SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 32
Baixar para ler offline
108

6 - ELEMENTOS DE UNIÃO

- Podemos definir as uniões em dois tipos, as desmontáveis e as não desmontáveis.
- As uniões desmontáveis são aquelas em que quando é feita a desmontagem, as partes
unidas e os elementos de união não sofrem nenhum dano, e essas partes assim como os
elementos de fixação podem ser reaproveitados para nova montagem.
- Em algumas uniões desmontáveis, os elementos de fixação são substituídos por novos,
por segurança ou pelos mesmos durante a montagem anterior, terem ultrapassado seus
limites elásticos.
- Pode-se ter união de entre componentes estáticos, assim como entre componentes
móveis. Importante frisar que numa união entre componentes móveis, a potência é
transmitida de uma parte para outra através dos elementos de união.

Exemplos de elementos para uniões desmontáveis:
   • Parafusos/ porcas/ arruelas
   • Grampos
   • Pinos
   • Chavetas
   • Estrias

Elementos para uniões não desmontáveis:
   • Soldagem
   • Rebite
   • Prensagens elevadas

Ex.: - Uma roda de um rodeiro ferroviário é aquecida para montar no eixo (resfriado
com nitrogênio líquido). Nessa montagem não se reutiliza nem o eixo nem a roda, pois
as superfícies de contato danificam-se com a desmontagem.
109

6.1 - PARAFUSOS

- Com certeza esse é o elemento de união mais utilizado no planeta, e temos diversos
tipos de parafusos, materiais e filetes de roscas.
- Basicamente o parafuso é utilizado para união de componentes, mas também é
utilizado para movimentação de cargas.
- Um elevador elétrico - muito utilizado em oficinas de acessórios – é um exemplo da
utilização do parafuso para movimentação de cargas.
- O conceito fundamental de parafuso é a transformação do movimento de rotação em
movimento linear.


6.1.1 - Dados de um parafuso




                                        Figura 6.1


   •   Perfil da rosca
   •   Tolerância da rosca
   •   Passo
   •   Tipo do material
   •   Tipo do acabamento superficial


A) Tipos de perfil de rosca:

- Alguns tipos de perfis estão indicados na figura 6.2.
- As dimensões de alguns perfis de rosca estão indicadas na figura 6.3.
110




                                 Figura 6.2 – tipos de perfis
                  Retirada do livro: Elementos de máquinas - O.Fratschner




                              Figura 6.3 – dimensões de roscas
                  Retirada do livro: Elementos de máquinas - O.Fratschner


B) Tolerâncias:

- As duas figuras abaixo mostram tolerâncias utilizadas para fabricação de roscas UNC
(Unifed Threads Coarse).
- Para cada tipo de parafuso conforme as normas usuais utilizadas (DIN, ISSO,
ABNT,...) tem-se classes de tolerâncias. Geralmente uma dessas classes torna-se de uso
mais comercial.
- No caso da rosca UNC, a classe 2 é a mais utilizada (comercial).
111




                                        Figura 6.4
             Retirada do livro: Design of Machine Elements - M.F. Spotts




                                      Figura 6.5
             Retirada do livro: Design of Machine Elements - M.F. Spotts


C) Passos de rosca:

- Para cada rotação de 360º, o parafuso tem um deslocamento retilíneo = passo.
- Para se determinar o passo de um parafuso, mede-se à distância entre duas cristas
adjacentes.
- Outra forma de se medir o passo é utilizando pentes de rosca.
112




               Figura 6.6




               Figura 6.7
Retirada do catálogo: B29/2000 - Starrett
113

D) Tipos de materiais:

- São manufaturados parafusos nos mais diversos materiais tais como: aço carbono; aço
inox; nylon; alumínio; bronze e etc.
- Os materiais utilizados – amplamente normalizados – definem a resistência do
material. Existem vários graus de resistência para as diversas utilizações.

Exemplo:
1) Graus ABNT para parafusos em aço:

     4.6     4.8       5.6       5.8   8.8    10.9

                                  Resistência aumenta

1)         Graus SAE

           1 2     4   5     8

                                  Resistência aumenta

E) Acabamentos superficiais:

Para cada aplicação, no caso de parafusos manufaturados em aço, têm-se diversos tipos
de tratamentos superficiais, tais como:
    • Oxidado preto
    • Bi-cromatizado
    • Galvanizado
    • Fosfatizado
    • Niquelado
    • Cadmiado


F) Bitola do parafuso:
- São os diversos tamanhos normalizados para um certo tipo de rosca.
Ex.: M20 – como aparece na figura, temos:
    • M – rosca métrica
    • 20 é o diâmetro externo do parafuso.

- Uma forma mais completa é determinar o diâmetro da rosca x passo x comprimento.

Exemplo parafuso da figura 6.8: Descrição: Parafuso cabeça sextavada - M16 x 2 x 60
comprimento – fosfatizado – conforme DIN 912.




                                               Figura 6.8
114

- Quando nada é citado, a rosca é direita, portanto, para rosca esquerda deve ser citada
na descrição.
M16 x 2 x 60 comprimento – rosca esquerda.

- Abaixo se tem exemplo de especificação de venda de 2 modelos de parafusos


 Parafuso Sextavado 8.8                              Linha Dry Wall
 Rosca Parcial                                       Cabeça Flangeada - Ponta Broca

  Código do Produto: MA 162                           Código do Produto: 217




 Dimensões: DIN 931
 Rosca ISO 965 - 6g                                  Fosfatizado
 Classe de Resistência: 8.8                          Parafuso para fixação do montante em
 Material: Aço Médio Carbono                         perfil metálico.
 Tratamento: Temperado e Revenido                    Rosca Auto Atarraxante
                                                     Rosca Inteira - Fenda Phillips Nº 2
                                                     Material: Aço Baixo Carbono
                                                     Tratamento: Cementado e Temperado


                                      Figura 6.9
              Retirada do catálogo: Fabricante Ciser - www.ciser.com.br
115

- Na tabela abaixo descrição de algumas roscas utilizadas.




                         Tabela 6.1 – discriminação de roscas
               Retirada do livro: Elementos de máquinas - O.Fratschner
116

- As figuras de 6.10 a 6.18 mostram diversos tipos de parafusos, porcas e arruelas
– retirado de manual: Fabricante EMAQ Unidade Industrial.




                                   Figura 6.10
117




Figura 6.11
118




Figura 6.12
119




Figura 6.13
120




Figura 6.14
121




Figura 6.15
122




Figura 6.16
123




Figura 6.17
124




Figura 6.18
125

6.1.2 – Dimensionamento para união com parafuso

- Considerando uma união de 3 partes ( 2 flanges e uma junta de vedação).




