O documento descreve a formação da Terra e suas principais características geológicas. Segundo a teoria mais aceita, a Terra surgiu há cerca de 13,7 bilhões de anos como uma bola incandescente que foi se resfriando e solidificando, formando diferentes camadas. A crosta terrestre é constituída por placas tectônicas em constante movimento, responsáveis por fenômenos como terremotos e vulcões. O relevo terrestre é dinâmico e moldado por agentes internos e externos, dando
3. SURGIMENTO DO UNIVERSO
Existem duas teorias para explicar a formação do planeta Terra:
Teoria criacionista: Baseada na fé, que Deus fez todo o planeta,
assim como as plantas e os corpos celestes.
A teoria do Big Bang ("Grande Explosão") explica que o
Universo surgiu a partir de uma explosão primordial, ocorrida a
aproximadamente 13,7 bilhões de anos. Essa explosão ocorreu
em função da grande concentração de massa e energia.
4. A FORMAÇÃO DO PLANETA TERRA
Segundo a teoria mais aceita pelos cientistas:
Teoria do Big Bang Por volta de 13,7 bilhões de anos atrás
A Terra era uma grande bola incandescente, com
temperaturas próximas a 1.500 graus Celsius (°C).
Com o passar de vários milhões de anos, essa bola incandescente foi aos
poucos se resfriando e solidificando na sua parte externa.
FORMANDO
O que chamamos de litosfera, cuja superfície
habitamos.
5. Durante o processo de resfriamento da Terra, houve liberação de
gases e vapores.
Eles deram origem a uma camada de ar chamada
atmosfera.
Por volta de 4,6 bilhões de anos
atrás, a temperatura da Terra
começou a baixar, dando origem a
um grande período de chuvas, por
causa da condensação do vapor
d’água contido na atmosfera.
6. A chuva caía continuamente
As águas marinhas e as continentais formam a hidrosfera, que
significa esfera de água.
A vida vegetal e animal, que começou a se desenvolver
inicialmente nos oceanos, graças ao conjunto de influências
dessas três esferas – litosfera, atmosfera e hidrosfera –, deu
origem à quarta esfera: a biosfera ou esfera da vida.
A biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra.
Acumula-se nas partes mais baixas
da superfície.
Formando os oceanos
7. CAMADAS DA TERRA
A Terra é constituída, basicamente, por três camadas :
o núcleo, o manto e a crosta, cada uma com suas
características físicas e químicas distintas.
Essas camadas não são homogêneas; as variações em
seu interior explicam a existência de fenômenos como
a deriva continental, os vulcões, os terremotos e o
campo magnético do planeta.
9. CROSTA
Considerada a camada mais superficial da Terra, a crosta
apresenta espessura que varia de 30 Km a 70 Km.
Ela é composta por basalto (nos oceanos) e, na porção
continental, sua composição básica é de granito.
A densidade média é de 2,8.
Apesar de ser a camada mais fria da Terra, a crosta pode
apresentar uma temperatura próxima aos 1000ºC em
determinados pontos
A crosta oceânica é a mais fina, com uma profundidade
que varia entre 5 e 10 quilômetros, enquanto a
continental é mais grossa, variando entre 30 e 70
quilômetros.
10. MANTO
O manto está situado entre a crosta e o núcleo.
Sua espessura é de aproximadamente 2,9 mil
quilômetros, sendo a densidade média de 4,6.
O manto pode ser encontrado nos estados pastoso e
sólido.
Sua composição básica é de silicato de ferro, magnésio
e silício. A temperatura pode atingir até 2000 °C.
11. NÚCLEO
Composto basicamente de níquel e ferro, o núcleo
divide-se em duas camadas: núcleo interno e núcleo
externo.
O núcleo interno apresenta-se em estado sólido e o
externo, no estado líquido.
As temperaturas nessa camada variam de 3000 °C a
5000 °C e a densidade, de 9 a 14
12. A MOBILIDADE DA CROSTA TERRESTRE
AS PLACAS TECTÔNICAS
Em 1912, o cientista alemão Alfred Wegener divulgou uma
teoria, chamada deriva dos continentes, segundo a qual, há
muitos milhões de anos, existia um único bloco continental, que
ele denominou Pangeia.
Aproximadamente entre 200 e 250 milhões de anos atrás, a
Pangeia teria se rompido, formando dois grandes blocos, o
continente Laurasiático (Norte) e o continente Gondwana
(Sul).
Após essa primeira separação, outras subdivisões teriam
ocorrido, até que os continentes tomassem a forma e a dimensão
atuais
13. Etapas do processo de afastamento das placas tectônicas, dando origem à
formação atual dos continentes, que, no entanto, continua sofrendo alterações:
14. PLACAS TECTÔNICAS
A camada externa e sólida da Terra é formada por gigantescos
blocos, denominados placas tectônicas ou placas litosféricas.
Essas placas diferenciam-se no tamanho e forma, entretanto, um
aspecto em comum entre elas é que estão em constante
movimentação, podendo apresentar movimentos divergentes
(quando se afastam) ou convergentes (quando há colisão entre
diferentes placas).
