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AS REDES SOCIAIS E AS MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO ENTRE OS
JOVENS DE 14 A 18 ANOS, RESIDENTES EM SÃO PAULO, CAPITAL
Daniela Arbex Santos (IC) e Maria de Lourdes Bacha (Orientadora)
Apoio: PIBIC Mackenzie


Resumo

Esse artigo objetiva analisar de que maneira as redes sociais estão modificando as relações e o
acesso à informação dos jovens de renda baixa de 14 a 18 anos residentes em São Paulo, Capital.
Usar-se-ão como referencial teórico a obras de Castells (2003) e de Lévy (1999). Observar-se-ão,
ainda, a forma como as relações entre os jovens de renda baixa e a Internet se dão de acordo com o
tema proposto: redes sociais. O artigo se inicia com uma breve revisão teórica, em seguida
apresenta-se os resultados de pesquisa empírica quantitativa do tipo de levantamento ou survey, cuja
amostra não probabilística por conveniência compôs-se por 100 jovens entre 14 e 18 anos. Utilizou-
se como instrumento de pesquisa um questionário estruturado, aplicado em três escolas de São
Paulo, por meio de entrevista pessoal. Dentre os principais resultados, podem-se considerar algumas
características nos perfis de usuários, como o fato de possuírem perfil em diversas redes e
permanecerem em média 3 horas por dia na Internet.Outro aspecto relevante é o fato da maioria dos
jovens navegar durante um longo período na Internet e não praticar nenhuma atividade física. Dessa
maneira, o presente artigo pretende socializar a pesquisa empírica sobre jovens de renda baixa 14 a
18 anos e suas relações com a Internet e as redes sociais.

Palavras-chave: redes sociais, jovens internautas, renda baixa


Abstract

This article aims to analyze how social networks are changing the relationships and access to
information for young low-income 14 to 18 years living in Sao Paulo, Capital. The theoretical
background was based on Castells (2003) and Levy (1999). The way low income young people are
connected to Internet and how they communicate can be considered as secondary objectives. The
article begins with a brief theoretical review and then presents the results of empirical research, a
surveys that used non-probabilistic by convenience sample, composed of 100 low income young
people between 14 and 18. It was used as a research tool a structured questionnaire applied in three
schools in São Paulo, through personal interviews. Among the results, one can consider some user on
line profiles, which main characteristic is to have their profile on multiple networks. Another relevant
aspect is the fact that most young people over a long period surf the internet and not doing any
physical activity. Thus, this article seeks to socialize the empirical research on low-income young
people ages 14 to 18 and their relationship with the Internet and social networking.

Key-words: social networks, young Internet users, low income




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VII Jornada de Iniciação Científica - 2011


1- Introdução

O presente artigo visa analisar as transformações decorrentes da ampliação do uso da
Internet e das redes sociais pelos jovens de renda baixa, na faixa etária de 14 a 18 anos,
residentes em São Paulo, Capital.

No Brasil, segundo estudo da ComScore, realizado em dezembro de 2010, com pessoas
maiores de 15 anos e que acessam à Internet de casa ou do trabalho, existem 40 milhões
de usuários de Internet ativos. O país é o oitavo no ranking em número de internautas, à
frente até mesmo do Reino Unido, nono colocado com 38,6 bilhões.

O país revelou-se um amplo mercado para a Internet, o alcance das redes sociais, segundo
o ComScore, chegou a 85,3%. Para FUSCO (2009), um dos motivos para tanto interesse
pelas redes sociais é o poder de atração que elas exercem. O Facebook, criado por Mark
Zuckerberg cresce de maneira rápida desde seu lançamento em fevereiro de 2004, e
atualmente é a maior rede on-line de relacionamentos do mundo. O Orkut, foi criado por
Orkut Buyukkokten, engenheiro de software do Google, em 2004,(MOREIRA, RODRIGUES,
2010) é a rede social favorita dos brasileiros, que somam cerca de 70% do total de usuários:
Em 2010, essa rede teve um aumento de 28% no número de visitantes únicos no Brasil,
enquanto no resto do mundo ,essa mesma categoria sofreu queda de 1%.                 Os dados
revelam que a faixa etária de 15 a 24 anos é a com maior tempo de permanência, e a região
sudeste concentra 68% do total de usuários brasileiros. Há pouca exploração desse assunto
no campo acadêmico, por ser relativamente recente. Tais dados reforçam a importância
desta pesquisa sobre jovens de renda baixa e redes sociais, a fim de investigar e avaliar as
mudanças decorrentes do crescimento da Internet no Brasil, tanto na quantidade de
usuários, como na intensidade do acesso e na diversidade de uso.

A Internet transformou as relações sociais. Para CASTELLS (2003), a Internet não é
simplesmente uma tecnologia, mas, também, um meio de comunicação e a infraestrutura de
uma forma organizacional que é a rede, além de estabelecer um importante papel na
estruturação de relações sociais, contribuindo para o individualismo e para o surgimento de
grupos sociais com interesses mais específicos. Segundo GADBEM ”O acesso à Internet
cresce, no País, devido ao aumento da venda de computadores; da renda familiar brasileira,
através do desenvolvimento econômico brasileiro, o que faz da Classe C uma emergente de
enorme potencial de consumo”. (GARDBEM, s/d, p.1). O computador passou a fazer parte
dos bens das famílias de baixa renda, como pode-se observar na pesquisa, onde 94% dos
entrevistados afirmaram possuir computador em casa. A caracterização das classes foi
orientada pelos critérios de classificação de estratos sociais da ABEP (Associação Brasileira
de Empresas de Pesquisa). O perfil da amostra é de 4% pertencentes a classe D (renda de



                                                                                               2
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um salário mínimo) e de 86% da classe C (renda entre dois e quatro salários mínimos). A
renda da população de classe D e E aumentou, assim ocorreu uma ascensão dessas
classes que migraram para a classe C. “Com a migração, a classe C passou a ser a maior
do País, com mais de 101 milhões de pessoas, 53% da população total”. (Langsdorff;
MEIO&MENSAGEM; 23 de março de 2011,online).

O artigo tem início com uma breve revisão teórica, que trará alguns conceitos-chave como
os de sociedade de rede e cibercultura, vistos em Castells (2003) e Lévy (1999) e,
posteriormente, serão apresentados os resultados da pesquisa empírica quantitativa , cuja
amostra não probabilística, por conveniência, foi composta por 100 jovens entre 14 e 18
anos.

O instrumento de pesquisa foi um questionário estruturado, aplicado em três escolas de São
Paulo, por meio de entrevista pessoal. As questões foram elaboradas visando entender as
mudanças que as redes sociais trouxeram para a rotina dos jovens: quantas horas por dia
utilizam o computador, quantas redes sociais possuem, o número de pessoas de sua rede
social que conhecem pessoalmente, a substituição de pessoas reais por virtuais, entre
outras. Dentre os principais dados, podem-se considerar a influência de variáveis como
sexo, renda e estado civil na utilização de determinada rede social por um tempo específico.
Dessa maneira, o presente artigo visa a socializar a pesquisa empírica sobre jovens e redes
sociais.

2- Referencial teórico

O referencial teórico aborda brevemente alguns tópicos de análise essenciais: a Internet, as
redes sociais, os jovens de renda baixa e a inclusão digital. Segue tabela com os principais
autores e suas respectivas obras:

Tabela 1: Autores e obras
                          Autor (ano)                            Tema

        Castells, Manuel. 2003                         Internet e relações sociais
        Lévy, Pierre. 1999                                    Cibercultura
        Recuero, Raquel. 2009                                Redes sociais
        Viana, César. 2010                                   Redes sociais

           Moreira, Rodrigues. 2010                          Redes sociais
        Carvalho, Olívia Bandeira de Melo, 2009.            Inclusão digital
Fonte: elaborado pela autora

O desenvolvimento das tecnologias da informação, configurado na sociedade da
informação, sociedade em rede, ou do conhecimento, alterou significativamente a
organização social e as relações entre indivíduos (CASTELLS, 2003). Para o autor, o



                                                                                           3
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paradigma informacional é composto por informação como matéria-prima, desenvolvimento
das novas tecnologias com ampliação de sua presença na sociedade, princípio da
interconexão, flexibilização dos processos e convergência das tecnologias. O uso da
Internet acarreta em alterações no direcionamento, velocidade, volume e espaços que
envolvem o ciclo informacional. Provoca mudanças, também, nas relações sociais entre os
indivíduos. “A internet parece ter um efeito positivo sobre a interação social, e tende a
aumentar a exposição a outras fontes de informação” (CASTELLS, 2003, p.225).

A nova geração que vive em meio a essas transformações tecnológicas “É enfim uma
juventude que vive em rede, com tudo de bom e de ruim que isso significa”. (BUCHALA,
2009, p.87).

