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O RESSUSCITADO: VIDA DA COMUNIDADE CRISTÃ
BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: A, B e C – TEMPO LITÚRGICO: 2° DOMINGO DA PÁSCOA – COR: BRANCO
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. Jesus ressuscitado está presente na comunidade, dando
início à nova criação. Os cristãos sentem sua presença na ação
do Espírito que os move à implantação do projeto de Deus na
história. A comunidade é chamada a ter fé madura que não
exige sinais extraordinários para perceber Jesus presente nela
(cf. Evangelho: Jo 20,19-31). Basta que faça contínua memó-
ria dos gestos e palavras de Jesus, partilhe os bens e a vida
para perceber que Deus está presente nela, operando de novo
prodígios e sinais (cf. 1ª leitura: At 2,42-47).
2. Celebramos a Eucaristia, gesto supremo de amor daquele
que o Pai ressuscitou dentre os mortos, herança que jamais
perde seu valor. Nós não o vemos, mas o amamos; não sabe-
mos tudo a respeito dele, mas nele acreditamos e a ele nos
entregamos para construir o mundo novo (cf. 2ª Leitura: 1Pd
1,3-9).
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
Evangelho (Jo 20,19-31): A nova criação
3. O texto de Jo 20,19-31 pode ser dividido em duas cenas
distintas: vv. 19-23 e vv. 24-29. Segue-se um epílogo (vv. 30-
31) que, originariamente, era a conclusão do 4º Evangelho.
Na primeira cena enfatiza-se a criação da comunidade messi-
ânica que, a mandato de Cristo ressuscitado, dá seqüência ao
projeto de Deus. A segunda cena reflete, por contraste com a
atitude de Tomé, o amadurecimento na fé dos que, apesar de
não terem visto Jesus, aderiram a ele plenamente. O epílogo
sintetiza a finalidade pela qual o 4º Evangelho foi escrito.
a. A criação da comunidade messiânica (vv. 19-23)
4. O texto inicia situando a cena no tempo. É a tarde do
domingo da Páscoa. Para os judeus, já havia iniciado um novo
dia. Para João, contudo, é ainda o dia da ressurreição, a nova
era inaugurada pela vitória de Jesus sobre a morte. A referên-
cia à tarde do domingo reflete a práxis cristã de celebrar a
Santa Ceia no Dia do Senhor, à tardinha. Estamos, portanto,
num contexto da Ceia do Senhor. As portas fechadas denotam
um aspecto negativo (o medo dos discípulos) e um aspecto
positivo (o novo estado de Jesus ressuscitado, para o qual não
há barreiras).
5. Jesus apresenta-se no meio da comunidade (mais uma
referência ao contexto da Ceia do Senhor) e saúda os discípu-
los com a saudação da plenitude dos bens messiânicos: "A
paz (shalom) esteja com vocês". É a mesma saudação da
despedida (cf. 14,27). Por sua morte e ressurreição ele se
tornou aquele que venceu o "mundo" e a morte. É a saudação
do Cordeiro vencedor que ainda traz em si os sinais de vitória,
as marcas nas mãos e no lado (v. 20a). Dele a comunidade se
alimentará.
6. A reação da comunidade é a alegria (cf. 16,20) que nin-
guém, de agora em diante, poderá suprimir (cf. 16,22).
7. Assim fortalecida, a comunidade está pronta para a mis-
são que o próprio Jesus recebeu: "Como o Pai me enviou,
assim também eu envio vocês" (v. 21b). Quem garante a mis-
são da comunidade será o Espírito Santo. Para João, o Pente-
costes acontece aqui, na tarde do dia da ressurreição. De agora
em diante, batizados no Espírito Santo (cf. 1,33), os cristãos
têm o encargo de continuar o projeto de Deus. Esse projeto é
sintetizado assim: "Os pecados daqueles que vocês perdoa-
rem, serão perdoados; os pecados daqueles que vocês não
perdoarem, não serão perdoados" (vv. 22b-23). O que é peca-
do para João? Consiste essencialmente em aderir à ordem
injusta que levou Jesus à morte. Os pecados são atos concre-
tos decorrentes dessa opção. Fundamentalmente, a tarefa da
comunidade é mostrar, em palavras e ações, que quem se
fechou ao projeto de Deus permanece em seus pecados (cf.
