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DESENVOLVIMENTO SERVIÇOS EDUCACIONAIS
TREINAMENTO DESPORTIVO
FABIO HENRIQUE BOVO
ESTRUTURA DE TREINAMENTO EM BASQUETE PARA ATLETA
DE CATEGORIA FORMATIVA
VARGEM GRANDE DO SUL /SP
2013
FÁBIO HENRIQUE BOVO
ESTRUTUTA DE TREINAMENTO EM BASQUETE PARA ATLETAS
DE CATEGORIA FORMATIVA
Trabalho de Conclusã de Curso apresentado
ao Profº. Ms Autran José da Silva Jr. curso
de Educação Física do Desenvolvimento
Serviços Educacionais, como requisito arcial
à obtenção do título de Especialista em
Treinamento Desportivo Orientador:Profº.
Ms. Fernando José Bernardelli
VARGEM GRANDE DO SUL / SP
2013
Bovo, Fabio Henrique
A 0001 ESTRUTURA DE TREINAMENTO EM BASQUETE
PARA ATLETA DE CATEGORIA FORMATIVA / Fabio
Henrique Bovo.. Orientador.. Fernando Jose Bernardelli,
2013
Dissertação de Especialização - Desenvolvimento Serviços
Educacionais
1. Treinamento; 2. Periodização; 3. Microciclos; e 4.
Esporte.
Dedicatória
A Deus, por tudo que sou e pelos milagres e bênçãos em minha vida,
para sempre te louvarei e te exaltarei Poderoso e Eterno Deus. A meus
pais Roberto Bovo e Iolanda Maria de Lima Bovo, que com certeza
traçaram a minha personalidade, amo-os para sempre. A meu irmão
Fabricio Bovo pelo apoio e carinho. Aos meus avós, Luis Bovo Filho in
memoriam e Laura Gonçalves Bovo pelo apoio, amor e carinho, amo-os
para sempre A minha noiva Juliane Ianguas do Amaral pelo apoio, amor e
carinho, pra sempre vou te amar. Aos meus alunos da Radical Sports
Academia pelo apoio e confiança em meu trabalho.Aos amigos e
amigas,(Giani Ferreira, Luzia de Fatima da Silva, Thais Guerts Rodrigues,
Professor de taekwondo Tiago Saraiva e Ricardo Ramos, Professor
Eliseu Gonçalves pela confiança em meu trabalho. Ao meu
alunodePersonal Training, Paulo José Murarole, pela confiança em meu
trabalho.Ao meu amigo Reginaldo Donizete Cândido Júnior in memoriam,
sem palavras.
Agradecimentos
Primeiramente agradeço Instituição de Estudo e Pesquisa
(ENAF), pela estrutura oferecida e oportunidade de estudar
nesta instituição. Agradeço a todos os docentes do que fizeram
parte do cursso de pós graduação em Treinamento Desportivo
pelo Enaf, por toda dedicação e orientação prestados durante o
processo de elaboração e conclusão deste trabalho. Agradeço
ao Profº. Ms Autran José da Silva Jr e ao Profº. Ms Fernando
Bernadeli por terem ajudado de diferentes maneiras e
acrescentaram muito ao estudo. Agredeço ao Profº.Esp Carlos
Roberto Bertoloto Xavier, por ter me ajudado e me apoiado no
meu estudo.
RESUMO
BOVO, FABIO H., ESTRUTURA DE TREINAMENTO EM BASQUETE PARA
ATLETA DE CATEGORIA FORMATIVA, 2013 (Dissertação de especialização)
DESENVOLVIMENTO SERVIÇOS EDUCACIONAIS
A preparação, embasado nos princípios científicos do treinamento desportivo,
levando em consideração o desporto e as diferentes qualidades ou capacidades
físicas nele implícitas e a serem treinados, o sexo e a idade dos praticantes bem
como seu nível anterior de preparação, para de acordo com objetivos
preestabelecidos obter o melhor rendimento desportivo. O principal objetivo do
treinamento é fazer com que o atleta atinja um alto nível de desempenho em dada
circunstância, especialmente durante a principal competição do ano com uma boa
forma atlética (Bompa, 2001). Devemos observar as características dos atletas, que
ainda se encontram em idade escolar, onde muitas vezes acumula funções como
freqüência em cursos, jornada de trabalho, entre outras condições que possam
intervir em um programa de treinamento. Havendo, portanto, um direcionamento
metodológico quanto à periodização de treinamento desportivo para a idade ou
profissionalizado, permitindo o surgimento de metodologias aleatórias, segregadas
e, muitas vezes, inadequada para esta realidade. A proposta de periodização aqui
descrita tem a pretensão de assegurar uma planificação que possa ser adaptadas
ainda, às situações mais comuns na nossa sociedade, e mais especificamente a
realidade da Educação Física e do desporto no Brasil, visto que as principais
pesquisas científicas que tratam do assunto apresentam uma proposta de
periodização em nível de alto rendimento, com microciclos semanais de domingo a
domingo.
Palavras chaves: Treinamento; Periodização; Microciclos; e Esporte.
ABSTRACT
BOVO, FABIO H., TRAINING STRUCTURE IN BASKETBALL TO ATHLETE OF
FORMATIVE CATEGORY, 2013 (Dissertation of specialization) DEVELOPMENT
EDUTIONAL SERVICES.
The preparation, based on scientific principles of sport training context, taking into
consideration the sporting and the different quality or physical prowess implicit and to
be trained, the gender and the age of the practitioners as well as their previous level
of preparation, in accordance with pre-established objectives to obtain the best
sports performance. The main objective of training is to make sure that the athlete
reaches a high level of performance in a given circumstance, especially during the
main competition of the year with a good athletic fitness (Bompa, 2001). We should
observe the characteristics of the athletes, that still are in school-age, where most of
the times accumulate functions with frequency in courses, working hours, among
other conditions that can intervene in one training program. There is, a
methodological direction to the periodization of sport training context to the age or the
professionalized, allowing the emergence of the random methodologies, segregated
and, many times inadequate to this reality. The proposal of periodization here
described has the pretension to ensure one planning that can be adapted, to more
common situations in our society, and more specifically to the reality of physical
education and the sport in Brazil, such as the main scientific research that deals with
the subject that shows a proposal of periodization in a level of high yield, with weekly
microcycles from Sunday to Sunday.
Key words: Training; Periodization; Microcycles; and Sport.
SUMÁRIO
Introdução................................................................................................................. 10
1 – A historia do basquetebol ................................................................................. 10
2 – Revisões bibliográficas ..................................................................................... 12
2.1 – O basquete no Brasil ........................................................................................ 12
2.2 – Objetivo do jogo ................................................................................................ 14
Posições de basquete.................................................................................................15
Fundamentos do basquetebol.....................................................................................18
2.3 – Empunhaduras Gerais........................................................................................18
Controle do Corpo.......................................................................................................19
Manejo de bola............................................................................................................19
Passes ........................................................................................................................20
Drible...........................................................................................................................20
Drible alto ....................................................................................................................20
Drible baixo .................................................................................................................21
Arremesso...................................................................................................................22
3 – Treinamento despotivo.......................................................................................22
3.1 – Principios científicos do Treinamento.................................................................22
4 – Meios Pedagogicos da Preparação Desportiva................................................26
4.1 – Classificação dos Exercicios .............................................................................28
4.2 – Exercicio Preparatorio Geral ..............................................................................29
4.3 – Método de ensino da Tecnica de ações motoras...............................................29
4.4 – Métodos de treino das capacidades motoras.....................................................31
4.5 – Métodos de exercício de carga contínua............................................................31
4.6 – métodos de exercicio de carga intercalada ........................................................31
4.7 – Metodos de exercício de carga mista (intervalo e continuo)...............................32
4.8 – Metodos de influencia verbal..............................................................................32
4.9 – Metodos de influência demonstrativa .................................................................32
5 – Cargas de Treinamento.......................................................................................34
5.1 – Caracteristicas da carga de treinamento............................................................34
5.2 – Adaptações no treinamento desportivo ..............................................................35
5.3 – Efeitos de treinamento........................................................................................36
5.4 – Cargas de treinamento e seus aspectos determinantes ....................................36
5.5 – Conteudos da carga ...........................................................................................37
5.6 – Volumes de carga ..............................................................................................37
5.7 – Organização da carga ........................................................................................39
5.8 – Orientações da carga .........................................................................................40
5.9 – Durações do exercício........................................................................................40
5.10 – Durações dos intervalos de descanso..............................................................41
6 – Treinamento e Aperfeiçoamento das Capacidades Fisicas ............................42
6.1 – Treinamento e aperfeiçoamento da resistência .................................................43
6.2 – Treinamento da resistência aeróbia ...................................................................44
6.3 – Treinamentos da resistência anaeróbia glicolitica ..............................................44
6.4 – Treinamento da resistência anaeróbia alática....................................................45
6.5 – Treinamentos das capacidades de força............................................................45
6.6 – Treinamento da resistência de força ..................................................................46
6.7 – Treinamentos da capacidades de velocidade ....................................................47
6.8 – Treinamentos da capacidade de flexibilidade.....................................................47
6.9 – Treinamentos das capacidades de coordenação...............................................49
6.10 – Treinamentos da capacidade de equilíbrio.......................................................50
7 – Estrutura e Organização do Treinamento no Microciclo .................................50
7.1 – Microciclos de preparação..................................................................................51
7.2 – Microciclo ordinário ............................................................................................51
7.3 – Microciclo de choque .........................................................................................51
7.4 – Microciclo de manutenção..................................................................................51
7.5 – Microciclo recuperativo.......................................................................................52
8 – Estrutura e Organização do treinamento no mesociclo ..................................52
8.1 – Mesociclo inicial .................................................................................................52
8.2 – Mesociclo básico................................................................................................53
8.3 – Mesociclo de Desenvolvimento..........................................................................53
8.4 Mesociclo Estabilizador ........................................................................................53
8.5 – Mesociclo recuperativo.......................................................................................53
9 – Estrutura e Organização do Treinamento mo ciclo anual e macrociclo.................54
10 – Considerações Finais .......................................................................................60
11 – Bibliografia...........................................................................................................61
10
1 – INTRODUÇÃO
A história do Basquetebol
Para CBB (2013), Em 1891, o longo e rigoroso inverno de Massachussets
tornava impossível a prática de esportes ao ar livre. As poucas opções de atividades
físicas em locais fechados se restringiam a entediantes aulas de ginástica, que
pouco estimulava aos alunos. Foi então que Luther Halsey Gullick, diretor do
Springfield College, colégio internacional da Associação Cristã de Moços (ACM),
convocou o professor canadense James Naismith, de 30 anos, e confiou-lhe uma
missão: pensar em algum tipo de jogo sem violência que estimulasse seus alunos
durante o inverno, mas que pudesse também ser praticado no verão em áreas
abertas.
Depois de algumas reuniões com outros professores de educação física
da região, James Naismith chegou a pensar em desistir da missão. Mas seu espírito
empreendedor o impedia. Refletindo bastante, chegou à conclusão de que o jogo
deveria ter um alvo fixo, com algum grau de dificuldade. Sem dúvida, deveria ser
jogado com uma bola, maior que a de futebol, que quicasse com regularidade. Mas
o jogo não poderia ser tão agressivo quanto o futebol americano, para evitar
conflitos entre os alunos, e deveria ter um sentido coletivo. Havia outro problema: se
a bola fosse jogada com os pés, a possibilidade de choque ainda existiria. Naismithh
decidiu então que o jogo deveria ser jogado com as mãos, mas a bola não poderia
ficar retida por muito tempo e nem ser batida com o punho fechado, para evitar
socos acidentais nas disputas de lances.
A preocupação seguinte do professor era quanto ao alvo que deveria ser
atingido pela bola. Imaginou primeiramente colocá-lo no chão, mas já havia outros
esportes assim, como o hóquei e o futebol. A solução surgiu como um relâmpago: o
alvo deveria ficar a 3,5m de altura, onde imaginava que nenhum jogador da defesa
seria capaz de parar a bola que fosse arremessada para o alvo. Tamanha altura
também dava certo grau de dificuldade ao jogo, como Naismith desejava desde o
início.
11
Mas qual seria o melhor local para fixar o alvo? Como ele seria?
Encontrando o zelador do colégio, Naismith perguntou se ele não dispunha de duas
caixas com abertura de cerca de 8 polegadas quadradas (45,72 cm). O zelador foi
ao depósito e voltou trazendo dois velhos cestos de pêssego. Com um martelo e
alguns pregos, Naismith prendeu os cestos na parte superior de duas pilastras, que
ele pensava ter mais de 3,0m, uma em cada lado do ginásio. Mediu a altura. Exatos
3,05m, altura esta que permanece até hoje. Nascia a cesta de basquete.
James Naismith escreveu rapidamente as primeiras regras do esporte,
contendo 13 itens. Elas estavam tão claras em sua cabeça que foram colocadas no
papel em menos de uma hora.
O criativo professor levou as regras para a aula, afixando-as num dos
quadros de aviso do ginásio. Comunicou a seus alunos que tinha um novo jogo e se
pôs a explicar as instruções e organizar as equipes.
Havia 18 alunos na aula. Naismith selecionou dois capitães (Eugene
Libby e Duncan Patton) e pediu-lhes que escolhesse os lados da quadra e seus
companheiros de equipe. Escolheu dois dos jogadores mais altos e jogou a bola
para o alto. Era o início do primeiro jogo de basquete. Curioso, no entanto, é que
nem Naismith nem seus alunos tomaram o cuidado de registrar esta data, de modo
que não se pode afirmar com precisão em que dia o primeiro jogo de basquete foi
realizado. Sabe-se apenas que foi em dezembro de 1891, pouco antes do Natal.
