
EXCLUSIVIDADE PARA O ACESSO À INFRA-ESTRUTURA NOVA
Casos excepcionais da aplicação da exclusividade
ao acesso à capacidade


Portugal              Transportadoras não têm obrigação durante 10 anos desde
                      1998 (decreto Lei 14/2001)* de permitir:
                                                                                                                                        • Normativas 98/30 e
                                                                                                                                           2003/55 permitem
                      • Acesso à rede                                                                                                      exclusividade de
                      • Acesso às instalações de armazenamento                                                                             utilização para estimular
                      • Interligações                                                                                                      o investimento nos casos
                                                                                                                                           de infra-estrutura ou
                                                                                                                                           mercados pouco
Grécia                Isenta das obrigações por até 10 anos desde 1998, ano da                                                             desenvolvidos (Art. 28 §2
                      liberalização do mercado de GN estabelecida pela diretiva                                                            2003/55/CE)**
                      da Comunidade Européia 98/30*, dado o caráter
                      emergente do mercado                                                                                              • No Brasil, a Res. 27
                                                                                                                                           14/10/05 da ANP está
                                                                                                                                           baseada no mesmo
Itália                Garantia de exclusividade para os investidores em infra-                                                             princípio, porém com
                      estrutura de transporte*** de até 80% da capacidade por                                                              período de apenas 6 anos
                      até 20 anos (Res. 137-02 da Itália)
                                                                                                 Regulamentação atual para transporte de óleo
                                                                                                 no Brasil outorga período de exclusividade de
                                                                                                                  10 anos****
      * Direito opcional garantido conforme diretriz da Comunidade Européia 98/30 e ratificado na normativa 2003/55 Art. 28 §8
     ** Por até 10 anos a partir da data do primeiro fornecimento de gás na região para: (i) países membros classificados como emergentes (Art. 28 §2); e (ii) áreas dentro dos países
        membros que não possuam infra-estrutura de transporte instalada ou que a mesma possua menos de 10 anos (Art. 28 §1)
    *** Transporte internacional e de conexão de instalações de regassificação até rede nacional
   **** Portarias ANP nº 115, 251 e 255
 Fonte: Ministério da Economia de Portugal, Future of Gas in Europe, diretiva 98/30 Comunidade Européia                                                                              36
4 CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A EXPANSÃO
DA INFRA-ESTRUTURA

 Condições                                                        Justificativa

 • Projeto de expansão pode ser proposto                          • A viabilização da expansão é
  por iniciativa do*:                                               facilitada pela existência de um
  – Transportador                                                   número maior de agentes habilitados
  – Investidor com financiamento próprio e                          e dispostos a realizar o investimento
    com acordo do transportador (baseado
    em razões técnicas)
 • Adoção do período de exclusividade para                        • No entanto, esse período não deve
  expansão igual ao período remanescente                            ser prorrogado para permitir o acesso
  de exclusividade da infra-estrutura original                      a terceiros



            • Projeto de expansão pode resultar da demanda de capacidade pelos
                carregadores
            •   Entretanto, expansões não devem ser obrigatórias, requerendo em todos os
                casos o acordo do transportador baseado em razoes técnicas


   * Caso haja oferecimento de capacidade a terceiros sob base firme deverá haver concurso público (ANP)
                                                                                                            37
7 EXISTEM DIFERENTES ALTERNATIVAS PARA                                                                               Estrutura
                                                                                                                      recomendada
A ESTRUTURA TARIFÁRIA
Alternativas                Descrição                                                                             Exemplos de países

Negociação livre            • Estrutura tarifária negociada livremente entre transportador e • EUA*, Reino Unido, Portugal,
com arbitragem do               carregadores com arbitragem do regulador para garantir                          Grécia
regulador                       isonomia
                            • Tarifas homogêneas para a totalidade do sistema de uma                        • Brasil, Columbia Gas
Postal                          região, independentes de fatores como distância ou                              Transmission (EUA), Canadá
                                capacidade do sistema                                                           Alberta System (TCPL),
                                                                                                                Bolívia, Suécia, Espanha,
                                                                                                                Colômbia, Bélgica
                            • Tarifas definidas entre regiões do sistema de transporte, com • EUA (ANR), França (balanço),
Zonas                           base na distância entre o centro de carga em cada região                        Colômbia

Ponto-a-ponto               • Tarifas são calculadas com base na distância de um trajeto                    • Canadá, EUA*, Alemanha,
(distância)                     específico entre um ponto de entrada e um ponto de entrega                      Argentina, Chile, Austrália,
                                                                                                                Peru, Áustria

                            • Tarifas calculadas com base nos custos reais, p.ex.: fixos de • EUA (Alasca pipeline), ANP no
Misto                           recepção e entrega, variáveis de movimentação do gás,                           29/2005
                                investimento em capacidade de transporte
Pontos de entrada e         • Tarifas são o somatório de dois componentes, refletindo: (i) a • França, Holanda, Reino
saída                           capacidade de entrada em um ponto de entrada específico no                      Unido, Itália, Colômbia,
(congestionamento)              sistema, e (ii) a capacidade de saída em um ponto específico                    Alemanha considerando
                                de saída do sistema                                                             adoção
                            •   A estrutura tarifária permite otimizar a carga do sistema

     * FERC prefere sistema de distância, mas permite outras estruturas desde que haja acordo entre as partes                              38
Maior
   7 A ESTRUTURA MISTA É A MAIS ADEQUADA                                                                              Menor

 NO ESTÁGIO ATUAL                                                                                                     Estrutura recomendada


Estrutura          Negociação livre
                                                                                      Ponto-a-ponto                                 Pontos de entrada
tarifária          com arbitragem do      Postal               Zonas                                        Misto
                                                                                      (distância)                                   e saída
                   regulador
Benefícios         • Maior                • Subsídios         • Maior sinalização      • Sem subsídios      • Sinalização dos       • Maior eficiência na
                     discricionariedade     geográficos,        geográfica em            cruzados             custos reais            distribuição da
                     para o                 viabilizando        relação ao postal        geográficos        • Inexistência de         carga do sistema
                     transportador          demanda em        • Certo equilíbrio                              distorções por
                                            algumas regiões     entre regiões                                 subsídios cruzados
                                          • Simplicidade        (subsídios)                                 • Flexibilidade na
                                                                                                              integração de
                                                                                                              redes independente
                                                                                                              do sentido do fluxo
Potenciais         • Possíveis            • Possíveis         • Possíveis subsídios • Possíveis             • Possível falta de     • Dificuldade e
riscos               arbitrariedades        subsídios           cruzados entre           desequilíbrios       subsídios               complexidade na
                   • Potencial falta de     cruzados entre      transportadores e        regionais, com       cruzados                aplicação
                     uniformidade de        transportadores     regiões geográficas      penalização de       necessários           • Limitada
                     tarifas no sistema   • Sinalização       • Limitada                 regiões                                      sinalização de
                                            inadequada dos      sinalização dos          muito distantes                              outros elementos
                                            custos reais        custos reais                                                          (ex: distância)

