1. Primeiras reflexões sobre o uso das TIC,das Ferramentas da Web,
Comunidades de Prática e Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) na
Educação
O mundo vem passando por grandes mudanças que mudam nossas concepções,
valores e crenças que atingem diretamente a sociedade, a educação, a economia,
etc. A disseminação e o uso das tecnologias vem crescendo vertiginosamente,
estamos na área da informação e do conhecimento, onde tudo muda muito
rápido e a escola não pode ficar alheia a isso. Essa sociedade marcada pela
rapidez e pela busca constante pelo aperfeiçoamento exigirá mais capacitação,
estudo, mudança de paradigmas e um deles é aliar as TIC à educação, pois para
preparar cidadãos responsáveis, autônomos, críticos é necessário dotá-lo de
capacidades para que possa ter iniciativa, esteja disposto a aprender a aprender,
seja consciente , etc. Só assim ele poderá enfrentar o mercado de trabalho.
No mundo moderno muito é oferecido e tudo que nos chega é mais atrativo do
que é oferecido nas escolas, por isso, aliar a tecnologia a uma prática pedagógica
vem beneficiar o trabalho docente, motivando o aluno e tornando as aulas mais
prazerosas e atrativas.
Apresento neste texto alguns conceitos que são fundamentais para a prática
pedagógica, pois se reconhecemos que o mundo mudou não podemos ficar a
margem, temos que de alguma forma tentar acompanhá-lo. A primeira mudança
passa pela concepção de aprendizagem, pois hoje não cabe que uma escola ou
seus educadores acreditem na transmissão de conteúdo, vendo o aluno como um
mero receptor, uma tábua rasa e o professor sendo o protagonista do processo,
detendo todo o conhecimento como uma verdade imutável. O que buscamos
hoje em termos de concepções de aprendizagem são aquelas que se pautam na
interação, na afetividade, em reconhecer o conhecimento prévio do aluno, ou
seja, “a aprendizagem é vista como o resultado de um processo de interações
contínuas”, diante disse aluno e professor são parceiros na construção da
aprendizagem, pois, o conhecimento é construído coletivamente, respeitando as
vivências anteriores, a cultura da família e da comunidade onde este aluno está
inserido.
Você já ouvir falar nos termos: Ferramentas Web 2.0 , Comunidades
Práticas ou Ambientes Virtuais de Aprendizagem?
Acredite, após conhecer o significado de cada um deles, teremos a certeza de
apenas os termos são novos, pois conhecemos sua utilidade e função, mas não
aplicamos a eles a nomenclatura correta.
2. Ferramentas da Web 2.0 – O que é e o que tem a ver com a Educação?
Ela é vista como uma nova forma de utilização da Internet, pois as Ferramentas
Web 2.0 são os programas que rodam no navegador do usuário, sendo
disponibilizados gratuitamente a partir dos servidores das empresas que os
desenvolveram e visam a interatividade, a criatividade o compartilhamento de
conteúdos e serviços entre os usuários da rede.
São ferramentas da Web 2.0:
Mídia Social
Diante disso surge um novo conceito. O que são Mídias Sociais?
““Mídias Sociais são tecnologias e práticas on-line, usadas por pessoas (isso
inclui as empresas) para disseminar conteúdo, provocando o compartilhamento
de opiniões, idéias, experiências e perspectivas. Seus diversos formatos,
atualmente, podem englobar textos, imagens, áudio, e vídeo. São websites que
usam tecnologias como blogs, mensageiros, podcasts, wikis, videologs, ou
mashups (aplicações que combinam conteúdo de múltiplas fontes para criar uma
3. nova aplicação), permitindo que seus usuários possam interagir
instantaneamente entre si e com o restante do mundo.” (Fontoura, 2009).
As autoras do texto referência Rosa Maria E. M. da Costa e Vânia Martins
ressaltam que o Google é uma empresa Web 2.0, pois oferece gratuitamente o
maior número de aplicativos, por isso são indicadas para serem utilizadas pelos
educadores, pois não tem custos destacando-se os Blogs e os Wikis.