Recuero (2006) define as redes sociais como um conjunto de dois elementos: atores
(pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões. “Plugados ao mundo, aos sites de
relacionamento como Orkut e aos seus serviços de mensagens instantâneas, eles movem-
se em rede e estão menos divididos em tribos” (BUCHALLA, 2009, P.92).

Trata-se, assim, de uma abordagem focada na estrutura social. A abordagem de rede é
importante porque enfatiza as conexões entre os indivíduos no ciberespaço. A conexão
apresentada entre dois atores em uma rede social é denominada laço social. Um laço é
composto por relações sociais, que por sua vez, são constituídas por interações sociais.
Uma interação social é aquela ação que tem um reflexo comunicativo entre indivíduo e seus
pares. O conceito de laço social implica interação social, laço relacional, associação,
relações sociais, sentimento de pertencimento e laço associativo.

Apesar da Internet e das redes sociais possibilitarem uma nova maneira de interação social,
Lévy(1999) defende que: “as relações “virtuais”, não substituem pura e simplesmente os
encontros físicos, nem as viagens, que muitas vezes ajudam a preparar. Em geral é um erro
pensar as relações entre antigos e novos dispositivos de comunicação em termos de
substituição” (LÉVY, 1999, p.29).
Com a Internet surge um novo lugar, o ciberespaço. “Defino ciberespaço como o espaço de
comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos
computadores” (LÉVY, 1999, p.2). Esse novo espaço se torna parte da vida das pessoas, no
entanto, não há uma uniformidade na sua divisão, e muitos ficam excluídos, Carvalho (2009)
analisa:

                       Se atividades essenciais para a vida dos homens são cada vez mais
                       mediadas tecnologicamente, se a comunicação é tratada como um direito,
                       são necessárias políticas públicas que diminuam as distâncias que separam
                       os setores privilegiados dos desprivilegiados da população na sociedade
                       globalizada (CARVALHO,2009,p.23)




                                                                                                4
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No Brasil, a classe C começou a comprar computadores e ser inserida no ciberespaço.
Castells (2003) assinala que as atividades, sejam elas políticas, sociais ou culturais, estão
sendo estruturadas nas redes baseadas na Internet, e “ser excluído dessas redes é sofrer
uma das formas mais danosas de exclusão em nossa economia e em nossa cultura”
(CASTELLS, 2003, p.8)

3- Método

A metodologia desta pesquisa é quantitativa descritiva, utilizando-se o tipo levantamento ou
survey.

O método Quantitativo é muito utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, na
qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação
da relação de causalidade entre os fenômenos: causa e efeito. O Método Quantitativo
também é empregado no desenvolvimento das pesquisas de âmbito social, econômico, de
comunicação, mercadológicas, de opinião, de administração, representando, em linhas
gerais, uma forma de garantir a precisão dos resultados, evitando, com isso, distorções de
análise e interpretações (OLIVEIRA, 2001)

Na pesquisa de levantamentos ou survey; os dados são obtidos por meio da comunicação
com aquele que detém os dados, isto é, a informação é obtida mediante resposta do
entrevistado. O entrevistador efetua e anota as declarações do respondente. E os estudos
descritivos respondem às perguntas que, o quê, quando, onde e como. (MALHORTA,2001)

Esta pesquisa utilizará amostra não probabilística por conveniência, empregada quando se
deseja obter informações de maneira barata e rápida. Esse procedimento consiste em
recrutar respondentes, tais como estudantes em sala de aula. Esta foi a maneira utilizada
para encontrar os respondentes para esta pesquisa. A técnica para a escolha da amostra foi
de natureza não probabilística. Embora as considerações estatísticas sejam desfavoráveis
para este procedimento e não recomendável quando se trata de um estudo descritivo
(MALHOTRA, 2001), optou-se por esse tipo de amostra devido a sua vantagem operacional,
o tamanho da amostra foi arbitrariamente fixado em 100.

Inicialmente, elaboraram-se o questionário estruturado composto de perguntas abertas e
escalas nominais, ordinais e Likert (MALHOTRA, 2001). Fez-se as questões buscando
entender à mudança que as redes sociais trouxeram para a rotina dos jovens: quantas horas
por dia utilizam o computador, quantas redes sociais possuem, o número de pessoas de sua
rede social que conhecem pessoalmente, entre outras. O questionário foi constituído por 20
questões e dividiu-se em duas partes: perguntas filtro referentes às características pessoais,
e na segunda parte estão as questões de múltipla escolha sobre Internet, redes sociais, e
atividades de lazer, a vigésima pergunta utiliza a escala de concordância tipo Likert de cinco


                                                                                            5
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pontos variando de concordo totalmente a discordo totalmente e refere-se ao grau de
concordância do entrevistado com relação a afirmações sobre a Internet, as redes sociais e
tecnologia.

Foram feitas 100 entrevistas em três colégios: Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, Rua
Clóvis Bueno de Azevedo, 70, Ipiranga; Escola Estadual Virgília Rodrigues Alves Carvalho
Pinto, Rua Domingos Barbieri, 350, Jardim Previdência e Instituto Lar de Jesus Avenida
Nossa Senhora do Bom Parto, s/n, Campo Largo.
As entrevistas foram respondidas por alunos do ensino médio em sala de aula, na presença
de um professor.

Com os questionários respondidos iniciou-se a etapa de tabulação dos dados feita com a
utilização do programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Depois de
tabulados, os dados foram cruzados e as tabelas foram feitas.

Na crítica dos dados utilizaram-se estatísticas descritivas como freqüências e médias.

4 - Perfil da amostra

A amostra pesquisada foi composta por 100 jovens, distribuídos desta maneira: Faixa Etária
― de 14 e 15 anos (71% ), de entre 16 e 17 anos (18%) e maiores de 17 anos (11%);
Sexo― masculino (53%), feminino (47%) ; Estado Civil ― Casado (3%), Solteiro (96%),
Divorciado, Separado (1%); Condição de moradia ― com pais/irmãos (92%), com outros
parentes (5%), com amigos/colegas (1%), outro (2%); Renda Mensal ― quatro salários
mínimos (58%), três salários mínimos (17%), dois salários mínimos (12%), um salário
mínimo (4%). A renda familiar média desta amostra é de três salários mínimos e meio. A
caracterização das classes foi orientada pelos critérios de classificação de estratos sociais
da ABEP, onde a classe D apresenta renda de um salário mínimo e a classe C renda de
dois a quatro salários mínimos.

4.1-Análise e principais resultados

A tabela abaixo caracteriza os gastos com lazer dos entrevistados, o gasto médio é de R$
88,40 mensais. Na faixa entre R$71,00 e R$100,00 encontram-se 21%, e, com a segunda
maior porcentagem está a faixa acima de R$151,00, com 21%.




                                                                                               6
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Tabela 2: Gastos mensais com lazer

                 Gatos mensais com lazer                       (%)


                                                                22
       Entre R$71,00 e R$100,00
                                                                21
       Acima de R$151,00
                                                                16
       Entre R$40,00 e R$50,00
                                                                16
       Até R$ 40,00
                                                                12
       Entre R$51,00 e R$70,00
                                                                6
       Entre R$121,00. e R$150,0
                                                                5
         Entre R$101,00 e R$120,00
Fonte: elaborado pela autora

Ainda analisando a questão do lazer , a tabela a seguir traz as atividades praticadas
diariamente. Ouvir música (92%) e assistir Televisão (85%) são as atividades prediletas dos
jovens entrevistados. Navegar na Internet aparece em terceiro lugar (77%), apenas 24% dos
jovens praticam atividades físicas e o número de jovens que lêem o jornal diariamente é o
menor com 15%.




                                                                                          7
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Tabela3 – Frequência diária de prática das atividades de lazer

        Freqüência diária de prática das atividades
                                                                 (%)
                         de lazer
        Ouvir música                                              92

        Assistir Televisão                                        85

        Navegar na Internet                                       77

        Utilizar microcomputador                                  59

        Ouvir rádio                                               50

        Jogos eletrônicos                                         37

        Praticar atividades físicas/esporte                       24

        Freqüentar cinema                                         23

        Ler livros                                                22

        Ler revistas                                              15
        Assistir vídeos/DVD                                       13

        Freqüentar Shopping                                       13

        Ler jornais                                               12

        Aprender outras línguas                                   12

        Freqüentar boates/shows/baladas                           10

        Freqüentar teatros /apresentações/exposições              10

Fonte: elaborado pela autora

Como indicado na tabela acima, 85% dos entrevistados assistem televisão diariamente,
quanto à televisão por assinatura, 66% possuem e 34% não possuem.

A maioria dos jovens entrevistados assiste televisão por um período de 2 a 4 horas por dia
(52%) e a média é de três horas e quarenta minutos.




