O documento descreve a história e os objetivos do movimento teosófico. Em três frases:
1) O movimento teosófico tem suas raízes na antiga Teosofia de filósofos egípcios e gregos como Platão, e foi revivido por Helena Blavatsky no século XIX com o objetivo de difundir a sabedoria universal.
2) A Sociedade Teosófica foi fundada para servir como veículo para o ensino da Teosofia e compreensão de que as almas são parte do todo universal, at
2. O MOVIMENTO TEOSÓFICO
O termo “Teosofia” existe há milhares de anos e é uma herança
dos filósofos do Egito antigo, mas foi no século três da era cristã
que Amônio Saccas batizou de Teosofia Eclética a sua filosofia
platônica universalista.
Literalmente, “Theos-sofia” significa Ciência ou Sabedoria Divina,
porém, cabe perguntar:
“Como é que funciona e se expressa
no mundo a sabedoria divina?”
A verdade é que não pode haver um
conhecimento sem uma prática.
Nenhuma filosofia sobrevive se não
houver uma escola em que ela seja
ensinada, testada e praticada.
Academia de Platão
3. Platão e Aristóteles
Ptlomeu
Epicuros
Rafael
Anaximandro
Diógenes
Pitágoras
Heraclito
Euclides
Na cidade de Atenas, no ano 387 a.C, o filósofo e matemático grego Platão, fundou uma
academia de estudos científicos e filosóficos. Tornou-se a academia mais importante da Filosofia
e da Matemática da Antiguidade Clássica, tendo estado em funcionamento durante 900 anos.
No afresco "A escola de Atenas“, Rafael presta uma homenagem a essa escola onde estão
representados os pensamentos da academia de Platão através de várias personalidades do
mundo matemático e filosófico grego e também pessoas famosas da Antiguidade.
4. O MOVIMENTO TEOSÓFICO
Em Alexandria, há 17 séculos, Amônio Saccas
criou uma escola neoplatônica de Teosofia.
Em Nova Iorque, em 1875, Helena Petrovna
Blavatsky fundou a escola moderna de Teosofia,
o chamado “movimento teosófico”.
Tanto hoje como na antiguidade, “Teosofia” é
aquela sabedoria universal e eterna que está
presente nas grandes religiões e filosofias e nas
principais ciências da humanidade, a Teosofia é,
portanto, uma ponte entre as culturas.
É um conhecimento interdisciplinar.
Ela requer uma abertura mental, um espírito crítico e um
constante desafio a dogmas, rotinas e burocracias de todo tipo.
5. O MOVIMENTO TEOSÓFICO
O objetivo é abrir as portas do conhecimento para
que cada estudante possa ver e compreender uma
verdade revolucionária: o fato de que sua alma é
uma parte viva do todo universal.
Em outras palavras, a Teosofia faz com que se
amplie no estudante, “Antahkarana”, a ponte, a
relação dinâmica entre a alma mortal e a alma
imortal.
Assim, cada pessoa passa a ver a evolução do universo como uma
fotografia ampliada da sua própria evolução individual.
Ele percebe que todo ser humano é, em si mesmo um resumo do
universo, assim como cada átomo de matéria física é uma miniatura do
sistema solar.
9. O MOVIMENTO TEOSÓFICO
A Lei da Unidade e do Equilíbrio determina que as coisas
ocorram “assim na terra como no céu; assim em pequena escala
como em grande escala”.
Que linhas sagradas, então, guiam o tempo
todo a evolução humana? O aprendizado
passa inevitavelmente, pela compreensão
das leis do Carma e da Reencarnação.
Estas são, respectivamente, as leis da
“responsabilidade” e da “segunda chance”.
Com o tempo, porém, o estudante acaba
descobrindo que a lei da reencarnação é na
realidade uma parte da lei do Carma.
O conceito ainda é pouco compreendido, mas a lei do carma
é o princípio eterno da justiça universal e da harmonização
constante de todos os seres e coisas do universo.
10. O MOVIMENTO TEOSÓFICO
O que se planta, se colhe, e deste modo
aprendemos a plantar o que é bom, justo
e verdadeiro.
