O documento descreve como o planeta Terra se formou e funciona como um sistema dinâmico auto-regulador que mantém condições favoráveis à vida. A Terra possui estrutura interna e externa que interagem de forma a controlar fatores como temperatura e composição atmosférica. A teoria de Gaia propõe que a Terra age como um grande organismo vivo que se autorregula através de mecanismos complexos entre a biosfera, atmosfera, litosfera e hidrosfera.
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
Como funciona o planeta terra
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COMO FUNCIONA O PLANETA TERRA
Fernando Alcoforado*
Estima-se que a formação da Terra ocorreu há aproximadamente 4,56 bilhões de anos. A
teoria mais aceita atualmente sobre a origem do Sistema Solar, e consequentemente do
nosso planeta, é a teoria da nebulosa solar. Essa teoria admite que os planetas do Sistema
Solar, entre eles a Terra, formaram-se a partir do colapso de uma nuvem que estava
girando em alta velocidade e contraiu-se. Acredita-se que o Sol foi formado a partir da
concentração da parte central da nuvem, e os planetas a partir das partículas
remanescentes. Algumas teorias dizem que a vida surgiu na Terra um bilhão de anos após
a sua formação.
A Terra é um dos oito planetas que compõem o Sistema Solar, localizado na Via Láctea.
É considerado o maior em diâmetro e densidade dentre os planetas rochosos (Mercúrio,
Vênus, Terra e Marte). O Planeta Terra é um dos planetas que fazem parte do Sistema
Solar sendo o terceiro planeta mais próximo do Sol. A Terra possui o maior satélite
natural do Sistema Solar, a Lua. Baseado na Geodésia que é a ciência que faz o estudo
sobre as dimensões, forma e gravidade do planeta nos permite afirmar que a Terra tem o
formato arredondado. De todos os planetas integrantes do Sistema Solar, a Terra é o que
possui temperaturas favoráveis ao desenvolvimento e proliferação da vida, isso por que
nosso planeta não é muito quente e nem muito frio. Em circunstâncias normais a
temperatura média da Terra é de 15ºC.
Apesar das grandes descobertas astronômicas, não se pode afirmar que exista um planeta
com características similares às da Terra no Universo capazes de propiciar a existência
dos seres vivos. Os elementos que favorecem a vida na Terra são chamados de Biosfera
ou “esfera da vida” que é composta pela litosfera, atmosfera e hidrosfera formada há
aproximadamente 3,5 bilhões de anos. Os elementos citados interagem entre si e com os
seres vivos presentes no planeta Terra (animais, vegetais e o homem). Além de
apresentar condições favoráveis à existência de vida, a Terra também
possui recursos naturais (renováveis e não renováveis) que propiciam a manutenção dessa
existência. É por meio desses recursos que os seres vivos mantêm-se, pois são utilizados
recursos minerais, energia, alimento, entre outros. Em meio à história evolutiva, o homem
adaptou-se às condições apresentadas pela Terra e aprimorou suas habilidades, retirando
dela aquilo que era necessário à sua sobrevivência.
Quanto ao seu formato, a Terra corresponde a um esferoide, tendo polos achatados. Os
dados gerais do planeta Terra são os seguintes:
Diâmetro - Aproximadamente 12.756,2 km
Área da superfície - Aproximadamente 510.072.000 km2
Massa - 5.9722 x 10²⁴ Kg
Distância do Sol - Cerca de 149.600.000 km
Satélite natural - 1 (Lua)
Período de rotação - 23 horas 56 minutos e 4 segundos
Período de translação - 365 dias 5 horas e 48 minutos
Temperatura média - 15ºC
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População terrestre - Aproximadamente 7.722.522.000 habitantes
O Planeta Terra é composto por camadas que partem desde a superfície terrestre até o
núcleo. Todas essas camadas são formadas por diferentes tipos de minérios e gases,
embora os principais são: ferro, oxigênio, silício, magnésio, níquel, enxofre e titânio. O
Planeta Terra tem cerca de 70% da sua superfície coberta por água. A existência da água
em seu estado líquido, juntamente com a presença do oxigênio e a capacidade de reciclar
gás carbônico fazem da Terra um planeta com características únicas. A Terra possui sua
estrutura interna dividida em: crosta terrestre, manto e núcleo.
Figura 1- Estrutura interna do planeta Terra
A crosta terrestre é também conhecida como litosfera e corresponde à camada mais
externa da Terra, formada por rochas e minerais, como silício, magnésio, ferro e alumínio.
