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A Síndroma da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma
Doença Sexualmente Transmissível (DST) sendo a fase
final da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência
Humana (VIH). Este vírus ataca as células responsáveis
pela protecção do corpo a infecções destruindo o
sistema imunológico. É esta falta de protecção que leva
à morte devido a doenças oportunistas.
O VIH pode ser transmitido pelo sangue. Normalmente a
via de transmissão é o sexo anal ou vaginal e a partilha
de utensílios infectados com sangue. Também é
possível o contágio durante o sexo oral. Um número
importante dos casos iniciais de infecção foram
devidos a sangue e produtos derivados
(principalmente os hemofílicos) mas os testes actuais
diminuíram drasticamente as infecções por esta via.
Se bem que inicialmente fosse considerada uma doença
dos homossexuais actualmente o maior número de
infecções é devido a sexo entre homem e mulher. O
vírus não se transmite através do contacto social do dia
a dia incluindo o beijo.
No caso de uma picada (pessoal de saúde) os riscos de
infecção são aproximadamente de 30% para a hepatite
B, 3% para a hepatite C e 0,3% para o VIH.
Embora a infecção seja muitas vezes acompanhada de
sintomas como febre ligeira e dores de cabeça os
mesmos são normalmente demasiado suaves para
serem tomados em conta. Alguns sintomas (que podem
só aparecer passados vários anos da infecção inicial)
possíveis são perda de peso sem explicação aparente,
infecções recorrentes, náuseas, problemas intestinais,
aumento persistente dos gânglios linfáticos.
O VIH é diagnosticado através de testes que detectam a
presença de anticorpos no sangue. A detecção de
anticorpos no sangue pode não ser possível mesmo
após 6 meses da infecção. Este teste pode ser pedido
pelo médico assistente mas também já existem centros
de testes anónimos.
Sim. Se não for iniciado atempadamente o tratamento
adequado o indivíduo infectado costuma morrer
passados alguns anos devido a infecções oportunistas
ou cancros que atacam devido à inexistência de defesas
do organismo na fase avançada da doença. Os
tratamentos actualmente existentes não são, mesmo
assim, uma garantia de isenção de problemas além de
originarem em muitos casos graves efeitos secundários.
 Neste momento o tratamento comunalmente aceite
consiste numa combinação de três elementos
antiretorvíricos de forma a atacar o VIH em diferentes
fases da sua replicação. As terapias com apenas dois ou
um elemento não são recomendadas pois levam
rapidamente ao desenvolvimento de resistência à
medicação por parte do vírus.
É essencial manter a regularidade do regime seleccionado
e não falhar as tomas de forma a evitar o
desenvolvimento de resistência do VIH e consequente
falha no tratamento. A evolução da infecção é
controlado testando não só o estado do sistema
imunológico como também a presença de vírus no
sangue.
Se bem que os tratamentos actuais consigam limitar o
número de partículas virais no sangue a valores quase
indetectáveis isto não significa que o VIH não se
encontre em grandes quantidades em outros locais do
corpo. Mesmo com uma óptima resposta ao tratamento
continuam a existir partículas do VIH no sangue e no
sémen obrigando portanto a medidas de forma a evitar
o contágio.
De acordo com o estado do sistema imunológico do
paciente podem ser recomendados tratamentos e
vacinas adicionais de forma a evitar outras infecções
que podem ser por si perigosas ou potenciar o
desenvolvimento do VIH.
É também importante evitar a re-infecção pois facilita a
evolução da infecção e pode originar novas variantes
do vírus resistentes ao tratamentos actuais. Assim
mesmo quando os dois parceiros são VIH positivos
devem ter comportamentos que evitem a transmissão
do vírus.
* o uso de preservativo (feminino ou masculino) é uma forma, mas
não 100% segura (devido a quebra no preservativo), de evitar o
contágio
no caso de sexo oral, evitar o mesmo quando existam lesões na
boca e a ejaculação para a boca do parceiro. O uso de preservativo
nesta situação é uma segurança adicional.
Tenha cuidado com a partilha de utensílios que possam estar
contaminados com sangue ou sémen infectado.
• Fale sobre as DSTs com o seu parceiro
* Fale acerca da suas intenções de ter sexo protegido (
preservativo masculino ou feminino ) sugira um teste a
várias DSTs para ambos antes de terem relações
sexuais (lembre-se, no entanto, que existe um período
que varia de dias até 6 meses em que muitas DSTs não
são inidentificáveis num teste embora estejam
presentes)
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH

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A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH

  • 1.
