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Reinos Africanos:
O Império de Gana: os Soninkés:
• Gana foi provavelmente fundado durante os
anos 300. Do ano 300 até 770, os governantes
eram da dinastia dos Magas, uma família
berbere, mas o povo era composto por negros
das tribos Soninqué. Em 770 os Magas foram
derrubados pelos Soninqués, e o império
aumentou muito sob o domínio de Kaya
Maghan Sisse, que foi rei aproximadamente
em 790.
• Nessa altura o Gana começou a adquirir uma
reputação de ser uma terra de ouro. Atingiu o
máximo da sua glória durante os anos 900 e
atraiu a atenção dos Árabes. No começo
viviam da criação de animais, da agricultura e
da pesca. Mas como habitavam uma região
com grandes reservas de ouro,
• extraíam o ouro para trocar por outros
produtos com os povos do deserto (bérberes).
A região de Gana, tornou-se com o tempo,
uma área de intenso comércio.
• O Antigo Império Gana teve seu apogeu entre
os anos 700 e 1200 d.C. Acredita-se que o
surgimento deste império foi no século IV. O
antigo nome desse império era Uagadu, que
ocupava uma área tão vasta quanto à da
moderna Nigéria e, incluía os territórios que
hoje constituem o Mali ocidental e o sudeste
da Mauritânia.
• Este império era comandado por reis
conhecidos como caia-maga. Os habitantes do
império deviam pagar impostos para a
nobreza, que era formada pelo caia-maga,
seus parentes e amigos.
• Um exército poderoso fazia a proteção das
terras e do comércio que era praticado na
região. Além de pagar impostos, as aldeias
deviam contribuir com soldados e lavradores,
que trabalhavam nas terras da nobreza.
• Kumbi Saleh foi uma das suas últimas capitais.
Segundo relatos históricos, o Antigo Império
de Gana era tão rico em ouro, que seu
imperador, adepto da religião tradicional
africana, tal como seus súditos, eram
denominados “o senhor de ouro”.
• Com a concorrência de outras potências no
comércio do ouro, o Antigo Império Gana
começou a declinar. Até que, por volta de
1076 d.C., em nome de uma fé islâmica
ortodoxa, os berberes da dinastia dos
almorávidas, vindos do Magrebe (norte da
África – África Branca), atacam e conquista
Kumbi Saleh, capital do Império de Gana.
• Depois de muitos anos de luta, a dinastia dos
Almorávidas berberes tomou o poder por
pouco tempo. O império entrou em declínio e
em 1240 foi destruído pelo povo de Mali.
O Império do Mali:
• O Reino de Mali, no começo, era uma região
do Império de Gana habitada pelos
mandingas. Era composto por 12 reinos
menores ligados entre si, e tinha como capital
Kangaba. Os mandingas chamavam seu
território de Manden (= terra dos mandingas).
• Após anos de guerras entre os soninqués de Gana e os
almorávidas (século XI), e depois das guerras com os
sossos (século XII), Mali conseguiu sua independência
e adotou o islamismo. E, apesar de passar por um
período de crise política e econômica, conseguiu se
restabelecer e, em 1235, os mandingas de Mali
conquistaram o território do antigo Império de Gana,
sob a liderança de Maghan Sundiata, que recebeu o
título de Mansa, que na língua mandinga significa
"imperador".
• Ao contrário do Império de Gana, que
somente se preocupava em manter os povos
dominados, a fim de controlar o comércio
regional, o Império de Mali se impôs de forma
centralista, estabelecendo fronteiras bem
definidas e formulando leis por meio de uma
assembleia chamada Gbara, composta por
diversos povos do império.
• A aplicação da justiça era implacável, tanto
que vários viajantes se referiam aos povos
negros como "os que mais odeiam as
injustiças - e seu imperador não perdoa
ninguém que seja acusado de injusto".
Acredita-se que o Império de Mali tivesse a
extensão da Europa Ocidental.