Possui em média 10 quilômetros sob os oceanos e entre 25 e 100 quilômetros sob os
continentes. Nela, são encontrados os continentes, as ilhas e o fundo oceânico. Além
disso, observa-se que ela não é uma camada inteiriça, pois há divisões que
formam grandes blocos rochosos conhecidos como placas tectônicas, que se movimentam
e podem provocar tremores na superfície terrestre. O manto localiza-se entre a crosta
terrestre e o núcleo. É conhecido como camada intermediária, que se divide em manto
superior e manto inferior. Ele pode apresentar profundidade de cerca de 30 a 2900 km
abaixo da crosta e, ao contrário desta, o manto não é sólido. Com temperatura média de
até 2.000°C, essa camada é composta por material magmático (em estado pastoso)
composto principalmente por ferro, magnésio e silício. A movimentação do magma,
conhecida como correntes de convecção, provoca a movimentação dos blocos
rochosos que compõem a crosta terrestre. O núcleo é a camada mais interna da Terra e
divide-se em núcleo externo e núcleo interno. É também a camada que apresenta
a maior temperatura, que, segundo cientistas, pode alcançar 6.000°C. Ele é formado por
ferro, silício, níquel e, apesar das altas temperaturas que deveriam manter esses
compostos no estado líquido, o núcleo apresenta elevada pressão, que acaba por agrupar
essas substâncias, mantendo-as sólidas.
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Além da estrutura interna, há também a externa que corresponde à litosfera, hidrosfera,
biosfera e atmosfera as quais oferecem as condições favoráveis à existência de vida no
planeta Terra.
Figura 2- Estrutura externa do planeta Terra
As camadas externas da Terra são: biosfera, atmosfera, litosfera e hidrosfera. Biosfera
corresponde ao conjunto de ecossistemas que compreendem a Terra. Basicamente, diz
respeito aos grupos de seres vivos que a habitam. Esses ecossistemas encontram-se desde
os pontos mais elevados do planeta até as partes do fundo oceânico. Atmosfera
corresponde a uma camada gasosa que envolve todo o Planeta Terra. Ela é formada por
gases mantidos pela gravidade, cuja principal função é proteger o planeta da radiação
solar emitida, filtrando-a, além manter a temperatura média da Terra, fazendo com que
não haja uma grande amplitude térmica. Atmosfera impede que a Terra seja atingida,
também, por fragmentos rochosos vindos do espaço sideral. Essa camada possui a divisão
por subcamadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera, exosfera. A Litosfera é
a camada sólida mais externa de um planeta rochoso sendo constituída por rochas e solo.
No caso da Terra, é formada pela crosta terrestre e por parte do manto superior.
Hidrosfera corresponde à camada que compreende os corpos hídricos do Planeta Terra.
Abrange não só os oceanos, mas também os mares, os rios, os lagos e as águas
subterrâneas.
Além da Atmosfera que impede que a Terra seja atingida por fragmentos rochosos como
os asteroides vindos do espaço sideral, a Lua e Júpiter atuam como protetores de nosso
planeta. A Lua tem nos protegido de meteoros e cometas que poderiam atingir o planeta
Terra. O lado oculto da Lua apresenta mais crateras do que o lado visível porque está
mais exposto a colisões de asteroides e cometas vindos do espaço. Nossa Lua é, portanto,
um verdadeiro escudo protetor da Terra em termos de colisão de corpos celestes. Outro
protetor da Terra é o planeta Júpiter que é conhecido como o “atrator cósmico” do
Sistema Solar. A massa do planeta Júpiter é tão grande (318 vezes maior do que a Terra)
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que ele simplesmente “atrai” pela força de gravidade milhares de meteoros que vagam
pelo nosso Sistema Solar sugando para ele diversos asteroides e corpos celestes que
poderiam se chocar contra a Terra ou outros planetas, reduzindo em muito o número de
impactos. Muitos astrônomos acreditam que a vida não teria surgido e mantida na Terra
se Júpiter não existisse. Antes da formação completa do Sistema Solar, a Terra era
frequentemente bombardeada por centenas de asteroides e com a formação de Júpiter,
esses asteroides acabaram por serem atraídos para o planeta de maior massa, livrando a
Terra dessas solitárias pedras cósmicas.
A Terra realiza diversos movimentos, porém os principais são os de rotação e translação.
O primeiro corresponde a um movimento que a Terra realiza em torno de si mesma e que
requer vinte quatro horas para ser concretizado e é responsável pelo surgimento dos dias
e das noites. A rotação da Terra diminui gradualmente com o aumento da distância da
Lua em relação ao nosso planeta, contudo, de maneira praticamente imperceptível aos
seres humanos. Essa diminuição é de aproximadamente 17 milissegundos a cada 100 anos
e provoca o aumento da duração do dia. O segundo corresponde ao movimento de
translação que a Terra realiza em torno do Sol e para completá-lo são necessários 365
dias e 6 horas. Nos anos bissextos, as seis horas são somadas ao longo de quatro anos,
totalizando 24 horas ou um dia. O movimento de translação é responsável pelo
surgimento das estações do ano. Essa variação no clima corresponde às posições mais
próximas ou distantes da Terra em relação ao Sol em determinados períodos do ano.
A Lua influencia fortemente as marés na Terra em virtude da força gravitacional que
existe entre a Terra e a Lua. Por conta do posicionamento da Lua em relação à Terra e ao
Sol, é possível observar as quatro fases lunares (nova, cheia, minguante e crescente).
