SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
A informática para portadores  de necessidades especiais Professora:Catarina Peres.
“um cego agora pode escrever e ser lido e ler o que os outros escreveram”
O que é o DOSVOX? O DOSVOX é um se comunica com o usuário através do uso de sintetizador de voz. O sistema conversa com o deficiente visual em Português, sem sotaque, e dá a ele muitas facilidades que um usuário vidente tem, como um sistema de gerência de arquivos adequadoao uso por D.V., editor e leitor de textos, impressor a tinta e em Braille, ampliador de telas para visão subnormal, diversos jogos, além deprogramas para acesso a Internet. O DOSVOX dá também suportea operação de programas que não foram criados para cegos, atravésde adaptações que permitem leitura sintética de telasou substituição de interações bidimensionais ou cliques de mouse [HomePage, 96].
 O cego e a Internet Para a pessoa cega, a comunicação pela Internet é especialmente importante por duas razões: a eliminação da necessidade da locomoção, que é normalmente um entrave para o cego, e o fato de que do outro lado da Internet, ninguém precisa realmente saber se o parceiro é ou não cego.  Assim, pelo menos numa comunicação inicial, a pessoa cega é vista como uma pessoa não deficiente pelo parceiro.
Marcelo Pimentel e Antônio Borges. O prof. Antonio Borges, lecionava primeira aula do período de 1993 da disciplina de Computação Gráfica, para alunos do Segundo Período de Informática na UFRJ. Percebeu que logo na primeira fileira de carteiras da sala, havia um aluno Deficiente Visual (Marcelo Pimentel). Pensou - "Como vou lecionar Computação Gráfica para um aluno cego ?!" A primeira idéia do prof. Antonio Borges (que na UFRJ é conhecido como Antonio II), foi dar a dispensa de disciplina a Marcelo. Entretanto, como Computação Gráfica é uma disciplina obrigatória para todos os alunos, isso seria um pouco complicado. Antonio então resolveu dar um curso paralelo que aproveitasse o potencial do aluno, explorando a essência do curso de computação gráfica que é a comunicação homem-máquina, no caso adaptando o conteúdo para as limitações do aluno. Reuniu-se com Marcelo e propôs a orientação para criação de um programa sonoro, utilizando um sintetizador de som de baixo custo, que foi montado na própria UFRJ, projeto do Eng. Diogo Takano. Antonio criou as rotinas básicas de fala e Marcelo, no decorrer do curso, criou o que hoje é o EDIVOX, editor de textos que é utilizado pela comunidade DOSVOX. A partir do trabalho original de Marcelo, diversos outros alunos trabalharam com Antonio e o DOSVOX foi crescendo, incorporando diversas finalidades, e se transformando no que é hoje: um sistema operacional completo. A universidade não teria condições de distribuir centenas de unidades do DOSVOX, bem como dar suporte aos usuários. Assim, a TR/1 Sistemas (LAYCAB), indústria de eletrônica situada no Rio de Janeiro, generosamente acolheu o projeto DOSVOX e se propôs a fabricar e vender a preço de custo o sintetizador de voz. Foi gerada uma estrutura de distribuição e suporte, através da criação de uma microempresa por uma pessoa cega, um dos primeiros usuários DOSVOX, Luiz Candido Pereira Castro. Com seu falecimento, uma outra pessoa cega assumiu esta tarefa: a cantora Katia, que hoje presta atendimento a todo Brasil.
O que muda na vida de um deficiente visual  com a tecnologia de computação? A modificação das relações entre deficiente visual e a cultura pode ser definida com uma única frase: “um cego agora pode escrever e ser lido e ler o que os outros escreveram”.   Explicando melhor: a) a leitura e escrita das pessoas cegas, tradicionalmente, se faz através do método Braille [IBC, 97].   Entretanto, raríssimas pessoas que enxergam conseguem ler ou escrever Braille (muito menos com fluência).  Isso isolava as pessoas cegas num gueto cultural: um cego só escrevia para outro cego ler. b) ao precisar ler um texto com escrita convencional, era necessário alguém que traduzisse para Braille ou lesse o texto, provavelmente gravando em fita cassete. c) embora uma pessoa cega pudesse escrever à máquina, o resultado quase sempre era ruim, pois era muito difícil corrigir ou escrever um texto, parar e depois voltar a escrever.
Processo de alfabetização Diversas dificuldades do processo de alfabetização de crianças com graves problemas visuais decorrem de problemas mecânicos do método de escrita manual com o método Braille [IBC, 97].  Aqui se utiliza um estilete (punção), escrevendo-se de trás para diante no verso do papel.  O manejo do punção exige força e destreza e uma criança pequena tem dificuldades de adquirir o domínio da escrita. 	Aqui, portanto, o computador pode ser usado para escrita com menos necessidade de habilidade.  O teclado pode ser coberto (parcialmente, em geral) com adesivos com alguns códigos Braille, de forma, quando a criança aperte uma tecla, ela sinta qual o código Braille e o computador verbalize a tecla apertada, eventualmente associada a algum jogo didático.  Desta forma, a criança pode aprender a escrever e a ler, simultaneamente [Borges, 1998].
Bibliografia: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/histdvox.html [Borges, 98] Borges, J.A, Paixão, B. e Borges, S. - Projeto DEDINHO - Alfabetização de crianças cegas com ajuda do computador - Anais do Congresso Estadual de Educação - Rio de Janeiro - 1998 http://www.acegosjf.com.br
CLAUDIO VILLARDI PEDAGOGIA RECREIO

