4. O muro de Berlim:
• Quando a Segunda Guerra Mundial terminou,
a capital alemã, Berlim, foi dividida em quatro
áreas. Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e
União Soviética passaram a comandar e
administrar cada uma destas regiões.
5. • No ano de 1949, os países capitalistas
(Estados Unidos, França e Grã-Bretanha)
fizeram um acordo para integrar suas áreas à
República Federal da Alemanha (Alemanha
Ocidental). O setor soviético, Berlim Oriental,
passou a ser integrado a República
Democrática da Alemanha (Alemanha
Oriental), seguindo o sistema socialista, pró-
soviético.
6. • Até o ano de 1961, os cidadãos berlinenses podiam
passar livremente de um lado para o outro da
cidade. Porém, em agosto de 1961, com o
acirramento da Guerra Fria e com a grande migração
de berlinenses do lado oriental para o ocidental, o
governo da Alemanha Oriental resolveu construir um
muro dividindo os dois setores. Decretou também
leis proibindo a passagem das pessoas para o setor
ocidental da cidade.
7. • O muro, que começou a ser construído em 13
de agosto de 1961, não respeitou casas,
prédios ou ruas. Policiais e soldados da
Alemanha Oriental impediam e até mesmo
matavam quem tentasse ultrapassar o muro.
Muitas famílias foram separadas da noite para
o dia. O muro chegou a ser reforçado por
quatro vezes.
8.
9. • Possuía cercas elétricas e valas para dificultar
a passagem. Havia cerca de 300 torres de
vigilância com soldados preparados para
atirar.
Em 9 de novembro de 1989, com a crise do
sistema socialista no leste da Europa e o fim
deste sistema na Alemanha Oriental, ocorreu
a queda do muro.
10. • Cidadãos da Alemanha foram para as ruas
comemorar o momento histórico e ajudaram
a derrubar o muro. O ato simbólico
representou também o fim da Guerra Fria e o
primeiro passo na reunificação da Alemanha.
18. O fim da Guerra Fria:
• A Guerra Fria começou a esfriar durante a
década de 1980. Em 1989, a queda do muro
de Berlim foi o ato simbólico que decretou o
encerramento de décadas de disputas
econômicas, ideológicas e militares entre o
bloco capitalista, comandado por Estados
Unidos e o socialista, dirigido pela União das
19. • Repúblicas Socialistas Soviéticas URSS). Na sequência
deste fato, ocorreu a reunificação da Alemanha
Ocidental e Oriental.
• Podemos afirmar que a crise nos países socialistas
funcionou como um catalisador do fim da Guerra
Fria. Os países do bloco socialistas, incluindo a União
Soviética, passavam por uma grave crise econômica
na década de 1980.
25. • A falta de concorrência, os baixos salários e a falta de
produtos causaram uma grave crise econômica. A
falta de democracia também gerava uma grande
insatisfação popular.
• No começo da década de 1990, o presidente da
União Soviética Mikhail Gorbachev começou a
implementar a Glasnost (reformas políticas
priorizando a liberdade) e a Perestroika
(reestruturação econômica).
26. • A União Soviética estava pronta para deixar o
socialismo, ruma a economia de mercado capitalista,
com mais abertura política e democrática. Na
sequência, as diversas repúblicas que compunham a
União Soviética foram retomando sua independência
política. Futuros acordos militares entre Estados
Unidos e Rússia garantiriam o início de um processo
de desarmamento nuclear.
27. • Na década de 1990, sem a pressão soviética,
os outros países socialistas (Polônia, Hungria,
Romênia, Bulgária, entre outros) também
foram implementando mudanças políticas e
econômica no sentido do retorno da
democracia e engajamento na economia de
mercado.
28. • Portanto, a década de 1990 marcou o fim da
Guerra Fria e também da divisão do mundo
em dois blocos ideológicos. O temor de uma
guerra nuclear e as disputas armamentistas e
ideológicas também foram sepultadas.
29. Fragmentação da URSS
• Começa em Setembro de 1991 com a
independência das Repúblicas Bálticas
(Lituânia, Letônia e Estônia). Após este
acontecimento a URSS passou a ser formada
por 12 repúblicas.
30.
31. • Em 08 de Dezembro de 1991, foi assinado o
Acordo de Minsk por Rússia, Ucrânia e
Bielorússia (Bielorus) formado a CEI
(Comunidade dos Estados Independentes). Em
14 de Dezembro de 1991 teve a adesão de 8
países. A CEI não funciona como país, pois é
formada por países - membros, que têm leis e
nacionalidade próprias.
33. A Guerra Fria na África:
• Havia um motivo peculiar para o interesse dos
países desenvolvidos pela África: as ditaduras
africanas, miseráveis e violentas, eram
excelentes compradoras de armas. Só por
esse fato o continente ganhou destaque no
panorama global do período. Na África, a
Guerra Fria foi particularmente acirrada pelo
fim do colonialismo português, em 1975 .