9,41: "O pecado de vocês permanece").
8. Jesus sopra sobre os discípulos e lhes comunica sua pró-
pria missão. O sopro recorda Gn 2,7, o sopro vital do Deus
que comunica a vida. Recordando o Gênesis, João quer dizer
que aqui, no dia da ressurreição, nasce a comunidade dos
seguidores de Jesus, aos quais ele confia sua própria missão.
9. "Os discípulos continuam a ação de Jesus, pois ele lhes
confere a sua missão (20,21). Pelo Espírito que recebem dele,
são suas testemunhas perante o mundo (15,26s). Sua ativida-
de, como a de Jesus, é a manifestação por atos e obras do
amor gratuito e generoso do Pai (9,4). Diante deste testemu-
nho, sucederá o mesmo que sucedeu a Jesus: haverá os que o
aceitarão e darão sua adesão a Jesus e os que se endurecerão
em sua atitude hostil ao homem, rejeitarão o amor e se volta-
rão contra ele, chegando inclusive a dar a morte aos discípu-
los em nome de Deus (15,18-21; 16,1-4). Não é missão da
comunidade, como também não o era a de Jesus, julgar os
homens (3,17; 12,47). O seu julgamento, como o de Jesus,
não faz senão constatar e confirmar o julgamento que o ho-
mem dá sobre si mesmo" diante do projeto de Deus (J. Mate-
os-J. Barreto, O Evangelho de São João, Paulus, São Paulo,
1989, p. 836s).
b. A fé amadurecida (vv. 24-29)
10. Muito provavelmente o episódio de Tomé foi lembrado
pelo autor do 4º Evangelho para eliminar mal-entendidos na
comunidade, segundo os quais as testemunhas oculares estari-
am num plano superior em relação aos que não viram pesso-
almente o Senhor ressuscitado. Esse era um conflito presente
nas comunidades do fim do 1º século.
11. Tomé era um dos Doze (v. 24) que estivera com Jesus
antes da Paixão. O evangelista quer salientar que o importante
não é ter estado com Jesus antes de sua morte, e sim viver a
vida que nasce da ressurreição, assumindo o projeto de Deus
como opção pessoal. De fato, não obstante a boa vontade de
Tomé (cf. 11,16: "Vamos também nós, para morrermos com
ele"), ele não fizera a experiência do Cristo vivo, nem recebe-
ra o Espírito (cf. v. 24). Contrariamente a quanto faziam os
convertidos, ele não aceita o testemunho dos discípulos. Sua
fé ainda é fraca: não nasce da experiência de amor da comu-
nidade, mas depende de sinais extraordinários.
12. A referência ao oitavo dia denota mais uma vez o contex-
to eucarístico do texto. É o dia da nova criação, da plenitude,
"oitavo dia por sua plenitude e primeiro por sua novidade".
Para o 4º Evangelho, a ressurreição de Jesus se prolonga por
todos os dias da história.
13. Digna de nota é a resposta de Tomé: "Meu Senhor e meu
Deus". É a maior profissão de fé do 4º Evangelho. Ele reco-
nhece em Jesus o servo glorificado (Senhor), em pé de igual-
dade com o Pai (Deus). Descobre em Jesus o projeto acabado
de Deus e o toma como modelo para si (meu Senhor e meu
Deus). É a primeira vez, fora o prólogo, em que Jesus é cha-
mado de Deus. Note-se que, para os judeus, a prova cabal de
que Jesus devia morrer foi o fato de se ter proclamado igual a
Deus (5,18), ou de fazer-se Deus (10,33).
14. A cena se conclui com a única bem-aventurança explícita
no Evangelho de João (cf. 13,17). Ela privilegia os que irão
crer sem ter visto. O evangelho é desafio e abertura para o
futuro: aceitá-lo ou não, aí se joga a sorte do ser humano e do
ser cristão.
c. Epílogo (vv. 30-31)
15. A maioria dos estudiosos admite que aqui se encerrava o
Evangelho de João. O cap. 21, que se segue, foi acrescentado
mais tarde. O epílogo sintetiza a atividade de Jesus, marcada
por sinais, cuja função é o próprio objetivo do evangelho:
suscitar a fé e adesão ao projeto de Jesus, o Cristo, levado a
cabo em sua morte e ressurreição. Esse projeto é o mesmo do
Pai, do qual o Filho é a expressão fiel. Aderindo a ele, as
pessoas têm a vida.
