1. Como viver com este corpo
em mudança?
Se há coisa que se possa dizer acerca do
corpo, é que não existem dois corpos iguais.
Crescemos de forma diferente e em ritmos
diferentes e embora por vezes pareça
complicado, o importante é sentirmo-nos
bem com aquilo que somos. Se assim
for, conseguimos transmitir uma imagem
positiva às pessoas que conhecemos e que
nos rodeiam.
Hoje em dia, é difícil não ficarmos
desiludidos com o nosso corpo, visto que
somos constantemente influenciados, quer
pela TV quer pelas revistas, com imagens e
silhuetas de caras lindas e corpos perfeitos
que nos levam a questionar: “porque é que
eu não sou assim?”.
2. Existem pessoas que se acham demasiado altas
e outras baixas demais, umas acham-se uns
palitos e outras com uns quilitos a mais, ainda há
quem se ache bonito, assim como há quem se
ache horrível, mas é preciso não esquecer que o
conceito de beleza varia de pessoa para pessoa e
também de época para época. Aquilo que é
desagradável para um, pode ser altamente
atraente para outro. No entanto, embora hajam
coisas que pareçam não ter solução dando a
sensação de se estar num “beco sem
saída”, existem alguns “truques” que podem
ajudar, como por exemplo: praticar exercício
físico, evitar comidas rápidas (fast-food), ir a um
dermatologista e utilizar determinados cremes
para o acne, assim como evitar hábitos pouco
saudáveis (fumar, bebidas alcoólicas, ambientes
poluídos, etc.) e obviamente ter tempo de lazer.
3. O desporto uma questão de equilíbrio
• A actividade desportiva liberta-te das tensões e contribui para uma
harmonia física e psíquica.
Oferece-te ainda:
– Uma melhor imagem de ti – ficas com linhas mais definidas, com um
corpo mais musculoso…
– Sentido de pertença a um grupo: - desenvolves o espírito de
camaradagem, cresce na responsabilidade individual tendo em vista o
sucesso colectivo
– Aquisição de novos modelos de adultos – conheces novos adultos e crias
com eles laços afectivos.
– Controlo da agressividade – aprendes a ver os teus adversários como
companheiros e amigos e não como um inimigo.
– Melhora o teu estado de saúde – sentes-te de um modo geral mais feliz e
satisfeito.
4. • Quanto melhor conheceres e
valorizares o teu corpo, melhor te
sentirás nele.
5. Afinal de contas, esse corpo é o teu!
É importante conversar acerca dos nossos problemas e
dúvidas com as pessoas que nos são mais próximas e
aprender a sentirmo-nos bem connosco próprios,
integrando na nossa personalidade os aspectos que
consideramos defeitos, qualidades, vantagens e
diferenças. Se não aceitarmos o corpo que temos e não
aprendermos a tirar partido dele, nunca
conseguiremos ser verdadeiramente felizes.
6. Não são apenas as dificuldades sentidas a nível físico
que preocupam o adolescente.
Toda a sua estrutura de pensamento também sofre
enormes transformações:
O cérebro sofre um aumento considerável e com isso
surgem novas capacidades até então escondidas:
– Maior entendimento das coisas;
– Mais memória;
– Aumento da capacidade de raciocínio e de relacionar
conceitos;
– Surge a capacidade de crítica;
– Nasce a capacidade de abstracção;
– Maior conhecimento do mundo e da realidade.
7. A nível afectivo
• À medida que o adolescente cresce, a despreocupada
segurança da meninice abandona-o, a sua crescente
maturidade mental prepara-o para encarar a realidade de
forma mais consciente e adulta…
• Como lhe falta experiência que lhe dê perspectiva e
estabilidade que modere os seus impulsos, sente alguma
falta de equilíbrio. Então alterna entre o medo e a
esperança, tendendo a exagerar os problemas e a não se
sentir seguro.
8. A nível afectivo
• Pode haver desencontros afectivos que se relacionam com a capacidade
de atrair e ser atraído, de amar e ser amado. Um desgosto de amor tende
a fazer diminuir a nossa auto-estima; por vezes, os nossos amigos e
familiares fazem observações que ainda pioram a situação, podendo
provocar problemas emocionais e relacionais.
• Podem surgir dúvidas relativas à capacidade de desempenho das funções
físicas, orgânicas, psicológicas e sociais da sexualidade. Ter relações
sexuais, amar e ser amado, ser pai ou mãe, são desafios importantes que
podem ser sentidos como obstáculos quase impossíveis de ultrapassar.
