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Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto-
                       Avaliação




O Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares: metodologias
de operacionalização (Parte I)




Marta Medeiros                                   Página 1
Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto-
                         Avaliação

                              INTRODUÇÃO
                                        .

       A aplicação e o sucesso do modelo de auto-avaliação da Biblioteca Escolar
depende não só da motivação e empenho da equipa que o vai implementar, assim como
também do envolvimento do órgão de gestão da Escola/Agrupamento e da comunidade
educativa.
       Assim, é fundamental comunicar ao Conselho Pedagógico, de acordo com uma
calendarização adequada, quer o processo em si e o modo como cada agente educativo
será nele envolvido, quer os resultados e respectivas implicações. A avaliação envolve
toda a comunidade escolar, permitindo uma reflexão e planificação que permitem
validar todo o trabalho da Biblioteca. Forma-se uma consciência colectiva sobre a
situação da mesma, em função da partilha dos resultados e da relação que tem com a
avaliação da própria escola (interna e externa).
       O enfoque na acção, na diferença que a biblioteca escolar faz na escola, nas
aprendizagens e no sucesso educativo convoca, também, a necessária percepção de que
essa diferença acontece através da mudança de práticas mais centradas nos outcomes
(resultados) que essas práticas comportam e menos nos processos que seguimos para a
obtenção desses resultados. Cram (1999) descreve esse processo:
“(…) as bibliotecas não possuem um valor objectivo intrínseco. O valor é uma
atribuição subjectiva e está relacionado com as percepções relativamente a um benefício
real ou esperado. De um certo modo, as bibliotecas criam valor através da transformação
de recursos atingíveis num processo multidisciplinar de benefícios. Elas não gerem
valor, antes gerem processos e actividades, tomando as decisões condutoras à criação de
valor para os seus utilizadores e para a organização onde se integram.”
   O Modelo de Auto-Avaliação das BEs deve estar sujeito à Mudança.
   Os principais desafios colocados residem na avaliação dos Impactos sobre os
   utilizadores. Derivam da necessidade de:
       •     Clarificar adequadamente os objectivos da BE.

       •     Esclarecer os objectivos de aprendizagem dos alunos.

       •     Estabelecer os indicadores adequados para essa aprendizagem.

       •     Recolher evidências apropriadas à quantidade e qualidade.

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       •   Assegurar a realização do processo de recolha, tratamento, análise e
           comunicação dos dados.

       Uma vez mais refiro que não possuo qualquer tipo de experiência na
implementação do Modelo. Graças à formação que estou a realizar, tenho a
oportunidade de me familiarizar com novos conceitos e terminologias, de adquirir
documentação específica, de vivenciar experiências alheias e diversificadas de colegas e
reflectir sobre as minhas práticas reorganizando, reformulando e repensando as minhas
actividades para que possam ser levadas a bom termo dentro do contexto do novo
Modelo de Avaliação.


               Domínio escolhido para a realização da tarefa

B. Leitura e Literacia
Indicadores

B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento
(indicador de Processo- actividades e serviços). Este indicador exige uma planificação
prévia para ir de encontro aos interesses dos utilizadores e modificar atitudes e
comportamentos.



B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito das
leituras e das literacias. (indicador de Impactos-até que ponto o trabalho realizado
transformou hábitos e melhorou competências). Este indicador incide sobre a recolha de
evidências que permitem verificar os efeitos do trabalho realizado nas aprendizagens
dos alunos.



                                 Motivo da escolha
       O termo literacia é uma preocupação recente e exprime um conceito abrangente,
não estando associado à prática escolar, mas às capacidades de ler e escrever dos
indivíduos que frequentam o sistema escolar. Pretende-se que os alunos saibam usar as
competências e não as adquiram apenas.
       Ler,   na   actual   sociedade    do   conhecimento,   implica    saber    fazê-lo,
independentemente do seu suporte.