Condições em • Mercados em        • Alta concentração         • Zonas de consumo       • Configuração       • Sistema em            • Sistema
que melhor se  condições extremas   geográfica do               e fornecimento           linear e             rápido                  desenvolvido com
aplica         de desenvolvimento   mercado limitando           altamente                unidirecional da     desenvolvimento,        múltiplos pontos de
               – Monopólicos        desenvolvimento             concentradas             rede com             com pouca               entrada e saída -
               – Altamente          em certas regiões                                    reduzidos pontos     previsibilidade         grid, onde é
                 desenvolvidos      de menor                                             de entrada e         quanto à possível       importante
                                    concentração                                         saída                evolução da infra-      gerenciar o
                                  • Monopólio do                                                              estrutura               congestionamento
                                    transportador
Aplicabilidade
no estágio atual
no Brasil
                                                                                                                                                   39
8 VISÃO GERAL DAS METODOLOGIAS ALTERNATIVAS
                                                                                                                                              Metodologia
PARA A REVISÃO / REAJUSTE DE TARIFAS                                                                                                          recomendada


Tarifas definidas pelo mercado/                   Tarifas baseadas no                                Tarifas por incentivos
Negociação a critério do                          custo do serviço (cost plus*)
transportador com arbitragem

• Definição da tarifa resultante da                • Definição de tarifa baseada nos                  • Preço teto (Price cap)
  negociação livre no mercado                         custos operacionais, dando um                      – Definição do preço máximo do serviço, aplicando
                                                      retorno adequado aos                                 ajustes por inflação e por fator de produtividade
• Possível intervenção do regulador                   investimentos                                      – Sistema amplamente utilizado: (i) promove
  em casos de disputas                                                                                     eficiência em custos; (ii) incentiva a maior
                                                   • Permite garantir retorno aos                          utilização do sistema, pois ganhos não são
• Facilmente implementado, visto                      investidores, incentivando o                         repassados ao usuários; (iii) facilmente aplicável
  que os valores são definidos pela                   desenvolvimento de infra-estrutura                 – Porém, determinação do parâmetro de eficiência
  negociação entre o carregador e o                                                                        (fator X) pode ser polêmica
  transportador                                    • Entretanto, a implementação
                                                      – Pode ser complexa, requerendo                 • Teto da receita (Revenue cap**)
• Entretanto, não oferece garantias                     revisão detalhada de                             – Determinação da receita total para o
  aos investidores e pode criar                         parâmetros de custos                               transportador, aplicando ajustes por inflação e
  distorções no mercado                               – Não garante aumento da                             por fator de produtividade à receita total
                                                        eficiência (ex: redução de                       – Sistema garante receita do transportador, não
                                                        custos)                                            incentivando a maximização da utilização e a
                                                                                                           modicidade tarifária

                                                                                                      • Padrão de comparação (yardstick competition)
                                                                                                         – Determinação de tarifas com base em empresas
                                                                                                           comparáveis
                                                                                                         – Sistema busca promover a eficiência, porém,
                                                                                                           dependente fortemente do grupo de
                                                                                                           comparáveis selecionado


      * Também conhecido como “rate-of-return”
     ** Existe também o sistema de revenue yield que consiste em uma receita variável até o teto, o que, na prática, é bastante similar ao price cap        40
Metodologia
 8 A METODOLOGIA COST-PLUS HISTÓRICO É                                                                          recomendada
                                                                                                               Maior
A MAIS ADEQUADA NO ESTÁGIO ATUAL                                                                               Menor
Revisão/            Negociação a critério
reajuste de         do transportador com               Cost-plus histórico                    Price cap
tarifas             arbitragem do regulador
Benefícios      • Maior poder discricionário para o • Proteção dos investimentos          • Incentivo à maior eficiência do
                    transportador                      passados, estimulando ao               transportador
                                                       mesmo tempo, nova infra-           •   Possibilidade de tarifas menores
                                                       estrutura                              e mais competitivas, repassando
                                                   •   Garantia retorno para o                benefícios aos usuários
                                                       investidor
Potenciais      • Falta de transparência na        • Falta de incentivos para             • Definição dos parâmetros da fórmula,
riscos              determinação de tarifas            aumentar eficiência do sistema e       em especial ganhos de eficiência,
                •   Possíveis arbitrariedades do       reduzir custos                         sujeitos a controvérsias e disputas
                    transportador                                                         •   Possível retorno inadequado
                •   Falta de proteção aos                                                     devido a erros na determinação do
                    investidores ou carregadores                                              fator X de ajuste por eficiência

Condições em    • Mercados em condições            • Infra-estrutura ainda não            • Infra-estrutura desenvolvida
que melhor se       extremas de desenvolvimento        desenvolvida, com novos                onde a competitividade e
aplica              – Monopólicos                      investimentos de grande porte          eficiência do sistema são chave
                    – Altamente desenvolvidos          sendo necessários                      para o setor
Países em que   • Reino Unido                      • EUA, França                          • Argentina, Austrália, Colômbia,
se utiliza                                                                                    Espanha, Holanda, Itália, Peru,
                                                                                              Uruguai, Reino Unido

Aplicabilidade no
estágio atual no
Brasil
                                                                                                                                 41
8 DETALHAMENTO DO CÁLCULO DE TARIFAS
COM COST-PLUS HISTÓRICO*
                                          • Tarifa é calculada de forma a garantir que a receita cubra todos os
                                             custos, assegurando um retorno adequado ao capital investido
  Descrição da
  metodologia




  Principais                              • Base de ativos (RAB – regulated asset base) a valor histórico**
  variáveis
  determinadas                            • Depreciação e custos operacionais
  pelo regulador
                                          • Taxa de retorno, definida conforme duas alternativas:
                                             – WACC, definindo índice dívida / patrimônio e custo da dívida e do
                                               patrimônio; vs.
                                             – Retorno de referência, p.ex.: remuneração de título público +
                                               spread
                                             – Com retroatividade; vs. sem retroatividade***


                                         Tarifas homologadas pelo regulador com base em:
                                         • Informações fornecidas pelos transportadores
                                         • Avaliação externa (ex: benchmarks) pelo regulador

    * Também conhecido como "rate-of-return“
   ** Alternativa de uso de valor de reposição não aconselhável (potencial de retornos excessivos)
  *** Mecanismos tais como claw-back (EUA) e true-up (Canadá). Retroatividade prevê reajuste de tarifas passadas devido a variações imprevistas nos
      custos ou nas receitas para garantir a taxa de retorno                                                                                          42
"Proposta de Estrutura para a Indústria do Gás Natural no Brasil"
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"Proposta de Estrutura para a Indústria do Gás Natural no Brasil"