                                                                                               8
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Tabela 4 – Assistir Televisão: horas/dia


                Assistir Televisão: horas/dia
                                                               (%)
        De 2 a 4 horas
                                                                52
        Até 1 hora
                                                                24
        De 5 a 7 horas
                                                                11
        De 8 a 10 horas
                                                                7
        Acima de 12 horas
                                                                4
        Não assisto televisão
                                                                2
Fonte: elaborado pela autora

Em relação à utilização da Internet, a pesquisa iniciou-se com a pergunta sobre a posse de
computador, 94 % dos entrevistados possui computador em casa e 91 % tem acesso à
Internet.

Têm-se noticiado o aumento das vendas de computadores, segundo matéria do Estadão, o
número de computadores em 2014 poderá dobrar, chegando a 140 milhões, “Caso a
projeção seja concretizada, o País contará com dois PCs para cada três habitantes, ante o
patamar atual de cerca de dois para cada cinco”, (AGÊNCIA ESTADO; in            ESTADÃO
ONLINE; 16 de abril, 2011).

Quanto ao tipo de conexão, a maioria possui banda larga (80%), apenas 10% utilizam o tipo
de conexão discada, e 2% não possuem acesso à Internet em casa . O número de jovens
que alegaram frequentar lan houses é de 26%. Agostini e Meire(2010) analisam o acesso da
Classe C aos computadores: “Estima-se que, nos últimos três anos, 45 milhões de pessoas
da classe C tenham passado a acessar a rede, a maior migração já vista em direção a uma
única mídia desde a chegada da televisão ao país, nos anos 50”. (AGOSTINI; MEIRE,
2010,p.36)

A média do tempo de uso da Internet é de três horas e vinte minutos por dia, onde, tem-se
as faixas: de 1 a 5 horas (42%), mais de 5 horas (29%), até 1 hora (24%). “Para a
emergente classe C brasileira, o futuro, ao que parece, será cada vez mais conectado. E
isso pode ser diferente de tudo o que vimos até agora”. (AGOSTINI; MEIRE,2010,p.45)

A tabela a seguir traz as principais atividades dos jovens na Internet. As principais são:
enviar e verificar e-mail (73%), assistir vídeos (73%) e acessar redes sociais (69%). Pelo
fato de a amostra desta pesquisa ser composta por adolescentes, a atividade de home
banking e serviços financeiros é praticada por apenas 5% dos entrevistados.




                                                                                          9
VII Jornada de Iniciação Científica - 2011


Tabela 5- Utilização da Internet


                         Utilização da Internet                                     Sim (%)

 Enviar e verificar e-mail                                                            73
 Assistir Vídeos                                                                      73
 Downloads de softwares, jogos ou músicas                                             71

 Acessar redes sociais                                                                69
 Diversão/programação (lazer, cinema, teatro...)                                      59
 Batepapo/chat                                                                        54

 Notícias                                                                             53
 Jogos interativos                                                                    52
 Pesquisa Educativa/informações                                                       49
 Pesquisas de trajetos/endereços                                                      47
Blogs e Fotologs                                                                      44
 Pesquisa de Preços                                                                   43
 Compras em lojas, shoppings ou supermercados                                         36
 Cultura geral/arte                                                                   32
 Serviços Públicos                                                                    10
 Pesquisa e imóveis, automóveis ou motos/Leilões/classificados                        12
 Home Banking/serviços financeiros                                                     5
Fonte: elaborado pela autora

Quanto às redes sociais que possuem, os entrevistados se dividem desta maneira: Orkut
(85%), Twitter (48%), Facebook (29%),Formspring.me (29%),Myspace (12%),Flickr (9%)e
Last.Fm (7%).
                             [...] a fatia dos brasileiros que está aderindo ao Facebook pertence às
                             classes A e B e corresponde a uma porção muito pequena dos usuários de
                             internet do Brasil. A classe C, onde a maioria se concentra, não só ainda
                             não migrou para o Facebook, como mantém um alto nível de atividade no
                             Orkut.(PERALVA & RONCOLATO in BLOGS ESTADÃO, 13 de fev 2011)

A utilização das redes sociais é feita para: manter contato com pessoas distantes (67%),
para colocar fotos e vídeos (56%) e apenas 6% usam as redes para manter relações
comerciais.




                                                                                                        10
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Tabela 6- Utilização das Redes Sociais
          Utilização das Redes Sociais                     Sim (%)

          Para manter contato com pessoas distantes                         67

          Para colocar fotos e vídeos                                       56

          Para fazer novas amizades                                         39

          Para se informar                                                  30

          Para fazer pesquisas                                              24

          Para saber de notícias das celebridades                            8

          Para manter relações comerciais                                    6

Fonte: elaborado pela autora

O principal motivo para iniciar a utilização de redes sociais foi a indicação de amigos (51%),
seguido por utilização de aplicativos (42%) e pela curiosidade (30%).

Os entrevistados possuem um número maior de contatos no Orkut (343 contatos), em
seguida, com menos da metade deste número, a Last.Fm (140 contatos) e em terceiro lugar
o Facebook com média de 134 contatos.


Tabela 7- Redes sociais: contatos
                                                                          Média de contatos que conhece
            Redes sociais                      Média de contatos
                                                                                  pessoalmente

Orkut                                                 343                              340

Twitter                                               112                               90

Facebook                                              134                               93

MySpace                                               114                               70

Formspring.me                                         73                                67

Flickr                                                60                                60

Last.Fm                                               140                              129
Fonte: elaborado pela autora

O número de contatos que os entrevistados conhecem pessoalmente é praticamente igual
ao número de contatos que possuem nas seguintes redes sociais: Orkut, Twitter,
Forminspring.me e o Flickr.

A maior diferença entre os contatos que possui e os que conhece pessoalmente é vista no
Facebook e no MySpace. O Facebook possui como característica a busca por uma
interação maior entre pessoas de países diferentes, o que justifica o fato de os usuários não
conhecerem todos os seus contatos pessoalmente.O MySpac é associado à produção


                                                                                                      11
VII Jornada de Iniciação Científica - 2011


musical é adotado principalmente por bandas para divulgação de gravações e composições
(RECUERO; 2009), é utilizado mais profissionalmente, por isso não há necessidade de
conhecer pessoalmente os contatos.

A rede social a qual os jovens utilizam por mais horas é a Last.fm (4 horas), trata-se de uma
rádio online, onde o usuário escolhe as músicas de sua preferência e a rede indica músicas
que sejam semelhantes, na Last.fm há ainda espaço para debates e discussões sobre
música. O fato de os jovens permanecerem por mais tempo nessa rede possui justificativa,
já que 92% dos entrevistados escutam música diariamente.



Tabela 8- Tempo de permanência nas redes sociais por dia

                    Redes Socias                                Média de uso

Orkut                                                              3 horas

Twitter                                                         3 horas e meia

Facebook                                                           2 horas

MySpace                                                         1hora e meia

Formspring.me                                                      2 horas

Flickr                                                       2 horas e 15 minutos

Last.Fm                                                            4 horas
Fonte: elaborado pela autora


As tabelas 9 e 10 mostram as frases com maior e menor grau de concordância,
respectivamente, com relação às redes sociais e aos avanços tecnológicos. O critério de
eliminação foi a porcentagem, as frases com um grau de concordância maior ou igual a 70%
e as frases com o grau de concordância menor ou igual a 30%. Assim foram selecionadas 7
frases de cada.




                                                                                              12
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Tabela 9- Maiores graus de concordância quanto às redes sociais e os avanços
tecnológicos

    Maiores graus de concordância quanto às redes
                                                                        (%)
           sociais e os avanços tecnológicos

As redes sociais agora também estão servindo para unir
                                                                         84
pessoas no mundo físico

Quando um novo aparelho eletrônico é lançado eu espero
                                                                         77
algum tempo para poder comprá-lo mais barato

Quando compro um aparelho eletrônico eu levo muito em
consideração marcas que tenham uma boa assistência                       77
técnica

A vida sem Internet seria chata e sem graça                              76

Os computadores vieram para ajudar a melhorar minha
                                                                         73
vida

Prefiro navegar na Internet a assistir televisão                         71

Parte do sucesso das redes sociais deve-se à possibilidade
                                                                         70
de se formar comunidades de interesse.
Fonte: elaborado pela autora

Tabela 10- Maiores graus de discordância quanto às redes sociais e os avanços
tecnológicos
  Maiores graus de concordância quanto às redes
                                                                       (%)
         sociais e os avanços tecnológicos

 Computadores são perigosos porque podem provocar
                                                                        29
 o desemprego


 As redes sociais aumentam a solidão emocional                          28


 Apenas um perfil já não é suficiente para marcar
                                                                        26
 território e compartilhar experiências na Web.