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Uma Linda Prova de Amor!
Uma Linda Prova de Amor!Uma Linda Prova de Amor!
Uma Linda Prova de Amor!-
 
Escolhas de uma vida
Escolhas de uma vidaEscolhas de uma vida
Escolhas de uma vidasiaromjo
 
Alunos cegos
Alunos cegosAlunos cegos
Alunos cegoslaruzinha
 
TéCnicas De Leitura E Escrita Braille
TéCnicas De Leitura E Escrita BrailleTéCnicas De Leitura E Escrita Braille
TéCnicas De Leitura E Escrita BrailleLeumas
 
Acessibilidade Web: Sete Mitos e Um Equívoco
Acessibilidade Web: Sete Mitos e Um EquívocoAcessibilidade Web: Sete Mitos e Um Equívoco
Acessibilidade Web: Sete Mitos e Um EquívocoUTFPR
 
Técnicas de Leitura e Escrita Braille
Técnicas de Leitura e Escrita BrailleTécnicas de Leitura e Escrita Braille
Técnicas de Leitura e Escrita BrailleLeumas
 
Craedi apresentação
Craedi apresentaçãoCraedi apresentação
Craedi apresentaçãocraeditgd
 
Braille Fácil
Braille FácilBraille Fácil
Braille FácilLevenhagen
 
Def visual baixa visão e cegueira
Def visual baixa visão e cegueiraDef visual baixa visão e cegueira
Def visual baixa visão e cegueiraGunter Martin Wust
 
PNAIC - Unidade III texto 1
PNAIC - Unidade III   texto 1PNAIC - Unidade III   texto 1
PNAIC - Unidade III texto 1ElieneDias
 

Destaque (20)

Velhice 1
Velhice 1Velhice 1
Velhice 1
 
Uma Linda Prova de Amor!
Uma Linda Prova de Amor!Uma Linda Prova de Amor!
Uma Linda Prova de Amor!
 
Marcia
MarciaMarcia
Marcia
 
Escolhas de uma vida
Escolhas de uma vidaEscolhas de uma vida
Escolhas de uma vida
 
Se !!!
Se !!!Se !!!
Se !!!
 