Marta Medeiros                                                              Página 3
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       Conforme Isabel Alçada (actual ministra da Educação), as bibliotecas escolares
têm um papel essencial uma vez que contribuem para a mudança das representações dos
professores, dos alunos e dos pais, da importância da leitura e do modo como esta deve
ser ensinada e incentivada (Alçada, 2004).
       A escolha deste domínio foi motivada por considerar prioritário e de grande
importância transmitir às crianças e aos jovens gosto/interesse pela leitura, competências
da leitura e meios para a disponibilização dos saberes.
       É fundamental ter o cuidado de não derrotar o imaginário da criança/adolescente,
deixando brotar a sua criatividade para que se torne um bom leitor. Neste sentido, e em
torno da leitura dirigida e/ou orientada, desenvolvem-se actividades culturais,
mantendo-se o leitor motivado.
       Uma escola de qualidade deve estar dimensionada para o sucesso educativo,
visando fins de preparação para a vida. Os jovens precisam de ser preparados para o
futuro, para a inserção social e a vida activa, como cidadãos realizados e intervenientes.
Assim sendo, a leitura assume uma relevância inquestionável.
       A comunicação diária, com a diversidade de contextos que envolve, exige que
saibamos ler, aprendamos a ler, ganhemos hábitos de competência de leitura e literacia
sob pena de virmos a sofrer com isso, na nossa realização pessoal, na nossa interacção
com os outros, na nossa integração na sociedade e participação nos destinos do mundo.
       A BE onde eu desempenho as minhas funções, tem vindo a desenvolver diversas
actividades de promoção da leitura. Verifica-se um número de leitores que fica aquém
do desejado.
        Importa, pois, saber o impacto dessas actividades e se elas contribuem para
aumentar o número de leitores.


                                     Constrangimentos


         - O tempo

         - A sobrecarga de trabalho que a aplicação do modelo acarreta

         -Dificuldade em envolver todos os intervenientes para aplicação dos inquéritos




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       - Dificuldade em recolher algumas evidências pois nem tudo se regista (apesar
  de tudo se dever registar)
                         PLANO DE AVALIAÇÃO

                   DOMÍNIO B. LEITURA E LITERACIA




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                                  Avaliação



                                             •   A colecção
                              Objecto de     •   Actividades de promoção da leitura
                              Avaliação      •   Clubes de leitura
                                             •   Encontro com escritor
                                             •   Articulação da BE com outras instituições
                                             •   Articulação com actividades orientadas pelo PNL

                              Métodos        •   Análise do Plano de Acção da BE
                                 de          •   Divulgação atempada das acções pretendidas
                              Avaliação      •   Nível de consecução de objectivos
                                             •   Aspectos a melhorar

                                             •   Questionário aos professores
                                             •   Questionário aos alunos
                                             •   Estatística de ocupação para leitura informal (ao
                                                 longo do ano)
                                             •   Estatística de requisição (ao longo do ano)
                              Evidências     •   Plano Anual de Actividades (ao longo do 1º
IndicadorB1(de processo)                         período)
Trabalho da BE ao serviço
da promoção da leitura                       •   Actas
                                             •   Contactos com professores e coordenadores para
                                                 elaboração de projectos
                                             •   Registo de actividades
                                             •   Actividades da “Hora do Conto”
                                             •   Encontros de (En)canto
                                             •   Semana da Leitura
                                             •   Feira do Livro

                                             •   Professor bibliotecário
                                             •   Equipa da BE
                            Intervenientes   •   Alunos
                                             •   Professores
                                             •   Comunidade Educativa
                                             •   Direcção Executiva

                                             •   Questionários
                             Análise das     •   Grelhas de observação
                             evidências      •   Estatística
                             recolhidas      •   Documentos
                                             •   Contactos



                                             •   Conselho pedagógico
                                             •   Conselho de Directores de Turma
                            Divulgação dos   •   Placard da sala de professores
        Marta Medeiros                                                          Página 6
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                                                   •   Leitura recreativa.

                                                   •   Desenvolvimento de competências nos alunos
                               Objecto de              ao nível da leitura.
                               avaliação
                                                   •   Progressos dos alunos em diversos ambientes.

                                                   •   Participação dos alunos em actividades de
                                                       promoção da leitura (clubes, fóruns,..).