Como esperado, o primeiro jogo foi marcado por muitas faltas, que eram
punidas colocando-se seu autor na linha lateral da quadra até que a próxima cesta
fosse feita. Outra limitação dizia respeito à própria cesta: a cada vez que um
arremesso era convertido, um jogador tinha que subir até a cesta para apanhar a
bola. A solução encontrada, alguns meses depois, foi cortar a base do cesto, o que
permitiria a rápida continuação do jogo.
Após a aprovação da diretoria do Springfield College, a primeira partida
oficial do esporte recém-criado foi realizada no ginásio Armory Hill, no dia 11 de
março de 1892, em que os alunos venceram os professores pelo placar de 5 a 1, na
presença de cerca de 200 pessoas.
A primeira bola de basquete foi feita pela A. C. Spalding & Brothers, de
Chicopee Falls (Massachussets) ainda em 1891, e seu diâmetro era ligeiramente
maior que o de uma bola de futebol.
12
As primeiras cestas sem fundo foram desenhadas por Lew Allen, de
Connecticut, em 1892, e consistiam em cilindros de madeira com borda de metal. No
ano seguinte, a Narraganset Machine &Co; teve a idéia de fazer um anel metálico
com uma rede nele pendurada, que tinha o fundo amarrado com uma corda, mas
poderia ser aberta simplesmente puxando esta última.
Logo depois, tal corda foi abolida e a bola passou a cair livremente após a
conversão dos arremessos. Em 1895, as tabelas foram oficialmente introduzidas.
Naismith não poderia imaginar a extensão do sucesso alcançado pelo esporte que
inventara. Seu momento de glória veio quando o basquete foi incluído nos Jogos
Olímpicos de Berlim, em 1936, e ele lançou ao alto a bola que iniciou o primeiro jogo
de basquete nas Olimpíadas.
Atualmente, o esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas no
mundo inteiro, nos mais de 170 países filiados à FIBA.
2 - REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS
2.1 - O basquete no Brasil
Para CBB (2013), O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer a
novidade. Augusto Shaw, um norte-americano nascido na cidade de Clayville, região
de Nova York, completou seus estudos na Universidade de Yale, onde em 1892
graduou-se como bacharel em artes e onde Shaw tomou contato pela primeira vez
com o basquete.
Dois anos depois, recebeu um convite para lecionar no tradicional
Mackenzie College, em São Paulo. Na bagagem, trouxe mais do que livros sobre
história da arte. Havia também uma bola de basquete. Mas demorou um pouco até
que o professor pudesse concretizar o desejo de ver o esporte criado por James
Naismith adotado no Brasil. A nova modalidade foi apresentada e aprovada
imediatamente pelas mulheres. Isso atrapalhou a difusão do basquete entre os
rapazes, movidos pelo forte machismo da época. Para piorar, havia a forte
concorrência do futebol, trazido em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a
grande coqueluche da época entre os homens.
13
Aos poucos o persistente Augusto Shaw foi convencendo seus alunos de
que o basquete não era um jogo de mulheres. Quebrada a resistência, ele
conseguiu montar a primeira equipe do Mackenzie College, ainda em 1896. Uma
foto enviada ao Instituto Mackenzie nos Estados Unidos, mostra o que seria a
primeira equipe organizada no Brasil, justamente por Shaw. Estão identificados
Horácio Nogueira e Edgar de Barros, Pedro Saturnino, Augusto Marques Guerra,
Theodoro Joyce, José Almeida e Mário Eppinghauss.
Shaw viveu no Brasil até 1914 e teve a chance de acompanhar a difusão
do basquete no país. Faleceu em 1939, nos Estados Unidos.
A aceitação nacional do novo esporte veio através do Professor Oscar
Thompson, na Escola Nacional de São Paulo e Henry J. Sims, então diretor de
Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM), do Rio de Janeiro.
Em 1912, no ginásio da Rua da Quitanda nº 47, no centro do Rio de
Janeiro, aconteceu os primeiros torneios de basquete. Em 1913, quando da visita da
seleção chilena de futebol a convite do América Futebol Clube, seus integrantes,
membros da ACM de Santiago, passaram a freqüentar o ginásio da Rua da
Quitanda. Henry Sims convenceu os dirigentes do América a introduzir o basquete
no clube da Rua Campos Salles, no bairro da Tijuca.
Para animá-los, arranjou um jogo contra os chilenos oferecendo uma
equipe da ACM, com o uniforme do América que triunfou pelo curioso score de 5 a
4. O plano vingou e o América foi o primeiro clube carioca a adotar o basquete. As
primeiras regras em português foram traduzidas em 1915.
Nesse ano a ACM realizou o primeiro torneio da América do Sul, com a
participação de seis equipes. O sucesso foi tão grande que a Liga Metropolitana de
Sports Athéticos, responsável pelos esportes terrestres no Rio de Janeiro, resolveu
adotar o basquete em 1916. O primeiro campeonato oficializado pela Liga foi em
1919, com a vitória do Flamengo.
Em 1922 foi convocada pela primeira vez a seleção brasileira, quando da
comemoração do Centenário do Brasil nos Jogos Latino-Americanos, um torneio
continental, em dois turnos, entre as seleções do Brasil, Argentina e Uruguai. O
Brasil sagrou-se campeão, sob a direção de Fred Brown. Em 1930, com a
participação do Brasil, foi realizado em Montevidéu, o primeiro Campeonato Sul-
Americano de Basquete.
14
Em 1933 houve uma cisão no esporte nacional, quando os clubes que
adotaram o profissionalismo do futebol criaram entidades especializadas dos vários
desportos. Nasceu assim a Federação Brasileira de Basketball, fundada a 25 de
dezembro de 1933, no Rio de Janeiro. Em assembléia aprovada dia 26 de dezembro
de 1941, passou ao nome atual, Confederação Brasileira de Basketball.
2.2 - Objetivos do jogo
Para Cbb (2013), O objetivo do jogo é introduzir a bola no cesto da equipe
adversária (marcando pontos) e, simultaneamente, evitar que essa seja introduzida
no próprio cesto, respeitando as regras do jogo. A equipe que obtiver mais pontos no
fim do jogo vence as primeiras regras
1 - A bola pode ser arremessada em qualquer direção com uma ou com
ambas as mãos;
2 - A bola pode ser tapeada para qualquer direção com uma ou com
ambas as mãos (nunca usando os punhos);
3 - Um jogador não pode correr com a bola. O jogador deve arremessá-la
do ponto onde pegá-la. Exceção será feita ao jogador que receba a bola quando
estiver correndo a uma boa velocidade;
4 - A bola deve ser segura nas mãos ou entre as mãos. Os braços ou
corpo não podem ser usados para tal propósito;
5 - Não será permitido sob hipótese alguma puxar, empurrar, segurar ou
derrubar um adversário. A primeira infração desta regra contará como uma falta, a
segunda desqualificará o jogador até que nova cesta seja convertida e, se houver
intenção evidente de machucar o jogador pelo resto do jogo, não será permitida a
substituição do infrator.
6 - Uma falta consiste em bater na bola com o punho ou numa violação
das regras 3, 4 e 5.
7 - Se um dos lados fizer três faltas consecutivas, será marcado um ponto
a mais para o adversário (Consecutivo significa sem que o adversário faça falta
neste intervalo entre faltas).
8 - Um ponto é marcado quando a bola é arremessada ou tapeada para
dentro da cesta e lá permanece, não sendo permitido que nenhum defensor toque
15
na cesta. Se a bola estiver na borda e um adversário move a cesta, o ponto será
marcado para o lado que arremessou.
9 - Quando a bola sai da quadra, deve ser jogada de volta à quadra pelo
jogador que primeiro a tocou. Em caso de disputa, o fiscal deve jogá-la diretamente
de volta à quadra. O arremesso da bola de volta à quadra é permitido do tempo
máximo de 5 segundos. Se demorar mais do que isto, a bola passará para o
adversário. Se algum dos lados insistirem em retardar o jogo, o fiscal poderá marcar
uma falta contra ele.
10 - O fiscal deve ser o juiz dos jogadores e deverá observar as faltas e
avisar ao árbitro quando três faltas consecutivas forem marcadas. Ele deve ter o
poder de desqualificar jogadores, de acordo com a regra 5.
11 - O árbitro deve ser o juiz da bola e deve decidir quando a bola está
em jogo, a que lado pertence sua posse e deve controlar o tempo. Deve decidir
quando um ponto foi marcado e controlar os pontos já marcados, além dos poderes
normalmente utilizados por um árbitro.
12 - O tempo de jogo deve ser de dois meio-tempos de 15 minutos cada,
com 5 minutos de descanso entre eles.
Posições do basquete
Armador
http://76ersbr.blogspot.com.br
Um armador, como próprio nome já diz, é o jogador que deve armar a
jogada. Geralmente é o jogador com melhor passe e controle de bola do seu time,
também deve possuir uma boa visão de jogo para distribuir passes firmes, e achar
16
seus companheiros de time livres em posições de fácil finalização. Um armador
geralmente possui uma baixa estatura (1,80m) assim conseguindo ser mais rápido e
ágil, porém existem exceções, como Magic Johnson que tinha 2.06 m e é um dos
melhores armadores que já existiu no jogo.
http://76ersbr.blogspot.com.br
O ala-armador assim como o armador possui um bom domínio de bola e
em vários casos pode até trocar de posição com o armador, mas a sua
especialidade é o arremesso.
Em inglês o nome diz Shooting que significa arremesso, é sua
especialidade. Basicamente consegue arremessar de toda a quadra. Um bom
exemplo de ala-armador é Ray Allen, que em minha opinião é o melhor
arremessador de 3 pontos da historia da NBA.O que muitos não sabem é que Allen
Iverson, um dos maiores ídolos do 76ers, tem como sua posição Ala-Armador, mas
costumava jogar muito como armador.
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17
Um lateral é um dos jogadores mais completos em questão de habilidade
e atletismo, porque mesmo não possuindo um domínio de bola tão bom quanto de
um armador.
Geralmente possuem um arremesso mediano de 3pt, bons arremessos de
distancia médio e costuma ser muito agressivos dentro do garrafão conseguindo
faltas, e constantemente indo para o arremesso de lance livre. AndreIguodala, ala
atual do Sixers e futuro ídolo, é um dos melhores alas do jogo, suas infiltrações são
espetaculares e varias vezes terminam em enterradas espetaculares, infelizmente
ele não recebe todo o credito que merece, apenas indo para o All-Star Game da
NBA uma vez (2012)
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Alas-pivôs em geral possui um grande porte físico. Normalmente são altos
e bem parecidos com Pivôs em modo de jogo. Possuem bons arremessos de media
distancia e também possuem um bom Post Game, também chamado de jogo de
pivô, que constitui em jogar com suas costas viradas para cesta. Dirk Nowitzki, Tim
Duncan e Kevin Garnett são atualmente os ala-pivôs mais conhecidos da NBA,
todos eles já ganharam um NBA Championship, sendo o mais recente deles
Nowitzki em 2011 contra Miami e Dr. J (Julius Erving), atual Hall Of Famer se
consagrou como um dos melhores PF de toda a NBA em nossa querida Filadélfia.
18
http://76ersbr.blogspot.com.br
Os Pivôs em geral são os jogadores mais altos de seus times, em torno
de 2,08 m e 2,13 m, não possuem um bom domínio de bola, mas junto com os Alas-
pivôs são os reboteiros oficiais de seus times, e tentam proteger o garrafão com
muitos tocos, defesas consistentes e sem falta. Costumam serem os melhores
jogadores em termos de jogo de pivô e os piores em termo de arremessos, incluindo
lance livres.
Fundamentos do Basquetebol
Pela prática do basquetebol podemos determinar como objetivos
diretamente ligados ao praticante o seu desenvolvimento físico, técnico, tático,
psicológico, moral e social.
2.3 - Empunhaduras gerais
È feita com os dedos na parte calosa das mãos, polegares um de frente
para o outro nas laterais da bola.Não é correto Segurar a bola com as palmas das
mãos.
19
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Controle de corpo
É a capacidade de realizar movimentos e gestos específicos do
basquetebol, exigidos pela própria dinâmica do jogo. Esses gestos e movimentos
são as várias formas de controlar o corpo como saído rápidas, paradas bruscas,
mudanças de direção, corridas, finta, giros, saltos, etc...
Manejo de bola
É a capacidade de manusear a bola nas diversas situações do jogo.
Deve-se oferecer aos praticantes a oportunidade de conhecer as diversas
possibilidades de movimentos com a bola, como: rolar, tocar, quicar, segurar, lançar,
trocar de mãos e movimentá-la em relação a diversos planos do corpo.
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20
Passes
São lançamentos da bola entre elementos de uma mesma equipe que
constitui numa maneira de levar a bola de um ponto a outro da quadra sem infringir
as regras do basquetebol. Este fundamento é executado mediante lançamentos da
bola entre elementos da mesma equipe, com o objetivo de conseguir um melhor
posicionamento na quadra, para maior facilidade na obtenção de uma cesta.
Os passes podem ser executados com uma ou ambas as mãos. No
primeiro caso podem ser citados os passes: picado, à altura do ombro, por baixo e
tipo gancho. No segundo podem incluir-se os passes: à altura do tórax, picado,
acima da cabeça e baixo.
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Drible
É o ato de bater a bola, impulsionando-a contra o solo com uma das
mãos. Apenas com esse fundamento o jogador com a posse da bola poderá se
deslocar pela quadra sem infringir as regras do jogo.
Drible alto
Usar-se o drible alto, com o intuito de se locomover com maior arremesso
velocidade, na quadra, podendo desta forma desenvolver a corrida associada do
drible sem cometer a violação do andar. Usam-se principalmente quando um
21
adversário não está exercendo uma marcação próxima ou quando um jogador
recebe um passe de seu companheiro, estando muito distante da cesta,
obrigatoriamente terá que usar o drible para se aproximar e efetuar o arremesso.