 Eu não acesso a Internet no tempo livre. Estudar e
                                                                        25
 dormir é que são intervalos do mundo vitual.


 Sinto-me dependente das redes sociais                                  21


 Em geral eu sinto dificuldades em lidar com as
                                                                        18
 inovações tecnológicas

 De uma maneira geral eu sou um dos primeiros a
                                                                        17
 comprar novos aparelhos eletrônicos
Fonte: elaborado pela autora

A frase com maior grau de concordância é a que se refere as redes sociais como fator de
união entre as pessoas no mundo físico, com 84% de aceitação. A segunda frase com o
grau de concordância mais elevado se refere ao tempo de espera após o lançamento de
algum aparelho eletrônico, até que seu preço diminua com 77% de concordância, esta frase



                                                                                              13
VII Jornada de Iniciação Científica - 2011


se relaciona com a de menor grau de concordância: “De uma maneira geral eu sou um dos
primeiros a comprar novos aparelhos eletrônicos” (17%), demonstrando a coerência nas
respostas dos entrevistados, já que as duas afirmações são opostas. Apesar do número de
entrevistados que assistem televisão diariamente ser de 85% e o dos que acessam a
Internet ser de 71%, a maioria dos jovens afirmaram preferir navegar na Internet à assistir
televisão(71%).

A maioria dos entrevistados não se considera dependente das redes sociais, apenas 21%
concordou com a afirmação, mas acreditam que a vida sem Internet seria chata e sem graça
(76%).

Os jovens não acreditam que as redes sociais aumentem a solidão emocional, contrariando
pesquisas recentes, como a da Academia Americana de Pediatria, noticiada pela VEJA
Online.

                      Segundo os pesquisadores, a ‘Depressão Facebook’ acontece em pré-
                      adolescentes e em adolescentes que passam várias horas por dia em frente
                      ao computador navegando dentro de redes sociais. Esses jovens,
                      normalmente com tendência ao isolamento, à ansiedade ou à depressão,
                      buscam uma maneira de interagir com os demais pela internet. “Mas,
                      quando isso não acontece, eles acabam se deprimindo”. (VEJA ONLINE, 23
                      DE MARÇO DE 2011, ONLINE)

5- Discussão

Recuero (2009), em sua pesquisa sobre jovens e redes sociais não traça o perfil do jovem
de renda baixa, como se buscou fazer nesta pesquisa. Pesquisou-se sobre a existência de
pesquisas semelhantes, mas nenhuma aborda todas as redes sociais e as relaciona com a
renda baixa. Há pesquisas sobre apenas uma rede social, como, por exemplo, o Twitter em
Mello e Ribeiro (s/d) e o Orkut em Moreira e Rodrigues (2010), mas elas não abordam
unicamente o aspecto de renda.

Como se expôs anteriormente a maioria dos jovens possui redes sociais, 85% possuem
perfil no Orkut, esse gosto pelas redes é explicado desta maneira por Mello e Ribeiro:
“Percebe-se que os internautas “adotaram” as redes sociais, pela facilidade de se expressar
(forma livre e rápida)” (MELLO; RIBEIRO; S/D. P.6).

O crescimento da classe C, assim como o da Internet e das redes sociais, justificam a
análise da relação entre eles, o que até o momento não foi abordado no campo acadêmico.

Esse campo de análise- Internet e redes sociais- é relativamente novo, mas as
transformações que promovem acontecem rapidamente, portanto, é necessário que
elaborem-se pesquisas , a fim de gerar maiores discussões sobre o assunto.




                                                                                              14
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6- Conclusão

Os resultados mostram que a grande maioria dos jovens com renda baixa possuem perfil
nas redes sociais, 94 % dos entrevistados possuem computador em casa e 91 % tem
acesso à Internet. Demonstrando a inclusão da classe C no mundo digital, no entanto há
uma limitação referente ao tipo de amostra, não probabilística por conveniência, assim não
se pode generalizar esses dados para o universo.

Outro fator interessante é que mesmo com o surgimento de novas mídias, 85% dos usuários
assistem televisão diariamente durante um período médio de 3 horas e 40 minutos, esse
tempo ultrapassa o de utilização do Orkut, que é de 3 horas diárias.

A inserção da classe C na era digital, devido a diversos fatores, como facilidade de compra
e barateamento dos preços de computadores, por exemplo, fez com que esse novo nicho
iniciasse a participação nas redes sociais após as classes A e B, trata-se de um grupo ativo,
como demonstram os dados. As lan houses ainda têm um número considerável de
frequentadores, 26% dos jovens frequentam esses estabelecimentos, visto que a maioria
dos entrevistados possui computadores e acesso à Internet em casa.

A utilização da Internet é feita, como pode-se observar nesta pesquisa, visando o
divertimento e o lazer, mas a pesquisa, por exemplo, ainda é uma das principais atividades
praticadas. A visão da Internet e das redes sociais como um bom meio de estabelecer
relações comerciais ou realizar atividades financeiras ainda não faz parte do perfil dos
entrevistados. Apenas 5% praticam a atividade de home banking e serviços financeiros e
somente 6 % usam as redes sociais para manter relações comerciais.

O objetivo proposto, analisar de que maneira os jovens de 14 a 18 anos, residentes em São
Paulo, Capital, utilizam a Internet e as redes sociais, foi atingido em parte por tratar-se de
um estudo cujo método de amostragem é o não probabilístico por conveniência, assim não
se pode generalizar, ou seja, a pesquisa não reflete as características de todos os jovens de
renda baixa.

Esta pesquisa jogou uma luz sobre o estudo de jovens de renda baixa e redes sociais, há
uma gama enorme de outros pontos a serem abordados, como a questão da influência de
amigos virtuais ou de perfis de usuários considerados celebridades na escolha de
determinado produto, na formação de opinião sobre determinado assunto e, também, sobre
a questão da sobrevivência das lan houses, por exemplo. Visto que: “As pessoas se ligam e
se desligam da Internet, mudam de interesses, não revelam necessariamente sua
identidade (embora não simulem uma diferente), migram para outros padrões on-line”
(CASTELLS, 2003, p.108).




                                                                                           15
VII Jornada de Iniciação Científica - 2011


Referências

AGOSTINI, Caroline; MEYER, Renata. A classe C cai na rede. REVISTA EXAME.São Paulo
Editora Globo. Nº978 , 20 de outubro de 2010.

AGUARI, Vinícius. Brasil tem 73,9 milhões de internautas. Info Online. São Paulo, 18 de

março de 2011. Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/internet/brasil-atinge-73-
milhoes-de-internautas-18032011-32.shl>.Acesso em 20 de março de 2011.

BRASIL terá 140 milhões de PCs em 2014, diz a FGV. Estadão. São Paulo, 16 de abril de
2010. Disponível em: < http://economia.estadao.com.br/noticias/not_14039.htm>. Acesso
em 12 de janeiro de 2011.

BUCHALLA, Ana Paula. A Juventude em Rede. Veja, São Paulo, ano 42, n.7, ed. 2100,
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CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: Reflexões sobre a Internet, os Negócios e a
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Universidade Presbiteriana Mackenzie


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VII Jornada de Iniciação Científica - 2011


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eletronicos.shtml>. Acesso em: 20 de fevereiro de 2011.




