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FILIPE POLETTO




DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA WEB PARA GESTÃO DA INFORMAÇÃO NA
RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DA ARQUIDIOCESE DE
FLORIANÓPOLIS


                              Este Trabalho de conclusão de curso foi julgado
                              adequado como requisito parcial para a obtenção do
                              título de Bacharel em Design e aprovado em sua forma
                              final pelo curso de Design, da Universidade do Sul de
                              Santa Catarina.




                 Florianópolis, 05 de Dezembro de 2012.


                _________________________________


           Prof. e Orientador Claudio Henrique da Silva Msc.
                                    .
                  Universidade do Sul de Santa Catarina


                 ________________________________


                          Kamila Souza Msc.

                 Universidade do sul de Santa Catarina

                _________________________________


                     Valnei Carlos Denardin Msc.

                 Universidade do Sul de Santa Catarina
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
                       FILIPE POLETTO




DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA WEB PARA GESTÃO DA INFORMAÇÃO NA
     RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DA ARQUIDIOCESE DE
                      FLORIANÓPOLIS




                        Florianópolis
                            2012
FILIPE POLETTO




DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA WEB PARA GESTÃO DA INFORMAÇÃO NA
     RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DA ARQUIDIOCESE DE
                           FLORIANÓPOLIS




                                    Trabalho de Conclusão de Curso
                                    apresentado ao Curso de graduação em
                                    Design da Universidade do Sul de Santa
                                    Catarina, como requisito parcial para
                                    obtenção do título de Bacharel.


            Orientador: Prof. Cláudio Henrique da Silva, Msc.




                             Florianópolis
                                  2012
AGRADECIMENTOS




      A Deus pelo dom da vida e por Sua providência, pois quanto mais confio
Nele, mais Ele me abençoa com inúmeras graças.
      Aos meus pais que sempre tiveram preocupação e esmero em prover ótimas
condições para o estudo de seus filhos.
      Aos meus empregadores pela oportunidade de trabalho, sem o qual não teria
condições de fazer este curso que deverá guiar meu futuro profissional.
      À minha irmã Ester, também se dedicando à sua formação e estudos, sempre
encontrou tempo para me ouvir.
      Ao meu irmão Emanuel e sua esposa Vanessa por terem compartilhado de
todo o meu esforço, sendo decisivos para que eu chegasse à segunda fase do
trabalho.
      À prima Lígia, seu marido Décio e sua filha Sara por terem colaborado de
forma admirável para a continuação nos meus        estudos, após o falecimento de
minha mãe Evanir.
      Aos meus irmãos do Grupo de Oração Maranathá por estarem comigo em
todos os momentos; de dificuldade, de vitórias, de tristezas e de alegrias e que,
também, fazem de minha família.
      À Renovação Carismática Católica por me ajudar a ser um homem
equilibrado e interessado em buscar o conhecimento para ser um ótimo profissional.
      À minha namorada Anara e sua família por abrir espaço para estudarmos
juntos; por ser testemunho de que vale a pena investir na educação e no
conhecimento e por me incentivar a colocá-los à disposição dos outros, por meio de
serviços voluntários.
      Aos meus colegas e professores da Unisul por colaborarem na minha
formação acadêmica, por meio das discussões e reflexões a respeito do Design e
suas aplicações na sociedade atual.
      A todos que foram compreensíveis comigo, principalmente neste período de
finalização da graduação, pois muitas vezes tive que ser ausente ou não atender o
esperado como família, amigos e colegas de trabalho. Espero com a conclusão dos
estudos poder retornar à devida atenção como merecem.
RESUMO




Propor um sistema web que permita gerir informação na Renovação Carismática
Católica da Arquidiocese de Florianópolis e que unifique e promova a comunicação
interna entre os membros do movimento da Igreja Católica na região. O cenário de
pesquisa é a arquidiocese de Florianópolis, Santa Catarina, que abrange as
comarcas de Brusque, Itajaí, Tijucas, Biguaçu, São José, Florianópolis, Estreito e
Santo amaro da Imperatriz, sendo que apenas, na última a Renovação Carismática
Católica não possui representação. Como resultados destaca-se a dificuldade de
comunicação, não apenas entre lideranças da arquidiocese e comarcas, mas
também entre comarcas e grupos de oração. A partir da análise, utilizou-se a
atividade consciente e criativa do design combinando ferramentas e tecnologias
levando em consideração as questões sociais. Como fruto deste trabalho foi
desenvolvido um sistema que possibilita a comunicação entre os membros e seus
diferentes papéis na Renovação Carismática Católica na Arquidiocese de
Florianópolis.


Palavras-chave: Design. Sistemas de Informação. Gestão da Informação.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES




Figura 1 - The Elements ............................................................................................ 11 
Figura 2 - Modelo proposto para representar o fluxo da informação nas
organizações ............................................................................................................. 12 
Figura 3 - Níveis hierárquicos da informação ............................................................ 16 
Figura 4 - Modelo de sistema .................................................................................... 18 
Figura 5 - Sistema de informação no contexto da organização................................. 18 
Figura 6 - Quadro de posicionamento e direcionamento estratégico ........................ 41 
Figura 7 - Questionário aplicado - Distribuição por ocupação ................................... 42 
Figura 8 - Questionário aplicado - Faixa etária.......................................................... 42 
Figura 9 - Questionário aplicado - Nível de escolaridade .......................................... 43 
Figura 10 - Questionário aplicado - Tempo, em média, que passa conectado à
internet ......................................................................................................................43 
Figura 11 - Questionário aplicado - Utilização de redes sociais ................................ 44 
Figura 12 - Painel semântico de estilos que caracterizam o público de interesse..... 45 
Figura 13 - Tela de perfil no Facebook ...................................................................... 47 
Figura 14 - Bate-papo no Facebook .......................................................................... 48 
Figura 15 - Eventos no Facebook ............................................................................. 48 
Figura 16 - Mensagens no Facebook ........................................................................ 49 
Figura 17 - Publicar texto no mural do Facebook ...................................................... 49 
Figura 18 - Publicar imagem ou vídeo no mural do Facebook .................................. 49 
Figura 19 - Tela inicial no Google Groups ................................................................. 50 
Figura 20 - Inserir postagem no Google Groups ....................................................... 51 
Figura 21 - Gerenciamento no Google Groups ......................................................... 51 
Figura 22 - Mapa mental do sistema web ................................................................. 55 
Figura 23 - Wireframe da página Home .................................................................... 58 
Figura 24 - Wireframe da página Agenda ................................................................. 59 
Figura 25 - Wireframe da página Eventos ................................................................. 60 
Figura 26 - Wireframe da página com detalhes de um evento .................................. 61 
Figura 27 - Wireframe da página Notícias ................................................................. 62 
Figura 28 - Wireframe da página Balanço ................................................................. 63 
Figura 29 - Wireframe da página Cadastrar orçamentos .......................................... 64 
Figura 30 - Wireframe da página Acompanhar orçamentos ...................................... 65 
Figura 31 - Wireframe da página Detalhes do orçamento ......................................... 66 
Figura 32 - Wireframe da página Cadastro ............................................................... 67 
Figura 33 - Wireframe da página Editar cadastro ...................................................... 68 
Figura 34 - Versões da Marca RCC Brasil ................................................................ 70 
Figura 35 - Aplicação da logomarca atual com a cor vermelho de fundo .................. 70 
Figura 36 - Tipografia padrão RCC Brasil ................................................................. 71 
Figura 37 - Logomarca SIGI RCC na versão de sigla com símbolo e logotipo, na
negativa .....................................................................................................................71 
Figura 38 - Logomarca SIGI RCC na versão de sigla, na negativa ........................... 72 
Figura 39 - Logomarca SIGI RCC na versão de sigla em cor sólida ......................... 72 
Figura 40 - Tipografia definida para o SIGI RCC....................................................... 73 
Figura 41 - What is responsive design ...................................................................... 74 
Figura 42 - Barra de navegação principal do SIGI RCC ............................................ 75 
Figura 43 - Padronização dos botões com diversos status ....................................... 75 
Figura 44 - Padrozinação de elementos para formulários ......................................... 77 
Figura 45 - Breadcrumbs ........................................................................................... 78 
Figura 46 - Paginadores ............................................................................................ 78 
Figura 47 - Labels (etiquetas).................................................................................... 78 
Figura 48 - Barras de progresso................................................................................ 78 
Figura 49 - Mensagens de alerta............................................................................... 79 
Figura 50 - Página inicial onde o usuário precisa logar para ter acesso ao SIGI
RCC .......................................................................................................................... 79 
Figura 51 - Página inicial no formato Mobile vertical com baixa resolução
(320x480) .................................................................................................................. 80 
Figura 52 - Página que explica o que é o sistema e as vantagens para
cadastramento........................................................................................................... 81 
Figura 53 - Página sobre o sistema web no formato Mobile vertical com baixa
resolução (320x480) .................................................................................................. 82 
Figura 54 - Detalhe do menu expandido, para usuário sem cadastro, no formato
Mobile vertical com baixa resolução (320x480)......................................................... 83 
Figura 55 - Página Home no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ........ 84 
Figura 56 - Página Home no formato Mobile horizontal com alta resolução (960x640)
.................................................................................................................................. 85 
Figura 57 - Página Home no formato Mobile horizontal com baixa resolução
(640x960) .................................................................................................................. 86 
Figura 58 - Página Home nos formatos Mobile horizontal (480x320) e vertical
(320x480) com baixa resolução, respectivamente .................................................... 87 
Figura 59 - Detalhe do menu principal, quando o usuário estiver logado, no
formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) ........................................... 88 
Figura 60 - Página Contatos com listagem por Grupos, Servos, Comarcas e
Arquidiocese no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600)............................ 89 
Figura 61 - Página Contatos no formato Mobile horizontal com alta resolução
(960x640) .................................................................................................................. 90 
Figura 62 - Página Contatos no formato Mobile vertical com alta resolução (640x960)
.................................................................................................................................. 90 
Figura 63 - Página Contatos no formato Mobile horizontal com baixa resolução
(480x320) .................................................................................................................. 91 
Figura 64 - Página Contatos no formato Mobile vertical com baixa resolução
(320x480) .................................................................................................................. 91 
Figura 65 - Página Agenda no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600)...... 92 
Figura 66 - Página Agenda no formato Mobile horizontal com alta resolução
(960x640) .................................................................................................................. 92 
Figura 67 - Página Agenda no formato Mobile vertical com baixa resolução
(320x480) .................................................................................................................. 93 
Figura 68 - Página Cadastrar evento no formato Tablet e Desktop (superior a
1024x600) ................................................................................................................. 94 
Figura 69 - Página Cadastrar evento no formato Mobile vertical com baixa
resolução (320x480) .................................................................................................. 95 
Figura 70 - Página Pesquisar evento no formato Tablet e Desktop (superior a
1024x600) ................................................................................................................. 96 
Figura 71 - Página Pesquisar evento no formato Mobile vertical com baixa
resolução (320x480) .................................................................................................. 96 
Figura 72 - Página Notícias no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ..... 97 
Figura 73 - Página Notícias no formato Mobile vertical com baixa resolução
(320x480) .................................................................................................................. 98 
Figura 74 - Página Cadastrar notícia no formato Tablet e Desktop (superior a
1024x600) ................................................................................................................. 99 
Figura 75 - Página Cadastrar notícia no formato Mobile vertial com baixa
resolução (320x480) ................................................................................................ 100 
Figura 76 - Página Pesquisar notícias no formato Tablet e Desktop (superior a
1024x600) ............................................................................................................... 100 
Figura 77 - Página Pesquisar notícias no formato Mobile vertical com baixa
resolução (320x480) ................................................................................................ 101 
Figura 78 - Página Orçamentos no formato Tablet e Desktop (superior a
1024x600) ............................................................................................................... 101 
Figura 79 - Página Orçamentos no formato Mobile vertical com baixa resolução
(340x480) ................................................................................................................ 102 
Figura 80 - Página Cadastrar orçamentos no formato Tablet e Desktop (superior a
1024x600) ............................................................................................................... 102 
Figura 81 - Página Cadastrar orçamentos no formato Mobile vertical com baixa
resolução (320x480) ................................................................................................ 103 
Figura 82 - Página Pesquisar orçamentos no formato Tablet e Desktop (superior
a 1024x600) ............................................................................................................ 103 
Figura 83 - Página Pesquisar orçamentos no formato Mobile vertical com baixa
resolução (320x480) ................................................................................................ 104 
Figura 84 - Perguntas gerais para todos os servos - Página 1 ............................... 114 
Figura 85 - Perguntas gerais para todos os servos - Página 2 ............................... 115 
Figura 86 - Perguntas específicas para os membros do conselho - Página 1 ........ 116 
Figura 87 - Perguntas específicas para os membros do conselho - Página 2 ........ 117 
Figura 88 - Growth of the Catholic Charismatic Renewal on the 7 continents, AD
1970 - AD 2000 ....................................................................................................... 118 
Figura 89 - Comarcas pastorais da Arquidiocese de Florianópolis ......................... 120 
LISTA DE QUADROS




Quadro 1 - Cronograma 1º semestre ........................................................................ 14 
Quadro 2 - Religiões no Brasil - população adulta .................................................... 33 
Quadro 3 - Matriz de análise estratégica ................................................................... 39 
Quadro 4 - Religiões no Brasil - população adulta .................................................. 119 
SUMÁRIO




1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 
1.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................... 6 
1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 7 
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 7 
1.2.2 Objetivos específicos....................................................................................... 8 
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 8 
1.4 ESCOPO ............................................................................................................... 9 
1.5 ADERÊNCIA À LINHA DE PESQUISA ................................................................. 9 
1.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 10 
1.6.1 Natureza da pesquisa..................................................................................... 10 
1.6.2 Metodologia projetual .................................................................................... 10 
1.7 CRONOGRAMA .................................................................................................. 14 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 15 
2.1 CONCEITOS BÁSICOS ...................................................................................... 15 
2.1.1 Dado, informação e conhecimento ............................................................... 15 
2.1.2 Tipologia da informação ................................................................................ 16 
2.1.3 Conceito de sistema de informação ............................................................. 17 
2.2 O VALOR DA INFORMAÇÃO PARA AS ORGANIZAÇÕES ............................... 18 
2.2.1 As leis da informação .................................................................................... 19 
2.3 ESTRATÉGIA E INFORMAÇÃO ......................................................................... 21 
2.3.1 Conceito de estratégia ................................................................................... 21 
2.3.2 Evolução do planejamento estratégico ........................................................ 21 
2.3.3 Estratégia e informação ................................................................................. 22 
2.3.4 Estratégia e tecnologia da informação ......................................................... 22 
2.4 GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO E DA TI....................................... 23 
2.4.1 Etapas da gestão estratégia da informação ................................................. 23 
2.4.2 Etapa de planejamento .................................................................................. 24 
2.4.3 Etapa de execução das estratégias de informação e de TI ......................... 26 
2.4.4 Avaliação da estratégia de informação e ação corretiva ............................ 27 
2.4.5 Gestão da informação não estruturada ........................................................ 27 
2.5 GESTÃO ESTRATÉGICA DO CONHECIMENTO .............................................. 28 
3 PESQUISA ............................................................................................................. 30 
3.1 A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA ...................................................... 30 
3.1.1 Histórico no Brasil.......................................................................................... 31 
3.1.2 Missão ............................................................................................................. 34 
3.1.3 Visão ................................................................................................................ 34 
3.1.4 Valores RCC Brasil ......................................................................................... 34 
3.1.5 Valores RCC Arquidiocese ............................................................................ 35 
3.1.6 Planejamento estratégico de evangelização................................................ 36 
3.1.6.1 Análise SWOT .............................................................................................. 36 
3.1.6.2 Posicionamento e direcionamento estratégico ........................................ 41 
3.2 PÚBLICO DE INTERESSE ................................................................................. 42 
3.2.1 Grupo de foco para levantamento de tarefas comuns ................................ 46 
3.3 REFERÊNCIAS VISUAIS .................................................................................... 47 
4 CONCEITUAÇÃO E DESENVOLVIMENTO .......................................................... 53 
4.1 CONCEITO DO PROJETO ................................................................................. 53 
4.2 MAPA DO SISTEMA WEB E DIRETRIZES DE ACESSO................................... 54 
4.3 WIREFRAME DAS PÁGINAS ............................................................................. 57 
4.4 DIRETRIZES CONCEITUAIS E VISUAIS ........................................................... 69 
4.5 ELEMENTOS VISUAIS ....................................................................................... 72 
4.6 LAYOUT DAS PÁGINAS ..................................................................................... 79 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 105 
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 106 
APÊNDICE A – ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM USUÁRIOS ...................... 114 
ANEXO A – GROWTH OF THE CATHOLIC CHARISMATIC RENEWAL ON
THE 7 CONTINENTS, AD 1970 – AD 2000 ............................................................ 118 
ANEXO B – RELIGIÕES NO BRASIL – POPULAÇÃO ADULTA ......................... 119 
ANEXO C – COMARCAS PASTORAIS DA ARQUIDIOCESE .............................. 120 
6



1 INTRODUÇÃO




          A dificuldade para gerir a informação na Renovação Carismática Católica da
Arquidiocese de Florianópolis é um grande problema, especialmente pela falta de
unidade entre os diferentes níveis de lideranças do movimento.
          Embora seja uma tarefa difícil estabelecer comunicação eficaz num
movimento formado por diversos grupos de regiões e características diferentes, é
interessante perceber que há formas de auxiliar esse processo e a riqueza do
conhecimento científico pode contribuir para isso.