Segundo o químico inglês James Lovelock a Terra é um grande organismo vivo com
mecanismos que auxiliam na preservação das formas de vida dentro dela. Em 1969, a
NASA pediu a James Lovelock que investigasse Vênus e Marte para saber se eles
possuíam alguma forma de vida. Analisando nossos vizinhos do sistema solar, Lovelock
disse que não existia nada que pudesse ser considerado vivo por lá. Mas, ao olhar para a
própria Terra, ele concluiu que, além de ser residência de diversas formas de vida, ela
mesma se comporta como um grande ser vivo, com mecanismos que ajudam a preservar
os outros seres vivos que abriga. E batizou a Terra de Gaia, em homenagem à deusa grega
da Terra. No começo, a teoria foi rejeitada pela comunidade científica. Mas o lançamento
de satélites a partir da década de 1970 trouxe dados sobre o planeta Terra que ajudaram a
reforçar a tese central da Teoria de Gaia: o planeta tem uma capacidade de controlar sua
temperatura, atmosfera, salinidade e outras características que o mantem com condições
ideais para a existência da vida.
Segundo Lovelock, antes de existir vida na Terra entre 4,6 bilhões a 3,8 bilhões de anos
atrás, nossa atmosfera provavelmente era parecida com a de Marte e de Vênus. Mas, desde
que a vida surgiu, essa composição mudou e se mantém completamente diferente da de
nossos vizinhos. Para a Teoria de Gaia, isso só é possível porque em algum momento a
Terra passou a funcionar como um ser vivo auto-regulador. Entre 3,8 bilhões a 2,3 bilhões
de anos atrás, havia bactérias entre os primeiros seres vivos que consumiam gás carbônico
(CO2) e liberavam gases como metano e oxigênio. Com o passar do tempo, a respiração
das bactérias mudou a composição da atmosfera, injetando mais O2 que contribuiu para
que seres multicelulares se desenvolvessem. Quando a vida começa a influenciar a
evolução do ambiente, e vice-versa, é sinal de que Gaia nasceu. Viva, a Terra também
regula sua temperatura, A concentração de metano no ar, por exemplo, cria um efeito
estufa que garante o calor no planeta.
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Ao afirmar que o planeta Terra funciona como um ser vivo, Lovelock demonstra que ele
é um sistema dinâmico. Uma das evidências de que a Terra opera como um sistema
dinâmico é a sua capacidade de controlar a própria composição e clima por meio de
mecanismos de resposta entre suas partes orgânicas (a biosfera) e inorgânicas (ar, rochas
e mares) entre 2,3 bilhões a 200 anos atrás. O ciclo de carbono, por exemplo, ajuda a
controlar a concentração de CO2 na atmosfera. Como sistema dinâmico, a Terra também
tem seus mecanismos para manter tudo funcionando. O equilíbrio entre a vida, a
atmosfera, os mares e as rochas funciona por meio de ciclos bem complexos. De tempos
em tempos, o equilíbrio se rompe, e ocorrem extinções em massa. Mas as espécies
sobreviventes formam um novo equilíbrio e tudo volta a operar em novas bases. A
concentração de sal no mar, por exemplo, está estável em 3,4% há milhares de anos sendo
um indício, de acordo com a Teoria de Gaia, de que a Terra se comporta como um sistema
dinâmico auto estabilizador. Bactérias que consomem o produto e lagoas de sal
compostas de corais se organizam em outro ciclo, para manter o equilíbrio necessário à
vida marinha.
Pela primeira vez na história, o equilíbrio do sistema dinâmico com base no qual opera o
planeta Terra foi afetado pelos seres humanos a partir da 1ª Revolução Industrial no
século XVIII. A humanidade vem se constituindo em verdadeira ameaça para a existência
de vida no planeta com o desenvolvimento de atividades econômicas que degradam o
meio ambiente exaurindo, poluindo e destruindo os recursos naturais, além de contribuir
para a emissão crescente de gases do efeito estufa que faz com que haja a elevação da
temperatura e consequente mudança climática catastrófica que pode encurtar a vida no
planeta Terra. Independentemente da ameaça representada pelos seres humanos, a zona
habitável em que se encontra nosso planeta desaparecerá por completo quando o Sol
migrar para fora da órbita da Terra em cerca de 1 bilhão de anos. O Sol estará 10% mais
brilhante do que observamos atualmente e fará evaporar os oceanos da Terra. A atmosfera
terrestre, então, estará saturada de vapor e uma parte subirá para a estratosfera e lá a
radiação solar ultravioleta vai separar o hidrogênio presente na água, que, ao ficar livre,
será bem mais leve, e se perderá no espaço. Será o fim dos oceanos e da água no planeta
Terra, para sempre. E, por fim, a Terra se transformará em um globo de lava derretida.
REFERÊNCIA
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* Fernando Alcoforado, 80, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor
nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de
sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC-
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(Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de
doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização
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