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Drible baixo
È realizado freqüentemente quando um jogador que está com a bola,
sofre uma marcação de perto, bem próxima pelo seu adversário. O drible se executa
com o corpo curvado para frente, pernas semi-flexionadas e a cabeça erguida.
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22
Arremesso
É um fundamento de ataque realizado com o objetivo de se conseguir a
cesta. Em uma partida de basquetebol o atacante de posse de bola poderá executar
um arremesso de diversas formas, dependendo de sua posição na quadra, da
posição do adversário mais próximo e de sua velocidade de deslocamento.
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3. - TREINAMENTO DESPORTIVO
3.1 Princípios Científicos do Treinamento
Para Tubino (1984), Existem princípios biológicos básicos que precisam
ser aplicados e respeitados durante um programa de exercício. Muitas vezes tais
princípios são ignorados ou manipulados por pessoas interessadas em produzir
"modismos" ou “programas de exercício" sem esforço. E grandes partes desses
programas não produzem resultados duradouros.
A) - Sobrecarga:
Definição: é a aplicação de estresse ou demanda maior do que a normal
sobre o sistema fisiológico, ou sobre algum órgão, que resulta em aumento da força
23
ou da função dos mesmos. Este princípio explica o método pelo qual você melhora
o seu condicionamento físico. Ao flexionar o antebraço repetidamente, os músculos
do bíceps sofrem pouca ou nenhuma mudança. “Porém, ao flexionar o antebraço
repetidamente com um peso adicional ou uma força” maior do que a normal, os
músculos responsáveis por este movimento ganharão força. Se você deseja
melhorar a função ou a forma física, deve sobrecarregar aquele músculo ou sistema.
O método mais comum para sobrecarregar o sistema musculoesquelético é o
treinamento de resistência. O uso de pesos, elásticos resistidos ou o uso da própria
resistência da água (hidroginástica) obrigará os músculos trabalhados a fazerem um
esforço ainda maior resultando no aumento de função ou de força. O sistema
cardiorrespiratório também deve ser submetido à sobrecarga, com o propósito de
melhorar as suas funções. O princípio de sobrecarga pode ser utilizado ainda para
desenvolver a flexibilidade.
B) - Sobrecarga progressiva:
Definição: é o aumento gradual e sistemático de tensão ou força
aplicada sobre o sistema fisiológico, ou sobre um órgão a fim de evitar riscos de
lesão ou de fadiga crônica.Exagerar no levantamento de pesos ou nas corridas pode
aumentar o risco de lesão. Submeter o corpo à sobrecarga muito rapidamente
representa grande ameaça ao organismo, em termos fisiológicos. Mesmo que o
atleta consiga evitar possíveis lesões musculoesqueléticas, ainda assim, pode
passar a sofrer de fadiga crônica. O ideal é ir aumentando a carga dos pesos
progressivamente, o que reduz a ameaça de lesão, pois permite o descanso e
recuperação adequada dos músculos.
C) - Adaptação:
Definição: é a capacidade de um sistema ou órgão para se juntar ao
esforço ou sobrecarga adicional, a partir do aumento de força ou função. O corpo
humano adquire maior condicionamento físico, porque se adapta as exigências que
lhe são impostas. Se o corpo desempenhar repetidamente o mesmo tipo de
exercício, com a mesma carga de peso, o exercício vai se tornando mais fácil, pois o
24
corpo vai se adaptando à sobrecarga. Para aumentar o desempenho, deve haver
aumento na carga de peso, para que o corpo se adapte a cada novo desafio.
D) - Especificidade
Definição: é o princípio que recomenda o treinamento exclusivo da parte
do sistema ou do corpo que esteja recebendo a sobrecarga. A adaptação fisiológica
será específica para esta parte do corpo.
Quando carregamos peso, a força muscular é aumentada, mas o peso
terá os músculos envolvidos neste exercício, porém não treinados os músculos e o
sistema cardiovascular de forma eficaz para a corrida.
O exercício "step" trabalha os sistemas cardiorrespiratórios e
musculoesqueléticos de maneira diferente, se comparado aos exercícios aeróbicos
aquáticos. Um corredor bem condicionado pode se sentir muito estimulado ao
pedalar; assim como um ciclista bem condicionado pode se sentir muito estimulado
em uma aula de fitnes aquático. Um exercício específico de acordo com a maneira
como desenvolve o condicionamento dos sistemas musculoesquelético e o
cardiorrespiratório.
E) - Variabilidade/ Treinamento cruzado
Definição: é a variação da intensidade, da duração, ou do estilo
(treinamento cruzado) das sessões de exercício, na busca de um melhor equilíbrio
muscular.
Aumentar a demanda sobre os diversos grupos musculares ou sobre o
sistema fisiológico possibilita um processo de adaptação mais amplo para o corpo. A
diversificação é necessária, devido à lei da especificidade. Fazendo sempre o
mesmo tipo de exercício, os resultados alcançados serão sempre os mesmos.
Muitas pessoas enfrentam problemas com os programas de exercícios. Variar o tipo
de trabalho físico provavelmente dará a esses alunos a motivação tão desejada para
continuar perdendo peso ou a alcançar seus objetivos de melhor condicionamento
que lhe é imposta. Acima de tudo, a variabilidade é um dever para a saúde e para o
treinamento.
25
F) - Reversibilidade
Definição: é o princípio que constata a reversão gradual do corpo ao
estágio de pré-treinamento, quando há interrupção dos exercícios.
O condicionamento não pode ser interrompido. Quando isso acontece,
as funções fisiológicas e a força retornam aos níveis iniciais de condicionamento. A
reversão é o princípio menos apreciado pelos praticantes de exercício. Ou você
trabalha o corpo ou perde o condicionamento. Um fato que pode servir de consolo é
a capacidade do corpo armazenar uma "memória muscular ou condicionadora" .
Pesquisas indicam que indivíduos que mantêm um bom nível de condicionamento,
por um longo período, perdem os benefícios fisiológicos mais lentamente.
Quem já teve um bom condicionamento terá mais facilidade em adquiri-
lo, em razão dos diversos fatores associados à memória do músculo
G)- Diferenças Individuais/Individualidade biológica
Muitos fatores contribuem para a variação individual em resposta ao
treinamento. De considerável importância é o nível de aptidão relativa da pessoa no
início do treinamento. É irreal esperar que pessoas diferentes estejam no mesmo
"estado" de treinamento ao mesmo tempo. É contra produtivo insistir que todos os
membros de uma mesma equipe treinem da mesma maneira ou com o mesmo ritmo
relativo ou absoluto de trabalho. Os benefícios do treinamento são ampliados
quando os programas são planejados de forma a satisfazer as necessidades e
capacidades individuais dos participantes.
Um indivíduo é o resultado da soma do genótipo (bagagem genética
transmitida ao indivíduo) + fenótipo (Expressão dos gens determinada pela herança
genética). Os genótipos podem ser classificados como: biotipo, composição corporal
provável, força máxima possível, provável percentual de fibras musculares. E os
fenótipos como: nível de desenvolvimento muscular, nível do consumo de O²
(Vo²máx), percentual real de fibras musculares e força máxima.
Além dessas características individuais, características coletivas como
raça, idade, sexo e mais o nível sócio-econômico-cultural influenciarão na formação
da individualidade.
26
4 - MEIOS PEDAGÓGICOS DA PREPARAÇÃO DESPORTIVA
Para Gomes (2009), Durante todo o processo da atividade motora do
indivíduo, deve ser resolvido um grande número de tarefas motoras.
A solução dessas tarefas correlaciona-se com a percepção da atividade
motora (AM).
Para Gomes (2009) A atividade motora, que faz parte da atividade integral
do indivíduo, deve ser sempre consciente e orientada. A diferença do princípio da
atividade motora e do movimento como função do organismo humano manifesta-se
por meio da locomoção motora humana sob duas formas:
• Manutenção constante da posição corporal (postura);
• Deslocamento d corpo em relação ao meio circundante ou
deslocamento de algumas de suas partes em relação a outra (Schimit, 1985).
Para Gomes (2009) As ações motoras constituem um meio integrante
caracteriza-se por seu conjunto de ações motoras.
Como regra, um movimento articular por si não constitui ainda uma AM
independente. A ação com a qual o atleta resolve a tarefa motora é compostos de
movimentos articulares distribuídos e interligados no espaço e no tempo.
Em todos os AM podem-se distinguir, condicionamento, movimentos
isolados. Assim, no salto em altura, destacam-se: impulso, ação conjugada da
movimentação da perna para cima sobre a barra a aterrissagem (Boguem, 1985).
Para Gomes (2009) O exercício físico constitui a base da preparação do
atleta como processo pedagógico. Por conseguinte, os exercícios físicos são a
forma principal de utilização das ações motoras na preparação desportiva.
O exercício físico constitui a base da preparação do atleta como processo
pedagógico. Por conseguinte,os exercícios físicos são a forma principal de utilização
das ações motoras na preparação desportiva.
O exercício físico está obrigatoriamente ligado ao método, uma vez que o
processo organizado, objetivando o aperfeiçoamento de qualquer qualidade do
indivíduo e pressupondo um sistema estável de ações repetidas, possui
interligações necessárias para a solução de tarefas previstas e não somente num
27
conjunto casual de operações. Por conseguinte, tais ações, em sua essência,
formam um método.
Na “linguagem desportiva, o termo “meio” significa o que se utiliza, e o
termo “método”, como se utiliza o meio no processo de obtenção do objetivo da
preparação. Dessa forma, o exercício representa o meio, e o modo de sua aula.
Juntamente com as ações motoras, referem-se aos meios muitos outros
fatores, cuja utilização orientada determina a eficiência da preparação do atleta. Por
exemplo, na qualidade de meios de preparação do atleta, devem ser considerados:
• Equipamentos especiais: o material desportivo, as instalações
desportivas, os aparelhos de treino desportivo, os aparelhos de ginástica, barra de
ferro, aparelhagem de diagnóstico – teste,piscinas, etc.
• Fatores da natureza: a influência do ar e da água, radiação solar,
condições climáticas das zonas montanhosas.
• Condições sociais e ecológicas de vida dos atletas: as condições
de vida cotidiana, o regime de sono, os estudos,o trabalho,os fatores
social,econômico e cultural,etc.
• Alimentação do atleta: deve ser vista como fator importante na
preparação; o que determina, no organismo, a recepção da: energia, água, micro
elementos, vitaminas e sais.
• Fatores de recuperação: a massagem, a fisioterapia, a sauna.
• Influências informativas: a informação verbal e visual do técnico, a
observação como forma de obter dados, etc.
É costume caracterizar o exercício físico pela forma e pelo conteúdo. A
forma do exercício físico é em determinada pelos parâmetros dinâmicos e
cinemáticos. A cinemática fornece a idéia do aspecto externo dos movimentos do
atleta e caracteriza-se pelos seguintes parâmetros:
• Espaço: a posição do corpo e de suas partes e a amplitude do
movimento.
• Tempo: a duração do exercício
• Espaço e tempo: a velocidade, a aceleração e a desaceleração.
As características dinâmicas fornecem a idéia das forças que exercem
influências sobre o movimento do corpo.
Esses parâmetros são influenciados pelas forças correlativas ao
28
movimento.
As formas do exercício físico são expressas na “técnica do exercício
físico”. O conteúdo do exercício físico revela-se no processo da atividade locomotora
imediata do indivíduo e caracteriza-se pela sua “carga”.
4.1 - Classificações dos exercícios
De acordo com o regime de contração muscular no movimento, a
contração muscular no exercício pode ser estática ou dinâmica. Os exercícios físicos
estáticos são os que estão relacionados com a manutenção da posição tomada,
como, por exemplo, a posição do corpo no exercício ginástico nas argolas em “cruz”.
Os exercícios físicos dinâmicos estão ligados ao deslocamento do corpo do atleta ou
de suas partes. (ex., os exercícios de corrida e os de saltos). A divisão dos
exercícios em dinâmico e estático muito convencional, pois a maioria dos
movimentos se realiza combinando os regimes dinâmicos e estáticos contradições d
diferentes músculos. Assim, para executar o movimento dinâmico da mão ou devem
primeiro assegurar a tomada de uma destinada posição estática. Por outro lado,
para manter a posição, é preciso que, em resposta a qualquer ação que perturbe tal
posição, realizem-se os correspondentes movimentos dinâmicos compensatórios
(SCHIMIDT, 1985).
Em relação à estrutura do movimento, os exercícios dinâmicos dividem-se
em ciclo, acíclico e misto (ZATSIORKI, 1970).
Dependendo do volume da massa muscular ativa que participa no
movimento, os exercícios físicos classificam-se em exercícios localizados, regionais
e globais (SUDAKOV, 1984).
Os exercícios locais são aqueles em cuja realização participa até um
terço de toda a massa muscular do corpo do atleta (p. ex., o exercício feito apenas
com os músculos do braço ou da perna).
29
4.2 - Exercício preparatório geral.
Para Gomes (2009), Uma vez que o organismo humano representa algo
único, o desenvolvimento de algumas qualidades não ocorre isoladamente do
desenvolvimento das outras. A especialização extremamente estreita, quando se
ignora o necessário desenvolvimento multilateral,contradiz desenvolvimento natural
do organismo.
È extremamente importante levar isso em consideração nas idades infantil
e juvenil.
Toda a experiência da preparação dos atletas mostra que a
especialização desportiva bem-sucedida, em certa modalidade, é considerada, em
grande medida, pelo desenvolvimento físico multilateral.
De acordo com essa disposição, a melhora do nível geral das habilidades
funcionais do organismo do atleta possui um significado primordial para a
especialização desportiva bem-sucedida.
Essa importante tarefa de preparação é resolvida com a ajuda dos
exercícios preparatórios gerais.
