2. George Berkeley nasceu em 12 de
março de 1685 na Irlanda, e morreu
em Oxford, em 14 de janeiro de 1753.
Com 15 anos, ingressou no Trinity
College da Universidade de Dublin,
onde permaneceu depois de formado,
na qualidade de professor, até 1713.
Em 1709 recebeu ordens sacerdotais e
a partir de 1734 foi nomeado bispo
anglicano da diocese de Cloyne, na
Irlanda.
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3. Berkeley, que era muito religioso,
achava que as discussões
filosóficas e científicas da época
estavam conduzindo a sociedade
ao materialismo e ao ceticismo.
Ele culpava os filósofos por essa
situação, uma vez que ficavam
criando dúvidas e incertezas.
Diversas obras de sua autoria
foram escritas contra alguns
pensadores como Newton, Leibniz,
Descartes e Locke.
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4. Para se contrapor a esse tipo de
filosofia, Berkeley, então, desenvolve
uma forma de pensamento que se
aproximasse ao máximo do senso
comum. Segundo ele:
“ (...) vemos o grosso iletrado da
humanidade percorrer o trilho do
simples senso comum, governado
pelos ditames da natureza, com
facilidade e sem perturbação. Nada do
que é familiar lhes parece inexplicável
ou duro de entender. Não se queixam
de falta de evidências dos sentidos, e o
perigo do ceticismo não os ameaça”.
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5. Berkeley formulou um
empirismo muito
específico.
Ele acreditava totalmente
no que se percebe pelos
sentidos, a ponto de
considerar loucura alguém
pensar que há ideias ou
coisas dissociadas deles,
criticando os filósofos que
defendiam a existência de
“ideias gerais”.
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6. Para Berkeley, as ideias abstratas são invenções dos
intelectuais, ou seja, elas não existem, pois é
impossível conceber, por exemplo, a ideia de
movimento separada da ideia de um corpo que se
move rápida ou lentamente, para frente ou para trás.
Desse modo, para Berkeley, as ideias abstratas não
passam de uma ideia particular, que repousa numa
impressão sensorial, numa ideia já percebida pelos
sentidos, e que ela sempre existe em conjunto com
uma série de outras ideias sensorialmente percebidas,
e não como uma ideia isolada.
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7. Para Berkeley, só existe aquilo que percebemos, isto
é, os conteúdos da consciência resultantes da
experiência. Segundo ele, é errado pensar que uma
ideia é o efeito de uma coisa externa. Por isso
elabora a afirmação:
“ Ser é perceber e ser percebido”
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8. Berkeley afirma que “ser percebido” é uma
característica intrínseca às coisas, mesmo quando
ninguém as olhas ou as toca. Essa característica seria
mantida por um espírito “que tudo realiza em tudo” e
“por quem tudo existe”, ou seja, Deus.
Desse modo, as ideias dos objetos sensíveis, segundo
Berkeley, não vem de nenhuma substância material e
sim espiritual. A única substância é o espírito.
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