SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
LER OU NÃO LER…VAMOS LÁ VER

Os livros didácticos Braille sua perspectiva evolutiva



                                      Formanda: Isabel Cristina Pires




                        Ano Letivo
                         2011 /2012
RESUMO:

Através deste artigo pretendemos abordar, numa óptica evolutiva, a
importância que o livro didáctico tem assumido ao longo dos
tempos e o seu papel junto dos alunos portadores de deficiência
visual, na perspectiva de uma melhor compreensão da relevância
do livro Braille, tanto em contexto escolar como fora dele. O
presente estudo, baseia-se numa pesquisa documental e em
observações directas aos alunos que frequentam o primeiro ciclo
no Instituto Helen Keller.
INTRODUÇÃO
O objectivo do presente estudo consistirá em lançar um olhar sobre a
prática da leitura do cidadão invisual e dissecar uma perspectiva
evolutiva do livro didáctico em Braille sendo ainda o principal
instrumento pedagógico. Segundo Silva (2006, p.55) “ O livro didáctico
sempre foi e continua a ser uma ferramenta primordial no ensino”.
Apesar de todas as discussões em torno da validade dele como
instrumento do processo de ensino aprendizagem, as escolas,
especialmente as públicas, adoptam-no, na sua maioria como suporte
matriz para o ensino das disciplinas básicas, facto que demonstra que o
livro didáctico foi e continua a ser um material educacional de crucial
importância para o exercício de aquisição do saber.
1. A Inclusão da Pessoa Invisual no actual Sistema
   Educativo
O processo de inclusão começa a fazer sentido para o deficiente
visual, segundo (Lemos, 2003), quando lhe permite uma “participação
activa junto a um grupo social”, ainda assim percebe-se que as
aprendizagens da pessoa invisual dependem grandemente do seu
“esforço” para optimizar as suas competências.
Segundo, o Sistema Educativo Português exige-se que “as escolas de
hoje sejam impulsionadoras e promotoras da inclusão de crianças com
deficiência e do sucesso educativo dos alunos com necessidades
educativas especiais, assim como, conceber, produzir e distribuir
materiais didácticos de apoio à docência” (Portaria nº 360, 30 de
Março de 2007).
2.Evolução Histórica do Livro Didáctico para Invisuais
 Séc. XVI - Realizaram-se os primeiros estudos através do tacto.
1784- Foi desenvolvido um sistema de lcom letras comuns. Surge a primeira
escola de cegos em Paris. Leitura em relevo
1812- Utilizando como método de aprendizagem o sistema “Valentin Hauy”.
Consistia em traçar em revelo o alfabeto vulgar de forma que as letras fossem
percebidas pelos dedos. Para a escrita de provas ortográficas serviam-se de
caracteres móveis.
Anos mais tarde Barbie desenvolve a escrita nocturna sem lápis e sem tinta.
Inventou-se um pequeno instrumento através do qual, com auxílio de um
estilete podiam gravar-se no papel símbolos sonográficos .Agora é possível
decifrar mensagens no escuro, contando os pontos com os dedos.
1825- Neste ano, surge o sistema Braille . Louis Braille criou uma convenção
gráfica atribuindo a cada símbolo um valor ortográfico e não fonético.
1829 - Foi publicada a primeira edição do seu processo para escrita de
palavras e música, por meio de pontos.
1830 este sistema começou a ser implementado nas aulas para a escrita
de exercícios.
Nos anos 30 inicia-se o processo de alfabetização, educação, criação de
imprensas e bibliotecas para cegos.
Entre 1840 e 1850, o braille afirma-se na música em que o texto literal
aparece em caracteres ordinário em alto revelo e a música em notação
braille.
Em 1944 a biblioteca conta já com uma sala de leitura e livros falados
principalmente livros didácticos de tinta ainda não transcritos para Braille.
Hoje em dia os alunos recorrem preferencialmente a textos introduzidos
no computador, que ouvem com recurso à voz sintética, ou servem-se de
leituras em gravações de fita magnética (livros sonoros).
3. Livros em novos formatos. Do livro acessível ao livro
   tecnológico
                        “Quando quero ler, eu ouço. Pago a uma pessoa para gravar os livros
                              em fitas e depois, quando sinto vontade, coloco-as para tocar”.
                                                       (Oscar Niemeyer)

 A partir dos anos 90 são muitos os recursos no ensino de deficientes
visuais. Estima-se que “cerca de 180 milhões de pessoas tenham alguma
deficiência entre as quais cerca de 50 milhões são cegas.”
                                    (http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,7,SA%DADE,11492, 2009   )