A especificidade da preparação do atleta pressupõe a orientação
predominante das influências sobre o aperfeiçoamento das capacidades
locomotoras do organismo humano, de determina o significado dominante dos
métodos de influência da prática.
A influência verbal e demonstrativa é complementar para a ótima
realização dos métodos práticos (Zakharov; Gomes, (1992).
4.3 - Métodos de ensino da técnica de ações motoras.
Destacam-se dois enfoques metodológicos principais do ensino da
técnica das ações motoras: o integral e o dividido.
Referindo-se a esse assunto, Matveev (1997) cita que a preparação
teórica para os atletas de basquetebol vai contribuir para o desenvolvimento
intelectual dos atletas.
30
a preparação teórica é por sua vez, uma das condições, mais
importantes da eficácia do desporto como meio de aperfeiçoamento
harmônico da personalidade e confirma que as leis da atividade vital
e do desenvolvimento do organismo bem como um elevado nível
intelectual, convertem-se cada vez mais não só em premissas, mas
também em fatores diretos aos resultados desportivos (MATVEEV,
1997, p. 27)
a) Método do ensino integral
Pressupõe o estudo da técnica das ações motoras de uma só vez e em
caráter integral.
A sua principal vantagem é que a técnica da atividade motora pode ser
assimilada, de forma integral, á interação permanente de suas fases, o que permite
manter o ritmo das ações e sua estrutura geral.
O método da execução integral múltipla da AM pode ser utilizado nas
seguintes variantes (Maznitchenko, 1977).
A) Execução repetida da AM com o conseqüente aperfeiçoamento dos
elementos e dos detalhes;
B) Repetição múltipla da AM nas condições permanentes com o objetivo
de sua consolidação.
C) Execução nas condições complexas crescentes que se aproximam das
realizadas em competição;
D) Execução nas condições complexas (com muito cansaço, com a
presença do adversário, com as condições climáticas, etc.).
b) Método de ensino dividido (analítico-sintético)
Representa a divisão da atividade motora em elementos ou fases
relativamente independentes, que podem ser aprendidos de modo autônomo com
sua posterior ligação globalizado.
As principais variantes desse método são:
A) O estudo separado dos elementos da ação com posterior ligação para
o movimento total;
B) O ensino consequente dos elementos da técnica da AM com sua
ligação gradativa (ensino da técnica da AM com o método de “intensificação”);
31
C) O destaque dos elementos da AM, para curto período de tempo, para
sua precisão;
D) O aperfeiçoamento dos elementos da AM sob a forma de exercício.
4.4 - Métodos de treino das capacidades motoras.
Na classificação geral dos métodos orientados para o treinamento das
capacidades motoras, há alguns indícios externos do exercício.
Assim, o exercício pode ser executado no regime continuo (permanente)
intervalado ou misto. Cada uma das variantes pode-se caracterizar pelos parâmetros
constantes ou variáveis do exercício. Assim sendo, destacam-se os seguintes
métodos do exercício programado, aplicáveis ao aperfeiçoamento das capacidades
motoras.
4.5 - Método de exercício de carga contínua.
Caracteriza-se pela execução prolongada do exercício sem alteração
frequente do ritmo. As mudanças no ritmo de carga saco programadas
anteriormente e podem ser enfocadas na prática de diversas formas. Esse tipo de
capacidade aeróbia (Vo2máx.) nos desportos, principalmente nas modalidades em
que a performance depende dessa fonte de energia.
O método de exercício contínuo pode ser controlado na sua intensidade
pelos parâmetros de frequência cardíaca, concentração de lactato e velocidade
média de execução do exercício: o volume é controlado pelo tempo de duração ou
mesmo pela metragem total da atividade.
O importante é que o treinador observe com qual dinâmica de carga ele
pretende ministrar o trabalho, pois isso tem relação direta com o nível que apresenta
o desportista.
4.6 - Método de exercício de carga intervalada.
O exercício de carga intervalada deve ser estruturado levando em
consideração o objetivo do treino. Esse tipo de exercício auxilia no desenvolvimento
aeróbio, anaeróbio alático, anaeróbio lático
32
Os trabalhos de flexibilidade, de força, técnico e na coordenação de
movimentos.
Para Volkov (2002, p 82), o treinamento intervalado permite que
atletas de diferentes modalidades atinjam melhores marcas nas
competições, em pouco tempo de preparação. Este autor afirmou
ainda que, no treinamento intervalado, é preciso uma correta orienta-
ção dos parâmetros de esforço, para que os efeitos conseguidos com
o treinamento sejam direcionados para o objetivo almejado.
4.7 - Métodos de exercício de carga mista (intervalado e contínuo)
A prioridade deste método é sempre iniciar com cargas intervaladas,
terminando com as c ccargas contínuas. Na prática, é muito comum o treinador
resolver, por exemplo, no início do treino, o treinamento do sistema anaeróbio alático
e terminar o treino com o sistema aeróbio, podendo conter os trabalhos de diversas
formas.
4.8 - Métodos de influência verbal
È a interação entre técnico e atleta, a solução de qualquer que seja a
tarefa de preparação do atleta é impossível sem a utilização das formas verbais de
contato.
Dentre os métodos de influência verbal, podem ser citados a explicação, a
conversa, o comando,a indicação,etc.
Convém relevar o conteúdo emocional e o sentido lógico (informativo) de
cada método verbal.
4.9 - Métodos de influência demonstrativa
È o processo de treinamento do atleta, das possibilidades de diferentes
sistemas sensoriais do homem.
Destacam-se três grupos de métodos de influência demonstrativos:
a) Métodos demonstrativos visuais;
b) Métodos demonstrativos auditivos;
33
c) Métodos demonstrativos motores (cinestésicos)
a) Os métodos demonstrativos visuais
Podem ser divididos em apresentação da atividade motora, demonstração
de materiais didáticos e orientação visual.
A demonstração da atividade motora é o método mais divulgado de
ensino que se aplica na etapa de aprendizagem.
Na base do ensino, com a ajuda da demonstração, está a imitação. È de
particular importância a utilização desse método no trabalho com crianças, pois elas
têm capacidade de imitação muito desenvolvida.
O método demonstrativo visual sempre combina com o método de
influência verbal.
A demonstração dos materiais didáticos proporciona possibilidades
complementares para que o atleta perceba o meio de solucionar a tarefa motora.
Empregam-se, para tal fim, gravações de vídeo, cartazes, desenhos,
esquemas, etc.
A orientação visual ajuda a executar corretamente o movimento no
espaço e no tempo. Como visuais de referência, utilizam-se objetos ou marcações,
de acordo com os quais o atleta tem de construir seu movimento.
a) Os métodos demonstrativos auditivos (sonoros)
Criam os pontos sonoros de referência, necessários ao início e ao fim do
movimento ou de seus elementos. Com um sinal sonoro combinado de antemão,
pode se indicar o momento do esforço principal.
Com a ajuda da demonstração sonora, assimila-se bem o ritmo das ações
motoras, utilizando-se, para isso, um líder sonoro.
b) Os métodos demonstrativos motores (sinestésicos)
É a organização da percepção pelo atleta das sensações vindas do
aparelho motor.
34
5. - CARGAS DE TREINAMENTO
Para Gomes (2009), Inicialmente, podemos definir carga de treinamento
como o resultado da relação entre o volume total de trabalho e a qualidade do
trabalho, ou seja, a intensidade.
Para compreendemos melhor o componente da carga de treinamento,
devemos entender que se trata de um trabalho muscular que implica em si mesmo o
potencial de treinamento, oriundo da condição do desportista, o qual produz um
efeito de treinamento que leva a um processo de adaptação (Zakharov; Gomes,
1992).
A relação entre a condição do atleta e a carga de treinamento é muito
complexa, depende de muitos fatores e determina-se por um grande número de
variáveis; lamentavelmente, devemos admitir que existem poucos dados
objetivos sobre essa relação. As investigações desenvolvidas em todos o mundo
nesse campo ainda ocorrem de forma isolada e incompleta,não permitem chegar a
resultados absolutos e,de certa forma,são incompatíveis e contraditórias.
5.1 - Características da carga de treinamento
Na base do treinamento desportivo fundamento pela fisiologia, verifica-se
que qualquer influência sobre o organismo humano provoca reações e,
consequentemente, uma adaptação. A reação á influência exterior é a condição
biológica natural da existência de qualquer organismo vivo na natureza.
Essas reações de resposta de adaptações estão ligadas á noção de
“adaptação”.
Pelo termo “carga de treinamento” entende-se a medida quantitativa do
trabalho de treinamento desenvolvido.
Geralmente distinguem-se os conceitos de carga externa, de carga
interna e de carga externa, de carga interna e de carga psicológica.
A primeira trata da quantidade de trabalho desenvolvido; a segunda, do
efeito que propicia sobre o organismo; e a terceira trata de como isso é visto
psicologicamente pelo atleta. Essas variáveis já foram discutidas pelo Professor
35
Matveev, em 1964, e confirmadas pelo bioquímico Volkov, em 1989. Eles chamavam
de índices gerais de controle das cargas, utilizadas até hoje,conhecido como volume
e intensidade (OZOLIN, 1949).
Com o objetivo de controlar os níveis de adaptação á carga de
treinamento, surgem varias classificações que levam em conta à especificidade
motora dos desportos, a intensidade do trabalho muscular, as tarefas pedagógicas
que se desenvolvem durante o treinamento, a influência dos processos de
recuperação, o efeito sobre o trabalho sucessivo e a interação de um trabalho de
diferentes orientações. Tudo isso, estudado já nos anos 1950 e 1960, são
indicadores de controle da carga de treinamento, em que o objetivo é propiciar uma
boa adaptação.
Precisamente por isso, surge a necessidade de sucessivo
desenvolvimento sobre a idéia de carga externa e interna e da introdução dos
conceitos de potencial de treinamento e seu efeito, que permitam uma definição
mais concreta da relação estímulo-efeito, que ofereça uma maior precisão.
5.2 - Adaptações no treinamento desportivo
Zhelyazkov (2001), comprovou, em seus estudos, que, quando o músculo
suspende sua atividade e com isso detém a degradação ativa de suas
substâncias,os processos de ressíntese iniciam com tanta intensidade que os
recursos energéticos gastos durante certo período depois do trabalho (carga)
alcançam um nível mais alto do que o inicial. Esse estado é chamado de super
compensação.
Conseqüentemente, somente depois da excitação, após o estado de
trabalho da matéria viva, se observa um intenso metabolismo, o qual restrutural e
funcional qualitativamente mais alto.
A adaptação em resposta as influências externas, essenciais á
integridade do organismo e ligadas ao desenvolvimento conseqüente das mudanças
no organismo, passou a chamar-se síndrome de adaptação geral, estresse a reação.
36
5.3 - Efeitos de treinamento
A influência da carga sobre o organismo não se restringe ao tempo de
execução do exercício de treinamento, mas abrange também o período de descanso
após o trabalho.
O efeito de treinamento, atingido como resultado da aplicação da carga,
não permanece constante pelos seus parâmetros, mas se altera em função da
continuidade do descanso,entre as influências e acúmulo de efeitos de novas
cargas.
• Efeito imediato de treinamento
Caracteriza as alterações que ocorrem no organismo do atleta
imediatamente, no período da execução do exercício ou na sua conclusão. As
mudanças funcionais no organismo ocorrem de acordo com o mecanismo de
adaptação imediata e o desenvolvimento dos processos de fadiga.
• Efeito posterior de treinamento
È o que caracteriza as alterações no organismo do atleta, no período de
recuperação até o próximo treinamento. As alterações funcionais no organismo
ocorrem de acordo com as leis naturais dos processos de recuperação.
• Efeito somatório de treinamento
È o resultado da soma dos efeitos de várias cargas de treinamento. As
alterações funcionais no organismo são determinadas pelas condições de interação
dos efeitos das cargas aplicadas.
5.4 - Cargas de treinamento e seus aspectos determinantes
Para Gomes (2009), para selecionar uma ótima carga de trabalho, deve-
se levar em consideração alguns aspectos.
37
5.5 - Conteúdos da carga
A carga pode ser determinada por dois aspectos do treinamento: o
primeiro é o nível de especificidade, e o segundo é o potencial de treinamento.
a) Nível de especificidade: ocorre pela maior ou menor similaridade ao
exercício competitivo. Isso permite englobar os exercícios em dois grupos: os de
preparação especial e os de preparação geral.
b) Potencial de treinamento: define-se como a forma em que a carga
estimula a condição do atleta. O potencial de treinamento dos exercícios reduz-se
com o crescimento da capacidade de rendimento, por isso surge a necessidade de
variar os exercícios e usa-se a intensidade para seguir alcançando implementos em
seu rendimento. Os exercícios utilizados devem ser aumentados gradativamente,
observando a conseqüência lógica,de forma que os utilizados em primeiro lugar
devem criar condições favoráveis para aqueles utilizados posteriormente (VIRU,
1995).
5.6 - Volumes da carga
È determinado pelo aspecto quantitativo do estímulo utilizado no processo
de treinamento. Nesse aspecto, a carga distingue-se da seguinte forma (Gomes;
Filho, 1991):
a) Magnitude da carga;
b) Intensidade da carga;
c) Duração da carga.
a) Magnitude do volume da carga
Trata-se da medida quantitativa global das cargas de treinamento de
diferentes orientações funcionais que se desenvolvem em uma sessão, em um
microciclo, em um mesociclo ou em um macrociclo.
38
A magnitude é determinada pelo nível de treinamento do atleta e pelo
momento da preparação a que se pretende chegar. Mas nem sempre se cumpre o
maior volume de trabalho correspondente para o rendimento è certo que, durante as
primeiras etapas da vida desportivas, o aumento do volume vai auxiliar na melhora
do rendimento; porém, uma vez que se chega ao alto nível, nem sempre há
correspondência entre o incremento do volume e a melhora do resultado, e muitas
vezes o aumento exagerado do volume poder diminuir a capacidade de rendimento
do atleta.
b) Intensidade da carga
A intensidade da carga trata do seu aspecto qualitativo. Assim como o
que ocorreria com a magnitude, a intensidade está relacionada com o nível do
desportista e, evidentemente, ao momento em que ele se encontra na temporada.