                                     Figura 6.19


- Quando se faz o aperto, à parte do parafuso situada entre a cabeça e a porca sofre um
estiramento.
- E as partes que estão sendo “apertadas” pelo parafuso e a porca são comprimidas.
- Analisando o conjunto parafuso/ porca e as partes isoladamente teremos:




              (a) Parafuso/ porca                             (b) Partes

                                     Figura 6.20

- Considera-se que os 2 ou 3 primeiros filetes da porca não trabalhem efetivamente,
dessa forma o comprimento do parafuso tracionado passaria a ser lB + 2 a 3 x passo.
126

- Mas utilizaremos o comprimento = lB, comumente utilizado por muitos autores.
- Veja bem! montando o gráfico força x deformação, teremos:




                                    Figura 6.21


A) Analisando o parafuso:




                                    Figura 6.22
127

- Para cálculo da constante de mola do parafuso podemos utilizar o diâmetro maior da
rosca, indicado com diâmetro d (vide figura). A área relativa a esse diâmetro d
denominaremos de AB .
- Para analisar a tensão no parafuso utilizaremos a área efetiva, ou seja, a área resistente
do parafuso. Denominaremos esse diâmetro como de, devido à hélice do parafuso, esse
diâmetro tem um valor entre o maior e o menor diâmetro do parafuso. A área relativa a
esse diâmetro efetivo, denominaremos de ABe . Utilizaremos sempre o diâmetro d (área
 AB ), somente quando checarmos a resistência do parafuso é que utilizaremos de (área
efetiva ABe ).
- Não teceremos maiores comentários a respeito de como são determinados esses
valores dos diâmetros efetivos, mas os mesmos para as roscas métricas, UNC e UNF,
apresentam valores aprox. entre 2 a 10% maiores que os diâmetros menores das roscas.
- A seguir tem-se uma tabela com áreas efetivas para parafusos com roscas métricas.




                      Tabela 6.2 – roscas métricas – áreas efetivas
128




                                     Figura 6.23
     Fi
σ =                                                    (6.1)
    AB
      F
εE = i                                                 (6.2)
     AB
    ∆l  ∆l     F
ε = B ⇒ B EB = i
    lB  lB    AB

Ora! Dentro da área elástica, temos:
 Fi = K B .∆lB ;
- Onde K B é a constante de mola do parafuso, então:
        F        AE
 KB = i = B B
       ∆lB        lB
       AE
 KB = B B                                              (6.3)
         lB
B) Analisando as partes unidas:




                                     Figura 6.24


        A1E1
K p1 =       ;
         l1
         AE
K p2   = 2 2 ;
          l2
        AE
K p3   = 3 3
          l3
129

- onde:
A1: área efetiva da parte 1
E1: módulo de elasticidade da parte 1
Kp1: coeficiente de mola da parte 1

- As Dimensões e o materiais nos dão os valores de: E1; E2; E3 e l1; l2; l3, mas e os
valores de A1; A2 e A3 ?




                                        Figura 6.25

- A figura triangular hachurada representa a região de atuação no aperto (modelo conforme F.
Rütscher, Die Maschinenelemente, tomo I, pág 234).
- A área equivalente a essa área hachurada está representado pelo cilindro, que
arbitraremos um valor DE.




                                        Figura 6.26
Sendo que:
          l
DE = S + ;
         2
       π ⎛⎛               ⎞
                     2

Área =   ⎜ ⎜ S + l ⎞ − D2 ⎟
                   ⎟                                                                  (6.4)
       4 ⎜⎝
         ⎝       2⎠       ⎟
                          ⎠
130

Onde:

D – furo passante

- Com isso (determinação das áreas) temos como obter a constante de mola para o
conjunto das partes comprimidas (molas em série).
  1    1      1      1
    =     +       +                                                       (6.5)
 K p K p1 K p 2 K p 3

- Geralmente o aperto inicial do parafuso tem como limite uma tensão inicial no
parafuso = 75% da σ e , dessa forma teremos:
 Fi ≤ 0,75σ e ABe                                                         (6.6)

- Imagine agora que a junta comprimida (montada com aperto inicial) sofra uma força F
como indicado na figura 6.27, e a parte superior passe para a posição tracejada, dessa
forma teremos um aumento de tração no parafuso e uma redução de compressão nas
partes.




                                     Figura 6.27

- Veja bem o que está representado no gráfico da figura 6.28 → a deformação do
parafuso aumenta de γ e a deformação total das partes são reduzidas do mesmo valor γ.
131




                                        Figura 6.28
Seja:
   •      ∆lB - Deformação inicial do parafuso
   •      ∆lP - Deformação inicial das partes

- Com a aplicação da força de trabalho F, o parafuso inicialmente carregado com a força
inicial Fi, tem um acréscimo de carga devido à força de trabalho com intensidade FBT, e
as partes têm uma redução na carga de compressão de intensidade FPT.

Bem! vendo a figura tem-se:
       Fi
tgα1 =     = KB                                                                   (6.7)
       ∆lB

          Fi
tgα 2 =       = KP                                                               (6.8)
          ∆lP

A parte absorvida da força de trabalho F pelo parafuso:
 FBT = K Bγ                                                                      (6.9)

E a redução da compressão das partes:
FPT = K Pγ                                                                      (6.10)

Tem-se então de (6.9) e (6.10):
FBT FPT
    =      =γ
 KB   KP
FBT F − FBT
    =
KB       KP
          KB
FBT =              F                                                            (6.11)
      (K P + K B )
132

            KP
FPT =                F                                                               (6.12)
        (K P + K B )
Logo a força atuante no parafuso (tração) é:
         KB
FB =              F + Fi                                                             (6.13)
     (K P + K B )
E a força atuante na compressão das partes tem o seguinte valor:
               KP
FP = Fi −               F                                                            (6.14)
           (K P + K B )

- Observando a figura 6.28, verificamos que se a força de trabalho ultrapassar o valor de
FA, a junta será “aberta”, ou seja, a carga de compressão entre as partes se tornará nula.
- Para evitar essa “abertura de junta”, deve-se aplicar uma força inicial, de tal forma que
F < FA.
- É comum fazer com que a força inicial seja maior que a força de trabalho máxima.
Complementando o citado na equação (6.6), tem-se:
 F ≤ Fi ≤ 0,75σ e ABe                                                                 (6.15)

- Para a relação entre o torque de aperto e a força inicial no parafuso para roscas
métricas e americanas (UNC/UNF), podemos utilizar para cálculos aproximados a
expressão abaixo - desenvolveremos essa fórmula detalhadamente na seção de
acionamento por parafuso.
T = 0,2.d .Fi (a seco)                                                       (6.16)
T = 0,15.d .Fi (roscas lubrificadas)                                         (6.17)

- Para finalizar, quando a carga de trabalho é alternada (cíclica), naturalmente teremos
carga cíclica no parafuso e na parte comprimida conforme mostrado na figura 6.29,
onde a carga de trabalho varia de F1 a F2. Nesse carregamento deve-se calcular o
parafuso utilizando-se o método de cargas variáveis.




                                       Figura 6.29
133

Aplicação 1:

   -   Um cabeçote de um cilindro hidráulico tem as dimensões indicadas na figura.
   -    A pressão no interior do cilindro atinge 20kg/cm² (bar).
   -   Os parafusos utilizados apresentam uma σ e = 90 Kgf / mm2 .
   -   O cabeçote é manufaturado em ferro fundido cinzento com as seguintes
       características:
       • Classe: 25;
       • Tensão de ruptura a tração → σ rt = 14 Kgf / mm2 ;
       •   Tensão de ruptura a compressão → σ rc = 70 Kgf / mm2 ;
     • E = 10.000Kgf/mm 2 .
   - A distância entre parafusos ≤ 100 mm.
   Com esses dados, determine a bitola e a quantidade de parafusos.