                                                   •   Análise do PA da BE

                                                   •   Registos/materiais de apoio produzidos pela BE
                                Métodos
                                   de              •   Observação de utilização da BE (O2)
                                Avaliação
                                                   •   Estatística de participação nas actividades
Indicador B.3 (de impacto)
Impacto do trabalho da BE                          •   Levantamento de dúvidas
nas atitudes e competências
dos alunos, no âmbito das
leituras e das literacias                          •   Aspectos a melhorar


                                                   •   Estatísticas de utilização da BE para actividades
                                                       de leitura

                                                   •   Estatística de requisição domiciliária

                                                   •   Registo de actividades

                               Evidências          •   Observação da utilização da BE (O2)

                                                   •   Trabalhos realizados pelos alunos nas
                                                       actividades desenvolvidas pela BE na promoção
                                                       da leitura

                                                   •   “Encontros    de     (En)canto”-     actividades
                                                       desenvolvidas nesta rubrica articuladas entre a

                                                       BE e professores dos diferentes departamentos

                                                   •   QD2 e QA2


                                               •   Equipa da BE
                              Intervenientes   •   Alunos
                                               •   Professores

         Marta Medeiros                                                             Página 8
Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto-
                         Avaliação




                                   Calendarização

 Tratamento dos dados
 1º- Constituição de uma equipa constituída pela coordenadora da BE e outros
       professores (1º período)
 2º - Elaboração de instrumentos de tratamento de dados
     (1º e 2º períodos)
 3º - Tratamento e análise dos dados
     (Julho)


 Registo da auto-avaliação
 1º - Reflexão sobre os resultados
     (Setembro)
 2º - Identificação do nível de desempenho
     (Setembro)
 3º - Preenchimento do relatório
     (Setembro)


 Comunicação dos resultados
Apresentação do relatório ao Conselho Pedagógico, assim como do plano de melhoria
(Setembro).
 .


                                       Conclusão
       O relatório final de avaliação é um instrumento de descrição e análise dos
resultados da auto-avaliação, de identificação do conjunto de acções a ter em conta no
planeamento futuro e de difusão desses resultados e acções junto dos órgãos de gestão e
de decisão pedagógica. Deve integrar o relatório anual de actividades do Agrupamento e
o relatório da avaliação interna do mesmo.
       É através dos resultados da avaliação e a sua divulgação que são definidos rumos
estratégicos e acções para a melhoria, sempre em conformidade com o Projecto
Educativo da Escola/Agrupamento e a missão e objectivos da BE.

Marta Medeiros                                                             Página 9
Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto-
                         Avaliação

       É cada vez mais importante que as bibliotecas escolares demonstrem o seu
contributo para a aprendizagem e o sucesso educativo das crianças e jovens que servem.
Por esse motivo, a avaliação deve ser encarada como uma componente natural da
actividade da gestão da biblioteca, usando os seus resultados para a melhoria contínua,
de acordo com um processo cíclico de planeamento, execução e avaliação.
       Remato com um pensamento pertinente “os obstáculos da vida são proporcionais
às capacidades que as pessoas têm de lhe fazer frente”.




Bibliografia consultada:
• Texto da sessão
• Basic Guide to Program Evaluation, disponível em linha, em
   http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor1585345
•  Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares, disponível em linha, em
   http://www.rbe.min-edu.pt/np4/?
newsId=31&fileName=Modelo_de_avaliacao.pdf




Marta Medeiros                                                            Página 10
Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto-
                       Avaliação