• O Império de Mali se tornou herdeiro do Império
de Gana, pois passou a controlar todo o comércio
local. O ouro extraído por Mali sustentava grande
parte do comércio no Mediterrâneo. Conta-se
que, entre 1324 e 1325, Mansa Mussa, em
peregrinação a Meca, parou para uma visita ao
Cairo e teria presenteado tantas pessoas com
ouro, que o valor desse metal se desvalorizou por
mais de 10 anos.
Mansa Mussa:
Mina de Cobre:
Minas de Ouro:
Timbuctu:
• Também sob o reinado de Mussa, a cidade de
Timbuktu se tornou uma das mais ricas e importantes
da região. Sua universidade era um dos maiores
centros de cultura muçulmana da época, e produziu
várias traduções de textos gregos que ainda circulavam
nos séculos 14 e 15. A grandiosidade de Timbuktu
atravessou os tempos e, no século 19, exploradores
europeus se embrenharam pelos caminhos africanos,
seguindo o rio Níger, em busca da lendária cidade.
• O Império de Mali entrou em decadência a
partir do final do século XIV, em função das
disputas políticas internas e das invasões dos
tuaregues ( bérberes), sendo conquistado, no
século XV, pelos songais (povo africano até
então dominado por Mali). Foi nesse mesmo
século que os portugueses, em pleno processo
de expansão marítima, conheceram o já
decadente Mali.
Mina de Sal:
Catedral de Sal:
Sal:
Timbuctu:
O Grande Reino do Zimbabue:
• Este era o nome de um grande império que,
muito antes da chegada dos portugueses,
ocupava a região do atual Zimbabue e que
estendia as suas relações até às costas de
Sofala e de Moçambique. Com o
desenvolvimento do comércio costeiro, a
população autóctone começou a explorar os
depósitos de cobre e de ouro da região. A
exploração mineira tornou-se, assim, a sua
principal atividade econômica.
• A importância do ouro no comércio da costa
oriental africana constituiu, durante século
XII, um fator primordial para a fixação de
mercadores árabes vindos da região do Golfo
Pérsico. Depois, no final do século XVI, foi o
mesmo ouro que levou os portugueses para
as terras de Sofala e de Moçambique.
• As famosas ruínas do Grande Zimbábue, perto
da moderna cidade de Masvingo (que já se
chamou de Forte Vitória), simbolizam uma das
mais notáveis transformações . Elas são
famosas tanto pela excelência de sua
arquitetura quanto pelas teorias
extravagantes que cercam sua origem.
• Hoje, todos os estudiosos sérios consideram que
o Grande Zimbábue foi uma realização
essencialmente africana, construído com
material e segundo princípios arquitetônicos
desenvolvidos durante muitos séculos. Por outro
lado, porém, as causas últimas para o surgimento
da organização econômica, política e religiosa
que deu origem a este sítio, e outros análogos
existentes entre os rios Zambeze e Limpopo,
permanecem envoltas em mistério.
• Os vestígios da ocupação do Grande
Zimbábue no começo da Idade do Ferro
limitam-se aos estratos inferiores da longa
seqüência cultural que aparece na colina
chamada Acrópole (Acropolis Hill), que
domina o Grande Cercado (Great Enclosure),
certamente a mais impressionante das
construções do Grande Zimbábue, e a mais
uns restos de cerâmica espalhados pelo vale
que fica abaixo.
Torre do grande Zimbábue:
• Nas ruínas, distinguem-se três importantes construções:
um templo oval cercado por uma muralha de 2,5 km com
9m de altura e 4,5m de largura; no interior da muralha
erguem-se duas torres, a maior, com 10m de altura; e
mais, uma fortaleza e casas. A pesquisa arqueológica e
histórica também encontrou objetos de ouro, cobre,
bronze, jóias, marfim e gemas preciosas, alguns destes,
oriundos da Índia e da China, esculturas de pedra e
desenhos. Havia 58 cidades de pedra espalhadas por todo
o império. Os Monomotapa haviam alcançado uma
sofisticada técnica de construção em pedra e os objetos
de origem estrangeira indica que havia intercâmbio com
povos muito distantes
O Império Songhai:
• Também chamado Songai, ou Sonrai, é um
antigo reino da África Ocidental que se
estendia pelas margens do Níger. Foi fundado
por um chefe berbere da Líbia, Za el-Ayamen,
no século VII na região de Gao, ao fugir dos
árabes, tendo-se estabelecido em Kukia (a sul
de Gao) e impondo a sua autoridade às
populações da região, formada por
pescadores e caçadores.