 Hoje, existe uma diversidade de recursos vinculados à introdução de
novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC´s) como:
Reglete e Punção, Sorobã, Livro Didáctico Adaptado, Livro Falado, Livros
Digitais em Texto, Livros Áudio, Livros no Formato DAISY, Sistema Dosvox,
Virtual Vision, Software JAWS.
Apresentação final

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Atividades biblioteca CEP
Atividades biblioteca CEP Atividades biblioteca CEP
Atividades biblioteca CEP Regina Coutinho
 
Concurso um mapa de ideias regulamento
Concurso um mapa de ideias   regulamentoConcurso um mapa de ideias   regulamento
Concurso um mapa de ideias regulamentoFilomena Claudino
 
Biografia Vanda Furtado-Inês e Daniela 4ºA
Biografia Vanda Furtado-Inês e Daniela 4ºABiografia Vanda Furtado-Inês e Daniela 4ºA
Biografia Vanda Furtado-Inês e Daniela 4ºApoletef
 
Funções da biblioteca escolar
Funções da biblioteca escolarFunções da biblioteca escolar
Funções da biblioteca escolarpirosario
 
Cultura de mão em mão
Cultura de mão em mãoCultura de mão em mão
Cultura de mão em mãoKathia Zanata
 
Biblioteca do CAp/UFRJ 2015 - Integração com o processo pedagógico da escola
Biblioteca do CAp/UFRJ 2015 -  Integração com o processo pedagógico da escolaBiblioteca do CAp/UFRJ 2015 -  Integração com o processo pedagógico da escola
Biblioteca do CAp/UFRJ 2015 - Integração com o processo pedagógico da escolaGisele Lima
 
Biblioteca do CAp/UFRJ - Integração com o processo pedagógico da escola
Biblioteca do CAp/UFRJ - Integração com o processo pedagógico da escolaBiblioteca do CAp/UFRJ - Integração com o processo pedagógico da escola
Biblioteca do CAp/UFRJ - Integração com o processo pedagógico da escolaGisele Lima
 
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?António Pires
 
Projeto -leitura_e_escrita_na_sala_de_aula.doc41
Projeto  -leitura_e_escrita_na_sala_de_aula.doc41Projeto  -leitura_e_escrita_na_sala_de_aula.doc41
Projeto -leitura_e_escrita_na_sala_de_aula.doc41MARILEUSA SCHMITZ PEREIRA
 
Aprender e partilhar arte e imaginação
Aprender e partilhar arte e imaginaçãoAprender e partilhar arte e imaginação
Aprender e partilhar arte e imaginaçãoestelapais
 
Atividades Biblioteca CEP Eb1 PAMPILHOSA 2013
Atividades Biblioteca  CEP  Eb1 PAMPILHOSA 2013Atividades Biblioteca  CEP  Eb1 PAMPILHOSA 2013
Atividades Biblioteca CEP Eb1 PAMPILHOSA 2013Regina Coutinho
 

Mais procurados (20)

Atividades biblioteca CEP
Atividades biblioteca CEP Atividades biblioteca CEP
Atividades biblioteca CEP
 
Concurso um mapa de ideias regulamento
Concurso um mapa de ideias   regulamentoConcurso um mapa de ideias   regulamento
Concurso um mapa de ideias regulamento
 
Agenda abril
Agenda abrilAgenda abril
Agenda abril
 
Atv_8 PROJETO BIBLIOTECA
Atv_8  PROJETO BIBLIOTECAAtv_8  PROJETO BIBLIOTECA
Atv_8 PROJETO BIBLIOTECA
 
Biografia Vanda Furtado-Inês e Daniela 4ºA
Biografia Vanda Furtado-Inês e Daniela 4ºABiografia Vanda Furtado-Inês e Daniela 4ºA
Biografia Vanda Furtado-Inês e Daniela 4ºA
 
Funções da biblioteca escolar
Funções da biblioteca escolarFunções da biblioteca escolar
Funções da biblioteca escolar
 
25 de abril
25 de abril25 de abril
25 de abril
 
Aula Biblioteca Escolar
Aula Biblioteca EscolarAula Biblioteca Escolar
Aula Biblioteca Escolar
 
A grande fábrica de palavras dramatização
A grande fábrica de palavras   dramatizaçãoA grande fábrica de palavras   dramatização
A grande fábrica de palavras dramatização
 
