O Modelo de Auto-AvaliaçãO (operacionalização - I)
1. O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de operacionalização (Parte I)
Selecção de um domínio: B. Leitura e Literacias
Primeira: a leitura é uma área transversal, suporte para o sucesso educativo dos alunos nas
diferentes áreas disciplinares, e na qual, nos últimos anos, a BE tem investido bastante, num
trabalho de parceria com o Departamento de Línguas / grupo disciplinar de Língua Portuguesa e
docentes de outras áreas disciplinares que voluntaria e sistematicamente têm colaborado com a
equipa.
Segunda: pretende-se, pois, aferir a qualidade e eficácia das intervenções realizadas, a nível da
promoção da leitura e do desenvolvimento das literacias, e identificar de modo claro os campos
específicos em que há necessidade de um maior investimento;
Terceira: pretende-se verificar o impacto das intervenções da BE no desenvolvimento de hábitos
de leitura e das competências no âmbito da leitura e da literacia nos alunos.
Selecção de dois indicadores do domínio B.
B.1 – Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura (indicador de Processo)
B.3 – Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e
das Literacias. (Indicador de Impacto/outcome)
Tipo de avaliação:
O Plano tem por base uma avaliação de carácter quantitativo e qualitativo.
Avaliação quantitativa - avaliação dos inputs, dos processos e dos outputs: (empréstimos
domiciliários e para sala de aula, visitas à BE, reuniões com os docentes e Direcção; actividades de
promoção da leitura realizadas, percentagem de turmas e docentes envolvidos nessas actividades
e utilização dos serviços da BE e equipamentos).
Avaliação qualitativa – medir os ouctomes – conhecer o benefício para os utilizadores da
interacção com a BE, aferindo o impacto desse trabalho nas competências dos alunos no âmbito
da leitura e das literacias, traduzido numa mudança de conhecimento, competências, atitudes,
níveis de sucesso, … “Medir os outcomes (impactos) significa, no entanto, ir mais além, no
sentido de conhecer o benefício para os utilizadores da sua interacção com a biblioteca.” (p.2,
texto da sessão)
Medidas a empreender:
Segundo o texto guia desta unidade de trabalho e outros de apoio seguir-se-ão os próximos
passos:
Os motivos que levam à implementação da avaliação;
A quem interessam os resultados da avaliação;
Emília Monteiro Sessão 4 - Novembro 2009
2. O que se deve avaliar em termos de processo (inputs, actividades, outputs), ou de
impacto (benefits). Pontos fortes e fracos. Falhas e impedimentos;
Fontes de informação (utilizadores, equipa, programas documentais);
Métodos de recolha de evidências (questionários, entrevistas, exame da documentação,
observação directa, etc.);
Calendarização para a recolha da informação;
Recursos para a recolha de informação;
A análise crítica e o tratamento dos dados;
A divulgação dos mesmos;
Acções para a melhoria;
Aspectos em avaliação: (domínio B.1 - permite compreender e aferir como o trabalho
está a ser desenvolvido)
o COLECÇÃO: (recursos documentais existentes: falhas sentidas ao nível curricular;
actualização e diversificação de títulos);
o ACTIVIDADES DE PROMOÇÃO DA LEITURA (clube de teatro, Hora do Conto,
encontro com um escritor, sessões de partilha de experiências de leitura, semana
da leitura);
o ACTIVIDADES DE PROMOÇÃO DA CRIATIVIDADE E DO GOSTO DO USO DA
ORALIDADE (Sessão de poesia).
o ARTICULAÇÃO COM AS ACTIVIDADES DE PROMOÇÃO DA LEITURA DAS OBRAS DO
PNL (sinopses de livros , divulgação e comentários à leitura dos mesmos);
o PROMOÇÃO DA LEITURA EM AMBIENTES DIGITAIS (divulgação de livros e
comentários online no blogue da Biblioteca num espaço criado para o efeito).
Aspectos Positivos Aspectos negativos Acções de melhoria
- Níveis de empréstimo domiciliário - Títulos existentes muito conhecidos - Promover a aquisição de novos
razoáveis; pelos alunos – falta de novidade; títulos;
- Actualização sistemática do blogue - Níveis de leitura a diminuir no 3º - Melhorar a catalogação;
da BE; ciclo e secundário; - Promover o diálogo informal com
- Plano de Actividades diversificado e - Níveis de leitura muito concentrados os utilizadores de modo a
que promove o gosto pela leitura; na Literatura; incentivá-los para leitura;
- Promoção de encontros com - Pouca valorização da leitura por - Reforçar a articulação com
escritores. parte de alguns professores; departamentos, docentes e
- Difícil articulação entre a BE e os projectos externos;
Departamentos Curriculares. - Alargar o horário da BE, para
- Catalogação praticamente melhor atender às necessidades
inexistente; dos alunos.