1.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA




          A Renovação Carismática Católica – RCC – é um movimento dentro da Igreja
Católica que surgiu em 1967, nos Estados Unidos. Com o passar dos anos se
espalhou pelo mundo chegando a diversos outros países. Têm-se registros de que
no Brasil, a RCC tenha iniciado com retiros e pequenos grupos no ano de 1970.
          Com o decorrer dos anos houve um crescimento expressivo no número de
participantes atingindo 2 milhões em 1970, 40 milhões em 1980 e 119 milhões em
2000. Em se tratando de católicos no mundo a RCC representa 11% dos fiéis1.
          No Brasil, por ocasião das eleições de 1994, Pierucci (1996) realizou um
levantamento quantitativo sobre a RCC. O resultado revela que dentre os quase 100
milhões da população adulta brasileira, 3,8 milhões participem da RCC2. Na
Arquidiocese de Florianópolis, segundo aponta o CENSO (2010), que fora realizado
pelo próprio movimento, o número de participantes é de 5,6 mil.
          Diante destes números expressivos de participantes, a RCC viu-se obrigada a
organizar-se, enquanto movimento, e estruturar-se seguindo algo parecido com a
estrutura da própria Igreja Católica. Foram criados conselhos nacional, estadual,
diocesano e de instância/comarcal. Esses conselhos são compostos pela


1
    Cf. Anexo A – Grouth of the Catholic Charismatic Renewal on the 7 continents, AD 1970-AD 2000.
2
    Cf. Anexo B – Religiões no Brasil – população adulta.
7



presidência, secretaria, tesouraria, ministérios, conselheiros e orientador espiritual. O
conselho nacional é responsável por orientar os conselhos estaduais que são
responsáveis por orientar os, diocesanos os quais orientam os conselhos das
instâncias ou comarcais. Esse último é responsável por orientar os grupos de oração
existentes em seu perímetro.
          A Arquidiocese de Florianópolis, atendida neste trabalho, possui oito
comarcas pastorais3, sendo elas: Brusque, Itajaí, Tijucas, Santo Amaro, Biguaçu,
São José, Florianópolis e Estreito. É com os conselhos e grupos de oração dessas
comarcas que o conselho arquidiocesano necessita estabelecer uma comunicação
eficiente.
          A Coordenação da Renovação Carismática Católica, na Arquidiocese de
Florianópolis, encontra dificuldades para estabelecer comunicação com as
coordenações das comarcas no perímetro da arquidiocese e com os participantes do
movimento tanto em grupos de oração, quanto em eventos que o movimento
promove todos os anos.
          Essa coordenação não dispõe de recursos financeiros para investir em
recursos tecnológicos a fim de que uma empresa prestadora de serviços possa
suprir esta necessidade. Diante desta realidade, algumas pessoas se colocam à
disposição e, com o conhecimento, realizam ações no intuito de promover a
comunicação dentro do movimento. No entanto, inicialmente pode-se perceber que
são ações isoladas e não fazem parte de um conjunto ordenado para, realmente,
promover uma comunicação efetiva.




1.2 OBJETIVOS




1.2.1 Objetivo geral




          Desenvolver um sistema web para a gestão da informação na Renovação
Carismática Católica – RCC dentro da Arquidiocese de Florianópolis.

3
    Cf. Anexo C – Comarcas pastorais.
8



1.2.2 Objetivos específicos




      a) Compreender e relacionar os conceitos de sistemas de informação e
         gestão estratégica da informação.
      b) Identificar as necessidades e requisitos de informação do público interno.
      c) Definir os modelos e processos de informação para a RCC na
         Arquidiocese.
      d) Desenvolver protótipo funcional do sistema web.




1.3 JUSTIFICATIVA




      A RCC necessita de um sistema web, ao invés de um blog para atender a
demanda de informação e interação entre os usuários. Há a necessidade de se ter
conteúdos específicos e restritos a determinados tipos de usuário, já que o próprio
movimento se organiza desta forma. O conselho arquidiocesano é responsável por
prover formação e instrução aos coordenadores de Grupo de Oração, na região. Já
os coordenadores de Ministérios são constituídos para fornecer formação específica,
em determinadas áreas, para servos de Grupo de Oração que exercem um
ministério. O objetivo é estar em unidade com o movimento no Brasil e mundo.
      O website nacional do movimento possui diversos materiais e informações
importantes para a formação de coordenadores e ministérios de serviço, mas por ser
nacional não contempla muitas questões que surgem devido à realidade local. Além
disso, o conselho nacional não tem condições de acompanhar todos os grupos de
oração de maneira a individualizá-los e conhecê-los profundamente, sequer pode
conhecê-los de forma superficial, devido à amplitude do território nacional e do
número expressivo de grupos que supera 20.000.
      Com um sistema web gerido pelo conselho arquidiocesano aumenta
significativamente a possibilidade de entender, compreender e auxiliar os grupos de
oração dessa região.
9



          Ao Design será deixada uma contribuição por meio de pesquisa sobre a
Gestão Estratégica da Informação, área de Sistema de Informações que está bem
próxima ao Design Informacional.
          O acadêmico tomou interesse em pesquisar e propor uma alternativa para
solucionar o problema, tanto por ver essa possibilidade na área tecnológica, quanto
por contribuir para o movimento em que ele está inserido. Desta forma será possível
aliar estudo e ação social num mesmo projeto.




1.4 ESCOPO




          O projeto será desenvolvido utilizando-se de técnicas e ferramentas testadas
e indicadas para o desenvolvimento web. São elas mapeamento do conteúdo do
sistema, levantamento dos requisitos funcionais, mapa do sistema, wireframes,
layouts e protótipo funcional do sistema web contemplando seu funcionamento
básico. A implementação do sistema, em sua totalidade, demandará serviço de
programação que será terceirizado.




1.5 ADERÊNCIA À LINHA DE PESQUISA




          Como previsto no Projeto Pedagógico do curso de design da Unisul, o
presente trabalho tem aderência à linha de pesquisa do Design para o convívio
social, visando atender a um mercado de pouco acesso econômico e a inclusão
social.
          Por se tratar do desenvolvimento de um sistema computacional, o projeto
adentra as áreas temáticas; Design Digital e Design Informacional.
10



1.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS




1.6.1 Natureza da pesquisa




       A pesquisa a ser utilizada no desenvolvimento desse projeto é a classificada
como Exploratória e Aplicada. Para a pesquisa serão utilizadas as etapas da
metodologia de pesquisa proposta por Gil (2002) que melhor se aplica a este
projeto.
       a) Escolha do tema.
       b) Levantamento bibliográfico preliminar.
       c) Formulação do problema.
       d) Elaboração do plano provisório de assunto.
       e) Busca das fontes.
       f) Leitura do material.
       g) Fichamento.
       h) Organização lógica do assunto.
       i) Redação do texto.




1.6.2 Metodologia projetual




       Pelo fato do projeto abranger as áreas de Design e Sistemas de Informação,
para cada uma delas será utilizada a metodologia que mais se adéqua aos
requisitos de projeto. Uma metodologia bastante utilizada e difundida para projetos
de design digital é a proposta por Garrett (2011), a qual está, totalmente, voltada à
experiência do usuário.
       Tomando como base elementos da experiência do usuário, Garrett (2011)
apresenta cinco etapas afirmando que a construção deve ser feita de baixo para
cima (Cf. Figura 1), partindo do que é mais abstrato para o que é mais concreto, ou
seja, o projeto finalizado.
11


     Figura 1 - The Elements




     Fonte: Garrett, 2002.


     A construção de um website deve passar pelos planos e objetivos a seguir
(GARRETT, 2011):
     a) necessidades do usuário;
        - objetivos do aplicativo de origem externa, identificados por meio de
         pesquisa com o usuário, pesquisas etno/tecno/psicográficas, etc.
         Objetivos do aplicativo: metas de negócio, criativas ou outras metas de
         origem interna para o aplicativo,
     b) especificações funcionais;
        - descrições detalhadas de funcionalidades que o aplicativo deve incluir
         para ir ao encontro das necessidades do usuário,
     c) design de interação;
12
                                                                                            2



         - desenvolvimento de flu
                                uxos de aplicação para facilitar as tarefas do
                                                                             o
          usuário, defin
                       nindo com este interage com as funcionalid
                               mo                               dades do
                                                                       o
          aplic
              cativo,
      d) desig da inform
             gn        mação;
         - design da ap
                      presentaçã da info
                               ão      ormação p
                                               para facilit
                                                          tar a com
                                                                  mpreensão.
          Des
            sign da int
                      terface: de
                                esign dos elementos da interf
                                                  s         face para facilitar a
          interação do u
                       usuário com as funcio
                                 m         onalidades
                                                    s,
      e) desig visual;
             gn
         - trata
               amento grá
                        áfico dos e
                                  elementos da interfac
                                                      ce.
      Para a á
             área de Ge
                      estão Estra
                                atégica da Informaçã será util
                                                   ão        lizada a me
                                                                       etodologia
                                                                                a
que Beal (200 propõe com as etapas ap
            04)    e                presentada na Figu 2 e de
                                             as      ura    escritas na
                                                                      a
sequ
   uência.
      Figura 2 - Modelo pro
                          oposto para r
                                      representar o fluxo da inf
                                                               formação nas organizaçõ
                                                                          s          ões




      Fonte: Be (2004, pá 29).
              eal       ág.


      Com es fluxo p
           ste     pode-se vis
                             sualizar os processo que a informação percorre
                                       s        os               o        e
desd sua entrada até sua saída nas orga
   de                        a        anizações. A seguir, serão de
                                                         ,        escritas as
                                                                            s
etap
   pas desta metodolog que B
                     gia   Beal (2003 propõe como for
                                    3)              rma de es
                                                            struturar a
Gest Estraté
   tão     égica da In
                     nformação em uma organização
                                      o         o.
      a) Ident
             tificação de necessid
                        e        dades e re
                                          equisitos: identificar as necess
                                                                         sidades do
                                                                                  o
         públic interno e externo para dese
              co                          envolver pr
                                                    rodutos esp
                                                              pecíficos para esses
                                                                        p        s
         os pr
             rocessos, assim com fortalec vínculo e relacionamentos. Precisa
                               mo       cer     os                         a
         ser a
             aplicado pe
                       eriodicame
                                ente, pois os dois am
                                           o        mbientes – externo e interno –
13



  estão sempre em mutação e precisam de novas respostas adequadas.
  Para que se tenha o sucesso nessa primeira etapa, é importante que haja:
  - observação das atividades gerenciais,
  - identificação dos socumentos mais importantes para a gerência,
  - mapeamento da informação disponível,
  - mapeamento das necessidas de informação, e
  - administração dos requisitos de sistemas.
b) Obtenção: suprir as necessidades da etapa anterior. Desenvolve-se, então,
  atividades de criação, recepção ou captura de informação. Algumas
  atividades relacionadas são:
  - definição das fontes informacionais: formais, informais e confiáveis,
  - monitoração ambiental: atividade de coleta e análise do ambiente externo.
c) Tratamento: organizar, formatar, estruturar, classificar, analisar, sintetizar e
  apresentar as informações para ser mais acessível e de fácil localização.
  Atividades relacionadas:
  - adaptação da informação aos requisitos do usuário,
  - classificação temática da informação,
  - classificação da informação quanto aos requisitos de segurança.
d) Distribuição: consiste em transportar a informação a quem precisa dela. No
  público interno é importante para apoiar processos e decisões corporativas.
  Já para o público externo – parceiros, fornecedores, clientes, acionistas,
  grupos de pressão, governo entre outros – há uma preocupação no
  processo e na logística da distribuição de informações. Aspectos
  relacionados:
  - gestão do comportamento informacional.
e) Uso: é a etapa mais importante, pois se baseia no conhecimento dos
  ambientes interno e externo da organização e atuação nesses ambientes
  (CHAUMER, 1986).
f) Armazenamento: assegurar a conservação dos dados e informações.
  Possibilita o uso e reuso dessas, dentro da organização. Aspectos
  relacionados:
  - cópias-reserva (backup),
  - arquivo de documentos,
  - tabelas de temporalidade e destinação.
14



      g) Descarte: quando a informação é obsoleta ou perde a utilidade deve ser
         descartada, pois melhora o processo de gestão da informação. Aspectos
         relacionados com destruição segura de informações sigilosas.
      A metodologia da gestão estratégica da informação, proposta por Beal (2004),
será contemplada em cada etapa da metodologia do design digital, proposta por
Garrett (2002).




1.7 CRONOGRAMA




      Quadro 1 - Cronograma 1º semestre

                               Mar Abr Mai           Jun            Jul
Etapa / Dias                  2 30 2 11 14    15   18 28   29   2    5    6
Plano de Trabalho
Fundamentação Teórica
Pesquisa
Elaboração da Apresentação
Apresentação do Conceito
Ajustes na Apresentação
Qualificação
      Fonte: Elaboração do autor, 2012.
15



2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA




      Através da pesquisa e estudo em diversas fontes sobre a área de gestão
estratégica da informação pode-se compreender seus principais aspectos e
características pertinentes ao projeto.




2.1 CONCEITOS BÁSICOS




      Para compreender o que abrange a área de gestão estratégica da informação
é importante, inicialmente, conhecer e compreender alguns conceitos básicos –
diferença entre dado, informação e conhecimento; tipologia da informação; e
conceito de sistema de informação.




2.1.1 Dado, informação e conhecimento




      Entre   as   diversas   definições   existentes   sobre   dado,   informação   e
conhecimento, é possível verificar algo em comum entre os conceitos. A variação
entre estes termos pode ser observada de acordo com o grau de complexidade e
relevância de cada um, como procura representar a Figura 3.
16
                                                                                 6


      Figura 3 - Níveis hierá
                            árquicos da i
                                        informação




      Fonte: Be (2003, pá 12).
              eal       ág.




2.1.2 Tipologia da infor
    2                  rmação




      A nature das in
             eza    nformações podem se diversificar de aco
                             s       s                    ordo com o nível da
                                                                            a
orga         Moresi (200 classifi as informações e
   anização. M         00)      ica              em:
      a) inform
              mação de n
                       nível institu
                                   ucional;
         - perm
              mite ao nível institucional observar as variáv
                                          o                veis prese
                                                                    entes nos
                                                                            s
          amb
            bientes ex
                     xterno e in
                               nterno, com a finalid
                                         m         dade de m
                                                           monitorar e avaliar o
          desempenho e subsidiar o planeja
                                         amento e a decisões de alto nível,
                                                  as       s
      b) inform
              mação de n
                       nível interm
                                  mediário;
         - perm ao nív interme
              mite   vel     ediário observar variá
                                                  áveis prese
                                                            entes nos ambientes
                                                                      a       s
          exte
             erno e interno, monit
                                 torar e ava
                                           aliar seus p
                                                      processos, o planejamento e a
                                                               ,
          tomada de decisão de n
                               nível gerencial,
17



      c) informação de nível operacional;
         - possibilita ao nível operacional executar suas atividades e tarefas,
          monitorar o espaço geográfico sob sua responsabilidade e subsidiar o
          planejamento e a tomada de decisão de nível operacional.
      Uma segunda forma de divisão é apresentada por Lesca e Almeida (1994),
que categoriza em:
      a) informação de atividade;
         - aquela que permite à organização e garante seu funcionamento. Pedidos
          de compra, nota de saída de material, custo de implementação de um
          projeto são exemplos de informação de atividade,
      b) informação de convívio;
         - aquela que possibilita aos indivíduos se relacionarem e pode influenciar
          seus comportamentos. São exemplos desse tipo de informação: jornal
          interno, reunião de serviço, ação publicitária. A informação de convívio é,
          na maioria das vezes, não estruturada, estando presente em todos os
          níveis hierárquicos (operacional, gerencial e estratégico).
      A partir das categorias acima, Beal (2004) classifica um terceiro tipo de
informação:
      c) informação estratégica;
         - aquela capaz de melhorar o processo decisório em função da sua
          capacidade de reduzir o grau de incerteza em relação às variáveis que
          afetam a escolha das melhores alternativas para a superação de desafios
          e o alcance dos objetivos organizacionais.




