SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Olavo Bilac A biografia, as obras e poesias
Fotos de Olavo Bilac
Poesias (1888)Crônicas e novelas (1894)Crítica e fantasia (1904)Conferências literárias (1906)Dicionário de rimas (1913)Tratado de versificação (1910)Ironia e piedade, crônicas (1916)Tarde (1918)Contos Pátrios (infantil)Livro de Leitura, (pedagógico)Livro de Composição, (pedagógico)Através do Brasil (pedagógico)Teatro InfantilTerra FluminensePátria BrasileiraA Defesa Nacional (coleção de discursos)Últimas Conferências e DiscursosDicionário Analógico (inédito)  Obras de   Olavo  Bilac
,  Nascimento:Rio de Janeiro RJÉpoca:ParnasianismoPaís:Brasil   Olavo Bilac (Rio de Janeiro RJ, 1865-1918) começou os cursos de Medicina, no Rio, e Direito, em São Paulo, mas não chegou a concluir nenhuma das faculdades. Em 1884 seu soneto Nero foi publicado na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro. Em 1887 iniciou carreira de jornalista literário e, em 1888, teve publicado seu primeiro livro, Poesias. Nos anos seguintes, publicaria crônicas, conferências literárias, discursos, livros infantis e didáticos, entre outros. Republicano e nacionalista, escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Em 1907, foi o primeiro a ser eleito “príncipe dos poetas brasileiros”, pela revista Fon-Fon. De 1915 a 1917, fez campanha cívica nacional pelo serviço militar obrigatório e pela instrução primária. Destaca-se em sua obra poética o livro póstumo Tarde (1919). Parte das crônicas que escreveu em mais de 20 anos de jornalismo está reunida em livros, entre os quais Vossa Insolência (1996). Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante de nossos poetas parnasianos. No entanto, para o crítico João Adolfo Hansen, "o mestre do passado, do livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos cotidianos do Rio, prontinho para intervenções de Agache e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro para os morros".
UM BEIJOFoste o beijo melhor da minha vida, ou talvez o pior...Glória e tormento, contigo à luz subi do firmamento, contigo fui pela infernal descida! Morreste, e o meu desejo não te olvida: queimas-me o sangue, enches-me o pensamento, e do teu gosto amargo me alimento, e rolo-te na boca malferida. Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo, batismo e extrema-unção, naquele instante por que, feliz, eu não morri contigo? Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto, beijo divino! e anseio delirante, na perpétua saudade de um minuto... Olavo Bilac
Deixa o Olhar do Mundo (Olavo Bilac)Deixa que o olhar do mundo enfim devasseTeu grande amor que é teu maior segredo!Que terias perdido, se, mais cedo,Todo o afeto que sentes se mostrasse?Basta de enganos!Mostra-me sem medoAos homens, afrontando-os face a face:Quero que os homens todos, quando eu passe,Invejosos, apontem-me com o dedo.Olha: não posso mais!Ando tão cheioDeste amor, que minh'alma se consomeDe te exaltar aos olhos do universo...Ouço em tudo teu nome, em tudo o leio:E, fatigado de calar teu nome,Quase o revelo no final de um verso. Olavo bilac
Em Mim Também (Olavo Bilac)Em mim também, que descuidado vistes,Encantado e aumentando o próprio encanto,Tereis notado que outras cousas cantoMuito diversas das que outrora ouvistes.Mas amastes, sem dúvida ... Portanto,Meditai nas tristezas que sentistes:Que eu, por mim, não conheço cousas tristes,Que mais aflijam, que torturem tanto.Quem ama inventa as penas em que vive;E, em lugar de acalmar as penas, antesBusca novo pesar com que as avive.Pois sabei que é por isso que assim ando:que é dos loucos somente e dos amantesna maior alegria andar chorando Olavo Bilac
Alunas: Larissa Rodrigues e  Naiane Rocha 8ª V4

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Brenda 3° b sem título 1
Brenda 3° b sem título 1Brenda 3° b sem título 1
Brenda 3° b sem título 1
padrecoriolano
 
Mário de Sá-carneiro + poema dele
Mário de Sá-carneiro + poema deleMário de Sá-carneiro + poema dele
Mário de Sá-carneiro + poema dele
carolinagomesss
 
Manuel bandeira (1886 1968) jaine
Manuel bandeira (1886 1968) jaineManuel bandeira (1886 1968) jaine
Manuel bandeira (1886 1968) jaine
Leslley Cristian
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMASEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
Marcelo Fernandes
 