Carma e reencarnação são dois aspectos
absolutamente essenciais da filosofia
esotérica.
Aquele que ignora esses dois temas
dificilmente pode ser considerado
teosofista.
Cabe perguntar, porém: “O que é, exatamente, que reencarna em
nós?” A resposta é desafiadora. Não é o corpo. Não é a alma
mortal. É apenas a alma imortal, a Mônada, o Espírito elevado, e
não o eu inferior, que reencarna.
A cada renascimento, a alma imortal está associada a um
novo corpo e uma nova alma mortal.
11. O MOVIMENTO TEOSÓFICO
Ao final de uma vida, não há apenas uma
morte física; algum tempo depois dela,
ocorre a morte astral, do eu inferior.
E então a alma imortal segue, livre, para o
“Devachan”, o “local dos deuses”, de onde
só despertará para uma nova existência.
As encarnações sucedem-se durante um
tempo inimaginavelmente longo, até que um
dia a Alma se liberta finalmente da roda da
reencarnação e alcança a condição de um
Buddha, um Adepto, um Mahatma, um
Mestre.
Esses seres trabalham sempre em silêncio
e anonimamente.
12. “Devachan” para os hindus, “Sukhavati” para os budistas, “Asgard” para os nórdicos,
“Paraíso” para os cristãos, todas a religiões falam de um lugar, onde a nossa alma imortal se dirige após a morte.
13. O MOVIMENTO TEOSÓFICO
Helena Blavatsky não criou,
e não pretendeu ter criado, a
sabedoria.
Auxiliada e orientada por
Mahatmas, ela apenas colocou
à disposição elementos para
que a sabedoria universal possa
ser mais facilmente percebida
e vivida.
Blavatsky, Mestre Kootumi à esquerda,
mestre Morya e Sant Germain
14. O MOVIMENTO TEOSÓFICO
Porém, todo conhecimento implica necessariamente testes e
responsabilidades.
E testes mostram tanto erros como acertos, avanços, e fracassos.
A Teosofia, como filosofia abstrata e universal, se desdobra na
prática e no dia-a-dia, através de um amplo Movimento Teosófico
onde não faltam desafios e limitações humanas.
Inevitavelmente, a filosofia esotérica mais autêntica trabalha para
que a humanidade se liberte de crenças cegas e automáticas.
Ela dá elementos para que cada indivíduo possa desenvolver uma
compreensão autônoma e solidária da vida e do Universo.
O movimento teosófico, com suas diversas escolas de
pensamento, oferece um vasto campo de testes e
aprendizados.
15. Sendo humano, o movimento tem dentro de si o joio e o trigo,
verdades e ilusões, a letra morta e o espírito que vivifica.
16. A busca sincera dos objetivos do movimento permite a
cada aprendiz desenvolver o seu discernimento e ver além das
aparências, sem cair no dogma, na rotina ou no ritual.
17. Como separar o joio do trigo?
Parte da tarefa de todo aquele que ingressa na
ST como membro é a de ter uma exata compreensão
do papel de nosso movimento no mundo.
Temos que estar extremamente cônscios
DE QUEM SOMOS E AO QUE ESTAMOS e
simultaneamente, estar atentos
AO QUE NÃO SOMOS.
Comecemos por este último.
19. Palavras da Presidente Mundial da Sociedade
Teosófica Sra. Radha Burnier:
“A Sociedade Teosófica faz questão de deixar claro o
que “não é”, isto se faz necessário porque a
Sociedade tem sido identificada com certos tipos de
atividades e, ainda que possa sentir simpatia por elas,
não é seu propósito especializar-se nesses campos.
A Sociedade não se identifica com nenhuma religião em particular,
portanto, não é uma seita religiosa. Não é uma sociedade com
particulares rituais e cerimônia, não possui ensinamentos com práticas
ou métodos de desenvolvimento psíquico ou espiritual. Não é uma
organização espírita. Não é uma sociedade de cura ou de assistência
social. Não é uma organização vegetariana. Não é sociedade política
em nenhum sentido e não advoga nenhum sistema social ou financeiro
em particular. Seu propósito fundamental é produzir filantropos sábios
e ativos; a vida promove inúmeras oportunidades para servir.”