2.1.3 Conceito de sistema de informação




      Entende-se por sistema o conjunto de elementos ou componentes que
interagem para atingir objetivos. A Figura 4 representa um modelo de sistema em
que o feedback trata da saída usada para fazer ajustes na atuação do sistema.
18
                                                                                8


      Figura 4 - Modelo de sistema




      Fonte: Be (2003, pá 16).
              eal       ág.


            stema de in
      Num sis         nformação entende-s como e
                              o         se,    entrada os dados cap
                                                                  pturados e
como saída a produção de informações úteis, comum
                                                mente no fo
                                                          ormato de relatórios.
Dura
   ante o processamen há a co
                    nto     onversão ou transfor
                                     o         rmação do dados em saídas
                                                       os      e       s
úteis Como fe
    s.      eedback, por exemplo estão os procedim
                               o,       s        mentos de d
                                                           detecção e correção
                                                                             o
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            dados de entrada. U
                              Uma representação de sistema de infor
                                                                  rmação no
                                                                          o
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   texto da or
             rganização é apresen
                      o         ntada na Figura 5.
                                         F
      Figura 5 - Sistema de informação no contexto da organiza
                          e                                  ação




      Fonte: Be (2003, pá 16).
              eal       ág.




2.2 O VALOR DA INFOR
                   RMAÇÃO P
                          PARA AS ORGANIZAÇÕES
                                  O




      Para as organizaç
            s         ções, toda informaçã de qual
                               a         ão      lidade tem valor sign
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    cilmente id
              dentificável. Lesca e Almeida (1994) rela
                                                      acionam os fatores que podem
                                                               s                 m
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                                                    erentes.
19



      a) Fator de apoio à decisão;
        - possibilita a redução da incerteza na tomada de decisão, proporcionando
          fazer as escolhas com menor risco e no momento certo.
      b) Fator de produção;
        - importante na criação de produtos (bens ou serviços) com maior valor e
          introdução no mercado.
      c) Fator de sinergia;
        - o desempenho de uma organização está condicionado à qualidade das
          ligações e relações entre as unidades organizacionais. Estas por sua vez
          dependem     da     qualidade     do    fluxo   informacional   existente     para
          proporcionar o intercâmbio de ideias e informações.
      d) Fator determinante de comportamento;
        - a informação exerce influência sobre o comportamento dos indivíduos e
          dos grupos, dentro e fora das organizações. Internamente, a informação
          influencia para que as ações dos indivíduos sejam condizentes com os
          objetivos corporativos. Externamente, a informação visa influenciar o
          comportamento       dos    envolvidos     (clientes,   fornecedores,       governo,
          parceiros etc.), de modo que se torne favorável ao alcance dos objetivos
          organizacionais.




2.2.1 As leis da informação




      A informação pode ser definida como um bem econômico a partir de sete leis
relacionadas por Moody e Walsh (1999):
      a) a informação é infinitamente compartilhável;
        -a    informação      pode    ser    compartilhada       infinitamente   e     usada
          simultaneamente por inúmeras pessoas, sem que seja consumida nesse
          processo. Essa característica pode ser explorada pelas organizações
          tanto na informação para uso interno, quanto na informação destinada
          aos integrantes do ambiente externo. A informação tem seu valor
          aumentado à medida que um maior número de usuários é atingido,
20



    resultando no fortalecimento dos vínculos e relacionamentos da
    organização com seu ambiente externo,
b) o valor da informação aumenta com seu uso;
  - quanto mais utilizada, maior o valor a ela associado. Como pré-requisitos
    para o uso efetivo da informação temos: (1) saber que ela existe; (2)
    saber onde ela é armazenada; (3) ter acesso a ela; (4) saber como utilizá-
    la; (5) receber a informação em formato adaptado às necessidades do
    usuário em termos de linguagem, nível de detalhamento e outros
    requisitos que assegurem sua adequação ao uso,
c) a informação é perecível;
  - a informação perde parte do seu valor potencial à medida que o tempo
    passa,
d) o valor da informação aumenta com a precisão;
  - de modo geral, quanto mais precisa for uma informação, mais útil ela é, e
    portanto mais valiosa se torna. Informações inexatas podem causar
    prejuízos, provocando erros operacionais e decisões equivocadas,
e) o valor da informação aumenta com a integração;
  - quanto mais integrada estiver a informação, maior seu valor potencial
    dentro das organizações. A integração da informação permite a obtenção
    de uma visão sistêmica dos processos, em substituição à visão estanque
    de funções, departamentos e produtos,
f) mais informação não é necessariamente melhor;
  - a informação, para ser útil, precisa ser filtrada usando-se critérios de
    relevância, quantidade e qualidade de sua apresentação. Informações
    que não resultem em decisões ou processos produtivos melhores não
    apresentam valor associado. Assim como a insuficiência, a sobrecarga de
    informação é prejudicial ao desempenho,
g) a informação se multiplica;
  - a informação é "autogenerativa", sendo dotada da propriedade de
    multiplicação por operações de síntese, análise e combinação.
21



2.3 ESTRATÉGIA E INFORMAÇÃO




2.3.1 Conceito de estratégia




      O conceito de estratégia foi estabelecido, inicialmente, no meio militar para
preparação de guerras. Ali, era utilizado para planejamento e para manobras e
posições vantajosas em relação ao inimigo. Mais tarde, no meio corporativo, o
conceito de estratégia foi alterado pelas mais variadas visões. Para Porter (1996),
referência mundial em estratégia competitiva, um posicionamento estratégico é
baseado em realizar atividades diferentes que as dos competidores que resulte num
maior valor para clientes e/ou valor comparável com custo mais baixo.
      Já para Beal (2003), estratégia é um conjunto de decisões tomadas para a
definição dos objetivos globais (estratégicos) associados a um determinado período
de tempo e identificação dos meios considerados mais adequados para a
organização superar seus desafios e alcançar esses objetivos.
      Embora o conceito não tenha uma definição universal, a estratégia é
fundamental para uma organização a fim de que essa decida, de forma organizada,
que respostas pretendem obter num determinado período de tempo, quais são as
metas e como atingi-las. Além disso, é preciso que se analise as mudanças
constantes do meio e, se necessário, reavaliar a estratégia adotada.




2.3.2 Evolução do planejamento estratégico




      O planejamento é um dos mais importantes processos dentro de uma
organização, pois é um preparo para o futuro e, ao mesmo tempo, uma direção a ser
seguida. O planejamento estratégico foi muito utilizado nas décadas de 60 e 70 de
uma forma rígida, com instruções detalhadas e com pouca flexibilidade de
mudanças. Tempo depois, com um maior dinamismo nos negócios, percebeu-se que
planejamentos estáticos não eram mais viáveis. Soluções rápidas e de curto prazo
22



foram as opções em que as empresas tiveram, porém, não foram as mais
adequadas.
      Hoje, há uma nova tendência para o planejamento estratégico que opta pela
democratização e que ratifica que o planejamento estático não é mais viável. Essa
perspectiva de democratização, defendido Boyett e Boyett (1999, p. 238), enfatiza
que tanto a alta direção, como gerentes intermediários e núcleo operacional são
importantes para um planejamento estratégico, pois todos podem possuir
informações importantes e pensamentos criativos para a organização.
      Para Adriana Beal, a organização adquire foco e constância de finalidade,
facilitando o movimento da posição atual para uma posição mais desejável com
economia de tempo, esforço, custos e recursos.




2.3.3 Estratégia e informação




      A informação é algo essencial para criação, implementação e avaliação de
qualquer estratégia. Sem as informações internas e do ambiente não se conhece os
pontos fortes e fracos da organização, bem como as ameaças e oportunidades que
o ambiente oferece. Assim as decisões estratégicas podem não serem as mais
adequadas. Quando as estratégias são baseadas nessas informações, consegue-se
identificar alternativas, tomar decisões corretas e em sintonia com o ambiente
externo, promover mudanças na estrutura e no processo organizacional resultando
num crescimento da organização (BEAL, 2003).




2.3.4 Estratégia e tecnologia da informação




      Com as reduções de custo de computadores e redes de comunicação e com
a facilidade de manuseio desses, as organizações passaram a possuir uma
tecnologia de informação mais completa e complexa. Essa é utilizada principalmente
para adicionar valor e qualidade aos produtos e serviços otimizando o processo
organizacional e eliminando barreiras de comunicação.
23



      Segundo Danvenport (2001, p. 235) o uso da tecnologia apropriada, que não
significa necessariamente a mais complexa ou poderosa, traz inúmeros ganhos às
organizações orientadas para informação. Os investimentos podem ser aplicados
não somente na tecnologia de ponta, mas também em fatores necessários à
incorporação como estrutura da organização, cultura e comportamento frente à
informação.
      Isso pode ser ratificado em sistemas de tecnologia de informação que não
atingem, na prática, todo seu potencial, pois o foco da organização é implantar
equipamentos e programas de alto nível esquecendo os ajustes nos processos
organizacionais e no comportamento diante a TI. Walton (1998) pondera que há uma
relação expressiva entre a TI e a organização e essa influência pode ser tanto
benéfica quanto negativa e isso depende das escolhas da organização. Também
defende que para a TI ser implantada é necessário que haja uma ação conjunta
entre aspectos tecnológicos com os aspectos sociais da organização.




2.4 GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO E DA TI




      Na gestão da informação não estão contemplados apenas a administração de
infraestrutura de TI e de sistemas de informação. Segundo Davenport (2001) deve-
se, ainda, contemplar a administração do comportamento informacional da
organização, da cultura organizacional e da equipe informacional. O importante é ter
elementos que possibilitem o maior retorno da informação disponível.




2.4.1 Etapas da gestão estratégia da informação




      É dividida em três etapas:
      a) planejamento;
         - a organização define estratégias corporativas, estratégias de informação
          e de TI, objetivos e metas para serem cumpridos, em um prazo
          estabelecido,
24



      b) execução;
        - as estratégias de informação e de TI são as principais referências para
          uma correta execução,
      c) avaliação e ação corretiva;
        - uso de um sistema que avalia o desempenho das estratégias de
          informação e de TI que estão sendo executadas.




2.4.2 Etapa de planejamento




      O planejamento estratégico é fundamental para que a informação e a
tecnologia de informação sejam planejadas, conforme estratégia geral da
organização. É importante que seja elaborado pela cúpula estratégica – pessoas
responsáveis pela organização – para que o foco na elaboração do planejamento
sejam as necessidades e a infraestrutura adequada para a informação e a TI. Para
esse planejamento é importante:
      a) Desenvolvimento de uma estratégia de informação e TI;
        - há várias metodologias. Podem ser tecnocêntricas ou que desconsideram
          o planejamento de informação entre outras. Para Foina (2002) o ideal
          seria desenvolver Plano de informação, Plano de sistemas e Plano de
          tecnologias. Segundo Beal (2004) o mais adequado seria dividir o
          planejamento estratégico em três etapas: a primeira durante o
          desenvolvimento da estratégia corporativa com a discussão sobre a
          estratégica da informação e da TI; a segunda o planejamento da
          informação e a terceira o planejamento da TI,
      b) alinhamento entre estratégia corporativa e estratégias de informação e de
        TI;
        - é possível esse alinhamento por uma interação e troca de informações
          periódicas por um fluxo contínuo na formulação das estratégias entre as
          alternativas de negócio e as alternativas informacionais e de TI. Com isso
          são identificadas oportunidades de novos recursos informacionais e de
          tecnologia   e   novas   oportunidades   competitivas.   Dependendo    da
          demanda, pode-se ter a necessidade até de modificar esse fluxo,
25



c) plano de informação e de TI;
   - deve registrar a análise informacional iniciada durante o processo de
     planejamento estratégico corporativo e complementada na etapa de
     planejamento da informação e da TI. Esse registro deve conter as
     necessidades da organização, os investimentos em sistemas de
     informação e os recursos tecnológicos previstos para o período,
d) etapas do planejamento estratégico da informação;
   - primeiramente, é importante um diagnóstico da relação da informação
     corporativa com os sistemas de informação disponíveis. Depois disso, é
     importante a análise de soluções de problemas, aproveitamento de
     oportunidades e estabelecer prioridades,
e) etapas do planejamento estratégico da TI;
  - é a identificação de alternativas de solução para questões tecnológicas
   conforme as necessidades informacionais, como aquisição de hardware e
   software, gestão de dados e informações, infra-estrutura de apoio entre
   outros. O planejamento também começa por um diagnóstico, ou seja,
   uma avaliação de itens (recursos informáticos, por exemplo) já existentes,
   qualificação do pessoal e outros. Após há a etapa de análise de
   alternativas, tanto de soluções como de oportunidades para a
   organização. A etapa final é consiste na formalização do plano de TI.
   Nessa, há o cuidado em associar os investimentos propostos e as reais
   necessidades da informação identificadas no plano de informação, o
   impacto organizacional e o custo/benefício dos investimentos propostos,
f) incorporação da perspectiva permanente ao plano estratégico de TI;
  - tem como objetivo a manutenção e o aperfeiçoamento dos resultados
   permanentes dos serviços de TI, a continuidade de uma equipe técnica
   competente e motivada, a análise do crescimento da demanda entre
   outros. Esse último tópico é importante, pois ajuda no plano de iniciativas
   de    expansão     dos    recursos   (microcomputadores,     espaço     de
   armazenamento de dados, capacidade da rede etc.),
g) atualização periódica dos planos de informação de TI;
   - é importante para se adaptar às mudanças do ambiente externo e
     interno e ter sucesso nas novas estratégias.
(BEAL, 2003)
26



2.4.3 Etapa de execução das estratégias de informação e de TI




      Execução dos objetivos estratégicos estabelecidos no planejamento. Nessa
etapa pode-se deparar com novas necessidades, caso haja falha em algum
processo anterior; seja no fluxo de informação, em alguns dados, entre outros.
      a) Desenvolvimento de Planos Operacionais de TI;
         - seu foco é nas prioridades e metas relativas aos recursos de TI e por isso,
          em alguns casos, é preciso estabelecer planos operacionais ou outros
          planos relacionados à gestão da mudança,
      b) Gestão da mudança;
         - é comum durante a fase de execução da estratégia mudanças na
          estrutura organizacional e nos processos de trabalho. A organização
          precisa estar preparada para lidar com riscos de conseqüências
          negativas, para administrar essas mudanças do modo mais adequado e
          para comunicar, o mais rápido possível, os valores positivos da mudança,
      c) Equilíbrio de prioridades entre objetivos estratégicos permanentes;
         - quanto melhor for o equilíbrio entre os objetivos estratégicos permanentes
          e prioridades melhor será distribuição dos recursos e menores são os
          riscos de competição pelos recursos disponíveis da organização, assim
          como menores são os riscos de prejuízo da organização,
      d) Processos de Gestão de TI;
         - além do equilíbrio necessário apresentado no tópico anterior, outros
          processos são necessários para a execução adequada da estratégia de
          TI da situação atual para a situação planejada,
      e) Alguns exemplos de processos são;
         - gestão de riscos associados aos investimentos, alocação de recursos,
          administração do ciclo de vida das aplicações, gestão do nível do serviço,
          gestão da configuração, gestão da capacidade, gestão de dados, gestão
          de mudanças, gestão da arquitetura de TI, gestão de projetos, gestão de
          relacionamento entre projetos e outros.
      (BEAL, 2003)
27



2.4.4 Avaliação da estratégia de informação e ação corretiva




      Nessa etapa de avaliação, é importante haver um sistema avaliativo que
analise o desempenho da estratégia da informação. Com isso é possível identificar
problemas no desempenho e procurar as melhores soluções e ações corretivas
necessárias.
      Os sistemas de avaliação ou controle do desempenho fornecem dados
precisos para regular os processos e atividades organizacionais, ajudam nas
decisões de conduta organizacional e são importantes indicadores de necessidade
de mudanças nos processos.
      Os indicadores de desempenho podem ser classificados e relacionados com
resultados     (competitividade,   produtividade,     desempenho    financeiro)   e   os
relacionados    com    os   fatores   determinantes    desses   resultados   (qualidade,
flexibilidade, utilização de recursos, inovação) e o mais para equilibrar esses
indicadores é o Balanced Scorecard (BSC), de Kaplan e Norton (1997, p. 25). Essa
metodologia inclui:
      a) a tradução de estratégias de negócio em ações operacionais;
      b) a seleção dos projetos que oferecem o maior retorno para o negócio;
      c) o desenvolvimento de mecanismos de medição;
      d) a medição, análise e comunicação de resultados;
      e) a oportunidade de descoberta de formas de melhorar o desempenho.
      (BEAL, 2003)




2.4.5 Gestão da informação não estruturada




      É frequentemente ignorada, pois é presente na forma verbal ou impressa
registrada em sistemas de informação ou disponível em papel. A gestão da
informação não estruturada é importante nas etapas da gestão estratégica, -
planejamento, execução, avaliação e ação corretiva – pois faz parte do ambiente
informacional e pode representar um importante dado nas organizações, pois
28



abrange fatores importantes que não sejam econômicos ou quantitativos. É um dos
sinais da repercussão da organização entre outros.