Contato: danielaarbex.s@gmail.com e mariadeloudesbacha@gmail.com




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  • 1. Universidade Presbiteriana Mackenzie AS REDES SOCIAIS E AS MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO ENTRE OS JOVENS DE 14 A 18 ANOS, RESIDENTES EM SÃO PAULO, CAPITAL Daniela Arbex Santos (IC) e Maria de Lourdes Bacha (Orientadora) Apoio: PIBIC Mackenzie Resumo Esse artigo objetiva analisar de que maneira as redes sociais estão modificando as relações e o acesso à informação dos jovens de renda baixa de 14 a 18 anos residentes em São Paulo, Capital. Usar-se-ão como referencial teórico a obras de Castells (2003) e de Lévy (1999). Observar-se-ão, ainda, a forma como as relações entre os jovens de renda baixa e a Internet se dão de acordo com o tema proposto: redes sociais. O artigo se inicia com uma breve revisão teórica, em seguida apresenta-se os resultados de pesquisa empírica quantitativa do tipo de levantamento ou survey, cuja amostra não probabilística por conveniência compôs-se por 100 jovens entre 14 e 18 anos. Utilizou- se como instrumento de pesquisa um questionário estruturado, aplicado em três escolas de São Paulo, por meio de entrevista pessoal. Dentre os principais resultados, podem-se considerar algumas características nos perfis de usuários, como o fato de possuírem perfil em diversas redes e permanecerem em média 3 horas por dia na Internet.Outro aspecto relevante é o fato da maioria dos jovens navegar durante um longo período na Internet e não praticar nenhuma atividade física. Dessa maneira, o presente artigo pretende socializar a pesquisa empírica sobre jovens de renda baixa 14 a 18 anos e suas relações com a Internet e as redes sociais. Palavras-chave: redes sociais, jovens internautas, renda baixa Abstract This article aims to analyze how social networks are changing the relationships and access to information for young low-income 14 to 18 years living in Sao Paulo, Capital. The theoretical background was based on Castells (2003) and Levy (1999). The way low income young people are connected to Internet and how they communicate can be considered as secondary objectives. The article begins with a brief theoretical review and then presents the results of empirical research, a surveys that used non-probabilistic by convenience sample, composed of 100 low income young people between 14 and 18. It was used as a research tool a structured questionnaire applied in three schools in São Paulo, through personal interviews. Among the results, one can consider some user on line profiles, which main characteristic is to have their profile on multiple networks. Another relevant aspect is the fact that most young people over a long period surf the internet and not doing any physical activity. Thus, this article seeks to socialize the empirical research on low-income young people ages 14 to 18 and their relationship with the Internet and social networking. Key-words: social networks, young Internet users, low income 1
  • 2. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011 1- Introdução O presente artigo visa analisar as transformações decorrentes da ampliação do uso da Internet e das redes sociais pelos jovens de renda baixa, na faixa etária de 14 a 18 anos, residentes em São Paulo, Capital. No Brasil, segundo estudo da ComScore, realizado em dezembro de 2010, com pessoas maiores de 15 anos e que acessam à Internet de casa ou do trabalho, existem 40 milhões de usuários de Internet ativos. O país é o oitavo no ranking em número de internautas, à frente até mesmo do Reino Unido, nono colocado com 38,6 bilhões. O país revelou-se um amplo mercado para a Internet, o alcance das redes sociais, segundo o ComScore, chegou a 85,3%. Para FUSCO (2009), um dos motivos para tanto interesse pelas redes sociais é o poder de atração que elas exercem. O Facebook, criado por Mark Zuckerberg cresce de maneira rápida desde seu lançamento em fevereiro de 2004, e atualmente é a maior rede on-line de relacionamentos do mundo. O Orkut, foi criado por Orkut Buyukkokten, engenheiro de software do Google, em 2004,(MOREIRA, RODRIGUES, 2010) é a rede social favorita dos brasileiros, que somam cerca de 70% do total de usuários: Em 2010, essa rede teve um aumento de 28% no número de visitantes únicos no Brasil, enquanto no resto do mundo ,essa mesma categoria sofreu queda de 1%. Os dados revelam que a faixa etária de 15 a 24 anos é a com maior tempo de permanência, e a região sudeste concentra 68% do total de usuários brasileiros. Há pouca exploração desse assunto no campo acadêmico, por ser relativamente recente. Tais dados reforçam a importância desta pesquisa sobre jovens de renda baixa e redes sociais, a fim de investigar e avaliar as mudanças decorrentes do crescimento da Internet no Brasil, tanto na quantidade de usuários, como na intensidade do acesso e na diversidade de uso. A Internet transformou as relações sociais. Para CASTELLS (2003), a Internet não é simplesmente uma tecnologia, mas, também, um meio de comunicação e a infraestrutura de uma forma organizacional que é a rede, além de estabelecer um importante papel na estruturação de relações sociais, contribuindo para o individualismo e para o surgimento de grupos sociais com interesses mais específicos. Segundo GADBEM ”O acesso à Internet cresce, no País, devido ao aumento da venda de computadores; da renda familiar brasileira, através do desenvolvimento econômico brasileiro, o que faz da Classe C uma emergente de enorme potencial de consumo”. (GARDBEM, s/d, p.1). O computador passou a fazer parte dos bens das famílias de baixa renda, como pode-se observar na pesquisa, onde 94% dos entrevistados afirmaram possuir computador em casa. A caracterização das classes foi orientada pelos critérios de classificação de estratos sociais da ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa). O perfil da amostra é de 4% pertencentes a classe D (renda de 2
  • 3. Universidade Presbiteriana Mackenzie um salário mínimo) e de 86% da classe C (renda entre dois e quatro salários mínimos). A renda da população de classe D e E aumentou, assim ocorreu uma ascensão dessas classes que migraram para a classe C. “Com a migração, a classe C passou a ser a maior do País, com mais de 101 milhões de pessoas, 53% da população total”. (Langsdorff; MEIO&MENSAGEM; 23 de março de 2011,online). O artigo tem início com uma breve revisão teórica, que trará alguns conceitos-chave como os de sociedade de rede e cibercultura, vistos em Castells (2003) e Lévy (1999) e, posteriormente, serão apresentados os resultados da pesquisa empírica quantitativa , cuja amostra não probabilística, por conveniência, foi composta por 100 jovens entre 14 e 18 anos. O instrumento de pesquisa foi um questionário estruturado, aplicado em três escolas de São Paulo, por meio de entrevista pessoal. As questões foram elaboradas visando entender as mudanças que as redes sociais trouxeram para a rotina dos jovens: quantas horas por dia utilizam o computador, quantas redes sociais possuem, o número de pessoas de sua rede social que conhecem pessoalmente, a substituição de pessoas reais por virtuais, entre outras. Dentre os principais dados, podem-se considerar a influência de variáveis como sexo, renda e estado civil na utilização de determinada rede social por um tempo específico. Dessa maneira, o presente artigo visa a socializar a pesquisa empírica sobre jovens e redes sociais. 2- Referencial teórico O referencial teórico aborda brevemente alguns tópicos de análise essenciais: a Internet, as redes sociais, os jovens de renda baixa e a inclusão digital. Segue tabela com os principais autores e suas respectivas obras: Tabela 1: Autores e obras Autor (ano) Tema Castells, Manuel. 2003 Internet e relações sociais Lévy, Pierre. 1999 Cibercultura Recuero, Raquel. 2009 Redes sociais Viana, César. 2010 Redes sociais Moreira, Rodrigues. 2010 Redes sociais Carvalho, Olívia Bandeira de Melo, 2009. Inclusão digital Fonte: elaborado pela autora O desenvolvimento das tecnologias da informação, configurado na sociedade da informação, sociedade em rede, ou do conhecimento, alterou significativamente a organização social e as relações entre indivíduos (CASTELLS, 2003). Para o autor, o 3