Esses diferentes movimentos são responsáveis por uma série de
fenômenos na Terra: terremotos, vulcões, distanciamento entre
continentes, etc.
15. PRINCIPAIS PLACAS TECTÔNICAS
Placa do Pacífico – É a maior placa oceânica, presente na maior parte
do oceano Pacífico.
Placa de Nazca – Placa oceânica localizada no oceano Pacífico a oeste
da América do Sul, com extensão de 10 milhões de quilômetros
quadrados. Forma uma zona de convergência com a placa Sul-
Americana, responsável por terremotos nos países localizados a oeste
da América do Sul, como por exemplo, o Chile.
Placa Sul-Americana – C está localizada na América do Sul. O Brasil
localiza-se no meio dessa placa. Forma uma zona de Convergência com
a placa de Nazca e uma zona de divergência com a placa da África (os
dois continentes afastam-se 3 centímetros por anos).
Placa Norte-Americana – Com 70 milhões de quilômetros quadrados,
esse “bloco” abrange a América do Norte, América Central e a
Groelândia, além de uma parte do Oceano Atlântico e Oceano Pacífico.
Forma uma zona de convergência com a placa do Pacífico.
16. Placa Africana – Encontra-se presente no continente africano,
oeste da Ásia, oceano Atlântico e Oceano Índico, com extensão
de 65 milhões de quilômetros quadrados. O encontro dessa placa
com a Euroasiática deu origem ao Mar Mediterrâneo e ao Vale do
Rift.
Placa Antártica – Com 25 milhões de quilômetros quadrados, a
placa da Antártica abrange toda a Antártida e os oceanos em suas
porções sul.
Placa Indo-Australiana – Apresenta 45 milhões de quilômetros
quadrados, sendo formada pelas placas Australiana e Indiana.
Engloba a Austrália, Nova Zelândia, Oceano Índico e parte do
Oceano Pacífico. Várias ilhas são formadas na região em virtude
do encontro com a placa das Filipinas.
17. Placa Euroasiática Ocidental – Nela, estão localizados o continente
europeu e o oeste da Ásia. Sua extensão é de 60 milhões de
quilômetros quadrados.
Placa Euroásiatica Oriental – Com área total de 40 milhões de
quilômetros quadrados, esse bloco abriga o continente asiático.
Forma uma zona de convergência com as placas das Filipinas e do
Pacífico. Essa é considerada a zona mais sísmica do planeta, sendo
uma das regiões com maior ocorrência de vulcões e terremotos.
Placa das Filipinas – Localizada no Oceano Pacífico a leste das
Filipinas, essa placa possui 7 milhões de quilômetros quadrados.
Nela, está presente quase a metade dos vulcões ativos da Terra.
19. RELEVO
A parte mais externa da crosta é chamada de relevo, que é
responsável por nos mostrar as transformações terrestres em sua
superfície.
Apesar de estar aparentemente “parado”, o relevo terrestre está em
constante processo de transformação.
20. AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO DO RELEVO
A fim de se entender os motivos das transformações causadas
na superfície terrestre, foram elaborados estudos sobre
os agentes de transformação do relevo, dividindo-os
entre agentes internos ou endógenos e agentes externos ou
exógenos.
21. AGENTES ENDÓGENOS
Os agentes endógenos são aqueles que atuam a partir do interior
do planeta, abaixo dos solos. Eles são responsáveis pela
diferenciação das formas de relevo, pelos vulcões, terremotos,
entre outros.
Os agentes internos são os grandes responsáveis pela disposição
de algumas formas de relevo, como a formação de cadeias de
montanhas, as serras, os morros etc. As principais formas de ação
dos agentes internos são os movimentos internos, que são
conhecidos por orogênese e epirogênese.
Orogênese são os movimentos que resultam no processo de
formação de montanhas, através da “dobra” do relevo, causada
pelos movimentos internos.
Epirogênese são os movimentos de deslocamento vertical do
relevo. Quando esse movimento é de baixo para cima, é chamado
de soerguimento, quando é realizado para baixo, é chamado
de subsidência.
22. Um importante agente interno de formação do relevo é
o tectonismo, ou seja, os movimentos realizados pelas placas
tectônicas.
Quando duas placas se encontram, podem provocar terremotos,
áreas de instabilidade e até a formação de grandes cadeias
montanhosas, como a Cordilheira do Andes, na América do Sul, e a
Cordilheira do Himalaia, na Ásia, local onde se encontra o ponto
mais alto do mundo, o Monte Everest.
Cordilheira dos Andes, formada pelo encontro e tensão entre duas
placas tectônicas
23.
24. O vulcanismo também pode ser considerado um agente
interno, apesar de parte de suas ações acontecerem
também na porção superior da superfície terrestre.
O vulcanismo consiste no processo de ascensão do
magma ou larva vulcânica para a superfície e acarreta na
formação de planaltos basálticos.