2.5 GESTÃO ESTRATÉGICA DO CONHECIMENTO




      Davenport e Prusak (1998) definem a gestão do conhecimento como ações
sistemáticas de uma organização para conseguir o maior retorno de conhecimento
disponível. Além disso, são objetivos da organização transformar as informações
acessíveis em conhecimento produtivo, estimular o aprendizado individual e coletivo
e incluir esses conhecimentos aos processos, sistemas administrativos, modelos e
rotinas organizacionais. Para que isso se concretize, é interessante estimular
projetos multidisciplinares, reuniões tanto virtuais quanto presenciais, grupos de
pesquisa entre outros.
      Esse conhecimento disponível se classifica em conhecimento explícito ou
tácito. Conhecimentos explícitos são aqueles que podem ser convertidos em
documentos, roteiros e treinamentos e os tácitos são os difíceis de registrar,
documentar ou ensinar outras pessoas.
      Esses dois tipos de conhecimento podem ser compartilhados através do
sistema de gestão do conhecimento, porém cada um tem uma estratégia mais
adequada. A estratégia de codificação é mais recomendável ao conhecimento
explícito, pois o conhecimento pode ser codificado e armazenado em base de
dados, além de muitas pessoas terem acesso a ele sem precisar recorrer à pessoa
que o desenvolveu. Já a estratégia de personificação é mais adequada ao
conhecimento tácito, porque o conhecimento é interligado com a pessoa que o
desenvolveu e é propagada por pessoa-a-pessoa, ou seja, há maior diálogo entre
indivíduos da organização (BEAL, 2003).
      Davenport e Prusak (1998, p. 184) apontam oito itens para projetos de gestão
do conhecimento nas organizações:
      a) cultura orientada para o conhecimento;
      b) infraestrutura técnica e organizacional;
      c) apoio da alta gerência;
      d) vinculação ao valor econômico ou setorial;
29



e) alguma orientação para processos (o gerente de projeto do conhecimento
  deve ter uma boa visão de seu cliente e seu grau de satisfação e da
  produtividade e qualidade dos serviços oferecidos);
f) clareza de visão e linguagem e elementos motivadores não triviais (os
  funcionários precisam ser motivados a criar, compartilhar e usar o
  conhecimento. Os elementos motivadores não podem ser triviais, como
  oferta de bônus para funcionários que contribuem com a base de
  conhecimento; eles devem representar incentivos duradouros e vinculados
  ao restante da estrutura de avaliação e remuneração);
g) algum nível da estrutura do conhecimento (um projeto de gestão do
  conhecimento não pode ser excessivamente estruturado, já que o
  conhecimento é naturalmente fluido e estreitamente ligado às pessoas que
  o possuem, mas um repositório de conhecimento completamente
  desprovido de estrutura não consegue servir a finalidade. A categorização
  e uso de palavras-chaves facilita a usabilidade do banco do conhecimento
  organizacional);
h) múltiplos canais para a transferência do conhecimento (o conhecimento
  deve ser transferido por meio de uma diversidade de canais que se
  reforçam mutuamente - além das facilidades de comunicação à distância, é
  preciso estabelecer um ambiente que possibilite também oportunidades de
  contato face a face).
30



3 PESQUISA




      Os dados levantados durante a pesquisa serão descritos, neste capítulo, em
que constam a origem da RCC, seu histórico no Brasil, missão, visão, valores no
cenário   nacional,   valores   na   Arquidiocese,   planejamento   estratégico   de
evangelização, análise SWOT, público de interesse e referências visuais. Sendo que
tanto o planejamento estratégico quanto a análise SWOT foram desenvolvidos pelo
próprio movimento a partir da realização do CENSO (2010).
      Considerando que se trata de um sistema gerencial para um movimento que
não visa lucro não será necessário avaliar perfil sócio-econômico dos usuários. Este
dado seria mais relevante para projetar produto ou fornecer serviço comercial.




3.1 A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA




      A Renovação Carismática Católica começou em um retiro para estudantes
universitários na Universidade de Duquesne, em Pittsburgh (Pennsylvania), em
fevereiro de 1967. Os estudantes passaram a maior parte deste fim de semana em
oração, pedindo a Deus que os deixassem experimentar a graça recebida através do
Batismo e da Crisma. Naquele fim de semana, os estudantes tiveram uma poderosa
e transformadora experiência de Deus que passou a ser conhecida como “Batismo
no Espírito”. O relato do final de semana e a experiência do Espírito Santo
rapidamente se espalharam pelo campus da Universidade de Duquesne e, depois,
por outras universidades americanas.
      Logo, essa experiência carismática extrapolou as universidades e atingiu as
paróquias e outras instituições católicas. Associações e organizações livres foram
formadas. Congressos de carismáticos católicos começaram a acontecer, levando
mais de 30.000 pessoas ao campus da Universidade de Notre Dame em Indiana em
meados da década de 70. A Renovação chamou a atenção da Igreja e os líderes do
movimento se encontraram com o Papa Paulo VI em 1975, e com o Papa João
Paulo II em várias ocasiões. Além disso, diversas Conferências Episcopais de vários
países escreveram cartas pastorais de encorajamento e apoio ao movimento.
31



          A Renovação Carismática Católica não é um movimento mundial unificado e
isolado. Ela não tem um fundador único ou um grupo de fundadores como outros
movimentos. Ela também não tem uma lista de membros. Abriga uma diversidade de
indivíduos, grupos e atividades – comunidades de vida e aliança, grupos de oração,
grupos de partilha, paróquias renovadas, congressos, retiros e também atinge vários
apostolados e ministérios –, frequentemente independentes uns dos outros, em
estágios e modos de desenvolvimento diferentes e com ênfases diferentes, embora
compartilhem a mesma experiência fundamental e adotem os mesmos objetivos
gerais.
          A linha comum do movimento é o “Batismo do Espírito Santo”. Para muitas
pessoas, esta nova, poderosa e transformadora efusão do Espírito Santo acontece
durante um seminário cuidadosamente preparado que se chama “Seminário de Vida
no Espírito”, embora muitas pessoas tenham sido batizadas fora deste seminário.
          A Renovação Carismática Católica está presente em cerca de 238 países e já
proporcionou momentos de espiritualidade, crescimento na fé e transformação na
vida de aproximadamente 100 milhões de católicos. Nos últimos anos, parece que o
número de participantes diminuiu em alguns países, mas, em outros, o número
continua a crescer a uma taxa impressionante (Cf. Anexo A).




3.1.1 Histórico no Brasil




          No Brasil a Renovação Carismática teve origem na cidade de Campinas, SP,
através dos padres Haroldo Joseph Rahm e Eduardo Dougherty4.
          A partir de 1980, a Renovação Carismática consolidou-se institucionalmente,
espalhando-se por todo o território nacional, vindo a ocupar um espaço significativo



4
    Nos últimos anos, surgiram alguns estudos sobre a história da Renovação Carismática no Brasil.
Entre os mais recentes, destaca-se a obra de Ronaldo de Sousa – Instituição e Carisma: relações de
poder na RCC. Aparecida: Editora Santuário, 2004. – e a de Brenda Carranza – Renovação
Carismática Católica: origens mudanças e tendências. Aparecida: Editora Santuário, 2000 –, que
procura detalhar esta fase inicial, avaliando também que influência e contribuição ambos os padres
desempenharam no rumo que o movimento terá a partir de Campinas.
32



na mídia, seja como objeto de notícias, seja como usuária dos meios de
comunicação social.
          Em 1980, Pe. Eduardo Dougherty fundou a Associação do Senhor Jesus
(ASJ). Partindo da venda de material religioso, tal como livros de formação e de
cânticos, tendo em vista atingir a realização de programas de TV. Logo em seguida
foi criado o programa "Anunciamos Jesus", que em 1986, já cobria através de três
redes de TV, 60% do território nacional. A partir de 1990, a ASJ fundou o Centro de
Produções Século XXI, que possui três grandes estúdios de TV, na cidade de
Valinhos, São Paulo. Atualmente, possui um sistema televisivo próprio com objetivo
de, em médio prazo, estar com retransmissoras em todas as regiões do Brasil.
          Também se destaca nos meios de comunicação a Comunidade Canção
Nova. Iniciada em 1974 na cidade de Lorena, a Comunidade adquiriu em 1980, em
Cachoeira Paulista, uma Rádio e em 1989, conseguiu uma concessão de TV.
Através da Fundação João Paulo II, a Rede Canção Nova TV é o canal católico que
mais cresce no Brasil, possui retransmissoras em todas as Regiões do país, estando
também presente na Itália e Portugal.
          É, também, a partir de 1990 que acontece a grande “explosão” da Renovação
Carismática que atinge milhões de brasileiros. Pierucci e Prandi (1996), por ocasião
das eleições de 1994, realizaram um levantamento quantitativo sobre a Renovação
Carismática no Brasil (Cf. Quadro 2)5.




5
    Cf. PIERUCCI, Antonio Flávio; PRANDI, Reginaldo. A realidade social das religiões no Brasil. São
Paulo: Editora Hucitec, 1996, p. 211-237. Tudo indica que esta foi, até o momento, a principal
pesquisa com dados estatísticos significativos sobre a Renovação Carismática no Brasil.
33


          Quadro 2 - Religiões no Brasil - população adulta
           Religião                           No. Total de fiéis
                                              (em milhões)
           Católicos: Tradicionais            61,4
                      Carismáticos            3,8
                      CEBs                    1,8
                      Outros Movimentos       7,9
           Evangélicos: Históricos            3,4
                         Pentecostais         9,9
           Kardecistas                        3,5
           Afro-brasileitros: Umbanda         0,9
                             Candomblé        0,4
           Outras                             2
           Nenhuma                            4,9

          Fonte: Pierucci, 1996.


          O resultado apresenta três milhões e oitocentos mil como o número de
católicos carismáticos no conjunto da população brasileira adulta, sendo que 70%
deles são mulheres; a maioria possui um expressivo contingente de donas de casa
(24%), a maior parte dos que estão ocupados são funcionários públicos (22%).
          Trata-se de um número muito elevado, pois era praticamente igual ao total de
evangélicos que seguem as denominações protestantes históricas; sendo menos de
um terço dos evangélicos pentecostais; o dobro dos católicos das comunidades
eclesiais de base (CEBs); número similar ao de espíritas kardecistas; e quase três
vezes o total dos adeptos das religiões afro-brasileiras6.
          Estudos mais recentes, contrariando alguns prognósticos da não expansão da
base social da Renovação para além da classe média, indicam que o movimento
também chegou às camadas trabalhadoras dos bairros populares, onde há uma
tendência ao crescimento acelerado7.
          Atualmente, a Renovação Carismática encontra-se presente em todos os
Estados e também no Distrito Federal, com 285 coordenações (arqui)diocesanas
organizadas e cadastradas junto ao Escritório Nacional.
          Em estimativa feita no final do ano de 2005, junto às coordenações estaduais
da RCC, contabilizou-se como aproximadamente 20.000 o número de grupos de

6
    Cf. PRANDI, Reginaldo. Op. cit. p. 34.
7
    Cf. MARIZ, Cecília Loreto. Católicos da libertação, católicos renovados e neopentecostais. In:
CERIS. Pentecostalismo, Renovação Carismática Católica e Comunidades Eclesiais de Base. Uma
análise comparada. Cadernos do CERIS, Ano I, n. 2, p. 17-42, out. 2001.
34



oração em todo o Brasil, isto sem contar as comunidades de vida, de aliança,
associações e inumeráveis outras atividades de apostolado ligadas à RCC.




3.1.2 Missão




      No Planejamento estratégico de evangelização, RCC Brasil (2012) define a
missão do movimento em “Fazer discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo
evangelizando o povo de Deus no Brasil, a partir da experiência do Batismo no
Espírito Santo”. A Arquidiocese de Florianópolis utilizou-se de missão semelhante
apenas restringindo o alcance de suas ações para o território ao qual está
estabelecida.




3.1.3 Visão




      A RCC Brasil (2012), neste mesmo planejamento, define como visão para o
movimento no âmbito nacional “Consolidar em todo o território brasileiro a
Renovação Carismática Católica na condição de Movimento Eclesial ardoroso,
organizado, unido e missionário que manifesta o rosto e a memória de Pentecostes,
tanto em comunidade quanto na pessoa de cada um dos seus membros em todos
os ambientes onde se encontrarem”. Novamente a Arquidiocese de Florianópolis
utilizou-se da mesma visão que a do planejamento estratégico de evangelização
nacional limitando-se a consolidar o movimento no território da arquidiocese.




3.1.4 Valores RCC Brasil




      a) Procurar constantemente a plenitude do Espírito Santo, deixando-se
         possuir e conduzir por Ele para bem viver a vocação cristã na Igreja e no
         mundo.
35



     b) Considerar a unidade como fundamento de todas as atividades da RCC
        Brasil.
     c) O primado dado à vocação de cada cristão à santidade.
     d) A responsabilidade em professar a fé católica, acolhendo e proclamando a
        verdade sobre Cristo, sobre a Igreja e sobre o homem em obediência ao
        Magistério da Igreja que autenticamente a interpreta.
     e) O testemunho de uma comunidade sólida e convicta, em relação filial com
        o Papa e com o Bispo.
     f) Conformidade, estima recíproca e adequada comunhão entre todas as
        formas de apostolado da Igreja.
     g) O empenho de uma presença na sociedade humana que, à luz da doutrina
        social da Igreja, se coloque a serviço da dignidade integral do homem.
     h) Relação filial com Maria, mãe de Jesus, vivência sacramental, vida pessoal
        de oração, prática de jejuns e das virtudes teologais e morais, além da
        observância dos mandamentos da Lei de Deus e da Igreja.
        (RCC BRASIL, 2012)




3.1.5 Valores RCC Arquidiocese




     a) Docilidade ao Espírito Santo e vivencia da vocação crista na Igreja e no
        mundo.
     b) Unidade como fundamento das atividades da RCC.
     c) Vocação à Santidade.
     d) Professar a Fé Católica, acolhendo-a e proclamando-a como verdade, em
        obediência ao Magistério da Igreja que a interpreta.
     e) Testemunho de comunidade sólida, que tem relação filial com o Papa e
        com o Arcebispo.
     f) Vivência harmônica com os apostolados e demais movimentos da Igreja.
     g) Valorização da Vida à luz da doutrina social da Igreja. Colocar-se a serviço
        em favor da dignidade integral do homem.
36



         h) Relação filial com Maria - mãe de Jesus, vivência sacramental, vida
           pessoal de oração, prática de jejuns e das virtudes teologais e morais, além
           da observância dos mandamentos da Lei de Deus e da Igreja.
         (PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, 2010)




3.1.6 Planejamento estratégico de evangelização




         Por se tratar de um movimento da Igreja Católica, de cunho evangelizador, a
Renovação Carismática Católica na arquidiocese de Florianópolis elaborou não
apenas um planejamento estratégico com objetivo administrativo, mas um
planejamento estratégico de evangelização (PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO,
2010).