• A região ocupada pelo Império Songai,
corresponde à região do antigo Império do
Mali, que foi dominada pelo povo Songai.
• A partir do século XI ( 1010), os reis que
viviam em Kukia estabeleceram-se em Gao e
converteram-se ao islamismo, ainda que a
maior parte dos súditos permanecesse pagã
até ao final do século XV.
No século XI, este reino estendia-se ao longo
do rio Níger (de Timbuctu a Niamey),
passando no final do século XIII a ser
dominado pelo Império do Mali.
• No século XV, a decadência do império Mali
permitiu o ressurgimento do reino Songhai,
que invadiram a capital capital do Mali em
1400, sob o comando do rei de Kukia, Ma
Dogo, permitindo, no final do século XV, que o
novo reino de Songhai conhecesse um grande
desenvolvimento feito por dois reis: Sonni Ali
(1464) e por Ali Ber (1492).
• Pouco adepto do islamismo, Ali Ber perseguiu os
Peules e os Tuaregues para defender a civilização
dos negros africanos contra os estrangeiros.
Apoderou-se de Timbuctu, Djenné e da região
dos Lagos e controlou as minas de ouro e a
permissão para navegar no rio Níger. Morreu em
combate, sendo seu sucessor um dos seus
generais, Mohammed Touré (1493-1528),
fundador da dinastia muçulmana dos Askias,
convertendo, finalmente desta forma, o reino
Songhai ao islamismo.
Askia:
• Em 1496 este rei organizou uma peregrinação
a Meca, onde obteve o título de califa.
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alcançou o seu apogeu.
Em 1591, este reino acabou por desaparecer
nas mãos do sultão de Marrocos Ahmed el-
Mansur que se instalou em Timbuctu e
acabou com o reino Songhai.
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Reinos Africanos: Impérios de Gana, Mali e Songhai

  • 2.
  • 3. O Império de Gana: os Soninkés:
  • 4.
  • 5. • Gana foi provavelmente fundado durante os anos 300. Do ano 300 até 770, os governantes eram da dinastia dos Magas, uma família berbere, mas o povo era composto por negros das tribos Soninqué. Em 770 os Magas foram derrubados pelos Soninqués, e o império aumentou muito sob o domínio de Kaya Maghan Sisse, que foi rei aproximadamente em 790.
  • 6. • Nessa altura o Gana começou a adquirir uma reputação de ser uma terra de ouro. Atingiu o máximo da sua glória durante os anos 900 e atraiu a atenção dos Árabes. No começo viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Mas como habitavam uma região com grandes reservas de ouro,
  • 7. • extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio.
  • 8. • O Antigo Império Gana teve seu apogeu entre os anos 700 e 1200 d.C. Acredita-se que o surgimento deste império foi no século IV. O antigo nome desse império era Uagadu, que ocupava uma área tão vasta quanto à da moderna Nigéria e, incluía os territórios que hoje constituem o Mali ocidental e o sudeste da Mauritânia.
  • 9. • Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga. Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos.
  • 10. • Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.
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  • 12. • Kumbi Saleh foi uma das suas últimas capitais. Segundo relatos históricos, o Antigo Império de Gana era tão rico em ouro, que seu imperador, adepto da religião tradicional africana, tal como seus súditos, eram denominados “o senhor de ouro”.
  • 13.
  • 14. • Com a concorrência de outras potências no comércio do ouro, o Antigo Império Gana começou a declinar. Até que, por volta de 1076 d.C., em nome de uma fé islâmica ortodoxa, os berberes da dinastia dos almorávidas, vindos do Magrebe (norte da África – África Branca), atacam e conquista Kumbi Saleh, capital do Império de Gana.