1ª leitura (At 2,42-47): Retrato da comunidade cristã
16. Nos primeiros cinco capítulos de Atos encontram-se três
sumários que são como que retratos da comunidade de Jerusa-
lém (2,42-47; 4,32-37; 5,12-16). O texto deste domingo é o
primeiro deles. A comunidade é como carro que anda sobre
quatro rodas: o ensinamento dos apóstolos, a comunhão fra-
terna, a fração do pão e as orações (v. 42). Essas quatro colu-
nas sustentavam a vida dos primeiros cristãos. O texto salienta
que os convertidos eram pessoas que faziam questão de con-
servar essa nova identidade.
17. Os versículos seguintes desenvolvem as quatro rodas. O
ensinamento dos apóstolos (em grego, didaché) é desenvolvi-
do no v. 43: "Todos eles estavam cheios de temor por causa
dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realiza-
vam". A comunhão fraterna (em grego, koinonia) é explicada
nos vv. 44-46a: "Todos os que abraçavam a fé viviam unidos
e colocavam tudo em comum; vendiam suas propriedades e
seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a ne-
cessidade de cada um. Diariamente todos juntos freqüentavam
o Templo". A fração do pão é retomada no v. 46b e as ora-
ções no v. 47a.
18. Tudo começa com o ensino dos apóstolos. Ele faz memó-
ria do que Jesus fez e disse a respeito de como queria a socie-
dade. Este ensino, por sua vez, provoca mudança de relações
sociais em nível político e econômico: o poder é substituído
pela fraternidade (comunhão fraterna) e o acúmulo pela parti-
lha dos bens (repartiam o dinheiro entre todos, conforme a
necessidade de cada um). Freqüentam o Templo, mas cele-
bram a Ceia do Senhor nas casas, fazendo-a preceder por uma
refeição em comum, onde tudo é de todos e para todos.
19. Lucas fala ainda da oração, sem explicar qual o conteúdo
da mesma. O v. 47a afirma simplesmente que se tratava de
louvor a Deus. E isso é o suficiente. O Pai-nosso é a única
oração que Jesus ensinou aos discípulos (cf. Lc 11,2-4). Ela é
a oração do Reino, anseio de sociedade fraterna e igualitária,
que já começa a mostrar frutos na comunidade de Jerusalém,
suscitando o louvor dos fiéis. Os primeiros cristãos são a
semente que arrebenta o asfalto do acúmulo de poder e pos-
ses; são a horta de Deus na qual foi semeado o grão de mos-
tarda. Essa semente cresce, torna-se árvore e as aves do céu se
abrigam em seus ramos (cf. Lc 13,18-19).
20. A comunidade primitiva era só uma semente, mas possu-
ía poder de atração por sua novidade extraordinária. Todos os
que sonhavam com uma sociedade fraterna e justa, onde a
vida fosse partilhada em todas as suas dimensões, se uniam a
esse grupo: "A cada dia o Senhor acrescentava ao grupo as
pessoas que iam aceitando a salvação" (v. 47b).
2ª Leitura (1Pd 1,3-9): A ressurreição de Jesus é vida nova
21. A primeira carta de São Pedro "foi escrita ‘aos que vivem
dispersos como estrangeiros’ por todas as regiões da Ásia
Menor. São, portanto, migrantes que vivem fora da pátria
(1,17), seja porque partiram em busca de trabalho para sobre-
viver, seja porque eram escravos comprados que permaneci-
am na casa de seus senhores, longe do local de origem. Esses
cristãos tinham deixado suas raízes, os parentes e amigos e se
encontravam em situações de isolamento em regiões que não
lhes davam o aconchego e acolhida que tinham na própria
terra. Sofriam humilhações, injúrias, perseguições por serem
estrangeiros e cristãos. Pedro escreve mostrando que a união
entre eles, seja na família, seja na comunidade, há de ser tão
fraterna e acolhedora, que formem juntos ‘a casa de Deus’.