  • 4. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011 paradigma informacional é composto por informação como matéria-prima, desenvolvimento das novas tecnologias com ampliação de sua presença na sociedade, princípio da interconexão, flexibilização dos processos e convergência das tecnologias. O uso da Internet acarreta em alterações no direcionamento, velocidade, volume e espaços que envolvem o ciclo informacional. Provoca mudanças, também, nas relações sociais entre os indivíduos. “A internet parece ter um efeito positivo sobre a interação social, e tende a aumentar a exposição a outras fontes de informação” (CASTELLS, 2003, p.225). A nova geração que vive em meio a essas transformações tecnológicas “É enfim uma juventude que vive em rede, com tudo de bom e de ruim que isso significa”. (BUCHALA, 2009, p.87). Recuero (2006) define as redes sociais como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões. “Plugados ao mundo, aos sites de relacionamento como Orkut e aos seus serviços de mensagens instantâneas, eles movem- se em rede e estão menos divididos em tribos” (BUCHALLA, 2009, P.92). Trata-se, assim, de uma abordagem focada na estrutura social. A abordagem de rede é importante porque enfatiza as conexões entre os indivíduos no ciberespaço. A conexão apresentada entre dois atores em uma rede social é denominada laço social. Um laço é composto por relações sociais, que por sua vez, são constituídas por interações sociais. Uma interação social é aquela ação que tem um reflexo comunicativo entre indivíduo e seus pares. O conceito de laço social implica interação social, laço relacional, associação, relações sociais, sentimento de pertencimento e laço associativo. Apesar da Internet e das redes sociais possibilitarem uma nova maneira de interação social, Lévy(1999) defende que: “as relações “virtuais”, não substituem pura e simplesmente os encontros físicos, nem as viagens, que muitas vezes ajudam a preparar. Em geral é um erro pensar as relações entre antigos e novos dispositivos de comunicação em termos de substituição” (LÉVY, 1999, p.29). Com a Internet surge um novo lugar, o ciberespaço. “Defino ciberespaço como o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores” (LÉVY, 1999, p.2). Esse novo espaço se torna parte da vida das pessoas, no entanto, não há uma uniformidade na sua divisão, e muitos ficam excluídos, Carvalho (2009) analisa: Se atividades essenciais para a vida dos homens são cada vez mais mediadas tecnologicamente, se a comunicação é tratada como um direito, são necessárias políticas públicas que diminuam as distâncias que separam os setores privilegiados dos desprivilegiados da população na sociedade globalizada (CARVALHO,2009,p.23) 4
  • 5. Universidade Presbiteriana Mackenzie No Brasil, a classe C começou a comprar computadores e ser inserida no ciberespaço. Castells (2003) assinala que as atividades, sejam elas políticas, sociais ou culturais, estão sendo estruturadas nas redes baseadas na Internet, e “ser excluído dessas redes é sofrer uma das formas mais danosas de exclusão em nossa economia e em nossa cultura” (CASTELLS, 2003, p.8) 3- Método A metodologia desta pesquisa é quantitativa descritiva, utilizando-se o tipo levantamento ou survey. O método Quantitativo é muito utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação da relação de causalidade entre os fenômenos: causa e efeito. O Método Quantitativo também é empregado no desenvolvimento das pesquisas de âmbito social, econômico, de comunicação, mercadológicas, de opinião, de administração, representando, em linhas gerais, uma forma de garantir a precisão dos resultados, evitando, com isso, distorções de análise e interpretações (OLIVEIRA, 2001) Na pesquisa de levantamentos ou survey; os dados são obtidos por meio da comunicação com aquele que detém os dados, isto é, a informação é obtida mediante resposta do entrevistado. O entrevistador efetua e anota as declarações do respondente. E os estudos descritivos respondem às perguntas que, o quê, quando, onde e como. (MALHORTA,2001) Esta pesquisa utilizará amostra não probabilística por conveniência, empregada quando se deseja obter informações de maneira barata e rápida. Esse procedimento consiste em recrutar respondentes, tais como estudantes em sala de aula. Esta foi a maneira utilizada para encontrar os respondentes para esta pesquisa. A técnica para a escolha da amostra foi de natureza não probabilística. Embora as considerações estatísticas sejam desfavoráveis para este procedimento e não recomendável quando se trata de um estudo descritivo (MALHOTRA, 2001), optou-se por esse tipo de amostra devido a sua vantagem operacional, o tamanho da amostra foi arbitrariamente fixado em 100. Inicialmente, elaboraram-se o questionário estruturado composto de perguntas abertas e escalas nominais, ordinais e Likert (MALHOTRA, 2001). Fez-se as questões buscando entender à mudança que as redes sociais trouxeram para a rotina dos jovens: quantas horas por dia utilizam o computador, quantas redes sociais possuem, o número de pessoas de sua rede social que conhecem pessoalmente, entre outras. O questionário foi constituído por 20 questões e dividiu-se em duas partes: perguntas filtro referentes às características pessoais, e na segunda parte estão as questões de múltipla escolha sobre Internet, redes sociais, e atividades de lazer, a vigésima pergunta utiliza a escala de concordância tipo Likert de cinco 5
  • 6. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011 pontos variando de concordo totalmente a discordo totalmente e refere-se ao grau de concordância do entrevistado com relação a afirmações sobre a Internet, as redes sociais e tecnologia. Foram feitas 100 entrevistas em três colégios: Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, Rua Clóvis Bueno de Azevedo, 70, Ipiranga; Escola Estadual Virgília Rodrigues Alves Carvalho Pinto, Rua Domingos Barbieri, 350, Jardim Previdência e Instituto Lar de Jesus Avenida Nossa Senhora do Bom Parto, s/n, Campo Largo. As entrevistas foram respondidas por alunos do ensino médio em sala de aula, na presença de um professor. Com os questionários respondidos iniciou-se a etapa de tabulação dos dados feita com a utilização do programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Depois de tabulados, os dados foram cruzados e as tabelas foram feitas. Na crítica dos dados utilizaram-se estatísticas descritivas como freqüências e médias. 4 - Perfil da amostra A amostra pesquisada foi composta por 100 jovens, distribuídos desta maneira: Faixa Etária ― de 14 e 15 anos (71% ), de entre 16 e 17 anos (18%) e maiores de 17 anos (11%); Sexo― masculino (53%), feminino (47%) ; Estado Civil ― Casado (3%), Solteiro (96%), Divorciado, Separado (1%); Condição de moradia ― com pais/irmãos (92%), com outros parentes (5%), com amigos/colegas (1%), outro (2%); Renda Mensal ― quatro salários mínimos (58%), três salários mínimos (17%), dois salários mínimos (12%), um salário mínimo (4%). A renda familiar média desta amostra é de três salários mínimos e meio. A caracterização das classes foi orientada pelos critérios de classificação de estratos sociais da ABEP, onde a classe D apresenta renda de um salário mínimo e a classe C renda de dois a quatro salários mínimos. 4.1-Análise e principais resultados A tabela abaixo caracteriza os gastos com lazer dos entrevistados, o gasto médio é de R$ 88,40 mensais. Na faixa entre R$71,00 e R$100,00 encontram-se 21%, e, com a segunda maior porcentagem está a faixa acima de R$151,00, com 21%. 6
  • 7. Universidade Presbiteriana Mackenzie Tabela 2: Gastos mensais com lazer Gatos mensais com lazer (%) 22 Entre R$71,00 e R$100,00 21 Acima de R$151,00 16 Entre R$40,00 e R$50,00 16 Até R$ 40,00 12 Entre R$51,00 e R$70,00 6 Entre R$121,00. e R$150,0 5 Entre R$101,00 e R$120,00 Fonte: elaborado pela autora Ainda analisando a questão do lazer , a tabela a seguir traz as atividades praticadas diariamente. Ouvir música (92%) e assistir Televisão (85%) são as atividades prediletas dos jovens entrevistados. Navegar na Internet aparece em terceiro lugar (77%), apenas 24% dos jovens praticam atividades físicas e o número de jovens que lêem o jornal diariamente é o menor com 15%. 7
  • 8. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011 Tabela3 – Frequência diária de prática das atividades de lazer Freqüência diária de prática das atividades (%) de lazer Ouvir música 92 Assistir Televisão 85 Navegar na Internet 77 Utilizar microcomputador 59 Ouvir rádio 50 Jogos eletrônicos 37 Praticar atividades físicas/esporte 24 Freqüentar cinema 23 Ler livros 22 Ler revistas 15 Assistir vídeos/DVD 13 Freqüentar Shopping 13 Ler jornais 12 Aprender outras línguas 12 Freqüentar boates/shows/baladas 10 Freqüentar teatros /apresentações/exposições 10 Fonte: elaborado pela autora Como indicado na tabela acima, 85% dos entrevistados assistem televisão diariamente, quanto à televisão por assinatura, 66% possuem e 34% não possuem. A maioria dos jovens entrevistados assiste televisão por um período de 2 a 4 horas por dia (52%) e a média é de três horas e quarenta minutos. 8