                                     Figura 6.30

A) Força na tampa:
    π .d 2           π .4902
F=         pressão =         → FTotal = 37715Kgf
      4                  4

B) Aperto inicial:
- Conforme recomendado em (6.15) utilizar Fi > F
- Arbitrando Fi = 4F;
 Fitotal = 4 F = 4 x37.715 = 150.860 Kgf

C) No de parafusos:
    π .560
N≥         = 17,5 ;
      100
134

- O número de parafusos utilizados em flanges: geralmente múltiplos de 4, utilizaremos
então 20 parafusos.
D) Força inicial por parafuso:
     F
 Fi = Total = 7.543Kgf
      20

E) Pré-dimensionamento do parafuso (rosca métrica):
- Consideremos σ parafuso = 0,6σ e < 0,75σ e ⇒ σ parafuso = 54 Kgf / mm 2
π .d e2
          .σ parafuso = 7.543Kgf ⇒ ABe = 139,7 mm 2 ⇒ d e = 13,3
  4

- Observando a tabela 6.2, vemos que o parafuso M16 x 2mm de passo, é o que
apresenta uma área superior ao calculado.
- Parafuso pré-dimensionado: M16

F) Determinação da constante de mola do parafuso K B :
                   AB EB π 162 / 4 x 21000
- de (6.3) → K B =      =
                    lB           70
K B = 60.320 Kgf / mm

G) Determinação da constante de mola das partes K P :
- de (6.4);
         π ⎛⎛               ⎞
                     2
                  l⎞
 Área = ⎜ ⎜ S + ⎟ − D 2 ⎟
         4 ⎜⎝
            ⎝     2⎠        ⎟
                            ⎠
- O furo D (passante) – será utilizado D = 18.
- Os valores para abertura de chave são padronizados, para parafuso M16 → S=24
              π ⎛⎛                  ⎞
                              2

 Área = AP =    ⎜ ⎜ 24 + 70 ⎞ − 182 ⎟ = 2480mm 2
                            ⎟
              4 ⎜⎝
                ⎝         2⎠        ⎟
                                    ⎠
                                 AE      2480 x10000
- Substituindo a área em K p =         =             = 354286 Kgf / mm
                                  l          70
K p = 354286 Kgf / mm

H) Força atuante no parafuso:
- de (6.13);
           KB                     60320         37715
 FB =               F + Fi =                  x       + 7543 = 274 + 7543
       (K P + K B )          (354286 + 60320)     20
 FB = 7817 Kgf ← força máxima no parafuso

I) Verificação do parafuso:
       F     7817
σB = B =           = 46 < 67,5 = 0,75 x90 ← OK
      ABe 169,7

I) Torque de aperto:
135

- Considerando parafuso sem lubrificação.
T = 0,2.d .Fi = 0,2 x16 x7543 = 24137 Kgf .mm → utilizar T = 24 Kgf.m
J) Resumo:
- Utilizar 20 parafusos M16x2
- Torque de aperto = 24 Kgf.m


Aplicação 2:

   -      Um suporte conforme indicado na figura 6.31 é utilizado para suportar uma
          carga que varia de 0 a 4000 Kgf.
   -      Os 4 parafusos utilizados são M12x1,75 (rosca normal).
   -      σ e = 35Kgf / mm2 .
   -      σ n = 16 Kgf / mm2 ← tensão de fadiga já corrigida
   -      Considere o fator de concentração K= 3 para o parafuso.
   -      Área efetiva do parafuso AB = 92,7 mm² (tabela 6.2)

    Com esses dados determine:
1) Qual o Fator de segurança F.S. para Fi = 0
2) Qual a menor Fi que impede a perda de compressão da base do suporte.
3) Qual o F.S. para Fi = 4000 Kgf .
4) Com Fi = 4000 Kgf , determine a mínima força de compressão.




                                        Figura 6.31


Item 1:

A) Determinação da constante de mola da parte K P :
- Utilizaremos o furo passante = 15.
- Para parafuso M12, utilizaremos S = 19
              π ⎛⎛                ⎞
                            2
                       12 ⎞
 Área = AP = ⎜ ⎜19 + ⎟ − 152 ⎟ = 314mm 2
              4 ⎜⎝
                ⎝       2⎠        ⎟
                                  ⎠
136


                                 AE           314 x 21000
- Substituindo a área em K p =            =               = 550000 Kgf / mm
                                   l              12

B) Determinação da constante de mola do parafuso K B :
                    AB EB π 122 / 4 x 21000
- de (6.3) → K B =       =
                     lB           12
 K B = 198000 Kgf / mm

C) FS para Fi = 0 :
- Força por parafuso:
  Fmáx = 4000 / 4 = 1000 Kgf
    Fmin = 0
-
    Fm = 500 Kgf
  Fv = 500 Kgf
- Tensões no parafuso:
σ m = σ v = 500 / 92,7 = 5,4 Kgf / mm 2

D) Verificação do FS:
 1    σ      σ
    = m +k v
FS σ e       σn
 1   5,4    5,4
   =     +3
FS 35       16
⇒ FS = 0,86 < 1

Resposta: ë uma situação insegura se não houver aperto inicial, pois apresentará FS<1.


Item 2:

- No limite FP = 0 ;
- De (6.14)
               KP
 FP = Fi −              F → A força F máxima tem o valor de F = 1000 Kgf , então:
           (K P + K B )
                550000
0 = Fi −                     1000 → Fi = 735Kgf / parafuso → Fi − sup orte = 2940 Kgf
           (550000 + 198000)
Resposta: Força inicial no suporte para impedir                  perda de compressão →
Fi − sup orte = 2940 Kgf
137

Item 3:

- Força inicial de 4000 Kgf → Fi = 1000 Kgf / parafuso
- Força de trabalho em cada parafuso:
 FT max = 1000 Kgf
 FT min = 0
- de (6.13):
               KB                        198000
FB max =                Fmax + Fi =                   x1000 + 1000 = 1265Kgf
           (K P + K B )             (550000 + 198000)
               KB                        198000
FB min =                Fmin + Fi =                   x0 + 1000 = 1000 Kgf
           (K P + K B )             (550000 + 198000)

- daí tira-se a força média e a componente variável da força:
 FBm = 1132,5 Kgf ⇒ σ m = 1132,5 / 92,7 = 12,2 Kgf / mm 2
FBv = 132,5 Kgf ⇒ σ m = 132,5 / 92,7 = 1,4 Kgf / mm 2

- Dessa forma tem-se:
  1   σ      σ
    = m +k v
 FS σ e      σn
 1   12,2    1,4
   =      +3
FS    35     16
⇒ FS = 1,6

Resposta: O fator de segurança para força inicial de 4000 Kgf é FS = 1,6.


Item 4:

- Força mínima de compressão:
- de (6.14):
                   KP                          550000
 FP min = Fi −              Fmax = 1000 −                   x1000 = 265Kgf / parafuso =
               (K P + K B )               (550000 + 198000)

Resposta: Força mínima de compressão no suporte = 1060 Kgf.