Livro ilustrado
Livro ilustrado Livro ilustrado
Livro ilustrado
 
A biblioteca escolar
A biblioteca  escolar A biblioteca  escolar
A biblioteca escolar
 
Cultura de mão em mão
Cultura de mão em mãoCultura de mão em mão
Cultura de mão em mão
 
Biblioteca do CAp/UFRJ 2015 - Integração com o processo pedagógico da escola
Biblioteca do CAp/UFRJ 2015 -  Integração com o processo pedagógico da escolaBiblioteca do CAp/UFRJ 2015 -  Integração com o processo pedagógico da escola
Biblioteca do CAp/UFRJ 2015 - Integração com o processo pedagógico da escola
 
Biblioteca do CAp/UFRJ - Integração com o processo pedagógico da escola
Biblioteca do CAp/UFRJ - Integração com o processo pedagógico da escolaBiblioteca do CAp/UFRJ - Integração com o processo pedagógico da escola
Biblioteca do CAp/UFRJ - Integração com o processo pedagógico da escola
 
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?
 
Projeto -leitura_e_escrita_na_sala_de_aula.doc41
Projeto  -leitura_e_escrita_na_sala_de_aula.doc41Projeto  -leitura_e_escrita_na_sala_de_aula.doc41
Projeto -leitura_e_escrita_na_sala_de_aula.doc41
 
Aprender e partilhar arte e imaginação
Aprender e partilhar arte e imaginaçãoAprender e partilhar arte e imaginação
Aprender e partilhar arte e imaginação
 
apresentação IV
apresentação IVapresentação IV
apresentação IV
 
Biblioteca novembro
Biblioteca novembroBiblioteca novembro
Biblioteca novembro
 
Atividades Biblioteca CEP Eb1 PAMPILHOSA 2013
Atividades Biblioteca  CEP  Eb1 PAMPILHOSA 2013Atividades Biblioteca  CEP  Eb1 PAMPILHOSA 2013
Atividades Biblioteca CEP Eb1 PAMPILHOSA 2013
 

Destaque

CONHECENDO A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL - (Pos DI)
CONHECENDO A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL - (Pos DI)CONHECENDO A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL - (Pos DI)
CONHECENDO A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL - (Pos DI)Diogo Rafael da Silva
 
Luz na escuridao+braile d+
Luz na escuridao+braile    d+Luz na escuridao+braile    d+
Luz na escuridao+braile d+siaromjo
 
Escolhas de uma vida
Escolhas de uma vidaEscolhas de uma vida
Escolhas de uma vidasiaromjo
 
TéCnicas De Leitura E Escrita Braille
TéCnicas De Leitura E Escrita BrailleTéCnicas De Leitura E Escrita Braille
TéCnicas De Leitura E Escrita BrailleLeumas
 
RelatóRio De DeficiêNcia Visual
RelatóRio De DeficiêNcia VisualRelatóRio De DeficiêNcia Visual
RelatóRio De DeficiêNcia VisualGuilherminaP
 
Jogos e brincadeiras para deficientes
Jogos e brincadeiras para deficientesJogos e brincadeiras para deficientes
Jogos e brincadeiras para deficientesresidencia
 
Excel Avançado - Aulas
Excel Avançado - AulasExcel Avançado - Aulas
Excel Avançado - AulasGustavo Sousa
 

Destaque (18)

Tatiana e adriana
Tatiana e adrianaTatiana e adriana
Tatiana e adriana
 
CONHECENDO A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL - (Pos DI)
CONHECENDO A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL - (Pos DI)CONHECENDO A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL - (Pos DI)
CONHECENDO A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL - (Pos DI)
 
Luz na escuridao+braile d+
Luz na escuridao+braile    d+Luz na escuridao+braile    d+
Luz na escuridao+braile d+
 
Claudio
ClaudioClaudio
Claudio
 
Se !!!
Se !!!Se !!!
Se !!!
 