  • 15.
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  • 17.
  • 18. • Depois de muitos anos de luta, a dinastia dos Almorávidas berberes tomou o poder por pouco tempo. O império entrou em declínio e em 1240 foi destruído pelo povo de Mali.
  • 19.
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  • 21. O Império do Mali:
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  • 23.
  • 24. • O Reino de Mali, no começo, era uma região do Império de Gana habitada pelos mandingas. Era composto por 12 reinos menores ligados entre si, e tinha como capital Kangaba. Os mandingas chamavam seu território de Manden (= terra dos mandingas).
  • 25. • Após anos de guerras entre os soninqués de Gana e os almorávidas (século XI), e depois das guerras com os sossos (século XII), Mali conseguiu sua independência e adotou o islamismo. E, apesar de passar por um período de crise política e econômica, conseguiu se restabelecer e, em 1235, os mandingas de Mali conquistaram o território do antigo Império de Gana, sob a liderança de Maghan Sundiata, que recebeu o título de Mansa, que na língua mandinga significa "imperador".
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29. • Ao contrário do Império de Gana, que somente se preocupava em manter os povos dominados, a fim de controlar o comércio regional, o Império de Mali se impôs de forma centralista, estabelecendo fronteiras bem definidas e formulando leis por meio de uma assembleia chamada Gbara, composta por diversos povos do império.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33. • A aplicação da justiça era implacável, tanto que vários viajantes se referiam aos povos negros como "os que mais odeiam as injustiças - e seu imperador não perdoa ninguém que seja acusado de injusto". Acredita-se que o Império de Mali tivesse a extensão da Europa Ocidental.
  • 34.
  • 35.
  • 36. • O Império de Mali se tornou herdeiro do Império de Gana, pois passou a controlar todo o comércio local. O ouro extraído por Mali sustentava grande parte do comércio no Mediterrâneo. Conta-se que, entre 1324 e 1325, Mansa Mussa, em peregrinação a Meca, parou para uma visita ao Cairo e teria presenteado tantas pessoas com ouro, que o valor desse metal se desvalorizou por mais de 10 anos.
  • 41.
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  • 43.
  • 44.
  • 45. • Também sob o reinado de Mussa, a cidade de Timbuktu se tornou uma das mais ricas e importantes da região. Sua universidade era um dos maiores centros de cultura muçulmana da época, e produziu várias traduções de textos gregos que ainda circulavam nos séculos 14 e 15. A grandiosidade de Timbuktu atravessou os tempos e, no século 19, exploradores europeus se embrenharam pelos caminhos africanos, seguindo o rio Níger, em busca da lendária cidade.
  • 46. • O Império de Mali entrou em decadência a partir do final do século XIV, em função das disputas políticas internas e das invasões dos tuaregues ( bérberes), sendo conquistado, no século XV, pelos songais (povo africano até então dominado por Mali). Foi nesse mesmo século que os portugueses, em pleno processo de expansão marítima, conheceram o já decadente Mali.
  • 49. Sal:
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  • 51.
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  • 57. O Grande Reino do Zimbabue:
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  • 59.
  • 60. • Este era o nome de um grande império que, muito antes da chegada dos portugueses, ocupava a região do atual Zimbabue e que estendia as suas relações até às costas de Sofala e de Moçambique. Com o desenvolvimento do comércio costeiro, a população autóctone começou a explorar os depósitos de cobre e de ouro da região. A exploração mineira tornou-se, assim, a sua principal atividade econômica.
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 64. • A importância do ouro no comércio da costa oriental africana constituiu, durante século XII, um fator primordial para a fixação de mercadores árabes vindos da região do Golfo Pérsico. Depois, no final do século XVI, foi o mesmo ouro que levou os portugueses para as terras de Sofala e de Moçambique.
  • 65. • As famosas ruínas do Grande Zimbábue, perto da moderna cidade de Masvingo (que já se chamou de Forte Vitória), simbolizam uma das mais notáveis transformações . Elas são famosas tanto pela excelência de sua arquitetura quanto pelas teorias extravagantes que cercam sua origem.