Aplicação 3:

- Sabendo-se que:
- Parafuso para a biela indicada na figura 6.32: 3/8” – 24 UNF,
- A força inicial de aperto = 1600kgf
.- Dados do material do parafuso:
138


       σ e = 63Kgf / mm 2
       σ n = 40 Kgf / mm 2
       - onde σ n é a tensão de fadiga corrigida.
- Considere a área das partes AP = 320mm 2
- Fator de concentração de tensões na rosca k = 3
- A carga de trabalho varia de 0 a 1150 Kgf.

1) Com os dados especificados determine o F.S. utilizado




                                       Figura 6.32

Resposta:
1) F.S = 1,65



Aplicação 4º:

- Sabendo-se que:
- O olhal indicado pela figura 6.33 é fixado por apenas 1 parafuso.
- A força F varia de 4000 a 8000 Kgf.
- Parafuso: 1” – 12 UNF.
.- Dados do material do parafuso:
        σ e = 63Kgf / mm 2
       σ n = 40 Kgf / mm 2
- Considere a área das partes AP = 780mm 2
- Fator de concentração de tensões na rosca k = 3
- A área efetiva do parafuso 1” – 12 UNF → ABe = 0,6624in 2 = 428mm 2
OBS.: Considere para cálculo da constante elástica que → AB = 507 mm 2 .
139

1) Com os dados acima qual deve ser à força de aperto inicial para que o F. S. = 2?
2) E para que F.S. = 3 qual deve ser essa força?




                                      Figura 6.33
Respostas:
1) 7440 Kgf
2) 2920 Kgf

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Nbr 10068 folha de desenho - leiaute e dimensões - 1987
Nbr 10068   folha de desenho - leiaute e dimensões - 1987Nbr 10068   folha de desenho - leiaute e dimensões - 1987
Nbr 10068 folha de desenho - leiaute e dimensões - 1987Luciano Otavio
 
Apostila elementos de_maquinas
Apostila elementos de_maquinasApostila elementos de_maquinas
Apostila elementos de_maquinasneydom
 
Elementos de maquinas apostila Senai
Elementos de maquinas apostila SenaiElementos de maquinas apostila Senai
Elementos de maquinas apostila Senaisheylaladeiracosta
 
Aula 09 cálculos de roscas
Aula 09   cálculos de roscasAula 09   cálculos de roscas
Aula 09 cálculos de roscasRenaldo Adriano
 
Elementos de máquinas
Elementos de máquinasElementos de máquinas
Elementos de máquinasGabriel Sana
 
ELEMENTOS DE MAQUINAS REBITES
ELEMENTOS DE MAQUINAS REBITESELEMENTOS DE MAQUINAS REBITES
ELEMENTOS DE MAQUINAS REBITESordenaelbass
 
Nbr 8855 eb 168 propriedades mecanicas de elementos de fixacao parafusos e pr...
Nbr 8855 eb 168 propriedades mecanicas de elementos de fixacao parafusos e pr...Nbr 8855 eb 168 propriedades mecanicas de elementos de fixacao parafusos e pr...
Nbr 8855 eb 168 propriedades mecanicas de elementos de fixacao parafusos e pr...ejfelix
 
ELEMENTOS DE MAQUINAS ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO introdução
ELEMENTOS DE MAQUINAS  ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO introduçãoELEMENTOS DE MAQUINAS  ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO introdução
ELEMENTOS DE MAQUINAS ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO introduçãoordenaelbass
 
Elementos Orgânicos de Máquinas - Introdução aos Elementos de Transmissão
Elementos Orgânicos de Máquinas - Introdução aos Elementos de TransmissãoElementos Orgânicos de Máquinas - Introdução aos Elementos de Transmissão
Elementos Orgânicos de Máquinas - Introdução aos Elementos de TransmissãoRodrigo Meireles
 
SELEÇÃO DE MATERIAIS - EIXO CARDAN DE UM CAMINHÃO
SELEÇÃO DE MATERIAIS - EIXO CARDAN DE UM CAMINHÃOSELEÇÃO DE MATERIAIS - EIXO CARDAN DE UM CAMINHÃO
SELEÇÃO DE MATERIAIS - EIXO CARDAN DE UM CAMINHÃOFausto Filipe Teixeira
 
Aula 01 introdução aos elementos de fixação
Aula 01   introdução aos elementos de fixaçãoAula 01   introdução aos elementos de fixação
Aula 01 introdução aos elementos de fixaçãoRenaldo Adriano
 
ELEMENTOS DE MAQUINAS PARAFUSOS E PORCAS
ELEMENTOS DE MAQUINAS PARAFUSOS E PORCASELEMENTOS DE MAQUINAS PARAFUSOS E PORCAS
ELEMENTOS DE MAQUINAS PARAFUSOS E PORCASordenaelbass
 
Aula 17 mancais e rolamentos
Aula 17   mancais e rolamentosAula 17   mancais e rolamentos
Aula 17 mancais e rolamentosRenaldo Adriano
 

Mais procurados (20)

Elementos de máquinas
Elementos de máquinasElementos de máquinas
Elementos de máquinas
 
Nbr 10068 folha de desenho - leiaute e dimensões - 1987
Nbr 10068   folha de desenho - leiaute e dimensões - 1987Nbr 10068   folha de desenho - leiaute e dimensões - 1987
Nbr 10068 folha de desenho - leiaute e dimensões - 1987
 
Apostila elementos de_maquinas
Apostila elementos de_maquinasApostila elementos de_maquinas
Apostila elementos de_maquinas
 
Elementos de maquinas apostila Senai
Elementos de maquinas apostila SenaiElementos de maquinas apostila Senai
Elementos de maquinas apostila Senai
 
Aula 09 cálculos de roscas
Aula 09   cálculos de roscasAula 09   cálculos de roscas
Aula 09 cálculos de roscas
 
Elementos de máquinas
Elementos de máquinasElementos de máquinas
Elementos de máquinas
 
ELEMENTOS DE MAQUINAS REBITES
ELEMENTOS DE MAQUINAS REBITESELEMENTOS DE MAQUINAS REBITES
ELEMENTOS DE MAQUINAS REBITES
 
Nbr 8855 eb 168 propriedades mecanicas de elementos de fixacao parafusos e pr...
Nbr 8855 eb 168 propriedades mecanicas de elementos de fixacao parafusos e pr...Nbr 8855 eb 168 propriedades mecanicas de elementos de fixacao parafusos e pr...
Nbr 8855 eb 168 propriedades mecanicas de elementos de fixacao parafusos e pr...
 