Renata caldara
Renata caldaraRenata caldara
Renata caldara
 
Marcia
MarciaMarcia
Marcia
 
Escolhas de uma vida
Escolhas de uma vidaEscolhas de uma vida
Escolhas de uma vida
 
Cão guia
Cão guiaCão guia
Cão guia
 
TéCnicas De Leitura E Escrita Braille
TéCnicas De Leitura E Escrita BrailleTéCnicas De Leitura E Escrita Braille
TéCnicas De Leitura E Escrita Braille
 
Natani e sayone
Natani e sayoneNatani e sayone
Natani e sayone
 
A InclusãO De Deficientes Visuais Na Sociedade
A InclusãO De Deficientes Visuais  Na SociedadeA InclusãO De Deficientes Visuais  Na Sociedade
A InclusãO De Deficientes Visuais Na Sociedade
 
Louis Braille
Louis BrailleLouis Braille
Louis Braille
 
Bocha (Adaptada)
Bocha (Adaptada) Bocha (Adaptada)
Bocha (Adaptada)
 
RelatóRio De DeficiêNcia Visual
RelatóRio De DeficiêNcia VisualRelatóRio De DeficiêNcia Visual
RelatóRio De DeficiêNcia Visual
 
Deficiência Visual
Deficiência VisualDeficiência Visual
Deficiência Visual
 
Jogos e brincadeiras para deficientes
Jogos e brincadeiras para deficientesJogos e brincadeiras para deficientes
Jogos e brincadeiras para deficientes
 
Excel Avançado - Aulas
Excel Avançado - AulasExcel Avançado - Aulas
Excel Avançado - Aulas
 

Semelhante a Apresentação final

Jovens mediadores de leitura app
Jovens mediadores de leitura appJovens mediadores de leitura app
Jovens mediadores de leitura appNagila Polido
 
Eixo+de+Literatura_Anos+Iniciais_Módulo+1_2023+(1)_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
Eixo+de+Literatura_Anos+Iniciais_Módulo+1_2023+(1)_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptxEixo+de+Literatura_Anos+Iniciais_Módulo+1_2023+(1)_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
Eixo+de+Literatura_Anos+Iniciais_Módulo+1_2023+(1)_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptxAntônia marta Silvestre da Silva
 
A CONTRIBUIÇÃO DOS CLÁSSICOS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
A CONTRIBUIÇÃO DOS CLÁSSICOS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃOA CONTRIBUIÇÃO DOS CLÁSSICOS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
A CONTRIBUIÇÃO DOS CLÁSSICOS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃOJusemara
 
Alfabetização e leramento aula 27 02 (1)
Alfabetização e leramento    aula 27 02 (1)Alfabetização e leramento    aula 27 02 (1)
Alfabetização e leramento aula 27 02 (1)Julciane De Paula Campos
 
Educação de cegos e surdos
Educação de cegos e surdosEducação de cegos e surdos
Educação de cegos e surdosGuilherme Tavares
 
Ideias mec caderno de textos
Ideias mec caderno de textosIdeias mec caderno de textos
Ideias mec caderno de textosValeria Friedmann
 
Sede de-ler-digital-n-011
Sede de-ler-digital-n-011Sede de-ler-digital-n-011
Sede de-ler-digital-n-011Viviane Teles
 
Projeto monteirolobatovideo
Projeto monteirolobatovideoProjeto monteirolobatovideo
Projeto monteirolobatovideoAnaKelly
 
Projeto Descobrindo as diversas facetas de Monteiro Lobato
Projeto Descobrindo as diversas facetas de Monteiro LobatoProjeto Descobrindo as diversas facetas de Monteiro Lobato
Projeto Descobrindo as diversas facetas de Monteiro LobatoAna Kelly Brustolin
 
Prioridades para as Bibliotecas Escolares no contexto da flexibilidade curri...
Prioridades para as Bibliotecas Escolares no contexto da flexibilidade curri...Prioridades para as Bibliotecas Escolares no contexto da flexibilidade curri...
Prioridades para as Bibliotecas Escolares no contexto da flexibilidade curri...Sónia Cruz
 
Meios de acesso à literatura para pessoas cegas
Meios de acesso à literatura para pessoas cegasMeios de acesso à literatura para pessoas cegas
Meios de acesso à literatura para pessoas cegasAilton Barcelos
 
Por outros olhos: experiências francesas de mediação de leitura na Primeira I...
Por outros olhos: experiências francesas de mediação de leitura na Primeira I...Por outros olhos: experiências francesas de mediação de leitura na Primeira I...
Por outros olhos: experiências francesas de mediação de leitura na Primeira I...Sistema Municipal de Bibliotecas
 
Competência em Informação na Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
Competência em Informação na Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJCompetência em Informação na Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
Competência em Informação na Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJTatyanne Valdez
 
ABiblioteca Escolar e a família como promotoras da Leitura
ABiblioteca Escolar e a família como promotoras da LeituraABiblioteca Escolar e a família como promotoras da Leitura
ABiblioteca Escolar e a família como promotoras da LeituraBE Lorosae
 