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  • 1. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) Marta Medeiros Página 1
  • 2. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação INTRODUÇÃO . A aplicação e o sucesso do modelo de auto-avaliação da Biblioteca Escolar depende não só da motivação e empenho da equipa que o vai implementar, assim como também do envolvimento do órgão de gestão da Escola/Agrupamento e da comunidade educativa. Assim, é fundamental comunicar ao Conselho Pedagógico, de acordo com uma calendarização adequada, quer o processo em si e o modo como cada agente educativo será nele envolvido, quer os resultados e respectivas implicações. A avaliação envolve toda a comunidade escolar, permitindo uma reflexão e planificação que permitem validar todo o trabalho da Biblioteca. Forma-se uma consciência colectiva sobre a situação da mesma, em função da partilha dos resultados e da relação que tem com a avaliação da própria escola (interna e externa). O enfoque na acção, na diferença que a biblioteca escolar faz na escola, nas aprendizagens e no sucesso educativo convoca, também, a necessária percepção de que essa diferença acontece através da mudança de práticas mais centradas nos outcomes (resultados) que essas práticas comportam e menos nos processos que seguimos para a obtenção desses resultados. Cram (1999) descreve esse processo: “(…) as bibliotecas não possuem um valor objectivo intrínseco. O valor é uma atribuição subjectiva e está relacionado com as percepções relativamente a um benefício real ou esperado. De um certo modo, as bibliotecas criam valor através da transformação de recursos atingíveis num processo multidisciplinar de benefícios. Elas não gerem valor, antes gerem processos e actividades, tomando as decisões condutoras à criação de valor para os seus utilizadores e para a organização onde se integram.” O Modelo de Auto-Avaliação das BEs deve estar sujeito à Mudança. Os principais desafios colocados residem na avaliação dos Impactos sobre os utilizadores. Derivam da necessidade de: • Clarificar adequadamente os objectivos da BE. • Esclarecer os objectivos de aprendizagem dos alunos. • Estabelecer os indicadores adequados para essa aprendizagem. • Recolher evidências apropriadas à quantidade e qualidade. Marta Medeiros Página 2
  • 3. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação • Assegurar a realização do processo de recolha, tratamento, análise e comunicação dos dados. Uma vez mais refiro que não possuo qualquer tipo de experiência na implementação do Modelo. Graças à formação que estou a realizar, tenho a oportunidade de me familiarizar com novos conceitos e terminologias, de adquirir documentação específica, de vivenciar experiências alheias e diversificadas de colegas e reflectir sobre as minhas práticas reorganizando, reformulando e repensando as minhas actividades para que possam ser levadas a bom termo dentro do contexto do novo Modelo de Avaliação. Domínio escolhido para a realização da tarefa B. Leitura e Literacia Indicadores B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento (indicador de Processo- actividades e serviços). Este indicador exige uma planificação prévia para ir de encontro aos interesses dos utilizadores e modificar atitudes e comportamentos. B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito das leituras e das literacias. (indicador de Impactos-até que ponto o trabalho realizado transformou hábitos e melhorou competências). Este indicador incide sobre a recolha de evidências que permitem verificar os efeitos do trabalho realizado nas aprendizagens dos alunos. Motivo da escolha O termo literacia é uma preocupação recente e exprime um conceito abrangente, não estando associado à prática escolar, mas às capacidades de ler e escrever dos indivíduos que frequentam o sistema escolar. Pretende-se que os alunos saibam usar as competências e não as adquiram apenas. Ler, na actual sociedade do conhecimento, implica saber fazê-lo, independentemente do seu suporte. Marta Medeiros Página 3
  • 4. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação Conforme Isabel Alçada (actual ministra da Educação), as bibliotecas escolares têm um papel essencial uma vez que contribuem para a mudança das representações dos professores, dos alunos e dos pais, da importância da leitura e do modo como esta deve ser ensinada e incentivada (Alçada, 2004). A escolha deste domínio foi motivada por considerar prioritário e de grande importância transmitir às crianças e aos jovens gosto/interesse pela leitura, competências da leitura e meios para a disponibilização dos saberes. É fundamental ter o cuidado de não derrotar o imaginário da criança/adolescente, deixando brotar a sua criatividade para que se torne um bom leitor. Neste sentido, e em torno da leitura dirigida e/ou orientada, desenvolvem-se actividades culturais, mantendo-se o leitor motivado. Uma escola de qualidade deve estar dimensionada para o sucesso educativo, visando fins de preparação para a vida. Os jovens precisam de ser preparados para o futuro, para a inserção social e a vida activa, como cidadãos realizados e intervenientes. Assim sendo, a leitura assume uma relevância inquestionável. A comunicação diária, com a diversidade de contextos que envolve, exige que saibamos ler, aprendamos a ler, ganhemos hábitos de competência de leitura e literacia sob pena de virmos a sofrer com isso, na nossa realização pessoal, na nossa interacção com os outros, na nossa integração na sociedade e participação nos destinos do mundo. A BE onde eu desempenho as minhas funções, tem vindo a desenvolver diversas actividades de promoção da leitura. Verifica-se um número de leitores que fica aquém do desejado. Importa, pois, saber o impacto dessas actividades e se elas contribuem para aumentar o número de leitores. Constrangimentos - O tempo - A sobrecarga de trabalho que a aplicação do modelo acarreta -Dificuldade em envolver todos os intervenientes para aplicação dos inquéritos Marta Medeiros Página 4