21. A MISSÃO DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
E SEU REAL PAPEL NO MUNDO
(Carta de HPB, 1888. Extraído do livro Helena Blavatsky – A Vida e a Influência
Extraordinária da Fundadora do Movimento Teosófico Moderno. Ed Teosófica. Página 170)
“... Os teosofistas são necessariamente amigos de todos os movimentos
pelo melhoramento das condições da humanidade, sejam eles
intelectuais ou simplesmente práticos. Nós somos amigos de todos os
que lutam contra o alcoolismo, contra a crueldade para com os animais,
contra as injustiças para com as mulheres, contra a corrupção na
sociedade ou no governo, apesar de não nos envolvermos com a
política. Somos amigos dos que exercem a caridade prática, que
buscam levantar um pouco o tremendo peso da miséria que está
esmagando os pobres. Mas, na nossa qualidade de teosofistas, não
podemos nos engajar em nenhuma dessas grandes tarefas em
particular. Como indivíduos podemos fazer isso, mas como
teosofistas temos um trabalho mais importante e muito mais difícil
a fazer...
22. A MISSÃO DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
E SEU REAL PAPEL NO MUNDO
...A função dos teosofistas é abrir os corações e as
mentes dos homens para a caridade, a justiça e a
generosidade, atributos que pertencem especificamente
ao reino humano e são naturais no homem, quando ele
já tem desenvolvidas as qualidades do ser humano.
A teosofia ensina o homem-animal a ser um homemhumano: e quando as pessoas tiverem aprendido a
pensar e a sentir como verdadeiros seres humanos, elas
agirão humanitariamente, e trabalhos de caridade, justiça
e generosidade serão feitos espontaneamente por
todos...”
23. A SOCIEDADE TEOSÓFICA
COMO DIFUSORA DA CIÊNCIA SAGRADA
Através dos escritos de Blavatsky fica claro que
“A Doutrina Secreta”, a Sociedade Teosófica e seus
jovens e velhos Jnãna Yogues (membros), formavam a
tríade ideal para a difusão da Ciência do Espírito.
Blavatsky repetiu inúmeras vezes a seguinte frase:
“A Teosofia é o ilimitado oceano da verdade, amor e
sabedoria universais, refletindo seu brilho sobre a terra”.
Para logo em seguida complementar:
“A Sociedade Teosófica foi fundada para mostrar à
humanidade a sua existência”.
24. A SOCIEDADE TEOSÓFICA
COMO DIFUSORA DA CIÊNCIA SAGRADA
Com certeza, a Doutrina Secreta e a Fundação da Sociedade
Teosófica foram as duas razões primordiais de sua existência.
Em primeiro lugar, “A Doutrina Secreta”, para fornecer ao
mundo esse estupendo manancial de conhecimentos referentes
à sabedoria universal.
O segundo, a Sociedade Teosófica, como um veículo
apropriado para a disseminação desse conhecimento na
humanidade.
Um e outro podem ser vistos como uma unidade indissolúvel.
Um sem o outro, correria o risco de tornarem-se letra morta.
A Doutrina Secreta mais um livro sagrado e a ST mais uma seita.
25. A SOCIEDADE TEOSÓFICA
COMO DIFUSORA DA CIÊNCIA SAGRADA
Por causa desse possível risco, faltava um terceiro
elemento para o sucesso da ST – a qualidade de seus
membros.
Consciente disso, Blavatsky procurou infundir um terceiro
e último esforço:
deixar gravado na mente de seus filiados a
importância de levarem em frente, para as futuras
gerações, o conhecimento da Ciência Sagrada.
Faltava que cada um de seus membros viesse a se
tornar, além de um indivíduo livre, um agente consciente
no Plano Divino, tal qual ela o era.