Ações educativas da Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
Ações educativas da Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ Ações educativas da Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
Ações educativas da Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ Tatyanne Valdez
 

Semelhante a Apresentação final (20)

Jovens mediadores de leitura app
Jovens mediadores de leitura appJovens mediadores de leitura app
Jovens mediadores de leitura app
 
Eixo+de+Literatura_Anos+Iniciais_Módulo+1_2023+(1)_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
Eixo+de+Literatura_Anos+Iniciais_Módulo+1_2023+(1)_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptxEixo+de+Literatura_Anos+Iniciais_Módulo+1_2023+(1)_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
Eixo+de+Literatura_Anos+Iniciais_Módulo+1_2023+(1)_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
 
A CONTRIBUIÇÃO DOS CLÁSSICOS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
A CONTRIBUIÇÃO DOS CLÁSSICOS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃOA CONTRIBUIÇÃO DOS CLÁSSICOS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
A CONTRIBUIÇÃO DOS CLÁSSICOS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
 
Alfabetização e leramento aula 27 02 (1)
Alfabetização e leramento    aula 27 02 (1)Alfabetização e leramento    aula 27 02 (1)
Alfabetização e leramento aula 27 02 (1)
 
Educação de cegos e surdos
Educação de cegos e surdosEducação de cegos e surdos
Educação de cegos e surdos
 
Ideias mec caderno de textos
Ideias mec caderno de textosIdeias mec caderno de textos
Ideias mec caderno de textos
 
Folhear 1 set-dez._2019
Folhear 1 set-dez._2019Folhear 1 set-dez._2019
Folhear 1 set-dez._2019
 
Sede de-ler-digital-n-011
Sede de-ler-digital-n-011Sede de-ler-digital-n-011
Sede de-ler-digital-n-011
 
Prêmio Nacional VivaLeitura 2014
Prêmio Nacional VivaLeitura 2014Prêmio Nacional VivaLeitura 2014
Prêmio Nacional VivaLeitura 2014
 
Projeto monteirolobatovideo
Projeto monteirolobatovideoProjeto monteirolobatovideo
Projeto monteirolobatovideo
 
Projeto monteirolobatovideo
Projeto monteirolobatovideoProjeto monteirolobatovideo
Projeto monteirolobatovideo
 
Projeto Descobrindo as diversas facetas de Monteiro Lobato
Projeto Descobrindo as diversas facetas de Monteiro LobatoProjeto Descobrindo as diversas facetas de Monteiro Lobato
Projeto Descobrindo as diversas facetas de Monteiro Lobato
 
Prioridades para as Bibliotecas Escolares no contexto da flexibilidade curri...
Prioridades para as Bibliotecas Escolares no contexto da flexibilidade curri...Prioridades para as Bibliotecas Escolares no contexto da flexibilidade curri...
Prioridades para as Bibliotecas Escolares no contexto da flexibilidade curri...
 
Meios de acesso à literatura para pessoas cegas
Meios de acesso à literatura para pessoas cegasMeios de acesso à literatura para pessoas cegas
Meios de acesso à literatura para pessoas cegas
 
Jornal Letra A CEALE
Jornal Letra A CEALEJornal Letra A CEALE
Jornal Letra A CEALE
 
Biblioteca escolar
Biblioteca escolarBiblioteca escolar
Biblioteca escolar
 
Por outros olhos: experiências francesas de mediação de leitura na Primeira I...
Por outros olhos: experiências francesas de mediação de leitura na Primeira I...Por outros olhos: experiências francesas de mediação de leitura na Primeira I...
Por outros olhos: experiências francesas de mediação de leitura na Primeira I...
 
Competência em Informação na Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
Competência em Informação na Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJCompetência em Informação na Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
Competência em Informação na Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
 
ABiblioteca Escolar e a família como promotoras da Leitura
ABiblioteca Escolar e a família como promotoras da LeituraABiblioteca Escolar e a família como promotoras da Leitura
ABiblioteca Escolar e a família como promotoras da Leitura
 
Ações educativas da Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
Ações educativas da Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ Ações educativas da Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
Ações educativas da Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
 