Por isso a carta respira clima de alegria, frater-nidade e espe-
rança. Essa união e enraizamento na fé, através de um teste-
munho de vida, será a retaguarda sólida diante de uma situa-
ção hostil" (Bíblia Sagrada — Ed. Pastoral, Paulus, São Pau-
lo, p. 1567).
22. Os versículos lidos na liturgia deste domingo introduzem
os temas da carta. Os vv. 3-5 são provavelmente um antigo
hino que as comunidades cantavam por ocasião do batismo.
Ele recorda a ação de Deus em favor das pessoas por meio de
Jesus Cristo. Ressuscitando-o dos mortos (v. 3), ele nos deu
uma herança que não perde o valor, imaculada e que não
murcha (v. 4). No Antigo Testamento, a herança que Deus
concedeu a seu povo era a posse da terra. Agora, dispersos
pelo mundo, os cristãos possuem uma herança nova, marcada
pela esperança na vida que nasce da ressurreição de Jesus e
que se projeta em direção ao final dos tempos (v. 5).
23. Os vv. 6-9 tratam das novas relações entre Deus e as
pessoas baseadas no amor que supera os conflitos enfrentados
pelos cristãos. Pedro aconselha a resistência pela fé e pelo
amor. E isso já é motivo de alegria. A sociedade em que vi-
vem é, para os cristãos dispersos, a prova de fogo que dá
consistência e sentido à causa que abraçaram. E a razão disso
tudo é o Senhor. Os cristãos o amam sem tê-lo visto, e crêem
apesar de ainda não o verem (v. 8a).
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
24. O evangelho (Jo 20,19-31) questiona nossas comunidades "de portas fechadas". Como ser comunida-
de messiânica no mundo em que vivemos? O que significa ter fé amadurecida em nossa sociedade?
25. A 1ª leitura (At 2,42-47) nos estimula a traçar o perfil de nossas comunidades, comparando-as com a
dos primeiros cristãos, cujas bases eram o conhecimento de Jesus Cristo, a fraternidade, a partilha, a Santa
Ceia e o louvor de Deus.
26. A 2ª leitura (1Pd 1,3-9) ilumina a realidade dos cristãos dispersos, ensinando-os a resistir no Senhor,
em nome da fé e do amor, contra todo tipo de sociedade que não traduz o projeto de Deus, que é vida e li-
berdade para todos.

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Comentário: 2° Domingo de Páscoa - Ano A

  • 1. O RESSUSCITADO: VIDA DA COMUNIDADE CRISTÃ BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: A, B e C – TEMPO LITÚRGICO: 2° DOMINGO DA PÁSCOA – COR: BRANCO I. INTRODUÇÃO GERAL 1. Jesus ressuscitado está presente na comunidade, dando início à nova criação. Os cristãos sentem sua presença na ação do Espírito que os move à implantação do projeto de Deus na história. A comunidade é chamada a ter fé madura que não exige sinais extraordinários para perceber Jesus presente nela (cf. Evangelho: Jo 20,19-31). Basta que faça contínua memó- ria dos gestos e palavras de Jesus, partilhe os bens e a vida para perceber que Deus está presente nela, operando de novo prodígios e sinais (cf. 1ª leitura: At 2,42-47). 2. Celebramos a Eucaristia, gesto supremo de amor daquele que o Pai ressuscitou dentre os mortos, herança que jamais perde seu valor. Nós não o vemos, mas o amamos; não sabe- mos tudo a respeito dele, mas nele acreditamos e a ele nos entregamos para construir o mundo novo (cf. 2ª Leitura: 1Pd 1,3-9). II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS Evangelho (Jo 20,19-31): A nova criação 3. O texto de Jo 20,19-31 pode ser dividido em duas cenas distintas: vv. 19-23 e vv. 24-29. Segue-se um epílogo (vv. 30- 31) que, originariamente, era a conclusão do 4º Evangelho. Na primeira cena enfatiza-se a criação da comunidade messi- ânica que, a mandato de Cristo ressuscitado, dá seqüência ao projeto de Deus. A segunda cena reflete, por contraste com a atitude de Tomé, o amadurecimento na fé dos que, apesar de não terem visto Jesus, aderiram a ele plenamente. O epílogo sintetiza a finalidade