  • 9. Universidade Presbiteriana Mackenzie Tabela 4 – Assistir Televisão: horas/dia Assistir Televisão: horas/dia (%) De 2 a 4 horas 52 Até 1 hora 24 De 5 a 7 horas 11 De 8 a 10 horas 7 Acima de 12 horas 4 Não assisto televisão 2 Fonte: elaborado pela autora Em relação à utilização da Internet, a pesquisa iniciou-se com a pergunta sobre a posse de computador, 94 % dos entrevistados possui computador em casa e 91 % tem acesso à Internet. Têm-se noticiado o aumento das vendas de computadores, segundo matéria do Estadão, o número de computadores em 2014 poderá dobrar, chegando a 140 milhões, “Caso a projeção seja concretizada, o País contará com dois PCs para cada três habitantes, ante o patamar atual de cerca de dois para cada cinco”, (AGÊNCIA ESTADO; in ESTADÃO ONLINE; 16 de abril, 2011). Quanto ao tipo de conexão, a maioria possui banda larga (80%), apenas 10% utilizam o tipo de conexão discada, e 2% não possuem acesso à Internet em casa . O número de jovens que alegaram frequentar lan houses é de 26%. Agostini e Meire(2010) analisam o acesso da Classe C aos computadores: “Estima-se que, nos últimos três anos, 45 milhões de pessoas da classe C tenham passado a acessar a rede, a maior migração já vista em direção a uma única mídia desde a chegada da televisão ao país, nos anos 50”. (AGOSTINI; MEIRE, 2010,p.36) A média do tempo de uso da Internet é de três horas e vinte minutos por dia, onde, tem-se as faixas: de 1 a 5 horas (42%), mais de 5 horas (29%), até 1 hora (24%). “Para a emergente classe C brasileira, o futuro, ao que parece, será cada vez mais conectado. E isso pode ser diferente de tudo o que vimos até agora”. (AGOSTINI; MEIRE,2010,p.45) A tabela a seguir traz as principais atividades dos jovens na Internet. As principais são: enviar e verificar e-mail (73%), assistir vídeos (73%) e acessar redes sociais (69%). Pelo fato de a amostra desta pesquisa ser composta por adolescentes, a atividade de home banking e serviços financeiros é praticada por apenas 5% dos entrevistados. 9
  • 10. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011 Tabela 5- Utilização da Internet Utilização da Internet Sim (%) Enviar e verificar e-mail 73 Assistir Vídeos 73 Downloads de softwares, jogos ou músicas 71 Acessar redes sociais 69 Diversão/programação (lazer, cinema, teatro...) 59 Batepapo/chat 54 Notícias 53 Jogos interativos 52 Pesquisa Educativa/informações 49 Pesquisas de trajetos/endereços 47 Blogs e Fotologs 44 Pesquisa de Preços 43 Compras em lojas, shoppings ou supermercados 36 Cultura geral/arte 32 Serviços Públicos 10 Pesquisa e imóveis, automóveis ou motos/Leilões/classificados 12 Home Banking/serviços financeiros 5 Fonte: elaborado pela autora Quanto às redes sociais que possuem, os entrevistados se dividem desta maneira: Orkut (85%), Twitter (48%), Facebook (29%),Formspring.me (29%),Myspace (12%),Flickr (9%)e Last.Fm (7%). [...] a fatia dos brasileiros que está aderindo ao Facebook pertence às classes A e B e corresponde a uma porção muito pequena dos usuários de internet do Brasil. A classe C, onde a maioria se concentra, não só ainda não migrou para o Facebook, como mantém um alto nível de atividade no Orkut.(PERALVA & RONCOLATO in BLOGS ESTADÃO, 13 de fev 2011) A utilização das redes sociais é feita para: manter contato com pessoas distantes (67%), para colocar fotos e vídeos (56%) e apenas 6% usam as redes para manter relações comerciais. 10
  • 11. Universidade Presbiteriana Mackenzie Tabela 6- Utilização das Redes Sociais Utilização das Redes Sociais Sim (%) Para manter contato com pessoas distantes 67 Para colocar fotos e vídeos 56 Para fazer novas amizades 39 Para se informar 30 Para fazer pesquisas 24 Para saber de notícias das celebridades 8 Para manter relações comerciais 6 Fonte: elaborado pela autora O principal motivo para iniciar a utilização de redes sociais foi a indicação de amigos (51%), seguido por utilização de aplicativos (42%) e pela curiosidade (30%). Os entrevistados possuem um número maior de contatos no Orkut (343 contatos), em seguida, com menos da metade deste número, a Last.Fm (140 contatos) e em terceiro lugar o Facebook com média de 134 contatos. Tabela 7- Redes sociais: contatos Média de contatos que conhece Redes sociais Média de contatos pessoalmente Orkut 343 340 Twitter 112 90 Facebook 134 93 MySpace 114 70 Formspring.me 73 67 Flickr 60 60 Last.Fm 140 129 Fonte: elaborado pela autora O número de contatos que os entrevistados conhecem pessoalmente é praticamente igual ao número de contatos que possuem nas seguintes redes sociais: Orkut, Twitter, Forminspring.me e o Flickr. A maior diferença entre os contatos que possui e os que conhece pessoalmente é vista no Facebook e no MySpace. O Facebook possui como característica a busca por uma interação maior entre pessoas de países diferentes, o que justifica o fato de os usuários não conhecerem todos os seus contatos pessoalmente.O MySpac é associado à produção 11
  • 12. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011 musical é adotado principalmente por bandas para divulgação de gravações e composições (RECUERO; 2009), é utilizado mais profissionalmente, por isso não há necessidade de conhecer pessoalmente os contatos. A rede social a qual os jovens utilizam por mais horas é a Last.fm (4 horas), trata-se de uma rádio online, onde o usuário escolhe as músicas de sua preferência e a rede indica músicas que sejam semelhantes, na Last.fm há ainda espaço para debates e discussões sobre música. O fato de os jovens permanecerem por mais tempo nessa rede possui justificativa, já que 92% dos entrevistados escutam música diariamente. Tabela 8- Tempo de permanência nas redes sociais por dia Redes Socias Média de uso Orkut 3 horas Twitter 3 horas e meia Facebook 2 horas MySpace 1hora e meia Formspring.me 2 horas Flickr 2 horas e 15 minutos Last.Fm 4 horas Fonte: elaborado pela autora As tabelas 9 e 10 mostram as frases com maior e menor grau de concordância, respectivamente, com relação às redes sociais e aos avanços tecnológicos. O critério de eliminação foi a porcentagem, as frases com um grau de concordância maior ou igual a 70% e as frases com o grau de concordância menor ou igual a 30%. Assim foram selecionadas 7 frases de cada. 12
  • 13. Universidade Presbiteriana Mackenzie Tabela 9- Maiores graus de concordância quanto às redes sociais e os avanços tecnológicos Maiores graus de concordância quanto às redes (%) sociais e os avanços tecnológicos As redes sociais agora também estão servindo para unir 84 pessoas no mundo físico Quando um novo aparelho eletrônico é lançado eu espero 77 algum tempo para poder comprá-lo mais barato Quando compro um aparelho eletrônico eu levo muito em consideração marcas que tenham uma boa assistência 77 técnica A vida sem Internet seria chata e sem graça 76 Os computadores vieram para ajudar a melhorar minha 73 vida Prefiro navegar na Internet a assistir televisão 71 Parte do sucesso das redes sociais deve-se à possibilidade 70 de se formar comunidades de interesse. Fonte: elaborado pela autora Tabela 10- Maiores graus de discordância quanto às redes sociais e os avanços tecnológicos Maiores graus de concordância quanto às redes (%) sociais e os avanços tecnológicos Computadores são perigosos porque podem provocar 29 o desemprego As redes sociais aumentam a solidão emocional 28 Apenas um perfil já não é suficiente para marcar 26 território e compartilhar experiências na Web. Eu não acesso a Internet no tempo livre. Estudar e 25 dormir é que são intervalos do mundo vitual. Sinto-me dependente das redes sociais 21 Em geral eu sinto dificuldades em lidar com as 18 inovações tecnológicas De uma maneira geral eu sou um dos primeiros a 17 comprar novos aparelhos eletrônicos Fonte: elaborado pela autora A frase com maior grau de concordância é a que se refere as redes sociais como fator de união entre as pessoas no mundo físico, com 84% de aceitação. A segunda frase com o grau de concordância mais elevado se refere ao tempo de espera após o lançamento de algum aparelho eletrônico, até que seu preço diminua com 77% de concordância, esta frase 13
  • 14. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011 se relaciona com a de menor grau de concordância: “De uma maneira geral eu sou um dos primeiros a comprar novos aparelhos eletrônicos” (17%), demonstrando a coerência nas respostas dos entrevistados, já que as duas afirmações são opostas. Apesar do número de entrevistados que assistem televisão diariamente ser de 85% e o dos que acessam a Internet ser de 71%, a maioria dos jovens afirmaram preferir navegar na Internet à assistir televisão(71%). A maioria dos entrevistados não se considera dependente das redes sociais, apenas 21% concordou com a afirmação, mas acreditam que a vida sem Internet seria chata e sem graça (76%). Os jovens não acreditam que as redes sociais aumentem a solidão emocional, contrariando pesquisas recentes, como a da Academia Americana de Pediatria, noticiada pela VEJA Online. Segundo os pesquisadores, a ‘Depressão Facebook’ acontece em pré- adolescentes e em adolescentes que passam várias horas por dia em frente ao computador navegando dentro de redes sociais. Esses jovens, normalmente com tendência ao isolamento, à ansiedade ou à depressão, buscam uma maneira de interagir com os demais pela internet. “Mas, quando isso não acontece, eles acabam se deprimindo”. (VEJA ONLINE, 23 DE MARÇO DE 2011, ONLINE) 5- Discussão Recuero (2009), em sua pesquisa sobre jovens e redes sociais não traça o perfil do jovem de renda baixa, como se buscou fazer nesta pesquisa. Pesquisou-se sobre a existência de pesquisas semelhantes, mas nenhuma aborda todas as redes sociais e as relaciona com a renda baixa. Há pesquisas sobre apenas uma rede social, como, por exemplo, o Twitter em Mello e Ribeiro (s/d) e o Orkut em Moreira e Rodrigues (2010), mas elas não abordam unicamente o aspecto de renda. Como se expôs anteriormente a maioria dos jovens possui redes sociais, 85% possuem perfil no Orkut, esse gosto pelas redes é explicado desta maneira por Mello e Ribeiro: “Percebe-se que os internautas “adotaram” as redes sociais, pela facilidade de se expressar (forma livre e rápida)” (MELLO; RIBEIRO; S/D. P.6). O crescimento da classe C, assim como o da Internet e das redes sociais, justificam a análise da relação entre eles, o que até o momento não foi abordado no campo acadêmico. Esse campo de análise- Internet e redes sociais- é relativamente novo, mas as transformações que promovem acontecem rapidamente, portanto, é necessário que elaborem-se pesquisas , a fim de gerar maiores discussões sobre o assunto. 14