  • 2.
  • 3. A Síndroma da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) sendo a fase final da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Este vírus ataca as células responsáveis pela protecção do corpo a infecções destruindo o sistema imunológico. É esta falta de protecção que leva à morte devido a doenças oportunistas.
  • 4. O VIH pode ser transmitido pelo sangue. Normalmente a via de transmissão é o sexo anal ou vaginal e a partilha de utensílios infectados com sangue. Também é possível o contágio durante o sexo oral. Um número importante dos casos iniciais de infecção foram devidos a sangue e produtos derivados (principalmente os hemofílicos) mas os testes actuais diminuíram drasticamente as infecções por esta via.
  • 5. Se bem que inicialmente fosse considerada uma doença dos homossexuais actualmente o maior número de infecções é devido a sexo entre homem e mulher. O vírus não se transmite através do contacto social do dia a dia incluindo o beijo. No caso de uma picada (pessoal de saúde) os riscos de infecção são aproximadamente de 30% para a hepatite B, 3% para a hepatite C e 0,3% para o VIH.
  • 6. Embora a infecção seja muitas vezes acompanhada de sintomas como febre ligeira e dores de cabeça os mesmos são normalmente demasiado suaves para serem tomados em conta. Alguns sintomas (que podem só aparecer passados vários anos da infecção inicial) possíveis são perda de peso sem explicação aparente, infecções recorrentes, náuseas, problemas intestinais, aumento persistente dos gânglios linfáticos.
  • 7. O VIH é diagnosticado através de testes que detectam a presença de anticorpos no sangue. A detecção de anticorpos no sangue pode não ser possível mesmo após 6 meses da infecção. Este teste pode ser pedido pelo médico assistente mas também já existem centros de testes anónimos.
  • 8. Sim. Se não for iniciado atempadamente o tratamento adequado o indivíduo infectado costuma morrer passados alguns anos devido a infecções oportunistas ou cancros que atacam devido à inexistência de defesas do organismo na fase avançada da doença. Os tratamentos actualmente existentes não são, mesmo assim, uma garantia de isenção de problemas além de originarem em muitos casos graves efeitos secundários.
  • 9.  Neste momento o tratamento comunalmente aceite consiste numa combinação de três elementos antiretorvíricos de forma a atacar o VIH em diferentes fases da sua replicação. As terapias com apenas dois ou um elemento não são recomendadas pois levam rapidamente ao desenvolvimento de resistência à medicação por parte do vírus.
  • 10. É essencial manter a regularidade do regime seleccionado e não falhar as tomas de forma a evitar o desenvolvimento de resistência do VIH e consequente falha no tratamento. A evolução da infecção é controlado testando não só o estado do sistema imunológico como também a presença de vírus no sangue.
  • 11. Se bem que os tratamentos actuais consigam limitar o número de partículas virais no sangue a valores quase indetectáveis isto não significa que o VIH não se encontre em grandes quantidades em outros locais do corpo. Mesmo com uma óptima resposta ao tratamento continuam a existir partículas do VIH no sangue e no sémen obrigando portanto a medidas de forma a evitar o contágio.
  • 12. De acordo com o estado do sistema imunológico do paciente podem ser recomendados tratamentos e vacinas adicionais de forma a evitar outras infecções que podem ser por si perigosas ou potenciar o desenvolvimento do VIH.
  • 13. É também importante evitar a re-infecção pois facilita a evolução da infecção e pode originar novas variantes do vírus resistentes ao tratamentos actuais. Assim mesmo quando os dois parceiros são VIH positivos devem ter comportamentos que evitem a transmissão do vírus.
  • 14. * o uso de preservativo (feminino ou masculino) é uma forma, mas não 100% segura (devido a quebra no preservativo), de evitar o contágio no caso de sexo oral, evitar o mesmo quando existam lesões na boca e a ejaculação para a boca do parceiro. O uso de preservativo nesta situação é uma segurança adicional. Tenha cuidado com a partilha de utensílios que possam estar contaminados com sangue ou sémen infectado.
  • 15. • Fale sobre as DSTs com o seu parceiro * Fale acerca da suas intenções de ter sexo protegido ( preservativo masculino ou feminino ) sugira um teste a várias DSTs para ambos antes de terem relações sexuais (lembre-se, no entanto, que existe um período que varia de dias até 6 meses em que muitas DSTs não são inidentificáveis num teste embora estejam presentes)