A superfície da Terra em áreas com histórico de
vulcanismo é bastante fértil e rica em mineiras, o que
propicia o povoamento e exploração dos elementos
naturais.
25. AGENTES EXÓGENOS
Os agentes exógenos são aqueles que atuam no exterior do
planeta, sobre as superfícies. Podem ser provenientes tanto de
ações naturais quanto dos seres vivos. São responsáveis pelo
modelamento das superfícies, pelas erosões, entre outros.
ação das águas, dos ventos e dos seres vivos
Exemplo de agentes exógenos (água e vento)
atuando na transformação do relevo
26. Apesar da divisão entre os diversos tipos de agentes
transformadores de relevo, é importante observar que
eles quase sempre atuam em conjunto no processo de
dinamização do relevo. Por exemplo: um mesmo local
pode sofrer com ações endógenas, como erupções
vulcânicas, e ser esculpido pela força das águas e dos
ventos.
27. TIPOS DE RELEVO
As diferentes feições da superfície formam os diferentes tipos
de relevo
28. MONTANHA
As montanhas são formas de relevo que se caracterizam pela
elevada altitude em comparação com as demais altitudes da
superfície terrestre. Quando tidas em conjunto, elas formam
cadeias chamadas de cordilheiras, a exemplo da Cordilheira dos
Andes, na América do Sul, e da Cordilheira do Himalaia, na Ásia.
Existem quatro tipos de montanhas: as vulcânicas, que se formam
a partir de vulcões; as de erosão, que surgem a partir da erosão do
relevo ao seu redor, levando milhões de anos para serem
formadas; asfalhadas, originadas a partir de falhamentos na
crosta, que geram uma ruptura entre dois blocos terrestres, ficando
soerguidos um sobre o outro; e as dobradas, que se originam a
partir dos dobramentos terrestres causados pelo tectonismo. De
todos esses tipos, o último é o mais comum.
29. Os Alpes, na Europa, formam uma cadeia de montanhas
30. PLANALTOS
Os planaltos – são definidos como áreas mais ou menos planas
que apresentam médias altitudes, delimitações bem nítidas,
geralmente compostas por escarpas, e são cercadas por regiões
mais baixas. Neles, predomina o processo de erosão, que fornece
sedimentos para outras áreas.
Existem três principais tipos de planaltos: os cristalinos,
formados por rochas cristalinas (ígneas intrusivas e
metamórficas) e compostos por restos de montanhas que se
erodiram com o tempo; os basálticos, formados por rochas
ígneas extrusivas (ou vulcânicas) originadas de antigas e extintas
atividades vulcânicas; e os sedimentares, formados por rochas
sedimentares que antes eram baixas e que sofreram o
soerguimento pelos movimentos internos da crosta terrestre.
32. PLANÍCIES
São áreas planas e com baixas altitudes, normalmente
muito próximas ao nível do mar. Encontram-se, em sua
maioria, próximas a planaltos, formando alguns vales
fluviais ou constituindo áreas litorâneas. Caracterizam-
se pelo predomínio do processo de acumulação e
sedimentação, uma vez que recebem a maior parte dos
sedimentos provenientes do desgaste dos demais tipos
de relevo.
34. DEPRESSÃO
São áreas rebaixadas que apresentam as menores
altitudes da superfície terrestre. Quando uma
localidade é mais baixa que o seu entorno, falamos
em depressão relativa, e quando ela se encontra
abaixo do nível do mar, temos a depressão absoluta.
O mar morto, no Oriente Médio, é a maior depressão
absoluta do mundo, ou seja, é a área continental que
apresenta as menores altitudes, com cerca de 396
metros abaixo do nível do mar
36. AS ROCHAS COMPONENTES DA
CROSTA TERRESTRE
A crosta terrestre constitui-se predominantemente de
rochas.
De acordo com a sua origem ou formação, essas rochas
podem ser agrupadas em magmáticas, sedimentares e
metamórficas , sedimentares e metamórficas
37. ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS
São rochas formadas pelo esfriamento e solidificação de
elementos endógenos, no caso, o magma pastoso.
São exemplos de rochas magmáticas: granito, basalto, diorito e
andesito.
Foram os primeiros tipos de rochas que se formaram, com a
consolidação da parte externa do planeta, há bilhões de anos.
A solidificação do magma pode se realizar tanto sobre a
superfície terrestre como no interior da crosta.
Granito
38. SEDIMENTARES
Formam-se pela acumulação (deposição) de sedimentos,
provenientes da fragmentação de outras rochas; pela ação da água,
do vento e do gelo; e de restos de organismos animais e vegetais.
O processo de formação das rochas sedimentares é extremamente
lento.
O calcário é um exemplo de rocha sedimentar.
39. METAMÓRFICAS
Esse tipo de rocha tem sua origem na transformação de
outras rochas, em virtude da pressão e da temperatura.
São exemplos de rochas metamórficas: gnaisse
(formada a partir do granito), ardósia (originada da
argila) e mármore (formação calcária).
Gnaisse