Renata caldara
Renata caldaraRenata caldara
Renata caldara
 
Alunos cegos
Alunos cegosAlunos cegos
Alunos cegos
 
Cão guia
Cão guiaCão guia
Cão guia
 
TéCnicas De Leitura E Escrita Braille
TéCnicas De Leitura E Escrita BrailleTéCnicas De Leitura E Escrita Braille
TéCnicas De Leitura E Escrita Braille
 
Acessibilidade Web: Sete Mitos e Um Equívoco
Acessibilidade Web: Sete Mitos e Um EquívocoAcessibilidade Web: Sete Mitos e Um Equívoco
Acessibilidade Web: Sete Mitos e Um Equívoco
 
A InclusãO De Deficientes Visuais Na Sociedade
A InclusãO De Deficientes Visuais  Na SociedadeA InclusãO De Deficientes Visuais  Na Sociedade
A InclusãO De Deficientes Visuais Na Sociedade
 
Louis Braille
Louis BrailleLouis Braille
Louis Braille
 
Técnicas de Leitura e Escrita Braille
Técnicas de Leitura e Escrita BrailleTécnicas de Leitura e Escrita Braille
Técnicas de Leitura e Escrita Braille
 
Craedi apresentação
Craedi apresentaçãoCraedi apresentação
Craedi apresentação
 
Braille Fácil
Braille FácilBraille Fácil
Braille Fácil
 
Deficiência Visual
Deficiência VisualDeficiência Visual
Deficiência Visual
 
Sinais desenho parte 2
Sinais desenho parte 2Sinais desenho parte 2
Sinais desenho parte 2
 
Def visual baixa visão e cegueira
Def visual baixa visão e cegueiraDef visual baixa visão e cegueira
Def visual baixa visão e cegueira
 
Sistema braille
Sistema brailleSistema braille
Sistema braille
 
PNAIC - Unidade III texto 1
PNAIC - Unidade III   texto 1PNAIC - Unidade III   texto 1
PNAIC - Unidade III texto 1
 

Semelhante a Claudio

Informática na educação - 3
Informática na educação - 3Informática na educação - 3
Informática na educação - 3rafael_neves
 
Programas para deficiente visual lorena
Programas para deficiente visual lorenaProgramas para deficiente visual lorena
Programas para deficiente visual lorenaimessm
 
Usabilidade de Interfaces - Parte 1
Usabilidade de Interfaces - Parte 1Usabilidade de Interfaces - Parte 1
Usabilidade de Interfaces - Parte 1Oziel Moreira Neto
 
Artigo revista tecnologia_assistiva
Artigo revista tecnologia_assistivaArtigo revista tecnologia_assistiva
Artigo revista tecnologia_assistivabarbaragratao
 
Artigo revista tecnologia_assistiva
Artigo revista tecnologia_assistivaArtigo revista tecnologia_assistiva
Artigo revista tecnologia_assistivabarbaragratao
 
Acessibilidade1
Acessibilidade1Acessibilidade1
Acessibilidade1cdchaves
 
Acessibilidade1
Acessibilidade1Acessibilidade1
Acessibilidade1angeli_mk
 
Trabalho Prático - Sistemas Computacionais
Trabalho Prático - Sistemas ComputacionaisTrabalho Prático - Sistemas Computacionais
Trabalho Prático - Sistemas Computacionaisdantiii
 
Solução de ti sustentável para a acessibilidade da pessoa cega aos livros
Solução de ti sustentável para a acessibilidade da pessoa cega aos livrosSolução de ti sustentável para a acessibilidade da pessoa cega aos livros
Solução de ti sustentável para a acessibilidade da pessoa cega aos livrosRicardo Albuquerque
 
VII Senabraille - relato de participação
VII Senabraille - relato de participaçãoVII Senabraille - relato de participação
VII Senabraille - relato de participaçãoDébora Dimussio
 
E mag desenvolvedor_mod_1
E mag desenvolvedor_mod_1E mag desenvolvedor_mod_1
E mag desenvolvedor_mod_1Leo Serrao
 
Acessibilidade e Design Mobile: Frontinrio junho/03
Acessibilidade e Design Mobile: Frontinrio junho/03Acessibilidade e Design Mobile: Frontinrio junho/03
Acessibilidade e Design Mobile: Frontinrio junho/03Horácio Soares
 