34.
35. • Com isso, os Estados Unidos, vencedores da
Guerra Fria, tornaram-se a única
superpotência mundial e encontraram novos
inimigos contra os quais lutar, como os
fanáticos do Islã, de um lado, e os
narcotraficantes, de outro lado.
36. • A saída de Portugal abriu caminho para o surgimento
de regimes comunistas em Angola e Moçambique, e
para a deflagração de conflitos tribais em diversos
países do continente. As disputas internas e
regionais estimularam os governantes a investir em
armas poderosas, apesar da situação de miséria de
suas populações.
37. • O fim da Guerra Fria não mudou a situação no
continente africano. O único fato de grande
importância nos anos 90 foi o fim do regime
racista da África do Sul e a ascensão ao poder
do líder negro Nelson Mandela, em 1994. No
aspecto político e econômico, a África não
exercia influência no cenário internacional.
41. • A Guerra Fria envolveu também uma das áreas mais
fascinantes e estratégicas do planeta: o Oriente
Médio. Habitada desde tempos imemoriais, a região
destaca-se por três razões. Do ponto de vista
econômico, é a mais rica em reservas de petróleo.
Do ponto de vista geopolítico, serve de passagem
entre Ásia e Europa. E no aspecto cultural, é o berço
das três principais religiões monoteístas: o judaísmo,
o cristianismo e o islamismo.
42.
43. • Com todas essas características, o Oriente Médio
tornou-se um dos centros nevrálgicos da Guerra Fria.
O interesse pela região já era visível nos anos 40,
quando as principais potências mundiais negociaram
a criação do Estado de Israel, em 1948. Havia muitos
interesses geopolíticos em jogo no Oriente Médio. A
União Soviética, de um lado, e os Estados Unidos, de
outro lado, acreditavam que Israel poderia se tornar
um importante parceiro político na região.
44. • Os palestinos e os países árabes vizinhos, no
entanto, nunca aceitaram a criação de Israel.
A primeira guerra árabe-israelense, vencida
por Israel em 1949, teve como conseqüência o
fim do Estado árabe-palestino. Foi dividido
entre Israel, Jordânia e Egito. Nas décadas
seguintes, outras três guerras modificariam o
panorama geopolítico do Oriente Médio.
45.
46. • Por trás de cada conflito estava um jogo de alianças
internacionais que evidenciava o interesse das
superpotências na região. Somente em 1993,
quando Israel e a OLP assinaram um acordo de paz, é
que se acendeu uma pequena luz de esperança na
região. Em outra parte do Oriente Médio, no
entanto, havia um elemento complicador: em 1979,
o Irã converteu-se ao islamismo xiita, com
pretensões de levar o mundo na direção da fé
muçulmana.
49. • Uma situação que fugia à lógica da Guerra
Fria. O aiatolá Khomeini tratava Estados
Unidos e União Soviética como o Grande Satã,
como inimigos que deveriam ser combatidos
em nome do Islã. A revolução iraniana era um
fato novo no cenário internacional no fim dos
anos 70. Até hoje, terminada a Guerra Fria, o
Islã continua sendo um grande enigma
contemporâneo.
50.
51. • A Guerra Fria, na verdade, permeou os
principais fatos políticos no mundo inteiro,
desde o término da Segunda Guerra até o
final dos anos 80. O complexo jogo das
superpotências envolveu todos os
continentes, inclusive a África.
53. A Guerra Fria na América Latina:
• Na verdade, no chamado Terceiro Mundo era
a América Latina o principal foco de atenção
das superpotências. Esse interesse, natural
por causa da proximidade geográfica dos
Estados Unidos, aumentou bastante a partir
de 1959, quando Fidel Castro chegou ao poder
em Cuba.
57. • A partir desse momento, não demorou para
que as superpotências se preocupassem com
o Brasil, o maior país da América Latina. O
golpe militar no Brasil, em março de 64,
atendia à estratégia política dos Estados
Unidos para a América Latina.
58. • A Casa Branca tinha medo que de a revolução
cubana, que resultou num regime socialista,
se espalhasse pelas Américas. Por causa disso,
passou a patrocinar ditaduras em toda a
América Latina. No Brasil, o quadro político e
econômico favorecia os conspiradores.
59. • O presidente João Goulart era apontado como
simpatizante do socialismo e a economia do país
estava em crise, com índices elevados de inflação.
Nos anos que se seguiram ao golpe de 64, o regime
militar tornou-se mais forte e repressivo. O Ato
Institucional número 5, de 1968, restringiu as
liberdades democráticas e deu ao regime poderes
quase irrestritos para governar, prender, torturar e
eliminar adversários.