pela qual o 4º Evangelho foi escrito. a. A criação da comunidade messiânica (vv. 19-23) 4. O texto inicia situando a cena no tempo. É a tarde do domingo da Páscoa. Para os judeus, já havia iniciado um novo dia. Para João, contudo, é ainda o dia da ressurreição, a nova era inaugurada pela vitória de Jesus sobre a morte. A referên- cia à tarde do domingo reflete a práxis cristã de celebrar a Santa Ceia no Dia do Senhor, à tardinha. Estamos, portanto, num contexto da Ceia do Senhor. As portas fechadas denotam um aspecto negativo (o medo dos discípulos) e um aspecto positivo (o novo estado de Jesus ressuscitado, para o qual não há barreiras). 5. Jesus apresenta-se no meio da comunidade (mais uma referência ao contexto da Ceia do Senhor) e saúda os discípu- los com a saudação da plenitude dos bens messiânicos: "A paz (shalom) esteja com vocês". É a mesma saudação da despedida (cf. 14,27). Por sua morte e ressurreição ele se tornou aquele que venceu o "mundo" e a morte. É a saudação do Cordeiro vencedor que ainda traz em si os sinais de vitória, as marcas nas mãos e no lado (v. 20a). Dele a comunidade se alimentará. 6. A reação da comunidade é a alegria (cf. 16,20) que nin- guém, de agora em diante, poderá suprimir (cf. 16,22). 7. Assim fortalecida, a comunidade está pronta para a mis- são que o próprio Jesus recebeu: "Como o Pai me enviou, assim também eu envio vocês" (v. 21b). Quem garante a mis- são da comunidade será o Espírito Santo. Para João, o Pente- costes acontece aqui, na tarde do dia da ressurreição. De agora em diante, batizados no Espírito Santo (cf. 1,33), os cristãos têm o encargo de continuar o projeto de Deus. Esse projeto é sintetizado assim: "Os pecados daqueles que vocês perdoa- rem, serão perdoados; os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados" (vv. 22b-23). O que é peca- do para João? Consiste essencialmente em aderir à ordem injusta que levou Jesus à morte. Os pecados são atos concre- tos decorrentes dessa opção. Fundamentalmente, a tarefa da comunidade é mostrar, em palavras e ações, que quem se fechou ao projeto de Deus permanece em seus pecados (cf. 9,41: "O pecado de vocês permanece"). 8. Jesus sopra sobre os discípulos e lhes comunica sua pró- pria missão. O sopro recorda Gn 2,7, o sopro vital do Deus que comunica a vida. Recordando o Gênesis, João quer dizer que aqui, no dia da ressurreição, nasce a comunidade dos seguidores de Jesus, aos quais ele confia sua própria missão. 9. "Os discípulos continuam a ação de Jesus, pois ele lhes confere a sua missão (20,21). Pelo Espírito que recebem dele, são suas testemunhas perante o mundo (15,26s). Sua ativida- de, como a de Jesus, é a manifestação por atos e obras do amor gratuito e generoso do Pai (9,4). Diante deste testemu- nho, sucederá o mesmo que sucedeu a Jesus: haverá os que o aceitarão e darão sua adesão a Jesus e os que se endurecerão em sua atitude hostil ao homem, rejeitarão o amor e se volta- rão contra ele, chegando inclusive a dar a morte aos discípu- los em nome de Deus (15,18-21; 16,1-4). Não é missão da comunidade, como também não o era a de Jesus, julgar os homens (3,17; 12,47). O seu julgamento, como o de Jesus, não faz senão constatar e confirmar o julgamento que o ho- mem dá sobre si mesmo" diante do projeto de Deus (J. Mate- os-J. Barreto, O Evangelho de São João, Paulus, São Paulo, 1989, p. 836s). b. A fé amadurecida (vv. 24-29) 10. Muito provavelmente o episódio de Tomé foi lembrado pelo autor do 4º Evangelho para eliminar mal-entendidos na comunidade, segundo os quais as testemunhas oculares estari- am num plano superior em relação aos que não viram pesso- almente o Senhor ressuscitado. Esse era um conflito presente nas comunidades do fim do 1º século. 