  • 1. ° ° PROPOSTA DE ESTRUTURA PARA A INDUSTRIA DO GÁS NATURAL NO BRASIL Ildo Luis Sauer Diretor de Gás e Energia
  • 2. OBJETIVOS • Apresentar o posicionamento da Petrobras à luz da discussão da nova Lei do Gás – Comparar os arcabouços regulatórios de países em diversos estágios de desenvolvimento da indústria do gás • Apresentar a estruturação básica para a continuidade do desenvolvimento da indústria de gás natural no Brasil, abordando as seguintes dimensões: – Regime jurídico – Atuação integrada na cadeia – Interconexão – Acesso à capacidade – Contratação de capacidade – Cessão de capacidade – Estrutura tarifária – Revisão / Reajuste tarifário 1
  • 3. SUMÁRIO • O setor de GN no Brasil está em rápido crescimento e apresenta grande potencial de expansão. Para desenvolvê-lo é necessário competir com outros energéticos e investir fortemente na infra-estrutura. Neste contexto, a regulamentação pode ter um papel crítico. • Experiências internacionais trazem aprendizados relevantes para a elaboração de um modelo para o Brasil: (i) é necessária uma adequada priorização de objetivos; nos estágios iniciais de desenvolvimento do setor (como no Brasil), deve-se priorizar o suprimento do GN e o investimento em infra-estrutura; (ii) a integração/ cooperação pode exercer papel fundamental no desenvolvimento da infra-estrutura; (iii) as regras adotadas devem ser consistentes entre si e com o estágio atual do setor. • No estágio atual no Brasil, o modelo de regulamentação deve priorizar em sua primeira fase o suprimento do GN e o investimento em infra-estrutura. O desenvolvimento do setor deve ser promovido através da participação em livre iniciativa e associação dos agentes operadores da indústria, onde a Petrobras poderia atuar como um agente catalisador • Outras propostas em discussão na indústria apresentam potenciais benefícios, porém, com riscos de instabilidade e menor potencial de investimento em infra-estrutura. 2
  • 4. O SETOR DE GN NO BRASIL REGISTROU UM ALTO CRESCIMENTO E APRESENTA FORTE POTENCIAL FUTURO Consumo de GN; Índice (base=1980) 20 Brasil Expansão do consumo 18 projetada para o Brasil 16 Milhões de m³ por dia 14 Espanha +17% a.a. 12 100 Chile 10 38 8 6 2004 2010 Argentina 4 Itália Austrália R.Unido 2 Colômbia EUA 0 Peru Significativo impacto 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 econômico e social para o País 3
  • 5. O SETOR DE GN NO BRASIL AINDA SE ENCONTRA EM UM ESTÁGIO EMERGENTE Índice de desenvolvimento do setor* Emergentes Em transição Maduros 8 8 7 7 6 6 5 5 4 3 3 2 2 2 Uruguai Peru Brasil Chile Bolívia Espa- Colôm- França Argen- Austrá- Itália Alema- EUA Reino nha bia tina lia nha Unido Grau de maturidade do setor Maior * Índice calculado com base na: (i) penetração do GN na matriz energética; (ii) extensão e densidade da rede; (iii) grau de diversificação setorial do consumo do GN; e (iv) número de participantes no setor Fonte: UFRJ 4
  • 6. O DESENVOLVIMENTO DO SETOR NO BRASIL REQUER ESTIMATIVA INVESTIMENTOS SIGNIFICATIVOS EM INFRA-ESTRUTURA Estimativa de Expansão prevista investimentos Crescimento projetado da rede de transporte do consumo de GN necessários: Mil km Milhões de m³ por dia US$ 4-6 bi 16,1 100 7,6 Dados os altos investimentos necessários e seus 2004 2010 demorados paybacks (tipicamente >10 Expansão prevista anos) é necessária 38 da rede de distribuição estabilidade para Mil km garantir o retorno em um longo 14,1 período de tempo 11,0 Estimativa de 2004 2010 investimentos 2004 2010 necessários: US$ 10-15 bi* * Supõe investimento de US$ 1,65 bilhões a cada milhão de m³/dia de consumo adicional nos setores residencial, comercial e eicular Fonte: Plano de Negócios da Petrobras 2006-2010, Abegás, Comgás, 5
  • 7. Investimentos da Petrobras na cadeia de Gás Natural, incluindo área internacional, somam cerca de US$ 16 bilhões, até 2010 Investimento em E&P no Brasil (US$ bilhões) 55 poços profundos 1,9 5 Plataformas com Sistema de Compressão 1,6 633 Km de dutos de transferência, linhas flexíveis, umbilicais 1,0 4 UPGN (SF,Cacimbas,Caraguatatuba, BS-500) 0,9 Outros 0,2 5,6 Investimento no Período 2006-2010 US$ bilhões • Gás Associado 3,2 (*) • Gás Não Associado 5,6 Investimento E&P 8,8 (*) Inclui UPGNs de Golfinho (gás associado) e UBU (gás associado do Parque das Baleias), gasodutos e compressores para gás associado, etc... 6
  • 8. Principais Investimentos em Projetos de Produção de Gás Não-Associado (GNA) US$ milhões Início da Vazão Inicial Investimento no Produção (mil m3/d) Período 2006-2010 Bacia do Solimões 2007 5.500 150 Manati (Bahia) 2006 6.000 160 Peroá (Espírito Santo) 2005 3.500 220 ESS-138 + Desenv. Compl. 2008 2.000 450 do Espírito Santo Mexilhão/ Cedro 2008 12.000 1.950 BS-500 2010 18.000 2.450 Total E&P 5.380 7
  • 9. Principais Projetos para Oferta de Gás Natural Nordeste-Sul-Sudeste ESS-138 Frade 70 (2008) 2009 Roncador Mexilhão/ 62,0 Marlim Sul ( P-54) Cedro Módulo 2 60 2007 2008 (P-51) 2008 54,8 50 Golfinho Roncador Golfinho ( P-55 ) BS-500 Mód 2 Marlim Leste 2010 (2010) Mód 1 2007 47,8 (P-53) il 3/d 40 2006 2008 Jubarte - Fase 2 (P-57) 37,1 M m Barracuda (P-43) 31,4 2010 Caratinga (P-48) 30 Roncador 26,4 (P-52) 20 2007 Peroá- Manati Cangoa 2006 RJS-409 10 Albacora Fase 1 Espadarte Peroá- 2005 2007 Cangoa Fase 2 Leste (P-50) 2007 2005 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 8
  • 10. Investimentos em Gás Natural: investimentos em infra-estrutura para aumentar a capacidade de entrega. Belém Manaus Gasfor-II Natal Gasodutos Nordestão-II existentes Recife Gasodutos Salvador novos Gasene / Cacimbas – Catu Urucu – Porto Velho Brasília (Perna Norte) Urucu – Manaus Gasene / Cabiúnas – Vitória Rio de Janeiro (Perna Sul) São Paulo Paulínia – Jacutinga Caraguatatuba – Taubaté Porto Alegre Principais Projetos em Gasodutos Gasoduto Sudeste-Nordeste (GASENE) Investimentos em Malha de Gasodutos do Nordeste gasodutos de 5,2 bilhões Gasoduto Urucu-Coari-Manaus de dólares Ampliação Gasbel Gasoduto Bolívia-Brasil (até 34 MM m3/dia) Projeto Malhas SE e NE Gasoduto Paulínia-Jacutinga Plano de Desenv. do Escoamento de Gás - PDEG 9
  • 11. Os investimentos Petrobras na Área G&E - Gás Natural somam US$ 5.2 bilhões Projeto Modelo de Negócio Negó 2006 – 10 Início de Iní US$ milhões Operação Operaç Bolívia - Brasil Condução Própria 89 operando Caraguatatuba - Taubaté Financ. Estruturado 178 2008 Itu - GASAN Financ. Estruturado 125 2008 Paulínea - Jacutinga Financ. Estruturado 45 Jul/2007 Gasene-Cacimbas - Vitória Condução Própria 8 2006 Gasene-Cabiúnas Vitória Fin. Estruturado 279 Jan/07 Gasene-Cacimbas - Catu Financ. Estruturado 1.389 Jul/2008 Urucu - Coari - Manaus Financ. Estruturado 390 2007 Urucu - Porto Velho Parceria (Part. PB 1%) 4 2007 Malha de Gas SE e NE Financ. Estruturado 49 operando Malha de Gasodutos do NE Financ. Estruturado 1.081 Jul/2008 Plano de Desenv. do Escoamento da Gás - PDEG Financ. Estruturado 38 2007 Ampliação GASBEL Financ. Estruturado 185 2007 (FaseI) Desenvolvimento de Reservatórios no NE Condução Própria 6 2006 Aquisição de Cias. Distrib. Condução Própria 161 -- Inv. AdicionaisTBG Condução Própria 100 2008 Inv. Adicionais GTB Condução Própria 140 2008 Inv. Adicionais TSB Condução Própria 300 2008 Cond. Própria / Financ. Outros 647 -- Estratuturado / Parceria Total Gasodutos 5.214 10