26. Chegamos agora num ponto muito delicado do assunto. É o de
compreendermos mal, as palavras acima citadas e acreditarmos
que a Sociedade Teosófica tenha sido fundada, apenas para
difundir a Doutrina Secreta ou render culto a sua fundadora.
Os que seguiram esta trilha perderam-se no caminho.
Quando se afirma, que a missão da ST é o de ser um veículo ou um
canal para a difusão da Sabedoria Divina, seria um erro pensar que
a Doutrina Secreta, seja o único arcabouço dessa sabedoria.
Nem mesmo Blavatsky, jamais pensou dessa forma nem por um
segundo. Ela deu sim, sua contribuição ao mundo, desenterrando
valiosos tesouros da sabedoria, a muito esquecidos ou perdidos
pela humanidade. Mas ela mesma bebeu e fartou-se, com a
sabedoria de inúmeras tradições religiosas, escolas de sabedoria,
grandes pensadores etc.
Foi essa abertura mental e essa liberdade de pensamento que ela
nos deixou como herança e, cujo exemplo, podemos seguir sem
chances de erro.
27. O sucesso de nossa missão
poderá ser visto, todas às vezes
que estes chamados agentes
livres e conscientes, atraírem
para si, a responsabilidade
anteriormente dela.
29. “O objetivo é abrir as portas do conhecimento para que cada
estudante possa ver e compreender uma verdade revolucionária:
o fato de que sua alma é uma parte viva do todo universal.”
30. “Em outras palavras, a Teosofia faz com que se amplie
no estudante, “Antahkarana”, a ponte, a relação dinâmica
entre a alma mortal e a alma imortal.”
31. “Assim, cada pessoa passa a ver a evolução do universo
como uma fotografia ampliada da sua própria evolução individual.”
“Ele percebe que todo ser humano é, em si mesmo um resumo do universo,
assim como cada átomo de matéria física é uma miniatura do sistema solar.”
32. A Lei da Unidade e do Equilíbrio determina que as coisas ocorram
“assim na terra como no céu; assim em pequena escala como em grande escala”.
Que linhas sagradas, então, guiam o tempo todo a evolução humana?
....as leis do Carma e da Reencarnação.
Estas são, respectivamente, as leis da “responsabilidade” e da “segunda chance”.
33. “As encarnações sucedem-se durante um tempo inimaginavelmente longo,
até que um dia a Alma se liberta finalmente da roda da reencarnação e alcança
a condição de um Buddha, um Adepto, um Mahatma, um Mestre.”
34. “A função dos teosofistas é abrir os corações e as mentes dos homens
para a caridade, a justiça e a generosidade.”
(Estando em nossas fileiras ou não, aproveitamos para prestar nossa sincera homenagem, a todos os
seres, que de uma forma ou de outra, compreenderam o que é viver nesse elevado estado de espírito.)
35. “A teosofia ensina o homem-animal a ser um homem-humano:
quando as pessoas tiverem aprendido a pensar e a sentir como verdadeiros
seres humanos, elas agirão humanitariamente, e trabalhos de caridade,
justiça e generosidade serão feitos espontaneamente por todos.”
36. “A Teosofia é o ilimitado oceano da verdade, amor e
sabedoria universais, refletindo seu brilho sobre a terra.”
“A Sociedade Teosófica foi fundada para mostrar
à humanidade a sua existência.”
37. Esse conhecimento do mundo divino é uma tradição intercultural,
milenar e também moderna, cuja descoberta gradual fará com que todos
os dogmas religiosos, nacionalistas e ideológicos se desfaçam e as
guerras e o fanatismo comecem a perder sentido.
39. Depois de separar o “joio” e “trigo”, de termos bem claro
em nossas mentes, o que somos e o que não somos,
ao que estamos e ao que não estamos, resta a pergunta:
Somos de fato uma escola de sabedoria?
(Tema para debate em grupo)
40. «É APENAS NECESSÁRIA A PERCEPÇÃO DAS COISAS OBJETIVAS
PARA, FINALMENTE, DESCOBRIR QUE O ÚNICO MUNDO DE
REALIDADE É O SUBJETIVO.» (ISIS SEM VÉU)