11. Tomé era um dos Doze (v. 24) que estivera com Jesus antes da Paixão. O evangelista quer salientar que o importante não é ter estado com Jesus antes de sua morte, e sim viver a vida que nasce da ressurreição, assumindo o projeto de Deus como opção pessoal. De fato, não obstante a boa vontade de Tomé (cf. 11,16: "Vamos também nós, para morrermos com ele"), ele não fizera a experiência do Cristo vivo, nem recebe- ra o Espírito (cf. v. 24). Contrariamente a quanto faziam os convertidos, ele não aceita o testemunho dos discípulos. Sua fé ainda é fraca: não nasce da experiência de amor da comu- nidade, mas depende de sinais extraordinários. 12. A referência ao oitavo dia denota mais uma vez o contex- to eucarístico do texto. É o dia da nova criação, da plenitude, "oitavo dia por sua plenitude e primeiro por sua novidade". Para o 4º Evangelho, a ressurreição de Jesus se prolonga por todos os dias da história. 13. Digna de nota é a resposta de Tomé: "Meu Senhor e meu Deus". É a maior profissão de fé do 4º Evangelho. Ele reco- nhece em Jesus o servo glorificado (Senhor), em pé de igual- dade com o Pai (Deus). Descobre em Jesus o projeto acabado de Deus e o toma como modelo para si (meu Senhor e meu Deus). É a primeira vez, fora o prólogo, em que Jesus é cha-
  • 2. mado de Deus. Note-se que, para os judeus, a prova cabal de que Jesus devia morrer foi o fato de se ter proclamado igual a Deus (5,18), ou de fazer-se Deus (10,33). 14. A cena se conclui com a única bem-aventurança explícita no Evangelho de João (cf. 13,17). Ela privilegia os que irão crer sem ter visto. O evangelho é desafio e abertura para o futuro: aceitá-lo ou não, aí se joga a sorte do ser humano e do ser cristão. c. Epílogo (vv. 30-31) 15. A maioria dos estudiosos admite que aqui se encerrava o Evangelho de João. O cap. 21, que se segue, foi acrescentado mais tarde. O epílogo sintetiza a atividade de Jesus, marcada por sinais, cuja função é o próprio objetivo do evangelho: suscitar a fé e adesão ao projeto de Jesus, o Cristo, levado a cabo em sua morte e ressurreição. Esse projeto é o mesmo do Pai, do qual o Filho é a expressão fiel. Aderindo a ele, as pessoas têm a vida. 1ª leitura (At 2,42-47): Retrato da comunidade cristã 16. Nos primeiros cinco capítulos de Atos encontram-se três sumários que são como que retratos da comunidade de Jerusa- lém (2,42-47; 4,32-37; 5,12-16). O texto deste domingo é o primeiro deles. A comunidade é como carro que anda sobre quatro rodas: o ensinamento dos apóstolos, a comunhão fra- terna, a fração do pão e as orações (v. 42). Essas quatro colu- nas sustentavam a vida dos primeiros cristãos. O texto salienta que os convertidos eram pessoas que faziam questão de con- servar essa nova identidade. 17. Os versículos seguintes desenvolvem as quatro rodas. O ensinamento dos apóstolos (em grego, didaché) é desenvolvi- do no v. 43: "Todos eles estavam cheios de temor por causa dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realiza- vam". A comunhão fraterna (em grego, koinonia) é explicada nos vv. 44-46a: "Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a ne- cessidade de cada um. Diariamente todos juntos freqüentavam o Templo". A fração do pão é retomada no v. 46b e as ora- ções no v. 47a. 18. Tudo começa com o ensino dos apóstolos. Ele faz memó- ria do que Jesus fez e disse a respeito de como queria a socie- dade. Este ensino, por sua vez, provoca mudança de relações sociais em nível político e econômico: o poder é substituído pela fraternidade (comunhão fraterna) e o acúmulo pela parti- lha dos bens (repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um). Freqüentam o Templo, mas cele- bram a Ceia do Senhor nas casas, fazendo-a preceder por uma refeição em comum, onde tudo é de todos e para todos. 