O documento discute o conceito de bullying no contexto escolar, suas características e formas, os envolvidos e suas classificações, causas, prevenção e o papel do professor. Também aborda o cyberbullying, seus tipos, prevenção e como agir em caso de ameaças.
2. Bullyng - conceito
Na língua Inglesa, o termo é originário de
bully “valentão”.
Traduz-se pelo desejo consciente e
deliberado de maltratar outro indivíduo e
pressioná-lo.
3. Segundo a ABRAPIA (Associação
Brasileira Multiprofissional de Proteção à
Infância e a Adolescência),
O bullying é constituído de todas as
formas de atitudes, intencionais e
repetidas, que acontecem sem um motivo
4. O ato pode ser realizado por um ou mais
estudantes contra outro(s), provocando
dor, angústia, e executadas através de
uma relação desigual de poder.
5. Características
A ABRAPIA ainda ressalta (s/d) que os
comportamentos caracterizados como bullying
são: colocar apelidos; ofender; fazer gozações;
encarnar; fazer humilhações; causar
sofrimento; discriminar; excluir; isolar; ignorar;
intimidar; fazer perseguições; assediar;
aterrorizar; tiranizar; dominar; agredir; bater; dar
chutes; dar empurrões; causar ferimentos;
roubar; e ainda quebrar pertences.
6. Para evitar a desaprovação social, as meninas
se escondem sob uma fachada de doçura para
se magoarem mutuamente em segredo. Elas
passam olhares dissimulados e bilhetes,
manipulam silenciosamente o tempo todo,
encurralam-se nos corredores, dão as costas,
cochicham e sorriem. Esses atos, cuja intenção
é evitar serem desmascaradas e punidas, são
epidêmicos em ambientes de classe média, em
que as regras de feminilidade são mais rígidas
(SIMMONS, 2004, p. 33).
7. De acordo com Neto (2005), as crianças e
adolescentes podem se envolver de três
maneiras, consoante o modo de agir
perante a situação. Sendo assim, elas
podem assumir os seguintes papéis:
vítimas, agressores ou testemunhas.
Classificação dos
envolvidos
8. IDENTIFICAÇÃO DO OPRESSOR
Possuem pouca empatia,
Frequentemente, pertencem a famílias
não-estruturadas, na qual são poucos os
relacionamentos afetivos entre seus
familiares.
Relaxamento na supervisão dos pais
9. Causas da agressividade
Relaxamento na supervisão da criança
pelos pais pode acarretar em situações
que favorecem o desenvolvimento da
agressividade entre seus filhos, por meio
da permissividade, da prática de maus
tratos físicos ou explosões emocionais
como meio de afirmação de poder.
10. Faz-se necessário que se tenha conhecimento do
ambiente familiar o qual
está inserido e o papel desempenhado nesse ambiente,
quais são suas dificuldades, e de que maneira é tratado
por seus familiares; pois estes fatores aliados a um
ambiente escolar propício para a violência, contribuirão
cada vez
mais para que este aluno se torne muito mais agressivo
com seus colegas e até com seus professores.
11. Motivos para a agressão
Os mais variados possíveis podem ser físicas:
ser alto que o resto da turma, mais baixo, acima
do peso, ser muito magro, usar óculos; ter uma
pele muito branca, etc. Já as características
comportamentais: ser tímido, retraído, ter
um excelente desempenho escolar (tirar boas
notas), ao tentar se expressar não conseguir
sem gaguejar, etc.
Características emocionais: chorar facilmente,
ter baixa auto-estima, ser inseguro entre outros.
12. Práticas geradoras de Bullyng
Proteção excessiva;
Tratamento infantilizado,
“Bode expiatório" da família, que sofre
críticas sistemáticas e sendo
responsabilizado pelas frustrações dos
pais (NETO, 2005, p. 67).
13. Papel do professor
Os professores devem conscientizar os
pais, alunos e demais , orientar
funcionários a respeito deste tipo de
agressão, o que é, principais
características, pessoas envolvidas e
problemas gerados a partir desta
agressão.