  • 12. Medidas de Garantia de Atendimento às Demandas 1. CONVERSÃO DE TÉRMICAS DA PETROBRAS EM BICOMBUSTÍVEIS TERMOBAHIA NOVA PIRATININGA TERMORIO CUBATÃO CANOAS TERMOAÇU IBIRITERMO TERMOCEARÁ ELETROBOLT 1- Orçamento previsto de US$ 245 milhões (+ US$ 30 MM TERMOAÇU) 2- Há o compromisso com o MME de converter o equivalente a 14 MMm3/dia, sem considerar os volumes das térmicas de Termoaçu (2.200mil m3/dia) e Termoceará (1.200milm3/dia) 1- FECHAMENTO DOS CICLOS DE CANOAS E TRÊS LAGOAS AUMENTANDO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – US$ 175 MILHÕES. 2- UTE MANAUS NO SISTEMA ISOLADO DA REGIÃO NORTE – US$ 309 MILHÕES 11
  • 13. COMPETIÇÃO PERMANENTE DO GN COM DIVERSOS ENERGÉTICOS O setor de GN precisa competir com: Preferência dos • Elevada participação na consumidores por seu matriz energética uso: brasileira Líquidos Hidro- • Flexibilidade de uso derivados do • Grande abundância a • Custos de conversão eletricidade baixo custo petróleo para o consumo do • Energético insubstituível GN do ponto de vista do Mercado consumidor para o gás natural • Fontes bioenergéticas de baixo o s custo no Brasil (p.ex.: lenha e é t ic bagaço de cana) e rg en B io • O GN enfrenta competição significativa de outras fontes energéticas e mercados • O crescimento do GN depende de sua competitividade em relação aos outros energéticos 12
  • 14. O MODELO DE DESENVOLVIMENTO DO SETOR DEVE SER DEFINIDO ATRAVÉS DE TRÊS ELEMENTOS Características do setor e estágio de desenvolvimento • Metas a atingir segundo o estágio do setor Objetivos Papéis desejados • Postura em relação aos papéis dos agentes • Conjunto de escolhas em várias dimensões Regras específicas A regulamentação pode ter um papel crítico no desenvolvimento do setor 13
  • 15. EM MERCADOS NÃO MADUROS, DEVEM SER PRIORIZADOS OS OBJETIVOS DE EXPANSÃO DA INFRA-ESTRUTURA E ESTABILIDADE DO SUPRIMENTO Estágio de desenvolvimento do setor Emergente Em transição Maduro Características • Falta de infra-estrutura • Desenvolvimento de infra- • Mercados liberalizados e básica estrutura e mercado competitivos • Mercados locais • Transição a mercados locais protegidos mais competitivos Estrutura típica da • Monopólio e oligopólios • Existência de agentes • Maior número de agentes industria locais aglutinadores • Mercados competitivos • Integração vertical • Entrada de novos agentes em associação Objetivos prioritários • Promover o investimento • Promover a expansão da • Aumentar a eficiência e típicos para o em E&P para garantir o infra-estrutura e competitividade do setor desenvolvimento do suprimento investimento em setor suprimento de GN Objetivos em mercados não maduros como no Brasil 14
  • 16. UM AUMENTO EXCESSIVO DA COMPETIÇÃO EM MERCADOS NÃO MADUROS PODE LIMITAR O INVESTIMENTO E INDUZIR À INSTABILIDADE NO SETOR Possíveis ações regulatórias Impacto na estabilidade e no ligadas à competição investimento Separação • Proibição de participação A separação pode inviabilizar o vertical acionária parcial ou total investimento pelos agentes com entre os elos da cadeia posicionamento na produção ou distribuição, reduzindo o possível investimento total do setor Tarifação • Mecanismos de redução Redução excessiva de tarifas abaixo forçada de tarifas de níveis justos de remuneração cria potenciais des-incentivos aos investimentos Intervenção • Nível de intervenção do Intervenção tem risco de criar no mercado regulador ou outro órgão no distorções no mercado, prejudicando funcionamento do mercado a estabilidade do setor de gás 15
  • 17. UM DOS FATORES QUE LEVOU À CRISE DO SETOR ELÉTRICO DE 2001-2 FOI A TENTATIVA DE PERSEGUIR SIMULTANEAMENTE OBJETIVOS CONFLITANTES CASO BRASILEIRO • Mercados de atacado e de varejo Aumentar a eficiência e moderar preços • Licitação pelo critério Max ar a • Metas de qualidade nos de maior oferta i en t rece mizar Aum idade contratos de concessão • Venda de ativos já priv ita da a l existentes de geração a t iz qua açã o “Crise do dos iços Apagão” de ser v 2001/2002 Es ves nov de e Es es ov e iin em iida ão ttiim ttiim a nv m n dad o e c id à r tri ss o l iz a s pac raç são mu me a s e pac raç são ca ge miis ulla ent ca g e ele a ce rsa de ans ar nto de nsm e r ad ttra r o ive Un o ã s • Obrigatoriedade do • Status de produtor independente para todos os atendimento de baixa renda e novos geradores de áreas rurais • Programa prioritário de geração termoelétrica 16
  • 18. A PRIORIZAÇÃO DOS OBJETIVOS CONTRIBUIU PARA O SUCESSO NO SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES CASO BRASILEIRO Estágio de desenvolvi- mento do setor Fase inicial Cenário Final Objetivos • Universalização do serviço com • Aumento da competição priorizados investimento na rede • Melhoria da qualidade em cada fase Contexto do • Limitado acesso e concentração • Adequação da oferta à demanda setor geográfica da rede • Aumento da qualidade do serviço • Baixa qualidade do serviço prestado • Redução das tarifas • Tarifas inferiores ao custo em regiões • Inovação remotas Principais • Alteração tarifária • Estabelecimento dos parâmetros mudanças na • Flexibilização do modelo de oferta de mínimos de qualidade regulamentação serviços • Concessão de licença para telefonia móvel 17
  • 19. Objetivos do novo OS OBJETIVOS PARA O SETOR DE GÁS NO BRASIL modelo no curto/ médio FORAM PRIORIZADOS EM DUAS FASES prazo Segunda fase do Estágio de novo modelo (longo desenvolvi- prazo) mento do setor Primeira fase do novo modelo Evolução histórica (até 2005) Objetivos • Suprimento • Estabilidade do • Aumento da priorizados (desenvolvimento suprimento competição e em cada fase de reservas e • Investimento em eficiência importações) infra-estrutura Tempo 18
  • 20. EM ESTÁGIOS EMERGENTES DO SETOR DO GN, A Mercados emergentes INTEGRAÇÃO/ COOPERAÇÃO VERTICAL É MAIOR e em transição Índice de desenvolvimento Nível de integração/ Grau de maturidade* da infra-estrutura** cooperação vertical*** Reino Unido 8 7,2 0 EUA 8 8,4 3 Média de Alemanha 7 5,2 3 2,0 vs. 5,0 Itália 7 2,6 2 Austrália 6 5,7 2 Argentina 6 3,8 2 França 5 3,9 5 Colômbia 5 0,8 5 Espanha 4 1,5 2 Chile 3 0,7 7 Bolívia 3 0,6 5 Brasil 2 0,1 5 Média de 2 0 0,9 vs. 5,5 4 Peru Uruguai 2 0,1 7 * Índice definido em função da participação do GN na matriz energética, do desenvolvimento da infra-estrutura e da concentração dos agentes ** Índice definido com base na extensão, capilaridade e densidade das redes de transporte e distribuição *** Separação total (0-1), participação cruzada com restrições (2-3), participação cruzada sem restrições (4-6), integração vertical livre (7-10) Definições Fonte: UFRJ 19