ELEMENTOS DE MAQUINAS ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO introdução
ELEMENTOS DE MAQUINAS  ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO introduçãoELEMENTOS DE MAQUINAS  ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO introdução
ELEMENTOS DE MAQUINAS ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO introdução
 
Eixo Cardan
Eixo CardanEixo Cardan
Eixo Cardan
 
Elementos Orgânicos de Máquinas - Introdução aos Elementos de Transmissão
Elementos Orgânicos de Máquinas - Introdução aos Elementos de TransmissãoElementos Orgânicos de Máquinas - Introdução aos Elementos de Transmissão
Elementos Orgânicos de Máquinas - Introdução aos Elementos de Transmissão
 
SELEÇÃO DE MATERIAIS - EIXO CARDAN DE UM CAMINHÃO
SELEÇÃO DE MATERIAIS - EIXO CARDAN DE UM CAMINHÃOSELEÇÃO DE MATERIAIS - EIXO CARDAN DE UM CAMINHÃO
SELEÇÃO DE MATERIAIS - EIXO CARDAN DE UM CAMINHÃO
 
Aula 10 porcas
Aula 10   porcasAula 10   porcas
Aula 10 porcas
 
Torno
TornoTorno
Torno
 
Porcas
PorcasPorcas
Porcas
 
Eixos Cardan Industriais Tec Tor
Eixos Cardan Industriais Tec TorEixos Cardan Industriais Tec Tor
Eixos Cardan Industriais Tec Tor
 
Aula 01 introdução aos elementos de fixação
Aula 01   introdução aos elementos de fixaçãoAula 01   introdução aos elementos de fixação
Aula 01 introdução aos elementos de fixação
 
Flanges
FlangesFlanges
Flanges
 
ELEMENTOS DE MAQUINAS PARAFUSOS E PORCAS
ELEMENTOS DE MAQUINAS PARAFUSOS E PORCASELEMENTOS DE MAQUINAS PARAFUSOS E PORCAS
ELEMENTOS DE MAQUINAS PARAFUSOS E PORCAS
 
Aula 17 mancais e rolamentos
Aula 17   mancais e rolamentosAula 17   mancais e rolamentos
Aula 17 mancais e rolamentos
 

Destaque

Tabela diametro-furo-para-fazer-rosca
Tabela diametro-furo-para-fazer-roscaTabela diametro-furo-para-fazer-rosca
Tabela diametro-furo-para-fazer-roscaBraga2013
 
Instrução guindaste
Instrução guindasteInstrução guindaste
Instrução guindastegbozz832
 
Apostila elem.maq
Apostila elem.maqApostila elem.maq
Apostila elem.maqDIEGO16384
 
Movimentacao de Materiais
Movimentacao de MateriaisMovimentacao de Materiais
Movimentacao de Materiaisazevedoac
 
Questões de provas e simulados probabilidade e estatística junho 2014
Questões de provas e simulados probabilidade e estatística junho 2014Questões de provas e simulados probabilidade e estatística junho 2014
Questões de provas e simulados probabilidade e estatística junho 2014Nina Silva
 

Destaque (8)

Tabela diametro-furo-para-fazer-rosca
Tabela diametro-furo-para-fazer-roscaTabela diametro-furo-para-fazer-rosca
Tabela diametro-furo-para-fazer-rosca
 
Movimentação de Materiais
Movimentação de MateriaisMovimentação de Materiais
Movimentação de Materiais
 
Instrução guindaste
Instrução guindasteInstrução guindaste
Instrução guindaste
 
Apostila elem.maq
Apostila elem.maqApostila elem.maq
Apostila elem.maq
 
Velha do Postigo
Velha do PostigoVelha do Postigo
Velha do Postigo
 
Içamento
IçamentoIçamento
Içamento
 
Movimentacao de Materiais
Movimentacao de MateriaisMovimentacao de Materiais
Movimentacao de Materiais
 
Questões de provas e simulados probabilidade e estatística junho 2014
Questões de provas e simulados probabilidade e estatística junho 2014Questões de provas e simulados probabilidade e estatística junho 2014
Questões de provas e simulados probabilidade e estatística junho 2014
 

Semelhante a Elementos de união desmontáveis

Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297Henrique coppi
 
17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-estrutura-metalica
17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-estrutura-metalica17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-estrutura-metalica
17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-estrutura-metalicaCarolina Teles
 
Resistencia dos materiais solda17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-est...
Resistencia dos materiais solda17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-est...Resistencia dos materiais solda17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-est...
Resistencia dos materiais solda17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-est...José Eduardo
 
Analises de forças resultantes em uma arruela mecânica Nord-Lock
Analises de forças resultantes em uma arruela mecânica Nord-LockAnalises de forças resultantes em uma arruela mecânica Nord-Lock
Analises de forças resultantes em uma arruela mecânica Nord-LockDiego Siqueira de Lima
 
03 conformação (1)
03 conformação (1)03 conformação (1)
03 conformação (1)alex martins
 
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padrao
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padraoApostila parte ii_cap_2_blocos_padrao
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padraoXXgreiceXX
 
Aula 05 pinos e cupilhas
Aula 05   pinos e cupilhasAula 05   pinos e cupilhas
Aula 05 pinos e cupilhasRenaldo Adriano
 
25509717 cap-1-propriedades-dos-materiais
25509717 cap-1-propriedades-dos-materiais25509717 cap-1-propriedades-dos-materiais
25509717 cap-1-propriedades-dos-materiaisJulyanne Rodrigues
 
Elementos de-maquinas - prof moro - ifsc
Elementos de-maquinas - prof moro - ifscElementos de-maquinas - prof moro - ifsc
Elementos de-maquinas - prof moro - ifscTiago Gomes
 

Semelhante a Elementos de união desmontáveis (20)

Revisao da prova 3
Revisao da prova 3Revisao da prova 3
Revisao da prova 3
 
Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297
 
Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297
 
17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-estrutura-metalica
17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-estrutura-metalica17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-estrutura-metalica
17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-estrutura-metalica
 
Resistencia dos materiais solda17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-est...
Resistencia dos materiais solda17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-est...Resistencia dos materiais solda17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-est...
Resistencia dos materiais solda17 construmetal2012-calculo-de-ligacoes-em-est...
 
Mecânica básica elementos de maquinas
Mecânica básica elementos de maquinasMecânica básica elementos de maquinas
Mecânica básica elementos de maquinas
 
Aula 15 buchas
Aula 15   buchasAula 15   buchas
Aula 15 buchas
 
Aula 02 rebites i
Aula 02   rebites iAula 02   rebites i
Aula 02 rebites i
 
Apostila molas
Apostila molasApostila molas
Apostila molas
 
Analises de forças resultantes em uma arruela mecânica Nord-Lock
Analises de forças resultantes em uma arruela mecânica Nord-LockAnalises de forças resultantes em uma arruela mecânica Nord-Lock
Analises de forças resultantes em uma arruela mecânica Nord-Lock
 
03 conformação (1)
03 conformação (1)03 conformação (1)
03 conformação (1)
 
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padrao
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padraoApostila parte ii_cap_2_blocos_padrao
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padrao
 
Aula 05 pinos e cupilhas
Aula 05   pinos e cupilhasAula 05   pinos e cupilhas
Aula 05 pinos e cupilhas
 
25509717 cap-1-propriedades-dos-materiais
25509717 cap-1-propriedades-dos-materiais25509717 cap-1-propriedades-dos-materiais
25509717 cap-1-propriedades-dos-materiais
 
Elementos m+íquinas
Elementos m+íquinasElementos m+íquinas
Elementos m+íquinas
 
Elementos de-maquinas - prof moro - ifsc
Elementos de-maquinas - prof moro - ifscElementos de-maquinas - prof moro - ifsc
Elementos de-maquinas - prof moro - ifsc
 
