1. O texto é uma fábula que narra a história de um galo esperto que logra enganar uma raposa astuta. 2. Quando a raposa tenta enganar o galo dizendo que agora os animais vivem em paz, o galo finge acreditar mas sobe em uma árvore por precaução. 3. Ao ouvir falar dos cachorros que se aproximavam, a raposa desiste rapidamente de sua artimanha.
1. I – PROCEDIMENTOS DE LEITURA
D0 – Compreender frases ou partes que compõem um texto.
Verifica se o aluno compreende texto não como um simples
agrupamento de frases justapostas, mas como um conjunto
harmonioso em que há laços, interligações, relações entre suas
partes.
TEXTO: O GALO QUE LOGROU A RAPOSA
O galo que logrou a raposa
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa,
empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou
consigo: “…Deixa estar, seu malandro, que já te curo!…” E em
voz alta:
-Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a
guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e
veado, raposa e galinha, todos os bichos andam agora aos
beijos, como namorados. Desça desses poleiros e venha
receber o meu abraço de paz e amor.
-Muito bem! –exclamou o galo. Não imagina como tal notícia
me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras,
crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga
raposa, mas… como lá vem vindo três cachorros, acho bom
esperá-los, para que eles também tomem parte da
confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, dona raposa não quis saber de
histórias, e tratou de pôr-se a fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigos Có-ri-có-có, tenho pressa e não posso
esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim?
Até logo.
E rapou-se.
Com esperteza, – esperteza e meia.
B 1. Na frase: “ E rapou-se”. Entende-se que o personagem:
a) Foi embora devagar.
b) Saiu correndo.
c) Raspou a mesa.
d) Sentou-se.
2. D1 – Identificar um tema ou o sentido global de um texto.
Requer do estudante uma série de tarefas cognitivas para
chegar ao tema, em torno do qual foi desenvolvido o texto,
busca aferir se o estudante é capaz de identificar o núcleo
temático que confere unidade semântica ao texto.
B 2. O tema do texto é:
a) O galo que recebeu a raposa.
b) O galo que logrou a raposa.
c) O galo que casou com a raposa.
d) O galo que bicou a raposa.
D2 – Localizar informações explicita em um texto. Afere a
capacidade de o estudante localizar uma informação que se
encontra explicitamente na sua superfície.
C 3. Para fugir da raposa, o galo foi empoleirar-se:
a) Em um galho quebrado.
b) Em um tronco.
c) Em uma árvore.
d) Em uma parreira.
D3 – Inferir informações implícitas em um texto. Visa aferir se
o estudante é capaz de buscar nas entrelinhas os sentidos do
texto, a partir da articulação das proposições explícitas e do
conhecimento de mundo do leitor.
C 4. Por que a raposa resolveu desistir da confraternização com
o galo?
a) A raposa ficou com medo do galo.
b) A raposa lembrou que tinha outro compromisso.
c) A raposa tem medo de cachorros
d) A raposa ficou com raiva do galo.
D5 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Verifica se
o estudante sabe, com base no contexto, inferir o sentido de
uma palavra ou expressão. Não se trata, contudo, de verificar
se o estudante conhece um vocabulário dicionarizado, mas sim
se ele é capaz de reconhecer o sentido com que a palavra foi
empregada num dado contexto.
D 5. Um velho galo matreiro. A palavra grifada significa:
a) Malvado.
b) Atrevido.
3. c) Asqueroso.
d) Astuto.
D10 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. É uma
prerrogativa para se observar o nível de interação que os
estudantes estabelecem com o texto. Atividades que avaliam
essa habilidade precisam apresentar como suporte, textos que
permitam a identificação de posicionamentos relativos aos fatos
tratados no texto.
D 6. A opinião do autor desse texto a respeito da raposa é que
ela é:
a) Um animal dorminhoco.
b) Um animal preguiçoso.
c) Um animal lento.
d) Um animal esperto.
II – IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO
ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO
D6 – Identificar o gênero de um texto.
Verifica se o aluno é capaz de identificar um gênero não só pelo
assunto, mas principalmente pelo seu formato (convite, bilhete,
cartaz, receita, etc…).
Sugestão de textos para o tópico II
Textos ilustrados, propagandas, fotos, tirinhas, charges,
gráficos, textos narrativos, informativos, jornalísticos, receitas
culinárias, fábulas, cartas, convites, bulas de remédios, contas
de água, luz e telefone entre outros.
A 7. Qual é o gênero textual apresentado?
a) Fábula.
b) Receita.
c) Carta.
d) Convite.
D7 – Identificar a função de textos de diferentes gêneros.
Visa exatamente verificar se o estudante é capaz de reconhecer
a finalidade dos textos (informar, convencer, advertir, expor
um ponto de vista, narrar um acontecimento, entre outras) que
circulam numa sociedade letrada.
C 8. Qual a finalidade desse texto?
a) Dar uma ideia.
4. b) Dar os parabéns.
c) Dar uma lição de moral.
d) Dar uma informação.