3.1.6.1 Análise SWOT




         O planejamento estratégico da RCC na arquidiocese contemplou uma análise
SWOT onde foram avaliadas as ameaças, oportunidades, forças e fraquezas. Esta
análise trouxe o seguinte resultado:
         a) ameaças (externas);
           - (9) mídia influenciando para os valores mundanos (sexualidade,
            consumismo, individualismo, etc. ex: novelas), principalmente os jovens,
            famílias e 3ª idade,
           - (9) Instituições de Ensino (escolas e faculdades) incentivadas e apoiadas
            por ações governamentais para o Laicismo,
           - (9) famílias sem formação e vivencia religiosa levando principalmente os
            jovens à indiferença religiosa e ao sagrado,
           - (9) Cultura de Morte inibindo a cultura de Pentecostes,
           - (3) Temporada de Verão que desvia e destrói os valores morais e
            religiosos,
           - (3) secularismo,
37



  - (3) Relativismo Religioso,
  - (3) Igrejas Pentecostais e Seitas,
b) oportunidades (externas);
  - (9) utilizar os meios de comunicação: TV, rádio, internet, blog, outdoor,
    etc.,
  - (9) formação básica para as famílias,
  - (9) evangelizar nas escolas,
  - (9) evangelizar na temporada de verão (atingir os veranistas),
  - (9) catequese (ações evangelizadoras querigmáticas) para os jovens e
    para os pais dos jovens,
  - (9) atuar na política – intervir em projetos contra a vida e propor projetos a
    favor da vida e da evangelização,
  - (9) atrair os jovens pela música (shows de evangelização, ministérios de
    música),
  - (3) visita a doentes que tem carência afetiva/espiritual para evangelizar,
  - (3) buscar pessoas decepcionadas com as “coisas do mundo”,
  - (1) acompanhamento de jovens inseridos na Igreja,
c) forças (internas);
  - (9) testemunhos,
  - (9) pregação da palavra de Deus (dar acesso às pessoas a um
    aprofundamento e experiência da palavra),
  - (9) motivação & dinamismo,
  - (9) força de evangelização (encontros de massa),
  - (9) experiência pessoal de Pentecostes (dons & carismas vivenciados),
  - (9) experiência de oração,
  - (3) vivência sacramental,
  - (3) perseverança na caminhada,
  - (3) desenvoltura na comunicação dos servos,
  - (3) coragem & ousadia,
d) fraquezas (internas);
  - (9) valores religiosos se perdendo (o sagrado),
  - (9) falta de sequência nas coordenações,
  - (9) falta de pregadores nos grupos de oração,
  - (9) desconhecimento e desinformação dos sacramentos,
38



         - (9) acolhida nos grupos de oração,
         - (3) vivência dos carismas,
         - (3) formação de lideranças e de servos,
         - (3) falta de unção nas reuniões de oração,
         - (3) falta de recursos financeiros para projetos de evangelização,
         - (3) falta de apoio dos sacerdotes ao movimento, muitas vezes criticando e
          prejudicando o movimento,
         - (3) excesso de compromissos, deixando de “servir” como deveria,
         - (3) contra-testemunho de servos.
      Cada um dos itens acima foi pontuado de acordo com a importância, sendo
avaliada em: (1) baixa, (3) média e (9) alta. Em seguida, o próximo passo do
planejamento estratégico foi organizar uma matriz de análise estratégica (Cf. Quadro
3) para melhor observar os resultados e tirar conclusões que possibilitem priorizar
investimentos e ações de forma estratégica.
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Desenvolvimento de Sistema Web para Gestão da Informação na Renovação Carismática Católica da Arquidiocese de Florianópolis