Apostila molas 1
Apostila molas 1Apostila molas 1
Apostila molas 1
 
Apostila molas
Apostila molas Apostila molas
Apostila molas
 
Rebites
RebitesRebites
Rebites
 
Astm a 516 & a-20
Astm a 516 & a-20Astm a 516 & a-20
Astm a 516 & a-20
 

Último

LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 

Último (20)

Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 

Elementos de união desmontáveis

  • 1. 108 6 - ELEMENTOS DE UNIÃO - Podemos definir as uniões em dois tipos, as desmontáveis e as não desmontáveis. - As uniões desmontáveis são aquelas em que quando é feita a desmontagem, as partes unidas e os elementos de união não sofrem nenhum dano, e essas partes assim como os elementos de fixação podem ser reaproveitados para nova montagem. - Em algumas uniões desmontáveis, os elementos de fixação são substituídos por novos, por segurança ou pelos mesmos durante a montagem anterior, terem ultrapassado seus limites elásticos. - Pode-se ter união de entre componentes estáticos, assim como entre componentes móveis. Importante frisar que numa união entre componentes móveis, a potência é transmitida de uma parte para outra através dos elementos de união. Exemplos de elementos para uniões desmontáveis: • Parafusos/ porcas/ arruelas • Grampos • Pinos • Chavetas • Estrias Elementos para uniões não desmontáveis: • Soldagem • Rebite • Prensagens elevadas Ex.: - Uma roda de um rodeiro ferroviário é aquecida para montar no eixo (resfriado com nitrogênio líquido). Nessa montagem não se reutiliza nem o eixo nem a roda, pois as superfícies de contato danificam-se com a desmontagem.
  • 2. 109 6.1 - PARAFUSOS - Com certeza esse é o elemento de união mais utilizado no planeta, e temos diversos tipos de parafusos, materiais e filetes de roscas. - Basicamente o parafuso é utilizado para união de componentes, mas também é utilizado para movimentação de cargas. - Um elevador elétrico - muito utilizado em oficinas de acessórios – é um exemplo da utilização do parafuso para movimentação de cargas. - O conceito fundamental de parafuso é a transformação do movimento de rotação em movimento linear. 6.1.1 - Dados de um parafuso Figura 6.1 • Perfil da rosca • Tolerância da rosca • Passo • Tipo do material • Tipo do acabamento superficial A) Tipos de perfil de rosca: - Alguns tipos de perfis estão indicados na figura 6.2. - As dimensões de alguns perfis de rosca estão indicadas na figura 6.3.
  • 3. 110 Figura 6.2 – tipos de perfis Retirada do livro: Elementos de máquinas - O.Fratschner Figura 6.3 – dimensões de roscas Retirada do livro: Elementos de máquinas - O.Fratschner B) Tolerâncias: - As duas figuras abaixo mostram tolerâncias utilizadas para fabricação de roscas UNC (Unifed Threads Coarse). - Para cada tipo de parafuso conforme as normas usuais utilizadas (DIN, ISSO, ABNT,...) tem-se classes de tolerâncias. Geralmente uma dessas classes torna-se de uso mais comercial. - No caso da rosca UNC, a classe 2 é a mais utilizada (comercial).
  • 4. 111 Figura 6.4 Retirada do livro: Design of Machine Elements - M.F. Spotts Figura 6.5 Retirada do livro: Design of Machine Elements - M.F. Spotts C) Passos de rosca: - Para cada rotação de 360º, o parafuso tem um deslocamento retilíneo = passo. - Para se determinar o passo de um parafuso, mede-se à distância entre duas cristas adjacentes. - Outra forma de se medir o passo é utilizando pentes de rosca.
  • 5. 112 Figura 6.6 Figura 6.7 Retirada do catálogo: B29/2000 - Starrett
  • 6. 113 D) Tipos de materiais: - São manufaturados parafusos nos mais diversos materiais tais como: aço carbono; aço inox; nylon; alumínio; bronze e etc. - Os materiais utilizados – amplamente normalizados – definem a resistência do material. Existem vários graus de resistência para as diversas utilizações. Exemplo: 1) Graus ABNT para parafusos em aço: 4.6 4.8 5.6 5.8 8.8 10.9 Resistência aumenta 1) Graus SAE 1 2 4 5 8 Resistência aumenta E) Acabamentos superficiais: Para cada aplicação, no caso de parafusos manufaturados em aço, têm-se diversos tipos de tratamentos superficiais, tais como: • Oxidado preto • Bi-cromatizado • Galvanizado • Fosfatizado • Niquelado • Cadmiado F) Bitola do parafuso: - São os diversos tamanhos normalizados para um certo tipo de rosca. Ex.: M20 – como aparece na figura, temos: • M – rosca métrica • 20 é o diâmetro externo do parafuso. - Uma forma mais completa é determinar o diâmetro da rosca x passo x comprimento. Exemplo parafuso da figura 6.8: Descrição: Parafuso cabeça sextavada - M16 x 2 x 60 comprimento – fosfatizado – conforme DIN 912. Figura 6.8
  • 7. 114 - Quando nada é citado, a rosca é direita, portanto, para rosca esquerda deve ser citada na descrição. M16 x 2 x 60 comprimento – rosca esquerda. - Abaixo se tem exemplo de especificação de venda de 2 modelos de parafusos Parafuso Sextavado 8.8 Linha Dry Wall Rosca Parcial Cabeça Flangeada - Ponta Broca Código do Produto: MA 162 Código do Produto: 217 Dimensões: DIN 931 Rosca ISO 965 - 6g Fosfatizado Classe de Resistência: 8.8 Parafuso para fixação do montante em Material: Aço Médio Carbono perfil metálico. Tratamento: Temperado e Revenido Rosca Auto Atarraxante Rosca Inteira - Fenda Phillips Nº 2 Material: Aço Baixo Carbono Tratamento: Cementado e Temperado Figura 6.9 Retirada do catálogo: Fabricante Ciser - www.ciser.com.br
  • 8. 115 - Na tabela abaixo descrição de algumas roscas utilizadas. Tabela 6.1 – discriminação de roscas Retirada do livro: Elementos de máquinas - O.Fratschner
  • 9. 116 - As figuras de 6.10 a 6.18 mostram diversos tipos de parafusos, porcas e arruelas – retirado de manual: Fabricante EMAQ Unidade Industrial. Figura 6.10