14. Tomar algumas atitudes preventivas como evitar
em sala de aula menosprezo, apelidos ou
rejeição de estudantes por qualquer tipo de
razão. Além disso, pode-se promover
discussões a respeito das várias maneiras de
violência, respeito mútuo e a afetividade tendo
como foco as relações humanas.
Acionar o Conselho tutelar.
15. Promover atividades que estimulem o
altruismo respeito à cidadania, concórdia,
força interior, unidade, patriotismo,
responsabilidade cívica, solidariedade,
respeito a todas as formas de vida e à
natureza, respeito a todas as formas
de culto e religiões, uso adequado do
tempo, uso adequado da energia do
dinheiro.
16. Cyberbully - conceito
Conceitua-se por atos intencionais e
repetidos de ameaça e ofensa,
através da
utilização de tecnologia, em particular
dos celulares e da Internet.
17. Existe a possibilidade das vítimas
se converterem em agressoras,
em virtude do anonimato que a
internet proporciona.
18. EXISTE UMA DIFICULDADE DE
CONHECER O AGRESSOR O QUE
POTENCIALIZA O ATO, TORNANDO-SE
UMA BOLA DE NEVE.
19. TIPOS DE CYBERBULY
Stalking;
Ameaças/perseguições;
Roubo de identidade ou de senhas;
Criação de páginas de perfil falsas;
O uso dos blogues;
Envio de imagens pelos mais variados
meios;
20. Sítios de votação;
Envio de vírus
Inscrições em nome da vítima
21. PREVENÇÃO DO
CYBERBULLYNG
Utilização de pseudônimos
Não disponibilizar informação pessoal
Respeitar a privacidade dos outros
Restringir as pessoas que podem ter
acesso ao perfil
Ter atenção quando um “amigo” virtual
quer um encontro
22. Como agir em caso de ameaças
Se um jovem se sentir perseguido,
humilhado, ofendido ou ameaçado, este
deve reportar a situação a um adulto da
sua confiança e insistir até que o adulto
tome providências;
23. Não abrir ou ler mensagens provenientes
de cyberbullies e arquivá-las a fim de que
seja tomada medidas futuras.
24. CONCLUSÃO
Ante o exposto, é possível concluir que o
bullyng é centrado nas diferenças que o
agressor percebe na vítima. O agressor é
motivado por situações que geram a prática de
agressividade. A agressão é a maneira do
opressor retratar a realidade.Em relação ao
professor(a), infere-se que este(a) deve mitigar
os conflitos e nunca promovê-lose orientar os
pais e funcionários acerca deste tema.
25. O cyberbullyng é favorecido e atinge suas
potencialidades em razão do
anonimato.Percebe-se que aluno deve
ser orientado a procurar ajuda de um
adulto quando estiver diante de
perseguições e quando for revelada a sua
intimidade nunca tentar resolver os
conflitos sozinhos.
26. Referências
ABRAPIA - Associação Brasileira
Multiprofissional de Proteção à Infância e
a Adolescência. Programa de Redução do
Comportamento Agressivos entre
Estudantes. Rio de Janeiro, s/d.
Disponível em:
http://www.bullying.com.br/BConceituacao
21.htm#Mas.
27. NETO, Lopes Aramis A. Bullying:
comportamento agressivo entre
estudantes. J. Pediatr. (Rio de J.). Porto
Alegre,v.81, n. 5, 2005. Disponível
em:http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0021-
75572005000700006&lng=pt&nrm=iso&tln
g=pt .Acesso em: 20 Jul 2007. p. 64 - 72.
SIMMONS, Rachel. Garota fora do jogo: a
cultura oculta da agressão nas meninas.
Rio de Janeiro: Rocco, 2004.
333p.
28. Vídeos recomendados
Depoimento de um adolescente vítima de
bullyng que acusa o professor de
promover o ato.
Refletindo sobre o bullyng com a Mônica.
Entrevista com Dra. Ana Beatriz Barbosa
Silva sobre Bullying (violencia escolar),
tema do livro de sua autoria - Bullying:
mentes perigosas nas escolas.