• Estar triste é um direito, tão natural como estar alegre. Muitos
sentimentos não têm explicação satisfatória, mas é importante reflectir
sobre as suas verdadeiras causas. No entanto, se a tristeza se mantém
durante muito tempo é preciso pedir ajuda.
9. A nível social
• O modo como o adolescente se relaciona com os outros também sofre
alterações.
• Muitas vezes quer ser respeitado e estimado, mas ainda tem comportamentos
que aos olhos dos adultos já não se adequam à idade. Podendo mesmo surgir
situações de confronto entre os adolescentes e os adultos (pais e professores).
• Gera-se instabilidade quando se sente com capacidades iguais à dos adultos e
não lhe são dadas oportunidades para se afirmar.
• Pode com isto surgir algum desvio pelo facto de se refugiar sobre si mesmo ou
se fechar num circulo de amigos que sente a mesma incapacidade de
afirmação perante a sociedade.
• O adolescente deve ser capaz de fazer as suas opções firmes e seguras de
acordo com uma consciência formada e perseguir os seus ideais, os seus
objectivos de forma coerente e responsável.
• Cada pessoa constrói a sua própria vida e não deve viver em função dos pais,
dos professores ou dos colegas.
10. Todos os adolescentes aspiram a merecer a aprovação dos
que são um pouco mais velhos; perturba-os e preocupa-os
tudo o que se refere ao desempenho do seu papel masculino
ou feminino, acerca do que fazer e não fazer, do dizer e não
dizer, para se mostrarem quot;masculinos' ou quot;femininasquot;; sentem
atracção e medo perante o sexo e possuem um sentimento de
forte lealdade e devoção para com o grupo.
É bom ter emoções…
É bom ter sentimentos…
Poder amar, ter prazer, rir ou chorar… vibrar com uma
vitória, sentir o conforto de um amigo…
Encontramos sempre maneira de viver com as nossas emoções.
A sexualidade é algo que se aprende em cada emoção vivida
com intensidade.
Nascemos com nossa sexualidade e temos a nossa existência
inteira para aprender a lidar com ela.
11. Adolescência
grandes transformações
dúvidas e angústias
desafios
Físicas e fisiológicas Psico-afectivas Sociais
Maturação do aparelho Formação da personalidade
Amizades
reprodutivo Descoberta de novos
Primeiros namoros
Crescimento acelerado sentimentos
Insegurança Encontros ou desencontros
Desarmonia no crescimento
Tristeza / timidez afectivos
corporal
Ansiedade Relação difícil com os adultos
Aceitação do seu corpo Responsabilidade
Maturidade
Alimentação cuidada Autonomia
Opção por valores
Prática desportiva Segurança
Reflexão Pessoal – Diálogo
Aceitação de ajuda
12. Não há estrelas no céu
A doirar o meu caminho
Por mais amigos que tenha
Sinto-me sempre sozinho
De que vale ter a chave
De casa para entrar
Ter uma nota no bolso
Para cigarros e bilhar
A Primavera da vida é bonita de viver
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a
chover
Para mim hoje é Janeiro está um frio de rachar
Parece que o mundo inteiro se uniu para me
tramar
Passo horas no café Vou por aí às escondidas Não vês como isto é duro
Sem saber para onde ir A espreitar às janelas Ser Jovem não é um posto
Tudo à volta é tão feio Perdido nas avenidas Ter de encarar o futuro
Só me apetece fugir E achado nas vielas Com borbulhas no rosto
Vejo-me à noite ao espelho Mãe o meu primeiro amor Porque é que tudo é incerto
O corpo sempre a mudar Foi um trapézio sem rede Não pode ser sempre assim
De manhã ouço o conselho Sai da frente por favor Se não fosse o rock and roll
Que o velho tem para me dar Estou entre a espada e a parede O que seria de mim?
13. Actividade
1. Indica três motivos de angústia referidos na canção e regista as
atitudes que devem ser assumidas perante elas.
• Motivos de angústia
• Atitudes a assumir
2. Assinala a resposta correcta. Qual o significado da expressão “a
Primavera da vida”? Justifica a tua resposta.
A pessoa está a chegar ao fim da sua vida.
Na primavera não se pode sair à rua
A adolescência é como a primavera
Na primavera está frio.
3. Explica a frase: “Mãe, o meu primeiro amor foi um trapézio sem
rede”.