Novas Tecnologias Utilizadas na Educação dos Surdos
Novas Tecnologias Utilizadas na Educação dos SurdosNovas Tecnologias Utilizadas na Educação dos Surdos
Novas Tecnologias Utilizadas na Educação dos SurdosUNEB
 
Tecnologiaassistiva
TecnologiaassistivaTecnologiaassistiva
TecnologiaassistivaPatited
 
Acessibilidade e Design Mobile - TablelessConf 2013 - SP
Acessibilidade e Design Mobile - TablelessConf 2013 - SPAcessibilidade e Design Mobile - TablelessConf 2013 - SP
Acessibilidade e Design Mobile - TablelessConf 2013 - SPHorácio Soares
 

Semelhante a Claudio (20)

Informática na educação - 3
Informática na educação - 3Informática na educação - 3
Informática na educação - 3
 
Mesa 6 prof. josé antonio borges
Mesa 6   prof. josé antonio borgesMesa 6   prof. josé antonio borges
Mesa 6 prof. josé antonio borges
 
Programas para deficiente visual lorena
Programas para deficiente visual lorenaProgramas para deficiente visual lorena
Programas para deficiente visual lorena
 
Deficiência Visual
Deficiência VisualDeficiência Visual
Deficiência Visual
 
Usabilidade de Interfaces - Parte 1
Usabilidade de Interfaces - Parte 1Usabilidade de Interfaces - Parte 1
Usabilidade de Interfaces - Parte 1
 
Artigo revista tecnologia_assistiva
Artigo revista tecnologia_assistivaArtigo revista tecnologia_assistiva
Artigo revista tecnologia_assistiva
 
Artigo revista tecnologia_assistiva
Artigo revista tecnologia_assistivaArtigo revista tecnologia_assistiva
Artigo revista tecnologia_assistiva
 
Acessibilidade1
Acessibilidade1Acessibilidade1
Acessibilidade1
 
Acessibilidade1
Acessibilidade1Acessibilidade1
Acessibilidade1
 
Trabalho Prático - Sistemas Computacionais
Trabalho Prático - Sistemas ComputacionaisTrabalho Prático - Sistemas Computacionais
Trabalho Prático - Sistemas Computacionais
 
INCLUSÃO DIGITAL E SOFTWARES DE ACESSIBILIDADE
INCLUSÃO DIGITAL E SOFTWARES DE ACESSIBILIDADEINCLUSÃO DIGITAL E SOFTWARES DE ACESSIBILIDADE
INCLUSÃO DIGITAL E SOFTWARES DE ACESSIBILIDADE
 
Solução de ti sustentável para a acessibilidade da pessoa cega aos livros
Solução de ti sustentável para a acessibilidade da pessoa cega aos livrosSolução de ti sustentável para a acessibilidade da pessoa cega aos livros
Solução de ti sustentável para a acessibilidade da pessoa cega aos livros
 
Acessibilidade na Web - Salomão Alcolumbre
Acessibilidade na Web - Salomão AlcolumbreAcessibilidade na Web - Salomão Alcolumbre
Acessibilidade na Web - Salomão Alcolumbre
 
VII Senabraille - relato de participação
VII Senabraille - relato de participaçãoVII Senabraille - relato de participação
VII Senabraille - relato de participação
 
Pessoas com deficiência visual, tecnologia assistiva e acessibilidade
Pessoas com deficiência visual, tecnologia assistiva e acessibilidadePessoas com deficiência visual, tecnologia assistiva e acessibilidade
Pessoas com deficiência visual, tecnologia assistiva e acessibilidade
 
E mag desenvolvedor_mod_1
E mag desenvolvedor_mod_1E mag desenvolvedor_mod_1
E mag desenvolvedor_mod_1
 
Acessibilidade e Design Mobile: Frontinrio junho/03
Acessibilidade e Design Mobile: Frontinrio junho/03Acessibilidade e Design Mobile: Frontinrio junho/03
Acessibilidade e Design Mobile: Frontinrio junho/03
 