Define-se intensidade como a força de estímulo que manifesta o desportivo durante
o esforço (GROSSEM; STRARISCHA,1988). No trabalho de força, uma pessoa não-
treinada deve utilizar pesos entre 30 e 40% de sua força máxima para conseguir um
aumento consecutivo do rendimento.
c) A Duração da carga
A duração da carga de treinamento é um aspecto fundamental do
volume. À distância percorrida e o tempo total gasto para completar toda a carga em
uma sessão de treinamento devem ser considerados, também, como uma carga
caracterizada pela sua duração.
As cargas aeróbias provocam, em um mês, um aumento significativo dos
índices de rendimento aeróbio. Mais adiante, o incremento e mais lento, até os três
meses de treinamento aproximadamente; independentemente do volume,os índices
não variam substancialmente,mantendo-se os níveis adquiridos. Já a respeito das
cargas aeróbias, o ritmo de melhora da capacidade de rendimento não evolui tanto
quanto a capacidade aeróbia.
Para conseguirem-se valores máximos de capacidade anaeróbia, é
necessário de três a quatro meses
39
Trabalho, precedidos por um considerável trabalho aeróbio (SUSLOV,
1976; ZATSIORKI, 1966).
A força explosiva estabiliza o seu crescimento em três ou quatro meses;
porém, se, no processo de treinamento, as cargas de força explosiva forem
aplicadas mais espaçadamente, essa condição pode continuar crescendo até por
volta de 10 meses.
A magnitude da carga, segundo consideram alguns autores, é um novo
fator da densidade do estímulo.
A densidade do estímulo está diferentemente relacionada com o esforço e
com o descanso em uma unidade de trabalho dentre aquelas que se organiza no
treinamento. As pausas entre os estímulos (descansos) cumprem duas finalidades:
reduzir o cansaço (pausas completas) e permitir os processos de adaptação (pausas
incompletas). Essas pausas podem ser utilizadas de duas maneiras: ativas ou
passivas. A ativas, aplicadas corretamente e em alguns casos,aceleram o processo
de recuperação.
5.7 - Organizações da carga
Entende-se por organização de carga a sistematização no período de
tempo determinado. A base dessa sistematização deve ser realizada com a
obtenção de um efeito acumulado de treinamento positivo de cargas de diferentes
orientações. Isso nos obriga a considerar dois aspectos dentro do processo
organizacional:
A) Distribuição da carga durante o tempo;
B) A interconexão dessas cargas.
C) Pela distribuição das cargas no tempo entende-se de que forma
colocam-se as diferentes cargas nas partes em processo de treinamento.
D) A interconexão indica a relação que as cargas de diferentes
orientações apresentam entre si. Uma combinação das cargas de diferentes
características assegura a obtenção do efeito acumulativo de treinamento.
• Positivo: os exercícios de caráter aeróbio são executados depois das
cargas do tipo anaeróbio alático.
40
Os exercícios de caráter aeróbio são executados depois de exercícios
anaeróbios láticos de baixo volume.
Os exercícios de caráter anaeróbio lático anaeróbio aláticas.
• Negativo: os exercícios de orientação anaeróbios alática são
executados depois de um trabalho de orientação anaeróbio lática. Executam-se
exercícios de orientação anaeróbios láticos depois de realizar grandes volumes do
tipo aeróbio.
Devemos manter todos esses critérios na hora de determinar a carga
adequada de trabalho, tendo como finalidade conseguir que o desportista atinja a
forma ótima de rendimento durante o período competitivo (POWERS; HOWLEY,
2001)
5.8 - Orientações da carga
O critério pressupõe a divisão de todas as cargas de treinamento em
função do seu grau de influência sobre o aperfeiçoamento de diversos aspectos
qualitativos de preparação dos atletas. A preparação do atleta é uma noção
complexa determinada pelo desenvolvimento de diversas capacidades motoras, pelo
aperfeiçoamento da técnica e da tática e pela prontidão psicológica.
Diferentes cargas de treinamento exercem diferentes influências sobre os
sistemas do organismo do atleta, determinando o nível de manifestação de diversos
aspectos de preparação. As cargas podem ser de orientação seletiva e complexa.
As cargas de orientação seletiva estão predominantemente ligadas á
influência sobre um sistema funcional que assegura o nível de manifestação de tal
ou qual qualidade ou capacidade. As cargas de orientação complexa prevêem a
garantia de trabalho de dois ou mais sistemas funcionais.
5.9 - Durações do exercício
Para Gomes (2009), Está estritamente ligada á intensidade de sua
realização, pois os exercícios de diferentes durações são assegurados por
diferentes mecanismos energéticos, a influência do número de repetições pode ser
vista facilmente. Dentro de certo período de tempo, os mecanismos glicolítico de
41
síntese de ATP esgotaram essencialmente as suas possibilidades, e o trabalho
posterior já começara a realizar-se por conta das reações aeróbias (GODIK, 1980;
VOLKOV, 1989)
5.10 - Durações dos intervalos de descanso
As fases separadas da carga determinam, num grau substancial, sua
orientação.
Logo após o fim da execução do exercício, começam a ocorrer no
organismo as mudanças oriundas da atividade de diversos sistemas que asseguram
a realização dada do exercício
Todo o conjunto de mudanças, nesse período, pode ser entendido pela
noção de recuperação. O processo de recuperação tem caráter de fases.
Para obter determinado efeito de treinamento, a duração das pausas
entre certas doses de cargas deve ser planejada, levando em consideração as fases
de recuperação.
A primeira fase de recuperação passou a chamar-se recuperação
imediata, pois abrange os primeiros minutos de descanso após o trabalho, e
caracteriza-se pelo ritmo alto de reações recuperativas, ligadas á eliminação dos
produtos dos processos anaeróbios que se acumulam durante a execução do
exercício e PA reposição do débito de oxigênio que se formou.
Assim, a maior parte desse débito de oxigênio recompõe-se nos primeiros
2 ou 3 minutos de recuperação.
A segunda fase de recuperação (ou recuperação lenta) pode levar muitas
horas de descanso, dependendo do caráter do exercício executado
Essa fase caracteriza-se pelo esforço dos processos de troca plástica e
de restauração do equilíbrio iônico e endócrino no organismo, perturbado durante o
exercício (KOTS; VINOGRADOVA, 1981).
No período de recuperação lenta, ocorre o regresso á norma dos recursos
energéticos do organismo e reforça a síntese de estruturas de proteína destruídas
durante o trabalho.
Convém considerar que os processos recuperativos, depois de quaisquer
cargas, decorrem fazer idéia do fim do processo de recuperação geral após o
42
retorno ao nível inicial (antes do trabalho) pelos índices que se recuperam mais
lentamente e não pelos índices isolados e mesmo por alguns índices limitados.
Recuperam-se mais rapidamente as reservas de oxigênio e de creatina
fosfato nos músculos que participam do trabalho; mais tarde, as reservas glicogenias
nos músculos e no fígado e, por último, as reservas de gordura e as estruturas de
proteína destruídas durante o trabalho (VOLKV, 1989).
6. - TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO DAS CAPACIDADES
FÍSICAS
A preparação física é um componente do sistema de treinamento do
desportista e tem como objetivo propiciar o bom desenvolvimento e aperfeiçoamento
em um nível máximo (ótimo) para o desempenho na modalidade específica. Para
uma melhor compreensão, é necessário definir o termo capacidade física como um
sistema que constitui o ponto inicial para uma análise filosófica da categoria
capacidade.
O organismo, ao interagir com o meio ambiente, responde internamente
com diferentes capacidades (propriedades).O organismo humano possui uma
variedade de capacidades,uma vez que, em diferentes condições de contato com o
meio ambiente,revela diversas capacidade funcionais.Dessa forma,essas
capacidades do homem podem ser definir como o conjunto de propriedades do
organismo que se apresentam no processo de ua interação com o meio
ambiente.Nesse caso,podem distinguir-se na história do homem algumas
propriedades comuns do organismo que permitem,com sucesso, determinado tipo e
solicitação de tarefa motora.Assim sendo, podemos destacar cinco tipos de
capacidades funcionais, reunidas pela noção conhecida como capacidades físicas.
• Resistência
• Força
• Velocidade,
• Flexibilidade e
• A Coordenação
43
6.1 - Treinamento e aperfeiçoamento da resistência
Para Gomes (2009), A resistência pode ser definida como um trabalho
psicofísico prolongado, mantendo os parâmetros musculares de dado movimento.
• Mecanismo aeróbio: ocorre por conta da oxidação, ou seja, com a
participação direta de oxigênio de hidratos de carbono e de gorduras disponíveis no
organismo;
• Mecanismo anaeróbio láctico (glícolítico): ocorre a dissociação
anaeróbia (sem ou (com pouca) participação de oxigênio) do glicogênio, com a
formação do lactato;
• Mecanismo anaeróbio alático: está ligado á utilização dos
fosfagênios, presentes nos músculos em atividade, principalmente do fosfato de
creatina (CrF).
Cada mecanismo referido acima pode ser caracterizado com a ajuda dos
critérios bioquímicos de potência, capacidade e eficiência (Viru; Kyrgue, 1983). Os
critérios de potência refletem a velocidade de liberação da energia nos processos
metabólicos. Os critérios de capacidade refletem as dimensões das fontes de
energia acessíveis para serem usadas ou o volume total de mudanças metabólicas
no organismo ocorrido durante o exercício.
O mecanismo fosfagênio (anaeróbio alático) possui maior potência e
permite assegurar a energia aos músculos em atividade já nos primeiros segundos
do trabalho.
A capacidade do sistema fosfagênio é limitada pelas reservas de ATP e
CP nos músculos e, devido a esse fato, é capaz de sustentar o trabalho com a
potência máxima apenas durante 6 a 10 segundos, sendo que,aos 30 segundos, as
reservas de CP praticamente se esgotam e não contribuem para ressíntese do ATP
(LENINGER,1985)
A glicólise anaeróbia atinge a potência máxima depois de
aproximadamente 30 a 45 segundos após o início do trabalho. A potência do
mecanismo anaeróbio glicolítico é menor do que a do fosfagênio; no entanto, graças
á sua capacidade energética mais substancial, esse mecanismo constitui a principal
fonte para manter o trabalho com a duração máxima de 30 segundos até 2 a 5
44
minutos. Sua capacidade é limitada principalmente pela concentração de lactato o
trabalho muscular nas condições anaeróbias,não glicogênio nos músculos em
atividade.
6.2 - Treinamentos da resistência aeróbia
As maiorias dos estudos apresentam o treinamento da resistência aeróbia
como fundamental para a maior parte das modalidades desportivas, sem exceção,
pois a elevação do nível das possibilidades aeróbias do organismo forma a base
funcional necessária para o aperfeiçoamento de diversos aspectos de preparação do
desportista.
O abuso no volume de cargas de orientação aeróbia pode provocar
mudanças no organismo do atleta que dificultam o crescimento das capacidades de
velocidade e coordenação e da excelência técnico tática.
A aplicação dessas cargas, durante um período prolongado de tempo,
garante as mudanças favoráveis e estáveis de adaptação a todos os níveis do
organismo do homem e cria o estado de aperfeiçoamento das capacidades do
sistema de respiração e do sistema cardiovascular.
6.3 - Treinamentos da resistência anaeróbia glicolítica
A concentração de lactato é o principal fator limitante da capacidade de
trabalho na execução dos exercícios de caráter anaeróbio glicolítico. Ela leva á
diminuição das propriedades de contração dos músculos exerce influência sobre
outros sistemas do organismo do desportista. Quando ocorre uma concentração de
lactato no sangue próxima do nível máximo para o nível do seu estado de
treinamento, as pessoas não-treinadas apresentam o estado de fadiga. Isso ocorre
já com concentrações não superiores a 10-12 mMol/L.
O ritmo de execução do exercício, na prática, determina a quantidade e a
grandeza do acúmulo de lactato, com o aumento da intensidade da carga até 50 a
60% do Vo2máx, a concentração de lactato no sangue do atleta pouco se altera e
não supera 4 mMol/L, sendo que,entre os desportistas altamente qualificados, a
concentração de lactato pode se manter também com a intensidade do exercício em
45
70 a 85% do VO2 máx.O efeito anaeróbio -glicolítico mais expressivo é observado
como resultado da aplicação de cargas com a concentração de lactato demais de
8mMol/, zona IV de intensidade.
6.4 - Treinamentos da resistência anaeróbia alática
Para Gomes (2009), Os mecanismos fisiológicos que fundamentam a
resistência anaeróbia alática são , em grande parte, parecidos com os que
determinam o nível das capacidades de velocidade e força do atleta.
O aumento da potência do sistema alático apresenta uma particularidade
em comparação com outras fontes energéticas.
As reservas de ATP e de CP nos músculos não são grandes e são
utilizadas já nos primeiros segundos após o início do trabalho com intensidade
máxima.
A rápida diminuição do teor de CP nos músculos em atividade é
observada com as cargas superiores a 75% de Vo2máx. A concentração da CP no
músculo, após o trabalho de curta duração, pode cair quase a zero, ao passo que o
teor de ATP diminui até 50 a 70% do nível inicial.
Sob o efeito das influências regulares de treino, pode ser verificado certo
aumento (20 a 30%) da concentração de fosfagênios nos músculos em atividade e a
elevação da atividade de sua dissociação e a ressíntese.
Os intervalos de descanso entre as repetições não devem ser menores do
que 2 a 3 minutos, os quais propiciam uma recuperação bastante completa de
fosfato macro energéticos gastos durante o trabalho.