  • 21. A LIBERALIZAÇÃO DA REGULAMENTAÇÃO NÃO AUMENTA A COMPETIÇÃO POIS ESTA DEPENDE DA MATURIDADE DO SETOR Nível de concorrência 12 R2 = 91% EUA 10 Alemanha UK 8 Espanha Colômbia Itália 6 Austrália Argentina • O nível de Chile 4 França concorrência 2 Peru Bolívia possível do Brasil Uruguai mercado é 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 dependente do grau Grau de maturidade de maturidade da Nível de concorrência indústria 12 10 R2 = 13% EUA UK • Entretanto, uma maior liberalização 8 R2 = 1% Alemanha Itália da regulamentação 6 Austrália não gera Colômbia França Espanha necessariamente 4 Argentina Chile uma maior Bolívia 2 Brasil Peru concorrência 0 Uruguai 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Grau de liberalização da regulamentação Nota: Nível de concorrência definido em função de número de competidores, desenvolvimento dos mercados secundário e de curto prazo e concentração da oferta; Grau de maturidade definido em função de participação do GN na matriz energética, desenvolvimento da infra-estrutura e concentração dos agentes; Grau de liberalização da regulamentação definido em função de eficácia do livre acesso, grau de separação, poder da agência reguladora e grau de abertura do mercado final Fonte: UFRJ 20
  • 22. NA COLÔMBIA, A PRIORIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE INFRA- ESTRUTURA FOI CRÍTICA PARA O CRESCIMENTO DO SETOR DE GN No estágio inicial até Objetivos priorizados: Extensão do sistema de 1970-80, indústria transporte emergente • Garantir disponibilidade do km 7.800 caracterizada por: GN • Desenvolver a infra-estrutura 4.800 +63% • Importações de combustíveis de alto Papéis dos agentes: custo 94 04 • Estado - regulador e • Infra-estrutura pouco investidor (via Ecopetrol) Participação do GN desenvolvida • Agentes operadores - na matriz energética investidores (Promigás) % 21,0 • Grande 14,4 +46% oportunidade de Principais regras adotadas: crescimento • Parcerias com a Promigás • Acesso à capacidade 94 04 • Sistema tarifário com Modelo contribuiu com o forte diferentes modalidades por desenvolvimento do setor zonas 21
  • 23. A DEFINIÇÃO DOS PAPÉIS ATRIBUI AOS AGENTES OPERADORES O DESENVOLVIMENTO DO SETOR NO MODELO PROPOSTO Agente Papéis responsável Justificativa Planejamento Governo Federal • Visão abrangente dos requerimentos energéticos e arcabouço do País regulatório Órgão • Necessidade de fortalecimento Aplicação da independente regulação (ANP) Cooperação e Agentes operadores • Agentes, em livre participação e associação, com operação do (ex: produtores, integração/ cooperação vertical, têm capacidades sistema transportadores e técnicas e financeiras para desenvolver o setor distribuidores) • Petrobras como catalisador do desenvolvimento 22
  • 24. O MODELO PROPOSTO PERMITE A LIVRE PARTICIPAÇÃO DOS AGENTES DANDO ESTÍMULOS ADEQUADOS AO DESENVOLVIMENTO Livre iniciativa, • Desenvolvimento de infra-estrutura por iniciativa dos agentes participação e operadores, sem licitação. associação • Integração/ cooperação e livre associação ao longo da cadeia permitida para todos os agentes • Liberdade e flexibilidade para desenvolver mercados de curto e Transparência e longo prazos e secundários de gás e transporte flexibilidade • Regras de livre acesso à infra-estrutura • Período de exclusividade de acesso à nova infra-estrutura Estímulo aos investimentos • Tarifas de transporte reguladas refletindo custos reais e retornos adequados Estabilidade e • Planejamento e arcabouço regulatório a cargo do Governo independência Federal regulatória • Aplicação da regulamentação por órgão independente 23
  • 25. DADAS AS CARACTERÍSTICAS DO SETOR DE GN, A INTEGRAÇÃO/ COOPERAÇÃO VERTICAL É NECESSÁRIA PARA O SEU DESENVOLVIMENTO Setores industriais típicos (ex. bens de consumo) Setor de gás natural Produtores Canais de distribuição Produtores Transporte e distribuição Usuários Consumi- de diferentes dores portes e perfis de consumo Múltiplos Atingimento direto dos Múltiplos Infra-estrutura comum produtores consumidores via canais produtores alternativos de distribuição Elevados investimentos de alto risco ao longo da cadeia Produtores podem desenvolver seus próprios Dados os riscos e altos investimentos canais de distribuição para atingir seus clientes necessários para atingir os usuários, é preciso ou inclusive adquirir canais de distribuição dos • Coordenar investimentos ao longo da cadeia, competidores (ex: aquisição de cadeia de com retornos adequados supermercados) • Utilizar infra-estruturas comuns para o transporte e distribuição 24
  • 26. CASOS INTERNACIONAIS INDICAM UMA EVOLUÇÃO NATURAL À COMPETIÇÃO NO SETOR Monopólio / oligopólio Integração/ cooperação vertical Competição Reino Unido (até 1982) Reino Unido (1983-1991) Reino Unido (desde 1992) • Monopólio da British Gas • Estado atuante como regulador • Estado atuante como regulador (estatal) como investidora e • BG Transco (privatizada) atuante • Transco atuante como operadora como investidora e operadora investidora e operadora • Alguma presença de outros • Participação de outros agentes agentes no E&P, mas no transporte e distribuição praticamente ausentes no transporte Holanda (até 1997) Holanda (1998-2000) Holanda (desde 2001) • Estado atuante como regulador, • Estado atuante como regulador e • Estado atuante como regulador e investidor e operador investidor através da Gasunie operador via Gasuine (acionista) • Demais agentes praticamente • Outros agentes participando em • Transporte dominado pela ausentes parceira com a Gasunie Gasunie. Zebra Line atuante como investidora Colômbia (até 1993) Colômbia (desde 1994) • Ecopetrol – monopólio (estatal) • Estado atuante como planejador e atuante como investidora e regulador operadora • Ecogás (estatal detentora de dutos) • Demais agentes praticamente atuando como investidora em ausentes parceria com terceiros • Promigás (novo agente) com significativa participação no mercado * 25% Shell, 25% Exxon 25
  • 27. Período com elevada A INTEGRAÇÃO/ COOPERAÇÃO VERTICAL PODE integração/ cooperação vertical VIABILIZAR O DESENVOLVIMENTO DA INFRA-ESTRUTURA Período pós- liberalização do setor Reino Unido Holanda Colômbia Aumento da participação 40,9 do GN na 23,6 matriz 15,3 14,4 energética Pontos 6,6 0,1 percentuais 17,9 Aumento da rede de 10,2 transporte Mil km 1,9 1,5 0 0 Até 1992 1992-2004 Até 2000 2000-2004 Até 1994 1994-2004 Principal • British Gas • Gasunie • Promigás agente Integração / cooperação vertical permite reduzir os riscos dos investimentos ao longo da cadeia do GN Fonte: BP Statistical Review of World Energy June 2005, CIA, BG 26
  • 28. Emergentes e CASOS INTERNACIONAIS MOSTRAM REGRAS CONSISTENTES Em transição Maduros DEPENDENDO DO ESTÁGIO DO MERCADO Casos menos comuns Permissão com licitação Permissão sem licitação Permissão livre apenas Regime Monopólio controlado pelo preservando o interesse com licenciamento jurídico governo / Estado público ambiental Atuação Integração com Integração com Separação econômica integrada na Integração sem restrição separação separação jurídica (parcial ou total) cadeia contábil/gerencial Negociação a critério Negociação Interconexão forçada desde que o Interconexão do transportador com recurso de arbitragem sistema permita Acesso a terceiros com Negociação a Acesso a terceiros com Acesso a terceiros com pro- Acesso à prioridade para os titulares critério prioridade para o rata da capacidade – capacidade dos contratos – contract do transportador investidor common carriage carriage Contratação de Negociação a critério Firme e interruptível Firme e interruptível com teto para capacidade do transportador preços e repartição de ganhos Cessão de capacidade pelo Permitida (com Não permitida titular do contrato regulamentação específica) Estrutura Negociação livre Postal Zonas Ponto-a-ponto Misto Pontos de tarifária com arbitragem (distância) entrada e saída do regulador (congestionamento) Revisão/ reajuste Negociação a critério Cost plus histórico Price cap tarifário do transportador com arbitragem do regulador 27