  • 18. 125 6.1.2 – Dimensionamento para união com parafuso - Considerando uma união de 3 partes ( 2 flanges e uma junta de vedação). Figura 6.19 - Quando se faz o aperto, à parte do parafuso situada entre a cabeça e a porca sofre um estiramento. - E as partes que estão sendo “apertadas” pelo parafuso e a porca são comprimidas. - Analisando o conjunto parafuso/ porca e as partes isoladamente teremos: (a) Parafuso/ porca (b) Partes Figura 6.20 - Considera-se que os 2 ou 3 primeiros filetes da porca não trabalhem efetivamente, dessa forma o comprimento do parafuso tracionado passaria a ser lB + 2 a 3 x passo.
  • 19. 126 - Mas utilizaremos o comprimento = lB, comumente utilizado por muitos autores. - Veja bem! montando o gráfico força x deformação, teremos: Figura 6.21 A) Analisando o parafuso: Figura 6.22
  • 20. 127 - Para cálculo da constante de mola do parafuso podemos utilizar o diâmetro maior da rosca, indicado com diâmetro d (vide figura). A área relativa a esse diâmetro d denominaremos de AB . - Para analisar a tensão no parafuso utilizaremos a área efetiva, ou seja, a área resistente do parafuso. Denominaremos esse diâmetro como de, devido à hélice do parafuso, esse diâmetro tem um valor entre o maior e o menor diâmetro do parafuso. A área relativa a esse diâmetro efetivo, denominaremos de ABe . Utilizaremos sempre o diâmetro d (área AB ), somente quando checarmos a resistência do parafuso é que utilizaremos de (área efetiva ABe ). - Não teceremos maiores comentários a respeito de como são determinados esses valores dos diâmetros efetivos, mas os mesmos para as roscas métricas, UNC e UNF, apresentam valores aprox. entre 2 a 10% maiores que os diâmetros menores das roscas. - A seguir tem-se uma tabela com áreas efetivas para parafusos com roscas métricas. Tabela 6.2 – roscas métricas – áreas efetivas
  • 21. 128 Figura 6.23 Fi σ = (6.1) AB F εE = i (6.2) AB ∆l ∆l F ε = B ⇒ B EB = i lB lB AB Ora! Dentro da área elástica, temos: Fi = K B .∆lB ; - Onde K B é a constante de mola do parafuso, então: F AE KB = i = B B ∆lB lB AE KB = B B (6.3) lB B) Analisando as partes unidas: Figura 6.24 A1E1 K p1 = ; l1 AE K p2 = 2 2 ; l2 AE K p3 = 3 3 l3
  • 22. 129 - onde: A1: área efetiva da parte 1 E1: módulo de elasticidade da parte 1 Kp1: coeficiente de mola da parte 1 - As Dimensões e o materiais nos dão os valores de: E1; E2; E3 e l1; l2; l3, mas e os valores de A1; A2 e A3 ? Figura 6.25 - A figura triangular hachurada representa a região de atuação no aperto (modelo conforme F. Rütscher, Die Maschinenelemente, tomo I, pág 234). - A área equivalente a essa área hachurada está representado pelo cilindro, que arbitraremos um valor DE. Figura 6.26 Sendo que: l DE = S + ; 2 π ⎛⎛ ⎞ 2 Área = ⎜ ⎜ S + l ⎞ − D2 ⎟ ⎟ (6.4) 4 ⎜⎝ ⎝ 2⎠ ⎟ ⎠
  • 23. 130 Onde: D – furo passante - Com isso (determinação das áreas) temos como obter a constante de mola para o conjunto das partes comprimidas (molas em série). 1 1 1 1 = + + (6.5) K p K p1 K p 2 K p 3 - Geralmente o aperto inicial do parafuso tem como limite uma tensão inicial no parafuso = 75% da σ e , dessa forma teremos: Fi ≤ 0,75σ e ABe (6.6) - Imagine agora que a junta comprimida (montada com aperto inicial) sofra uma força F como indicado na figura 6.27, e a parte superior passe para a posição tracejada, dessa forma teremos um aumento de tração no parafuso e uma redução de compressão nas partes. Figura 6.27 - Veja bem o que está representado no gráfico da figura 6.28 → a deformação do parafuso aumenta de γ e a deformação total das partes são reduzidas do mesmo valor γ.
  • 24. 131 Figura 6.28 Seja: • ∆lB - Deformação inicial do parafuso • ∆lP - Deformação inicial das partes - Com a aplicação da força de trabalho F, o parafuso inicialmente carregado com a força inicial Fi, tem um acréscimo de carga devido à força de trabalho com intensidade FBT, e as partes têm uma redução na carga de compressão de intensidade FPT. Bem! vendo a figura tem-se: Fi tgα1 = = KB (6.7) ∆lB Fi tgα 2 = = KP (6.8) ∆lP A parte absorvida da força de trabalho F pelo parafuso: FBT = K Bγ (6.9) E a redução da compressão das partes: FPT = K Pγ (6.10) Tem-se então de (6.9) e (6.10): FBT FPT = =γ KB KP FBT F − FBT = KB KP KB FBT = F (6.11) (K P + K B )
  • 25. 132 KP FPT = F (6.12) (K P + K B ) Logo a força atuante no parafuso (tração) é: KB FB = F + Fi (6.13) (K P + K B ) E a força atuante na compressão das partes tem o seguinte valor: KP FP = Fi − F (6.14) (K P + K B ) - Observando a figura 6.28, verificamos que se a força de trabalho ultrapassar o valor de FA, a junta será “aberta”, ou seja, a carga de compressão entre as partes se tornará nula. - Para evitar essa “abertura de junta”, deve-se aplicar uma força inicial, de tal forma que F < FA. - É comum fazer com que a força inicial seja maior que a força de trabalho máxima. Complementando o citado na equação (6.6), tem-se: F ≤ Fi ≤ 0,75σ e ABe (6.15) - Para a relação entre o torque de aperto e a força inicial no parafuso para roscas métricas e americanas (UNC/UNF), podemos utilizar para cálculos aproximados a expressão abaixo - desenvolveremos essa fórmula detalhadamente na seção de acionamento por parafuso. T = 0,2.d .Fi (a seco) (6.16) T = 0,15.d .Fi (roscas lubrificadas) (6.17) - Para finalizar, quando a carga de trabalho é alternada (cíclica), naturalmente teremos carga cíclica no parafuso e na parte comprimida conforme mostrado na figura 6.29, onde a carga de trabalho varia de F1 a F2. Nesse carregamento deve-se calcular o parafuso utilizando-se o método de cargas variáveis. Figura 6.29