  • 1. FILIPE POLETTO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA WEB PARA GESTÃO DA INFORMAÇÃO NA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DA ARQUIDIOCESE DE FLORIANÓPOLIS Este Trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Design e aprovado em sua forma final pelo curso de Design, da Universidade do Sul de Santa Catarina. Florianópolis, 05 de Dezembro de 2012. _________________________________ Prof. e Orientador Claudio Henrique da Silva Msc. . Universidade do Sul de Santa Catarina ________________________________ Kamila Souza Msc. Universidade do sul de Santa Catarina _________________________________ Valnei Carlos Denardin Msc. Universidade do Sul de Santa Catarina
  • 2. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA FILIPE POLETTO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA WEB PARA GESTÃO DA INFORMAÇÃO NA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DA ARQUIDIOCESE DE FLORIANÓPOLIS Florianópolis 2012
  • 3. FILIPE POLETTO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA WEB PARA GESTÃO DA INFORMAÇÃO NA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DA ARQUIDIOCESE DE FLORIANÓPOLIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de graduação em Design da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Orientador: Prof. Cláudio Henrique da Silva, Msc. Florianópolis 2012
  • 4. AGRADECIMENTOS A Deus pelo dom da vida e por Sua providência, pois quanto mais confio Nele, mais Ele me abençoa com inúmeras graças. Aos meus pais que sempre tiveram preocupação e esmero em prover ótimas condições para o estudo de seus filhos. Aos meus empregadores pela oportunidade de trabalho, sem o qual não teria condições de fazer este curso que deverá guiar meu futuro profissional. À minha irmã Ester, também se dedicando à sua formação e estudos, sempre encontrou tempo para me ouvir. Ao meu irmão Emanuel e sua esposa Vanessa por terem compartilhado de todo o meu esforço, sendo decisivos para que eu chegasse à segunda fase do trabalho. À prima Lígia, seu marido Décio e sua filha Sara por terem colaborado de forma admirável para a continuação nos meus estudos, após o falecimento de minha mãe Evanir. Aos meus irmãos do Grupo de Oração Maranathá por estarem comigo em todos os momentos; de dificuldade, de vitórias, de tristezas e de alegrias e que, também, fazem de minha família. À Renovação Carismática Católica por me ajudar a ser um homem equilibrado e interessado em buscar o conhecimento para ser um ótimo profissional. À minha namorada Anara e sua família por abrir espaço para estudarmos juntos; por ser testemunho de que vale a pena investir na educação e no conhecimento e por me incentivar a colocá-los à disposição dos outros, por meio de serviços voluntários. Aos meus colegas e professores da Unisul por colaborarem na minha formação acadêmica, por meio das discussões e reflexões a respeito do Design e suas aplicações na sociedade atual. A todos que foram compreensíveis comigo, principalmente neste período de finalização da graduação, pois muitas vezes tive que ser ausente ou não atender o esperado como família, amigos e colegas de trabalho. Espero com a conclusão dos estudos poder retornar à devida atenção como merecem.
  • 5. RESUMO Propor um sistema web que permita gerir informação na Renovação Carismática Católica da Arquidiocese de Florianópolis e que unifique e promova a comunicação interna entre os membros do movimento da Igreja Católica na região. O cenário de pesquisa é a arquidiocese de Florianópolis, Santa Catarina, que abrange as comarcas de Brusque, Itajaí, Tijucas, Biguaçu, São José, Florianópolis, Estreito e Santo amaro da Imperatriz, sendo que apenas, na última a Renovação Carismática Católica não possui representação. Como resultados destaca-se a dificuldade de comunicação, não apenas entre lideranças da arquidiocese e comarcas, mas também entre comarcas e grupos de oração. A partir da análise, utilizou-se a atividade consciente e criativa do design combinando ferramentas e tecnologias levando em consideração as questões sociais. Como fruto deste trabalho foi desenvolvido um sistema que possibilita a comunicação entre os membros e seus diferentes papéis na Renovação Carismática Católica na Arquidiocese de Florianópolis. Palavras-chave: Design. Sistemas de Informação. Gestão da Informação.
  • 6. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - The Elements ............................................................................................ 11  Figura 2 - Modelo proposto para representar o fluxo da informação nas organizações ............................................................................................................. 12  Figura 3 - Níveis hierárquicos da informação ............................................................ 16  Figura 4 - Modelo de sistema .................................................................................... 18  Figura 5 - Sistema de informação no contexto da organização................................. 18  Figura 6 - Quadro de posicionamento e direcionamento estratégico ........................ 41  Figura 7 - Questionário aplicado - Distribuição por ocupação ................................... 42  Figura 8 - Questionário aplicado - Faixa etária.......................................................... 42  Figura 9 - Questionário aplicado - Nível de escolaridade .......................................... 43  Figura 10 - Questionário aplicado - Tempo, em média, que passa conectado à internet ......................................................................................................................43  Figura 11 - Questionário aplicado - Utilização de redes sociais ................................ 44  Figura 12 - Painel semântico de estilos que caracterizam o público de interesse..... 45  Figura 13 - Tela de perfil no Facebook ...................................................................... 47  Figura 14 - Bate-papo no Facebook .......................................................................... 48  Figura 15 - Eventos no Facebook ............................................................................. 48  Figura 16 - Mensagens no Facebook ........................................................................ 49  Figura 17 - Publicar texto no mural do Facebook ...................................................... 49  Figura 18 - Publicar imagem ou vídeo no mural do Facebook .................................. 49  Figura 19 - Tela inicial no Google Groups ................................................................. 50  Figura 20 - Inserir postagem no Google Groups ....................................................... 51  Figura 21 - Gerenciamento no Google Groups ......................................................... 51  Figura 22 - Mapa mental do sistema web ................................................................. 55  Figura 23 - Wireframe da página Home .................................................................... 58  Figura 24 - Wireframe da página Agenda ................................................................. 59  Figura 25 - Wireframe da página Eventos ................................................................. 60  Figura 26 - Wireframe da página com detalhes de um evento .................................. 61  Figura 27 - Wireframe da página Notícias ................................................................. 62  Figura 28 - Wireframe da página Balanço ................................................................. 63  Figura 29 - Wireframe da página Cadastrar orçamentos .......................................... 64 
  • 7. Figura 30 - Wireframe da página Acompanhar orçamentos ...................................... 65  Figura 31 - Wireframe da página Detalhes do orçamento ......................................... 66  Figura 32 - Wireframe da página Cadastro ............................................................... 67  Figura 33 - Wireframe da página Editar cadastro ...................................................... 68  Figura 34 - Versões da Marca RCC Brasil ................................................................ 70  Figura 35 - Aplicação da logomarca atual com a cor vermelho de fundo .................. 70  Figura 36 - Tipografia padrão RCC Brasil ................................................................. 71  Figura 37 - Logomarca SIGI RCC na versão de sigla com símbolo e logotipo, na negativa .....................................................................................................................71  Figura 38 - Logomarca SIGI RCC na versão de sigla, na negativa ........................... 72  Figura 39 - Logomarca SIGI RCC na versão de sigla em cor sólida ......................... 72  Figura 40 - Tipografia definida para o SIGI RCC....................................................... 73  Figura 41 - What is responsive design ...................................................................... 74  Figura 42 - Barra de navegação principal do SIGI RCC ............................................ 75  Figura 43 - Padronização dos botões com diversos status ....................................... 75  Figura 44 - Padrozinação de elementos para formulários ......................................... 77  Figura 45 - Breadcrumbs ........................................................................................... 78  Figura 46 - Paginadores ............................................................................................ 78  Figura 47 - Labels (etiquetas).................................................................................... 78  Figura 48 - Barras de progresso................................................................................ 78  Figura 49 - Mensagens de alerta............................................................................... 79  Figura 50 - Página inicial onde o usuário precisa logar para ter acesso ao SIGI RCC .......................................................................................................................... 79  Figura 51 - Página inicial no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) .................................................................................................................. 80  Figura 52 - Página que explica o que é o sistema e as vantagens para cadastramento........................................................................................................... 81  Figura 53 - Página sobre o sistema web no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) .................................................................................................. 82  Figura 54 - Detalhe do menu expandido, para usuário sem cadastro, no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480)......................................................... 83  Figura 55 - Página Home no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ........ 84  Figura 56 - Página Home no formato Mobile horizontal com alta resolução (960x640) .................................................................................................................................. 85 
  • 8. Figura 57 - Página Home no formato Mobile horizontal com baixa resolução (640x960) .................................................................................................................. 86  Figura 58 - Página Home nos formatos Mobile horizontal (480x320) e vertical (320x480) com baixa resolução, respectivamente .................................................... 87  Figura 59 - Detalhe do menu principal, quando o usuário estiver logado, no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) ........................................... 88  Figura 60 - Página Contatos com listagem por Grupos, Servos, Comarcas e Arquidiocese no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600)............................ 89  Figura 61 - Página Contatos no formato Mobile horizontal com alta resolução (960x640) .................................................................................................................. 90  Figura 62 - Página Contatos no formato Mobile vertical com alta resolução (640x960) .................................................................................................................................. 90  Figura 63 - Página Contatos no formato Mobile horizontal com baixa resolução (480x320) .................................................................................................................. 91  Figura 64 - Página Contatos no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) .................................................................................................................. 91  Figura 65 - Página Agenda no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600)...... 92  Figura 66 - Página Agenda no formato Mobile horizontal com alta resolução (960x640) .................................................................................................................. 92  Figura 67 - Página Agenda no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) .................................................................................................................. 93  Figura 68 - Página Cadastrar evento no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ................................................................................................................. 94  Figura 69 - Página Cadastrar evento no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) .................................................................................................. 95  Figura 70 - Página Pesquisar evento no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ................................................................................................................. 96  Figura 71 - Página Pesquisar evento no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) .................................................................................................. 96  Figura 72 - Página Notícias no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ..... 97  Figura 73 - Página Notícias no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) .................................................................................................................. 98  Figura 74 - Página Cadastrar notícia no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ................................................................................................................. 99 
  • 9. Figura 75 - Página Cadastrar notícia no formato Mobile vertial com baixa resolução (320x480) ................................................................................................ 100  Figura 76 - Página Pesquisar notícias no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ............................................................................................................... 100  Figura 77 - Página Pesquisar notícias no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) ................................................................................................ 101  Figura 78 - Página Orçamentos no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ............................................................................................................... 101  Figura 79 - Página Orçamentos no formato Mobile vertical com baixa resolução (340x480) ................................................................................................................ 102  Figura 80 - Página Cadastrar orçamentos no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ............................................................................................................... 102  Figura 81 - Página Cadastrar orçamentos no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) ................................................................................................ 103  Figura 82 - Página Pesquisar orçamentos no formato Tablet e Desktop (superior a 1024x600) ............................................................................................................ 103  Figura 83 - Página Pesquisar orçamentos no formato Mobile vertical com baixa resolução (320x480) ................................................................................................ 104  Figura 84 - Perguntas gerais para todos os servos - Página 1 ............................... 114  Figura 85 - Perguntas gerais para todos os servos - Página 2 ............................... 115  Figura 86 - Perguntas específicas para os membros do conselho - Página 1 ........ 116  Figura 87 - Perguntas específicas para os membros do conselho - Página 2 ........ 117  Figura 88 - Growth of the Catholic Charismatic Renewal on the 7 continents, AD 1970 - AD 2000 ....................................................................................................... 118  Figura 89 - Comarcas pastorais da Arquidiocese de Florianópolis ......................... 120 
  • 10. LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Cronograma 1º semestre ........................................................................ 14  Quadro 2 - Religiões no Brasil - população adulta .................................................... 33  Quadro 3 - Matriz de análise estratégica ................................................................... 39  Quadro 4 - Religiões no Brasil - população adulta .................................................. 119 
  • 11. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6  1.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................... 6  1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 7  1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 7  1.2.2 Objetivos específicos....................................................................................... 8  1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 8  1.4 ESCOPO ............................................................................................................... 9  1.5 ADERÊNCIA À LINHA DE PESQUISA ................................................................. 9  1.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 10  1.6.1 Natureza da pesquisa..................................................................................... 10  1.6.2 Metodologia projetual .................................................................................... 10  1.7 CRONOGRAMA .................................................................................................. 14  2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 15  2.1 CONCEITOS BÁSICOS ...................................................................................... 15  2.1.1 Dado, informação e conhecimento ............................................................... 15  2.1.2 Tipologia da informação ................................................................................ 16  2.1.3 Conceito de sistema de informação ............................................................. 17  2.2 O VALOR DA INFORMAÇÃO PARA AS ORGANIZAÇÕES ............................... 18  2.2.1 As leis da informação .................................................................................... 19  2.3 ESTRATÉGIA E INFORMAÇÃO ......................................................................... 21  2.3.1 Conceito de estratégia ................................................................................... 21  2.3.2 Evolução do planejamento estratégico ........................................................ 21  2.3.3 Estratégia e informação ................................................................................. 22  2.3.4 Estratégia e tecnologia da informação ......................................................... 22  2.4 GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO E DA TI....................................... 23  2.4.1 Etapas da gestão estratégia da informação ................................................. 23  2.4.2 Etapa de planejamento .................................................................................. 24  2.4.3 Etapa de execução das estratégias de informação e de TI ......................... 26  2.4.4 Avaliação da estratégia de informação e ação corretiva ............................ 27  2.4.5 Gestão da informação não estruturada ........................................................ 27  2.5 GESTÃO ESTRATÉGICA DO CONHECIMENTO .............................................. 28 
  • 12. 3 PESQUISA ............................................................................................................. 30  3.1 A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA ...................................................... 30  3.1.1 Histórico no Brasil.......................................................................................... 31  3.1.2 Missão ............................................................................................................. 34  3.1.3 Visão ................................................................................................................ 34  3.1.4 Valores RCC Brasil ......................................................................................... 34  3.1.5 Valores RCC Arquidiocese ............................................................................ 35  3.1.6 Planejamento estratégico de evangelização................................................ 36  3.1.6.1 Análise SWOT .............................................................................................. 36  3.1.6.2 Posicionamento e direcionamento estratégico ........................................ 41  3.2 PÚBLICO DE INTERESSE ................................................................................. 42  3.2.1 Grupo de foco para levantamento de tarefas comuns ................................ 46  3.3 REFERÊNCIAS VISUAIS .................................................................................... 47  4 CONCEITUAÇÃO E DESENVOLVIMENTO .......................................................... 53  4.1 CONCEITO DO PROJETO ................................................................................. 53  4.2 MAPA DO SISTEMA WEB E DIRETRIZES DE ACESSO................................... 54  4.3 WIREFRAME DAS PÁGINAS ............................................................................. 57  4.4 DIRETRIZES CONCEITUAIS E VISUAIS ........................................................... 69  4.5 ELEMENTOS VISUAIS ....................................................................................... 72  4.6 LAYOUT DAS PÁGINAS ..................................................................................... 79  5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 105  REFERÊNCIAS....................................................................................................... 106  APÊNDICE A – ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM USUÁRIOS ...................... 114  ANEXO A – GROWTH OF THE CATHOLIC CHARISMATIC RENEWAL ON THE 7 CONTINENTS, AD 1970 – AD 2000 ............................................................ 118  ANEXO B – RELIGIÕES NO BRASIL – POPULAÇÃO ADULTA ......................... 119  ANEXO C – COMARCAS PASTORAIS DA ARQUIDIOCESE .............................. 120 
  • 13. 6 1 INTRODUÇÃO A dificuldade para gerir a informação na Renovação Carismática Católica da Arquidiocese de Florianópolis é um grande problema, especialmente pela falta de unidade entre os diferentes níveis de lideranças do movimento. Embora seja uma tarefa difícil estabelecer comunicação eficaz num movimento formado por diversos grupos de regiões e características diferentes, é interessante perceber que há formas de auxiliar esse processo e a riqueza do conhecimento científico pode contribuir para isso. 1.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA A Renovação Carismática Católica – RCC – é um movimento dentro da Igreja Católica que surgiu em 1967, nos Estados Unidos. Com o passar dos anos se espalhou pelo mundo chegando a diversos outros países. Têm-se registros de que no Brasil, a RCC tenha iniciado com retiros e pequenos grupos no ano de 1970. Com o decorrer dos anos houve um crescimento expressivo no número de participantes atingindo 2 milhões em 1970, 40 milhões em 1980 e 119 milhões em 2000. Em se tratando de católicos no mundo a RCC representa 11% dos fiéis1. No Brasil, por ocasião das eleições de 1994, Pierucci (1996) realizou um levantamento quantitativo sobre a RCC. O resultado revela que dentre os quase 100 milhões da população adulta brasileira, 3,8 milhões participem da RCC2. Na Arquidiocese de Florianópolis, segundo aponta o CENSO (2010), que fora realizado pelo próprio movimento, o número de participantes é de 5,6 mil. Diante destes números expressivos de participantes, a RCC viu-se obrigada a organizar-se, enquanto movimento, e estruturar-se seguindo algo parecido com a estrutura da própria Igreja Católica. Foram criados conselhos nacional, estadual, diocesano e de instância/comarcal. Esses conselhos são compostos pela 1 Cf. Anexo A – Grouth of the Catholic Charismatic Renewal on the 7 continents, AD 1970-AD 2000. 2 Cf. Anexo B – Religiões no Brasil – população adulta.