  • 29. Emergentes e EXEMPLOS INTERNACIONAIS DE APLICAÇÃO DAS REGRAS Em transição Maduros Casos atípicos Monopólio controlado pelo Permissão com licitação Permissão sem licitação Permissão livre apenas com Regime governo / Estado (Argentina, Bolívia, Colômbia, preservando o interesse público licenciamento ambiental jurídico (Arábia Saudita, Argélia, EUA, Itália, México, (Austrália, EUA, Canadá, (Brasil, Chile, EUA intra-estado Rússia, Índia-atualmente) Peru, Reino Unido, Uruguai) Holanda, Índia-futuramente) ex: Texas-Lousiana) Separação econômica Atuação Integração com separação Integração com separação Integração sem restrição (parcial ou total) contábil/gerencial jurídica integrada na (Arábia Saudita, Argélia, (Parcial: Austrália, Itália, Argentina, Rússia, Grécia, Portugal) (Alemanha, Canadá, Chile, (Brasil, Espanha, EUA, Bolívia, Peru, Uruguai cadeia Irlanda, França, Suécia) Bélgica, Áustria) Total: Holanda, R.Unido, Colômbia) Interconexão forçada desde que o Negociação a critério do transportador Negociação com recurso de arbitragem sistema permita Interconexão (Alemanha, Brasil, Texas/Lousiana – (EUA) (Argentina, Colômbia, Espanha, intra-estados, Reino Unido) Holanda novos dutos- Zebra, México) Acesso a terceiros com prioridade Acesso a terceiros com prioridade para os titulares dos contratos – Acesso a terceiros com pro- Negociação a critério para o investidor Acesso à contract carriage rata da capacidade – common do transportador (Casos especiais: EUA, Holanda, capacidade (Argentina,Brasil*,Canadá,Chile, carriage (Alemanha, Bélgica) México-novos dutos, Bélgica- Colômbia, Espanha, EUA, Holanda) (Hong Kong, Índia) Reino Unido-interconexão) Contratação de Negociação a critério do transportador Firme e interruptível Firme e interruptível com teto para (Argélia, China, Espanha, Índia, Rússia) (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, preços e repartição de ganhos capacidade (EUA, Holanda, México) Peru, Reino Unido, Uruguai) Cessão de Não permitida Permitida (com regulamentação específica) capacidade pelo (Argélia, China, Espanha, EUA (até (Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, 10/1992), Índia, Rússia) Argentina,EUA desde 11/1992, Holanda, Itália, Reino Unido, Uruguai, titular do contrato Peru) Postal Pontos de entrada e Negociação livre com Ponto-a-ponto (distância) Misto Estrutura (Brasil, Canadá: arbitragem do regulador Alberta, Colômbia, Zonas (Argentina,Alemanha saída (congestionamento) tarifária (EUA, Reino Unido, Espanha, EUA: (EUA: ANR, Austrália, Canadá, (EUA: Alasca (Colômbia, França, Chile, EUA, Peru, Portugal, Grécia) Columbia Gas, Bolívia, Colômbia, França) Áustria) pipeline, Brasil**) Holanda, Itália, Reino Unido) Suécia, Bélgica) Price cap Revisão/ reajuste Negociação a critério do transportador Cost plus histórico (Argentina, Austrália, Bolívia, Chile, tarifário com arbitragem do regulador (EUA, França) Colômbia, Espanha, Holanda, Itália, (Reino Unido) Peru, Uruguai, Reino Unido) 28
  • 30. POSTURA PARA AS REGRAS DO TRANSPORTE NO BRASIL 1 Regime Infra-estrutura pode ser desenvolvida por iniciativa dos agentes, sem jurídico licitação 2 Atuação integrada Integração com separação jurídica (atual) ou apenas com na cadeia separação contábil / gerencial 3 Interconexão Livre negociação com recurso de arbitragem, porém com período de exclusividade para a interconexão à infra-estrutura nova Acesso a terceiros garantido com prioridade para os titulares dos 4 Acesso à contratos, porém com período de exclusividade para o acesso à infra- capacidade estrutura nova 5 Contratação de Firme e interruptível, porém com liberdade para outras formas de capacidade contratação durante o período de exclusividade 6 Cessão de Permitida para os titulares dos contratos capacidade 7 Estrutura tarifária Mista, refletindo custos reais de transporte 8 Revisão/ reajuste Cost plus histórico de tarifas 29
  • 31. PROPOSTAS DE REGRAS PARA A INDÚSTRIA DO GÁS Postura proposta NATURAL NO BRASIL Por iniciativa do Por iniciativa Especifico para infra-estrutura Regulador dos agentes nova* 1 Regime Permissão sem Permissão livre apenas Monopólio controlado pelo Permissão com jurídico licitação preservando com licenciamento governo / Estado licitação** o interesse público ambiental** Atuação Integração com Separação 2 integrada na Integração com separação Integração sem restrição separação econômica cadeia jurídica contábil/gerencial (parcial ou total) Negociação a critério do Negociação com recurso de Interconexão forçada desde 3 Interconexão transportador arbitragem que o sistema permita Acesso a terceiros com Negociação a Acesso a terceiros Acesso a terceiros com pro- 4 Acesso à critério do com prioridade prioridade para os rata da capacidade – capacidade titulares dos contratos Transportador*** para o investidor – contract carriage common carriage Firme e interruptível com teto 5 Contratação de Negociação a critério do transportador Firme e interruptível para preços e repartição de capacidade ganhos 6 Cessão de capacidade Permitida (com Não permitida pelo titular do regulamentação específica) contrato Negociação livre Ponto-a- Pontos de 7 Estrutura com arbitragem Postal Zonas ponto Misto entrada e saída tarifária do regulador (distância) (congestionamento) 8 Revisão/ Negociação a critério reajuste do transportador com Cost plus histórico Price cap tarifário arbitragem do regulador * Infra-estrutura nova (ex: dutos) é aquela para a qual é definido um período de exclusividade para os transportadores no acesso ao duto ** Regime jurídico específico (ex: concessão ou autorização) a definir ***Aplicação de tarifas reguladas caso haja acesso de terceiros 30
  • 32. A PROPOSTA PARA O BRASIL PERMITE O DESENVOLVIMENTO DO SETOR, ALAVANCANDO OS AGENTES E ARCABOUÇO REGULATÓRIO EXISTENTES Planejador: CNPE, MME e EPE Prioridades do modelo de Regulador competente: ANP Desenvolvi- desenvolvimento: mento do • Estabilidade do Desenvolvimento e operação do setor: setor de gás suprimento • Petrobras com grandes investimentos no Brasil passados e previstos • Investimento em • Outros agentes investindo no setor infra-estrutura Arcabouço regulatório: Lei 9478/97 Na visão dos agentes, ajustes na regulamentação podem permitir a continuidade do desenvolvimento do setor. 31
  • 33. O DESAFIO É A NOSSA ENERGIA
  • 34. ANEXOS 33