Os blogs permitem que os professores troquem experiências, criem textos de
autoria e consequentemente será o modelo e a referência para o aluno também
escrever bons textos. Os wikis assim como os blogs permitem a edição
colaborativa de conteúdos. Essas ferramentas também estão sendo indicadas
para a formação continuada de professores da rede pública.
Ao utilizarmos estamos servindo de modelo e referência para que novos
experimentos surjam.
O mesmo vem ocorrendo com as Comunidades Práticas, que nada mais são que
comunidades aprendentes, ou seja, várias pessoas com características comuns
aprendendo, a construir e a gerir o conhecimento. Esse é um contexto de
aprendizagem colaborativa, baseada na concepção de Vygotsky de que uma
aprendizagem para ser significativa deve ser colaborativa.
As comunidades práticas educacionais têm como pré-requisito o trabalho
colaborativo e cooperativo, sendo a comunidade o objeto de estudo o próprio
ambiente, servindo como um canal de interação entre os membros em prol de
um objetivo comum: a construção da aprendizagem.
Para finalizar apresento os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), são
softwares que auxiliam na criação de cursos acessíveis através da internet. São
elaborados para dar suporte aos professores que gerenciam o processo desde a
elaboração dos conteúdos até a administração do curso e acompanhar o
progresso do aluno. Também são baseados na teoria sócio-interacionista e
permitem a interação entre os alunos. Ressalto que se as concepções e
estratégias pedagógicas não estiverem presentes desde início do processo, desde
a escolha do curso até a conclusão dos trabalhos e não priorizar a interação entre
o grupo mantendo atividade individuais e coletivas na mesma proporção, tendo a
participação do tutor que estimula e incentiva na realização das atividades,
haverá um número grande de desistentes. É de suma importância a elaboração
do material didático e da escolha das mídias que serão trabalhadas para motivar
o aluno e mantê-lo durante todo o processo.
Após essa argumentação, muitos serão os desafios para nós educadores, pois
para que utilizemos essas tecnologias precisamos de investimentos no
profissional, em equipamentos, na valorização do professor e capacitações que
invistam no uso dessas ferramentas para subsidiar o trabalho docente.
Primeiramente cabe ao professor quebrar a sua resistência frente ao
desconhecido, e aprendam a usar a tecnologia. Para isso é necessário estar
4. disposto a aprender, a conhecer as ferramentas, pois, do que adianta ter todo
conhecimento tecnológico, se ao utilizar as ferramentas mantenho a concepção
de que o aluno não pode se manifestar e que eu detenho todo o conhecimento?
De nada adianta utilizar a tecnologia se não mudarmos nossos paradigmas.
Precisamos de formação específica, de estar aberto ao novo, de querer ousar,
fazer a diferença na vida do nosso aluno. Assim como eles precisamos de
motivação, de vontade, de objetivos e metas, para nortear o caminho e não nos
deixar abater frente aos obstáculos e dificuldades que encontraremos pelo
caminho. Ter o aluno como parceiro na construção do conhecimento com aulas
mais interessantes e consequentemente garantindo um ensino de qualidade é o
nosso maior objetivo.
Referências Bibliográficas:
COSTA, Rosa Maria E.M.; MARINS, Vânia. Ferramentas da Web 2.0 e as
Comunidades de Prática – Aula 4a. Disponível em: http://pigead.lanteuff.org/
mod/resource/view.php?id=4702 . Acesso em: 13/06/2012.
COSTA, Rosa Maria E.M.; MARINS, Vânia. Ambientes Virtuais de
Aprendizagem – Aula 4b. Disponível em:
http://pigead.lanteuff.org/mod/resource/view.php?id=4703 . Acesso em:
13/06/2012.
Vídeo Web 2.0 – A máquina somos nós. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=NJsacDCsiPg .