Jorge de lima apresentação
Jorge de lima apresentaçãoJorge de lima apresentação
Jorge de lima apresentação
Mariana Daniele
 
sophia, natália correia e vinicius
sophia, natália correia e viniciussophia, natália correia e vinicius
sophia, natália correia e vinicius
Rosário Cunha
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADESEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Marcelo Fernandes
 

Mais procurados (20)

Manuel bandeira
Manuel bandeiraManuel bandeira
Manuel bandeira
 
C:\José Gomes Ferreira
C:\José Gomes Ferreira C:\José Gomes Ferreira
C:\José Gomes Ferreira
 
Brenda 3° b sem título 1
Brenda 3° b sem título 1Brenda 3° b sem título 1
Brenda 3° b sem título 1
 
Alberto de oliveira Biografia
Alberto de oliveira BiografiaAlberto de oliveira Biografia
Alberto de oliveira Biografia
 
Maìsa Maria
Maìsa MariaMaìsa Maria
Maìsa Maria
 
Manuel Bandeira Vida e obras
Manuel Bandeira Vida e obras Manuel Bandeira Vida e obras
Manuel Bandeira Vida e obras
 
Manuel Bandeira
Manuel BandeiraManuel Bandeira
Manuel Bandeira
 
Mário de Sá-carneiro + poema dele
Mário de Sá-carneiro + poema deleMário de Sá-carneiro + poema dele
Mário de Sá-carneiro + poema dele
 
Sophia
SophiaSophia
Sophia
 
Manuel bandeira (1886 1968) jaine
Manuel bandeira (1886 1968) jaineManuel bandeira (1886 1968) jaine
Manuel bandeira (1886 1968) jaine
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMASEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
 
Manuel bandeira2
Manuel bandeira2Manuel bandeira2
Manuel bandeira2
 
Apresentação Escolar - Manuel Bandeira e Obras
Apresentação Escolar - Manuel Bandeira e ObrasApresentação Escolar - Manuel Bandeira e Obras
Apresentação Escolar - Manuel Bandeira e Obras
 
Manuel Bandeira
Manuel BandeiraManuel Bandeira
Manuel Bandeira
 
Manuel Bandeira
Manuel BandeiraManuel Bandeira
Manuel Bandeira
 
Olavo Bilac - Resumo
Olavo Bilac - ResumoOlavo Bilac - Resumo
Olavo Bilac - Resumo
 
Manuel Bandeira Bruna Gardinal
Manuel Bandeira   Bruna GardinalManuel Bandeira   Bruna Gardinal
Manuel Bandeira Bruna Gardinal
 
Jorge de lima apresentação
Jorge de lima apresentaçãoJorge de lima apresentação
Jorge de lima apresentação
 
sophia, natália correia e vinicius
sophia, natália correia e viniciussophia, natália correia e vinicius
sophia, natália correia e vinicius
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADESEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
 

Semelhante a A Biografia, As Obras E Poesias

Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
Thayne Moura
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
ionasilva
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
ionasilva
 
Noite na Taverna
Noite na TavernaNoite na Taverna
Noite na Taverna
Kauan_ts
 
Vinicius de-moraes-antologia-poetica
Vinicius de-moraes-antologia-poeticaVinicius de-moraes-antologia-poetica
Vinicius de-moraes-antologia-poetica
jcmucuge
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
Ronaldo Rom
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
Ronaldo Rom
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
Ronaldo Rom
 

Semelhante a A Biografia, As Obras E Poesias (20)

Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
 
Olavo bilac roteiro de estudo
Olavo bilac roteiro de estudoOlavo bilac roteiro de estudo
Olavo bilac roteiro de estudo
 
Noite na Taverna
Noite na TavernaNoite na Taverna
Noite na Taverna
 
ROMANTISMO
ROMANTISMOROMANTISMO
ROMANTISMO
 
Os modernistas da 1º fase
Os modernistas da 1º faseOs modernistas da 1º fase
Os modernistas da 1º fase
 
ANÁLISE ALGUMA POESIA KDABRA.pptx
ANÁLISE ALGUMA POESIA KDABRA.pptxANÁLISE ALGUMA POESIA KDABRA.pptx
ANÁLISE ALGUMA POESIA KDABRA.pptx
 
ANÁLISE ALGUMA POESIA KDABRA.pptx
ANÁLISE ALGUMA POESIA KDABRA.pptxANÁLISE ALGUMA POESIA KDABRA.pptx
ANÁLISE ALGUMA POESIA KDABRA.pptx
 