- .Desconhecimento do fundo
documental por parte de muitos
docentes.
Aspectos em avaliação: (domínio B.3 - permite “medir” qual o impacto das actividades nos
resultados dos alunos)
o O nível de frequência dos alunos com o fim de realizar trabalhos escolares,
pesquisas ou leituras recreativas.
o O desenvolvimento das competências dos alunos no domínio da leitura.
o O progresso dos alunos no âmbito da utilização dos vários métodos de leitura.
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3. o O envolvimento dos alunos em projectos relacionados com a promoção da leitura
(clubes, concursos, jornais, etc).
Aspectos Positivos Aspectos Negativos Acções de melhoria
- Criar documentação própria de
- Utilização da BE para apoio à - Níveis de leitura muito apoio às literacias;
realização de trabalhos escolares; concentrados na Literatura; - Institucionalizar a utilização de
- Participação dos alunos na - Pesquisa de informação sem guiões de pesquisa;
dinamização das actividades do orientação, por parte dos - Promover o diálogo com os
Clube de teatro e na Hora do professores; docentes no sentido de garantir
conto. um esforço conjunto para o
desenvolvimento de
competências de leitura, estudo e
investigação;
- Encorajar a participação dos
alunos em actividades livres no
âmbito da leitura.
Métodos de recolha de evidências (B1 e B3):
Questionários;
Recolha de informação através de caixas de sugestões/ reclamações;
Análise documental: actas, relatórios, Plano de Actividades, …);
Observação directa da participação dos alunos nas actividades ou no dia-a-dia,
Estatísticas informais da BE (frequência dos utilizadores das várias secções);
Estatísticas de empréstimos para as aulas ou domiciliários;
Intervenientes:
Direcção da Escola/Agrupamento;
Conselho Pedagógico;
Equipa da BE;
Alunos;
Docentes;
Encarregados de Educação.
Calendarização para a recolha da informação:
A recolha de informação efectuar-se-á em actividades preparadas para esse efeito,
mensalmente; e uma vez por período, no caso dos inquéritos. Estará ao cargo do professor
bibliotecário e da sua equipa. A auxiliar de acção educativa também participará em certas
actividades de recolha de evidências. Os instrumentos de recolha de dados
(Questionários/Grelhas de Observação) serão aplicados a uma amostra, cerca de 20% do total dos
professores e 10% do número de alunos, em cada nível de ensino. Esta amostra terá em conta os
critérios da diversidade e representatividade dos intervenientes.
Etapas Calendarização
Avaliação diagnóstica e selecção do domínio. Novembro
Sensibilização e envolvimento do órgão de gestão na selecção do
Novembro
domínio.
Novembro
Divulgação do plano de avaliação ao Conselho Pedagógico.
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4. Janeiro a Maio
Recolha de dados.
Janeiro a Junho
Tratamento dos dados/Evidências.
Julho
Elaboração do relatório final.
Apresentação dos resultados ao Conselho Pedagógico e definição de
Julho
acções para a melhoria. Identificação de um novo domínio em
análise
Limitações
Falta de formação de alguns elementos da equipa;
Dificuldade de dedicar a atenção apenas a um domínio quando é importante trabalhar
dos os outros ;
Alguma resistência da comunidade educativa;
Alunos mais velhos, com hábitos já estabelecidos (ou a falta deles);
Gestão dos programas subordinada ao cumprimento integral dos mesmos, visto existirem
disciplinas sujeitas a avaliação externa, logo pouca disponibilidade para conceder aulas
para promoção da leitura;
Interesses dos alunos direccionados para áreas muito específicas do conhecimento
subestimando, muitas vezes, a importância da leitura e suas consequências na literacia.
Análise e comunicação da informação:
Registo descritivo no quadro síntese proposto com o “Modelo de Auto-Avaliação”.
Benchmarking externo com escolas com os mesmos níveis de escolaridade e
comparação com as informações disponibilizadas pela RBE.
Situar a BE num dos níveis de desempenho definidos pelo documento da auto-avaliação
concebido pela RBE.
Identificação de pontos fortes e pontos fracos e definição de acções de melhoria.
Redacção e divulgação do relatório final de avaliação (Direcção da Escola, Conselho
Pedagógico, Rede de Bibliotecas, Associação de Pais e Encarregados de Educação…)
Os resultados da avaliação devem ser objecto de análise e reflexão em Conselho
Pedagógico para que sejam definidos rumos estratégicos e acções para a melhoria,
sempre em conformidade com o Projecto Educativo da Escola/Agrupamento e a missão e
objectivos da BE.
Documentos consultados:
Texto da sessão.
Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas escolares, disponível na plataforma.
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