19. Lucas fala ainda da oração, sem explicar qual o conteúdo da mesma. O v. 47a afirma simplesmente que se tratava de louvor a Deus. E isso é o suficiente. O Pai-nosso é a única oração que Jesus ensinou aos discípulos (cf. Lc 11,2-4). Ela é a oração do Reino, anseio de sociedade fraterna e igualitária, que já começa a mostrar frutos na comunidade de Jerusalém, suscitando o louvor dos fiéis. Os primeiros cristãos são a semente que arrebenta o asfalto do acúmulo de poder e pos- ses; são a horta de Deus na qual foi semeado o grão de mos- tarda. Essa semente cresce, torna-se árvore e as aves do céu se abrigam em seus ramos (cf. Lc 13,18-19). 20. A comunidade primitiva era só uma semente, mas possu- ía poder de atração por sua novidade extraordinária. Todos os que sonhavam com uma sociedade fraterna e justa, onde a vida fosse partilhada em todas as suas dimensões, se uniam a esse grupo: "A cada dia o Senhor acrescentava ao grupo as pessoas que iam aceitando a salvação" (v. 47b). 2ª Leitura (1Pd 1,3-9): A ressurreição de Jesus é vida nova 21. A primeira carta de São Pedro "foi escrita ‘aos que vivem dispersos como estrangeiros’ por todas as regiões da Ásia Menor. São, portanto, migrantes que vivem fora da pátria (1,17), seja porque partiram em busca de trabalho para sobre- viver, seja porque eram escravos comprados que permaneci- am na casa de seus senhores, longe do local de origem. Esses cristãos tinham deixado suas raízes, os parentes e amigos e se encontravam em situações de isolamento em regiões que não lhes davam o aconchego e acolhida que tinham na própria terra. Sofriam humilhações, injúrias, perseguições por serem estrangeiros e cristãos. Pedro escreve mostrando que a união entre eles, seja na família, seja na comunidade, há de ser tão fraterna e acolhedora, que formem juntos ‘a casa de Deus’. Por isso a carta respira clima de alegria, frater-nidade e espe- rança. Essa união e enraizamento na fé, através de um teste- munho de vida, será a retaguarda sólida diante de uma situa- ção hostil" (Bíblia Sagrada — Ed. Pastoral, Paulus, São Pau- lo, p. 1567). 22. Os versículos lidos na liturgia deste domingo introduzem os temas da carta. Os vv. 3-5 são provavelmente um antigo hino que as comunidades cantavam por ocasião do batismo. Ele recorda a ação de Deus em favor das pessoas por meio de Jesus Cristo. Ressuscitando-o dos mortos (v. 3), ele nos deu uma herança que não perde o valor, imaculada e que não murcha (v. 4). No Antigo Testamento, a herança que Deus concedeu a seu povo era a posse da terra. Agora, dispersos pelo mundo, os cristãos possuem uma herança nova, marcada pela esperança na vida que nasce da ressurreição de Jesus e que se projeta em direção ao final dos tempos (v. 5). 23. Os vv. 6-9 tratam das novas relações entre Deus e as pessoas baseadas no amor que supera os conflitos enfrentados pelos cristãos. Pedro aconselha a resistência pela fé e pelo amor. E isso já é motivo de alegria. A sociedade em que vi- vem é, para os cristãos dispersos, a prova de fogo que dá consistência e sentido à causa que abraçaram. E a razão disso tudo é o Senhor. Os cristãos o amam sem tê-lo visto, e crêem apesar de ainda não o verem (v. 8a). III. PISTAS PARA REFLEXÃO 24. O evangelho (Jo 20,19-31) questiona nossas comunidades "de portas fechadas". Como ser comunida- de messiânica no mundo em que vivemos? O que significa ter fé amadurecida em nossa sociedade? 25. A 1ª leitura (At 2,42-47) nos estimula a traçar o perfil de nossas comunidades, comparando-as com a dos primeiros cristãos, cujas bases eram o conhecimento de Jesus Cristo, a fraternidade, a partilha, a Santa Ceia e o louvor de Deus. 26. A 2ª leitura (1Pd 1,3-9) ilumina a realidade dos cristãos dispersos, ensinando-os a resistir no Senhor, em nome da fé e do amor, contra todo tipo de sociedade que não traduz o projeto de Deus, que é vida e li- berdade para todos.