  • 5. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação - Dificuldade em recolher algumas evidências pois nem tudo se regista (apesar de tudo se dever registar) PLANO DE AVALIAÇÃO DOMÍNIO B. LEITURA E LITERACIA Marta Medeiros Página 5
  • 6. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação • A colecção Objecto de • Actividades de promoção da leitura Avaliação • Clubes de leitura • Encontro com escritor • Articulação da BE com outras instituições • Articulação com actividades orientadas pelo PNL Métodos • Análise do Plano de Acção da BE de • Divulgação atempada das acções pretendidas Avaliação • Nível de consecução de objectivos • Aspectos a melhorar • Questionário aos professores • Questionário aos alunos • Estatística de ocupação para leitura informal (ao longo do ano) • Estatística de requisição (ao longo do ano) Evidências • Plano Anual de Actividades (ao longo do 1º IndicadorB1(de processo) período) Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura • Actas • Contactos com professores e coordenadores para elaboração de projectos • Registo de actividades • Actividades da “Hora do Conto” • Encontros de (En)canto • Semana da Leitura • Feira do Livro • Professor bibliotecário • Equipa da BE Intervenientes • Alunos • Professores • Comunidade Educativa • Direcção Executiva • Questionários Análise das • Grelhas de observação evidências • Estatística recolhidas • Documentos • Contactos • Conselho pedagógico • Conselho de Directores de Turma Divulgação dos • Placard da sala de professores Marta Medeiros Página 6
  • 7. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação Marta Medeiros Página 7
  • 8. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação • Leitura recreativa. • Desenvolvimento de competências nos alunos Objecto de ao nível da leitura. avaliação • Progressos dos alunos em diversos ambientes. • Participação dos alunos em actividades de promoção da leitura (clubes, fóruns,..). • Análise do PA da BE • Registos/materiais de apoio produzidos pela BE Métodos de • Observação de utilização da BE (O2) Avaliação • Estatística de participação nas actividades Indicador B.3 (de impacto) Impacto do trabalho da BE • Levantamento de dúvidas nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito das leituras e das literacias • Aspectos a melhorar • Estatísticas de utilização da BE para actividades de leitura • Estatística de requisição domiciliária • Registo de actividades Evidências • Observação da utilização da BE (O2) • Trabalhos realizados pelos alunos nas actividades desenvolvidas pela BE na promoção da leitura • “Encontros de (En)canto”- actividades desenvolvidas nesta rubrica articuladas entre a BE e professores dos diferentes departamentos • QD2 e QA2 • Equipa da BE Intervenientes • Alunos • Professores Marta Medeiros Página 8
  • 9. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação Calendarização Tratamento dos dados 1º- Constituição de uma equipa constituída pela coordenadora da BE e outros professores (1º período) 2º - Elaboração de instrumentos de tratamento de dados (1º e 2º períodos) 3º - Tratamento e análise dos dados (Julho) Registo da auto-avaliação 1º - Reflexão sobre os resultados (Setembro) 2º - Identificação do nível de desempenho (Setembro) 3º - Preenchimento do relatório (Setembro) Comunicação dos resultados Apresentação do relatório ao Conselho Pedagógico, assim como do plano de melhoria (Setembro). . Conclusão O relatório final de avaliação é um instrumento de descrição e análise dos resultados da auto-avaliação, de identificação do conjunto de acções a ter em conta no planeamento futuro e de difusão desses resultados e acções junto dos órgãos de gestão e de decisão pedagógica. Deve integrar o relatório anual de actividades do Agrupamento e o relatório da avaliação interna do mesmo. É através dos resultados da avaliação e a sua divulgação que são definidos rumos estratégicos e acções para a melhoria, sempre em conformidade com o Projecto Educativo da Escola/Agrupamento e a missão e objectivos da BE. Marta Medeiros Página 9
  • 10. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação É cada vez mais importante que as bibliotecas escolares demonstrem o seu contributo para a aprendizagem e o sucesso educativo das crianças e jovens que servem. Por esse motivo, a avaliação deve ser encarada como uma componente natural da actividade da gestão da biblioteca, usando os seus resultados para a melhoria contínua, de acordo com um processo cíclico de planeamento, execução e avaliação. Remato com um pensamento pertinente “os obstáculos da vida são proporcionais às capacidades que as pessoas têm de lhe fazer frente”. Bibliografia consultada: • Texto da sessão • Basic Guide to Program Evaluation, disponível em linha, em http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor1585345 • Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares, disponível em linha, em http://www.rbe.min-edu.pt/np4/? newsId=31&fileName=Modelo_de_avaliacao.pdf Marta Medeiros Página 10
  • 11. Metodologias de Operacionalização do Modelo de Auto- Avaliação Marta Medeiros Página 11