  • 14. 7 presidência, secretaria, tesouraria, ministérios, conselheiros e orientador espiritual. O conselho nacional é responsável por orientar os conselhos estaduais que são responsáveis por orientar os, diocesanos os quais orientam os conselhos das instâncias ou comarcais. Esse último é responsável por orientar os grupos de oração existentes em seu perímetro. A Arquidiocese de Florianópolis, atendida neste trabalho, possui oito comarcas pastorais3, sendo elas: Brusque, Itajaí, Tijucas, Santo Amaro, Biguaçu, São José, Florianópolis e Estreito. É com os conselhos e grupos de oração dessas comarcas que o conselho arquidiocesano necessita estabelecer uma comunicação eficiente. A Coordenação da Renovação Carismática Católica, na Arquidiocese de Florianópolis, encontra dificuldades para estabelecer comunicação com as coordenações das comarcas no perímetro da arquidiocese e com os participantes do movimento tanto em grupos de oração, quanto em eventos que o movimento promove todos os anos. Essa coordenação não dispõe de recursos financeiros para investir em recursos tecnológicos a fim de que uma empresa prestadora de serviços possa suprir esta necessidade. Diante desta realidade, algumas pessoas se colocam à disposição e, com o conhecimento, realizam ações no intuito de promover a comunicação dentro do movimento. No entanto, inicialmente pode-se perceber que são ações isoladas e não fazem parte de um conjunto ordenado para, realmente, promover uma comunicação efetiva. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo geral Desenvolver um sistema web para a gestão da informação na Renovação Carismática Católica – RCC dentro da Arquidiocese de Florianópolis. 3 Cf. Anexo C – Comarcas pastorais.
  • 15. 8 1.2.2 Objetivos específicos a) Compreender e relacionar os conceitos de sistemas de informação e gestão estratégica da informação. b) Identificar as necessidades e requisitos de informação do público interno. c) Definir os modelos e processos de informação para a RCC na Arquidiocese. d) Desenvolver protótipo funcional do sistema web. 1.3 JUSTIFICATIVA A RCC necessita de um sistema web, ao invés de um blog para atender a demanda de informação e interação entre os usuários. Há a necessidade de se ter conteúdos específicos e restritos a determinados tipos de usuário, já que o próprio movimento se organiza desta forma. O conselho arquidiocesano é responsável por prover formação e instrução aos coordenadores de Grupo de Oração, na região. Já os coordenadores de Ministérios são constituídos para fornecer formação específica, em determinadas áreas, para servos de Grupo de Oração que exercem um ministério. O objetivo é estar em unidade com o movimento no Brasil e mundo. O website nacional do movimento possui diversos materiais e informações importantes para a formação de coordenadores e ministérios de serviço, mas por ser nacional não contempla muitas questões que surgem devido à realidade local. Além disso, o conselho nacional não tem condições de acompanhar todos os grupos de oração de maneira a individualizá-los e conhecê-los profundamente, sequer pode conhecê-los de forma superficial, devido à amplitude do território nacional e do número expressivo de grupos que supera 20.000. Com um sistema web gerido pelo conselho arquidiocesano aumenta significativamente a possibilidade de entender, compreender e auxiliar os grupos de oração dessa região.
  • 16. 9 Ao Design será deixada uma contribuição por meio de pesquisa sobre a Gestão Estratégica da Informação, área de Sistema de Informações que está bem próxima ao Design Informacional. O acadêmico tomou interesse em pesquisar e propor uma alternativa para solucionar o problema, tanto por ver essa possibilidade na área tecnológica, quanto por contribuir para o movimento em que ele está inserido. Desta forma será possível aliar estudo e ação social num mesmo projeto. 1.4 ESCOPO O projeto será desenvolvido utilizando-se de técnicas e ferramentas testadas e indicadas para o desenvolvimento web. São elas mapeamento do conteúdo do sistema, levantamento dos requisitos funcionais, mapa do sistema, wireframes, layouts e protótipo funcional do sistema web contemplando seu funcionamento básico. A implementação do sistema, em sua totalidade, demandará serviço de programação que será terceirizado. 1.5 ADERÊNCIA À LINHA DE PESQUISA Como previsto no Projeto Pedagógico do curso de design da Unisul, o presente trabalho tem aderência à linha de pesquisa do Design para o convívio social, visando atender a um mercado de pouco acesso econômico e a inclusão social. Por se tratar do desenvolvimento de um sistema computacional, o projeto adentra as áreas temáticas; Design Digital e Design Informacional.
  • 17. 10 1.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 1.6.1 Natureza da pesquisa A pesquisa a ser utilizada no desenvolvimento desse projeto é a classificada como Exploratória e Aplicada. Para a pesquisa serão utilizadas as etapas da metodologia de pesquisa proposta por Gil (2002) que melhor se aplica a este projeto. a) Escolha do tema. b) Levantamento bibliográfico preliminar. c) Formulação do problema. d) Elaboração do plano provisório de assunto. e) Busca das fontes. f) Leitura do material. g) Fichamento. h) Organização lógica do assunto. i) Redação do texto. 1.6.2 Metodologia projetual Pelo fato do projeto abranger as áreas de Design e Sistemas de Informação, para cada uma delas será utilizada a metodologia que mais se adéqua aos requisitos de projeto. Uma metodologia bastante utilizada e difundida para projetos de design digital é a proposta por Garrett (2011), a qual está, totalmente, voltada à experiência do usuário. Tomando como base elementos da experiência do usuário, Garrett (2011) apresenta cinco etapas afirmando que a construção deve ser feita de baixo para cima (Cf. Figura 1), partindo do que é mais abstrato para o que é mais concreto, ou seja, o projeto finalizado.
  • 18. 11 Figura 1 - The Elements Fonte: Garrett, 2002. A construção de um website deve passar pelos planos e objetivos a seguir (GARRETT, 2011): a) necessidades do usuário; - objetivos do aplicativo de origem externa, identificados por meio de pesquisa com o usuário, pesquisas etno/tecno/psicográficas, etc. Objetivos do aplicativo: metas de negócio, criativas ou outras metas de origem interna para o aplicativo, b) especificações funcionais; - descrições detalhadas de funcionalidades que o aplicativo deve incluir para ir ao encontro das necessidades do usuário, c) design de interação;
  • 19. 12 2 - desenvolvimento de flu uxos de aplicação para facilitar as tarefas do o usuário, defin nindo com este interage com as funcionalid mo dades do o aplic cativo, d) desig da inform gn mação; - design da ap presentaçã da info ão ormação p para facilit tar a com mpreensão. Des sign da int terface: de esign dos elementos da interf s face para facilitar a interação do u usuário com as funcio m onalidades s, e) desig visual; gn - trata amento grá áfico dos e elementos da interfac ce. Para a á área de Ge estão Estra atégica da Informaçã será util ão lizada a me etodologia a que Beal (200 propõe com as etapas ap 04) e presentada na Figu 2 e de as ura escritas na a sequ uência. Figura 2 - Modelo pro oposto para r representar o fluxo da inf formação nas organizaçõ s ões Fonte: Be (2004, pá 29). eal ág. Com es fluxo p ste pode-se vis sualizar os processo que a informação percorre s os o e desd sua entrada até sua saída nas orga de a anizações. A seguir, serão de , escritas as s etap pas desta metodolog que B gia Beal (2003 propõe como for 3) rma de es struturar a Gest Estraté tão égica da In nformação em uma organização o o. a) Ident tificação de necessid e dades e re equisitos: identificar as necess sidades do o públic interno e externo para dese co envolver pr rodutos esp pecíficos para esses p s os pr rocessos, assim com fortalec vínculo e relacionamentos. Precisa mo cer os a ser a aplicado pe eriodicame ente, pois os dois am o mbientes – externo e interno –
  • 20. 13 estão sempre em mutação e precisam de novas respostas adequadas. Para que se tenha o sucesso nessa primeira etapa, é importante que haja: - observação das atividades gerenciais, - identificação dos socumentos mais importantes para a gerência, - mapeamento da informação disponível, - mapeamento das necessidas de informação, e - administração dos requisitos de sistemas. b) Obtenção: suprir as necessidades da etapa anterior. Desenvolve-se, então, atividades de criação, recepção ou captura de informação. Algumas atividades relacionadas são: - definição das fontes informacionais: formais, informais e confiáveis, - monitoração ambiental: atividade de coleta e análise do ambiente externo. c) Tratamento: organizar, formatar, estruturar, classificar, analisar, sintetizar e apresentar as informações para ser mais acessível e de fácil localização. Atividades relacionadas: - adaptação da informação aos requisitos do usuário, - classificação temática da informação, - classificação da informação quanto aos requisitos de segurança. d) Distribuição: consiste em transportar a informação a quem precisa dela. No público interno é importante para apoiar processos e decisões corporativas. Já para o público externo – parceiros, fornecedores, clientes, acionistas, grupos de pressão, governo entre outros – há uma preocupação no processo e na logística da distribuição de informações. Aspectos relacionados: - gestão do comportamento informacional. e) Uso: é a etapa mais importante, pois se baseia no conhecimento dos ambientes interno e externo da organização e atuação nesses ambientes (CHAUMER, 1986). f) Armazenamento: assegurar a conservação dos dados e informações. Possibilita o uso e reuso dessas, dentro da organização. Aspectos relacionados: - cópias-reserva (backup), - arquivo de documentos, - tabelas de temporalidade e destinação.
  • 21. 14 g) Descarte: quando a informação é obsoleta ou perde a utilidade deve ser descartada, pois melhora o processo de gestão da informação. Aspectos relacionados com destruição segura de informações sigilosas. A metodologia da gestão estratégica da informação, proposta por Beal (2004), será contemplada em cada etapa da metodologia do design digital, proposta por Garrett (2002). 1.7 CRONOGRAMA Quadro 1 - Cronograma 1º semestre Mar Abr Mai Jun Jul Etapa / Dias 2 30 2 11 14 15 18 28 29 2 5 6 Plano de Trabalho Fundamentação Teórica Pesquisa Elaboração da Apresentação Apresentação do Conceito Ajustes na Apresentação Qualificação Fonte: Elaboração do autor, 2012.
  • 22. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Através da pesquisa e estudo em diversas fontes sobre a área de gestão estratégica da informação pode-se compreender seus principais aspectos e características pertinentes ao projeto. 2.1 CONCEITOS BÁSICOS Para compreender o que abrange a área de gestão estratégica da informação é importante, inicialmente, conhecer e compreender alguns conceitos básicos – diferença entre dado, informação e conhecimento; tipologia da informação; e conceito de sistema de informação. 2.1.1 Dado, informação e conhecimento Entre as diversas definições existentes sobre dado, informação e conhecimento, é possível verificar algo em comum entre os conceitos. A variação entre estes termos pode ser observada de acordo com o grau de complexidade e relevância de cada um, como procura representar a Figura 3.
  • 23. 16 6 Figura 3 - Níveis hierá árquicos da i informação Fonte: Be (2003, pá 12). eal ág. 2.1.2 Tipologia da infor 2 rmação A nature das in eza nformações podem se diversificar de aco s s ordo com o nível da a orga Moresi (200 classifi as informações e anização. M 00) ica em: a) inform mação de n nível institu ucional; - perm mite ao nível institucional observar as variáv o veis prese entes nos s amb bientes ex xterno e in nterno, com a finalid m dade de m monitorar e avaliar o desempenho e subsidiar o planeja amento e a decisões de alto nível, as s b) inform mação de n nível interm mediário; - perm ao nív interme mite vel ediário observar variá áveis prese entes nos ambientes a s exte erno e interno, monit torar e ava aliar seus p processos, o planejamento e a , tomada de decisão de n nível gerencial,
  • 24. 17 c) informação de nível operacional; - possibilita ao nível operacional executar suas atividades e tarefas, monitorar o espaço geográfico sob sua responsabilidade e subsidiar o planejamento e a tomada de decisão de nível operacional. Uma segunda forma de divisão é apresentada por Lesca e Almeida (1994), que categoriza em: a) informação de atividade; - aquela que permite à organização e garante seu funcionamento. Pedidos de compra, nota de saída de material, custo de implementação de um projeto são exemplos de informação de atividade, b) informação de convívio; - aquela que possibilita aos indivíduos se relacionarem e pode influenciar seus comportamentos. São exemplos desse tipo de informação: jornal interno, reunião de serviço, ação publicitária. A informação de convívio é, na maioria das vezes, não estruturada, estando presente em todos os níveis hierárquicos (operacional, gerencial e estratégico). A partir das categorias acima, Beal (2004) classifica um terceiro tipo de informação: c) informação estratégica; - aquela capaz de melhorar o processo decisório em função da sua capacidade de reduzir o grau de incerteza em relação às variáveis que afetam a escolha das melhores alternativas para a superação de desafios e o alcance dos objetivos organizacionais. 2.1.3 Conceito de sistema de informação Entende-se por sistema o conjunto de elementos ou componentes que interagem para atingir objetivos. A Figura 4 representa um modelo de sistema em que o feedback trata da saída usada para fazer ajustes na atuação do sistema.
  • 25. 18 8 Figura 4 - Modelo de sistema Fonte: Be (2003, pá 16). eal ág. stema de in Num sis nformação entende-s como e o se, entrada os dados cap pturados e como saída a produção de informações úteis, comum mente no fo ormato de relatórios. Dura ante o processamen há a co nto onversão ou transfor o rmação do dados em saídas os e s úteis Como fe s. eedback, por exemplo estão os procedim o, s mentos de d detecção e correção o de e erros em d dados de entrada. U Uma representação de sistema de infor rmação no o cont texto da or rganização é apresen o ntada na Figura 5. F Figura 5 - Sistema de informação no contexto da organiza e ação Fonte: Be (2003, pá 16). eal ág. 2.2 O VALOR DA INFOR RMAÇÃO P PARA AS ORGANIZAÇÕES O Para as organizaç s ções, toda informaçã de qual a ão lidade tem valor sign m nificativo e é fac cilmente id dentificável. Lesca e Almeida (1994) rela acionam os fatores que podem s m difer renciar a aplicação da informaç em con ção ntextos dife erentes.
  • 26. 19 a) Fator de apoio à decisão; - possibilita a redução da incerteza na tomada de decisão, proporcionando fazer as escolhas com menor risco e no momento certo. b) Fator de produção; - importante na criação de produtos (bens ou serviços) com maior valor e introdução no mercado. c) Fator de sinergia; - o desempenho de uma organização está condicionado à qualidade das ligações e relações entre as unidades organizacionais. Estas por sua vez dependem da qualidade do fluxo informacional existente para proporcionar o intercâmbio de ideias e informações. d) Fator determinante de comportamento; - a informação exerce influência sobre o comportamento dos indivíduos e dos grupos, dentro e fora das organizações. Internamente, a informação influencia para que as ações dos indivíduos sejam condizentes com os objetivos corporativos. Externamente, a informação visa influenciar o comportamento dos envolvidos (clientes, fornecedores, governo, parceiros etc.), de modo que se torne favorável ao alcance dos objetivos organizacionais. 2.2.1 As leis da informação A informação pode ser definida como um bem econômico a partir de sete leis relacionadas por Moody e Walsh (1999): a) a informação é infinitamente compartilhável; -a informação pode ser compartilhada infinitamente e usada simultaneamente por inúmeras pessoas, sem que seja consumida nesse processo. Essa característica pode ser explorada pelas organizações tanto na informação para uso interno, quanto na informação destinada aos integrantes do ambiente externo. A informação tem seu valor aumentado à medida que um maior número de usuários é atingido,
  • 27. 20 resultando no fortalecimento dos vínculos e relacionamentos da organização com seu ambiente externo, b) o valor da informação aumenta com seu uso; - quanto mais utilizada, maior o valor a ela associado. Como pré-requisitos para o uso efetivo da informação temos: (1) saber que ela existe; (2) saber onde ela é armazenada; (3) ter acesso a ela; (4) saber como utilizá- la; (5) receber a informação em formato adaptado às necessidades do usuário em termos de linguagem, nível de detalhamento e outros requisitos que assegurem sua adequação ao uso, c) a informação é perecível; - a informação perde parte do seu valor potencial à medida que o tempo passa, d) o valor da informação aumenta com a precisão; - de modo geral, quanto mais precisa for uma informação, mais útil ela é, e portanto mais valiosa se torna. Informações inexatas podem causar prejuízos, provocando erros operacionais e decisões equivocadas, e) o valor da informação aumenta com a integração; - quanto mais integrada estiver a informação, maior seu valor potencial dentro das organizações. A integração da informação permite a obtenção de uma visão sistêmica dos processos, em substituição à visão estanque de funções, departamentos e produtos, f) mais informação não é necessariamente melhor; - a informação, para ser útil, precisa ser filtrada usando-se critérios de relevância, quantidade e qualidade de sua apresentação. Informações que não resultem em decisões ou processos produtivos melhores não apresentam valor associado. Assim como a insuficiência, a sobrecarga de informação é prejudicial ao desempenho, g) a informação se multiplica; - a informação é "autogenerativa", sendo dotada da propriedade de multiplicação por operações de síntese, análise e combinação.
  • 28. 21 2.3 ESTRATÉGIA E INFORMAÇÃO 2.3.1 Conceito de estratégia O conceito de estratégia foi estabelecido, inicialmente, no meio militar para preparação de guerras. Ali, era utilizado para planejamento e para manobras e posições vantajosas em relação ao inimigo. Mais tarde, no meio corporativo, o conceito de estratégia foi alterado pelas mais variadas visões. Para Porter (1996), referência mundial em estratégia competitiva, um posicionamento estratégico é baseado em realizar atividades diferentes que as dos competidores que resulte num maior valor para clientes e/ou valor comparável com custo mais baixo. Já para Beal (2003), estratégia é um conjunto de decisões tomadas para a definição dos objetivos globais (estratégicos) associados a um determinado período de tempo e identificação dos meios considerados mais adequados para a organização superar seus desafios e alcançar esses objetivos. Embora o conceito não tenha uma definição universal, a estratégia é fundamental para uma organização a fim de que essa decida, de forma organizada, que respostas pretendem obter num determinado período de tempo, quais são as metas e como atingi-las. Além disso, é preciso que se analise as mudanças constantes do meio e, se necessário, reavaliar a estratégia adotada. 2.3.2 Evolução do planejamento estratégico O planejamento é um dos mais importantes processos dentro de uma organização, pois é um preparo para o futuro e, ao mesmo tempo, uma direção a ser seguida. O planejamento estratégico foi muito utilizado nas décadas de 60 e 70 de uma forma rígida, com instruções detalhadas e com pouca flexibilidade de mudanças. Tempo depois, com um maior dinamismo nos negócios, percebeu-se que planejamentos estáticos não eram mais viáveis. Soluções rápidas e de curto prazo
  • 29. 22 foram as opções em que as empresas tiveram, porém, não foram as mais adequadas. Hoje, há uma nova tendência para o planejamento estratégico que opta pela democratização e que ratifica que o planejamento estático não é mais viável. Essa perspectiva de democratização, defendido Boyett e Boyett (1999, p. 238), enfatiza que tanto a alta direção, como gerentes intermediários e núcleo operacional são importantes para um planejamento estratégico, pois todos podem possuir informações importantes e pensamentos criativos para a organização. Para Adriana Beal, a organização adquire foco e constância de finalidade, facilitando o movimento da posição atual para uma posição mais desejável com economia de tempo, esforço, custos e recursos. 2.3.3 Estratégia e informação A informação é algo essencial para criação, implementação e avaliação de qualquer estratégia. Sem as informações internas e do ambiente não se conhece os pontos fortes e fracos da organização, bem como as ameaças e oportunidades que o ambiente oferece. Assim as decisões estratégicas podem não serem as mais adequadas. Quando as estratégias são baseadas nessas informações, consegue-se identificar alternativas, tomar decisões corretas e em sintonia com o ambiente externo, promover mudanças na estrutura e no processo organizacional resultando num crescimento da organização (BEAL, 2003). 2.3.4 Estratégia e tecnologia da informação Com as reduções de custo de computadores e redes de comunicação e com a facilidade de manuseio desses, as organizações passaram a possuir uma tecnologia de informação mais completa e complexa. Essa é utilizada principalmente para adicionar valor e qualidade aos produtos e serviços otimizando o processo organizacional e eliminando barreiras de comunicação.
  • 30. 23 Segundo Danvenport (2001, p. 235) o uso da tecnologia apropriada, que não significa necessariamente a mais complexa ou poderosa, traz inúmeros ganhos às organizações orientadas para informação. Os investimentos podem ser aplicados não somente na tecnologia de ponta, mas também em fatores necessários à incorporação como estrutura da organização, cultura e comportamento frente à informação. Isso pode ser ratificado em sistemas de tecnologia de informação que não atingem, na prática, todo seu potencial, pois o foco da organização é implantar equipamentos e programas de alto nível esquecendo os ajustes nos processos organizacionais e no comportamento diante a TI. Walton (1998) pondera que há uma relação expressiva entre a TI e a organização e essa influência pode ser tanto benéfica quanto negativa e isso depende das escolhas da organização. Também defende que para a TI ser implantada é necessário que haja uma ação conjunta entre aspectos tecnológicos com os aspectos sociais da organização. 2.4 GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO E DA TI Na gestão da informação não estão contemplados apenas a administração de infraestrutura de TI e de sistemas de informação. Segundo Davenport (2001) deve- se, ainda, contemplar a administração do comportamento informacional da organização, da cultura organizacional e da equipe informacional. O importante é ter elementos que possibilitem o maior retorno da informação disponível. 2.4.1 Etapas da gestão estratégia da informação É dividida em três etapas: a) planejamento; - a organização define estratégias corporativas, estratégias de informação e de TI, objetivos e metas para serem cumpridos, em um prazo estabelecido,