Apresentação final

  • 1. LER OU NÃO LER…VAMOS LÁ VER Os livros didácticos Braille sua perspectiva evolutiva Formanda: Isabel Cristina Pires Ano Letivo 2011 /2012
  • 2. RESUMO: Através deste artigo pretendemos abordar, numa óptica evolutiva, a importância que o livro didáctico tem assumido ao longo dos tempos e o seu papel junto dos alunos portadores de deficiência visual, na perspectiva de uma melhor compreensão da relevância do livro Braille, tanto em contexto escolar como fora dele. O presente estudo, baseia-se numa pesquisa documental e em observações directas aos alunos que frequentam o primeiro ciclo no Instituto Helen Keller.
  • 3. INTRODUÇÃO O objectivo do presente estudo consistirá em lançar um olhar sobre a prática da leitura do cidadão invisual e dissecar uma perspectiva evolutiva do livro didáctico em Braille sendo ainda o principal instrumento pedagógico. Segundo Silva (2006, p.55) “ O livro didáctico sempre foi e continua a ser uma ferramenta primordial no ensino”. Apesar de todas as discussões em torno da validade dele como instrumento do processo de ensino aprendizagem, as escolas, especialmente as públicas, adoptam-no, na sua maioria como suporte matriz para o ensino das disciplinas básicas, facto que demonstra que o livro didáctico foi e continua a ser um material educacional de crucial importância para o exercício de aquisição do saber.
  • 4. 1. A Inclusão da Pessoa Invisual no actual Sistema Educativo O processo de inclusão começa a fazer sentido para o deficiente visual, segundo (Lemos, 2003), quando lhe permite uma “participação activa junto a um grupo social”, ainda assim percebe-se que as aprendizagens da pessoa invisual dependem grandemente do seu “esforço” para optimizar as suas competências. Segundo, o Sistema Educativo Português exige-se que “as escolas de hoje sejam impulsionadoras e promotoras da inclusão de crianças com deficiência e do sucesso educativo dos alunos com necessidades educativas especiais, assim como, conceber, produzir e distribuir materiais didácticos de apoio à docência” (Portaria nº 360, 30 de Março de 2007).
  • 5. 2.Evolução Histórica do Livro Didáctico para Invisuais  Séc. XVI - Realizaram-se os primeiros estudos através do tacto. 1784- Foi desenvolvido um sistema de lcom letras comuns. Surge a primeira escola de cegos em Paris. Leitura em relevo 1812- Utilizando como método de aprendizagem o sistema “Valentin Hauy”. Consistia em traçar em revelo o alfabeto vulgar de forma que as letras fossem percebidas pelos dedos. Para a escrita de provas ortográficas serviam-se de caracteres móveis. Anos mais tarde Barbie desenvolve a escrita nocturna sem lápis e sem tinta. Inventou-se um pequeno instrumento através do qual, com auxílio de um estilete podiam gravar-se no papel símbolos sonográficos .Agora é possível decifrar mensagens no escuro, contando os pontos com os dedos. 1825- Neste ano, surge o sistema Braille . Louis Braille criou uma convenção gráfica atribuindo a cada símbolo um valor ortográfico e não fonético.
  • 6. 1829 - Foi publicada a primeira edição do seu processo para escrita de palavras e música, por meio de pontos. 1830 este sistema começou a ser implementado nas aulas para a escrita de exercícios. Nos anos 30 inicia-se o processo de alfabetização, educação, criação de imprensas e bibliotecas para cegos. Entre 1840 e 1850, o braille afirma-se na música em que o texto literal aparece em caracteres ordinário em alto revelo e a música em notação braille. Em 1944 a biblioteca conta já com uma sala de leitura e livros falados principalmente livros didácticos de tinta ainda não transcritos para Braille. Hoje em dia os alunos recorrem preferencialmente a textos introduzidos no computador, que ouvem com recurso à voz sintética, ou servem-se de leituras em gravações de fita magnética (livros sonoros).
  • 7. 3. Livros em novos formatos. Do livro acessível ao livro tecnológico “Quando quero ler, eu ouço. Pago a uma pessoa para gravar os livros em fitas e depois, quando sinto vontade, coloco-as para tocar”. (Oscar Niemeyer)  A partir dos anos 90 são muitos os recursos no ensino de deficientes visuais. Estima-se que “cerca de 180 milhões de pessoas tenham alguma deficiência entre as quais cerca de 50 milhões são cegas.” (http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,7,SA%DADE,11492, 2009 )  Hoje, existe uma diversidade de recursos vinculados à introdução de novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC´s) como: Reglete e Punção, Sorobã, Livro Didáctico Adaptado, Livro Falado, Livros Digitais em Texto, Livros Áudio, Livros no Formato DAISY, Sistema Dosvox, Virtual Vision, Software JAWS.