6.5 - Treinamentos das capacidades de força
A força do homem como capacidade física relaciona-se com a capacidade
de superação da resistência externa e de ação oposta a essa resistência por meio
dos esforços musculares (MATVEEV, 1991).
• Força máxima, revelada pelo nível de força que o atleta é capaz de
atingir em conseqüência da tensão muscular máxima.
46
• Capacidades de velocidade e de força, caracterizadas pela
capacidade de superar no menor tempo possível a resistência. A força de explosão
representa a manifestação das capacidades de velocidades e de força relacionadas
com o esforço único (saltos, lançamentos, etc.)
• Resistência de força, caracterizada pela capacidade do atleta de
realizar, durante um tempo prolongado, os exercícios com pesos, mantendo os
parâmetros do movimento.
6.6 - Treinamentos da resistência de força
Wilmore e Costill (2001, p. 191) relatam que “ocorre um
aumento de quantidade e de tamanho das mitocôndrias do
músculo esquelético com o treinamento aeróbio, fornecendo
um sistema oxidativo muito mais eficiente ao músculo”. O
maquinismo estrutural ampliado das mitocôndrias e as
adaptações na atividade enzimática observadas com o
treinamento fazem aumentar grandemente a capacidade das
mitocôndrias musculares de gerarem ATP aerobicamente.
A resistência de força manifesta-se em várias modalidades desportivas.
Por esse motivo, durante o treino da resistência de força, devem-se levar em
consideração as condições específicas de sua manifestação, sendo de grande
importância as influências da grandeza do peso.
Com as tensões superiores, em média a 40% da máxima, a corrente de
sangue nos músculos em atividade reduz bruscamente devida á pressão dos vasos
arteriais, o que é acompanhado de hipoxia local, e o músculo passa a trabalhar por
conta das fontes energéticas anaeróbias (Mellenberg, 1991).
A duração de cada exercício depende da grandeza da carga e,via de
regra,é de 30 segundos a 5 a 6 minutos.O ritmo e o número de repetições são
selecionados conforme os parâmetros do exercício competitivo.
O aumento da carga durante as sessões que visam ao treino da
resistência. O aumento da carga durante as sessões que visam ao treino da
resistência de força não deve seguir o aumento do ritmo, mas realiza-se por meio do
aumento paulatino da resistência, diminuindo-se os intervalos entre certas
repetições, ou por meio do aumento da duração total dos exercícios.
47
6.7 - Treinamentos da capacidade de velocidade
A capacidade de velocidade manifesta-se na possibilidade de o atleta
executar as ações motoras, no menor tempo possível, em determinado percurso.
Deve-se distinguir a compreensão da “capacidade de velocidade”. A
rapidez representa apenas um dos e componentes determinantes da capacidade de
velocidade do atleta.
Sabe-se que um bom desenvolvimento de capacidades físicas como
flexibilidade, força, resistência e de capacidade coordenativas
interferem no desempenho da velocidade (Weineck, 2003), assim
como a reorganização dos processos de informação e da técnica
(Stein, 2000). Um método universalmente válido para o treinamento
da velocidade dificilmente poderá ser apresentado devido ao fato de
que o desempenho da velocidade em diferentes esportes é muito
complexo ou tecnicamente muito específico (Stein, 2000)
1. Rapidez da reação motora: compreende reações motoras simples e
complexas;
2. Rapidez dos movimentos: podem manifestar-se tanto no movimento
único quanto no movimento repetido várias vezes.
Na preparação física, é necessário compreender que a rapidez apenas
cria as premissas para a manifestação do nível necessário da capacidade de
velocidade.
A rapidez, em todas as suas manifestações, representa uma grandeza
determinada geneticamente pelo atleta.
O treinamento das capacidades de velocidade dever ser realizado de
maneira diferenciada, levando em consideração a especificidade de cada
modalidade desportiva e destacando os componentes mais significados.
6.8 - Treinamentos da capacidade de flexibilidade
A flexibilidade é uma capacidade física do organismo humano que
condiciona a obtenção de grande amplitude durante a execução dos movimentos.
Distinguem-se as formas ativa e passiva de manifestação da flexibilidade.
A flexibilidade ativa se caracteriza pela obtenção de grandes amplitudes de
48
movimento por conta da atividade dos próprios grupos musculares do desportista
que asseguram um determinado movimento. A flexibilidade passiva é determinada
pela maior amplitude do movimento, conseguido por meio de influências exteriores:
utilização de pesos,utilização força de outros grupos musculares, o próprio peso do
desportista,esforços do parceiro,etc.
A capacidade de executar os movimentos com grande amplitude é
condicionada por uma série de fatores que devem ser levados em consideração no
processo de aperfeiçoamento da flexibilidade.
As possibilidades de aperfeiçoamento da flexibilidade são determinadas,
em muitos aspectos, pelo sexo e pela idade.
No caso da planificação de muitos anos de preparação, é importante
destacar que o efeito de aperfeiçoamento da flexibilidade está estritamente ligado a
idade do desportista.
No aperfeiçoamento da flexibilidade, deve ser levado em considerado o
fator de oscilação horária do dia. Assim, pela manhã, a flexibilidade é
consideravelmente reduzida. Em conseqüência, é preciso praticar o aquecimento
minucioso antes do treinamento que cumpre as tarefas e pela tarde.
As oscilações nos índices de flexibilidade são determinadas também por
uma série de outros fatores:
• A temperatura do corpo e do meio ambiente,
• O nível de fadiga
• O grau de excitação emocional,
• O aquecimento e seu conteúdo e
• A capacidade de relaxamento dos músculos
Assim, sob a influência do cansaço local, os índices de flexibilidade ativa
diminuem, em média, 11,6% ao passo que a passiva aumenta 9,5%. A diminuição
da flexibilidade ativa ocorre como resultado da diminuição da força dos músculos,
sendo que a flexibilidade passiva explica-se pela melhora da elasticidade dos
músculos que limitam a amplitude do movimento.È de grande importância na
obtenção da amplitude máxima a capacidade dos desportistas de relaxamento dos
músculos em extensão, o que leva ao crescimento da mobilidade em até 12 a 14%
49
(Popov, 1986). È importante destacar também que, no estado de excitação
emocional, por exemplo, os índices de flexibilidade podem aumentar na etapa
imediatamente precedente ás competições A massagem preliminar dos grupos
musculares correspondentes e a sauna, juntamente com os fatores
mencionados,contribuem para a elevação da mobilidade nas articulações.
6.9 - Treinamentos das capacidades de coordenação
A coordenação como capacidade física representa a capacidade de dirigir
os movimentos de acordo com as soluções de tarefas motoras. As capacidades de
coordenação são diversificadas e representam as tarefas motoras que o homem
deve desenvolver. O nível de revelação dessas capacidades é determinado por
diversos sistemas sensoriais. Devido ás particularidades do desenvolvimento
biológico desses sistemas, os ritmos mais altos de acréscimo das capacidades de
coordenação verificam-se na idade de 4 a 5 anos,sendo que,no período entre 7 e 12
anos, encerra-se a formação dos sistemas funcionais do organismo que determinam
a coordenação dos movimentos.Por conseguinte,a idade infantil apresenta-se como
a mais favorável para o treinamento das capacidades de coordenação.
As capacidades de condução dos movimentos baseiam-se
predominantemente na precisão das percepções motoras (sinestésicas), que se
apresentam em combinação com as percepções visuais e auditivas.
Na realização, pela primeira vez ou em condições incomuns, de uma ação
motora, a tensão involuntária dos músculos eleva-se, o relaxamento completo
destes inexiste e sua coordenação pertuba-se. Na primeira execução de uma
movimentamos músculos antagonistas intervêm ativamente, freando, o que permite
introduzir as correções necessárias no processo de sua execução.
À medida que se eleva a capacidade de direção do
movimento,ocorre,passo a passo, a eliminação da tensão excessiva e da precisão
dos movimentos e a redução dos gastos energéticos.
A direção do movimento é um processo complexo que compreende
muitos níveis, e cada um deles tem suas funções.
A coordenação das ações motoras pode manifestar-se em níveis
sistemáticos diferentes pelo grau participação da consciência do homem:
50
intramuscular, intermuscular e muscular sensorial. A mais complexa é a
coordenação muscular sensorial, pois esta ligada á coordenação dos movimentos do
atleta no tempo e no espaço, de acordo com a situação criada (contra-ação do
adversário, alteração das condições do apoio, etc.).
As capacidades de coordenação caracterizam-se pela multiformidade das
manifestações, entre as quais pode ser assinalada a capacidade de reestruturar
rapidamente os movimentos conforme as condições alteradas de solução de tarefas
motoras, a precisão de reprodução dos parâmetros de espaço, força, tempo e ritmo
do movimento, a capacidade de manter o equilíbrio.
Na atividade desportiva, as capacidades de coordenação desenvolvem-se
geralmente de um modo interligado e simultâneo com as outras capacidades físicas.
A capacidade de reestruturação das ações motoras manifesta-se na
alteração oportuna de parâmetros diferentes do movimento.
A estrutura de coordenação dos movimentos pode se alterar também sob
o efeito da fadiga, o que, em uma série de casos, contribui para a realização mais
econômica do trabalho (Platonov, 1986).
6.10 - Treinamentos da capacidade de equilíbrio
O equilíbrio como forma de revelação das capacidades de coordenação é
caracterizado pela capacidade de manter a posição estável estabelecida pelo corpo.
Distinguem-se o equilíbrio estático e o equilíbrio dinâmico. O equilíbrio
estático ocorre durante a manutenção de determinadas posições do homem.
7. – ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TREINAMENTO NO
MICROCILO
Os microciclos se configuram como um conjunto de várias sessões
semanais. Na prática, utilizam-se os microciclos curtos e os longos, cuja razão de
ser é a alternância entre esforços recuperação,de forma que o atleta evite estar
permanentemente em estado de cansaço crônico (físico ou psíquico), principalmente
quando realiza um volume grande de trabalho.
51
7.1 - Microciclos de preparação
Possui a tarefa principal ligada á criação do efeito sumário de treinamento
sua reprodução numa série de microciclo de treinamento garante as mudanças de
adaptação em longo prazo no organismo do atleta, as quais estão na base do
aperfeiçoamento de diversos aspectos de sua preparação.
7.2 - Microciclo ordinário
Caracteriza-se por uma soma de cargas mais moderadas, cerca de 60 a
80% em relação ás máximas. O microciclo ordinário de treinamento representa a
base da forma estrutural do processo de treino dos atletas de diferentes níveis de
rendimento. O conteúdo especifico desses microciclos constitui de 2 a 6 sessões de
treino com cargas constantes.
7.3 - Microcilo de choque
Caracteriza-se pela soma de cargas máximas ou próximas das máximas,
o que representa 80 a 100% relativamente á carga que existe, em dada etapa do
treinamento, a mobilização máxima das reservas do organismo. A carga do
microciclo de choque constitui o fator de maior influência que estimula, no organismo
do atleta, o processo ativo da adaptação.
7.4 - Microciclo de manutenção
Tem a tarefa de assegura a recuperação do atleta e, contando com o
heterocronismo desse processo, manter o nível de certos aspectos de sua
preparação e de sua condição integral. A utilização do microciclo de manutenção
auxilia na redução considerável dos ritmos de perda de preparação do atleta,
assegurando com isso a recuperação efetiva dos sistemas que ficam num estado
reprimido. Tal microciclo, é utilizado nos períodos de preparação, quando é
necessário reduzir substancialmente a grandeza das somas das cargas e não deixar
que se reduza bruscamente o nível do estado de treinamento do atleta. A carga de
treino no microciclo de manutenção representa 30 a 40% em relação á máxima.
52
7.5 - Microciclo recuperativo
Caracteriza-se pelos parâmetros mínimos de soma das cargas (10 a 20%
em relação ás máximas). A estrutura e o conteúdo do microciclo recuperativo são
subordinados á tarefa de assegurar a recuperação mais completa e eficiente do
atleta. Isso pode explicar a presença no microciclo de um grande número de
sessões de treino com cargas baixas.
8. – ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DEO TREINAMENTO NO
MESOCICLO
O mesociclo trata da estrutura de carga que varia de 3 a 6 semanas e
representa o elemento da estrutura de preparação do atleta orientando para a
solução das tarefas de determinando macrociclo (período) de preparação.
Quanto os indícios que permitem classificar os mesociclos, podem-se
destacar:
• A principal tarefa a ser resolvida pelo mesociclo no sistema de
preparação;
• O momento do referido mesociclo na estrutura do macrociclo de
preparação
• A composição dos meios e dos métodos de treino aplicados no
mesociclo;
• Os tipos de microciclos que compõem o conteúdo predominante do
mesociclo estabelecido;
• A grandeza das cargas e sua dinâmica no mesociclo
8.1 - Mesociclo Inicial
Geralmente inicia período preparatório do macrociclo de preparação. A
sua tarefa do macrociclo de preparação. A sua tarefa consiste em assegurar a
passagem paulatina do organismo do atleta do estado reduzido da atividade de
treinamento para o nível competitivo a altos parâmetros, freqüentemente próximos
53
das cargas máximas de treinamento nos mesociclos posteriores. O conteúdo do
mesociclo inicial é composto por 2 a 3 microciclos do tipo recuperativo ou inicial e
concluídos com o microciclo recuperativo.Para o mesociclo inicial, é característica a
intensidade relativamente baixa com aumento gradual do volume geral de
exercícios.
8. 2 - Mesociclo Básico
Reúne alguns tipos de mesociclos, em que se realiza o principal trabalho
de treinamento quanto ao aperfeiçoamento de diversos aspectos da preparação do
atleta.
Pela composição dos meios de treino, os mesociclos dividem-se em
preparatórios gerais e preparatórios especiais, sendo que, pela grandeza das
cargas, dividem-se em desenvolvimento e estabilizadores.