  • 35. METODOLOGIA PARA CÁLCULO DOS ÍNDICES Índice Descrição Fórmula de cálculo Definido em função da participação do Média aritmética dos índices: Grau de maturidade GN na matriz energética, tamanho da – de participação na matriz energética* rede de transporte e distribuição, – de desenvolvimento da infra-estrutura participação dos diversos segmentos de – de diversificação** consumo e do número de agentes – de agentes*** atuando em toda cadeia produtiva Índice definido com base na extensão, Igual a 20% do índice de extensão mais 80% do índice Índice de capilaridade e densidade das redes de de população desenvolvimento da transporte e distribuição – Índice de extensão definido a partir de regra de três, infra-estrutura com escala de 1 à 10, atribuindo 10 para o país com a maior razão entre a extensão da rede (km) pela extensão territorial do país (milhões km2) – Índice de população definido a partir de regra de três, com escala de 1 à 10, atribuindo 10 para o país com a maior razão entre extensão da rede (km) pela população (milhões de habitantes) Índice definido a partir do grau de Escala utilizada: Nível de separação vertical na cadeia produtiva – Separação total (0-1) Integração/ do GN – Participação cruzada com coordenação restrições (2-3) vertical – Participação cruzada sem restrições (4-6) – Integração vertical livre (7-10) * Índice definido a partir de regra de três, com escala de 1 à 10, atribuindo 10 para o país com maior participação do GN na matriz energética ** Índice igual ao inverso do HHI. Sendo HHI igual a soma dos quadrados das participações percentuais no consumo interno do GN dos segmentos: residencial, industrial, geração elétrica e comercial mais veicular *** Índice definido a partir de uma regra de três com escala de 1 a 10, considerando o número de agentes do Reino Unido como referência e atribuindo o valor 8 ao índice do país. Atribui-se10 e 9 para os índices dos EUA e da Itália respectivamente Fonte: UFRJ 34
  • 36. 4 PROCESSO PROPOSTO PARA ACESSO À CAPACIDADE Processo aplicável após período de exclusividade* Detalhamento do processo Diretrizes para acesso • Transportador informa ao regulador condições, tais como: Manifestação – Capacidade disponível de interesse – Durações dos contratos • Permissão para acesso a de vender terceiros garantida com – Modo de contratação capacidade prioridade para titulares do contrato (contract • Publicação da disponibilidade pelo transportador, incluindo carriage) critérios definidos pelo regulador para o leilão** Publicação da capacidade • Realização de leilão para disponível alocação de capacidade • Estruturação do processo a cargo do regulador, com • Estruturação de execução pelo transportador contratos firmes e Realização do • Licitantes manifestam interesse via leilão interruptíveis leilão • Alocação de capacidade conforme critérios definidos para Acesso à capacidade o leilão** requer formalização dos contratos de transporte Alocação da • Regulador é informado sobre o resultado da alocação existentes necessitando capacidade Regulador aprovará as regras específicas período de transição para para a realização do leilão**, p.ex.: conclusão do processo freqüência, critérios para vitória, alocação (ex: 1 ano) em caso de empate, mecanismo para resolução de disputas * Período de exclusividade para o transportador optar por conceder ou não o acesso às instalações ** Definição pelo regulador garante transparência ao processo e permite a gradual flexibilização das regras do leilão conforme o grau de maturidade da indústria 35
  • 37. 4 NA EUROPA, EXISTEM CASOS EXCEPCIONAIS DE PERÍODOS DE EXCLUSIVIDADE PARA O ACESSO À INFRA-ESTRUTURA NOVA Casos excepcionais da aplicação da exclusividade ao acesso à capacidade Portugal Transportadoras não têm obrigação durante 10 anos desde 1998 (decreto Lei 14/2001)* de permitir: • Normativas 98/30 e 2003/55 permitem • Acesso à rede exclusividade de • Acesso às instalações de armazenamento utilização para estimular • Interligações o investimento nos casos de infra-estrutura ou mercados pouco Grécia Isenta das obrigações por até 10 anos desde 1998, ano da desenvolvidos (Art. 28 §2 liberalização do mercado de GN estabelecida pela diretiva 2003/55/CE)** da Comunidade Européia 98/30*, dado o caráter emergente do mercado • No Brasil, a Res. 27 14/10/05 da ANP está baseada no mesmo Itália Garantia de exclusividade para os investidores em infra- princípio, porém com estrutura de transporte*** de até 80% da capacidade por período de apenas 6 anos até 20 anos (Res. 137-02 da Itália) Regulamentação atual para transporte de óleo no Brasil outorga período de exclusividade de 10 anos**** * Direito opcional garantido conforme diretriz da Comunidade Européia 98/30 e ratificado na normativa 2003/55 Art. 28 §8 ** Por até 10 anos a partir da data do primeiro fornecimento de gás na região para: (i) países membros classificados como emergentes (Art. 28 §2); e (ii) áreas dentro dos países membros que não possuam infra-estrutura de transporte instalada ou que a mesma possua menos de 10 anos (Art. 28 §1) *** Transporte internacional e de conexão de instalações de regassificação até rede nacional **** Portarias ANP nº 115, 251 e 255 Fonte: Ministério da Economia de Portugal, Future of Gas in Europe, diretiva 98/30 Comunidade Européia 36
  • 38. 4 CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A EXPANSÃO DA INFRA-ESTRUTURA Condições Justificativa • Projeto de expansão pode ser proposto • A viabilização da expansão é por iniciativa do*: facilitada pela existência de um – Transportador número maior de agentes habilitados – Investidor com financiamento próprio e e dispostos a realizar o investimento com acordo do transportador (baseado em razões técnicas) • Adoção do período de exclusividade para • No entanto, esse período não deve expansão igual ao período remanescente ser prorrogado para permitir o acesso de exclusividade da infra-estrutura original a terceiros • Projeto de expansão pode resultar da demanda de capacidade pelos carregadores • Entretanto, expansões não devem ser obrigatórias, requerendo em todos os casos o acordo do transportador baseado em razoes técnicas * Caso haja oferecimento de capacidade a terceiros sob base firme deverá haver concurso público (ANP) 37
  • 39. 7 EXISTEM DIFERENTES ALTERNATIVAS PARA Estrutura recomendada A ESTRUTURA TARIFÁRIA Alternativas Descrição Exemplos de países Negociação livre • Estrutura tarifária negociada livremente entre transportador e • EUA*, Reino Unido, Portugal, com arbitragem do carregadores com arbitragem do regulador para garantir Grécia regulador isonomia • Tarifas homogêneas para a totalidade do sistema de uma • Brasil, Columbia Gas Postal região, independentes de fatores como distância ou Transmission (EUA), Canadá capacidade do sistema Alberta System (TCPL), Bolívia, Suécia, Espanha, Colômbia, Bélgica • Tarifas definidas entre regiões do sistema de transporte, com • EUA (ANR), França (balanço), Zonas base na distância entre o centro de carga em cada região Colômbia Ponto-a-ponto • Tarifas são calculadas com base na distância de um trajeto • Canadá, EUA*, Alemanha, (distância) específico entre um ponto de entrada e um ponto de entrega Argentina, Chile, Austrália, Peru, Áustria • Tarifas calculadas com base nos custos reais, p.ex.: fixos de • EUA (Alasca pipeline), ANP no Misto recepção e entrega, variáveis de movimentação do gás, 29/2005 investimento em capacidade de transporte Pontos de entrada e • Tarifas são o somatório de dois componentes, refletindo: (i) a • França, Holanda, Reino saída capacidade de entrada em um ponto de entrada específico no Unido, Itália, Colômbia, (congestionamento) sistema, e (ii) a capacidade de saída em um ponto específico Alemanha considerando de saída do sistema adoção • A estrutura tarifária permite otimizar a carga do sistema * FERC prefere sistema de distância, mas permite outras estruturas desde que haja acordo entre as partes 38