Aula 21 modernismo em portugal
Aula 21   modernismo em portugalAula 21   modernismo em portugal
Aula 21 modernismo em portugal
 
Revist'A Barata - 01
Revist'A Barata - 01Revist'A Barata - 01
Revist'A Barata - 01
 
Poesias afro-brasileiras
Poesias afro-brasileiras Poesias afro-brasileiras
Poesias afro-brasileiras
 
Vinicius de-moraes-antologia-poetica
Vinicius de-moraes-antologia-poeticaVinicius de-moraes-antologia-poetica
Vinicius de-moraes-antologia-poetica
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Geração de 30
Geração de 30Geração de 30
Geração de 30
 
Romantismo
 Romantismo Romantismo
Romantismo
 

Mais de kassiarios

Trabalho Sobre ConciêNcia Negra1
Trabalho Sobre ConciêNcia Negra1Trabalho Sobre ConciêNcia Negra1
Trabalho Sobre ConciêNcia Negra1
kassiarios
 
ApresentaçãO1
ApresentaçãO1ApresentaçãO1
ApresentaçãO1
kassiarios
 
Aila Najara Maiara
Aila Najara MaiaraAila Najara Maiara
Aila Najara Maiara
kassiarios
 
CulminâNcia Do Projeto Sobre NúMeros MatemáTica
CulminâNcia Do Projeto Sobre NúMeros   MatemáTicaCulminâNcia Do Projeto Sobre NúMeros   MatemáTica
CulminâNcia Do Projeto Sobre NúMeros MatemáTica
kassiarios
 
DoençAs Sexuaumente2
DoençAs Sexuaumente2DoençAs Sexuaumente2
DoençAs Sexuaumente2
kassiarios
 
DoençAs Sexuaumente
DoençAs SexuaumenteDoençAs Sexuaumente
DoençAs Sexuaumente
kassiarios
 
DoençAs Sexualmente
DoençAs SexualmenteDoençAs Sexualmente
DoençAs Sexualmente
kassiarios
 
ColéGio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro
ColéGio Estadual Ministro Aliomar BaleeiroColéGio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro
ColéGio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro
kassiarios
 
ApresentaçãO1
ApresentaçãO1ApresentaçãO1
ApresentaçãO1
kassiarios
 
ApresentaçãO1 Catavento
ApresentaçãO1 CataventoApresentaçãO1 Catavento
ApresentaçãO1 Catavento
kassiarios
 
Festa Dos Alunos Da 7º SéRie
Festa Dos Alunos Da 7º SéRieFesta Dos Alunos Da 7º SéRie
Festa Dos Alunos Da 7º SéRie
kassiarios
 
Lavagem De Itapu+ú
Lavagem De Itapu+úLavagem De Itapu+ú
Lavagem De Itapu+ú
kassiarios
 

Mais de kassiarios (20)

Trabalho Sobre ConciêNcia Negra1
Trabalho Sobre ConciêNcia Negra1Trabalho Sobre ConciêNcia Negra1
Trabalho Sobre ConciêNcia Negra1
 
Jjj
JjjJjj
Jjj
 
ApresentaçãO1
ApresentaçãO1ApresentaçãO1
ApresentaçãO1
 
Aila Najara Maiara
Aila Najara MaiaraAila Najara Maiara
Aila Najara Maiara
 
CulminâNcia Do Projeto Sobre NúMeros MatemáTica
CulminâNcia Do Projeto Sobre NúMeros   MatemáTicaCulminâNcia Do Projeto Sobre NúMeros   MatemáTica
CulminâNcia Do Projeto Sobre NúMeros MatemáTica
 
Proooontoooo
ProooontooooProooontoooo
Proooontoooo
 
DoençAs Sexuaumente2
DoençAs Sexuaumente2DoençAs Sexuaumente2
DoençAs Sexuaumente2
 
Dst
DstDst
Dst
 
DoençAs Sexuaumente
DoençAs SexuaumenteDoençAs Sexuaumente
DoençAs Sexuaumente
 
DoençAs Sexualmente
DoençAs SexualmenteDoençAs Sexualmente
DoençAs Sexualmente
 
DoençAs
DoençAsDoençAs
DoençAs
 
ColéGio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro
ColéGio Estadual Ministro Aliomar BaleeiroColéGio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro
ColéGio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro
 
ApresentaçãO1
ApresentaçãO1ApresentaçãO1
ApresentaçãO1
 
Cata Ventos
Cata VentosCata Ventos
Cata Ventos
 
Catavento
CataventoCatavento
Catavento
 
ApresentaçãO1 Catavento
ApresentaçãO1 CataventoApresentaçãO1 Catavento
ApresentaçãO1 Catavento
 