8.3 - Mesociclo de Desenvolvimento
È a forma principal de organização das influências de treinamento que
visam á obtenção do efeito acumulativo de treino, que está na base da elevação do
nível de treino do atleta. Tal ciclo caracteriza-se pela grandeza considerável de
cargas (geralmente próxima da máxima para dado nível de preparação).
8.4 - Mesociclo Estabilizador
Visa á consolidação das mudanças obtidas anteriormente, que são
asseguradas pela redução insignificante ou pela estabilização das cargas atingidas
anteriormente.
8.5 - Mesociclo recuperativo:
Aplica-se no período transitório de preparação, quando têm importância
predominante as tarefas de recuperação completa do atleta após um período
prolongado de cargas máximas de treinamento e de competição. O mesociclo
recuperativo é importante para a adaptação do organismo do atleta,pois permite
54
prevenir a transformação da fase de resistência na fase de profundo esgotamento e
de fracasso de adaptação. O mesociclo caracteriza-se pela redução do volume e da
intensidade das cargas (geralmente 20 a 30% em relação aos parâmetros do
mesociclo básico de desenvolvimento).
Geralmente e conclui o período preparatório. A sua principal tarefa
consiste em assegurar um controle multiforme da eficiência dos mesociclos básicos
anteriores e a adaptação paulatina do atleta ás exigências dos mesociclos
competitivos posteriores. O conteúdo dos mesociclos deve apresentar diferentes
formas de observações pedagógicas e médicas por etapas.
9. - ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TREINAMENTO NO CICLO
ANUAL E MACROCICLO.
Para Gomes (2009) A estrutura de preparação do atleta (equipe) durante
o ano é uma tarefa difícil de ser resolvida pelo treinado. Selecionar o conteúdo do
treinamento, bem como controlar a influência dos diversos tipos de cargas no
organismo do atleta, é um desafio que a ciência desportiva ainda não conseguiu
vencer na sua totalidade.
Por isso, ao estruturar o ciclo anual de preparação, na primeira etapa da
preparação, na primeira etapa da preparação, devemos fundamentalmente dirigir o
processo de preparação para o desenvolvimento físico, para as condições de saúde,
para a técnica e para o sistema funcional, criando, assim, premissas para o
aperfeiçoamento efetivo na seqüência dos trabalhos a serem realizados,
principalmente na etapa de desenvolvimento e na realização das capacidades
máximas do indivíduo.
N primeira e na segunda etapa da preparação em longo prazo, devemos
fundamentar todo o sistema de treinamento no aperfeiçoamento técnico-tático, físico
e psicológico do desportista.
Na seqüência das etapas, principalmente quando a tarefa é o
desenvolvimento das capacidades máximas do desportista, ou seja, o alcance dos
resultados, a estrutura de preparação anual apresenta um caráter bem mais
complexo, além de vários fatores.
55
A forma desportiva é adquirida num processo de preparação desportiva
relativamente prolongada. Na sua base, estão as leis de adaptação do organismo
humano. Numerosas pesquisas comprovam que o processo de desenvolvimento da
forma desportiva tem o caráter de fase.
Tal processo decorre numa seqüência de três fases: a aquisição,
manutenção (estabilização relativa) e a perda temporária (MATVEEV, 1977).
A unidade das três fases de desenvolvimento da forma desportista, na
estrutura de preparação do atleta, está ligada á compreensão de macrociclo de
preparação.
PROGRAMA DE TREINAMENTO DE OITO SEMANAS
O seguinte programa de treinamento de oito semanas foi utilizado com
sucesso junto a atletas com habilidades distintas, ao longo de todas as sessões de
treinamento. Ele é oferecido apenas como amostra, pois não se trata de um
programa de treinamento obrigatório. Idealmente, você terá mais de oito semanas
para treinar e muito mais oportunidades de competições do que as listadas aqui.
Semana Um – Treinamento 1
1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida,
alongamento.
2. Conduza Testes para Avaliação das Habilidades de Basquetebol
(BSAT) – Drible, Rebote, Arremesso Perimetral.
3. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana Um – Treinamento 2
1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida,
alongamento.
2. Conduza o Programa de Treinamento Doméstico de Basquetebol –
ênfase nos dribles.
3. Jogue Pega Drible; introduza o conceito de ataque e defesa.
4. Relaxamento e conversa em equipe.
56
Semana Dois – Treinamento 1
1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida,
alongamento
2. Divida os atletas em quatro grupos iguai se forma quatro estações de
habilidades (10 minutos cada) – driblar,passa/pegar,arremessar e perseguir a bola.
3. Realize jogo-treino supervisionado.
4. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana Dois – Treinamento 2
1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida,
alongamento.
2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de
habilidades (10 minutos cada) – driblar, passar/pegar (introduza o arremesso
lateral), arremessar e perseguir a bola.
3. Ensine jogada de ataque simples em meia quadra; jogo-treino.
4. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana três – Treinamento 1
1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola;em
seguida,alongamento.
2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de
habilidades (10 minutos cada) – driblar, passa/pegar, arremessar com Bola de
Rebote e defesa 1-a-1.
3. Revise a jogada de ataque simples em meia quadra; ensine jogada de
defesa simples; jogo-treino.
4. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana Três – Treinamento 2
1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida,
alongamento.
2. Ensine uma rotina simples de aquecimento pré-jogo.
3. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de
habilidades (5-7 minutos cada) – driblar, passar/pegar, arremessar com Bola e
Rebote, defesa 1-a-1 e 2-a-2.
57
4. Revise as jogadas simples de ataque e defesa em meia quadra e, a
seguir, jogo-treino (introduzir os 3 segundos no garrafão).
5. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana Quatro – Treinamento 1
1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida,
alongamento.
2. Utilize o aquecimento pré-jogo.
3. Dividida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de
habilidades (5-6 minutos cada) – driblar, passar/pegar, arremessar com Bola de
Rebote e defesa 2-a-1.
4. Revise as jogadas simples de ataque e defesa em meia quadra e faça
jogo-treino (introduza a mudança de cestas no intervalo).
5. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana Quatro – Treinamento 2
1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida,
alongamento.
2. Utilize o aquecimento pré-jogo.
3. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de
habilidades (5 minutos cada) – driblar, passar/pegar, arremessar com Bola de
Rebote, defesa 1-a-1 e 2-a-2.
4. Revise as jogadas simples de ataque e defesa em meia quadra e faça
jogo-treino (ensine a bola com pulo e pratique a mudança de cestas no intervalo).
5. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana Cinco – Treinamento 1
1. Utilize o aquecimento pré-jogo e, então, o relaxamento.
2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de
habilidades (4 – 5 minutos cada)– driblar/pegar, lance livre com rebote e 2-a-2.
3. Revise o ataque e a defesa em meia quadra; jogue partida curta
(promova situação com a bola fora da quadra, sob a cesta).
4. Relaxamento e conversa em equipe.
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Semana Cinco – Treinamento 2 (Promova partida contra equipe
local.)
Semana Seis – Treinamento 1
1. Pratique atividades com os pés, retorne o aquecimento pré-jogo e, a
seguir,o alongamento.
2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de
habilidades (4 minutos cada) – driblar, passar/pegar, lance livre com rebote, 2-a-2 e
3-a-2.
3. Revise o ataque e a defesa em meia quadra; jogue partida curta
(enfatize as posições de jogo e alterne as extremidades no intervalo; reveja as
situações com a bola fora da quadra e sob a cesta; promova situação com a bola
fora da quadra nas laterais).
4. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana Seis – Treinamento 2
1. Pratique atividades com os pés, retome o aquecimento pré-jogo e,em
seguida,o alongamento.
2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de
habilidades (4 minutos cada) – driblar, passar/pegar, lance livre com rebote, 3-a-2 e
3-a-3.
3. Revise o ataque e a defesa em meia quadra; jogue partida curta
(enfatize as posições de jogo e alterne as extremidades no intervalo; reveja
situações com a bola fora da quadra, com bola sob a cesta e nas laterais).
4. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana sete – Treinamento 1
1. Pratique atividades com os pés, retome o aquecimento pré-jogo e, em
seguida, o alongamento.
2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de
habilidades (3 – 4minutos cada) – Driblar,passar/pegar,lance livre com rebote, 3-a-2
e 3-a-3.
59
3. Revise o ataque e a defesa em meia quadra; jogue partida curta
(ênfase as posições de jogo e alterne as extremidades no intervalo; reveja situações
com a bola fora da quadra, com bola sob a cesta e nas laterais).
4. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana Sete – Treinamento 2 (Promova partida contra equipe local.)
Semana Oito – Treinamento 1.
1. Pratique atividades com os pés, retome o aquecimento pré-jogo e, a
seguir, o alongamento.
2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de
habilidades (3 – 4 minutos cada) – driblarem, passar/pegar, lance livre com rebote,
3-a-2 e 3-a-3.
3. Prepare-se para o Torneio de Área; promova diferentes situações e
jogos-treino.
4. Relaxamento e conversa em equipe.
Semana Oito – Treinamento 2 (Competir no Torneio de Área.)
1. Os Individuais; rever cronograma.
2. Fazer um lanche ou refeição uma hora e meia, antes da competição
(ou após a competição, se necessário).
3. Aquecimento e alongamento 20 minutos da competição.
4. Competir.
5. Receber premiação.
6. Relaxamento.
7. Voltar para casa.
Após a Temporada de Oito Semanas.
1. Continue treinando os atletas para ir além de competições locais ou
regionais.
2. Convide atletas, parentes, funcionários locais, membros da instituição
anfitriã, patrocinadores, etc.
3. Promova uma festa no final da temporada para celebrar e reconhecer
as conquistas do atleta e o auxílio dos técnicos auxiliares.
Tcc estrutura de treinamento em basquete para atleta
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  • 1. DESENVOLVIMENTO SERVIÇOS EDUCACIONAIS TREINAMENTO DESPORTIVO FABIO HENRIQUE BOVO ESTRUTURA DE TREINAMENTO EM BASQUETE PARA ATLETA DE CATEGORIA FORMATIVA VARGEM GRANDE DO SUL /SP 2013
  • 2. FÁBIO HENRIQUE BOVO ESTRUTUTA DE TREINAMENTO EM BASQUETE PARA ATLETAS DE CATEGORIA FORMATIVA Trabalho de Conclusã de Curso apresentado ao Profº. Ms Autran José da Silva Jr. curso de Educação Física do Desenvolvimento Serviços Educacionais, como requisito arcial à obtenção do título de Especialista em Treinamento Desportivo Orientador:Profº. Ms. Fernando José Bernardelli VARGEM GRANDE DO SUL / SP 2013
  • 3. Bovo, Fabio Henrique A 0001 ESTRUTURA DE TREINAMENTO EM BASQUETE PARA ATLETA DE CATEGORIA FORMATIVA / Fabio Henrique Bovo.. Orientador.. Fernando Jose Bernardelli, 2013 Dissertação de Especialização - Desenvolvimento Serviços Educacionais 1. Treinamento; 2. Periodização; 3. Microciclos; e 4. Esporte.
  • 4.
  • 5. Dedicatória A Deus, por tudo que sou e pelos milagres e bênçãos em minha vida, para sempre te louvarei e te exaltarei Poderoso e Eterno Deus. A meus pais Roberto Bovo e Iolanda Maria de Lima Bovo, que com certeza traçaram a minha personalidade, amo-os para sempre. A meu irmão Fabricio Bovo pelo apoio e carinho. Aos meus avós, Luis Bovo Filho in memoriam e Laura Gonçalves Bovo pelo apoio, amor e carinho, amo-os para sempre A minha noiva Juliane Ianguas do Amaral pelo apoio, amor e carinho, pra sempre vou te amar. Aos meus alunos da Radical Sports Academia pelo apoio e confiança em meu trabalho.Aos amigos e amigas,(Giani Ferreira, Luzia de Fatima da Silva, Thais Guerts Rodrigues, Professor de taekwondo Tiago Saraiva e Ricardo Ramos, Professor Eliseu Gonçalves pela confiança em meu trabalho. Ao meu alunodePersonal Training, Paulo José Murarole, pela confiança em meu trabalho.Ao meu amigo Reginaldo Donizete Cândido Júnior in memoriam, sem palavras.
  • 6. Agradecimentos Primeiramente agradeço Instituição de Estudo e Pesquisa (ENAF), pela estrutura oferecida e oportunidade de estudar nesta instituição. Agradeço a todos os docentes do que fizeram parte do cursso de pós graduação em Treinamento Desportivo pelo Enaf, por toda dedicação e orientação prestados durante o processo de elaboração e conclusão deste trabalho. Agradeço ao Profº. Ms Autran José da Silva Jr e ao Profº. Ms Fernando Bernadeli por terem ajudado de diferentes maneiras e acrescentaram muito ao estudo. Agredeço ao Profº.Esp Carlos Roberto Bertoloto Xavier, por ter me ajudado e me apoiado no meu estudo.