  • 40. Maior 7 A ESTRUTURA MISTA É A MAIS ADEQUADA Menor NO ESTÁGIO ATUAL Estrutura recomendada Estrutura Negociação livre Ponto-a-ponto Pontos de entrada tarifária com arbitragem do Postal Zonas Misto (distância) e saída regulador Benefícios • Maior • Subsídios • Maior sinalização • Sem subsídios • Sinalização dos • Maior eficiência na discricionariedade geográficos, geográfica em cruzados custos reais distribuição da para o viabilizando relação ao postal geográficos • Inexistência de carga do sistema transportador demanda em • Certo equilíbrio distorções por algumas regiões entre regiões subsídios cruzados • Simplicidade (subsídios) • Flexibilidade na integração de redes independente do sentido do fluxo Potenciais • Possíveis • Possíveis • Possíveis subsídios • Possíveis • Possível falta de • Dificuldade e riscos arbitrariedades subsídios cruzados entre desequilíbrios subsídios complexidade na • Potencial falta de cruzados entre transportadores e regionais, com cruzados aplicação uniformidade de transportadores regiões geográficas penalização de necessários • Limitada tarifas no sistema • Sinalização • Limitada regiões sinalização de inadequada dos sinalização dos muito distantes outros elementos custos reais custos reais (ex: distância) Condições em • Mercados em • Alta concentração • Zonas de consumo • Configuração • Sistema em • Sistema que melhor se condições extremas geográfica do e fornecimento linear e rápido desenvolvido com aplica de desenvolvimento mercado limitando altamente unidirecional da desenvolvimento, múltiplos pontos de – Monopólicos desenvolvimento concentradas rede com com pouca entrada e saída - – Altamente em certas regiões reduzidos pontos previsibilidade grid, onde é desenvolvidos de menor de entrada e quanto à possível importante concentração saída evolução da infra- gerenciar o • Monopólio do estrutura congestionamento transportador Aplicabilidade no estágio atual no Brasil 39
  • 41. 8 VISÃO GERAL DAS METODOLOGIAS ALTERNATIVAS Metodologia PARA A REVISÃO / REAJUSTE DE TARIFAS recomendada Tarifas definidas pelo mercado/ Tarifas baseadas no Tarifas por incentivos Negociação a critério do custo do serviço (cost plus*) transportador com arbitragem • Definição da tarifa resultante da • Definição de tarifa baseada nos • Preço teto (Price cap) negociação livre no mercado custos operacionais, dando um – Definição do preço máximo do serviço, aplicando retorno adequado aos ajustes por inflação e por fator de produtividade • Possível intervenção do regulador investimentos – Sistema amplamente utilizado: (i) promove em casos de disputas eficiência em custos; (ii) incentiva a maior • Permite garantir retorno aos utilização do sistema, pois ganhos não são • Facilmente implementado, visto investidores, incentivando o repassados ao usuários; (iii) facilmente aplicável que os valores são definidos pela desenvolvimento de infra-estrutura – Porém, determinação do parâmetro de eficiência negociação entre o carregador e o (fator X) pode ser polêmica transportador • Entretanto, a implementação – Pode ser complexa, requerendo • Teto da receita (Revenue cap**) • Entretanto, não oferece garantias revisão detalhada de – Determinação da receita total para o aos investidores e pode criar parâmetros de custos transportador, aplicando ajustes por inflação e distorções no mercado – Não garante aumento da por fator de produtividade à receita total eficiência (ex: redução de – Sistema garante receita do transportador, não custos) incentivando a maximização da utilização e a modicidade tarifária • Padrão de comparação (yardstick competition) – Determinação de tarifas com base em empresas comparáveis – Sistema busca promover a eficiência, porém, dependente fortemente do grupo de comparáveis selecionado * Também conhecido como “rate-of-return” ** Existe também o sistema de revenue yield que consiste em uma receita variável até o teto, o que, na prática, é bastante similar ao price cap 40
  • 42. Metodologia 8 A METODOLOGIA COST-PLUS HISTÓRICO É recomendada Maior A MAIS ADEQUADA NO ESTÁGIO ATUAL Menor Revisão/ Negociação a critério reajuste de do transportador com Cost-plus histórico Price cap tarifas arbitragem do regulador Benefícios • Maior poder discricionário para o • Proteção dos investimentos • Incentivo à maior eficiência do transportador passados, estimulando ao transportador mesmo tempo, nova infra- • Possibilidade de tarifas menores estrutura e mais competitivas, repassando • Garantia retorno para o benefícios aos usuários investidor Potenciais • Falta de transparência na • Falta de incentivos para • Definição dos parâmetros da fórmula, riscos determinação de tarifas aumentar eficiência do sistema e em especial ganhos de eficiência, • Possíveis arbitrariedades do reduzir custos sujeitos a controvérsias e disputas transportador • Possível retorno inadequado • Falta de proteção aos devido a erros na determinação do investidores ou carregadores fator X de ajuste por eficiência Condições em • Mercados em condições • Infra-estrutura ainda não • Infra-estrutura desenvolvida que melhor se extremas de desenvolvimento desenvolvida, com novos onde a competitividade e aplica – Monopólicos investimentos de grande porte eficiência do sistema são chave – Altamente desenvolvidos sendo necessários para o setor Países em que • Reino Unido • EUA, França • Argentina, Austrália, Colômbia, se utiliza Espanha, Holanda, Itália, Peru, Uruguai, Reino Unido Aplicabilidade no estágio atual no Brasil 41
  • 43. 8 DETALHAMENTO DO CÁLCULO DE TARIFAS COM COST-PLUS HISTÓRICO* • Tarifa é calculada de forma a garantir que a receita cubra todos os custos, assegurando um retorno adequado ao capital investido Descrição da metodologia Principais • Base de ativos (RAB – regulated asset base) a valor histórico** variáveis determinadas • Depreciação e custos operacionais pelo regulador • Taxa de retorno, definida conforme duas alternativas: – WACC, definindo índice dívida / patrimônio e custo da dívida e do patrimônio; vs. – Retorno de referência, p.ex.: remuneração de título público + spread – Com retroatividade; vs. sem retroatividade*** Tarifas homologadas pelo regulador com base em: • Informações fornecidas pelos transportadores • Avaliação externa (ex: benchmarks) pelo regulador * Também conhecido como "rate-of-return“ ** Alternativa de uso de valor de reposição não aconselhável (potencial de retornos excessivos) *** Mecanismos tais como claw-back (EUA) e true-up (Canadá). Retroatividade prevê reajuste de tarifas passadas devido a variações imprevistas nos custos ou nas receitas para garantir a taxa de retorno 42