  • 26. 133 Aplicação 1: - Um cabeçote de um cilindro hidráulico tem as dimensões indicadas na figura. - A pressão no interior do cilindro atinge 20kg/cm² (bar). - Os parafusos utilizados apresentam uma σ e = 90 Kgf / mm2 . - O cabeçote é manufaturado em ferro fundido cinzento com as seguintes características: • Classe: 25; • Tensão de ruptura a tração → σ rt = 14 Kgf / mm2 ; • Tensão de ruptura a compressão → σ rc = 70 Kgf / mm2 ; • E = 10.000Kgf/mm 2 . - A distância entre parafusos ≤ 100 mm. Com esses dados, determine a bitola e a quantidade de parafusos. Figura 6.30 A) Força na tampa: π .d 2 π .4902 F= pressão = → FTotal = 37715Kgf 4 4 B) Aperto inicial: - Conforme recomendado em (6.15) utilizar Fi > F - Arbitrando Fi = 4F; Fitotal = 4 F = 4 x37.715 = 150.860 Kgf C) No de parafusos: π .560 N≥ = 17,5 ; 100
  • 27. 134 - O número de parafusos utilizados em flanges: geralmente múltiplos de 4, utilizaremos então 20 parafusos. D) Força inicial por parafuso: F Fi = Total = 7.543Kgf 20 E) Pré-dimensionamento do parafuso (rosca métrica): - Consideremos σ parafuso = 0,6σ e < 0,75σ e ⇒ σ parafuso = 54 Kgf / mm 2 π .d e2 .σ parafuso = 7.543Kgf ⇒ ABe = 139,7 mm 2 ⇒ d e = 13,3 4 - Observando a tabela 6.2, vemos que o parafuso M16 x 2mm de passo, é o que apresenta uma área superior ao calculado. - Parafuso pré-dimensionado: M16 F) Determinação da constante de mola do parafuso K B : AB EB π 162 / 4 x 21000 - de (6.3) → K B = = lB 70 K B = 60.320 Kgf / mm G) Determinação da constante de mola das partes K P : - de (6.4); π ⎛⎛ ⎞ 2 l⎞ Área = ⎜ ⎜ S + ⎟ − D 2 ⎟ 4 ⎜⎝ ⎝ 2⎠ ⎟ ⎠ - O furo D (passante) – será utilizado D = 18. - Os valores para abertura de chave são padronizados, para parafuso M16 → S=24 π ⎛⎛ ⎞ 2 Área = AP = ⎜ ⎜ 24 + 70 ⎞ − 182 ⎟ = 2480mm 2 ⎟ 4 ⎜⎝ ⎝ 2⎠ ⎟ ⎠ AE 2480 x10000 - Substituindo a área em K p = = = 354286 Kgf / mm l 70 K p = 354286 Kgf / mm H) Força atuante no parafuso: - de (6.13); KB 60320 37715 FB = F + Fi = x + 7543 = 274 + 7543 (K P + K B ) (354286 + 60320) 20 FB = 7817 Kgf ← força máxima no parafuso I) Verificação do parafuso: F 7817 σB = B = = 46 < 67,5 = 0,75 x90 ← OK ABe 169,7 I) Torque de aperto:
  • 28. 135 - Considerando parafuso sem lubrificação. T = 0,2.d .Fi = 0,2 x16 x7543 = 24137 Kgf .mm → utilizar T = 24 Kgf.m J) Resumo: - Utilizar 20 parafusos M16x2 - Torque de aperto = 24 Kgf.m Aplicação 2: - Um suporte conforme indicado na figura 6.31 é utilizado para suportar uma carga que varia de 0 a 4000 Kgf. - Os 4 parafusos utilizados são M12x1,75 (rosca normal). - σ e = 35Kgf / mm2 . - σ n = 16 Kgf / mm2 ← tensão de fadiga já corrigida - Considere o fator de concentração K= 3 para o parafuso. - Área efetiva do parafuso AB = 92,7 mm² (tabela 6.2) Com esses dados determine: 1) Qual o Fator de segurança F.S. para Fi = 0 2) Qual a menor Fi que impede a perda de compressão da base do suporte. 3) Qual o F.S. para Fi = 4000 Kgf . 4) Com Fi = 4000 Kgf , determine a mínima força de compressão. Figura 6.31 Item 1: A) Determinação da constante de mola da parte K P : - Utilizaremos o furo passante = 15. - Para parafuso M12, utilizaremos S = 19 π ⎛⎛ ⎞ 2 12 ⎞ Área = AP = ⎜ ⎜19 + ⎟ − 152 ⎟ = 314mm 2 4 ⎜⎝ ⎝ 2⎠ ⎟ ⎠
  • 29. 136 AE 314 x 21000 - Substituindo a área em K p = = = 550000 Kgf / mm l 12 B) Determinação da constante de mola do parafuso K B : AB EB π 122 / 4 x 21000 - de (6.3) → K B = = lB 12 K B = 198000 Kgf / mm C) FS para Fi = 0 : - Força por parafuso: Fmáx = 4000 / 4 = 1000 Kgf Fmin = 0 - Fm = 500 Kgf Fv = 500 Kgf - Tensões no parafuso: σ m = σ v = 500 / 92,7 = 5,4 Kgf / mm 2 D) Verificação do FS: 1 σ σ = m +k v FS σ e σn 1 5,4 5,4 = +3 FS 35 16 ⇒ FS = 0,86 < 1 Resposta: ë uma situação insegura se não houver aperto inicial, pois apresentará FS<1. Item 2: - No limite FP = 0 ; - De (6.14) KP FP = Fi − F → A força F máxima tem o valor de F = 1000 Kgf , então: (K P + K B ) 550000 0 = Fi − 1000 → Fi = 735Kgf / parafuso → Fi − sup orte = 2940 Kgf (550000 + 198000) Resposta: Força inicial no suporte para impedir perda de compressão → Fi − sup orte = 2940 Kgf
  • 30. 137 Item 3: - Força inicial de 4000 Kgf → Fi = 1000 Kgf / parafuso - Força de trabalho em cada parafuso: FT max = 1000 Kgf FT min = 0 - de (6.13): KB 198000 FB max = Fmax + Fi = x1000 + 1000 = 1265Kgf (K P + K B ) (550000 + 198000) KB 198000 FB min = Fmin + Fi = x0 + 1000 = 1000 Kgf (K P + K B ) (550000 + 198000) - daí tira-se a força média e a componente variável da força: FBm = 1132,5 Kgf ⇒ σ m = 1132,5 / 92,7 = 12,2 Kgf / mm 2 FBv = 132,5 Kgf ⇒ σ m = 132,5 / 92,7 = 1,4 Kgf / mm 2 - Dessa forma tem-se: 1 σ σ = m +k v FS σ e σn 1 12,2 1,4 = +3 FS 35 16 ⇒ FS = 1,6 Resposta: O fator de segurança para força inicial de 4000 Kgf é FS = 1,6. Item 4: - Força mínima de compressão: - de (6.14): KP 550000 FP min = Fi − Fmax = 1000 − x1000 = 265Kgf / parafuso = (K P + K B ) (550000 + 198000) Resposta: Força mínima de compressão no suporte = 1060 Kgf. Aplicação 3: - Sabendo-se que: - Parafuso para a biela indicada na figura 6.32: 3/8” – 24 UNF, - A força inicial de aperto = 1600kgf .- Dados do material do parafuso:
  • 31. 138 σ e = 63Kgf / mm 2 σ n = 40 Kgf / mm 2 - onde σ n é a tensão de fadiga corrigida. - Considere a área das partes AP = 320mm 2 - Fator de concentração de tensões na rosca k = 3 - A carga de trabalho varia de 0 a 1150 Kgf. 1) Com os dados especificados determine o F.S. utilizado Figura 6.32 Resposta: 1) F.S = 1,65 Aplicação 4º: - Sabendo-se que: - O olhal indicado pela figura 6.33 é fixado por apenas 1 parafuso. - A força F varia de 4000 a 8000 Kgf. - Parafuso: 1” – 12 UNF. .- Dados do material do parafuso: σ e = 63Kgf / mm 2 σ n = 40 Kgf / mm 2 - Considere a área das partes AP = 780mm 2 - Fator de concentração de tensões na rosca k = 3 - A área efetiva do parafuso 1” – 12 UNF → ABe = 0,6624in 2 = 428mm 2 OBS.: Considere para cálculo da constante elástica que → AB = 507 mm 2 .
  • 32. 139 1) Com os dados acima qual deve ser à força de aperto inicial para que o F. S. = 2? 2) E para que F.S. = 3 qual deve ser essa força? Figura 6.33 Respostas: 1) 7440 Kgf 2) 2920 Kgf