Ações educativas da Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
Apresentação final
1. LER OU NÃO LER…VAMOS LÁ VER
Os livros didácticos Braille sua perspectiva evolutiva
Formanda: Isabel Cristina Pires
Ano Letivo
2011 /2012
2. RESUMO:
Através deste artigo pretendemos abordar, numa óptica evolutiva, a
importância que o livro didáctico tem assumido ao longo dos
tempos e o seu papel junto dos alunos portadores de deficiência
visual, na perspectiva de uma melhor compreensão da relevância
do livro Braille, tanto em contexto escolar como fora dele. O
presente estudo, baseia-se numa pesquisa documental e em
observações directas aos alunos que frequentam o primeiro ciclo
no Instituto Helen Keller.
3. INTRODUÇÃO
O objectivo do presente estudo consistirá em lançar um olhar sobre a
prática da leitura do cidadão invisual e dissecar uma perspectiva
evolutiva do livro didáctico em Braille sendo ainda o principal
instrumento pedagógico. Segundo Silva (2006, p.55) “ O livro didáctico
sempre foi e continua a ser uma ferramenta primordial no ensino”.
Apesar de todas as discussões em torno da validade dele como
instrumento do processo de ensino aprendizagem, as escolas,
especialmente as públicas, adoptam-no, na sua maioria como suporte
matriz para o ensino das disciplinas básicas, facto que demonstra que o
livro didáctico foi e continua a ser um material educacional de crucial
importância para o exercício de aquisição do saber.
4. 1. A Inclusão da Pessoa Invisual no actual Sistema
Educativo
O processo de inclusão começa a fazer sentido para o deficiente
visual, segundo (Lemos, 2003), quando lhe permite uma “participação
activa junto a um grupo social”, ainda assim percebe-se que as
aprendizagens da pessoa invisual dependem grandemente do seu
“esforço” para optimizar as suas competências.
Segundo, o Sistema Educativo Português exige-se que “as escolas de
hoje sejam impulsionadoras e promotoras da inclusão de crianças com
deficiência e do sucesso educativo dos alunos com necessidades
educativas especiais, assim como, conceber, produzir e distribuir
materiais didácticos de apoio à docência” (Portaria nº 360, 30 de
Março de 2007).
5. 2.Evolução Histórica do Livro Didáctico para Invisuais
Séc. XVI - Realizaram-se os primeiros estudos através do tacto.
1784- Foi desenvolvido um sistema de lcom letras comuns. Surge a primeira
escola de cegos em Paris. Leitura em relevo
1812- Utilizando como método de aprendizagem o sistema “Valentin Hauy”.
Consistia em traçar em revelo o alfabeto vulgar de forma que as letras fossem
percebidas pelos dedos. Para a escrita de provas ortográficas serviam-se de
caracteres móveis.
Anos mais tarde Barbie desenvolve a escrita nocturna sem lápis e sem tinta.
Inventou-se um pequeno instrumento através do qual, com auxílio de um
estilete podiam gravar-se no papel símbolos sonográficos .Agora é possível
decifrar mensagens no escuro, contando os pontos com os dedos.
1825- Neste ano, surge o sistema Braille . Louis Braille criou uma convenção
gráfica atribuindo a cada símbolo um valor ortográfico e não fonético.
6. 1829 - Foi publicada a primeira edição do seu processo para escrita de
palavras e música, por meio de pontos.
1830 este sistema começou a ser implementado nas aulas para a escrita
de exercícios.
Nos anos 30 inicia-se o processo de alfabetização, educação, criação de
imprensas e bibliotecas para cegos.
Entre 1840 e 1850, o braille afirma-se na música em que o texto literal
aparece em caracteres ordinário em alto revelo e a música em notação
braille.
Em 1944 a biblioteca conta já com uma sala de leitura e livros falados
principalmente livros didácticos de tinta ainda não transcritos para Braille.
Hoje em dia os alunos recorrem preferencialmente a textos introduzidos
no computador, que ouvem com recurso à voz sintética, ou servem-se de
leituras em gravações de fita magnética (livros sonoros).
7. 3. Livros em novos formatos. Do livro acessível ao livro
tecnológico
“Quando quero ler, eu ouço. Pago a uma pessoa para gravar os livros
em fitas e depois, quando sinto vontade, coloco-as para tocar”.
(Oscar Niemeyer)
A partir dos anos 90 são muitos os recursos no ensino de deficientes
visuais. Estima-se que “cerca de 180 milhões de pessoas tenham alguma
deficiência entre as quais cerca de 50 milhões são cegas.”
(http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,7,SA%DADE,11492, 2009 )
Hoje, existe uma diversidade de recursos vinculados à introdução de
novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC´s) como:
Reglete e Punção, Sorobã, Livro Didáctico Adaptado, Livro Falado, Livros
Digitais em Texto, Livros Áudio, Livros no Formato DAISY, Sistema Dosvox,
Virtual Vision, Software JAWS.