Festa Dos Alunos Da 7º SéRie
Festa Dos Alunos Da 7º SéRieFesta Dos Alunos Da 7º SéRie
Festa Dos Alunos Da 7º SéRie
 
Lavagem De Itapu+ú
Lavagem De Itapu+úLavagem De Itapu+ú
Lavagem De Itapu+ú
 
Jeferson
JefersonJeferson
Jeferson
 
Fotoos
FotoosFotoos
Fotoos
 

A Biografia, As Obras E Poesias

  • 1. Olavo Bilac A biografia, as obras e poesias
  • 3.
  • 4. Poesias (1888)Crônicas e novelas (1894)Crítica e fantasia (1904)Conferências literárias (1906)Dicionário de rimas (1913)Tratado de versificação (1910)Ironia e piedade, crônicas (1916)Tarde (1918)Contos Pátrios (infantil)Livro de Leitura, (pedagógico)Livro de Composição, (pedagógico)Através do Brasil (pedagógico)Teatro InfantilTerra FluminensePátria BrasileiraA Defesa Nacional (coleção de discursos)Últimas Conferências e DiscursosDicionário Analógico (inédito) Obras de Olavo Bilac
  • 5. , Nascimento:Rio de Janeiro RJÉpoca:ParnasianismoPaís:Brasil   Olavo Bilac (Rio de Janeiro RJ, 1865-1918) começou os cursos de Medicina, no Rio, e Direito, em São Paulo, mas não chegou a concluir nenhuma das faculdades. Em 1884 seu soneto Nero foi publicado na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro. Em 1887 iniciou carreira de jornalista literário e, em 1888, teve publicado seu primeiro livro, Poesias. Nos anos seguintes, publicaria crônicas, conferências literárias, discursos, livros infantis e didáticos, entre outros. Republicano e nacionalista, escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Em 1907, foi o primeiro a ser eleito “príncipe dos poetas brasileiros”, pela revista Fon-Fon. De 1915 a 1917, fez campanha cívica nacional pelo serviço militar obrigatório e pela instrução primária. Destaca-se em sua obra poética o livro póstumo Tarde (1919). Parte das crônicas que escreveu em mais de 20 anos de jornalismo está reunida em livros, entre os quais Vossa Insolência (1996). Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante de nossos poetas parnasianos. No entanto, para o crítico João Adolfo Hansen, "o mestre do passado, do livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos cotidianos do Rio, prontinho para intervenções de Agache e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro para os morros".
  • 6. UM BEIJOFoste o beijo melhor da minha vida, ou talvez o pior...Glória e tormento, contigo à luz subi do firmamento, contigo fui pela infernal descida! Morreste, e o meu desejo não te olvida: queimas-me o sangue, enches-me o pensamento, e do teu gosto amargo me alimento, e rolo-te na boca malferida. Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo, batismo e extrema-unção, naquele instante por que, feliz, eu não morri contigo? Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto, beijo divino! e anseio delirante, na perpétua saudade de um minuto... Olavo Bilac
  • 7. Deixa o Olhar do Mundo (Olavo Bilac)Deixa que o olhar do mundo enfim devasseTeu grande amor que é teu maior segredo!Que terias perdido, se, mais cedo,Todo o afeto que sentes se mostrasse?Basta de enganos!Mostra-me sem medoAos homens, afrontando-os face a face:Quero que os homens todos, quando eu passe,Invejosos, apontem-me com o dedo.Olha: não posso mais!Ando tão cheioDeste amor, que minh'alma se consomeDe te exaltar aos olhos do universo...Ouço em tudo teu nome, em tudo o leio:E, fatigado de calar teu nome,Quase o revelo no final de um verso. Olavo bilac
  • 8. Em Mim Também (Olavo Bilac)Em mim também, que descuidado vistes,Encantado e aumentando o próprio encanto,Tereis notado que outras cousas cantoMuito diversas das que outrora ouvistes.Mas amastes, sem dúvida ... Portanto,Meditai nas tristezas que sentistes:Que eu, por mim, não conheço cousas tristes,Que mais aflijam, que torturem tanto.Quem ama inventa as penas em que vive;E, em lugar de acalmar as penas, antesBusca novo pesar com que as avive.Pois sabei que é por isso que assim ando:que é dos loucos somente e dos amantesna maior alegria andar chorando Olavo Bilac
  • 9. Alunas: Larissa Rodrigues e Naiane Rocha 8ª V4