D8 – Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não-
verbal.
Diversos textos valem-se de outros recursos que não apenas a
linguagem verbal, os quais contribuem para a construção de
seu sentido global. Articular a linguagem verbal e a não-verbal
é algo importante, sobretudo em uma sociedade em que cada
vez mais os textos mesclam essas linguagens.
Ao trabalhar essa habilidade com os alunos é importante que
elemento não-verbal não seja meramente ilustrativo, mas
exerça uma função no processo de produção de sentido para a
mensagem veiculada.
B 9. De acordo com a imagem, o galo demonstra:
a) Acreditar na proposta da raposa.
b) Não acreditar na proposta da raposa.
c) Que ele já estava lá quando a raposa apareceu.
d) Que ele vai descer para abraçá-la.
III – COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO
D11 – Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no
texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
Em todo texto de maior extensão, aparecem conectivos –
conjunções, locuções adverbiais, advérbios, preposições, entre
outros – que estabelecem relações semânticas de diferentes
naturezas. Entre as mais comuns, podemos citar as relações de
causalidade, de comparação, de concessão, de tempo, de
condição, de adição, de oposição, entre outras. Ser capaz de
reconhecer o tipo de relação semântica estabelecida por esses
elementos de coesão é fundamental na construção da rede de
significação do texto.
Sugestão de textos para o tópico III
Textos narrativos, informativos ou jornalísticos, entre outros.
B 10. De que modo a raposa desabafou-se diante da atitude do
galo em recebê-la de cima da árvore?
a) Animadamente.
5. b) Tristemente.
c) Alegremente.
d) Apressadamente.
D12 – Estabelecer a relação causa/consequência entre partes e
elementos do texto.
Entende-se como causa/conseqüência todas as relações entre
os elementos que se organizam de tal forma que um é
resultado do outro. Pretende-se, assim, avaliar se o estudante
percebe o motivo que deu origem aos fatos apresentados no
texto (causa e efeito, problema e solução, objetivo e ação,
afirmação e comprovação, justificativa, motivo e
comportamento, pré-condição, entre outras).
B 11. Qual foi o motivo pelo qual o galo recebeu a raposa,
empoleirado?
a) Para ficar mais imponente.
b) Para se sentir seguro.
c) Para cantar mais alto.
d) Para bicar os frutos da árvore.
D15 – Estabelecer a relações entre as partes de um texto,
identificando repetições ou substituições que contribuem para
sua continuidade.
Avalia-se a habilidade de o estudante perceber que o texto se
constitui de partes interligadas, identificando os elementos que
promovem o encadeamento do texto, o que pode ser feito
através do uso de pronomes, de relações de sinonímia ou de
palavras afins.
A 12. No trecho “…para que eles também tomem parte na
confraternização.” , a palavra grifada se refere a:
a) Cães.
b) Raposa.
c) Galo.
d) Lobo.
D19 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos
que compõem a narrativa. Avalia-se se o estudante é capaz de
identificar o motivo que desencadeou os fatos narrados e
também os outros elementos que estruturam uma narrativa,
como personagens, tempo, espaço, narrador.
D 13. O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?
6. a) A esperteza da raposa.
b) A esperteza do galo.
c) A esperteza na floresta.
d) A esperteza do galo e da raposa.
IV – RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS
DE SENTIDO
D23 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos. O uso
das palavras ou a quebra na regularidade de seu emprego são
recursos que podem ser mobilizados para produzir certos
efeitos de sentido, tais como a ironia, o humor ou outro efeito
de impacto.
Sugestão de textos para o tópico IV
Trechos de textos literários, propagandas, “tirinhas” ou charges
que apresentem humor ou ironia, entre outros.
C 14. No texto, o traço de humor está no fato de:
a) A subida do galo na árvore.
b) A chegada dos cães.
c) A raposa desculpar-se fingindo tristeza.
d) A novidade contada pela raposa.
D21 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de
pontuação e de outras notações. Os sinais de pontuação e
outras notações (negrito, maiúsculas, itálico, etc.) são recursos
expressivos. Esses recursos podem acumular funções
discursivas, como aquelas ligadas à ênfase, à reformulação ou
à justificação de certos segmentos, ou ainda à indicação de
indignação, surpresa, entre outros efeitos.
A 15. No trecho “…Deixe estar, seu malandro, que já te curo!
…”, as aspas tem efeito de:
a) Marcar a fala de alguém.
b) Marcar que alguém está desapontado.
c) Marcar que alguém quer falar.
d) Marcar um diálogo.
V – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
D13 – Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
interlocutor de um texto.
7. Avalia a habilidade de o estudante reconhecer as variações
(gramaticais ou lexicais) que, mais especificamente, revelam as
características dos interlocutores.
Sugestão de textos para o tópico V
Carta, convite, bilhetes, ofícios, requerimentos, trechos de
jornal, entre outros.
D 16. O texto é narrado por quem?
a) Pelo galo.
b) Pela raposa.
c) Pela raposa e o galo.
d) Pelo narrador.