  • 15. Universidade Presbiteriana Mackenzie 6- Conclusão Os resultados mostram que a grande maioria dos jovens com renda baixa possuem perfil nas redes sociais, 94 % dos entrevistados possuem computador em casa e 91 % tem acesso à Internet. Demonstrando a inclusão da classe C no mundo digital, no entanto há uma limitação referente ao tipo de amostra, não probabilística por conveniência, assim não se pode generalizar esses dados para o universo. Outro fator interessante é que mesmo com o surgimento de novas mídias, 85% dos usuários assistem televisão diariamente durante um período médio de 3 horas e 40 minutos, esse tempo ultrapassa o de utilização do Orkut, que é de 3 horas diárias. A inserção da classe C na era digital, devido a diversos fatores, como facilidade de compra e barateamento dos preços de computadores, por exemplo, fez com que esse novo nicho iniciasse a participação nas redes sociais após as classes A e B, trata-se de um grupo ativo, como demonstram os dados. As lan houses ainda têm um número considerável de frequentadores, 26% dos jovens frequentam esses estabelecimentos, visto que a maioria dos entrevistados possui computadores e acesso à Internet em casa. A utilização da Internet é feita, como pode-se observar nesta pesquisa, visando o divertimento e o lazer, mas a pesquisa, por exemplo, ainda é uma das principais atividades praticadas. A visão da Internet e das redes sociais como um bom meio de estabelecer relações comerciais ou realizar atividades financeiras ainda não faz parte do perfil dos entrevistados. Apenas 5% praticam a atividade de home banking e serviços financeiros e somente 6 % usam as redes sociais para manter relações comerciais. O objetivo proposto, analisar de que maneira os jovens de 14 a 18 anos, residentes em São Paulo, Capital, utilizam a Internet e as redes sociais, foi atingido em parte por tratar-se de um estudo cujo método de amostragem é o não probabilístico por conveniência, assim não se pode generalizar, ou seja, a pesquisa não reflete as características de todos os jovens de renda baixa. Esta pesquisa jogou uma luz sobre o estudo de jovens de renda baixa e redes sociais, há uma gama enorme de outros pontos a serem abordados, como a questão da influência de amigos virtuais ou de perfis de usuários considerados celebridades na escolha de determinado produto, na formação de opinião sobre determinado assunto e, também, sobre a questão da sobrevivência das lan houses, por exemplo. Visto que: “As pessoas se ligam e se desligam da Internet, mudam de interesses, não revelam necessariamente sua identidade (embora não simulem uma diferente), migram para outros padrões on-line” (CASTELLS, 2003, p.108). 15
  • 16. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011 Referências AGOSTINI, Caroline; MEYER, Renata. A classe C cai na rede. REVISTA EXAME.São Paulo Editora Globo. Nº978 , 20 de outubro de 2010. AGUARI, Vinícius. Brasil tem 73,9 milhões de internautas. Info Online. São Paulo, 18 de março de 2011. Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/internet/brasil-atinge-73- milhoes-de-internautas-18032011-32.shl>.Acesso em 20 de março de 2011. BRASIL terá 140 milhões de PCs em 2014, diz a FGV. Estadão. São Paulo, 16 de abril de 2010. Disponível em: < http://economia.estadao.com.br/noticias/not_14039.htm>. Acesso em 12 de janeiro de 2011. BUCHALLA, Ana Paula. A Juventude em Rede. Veja, São Paulo, ano 42, n.7, ed. 2100, p.84-93, 18 fev.2009 CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: Reflexões sobre a Internet, os Negócios e a Sociedade. Tradução Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. Quinta edição. Prentice Hall, São Paulo, 2002 CHURCHILL, Gilbert A. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2000. COMSCORE.The Brazilian Online Audience. Fevereiro de 2011(Estudo especial). Disponível em:<http://www.comscore.com/por/Press_Events/Presentations_Whitepapers/2011/State_of _the_Internet_in_Brazil/%28language%29/por-BR>. Acesso em 8 de março de 2011. FACHIN, Gleisy R. B. Modelo de avaliação para periódicos científicos on-line: proposta de indicadores bibliográficos e telemáticos. 2002. 210 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. FUSCO, Camila. O poder das redes sociais. EXAME. São Paulo , 1º de outubro de 2009. Disponível em: < http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0953/noticias/poder-redes- sociais-501965>.Acesso em 15 de março de 2011. GADBEM, Adriano de Almeida. O crescimento das compras online pelos consumidores da Classe C. São Paulo, s/d. Disponível em:< http://www.alaic.net/alaic30/ponencias/cartas/Internet/ponencias/GT18_26Almeida.pdf> Acesso em 10 de março de 2011. 16
  • 17. Universidade Presbiteriana Mackenzie GODOY, Arilda S. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. FGV-SP. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, vol.35, n.3, p. 20-29, maio/jun, 1995, acessado em abril de 2009. IBEP. Critério de classificação econômica do Brasil. Disponível em: <http://www.logisticadescomplicada.com/wp-content/uploads/2010/03/Crit%C3%A9rio-de- Classifica%C3%A7%C3%A3o-Econ%C3%B4mica-Brasil-ABEP-2010.pdf> . Acesso em 18 de setembro de 2010. IBOPE MÍDIA. Conect Mídia: Hábitos de consumo de mídia na era da convergência. São Paulo, agosto de 2009. (Estudo Especial). Disponível em: <http://www.ibope.com/conectmidia/estudo/index.html> . Acesso em: 25 de março de 2011. KOTLER, Philip. Administração de marketing. 5º edição São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de marketing. 12.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LAKATOS, E.; MARCONI, M. Metodologia científica. São Paulo: Editora Atlas, 2004. LANGSDORFF, Janaína. Brasil é o novo País da classe C. M&M Online. São Paulo, 23 de março de 2011. Disponível em:<http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=BRASIL_e_PAiS_DA_CLASSE_C> . Acesso em 25 de março de 2011. LEMOS, André, Ciberespaço e Tecnologias Móveis. Processos de Territorialização e Desterritorialização na Cibercultura, In: XV ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 2006, Bauru. Anais... Bauru: XV COMPÓS, 2006. LÉVY,Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34,1999. MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: Uma Orientação Aplicada. 3. ed. Porto Alegre. Bookman, 2001. MATTAR NETO, J. Metodologia Científica na era da informática. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002. MACHADO, Felipe, Redes sociais são novo alvo da mídia, Grandes grupos buscam mais espaço em sites de relacionamento. Estadão. São Paulo, 17 de outubro de 2009. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091017/not_imp451939,0.php>. Acesso em 10 de março de 2011. McDANIEL JR., C.; GATES, R. Pesquisa De Marketing. São Paulo: Thomson. 2003. OLIVEIRA, S. Tratado de metodologia científica. São Paulo: Pioneira, 2001. 17
  • 18. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011 MELLO, Jacira Novaes; RIBEIRO, Rubia Francine. Cibercultura e Redes Sociais – Twitter como Interação. Paraná, s/d. Disponível em < http://www.bocc.ubi.pt/pag/mello-jaciara- ribeiro-francine-cibercultura-e-redes-sociais.pdf >. Acesso em 12 de fevereio de 2011. MOREIRA,Walter; RODRIGUES, Vera Ventura. Espaços virtuais de relacionamento e identidade: Uma análise do Orkut. ECCOM, v. 1, n. 1, p. 67-74, jan./jun., 2010. Disponível em:< http://publicacoes.fatea.br/index.php/eccom/article/viewFile/241/198> .Acesso em 14 de janeiro de 2011. PERALVA, Carla;RONCONATO, Murilo. Quem está aí?. ESTADÃO. São Paulo, 13 de fevereiro de 2011. Disponível em : < http://blogs.estadao.com.br/link/quem-esta-ai/>. Acesso em 23 de fevereiro de 2011. RECUERO, Raquel. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre, RS: Sulina; Ed. Meridional,[c2009] (Coleção Cibercultura). Disponível em: < http://www.redessociais.net/cubocc_redessociais.pdf>. Acesso em : 1º de março de 2011. REDES sociais online podem levar os jovens à depressão. VEJA Online. São Paulo 23 de março de 2011. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/redes- sociais-online-podem-levar-os-jovens-a-depressao>. Acesso em 30 de março de 2011. RICHARDSON, Roberto R. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3.ed, 7.reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. SALLOWICZ, Mariana. Classe C já compra quase a metade dos eletrônicos. Folha Online. São Paulo,15 de dezembro de 2010. Disponível em : <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/845934-classe-c-ja-compra-quase-a-metade-dos- eletronicos.shtml>. Acesso em: 20 de fevereiro de 2011. Contato: danielaarbex.s@gmail.com e mariadeloudesbacha@gmail.com 18