  • 31. 24 b) execução; - as estratégias de informação e de TI são as principais referências para uma correta execução, c) avaliação e ação corretiva; - uso de um sistema que avalia o desempenho das estratégias de informação e de TI que estão sendo executadas. 2.4.2 Etapa de planejamento O planejamento estratégico é fundamental para que a informação e a tecnologia de informação sejam planejadas, conforme estratégia geral da organização. É importante que seja elaborado pela cúpula estratégica – pessoas responsáveis pela organização – para que o foco na elaboração do planejamento sejam as necessidades e a infraestrutura adequada para a informação e a TI. Para esse planejamento é importante: a) Desenvolvimento de uma estratégia de informação e TI; - há várias metodologias. Podem ser tecnocêntricas ou que desconsideram o planejamento de informação entre outras. Para Foina (2002) o ideal seria desenvolver Plano de informação, Plano de sistemas e Plano de tecnologias. Segundo Beal (2004) o mais adequado seria dividir o planejamento estratégico em três etapas: a primeira durante o desenvolvimento da estratégia corporativa com a discussão sobre a estratégica da informação e da TI; a segunda o planejamento da informação e a terceira o planejamento da TI, b) alinhamento entre estratégia corporativa e estratégias de informação e de TI; - é possível esse alinhamento por uma interação e troca de informações periódicas por um fluxo contínuo na formulação das estratégias entre as alternativas de negócio e as alternativas informacionais e de TI. Com isso são identificadas oportunidades de novos recursos informacionais e de tecnologia e novas oportunidades competitivas. Dependendo da demanda, pode-se ter a necessidade até de modificar esse fluxo,
  • 32. 25 c) plano de informação e de TI; - deve registrar a análise informacional iniciada durante o processo de planejamento estratégico corporativo e complementada na etapa de planejamento da informação e da TI. Esse registro deve conter as necessidades da organização, os investimentos em sistemas de informação e os recursos tecnológicos previstos para o período, d) etapas do planejamento estratégico da informação; - primeiramente, é importante um diagnóstico da relação da informação corporativa com os sistemas de informação disponíveis. Depois disso, é importante a análise de soluções de problemas, aproveitamento de oportunidades e estabelecer prioridades, e) etapas do planejamento estratégico da TI; - é a identificação de alternativas de solução para questões tecnológicas conforme as necessidades informacionais, como aquisição de hardware e software, gestão de dados e informações, infra-estrutura de apoio entre outros. O planejamento também começa por um diagnóstico, ou seja, uma avaliação de itens (recursos informáticos, por exemplo) já existentes, qualificação do pessoal e outros. Após há a etapa de análise de alternativas, tanto de soluções como de oportunidades para a organização. A etapa final é consiste na formalização do plano de TI. Nessa, há o cuidado em associar os investimentos propostos e as reais necessidades da informação identificadas no plano de informação, o impacto organizacional e o custo/benefício dos investimentos propostos, f) incorporação da perspectiva permanente ao plano estratégico de TI; - tem como objetivo a manutenção e o aperfeiçoamento dos resultados permanentes dos serviços de TI, a continuidade de uma equipe técnica competente e motivada, a análise do crescimento da demanda entre outros. Esse último tópico é importante, pois ajuda no plano de iniciativas de expansão dos recursos (microcomputadores, espaço de armazenamento de dados, capacidade da rede etc.), g) atualização periódica dos planos de informação de TI; - é importante para se adaptar às mudanças do ambiente externo e interno e ter sucesso nas novas estratégias. (BEAL, 2003)
  • 33. 26 2.4.3 Etapa de execução das estratégias de informação e de TI Execução dos objetivos estratégicos estabelecidos no planejamento. Nessa etapa pode-se deparar com novas necessidades, caso haja falha em algum processo anterior; seja no fluxo de informação, em alguns dados, entre outros. a) Desenvolvimento de Planos Operacionais de TI; - seu foco é nas prioridades e metas relativas aos recursos de TI e por isso, em alguns casos, é preciso estabelecer planos operacionais ou outros planos relacionados à gestão da mudança, b) Gestão da mudança; - é comum durante a fase de execução da estratégia mudanças na estrutura organizacional e nos processos de trabalho. A organização precisa estar preparada para lidar com riscos de conseqüências negativas, para administrar essas mudanças do modo mais adequado e para comunicar, o mais rápido possível, os valores positivos da mudança, c) Equilíbrio de prioridades entre objetivos estratégicos permanentes; - quanto melhor for o equilíbrio entre os objetivos estratégicos permanentes e prioridades melhor será distribuição dos recursos e menores são os riscos de competição pelos recursos disponíveis da organização, assim como menores são os riscos de prejuízo da organização, d) Processos de Gestão de TI; - além do equilíbrio necessário apresentado no tópico anterior, outros processos são necessários para a execução adequada da estratégia de TI da situação atual para a situação planejada, e) Alguns exemplos de processos são; - gestão de riscos associados aos investimentos, alocação de recursos, administração do ciclo de vida das aplicações, gestão do nível do serviço, gestão da configuração, gestão da capacidade, gestão de dados, gestão de mudanças, gestão da arquitetura de TI, gestão de projetos, gestão de relacionamento entre projetos e outros. (BEAL, 2003)
  • 34. 27 2.4.4 Avaliação da estratégia de informação e ação corretiva Nessa etapa de avaliação, é importante haver um sistema avaliativo que analise o desempenho da estratégia da informação. Com isso é possível identificar problemas no desempenho e procurar as melhores soluções e ações corretivas necessárias. Os sistemas de avaliação ou controle do desempenho fornecem dados precisos para regular os processos e atividades organizacionais, ajudam nas decisões de conduta organizacional e são importantes indicadores de necessidade de mudanças nos processos. Os indicadores de desempenho podem ser classificados e relacionados com resultados (competitividade, produtividade, desempenho financeiro) e os relacionados com os fatores determinantes desses resultados (qualidade, flexibilidade, utilização de recursos, inovação) e o mais para equilibrar esses indicadores é o Balanced Scorecard (BSC), de Kaplan e Norton (1997, p. 25). Essa metodologia inclui: a) a tradução de estratégias de negócio em ações operacionais; b) a seleção dos projetos que oferecem o maior retorno para o negócio; c) o desenvolvimento de mecanismos de medição; d) a medição, análise e comunicação de resultados; e) a oportunidade de descoberta de formas de melhorar o desempenho. (BEAL, 2003) 2.4.5 Gestão da informação não estruturada É frequentemente ignorada, pois é presente na forma verbal ou impressa registrada em sistemas de informação ou disponível em papel. A gestão da informação não estruturada é importante nas etapas da gestão estratégica, - planejamento, execução, avaliação e ação corretiva – pois faz parte do ambiente informacional e pode representar um importante dado nas organizações, pois
  • 35. 28 abrange fatores importantes que não sejam econômicos ou quantitativos. É um dos sinais da repercussão da organização entre outros. 2.5 GESTÃO ESTRATÉGICA DO CONHECIMENTO Davenport e Prusak (1998) definem a gestão do conhecimento como ações sistemáticas de uma organização para conseguir o maior retorno de conhecimento disponível. Além disso, são objetivos da organização transformar as informações acessíveis em conhecimento produtivo, estimular o aprendizado individual e coletivo e incluir esses conhecimentos aos processos, sistemas administrativos, modelos e rotinas organizacionais. Para que isso se concretize, é interessante estimular projetos multidisciplinares, reuniões tanto virtuais quanto presenciais, grupos de pesquisa entre outros. Esse conhecimento disponível se classifica em conhecimento explícito ou tácito. Conhecimentos explícitos são aqueles que podem ser convertidos em documentos, roteiros e treinamentos e os tácitos são os difíceis de registrar, documentar ou ensinar outras pessoas. Esses dois tipos de conhecimento podem ser compartilhados através do sistema de gestão do conhecimento, porém cada um tem uma estratégia mais adequada. A estratégia de codificação é mais recomendável ao conhecimento explícito, pois o conhecimento pode ser codificado e armazenado em base de dados, além de muitas pessoas terem acesso a ele sem precisar recorrer à pessoa que o desenvolveu. Já a estratégia de personificação é mais adequada ao conhecimento tácito, porque o conhecimento é interligado com a pessoa que o desenvolveu e é propagada por pessoa-a-pessoa, ou seja, há maior diálogo entre indivíduos da organização (BEAL, 2003). Davenport e Prusak (1998, p. 184) apontam oito itens para projetos de gestão do conhecimento nas organizações: a) cultura orientada para o conhecimento; b) infraestrutura técnica e organizacional; c) apoio da alta gerência; d) vinculação ao valor econômico ou setorial;
  • 36. 29 e) alguma orientação para processos (o gerente de projeto do conhecimento deve ter uma boa visão de seu cliente e seu grau de satisfação e da produtividade e qualidade dos serviços oferecidos); f) clareza de visão e linguagem e elementos motivadores não triviais (os funcionários precisam ser motivados a criar, compartilhar e usar o conhecimento. Os elementos motivadores não podem ser triviais, como oferta de bônus para funcionários que contribuem com a base de conhecimento; eles devem representar incentivos duradouros e vinculados ao restante da estrutura de avaliação e remuneração); g) algum nível da estrutura do conhecimento (um projeto de gestão do conhecimento não pode ser excessivamente estruturado, já que o conhecimento é naturalmente fluido e estreitamente ligado às pessoas que o possuem, mas um repositório de conhecimento completamente desprovido de estrutura não consegue servir a finalidade. A categorização e uso de palavras-chaves facilita a usabilidade do banco do conhecimento organizacional); h) múltiplos canais para a transferência do conhecimento (o conhecimento deve ser transferido por meio de uma diversidade de canais que se reforçam mutuamente - além das facilidades de comunicação à distância, é preciso estabelecer um ambiente que possibilite também oportunidades de contato face a face).
  • 37. 30 3 PESQUISA Os dados levantados durante a pesquisa serão descritos, neste capítulo, em que constam a origem da RCC, seu histórico no Brasil, missão, visão, valores no cenário nacional, valores na Arquidiocese, planejamento estratégico de evangelização, análise SWOT, público de interesse e referências visuais. Sendo que tanto o planejamento estratégico quanto a análise SWOT foram desenvolvidos pelo próprio movimento a partir da realização do CENSO (2010). Considerando que se trata de um sistema gerencial para um movimento que não visa lucro não será necessário avaliar perfil sócio-econômico dos usuários. Este dado seria mais relevante para projetar produto ou fornecer serviço comercial. 3.1 A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA A Renovação Carismática Católica começou em um retiro para estudantes universitários na Universidade de Duquesne, em Pittsburgh (Pennsylvania), em fevereiro de 1967. Os estudantes passaram a maior parte deste fim de semana em oração, pedindo a Deus que os deixassem experimentar a graça recebida através do Batismo e da Crisma. Naquele fim de semana, os estudantes tiveram uma poderosa e transformadora experiência de Deus que passou a ser conhecida como “Batismo no Espírito”. O relato do final de semana e a experiência do Espírito Santo rapidamente se espalharam pelo campus da Universidade de Duquesne e, depois, por outras universidades americanas. Logo, essa experiência carismática extrapolou as universidades e atingiu as paróquias e outras instituições católicas. Associações e organizações livres foram formadas. Congressos de carismáticos católicos começaram a acontecer, levando mais de 30.000 pessoas ao campus da Universidade de Notre Dame em Indiana em meados da década de 70. A Renovação chamou a atenção da Igreja e os líderes do movimento se encontraram com o Papa Paulo VI em 1975, e com o Papa João Paulo II em várias ocasiões. Além disso, diversas Conferências Episcopais de vários países escreveram cartas pastorais de encorajamento e apoio ao movimento.
  • 38. 31 A Renovação Carismática Católica não é um movimento mundial unificado e isolado. Ela não tem um fundador único ou um grupo de fundadores como outros movimentos. Ela também não tem uma lista de membros. Abriga uma diversidade de indivíduos, grupos e atividades – comunidades de vida e aliança, grupos de oração, grupos de partilha, paróquias renovadas, congressos, retiros e também atinge vários apostolados e ministérios –, frequentemente independentes uns dos outros, em estágios e modos de desenvolvimento diferentes e com ênfases diferentes, embora compartilhem a mesma experiência fundamental e adotem os mesmos objetivos gerais. A linha comum do movimento é o “Batismo do Espírito Santo”. Para muitas pessoas, esta nova, poderosa e transformadora efusão do Espírito Santo acontece durante um seminário cuidadosamente preparado que se chama “Seminário de Vida no Espírito”, embora muitas pessoas tenham sido batizadas fora deste seminário. A Renovação Carismática Católica está presente em cerca de 238 países e já proporcionou momentos de espiritualidade, crescimento na fé e transformação na vida de aproximadamente 100 milhões de católicos. Nos últimos anos, parece que o número de participantes diminuiu em alguns países, mas, em outros, o número continua a crescer a uma taxa impressionante (Cf. Anexo A). 3.1.1 Histórico no Brasil No Brasil a Renovação Carismática teve origem na cidade de Campinas, SP, através dos padres Haroldo Joseph Rahm e Eduardo Dougherty4. A partir de 1980, a Renovação Carismática consolidou-se institucionalmente, espalhando-se por todo o território nacional, vindo a ocupar um espaço significativo 4 Nos últimos anos, surgiram alguns estudos sobre a história da Renovação Carismática no Brasil. Entre os mais recentes, destaca-se a obra de Ronaldo de Sousa – Instituição e Carisma: relações de poder na RCC. Aparecida: Editora Santuário, 2004. – e a de Brenda Carranza – Renovação Carismática Católica: origens mudanças e tendências. Aparecida: Editora Santuário, 2000 –, que procura detalhar esta fase inicial, avaliando também que influência e contribuição ambos os padres desempenharam no rumo que o movimento terá a partir de Campinas.
  • 39. 32 na mídia, seja como objeto de notícias, seja como usuária dos meios de comunicação social. Em 1980, Pe. Eduardo Dougherty fundou a Associação do Senhor Jesus (ASJ). Partindo da venda de material religioso, tal como livros de formação e de cânticos, tendo em vista atingir a realização de programas de TV. Logo em seguida foi criado o programa "Anunciamos Jesus", que em 1986, já cobria através de três redes de TV, 60% do território nacional. A partir de 1990, a ASJ fundou o Centro de Produções Século XXI, que possui três grandes estúdios de TV, na cidade de Valinhos, São Paulo. Atualmente, possui um sistema televisivo próprio com objetivo de, em médio prazo, estar com retransmissoras em todas as regiões do Brasil. Também se destaca nos meios de comunicação a Comunidade Canção Nova. Iniciada em 1974 na cidade de Lorena, a Comunidade adquiriu em 1980, em Cachoeira Paulista, uma Rádio e em 1989, conseguiu uma concessão de TV. Através da Fundação João Paulo II, a Rede Canção Nova TV é o canal católico que mais cresce no Brasil, possui retransmissoras em todas as Regiões do país, estando também presente na Itália e Portugal. É, também, a partir de 1990 que acontece a grande “explosão” da Renovação Carismática que atinge milhões de brasileiros. Pierucci e Prandi (1996), por ocasião das eleições de 1994, realizaram um levantamento quantitativo sobre a Renovação Carismática no Brasil (Cf. Quadro 2)5. 5 Cf. PIERUCCI, Antonio Flávio; PRANDI, Reginaldo. A realidade social das religiões no Brasil. São Paulo: Editora Hucitec, 1996, p. 211-237. Tudo indica que esta foi, até o momento, a principal pesquisa com dados estatísticos significativos sobre a Renovação Carismática no Brasil.
  • 40. 33 Quadro 2 - Religiões no Brasil - população adulta Religião No. Total de fiéis (em milhões) Católicos: Tradicionais 61,4 Carismáticos 3,8 CEBs 1,8 Outros Movimentos 7,9 Evangélicos: Históricos 3,4 Pentecostais 9,9 Kardecistas 3,5 Afro-brasileitros: Umbanda 0,9 Candomblé 0,4 Outras 2 Nenhuma 4,9 Fonte: Pierucci, 1996. O resultado apresenta três milhões e oitocentos mil como o número de católicos carismáticos no conjunto da população brasileira adulta, sendo que 70% deles são mulheres; a maioria possui um expressivo contingente de donas de casa (24%), a maior parte dos que estão ocupados são funcionários públicos (22%). Trata-se de um número muito elevado, pois era praticamente igual ao total de evangélicos que seguem as denominações protestantes históricas; sendo menos de um terço dos evangélicos pentecostais; o dobro dos católicos das comunidades eclesiais de base (CEBs); número similar ao de espíritas kardecistas; e quase três vezes o total dos adeptos das religiões afro-brasileiras6. Estudos mais recentes, contrariando alguns prognósticos da não expansão da base social da Renovação para além da classe média, indicam que o movimento também chegou às camadas trabalhadoras dos bairros populares, onde há uma tendência ao crescimento acelerado7. Atualmente, a Renovação Carismática encontra-se presente em todos os Estados e também no Distrito Federal, com 285 coordenações (arqui)diocesanas organizadas e cadastradas junto ao Escritório Nacional. Em estimativa feita no final do ano de 2005, junto às coordenações estaduais da RCC, contabilizou-se como aproximadamente 20.000 o número de grupos de 6 Cf. PRANDI, Reginaldo. Op. cit. p. 34. 7 Cf. MARIZ, Cecília Loreto. Católicos da libertação, católicos renovados e neopentecostais. In: CERIS. Pentecostalismo, Renovação Carismática Católica e Comunidades Eclesiais de Base. Uma análise comparada. Cadernos do CERIS, Ano I, n. 2, p. 17-42, out. 2001.
  • 41. 34 oração em todo o Brasil, isto sem contar as comunidades de vida, de aliança, associações e inumeráveis outras atividades de apostolado ligadas à RCC. 3.1.2 Missão No Planejamento estratégico de evangelização, RCC Brasil (2012) define a missão do movimento em “Fazer discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo evangelizando o povo de Deus no Brasil, a partir da experiência do Batismo no Espírito Santo”. A Arquidiocese de Florianópolis utilizou-se de missão semelhante apenas restringindo o alcance de suas ações para o território ao qual está estabelecida. 3.1.3 Visão A RCC Brasil (2012), neste mesmo planejamento, define como visão para o movimento no âmbito nacional “Consolidar em todo o território brasileiro a Renovação Carismática Católica na condição de Movimento Eclesial ardoroso, organizado, unido e missionário que manifesta o rosto e a memória de Pentecostes, tanto em comunidade quanto na pessoa de cada um dos seus membros em todos os ambientes onde se encontrarem”. Novamente a Arquidiocese de Florianópolis utilizou-se da mesma visão que a do planejamento estratégico de evangelização nacional limitando-se a consolidar o movimento no território da arquidiocese. 3.1.4 Valores RCC Brasil a) Procurar constantemente a plenitude do Espírito Santo, deixando-se possuir e conduzir por Ele para bem viver a vocação cristã na Igreja e no mundo.
  • 42. 35 b) Considerar a unidade como fundamento de todas as atividades da RCC Brasil. c) O primado dado à vocação de cada cristão à santidade. d) A responsabilidade em professar a fé católica, acolhendo e proclamando a verdade sobre Cristo, sobre a Igreja e sobre o homem em obediência ao Magistério da Igreja que autenticamente a interpreta. e) O testemunho de uma comunidade sólida e convicta, em relação filial com o Papa e com o Bispo. f) Conformidade, estima recíproca e adequada comunhão entre todas as formas de apostolado da Igreja. g) O empenho de uma presença na sociedade humana que, à luz da doutrina social da Igreja, se coloque a serviço da dignidade integral do homem. h) Relação filial com Maria, mãe de Jesus, vivência sacramental, vida pessoal de oração, prática de jejuns e das virtudes teologais e morais, além da observância dos mandamentos da Lei de Deus e da Igreja. (RCC BRASIL, 2012) 3.1.5 Valores RCC Arquidiocese a) Docilidade ao Espírito Santo e vivencia da vocação crista na Igreja e no mundo. b) Unidade como fundamento das atividades da RCC. c) Vocação à Santidade. d) Professar a Fé Católica, acolhendo-a e proclamando-a como verdade, em obediência ao Magistério da Igreja que a interpreta. e) Testemunho de comunidade sólida, que tem relação filial com o Papa e com o Arcebispo. f) Vivência harmônica com os apostolados e demais movimentos da Igreja. g) Valorização da Vida à luz da doutrina social da Igreja. Colocar-se a serviço em favor da dignidade integral do homem.
  • 43. 36 h) Relação filial com Maria - mãe de Jesus, vivência sacramental, vida pessoal de oração, prática de jejuns e das virtudes teologais e morais, além da observância dos mandamentos da Lei de Deus e da Igreja. (PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, 2010) 3.1.6 Planejamento estratégico de evangelização Por se tratar de um movimento da Igreja Católica, de cunho evangelizador, a Renovação Carismática Católica na arquidiocese de Florianópolis elaborou não apenas um planejamento estratégico com objetivo administrativo, mas um planejamento estratégico de evangelização (PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, 2010). 3.1.6.1 Análise SWOT O planejamento estratégico da RCC na arquidiocese contemplou uma análise SWOT onde foram avaliadas as ameaças, oportunidades, forças e fraquezas. Esta análise trouxe o seguinte resultado: a) ameaças (externas); - (9) mídia influenciando para os valores mundanos (sexualidade, consumismo, individualismo, etc. ex: novelas), principalmente os jovens, famílias e 3ª idade, - (9) Instituições de Ensino (escolas e faculdades) incentivadas e apoiadas por ações governamentais para o Laicismo, - (9) famílias sem formação e vivencia religiosa levando principalmente os jovens à indiferença religiosa e ao sagrado, - (9) Cultura de Morte inibindo a cultura de Pentecostes, - (3) Temporada de Verão que desvia e destrói os valores morais e religiosos, - (3) secularismo,
  • 44. 37 - (3) Relativismo Religioso, - (3) Igrejas Pentecostais e Seitas, b) oportunidades (externas); - (9) utilizar os meios de comunicação: TV, rádio, internet, blog, outdoor, etc., - (9) formação básica para as famílias, - (9) evangelizar nas escolas, - (9) evangelizar na temporada de verão (atingir os veranistas), - (9) catequese (ações evangelizadoras querigmáticas) para os jovens e para os pais dos jovens, - (9) atuar na política – intervir em projetos contra a vida e propor projetos a favor da vida e da evangelização, - (9) atrair os jovens pela música (shows de evangelização, ministérios de música), - (3) visita a doentes que tem carência afetiva/espiritual para evangelizar, - (3) buscar pessoas decepcionadas com as “coisas do mundo”, - (1) acompanhamento de jovens inseridos na Igreja, c) forças (internas); - (9) testemunhos, - (9) pregação da palavra de Deus (dar acesso às pessoas a um aprofundamento e experiência da palavra), - (9) motivação & dinamismo, - (9) força de evangelização (encontros de massa), - (9) experiência pessoal de Pentecostes (dons & carismas vivenciados), - (9) experiência de oração, - (3) vivência sacramental, - (3) perseverança na caminhada, - (3) desenvoltura na comunicação dos servos, - (3) coragem & ousadia, d) fraquezas (internas); - (9) valores religiosos se perdendo (o sagrado), - (9) falta de sequência nas coordenações, - (9) falta de pregadores nos grupos de oração, - (9) desconhecimento e desinformação dos sacramentos,
  • 45. 38 - (9) acolhida nos grupos de oração, - (3) vivência dos carismas, - (3) formação de lideranças e de servos, - (3) falta de unção nas reuniões de oração, - (3) falta de recursos financeiros para projetos de evangelização, - (3) falta de apoio dos sacerdotes ao movimento, muitas vezes criticando e prejudicando o movimento, - (3) excesso de compromissos, deixando de “servir” como deveria, - (3) contra-testemunho de servos. Cada um dos itens acima foi pontuado de acordo com a importância, sendo avaliada em: (1) baixa, (3) média e (9) alta. Em seguida, o próximo passo do planejamento estratégico foi organizar uma matriz de análise estratégica (Cf. Quadro 3) para melhor observar os resultados e tirar conclusões que possibilitem priorizar investimentos e ações de forma estratégica.