Novas Tecnologias Utilizadas na Educação dos Surdos
Novas Tecnologias Utilizadas na Educação dos SurdosNovas Tecnologias Utilizadas na Educação dos Surdos
Novas Tecnologias Utilizadas na Educação dos Surdos
 
Tecnologiaassistiva
TecnologiaassistivaTecnologiaassistiva
Tecnologiaassistiva
 
Acessibilidade e Design Mobile - TablelessConf 2013 - SP
Acessibilidade e Design Mobile - TablelessConf 2013 - SPAcessibilidade e Design Mobile - TablelessConf 2013 - SP
Acessibilidade e Design Mobile - TablelessConf 2013 - SP
 

Mais de Catarina Peres (15)

Renata lia
Renata liaRenata lia
Renata lia
 
Renata lia
Renata liaRenata lia
Renata lia
 
Natalia&tania
Natalia&taniaNatalia&tania
Natalia&tania
 
Naiane e valéria
Naiane e valériaNaiane e valéria
Naiane e valéria
 
Gina
GinaGina
Gina
 
Celma e rita
Celma e ritaCelma e rita
Celma e rita
 
Cecilia bergamini drummond
Cecilia bergamini drummond Cecilia bergamini drummond
Cecilia bergamini drummond
 
Carla guerra
Carla guerraCarla guerra
Carla guerra
 
Suelen
SuelenSuelen
Suelen
 
Gerciane e argenis
Gerciane e argenisGerciane e argenis
Gerciane e argenis
 
E morais
E moraisE morais
E morais
 
Andreia E Sonia
Andreia E SoniaAndreia E Sonia
Andreia E Sonia
 
Rafaella, DriéLi E Bruno
Rafaella, DriéLi E BrunoRafaella, DriéLi E Bruno
Rafaella, DriéLi E Bruno
 
Denise Queiroz
Denise QueirozDenise Queiroz
Denise Queiroz
 
Gesica E Denise
Gesica E DeniseGesica E Denise
Gesica E Denise
 

Último

tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxgia0123
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfLidianeLill2
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...azulassessoria9
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...marcelafinkler
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docPauloHenriqueGarciaM
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Centro Jacques Delors
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...AnaAugustaLagesZuqui
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)Centro Jacques Delors
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeLEONIDES PEREIRA DE SOUZA
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa paraAndreaPassosMascaren
 

Último (20)

tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 

Claudio

  • 1. A informática para portadores de necessidades especiais Professora:Catarina Peres.
  • 2. “um cego agora pode escrever e ser lido e ler o que os outros escreveram”
  • 3. O que é o DOSVOX? O DOSVOX é um se comunica com o usuário através do uso de sintetizador de voz. O sistema conversa com o deficiente visual em Português, sem sotaque, e dá a ele muitas facilidades que um usuário vidente tem, como um sistema de gerência de arquivos adequadoao uso por D.V., editor e leitor de textos, impressor a tinta e em Braille, ampliador de telas para visão subnormal, diversos jogos, além deprogramas para acesso a Internet. O DOSVOX dá também suportea operação de programas que não foram criados para cegos, atravésde adaptações que permitem leitura sintética de telasou substituição de interações bidimensionais ou cliques de mouse [HomePage, 96].
  • 4. O cego e a Internet Para a pessoa cega, a comunicação pela Internet é especialmente importante por duas razões: a eliminação da necessidade da locomoção, que é normalmente um entrave para o cego, e o fato de que do outro lado da Internet, ninguém precisa realmente saber se o parceiro é ou não cego. Assim, pelo menos numa comunicação inicial, a pessoa cega é vista como uma pessoa não deficiente pelo parceiro.
  • 5. Marcelo Pimentel e Antônio Borges. O prof. Antonio Borges, lecionava primeira aula do período de 1993 da disciplina de Computação Gráfica, para alunos do Segundo Período de Informática na UFRJ. Percebeu que logo na primeira fileira de carteiras da sala, havia um aluno Deficiente Visual (Marcelo Pimentel). Pensou - "Como vou lecionar Computação Gráfica para um aluno cego ?!" A primeira idéia do prof. Antonio Borges (que na UFRJ é conhecido como Antonio II), foi dar a dispensa de disciplina a Marcelo. Entretanto, como Computação Gráfica é uma disciplina obrigatória para todos os alunos, isso seria um pouco complicado. Antonio então resolveu dar um curso paralelo que aproveitasse o potencial do aluno, explorando a essência do curso de computação gráfica que é a comunicação homem-máquina, no caso adaptando o conteúdo para as limitações do aluno. Reuniu-se com Marcelo e propôs a orientação para criação de um programa sonoro, utilizando um sintetizador de som de baixo custo, que foi montado na própria UFRJ, projeto do Eng. Diogo Takano. Antonio criou as rotinas básicas de fala e Marcelo, no decorrer do curso, criou o que hoje é o EDIVOX, editor de textos que é utilizado pela comunidade DOSVOX. A partir do trabalho original de Marcelo, diversos outros alunos trabalharam com Antonio e o DOSVOX foi crescendo, incorporando diversas finalidades, e se transformando no que é hoje: um sistema operacional completo. A universidade não teria condições de distribuir centenas de unidades do DOSVOX, bem como dar suporte aos usuários. Assim, a TR/1 Sistemas (LAYCAB), indústria de eletrônica situada no Rio de Janeiro, generosamente acolheu o projeto DOSVOX e se propôs a fabricar e vender a preço de custo o sintetizador de voz. Foi gerada uma estrutura de distribuição e suporte, através da criação de uma microempresa por uma pessoa cega, um dos primeiros usuários DOSVOX, Luiz Candido Pereira Castro. Com seu falecimento, uma outra pessoa cega assumiu esta tarefa: a cantora Katia, que hoje presta atendimento a todo Brasil.
  • 6. O que muda na vida de um deficiente visual com a tecnologia de computação? A modificação das relações entre deficiente visual e a cultura pode ser definida com uma única frase: “um cego agora pode escrever e ser lido e ler o que os outros escreveram”. Explicando melhor: a) a leitura e escrita das pessoas cegas, tradicionalmente, se faz através do método Braille [IBC, 97]. Entretanto, raríssimas pessoas que enxergam conseguem ler ou escrever Braille (muito menos com fluência). Isso isolava as pessoas cegas num gueto cultural: um cego só escrevia para outro cego ler. b) ao precisar ler um texto com escrita convencional, era necessário alguém que traduzisse para Braille ou lesse o texto, provavelmente gravando em fita cassete. c) embora uma pessoa cega pudesse escrever à máquina, o resultado quase sempre era ruim, pois era muito difícil corrigir ou escrever um texto, parar e depois voltar a escrever.
  • 7. Processo de alfabetização Diversas dificuldades do processo de alfabetização de crianças com graves problemas visuais decorrem de problemas mecânicos do método de escrita manual com o método Braille [IBC, 97]. Aqui se utiliza um estilete (punção), escrevendo-se de trás para diante no verso do papel. O manejo do punção exige força e destreza e uma criança pequena tem dificuldades de adquirir o domínio da escrita. Aqui, portanto, o computador pode ser usado para escrita com menos necessidade de habilidade. O teclado pode ser coberto (parcialmente, em geral) com adesivos com alguns códigos Braille, de forma, quando a criança aperte uma tecla, ela sinta qual o código Braille e o computador verbalize a tecla apertada, eventualmente associada a algum jogo didático. Desta forma, a criança pode aprender a escrever e a ler, simultaneamente [Borges, 1998].
  • 8. Bibliografia: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/histdvox.html [Borges, 98] Borges, J.A, Paixão, B. e Borges, S. - Projeto DEDINHO - Alfabetização de crianças cegas com ajuda do computador - Anais do Congresso Estadual de Educação - Rio de Janeiro - 1998 http://www.acegosjf.com.br