  • 66. • Hoje, todos os estudiosos sérios consideram que o Grande Zimbábue foi uma realização essencialmente africana, construído com material e segundo princípios arquitetônicos desenvolvidos durante muitos séculos. Por outro lado, porém, as causas últimas para o surgimento da organização econômica, política e religiosa que deu origem a este sítio, e outros análogos existentes entre os rios Zambeze e Limpopo, permanecem envoltas em mistério.
  • 67.
  • 68.
  • 69. • Os vestígios da ocupação do Grande Zimbábue no começo da Idade do Ferro limitam-se aos estratos inferiores da longa seqüência cultural que aparece na colina chamada Acrópole (Acropolis Hill), que domina o Grande Cercado (Great Enclosure), certamente a mais impressionante das construções do Grande Zimbábue, e a mais uns restos de cerâmica espalhados pelo vale que fica abaixo.
  • 70.
  • 71. Torre do grande Zimbábue:
  • 72. • Nas ruínas, distinguem-se três importantes construções: um templo oval cercado por uma muralha de 2,5 km com 9m de altura e 4,5m de largura; no interior da muralha erguem-se duas torres, a maior, com 10m de altura; e mais, uma fortaleza e casas. A pesquisa arqueológica e histórica também encontrou objetos de ouro, cobre, bronze, jóias, marfim e gemas preciosas, alguns destes, oriundos da Índia e da China, esculturas de pedra e desenhos. Havia 58 cidades de pedra espalhadas por todo o império. Os Monomotapa haviam alcançado uma sofisticada técnica de construção em pedra e os objetos de origem estrangeira indica que havia intercâmbio com povos muito distantes
  • 73.
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  • 80.
  • 81. • Também chamado Songai, ou Sonrai, é um antigo reino da África Ocidental que se estendia pelas margens do Níger. Foi fundado por um chefe berbere da Líbia, Za el-Ayamen, no século VII na região de Gao, ao fugir dos árabes, tendo-se estabelecido em Kukia (a sul de Gao) e impondo a sua autoridade às populações da região, formada por pescadores e caçadores.
  • 82. • A região ocupada pelo Império Songai, corresponde à região do antigo Império do Mali, que foi dominada pelo povo Songai.
  • 83.
  • 84.
  • 85.
  • 86.
  • 87. • A partir do século XI ( 1010), os reis que viviam em Kukia estabeleceram-se em Gao e converteram-se ao islamismo, ainda que a maior parte dos súditos permanecesse pagã até ao final do século XV. No século XI, este reino estendia-se ao longo do rio Níger (de Timbuctu a Niamey), passando no final do século XIII a ser dominado pelo Império do Mali.
  • 88.
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  • 90.
  • 91.
  • 92. • No século XV, a decadência do império Mali permitiu o ressurgimento do reino Songhai, que invadiram a capital capital do Mali em 1400, sob o comando do rei de Kukia, Ma Dogo, permitindo, no final do século XV, que o novo reino de Songhai conhecesse um grande desenvolvimento feito por dois reis: Sonni Ali (1464) e por Ali Ber (1492).
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  • 95. • Pouco adepto do islamismo, Ali Ber perseguiu os Peules e os Tuaregues para defender a civilização dos negros africanos contra os estrangeiros. Apoderou-se de Timbuctu, Djenné e da região dos Lagos e controlou as minas de ouro e a permissão para navegar no rio Níger. Morreu em combate, sendo seu sucessor um dos seus generais, Mohammed Touré (1493-1528), fundador da dinastia muçulmana dos Askias, convertendo, finalmente desta forma, o reino Songhai ao islamismo.
  • 97. • Em 1496 este rei organizou uma peregrinação a Meca, onde obteve o título de califa. Foi durante o seu reinado que o reino Songhai alcançou o seu apogeu. Em 1591, este reino acabou por desaparecer nas mãos do sultão de Marrocos Ahmed el- Mansur que se instalou em Timbuctu e acabou com o reino Songhai.