  • 7. RESUMO BOVO, FABIO H., ESTRUTURA DE TREINAMENTO EM BASQUETE PARA ATLETA DE CATEGORIA FORMATIVA, 2013 (Dissertação de especialização) DESENVOLVIMENTO SERVIÇOS EDUCACIONAIS A preparação, embasado nos princípios científicos do treinamento desportivo, levando em consideração o desporto e as diferentes qualidades ou capacidades físicas nele implícitas e a serem treinados, o sexo e a idade dos praticantes bem como seu nível anterior de preparação, para de acordo com objetivos preestabelecidos obter o melhor rendimento desportivo. O principal objetivo do treinamento é fazer com que o atleta atinja um alto nível de desempenho em dada circunstância, especialmente durante a principal competição do ano com uma boa forma atlética (Bompa, 2001). Devemos observar as características dos atletas, que ainda se encontram em idade escolar, onde muitas vezes acumula funções como freqüência em cursos, jornada de trabalho, entre outras condições que possam intervir em um programa de treinamento. Havendo, portanto, um direcionamento metodológico quanto à periodização de treinamento desportivo para a idade ou profissionalizado, permitindo o surgimento de metodologias aleatórias, segregadas e, muitas vezes, inadequada para esta realidade. A proposta de periodização aqui descrita tem a pretensão de assegurar uma planificação que possa ser adaptadas ainda, às situações mais comuns na nossa sociedade, e mais especificamente a realidade da Educação Física e do desporto no Brasil, visto que as principais pesquisas científicas que tratam do assunto apresentam uma proposta de periodização em nível de alto rendimento, com microciclos semanais de domingo a domingo. Palavras chaves: Treinamento; Periodização; Microciclos; e Esporte.
  • 8. ABSTRACT BOVO, FABIO H., TRAINING STRUCTURE IN BASKETBALL TO ATHLETE OF FORMATIVE CATEGORY, 2013 (Dissertation of specialization) DEVELOPMENT EDUTIONAL SERVICES. The preparation, based on scientific principles of sport training context, taking into consideration the sporting and the different quality or physical prowess implicit and to be trained, the gender and the age of the practitioners as well as their previous level of preparation, in accordance with pre-established objectives to obtain the best sports performance. The main objective of training is to make sure that the athlete reaches a high level of performance in a given circumstance, especially during the main competition of the year with a good athletic fitness (Bompa, 2001). We should observe the characteristics of the athletes, that still are in school-age, where most of the times accumulate functions with frequency in courses, working hours, among other conditions that can intervene in one training program. There is, a methodological direction to the periodization of sport training context to the age or the professionalized, allowing the emergence of the random methodologies, segregated and, many times inadequate to this reality. The proposal of periodization here described has the pretension to ensure one planning that can be adapted, to more common situations in our society, and more specifically to the reality of physical education and the sport in Brazil, such as the main scientific research that deals with the subject that shows a proposal of periodization in a level of high yield, with weekly microcycles from Sunday to Sunday. Key words: Training; Periodization; Microcycles; and Sport.
  • 9. SUMÁRIO Introdução................................................................................................................. 10 1 – A historia do basquetebol ................................................................................. 10 2 – Revisões bibliográficas ..................................................................................... 12 2.1 – O basquete no Brasil ........................................................................................ 12 2.2 – Objetivo do jogo ................................................................................................ 14 Posições de basquete.................................................................................................15 Fundamentos do basquetebol.....................................................................................18 2.3 – Empunhaduras Gerais........................................................................................18 Controle do Corpo.......................................................................................................19 Manejo de bola............................................................................................................19 Passes ........................................................................................................................20 Drible...........................................................................................................................20 Drible alto ....................................................................................................................20 Drible baixo .................................................................................................................21 Arremesso...................................................................................................................22 3 – Treinamento despotivo.......................................................................................22 3.1 – Principios científicos do Treinamento.................................................................22 4 – Meios Pedagogicos da Preparação Desportiva................................................26 4.1 – Classificação dos Exercicios .............................................................................28 4.2 – Exercicio Preparatorio Geral ..............................................................................29 4.3 – Método de ensino da Tecnica de ações motoras...............................................29 4.4 – Métodos de treino das capacidades motoras.....................................................31 4.5 – Métodos de exercício de carga contínua............................................................31 4.6 – métodos de exercicio de carga intercalada ........................................................31 4.7 – Metodos de exercício de carga mista (intervalo e continuo)...............................32 4.8 – Metodos de influencia verbal..............................................................................32 4.9 – Metodos de influência demonstrativa .................................................................32 5 – Cargas de Treinamento.......................................................................................34 5.1 – Caracteristicas da carga de treinamento............................................................34 5.2 – Adaptações no treinamento desportivo ..............................................................35 5.3 – Efeitos de treinamento........................................................................................36 5.4 – Cargas de treinamento e seus aspectos determinantes ....................................36 5.5 – Conteudos da carga ...........................................................................................37 5.6 – Volumes de carga ..............................................................................................37 5.7 – Organização da carga ........................................................................................39 5.8 – Orientações da carga .........................................................................................40 5.9 – Durações do exercício........................................................................................40 5.10 – Durações dos intervalos de descanso..............................................................41 6 – Treinamento e Aperfeiçoamento das Capacidades Fisicas ............................42 6.1 – Treinamento e aperfeiçoamento da resistência .................................................43 6.2 – Treinamento da resistência aeróbia ...................................................................44 6.3 – Treinamentos da resistência anaeróbia glicolitica ..............................................44 6.4 – Treinamento da resistência anaeróbia alática....................................................45 6.5 – Treinamentos das capacidades de força............................................................45 6.6 – Treinamento da resistência de força ..................................................................46 6.7 – Treinamentos da capacidades de velocidade ....................................................47 6.8 – Treinamentos da capacidade de flexibilidade.....................................................47
  • 10. 6.9 – Treinamentos das capacidades de coordenação...............................................49 6.10 – Treinamentos da capacidade de equilíbrio.......................................................50 7 – Estrutura e Organização do Treinamento no Microciclo .................................50 7.1 – Microciclos de preparação..................................................................................51 7.2 – Microciclo ordinário ............................................................................................51 7.3 – Microciclo de choque .........................................................................................51 7.4 – Microciclo de manutenção..................................................................................51 7.5 – Microciclo recuperativo.......................................................................................52 8 – Estrutura e Organização do treinamento no mesociclo ..................................52 8.1 – Mesociclo inicial .................................................................................................52 8.2 – Mesociclo básico................................................................................................53 8.3 – Mesociclo de Desenvolvimento..........................................................................53 8.4 Mesociclo Estabilizador ........................................................................................53 8.5 – Mesociclo recuperativo.......................................................................................53 9 – Estrutura e Organização do Treinamento mo ciclo anual e macrociclo.................54 10 – Considerações Finais .......................................................................................60 11 – Bibliografia...........................................................................................................61
  • 11. 10 1 – INTRODUÇÃO A história do Basquetebol Para CBB (2013), Em 1891, o longo e rigoroso inverno de Massachussets tornava impossível a prática de esportes ao ar livre. As poucas opções de atividades físicas em locais fechados se restringiam a entediantes aulas de ginástica, que pouco estimulava aos alunos. Foi então que Luther Halsey Gullick, diretor do Springfield College, colégio internacional da Associação Cristã de Moços (ACM), convocou o professor canadense James Naismith, de 30 anos, e confiou-lhe uma missão: pensar em algum tipo de jogo sem violência que estimulasse seus alunos durante o inverno, mas que pudesse também ser praticado no verão em áreas abertas. Depois de algumas reuniões com outros professores de educação física da região, James Naismith chegou a pensar em desistir da missão. Mas seu espírito empreendedor o impedia. Refletindo bastante, chegou à conclusão de que o jogo deveria ter um alvo fixo, com algum grau de dificuldade. Sem dúvida, deveria ser jogado com uma bola, maior que a de futebol, que quicasse com regularidade. Mas o jogo não poderia ser tão agressivo quanto o futebol americano, para evitar conflitos entre os alunos, e deveria ter um sentido coletivo. Havia outro problema: se a bola fosse jogada com os pés, a possibilidade de choque ainda existiria. Naismithh decidiu então que o jogo deveria ser jogado com as mãos, mas a bola não poderia ficar retida por muito tempo e nem ser batida com o punho fechado, para evitar socos acidentais nas disputas de lances. A preocupação seguinte do professor era quanto ao alvo que deveria ser atingido pela bola. Imaginou primeiramente colocá-lo no chão, mas já havia outros esportes assim, como o hóquei e o futebol. A solução surgiu como um relâmpago: o alvo deveria ficar a 3,5m de altura, onde imaginava que nenhum jogador da defesa seria capaz de parar a bola que fosse arremessada para o alvo. Tamanha altura também dava certo grau de dificuldade ao jogo, como Naismith desejava desde o início.
  • 12. 11 Mas qual seria o melhor local para fixar o alvo? Como ele seria? Encontrando o zelador do colégio, Naismith perguntou se ele não dispunha de duas caixas com abertura de cerca de 8 polegadas quadradas (45,72 cm). O zelador foi ao depósito e voltou trazendo dois velhos cestos de pêssego. Com um martelo e alguns pregos, Naismith prendeu os cestos na parte superior de duas pilastras, que ele pensava ter mais de 3,0m, uma em cada lado do ginásio. Mediu a altura. Exatos 3,05m, altura esta que permanece até hoje. Nascia a cesta de basquete. James Naismith escreveu rapidamente as primeiras regras do esporte, contendo 13 itens. Elas estavam tão claras em sua cabeça que foram colocadas no papel em menos de uma hora. O criativo professor levou as regras para a aula, afixando-as num dos quadros de aviso do ginásio. Comunicou a seus alunos que tinha um novo jogo e se pôs a explicar as instruções e organizar as equipes. Havia 18 alunos na aula. Naismith selecionou dois capitães (Eugene Libby e Duncan Patton) e pediu-lhes que escolhesse os lados da quadra e seus companheiros de equipe. Escolheu dois dos jogadores mais altos e jogou a bola para o alto. Era o início do primeiro jogo de basquete. Curioso, no entanto, é que nem Naismith nem seus alunos tomaram o cuidado de registrar esta data, de modo que não se pode afirmar com precisão em que dia o primeiro jogo de basquete foi realizado. Sabe-se apenas que foi em dezembro de 1891, pouco antes do Natal. Como esperado, o primeiro jogo foi marcado por muitas faltas, que eram punidas colocando-se seu autor na linha lateral da quadra até que a próxima cesta fosse feita. Outra limitação dizia respeito à própria cesta: a cada vez que um arremesso era convertido, um jogador tinha que subir até a cesta para apanhar a bola. A solução encontrada, alguns meses depois, foi cortar a base do cesto, o que permitiria a rápida continuação do jogo. Após a aprovação da diretoria do Springfield College, a primeira partida oficial do esporte recém-criado foi realizada no ginásio Armory Hill, no dia 11 de março de 1892, em que os alunos venceram os professores pelo placar de 5 a 1, na presença de cerca de 200 pessoas. A primeira bola de basquete foi feita pela A. C. Spalding & Brothers, de Chicopee Falls (Massachussets) ainda em 1891, e seu diâmetro era ligeiramente maior que o de uma bola de futebol.
  • 13. 12 As primeiras cestas sem fundo foram desenhadas por Lew Allen, de Connecticut, em 1892, e consistiam em cilindros de madeira com borda de metal. No ano seguinte, a Narraganset Machine &Co; teve a idéia de fazer um anel metálico com uma rede nele pendurada, que tinha o fundo amarrado com uma corda, mas poderia ser aberta simplesmente puxando esta última. Logo depois, tal corda foi abolida e a bola passou a cair livremente após a conversão dos arremessos. Em 1895, as tabelas foram oficialmente introduzidas. Naismith não poderia imaginar a extensão do sucesso alcançado pelo esporte que inventara. Seu momento de glória veio quando o basquete foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e ele lançou ao alto a bola que iniciou o primeiro jogo de basquete nas Olimpíadas. Atualmente, o esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro, nos mais de 170 países filiados à FIBA. 2 - REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS 2.1 - O basquete no Brasil Para CBB (2013), O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer a novidade. Augusto Shaw, um norte-americano nascido na cidade de Clayville, região de Nova York, completou seus estudos na Universidade de Yale, onde em 1892 graduou-se como bacharel em artes e onde Shaw tomou contato pela primeira vez com o basquete. Dois anos depois, recebeu um convite para lecionar no tradicional Mackenzie College, em São Paulo. Na bagagem, trouxe mais do que livros sobre história da arte. Havia também uma bola de basquete. Mas demorou um pouco até que o professor pudesse concretizar o desejo de ver o esporte criado por James Naismith adotado no Brasil. A nova modalidade foi apresentada e aprovada imediatamente pelas mulheres. Isso atrapalhou a difusão do basquete entre os rapazes, movidos pelo forte machismo da época. Para piorar, havia a forte concorrência do futebol, trazido em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a grande coqueluche da época entre os homens.
  • 14. 13 Aos poucos o persistente Augusto Shaw foi convencendo seus alunos de que o basquete não era um jogo de mulheres. Quebrada a resistência, ele conseguiu montar a primeira equipe do Mackenzie College, ainda em 1896. Uma foto enviada ao Instituto Mackenzie nos Estados Unidos, mostra o que seria a primeira equipe organizada no Brasil, justamente por Shaw. Estão identificados Horácio Nogueira e Edgar de Barros, Pedro Saturnino, Augusto Marques Guerra, Theodoro Joyce, José Almeida e Mário Eppinghauss. Shaw viveu no Brasil até 1914 e teve a chance de acompanhar a difusão do basquete no país. Faleceu em 1939, nos Estados Unidos. A aceitação nacional do novo esporte veio através do Professor Oscar Thompson, na Escola Nacional de São Paulo e Henry J. Sims, então diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM), do Rio de Janeiro. Em 1912, no ginásio da Rua da Quitanda nº 47, no centro do Rio de Janeiro, aconteceu os primeiros torneios de basquete. Em 1913, quando da visita da seleção chilena de futebol a convite do América Futebol Clube, seus integrantes, membros da ACM de Santiago, passaram a freqüentar o ginásio da Rua da Quitanda. Henry Sims convenceu os dirigentes do América a introduzir o basquete no clube da Rua Campos Salles, no bairro da Tijuca. Para animá-los, arranjou um jogo contra os chilenos oferecendo uma equipe da ACM, com o uniforme do América que triunfou pelo curioso score de 5 a 4. O plano vingou e o América foi o primeiro clube carioca a adotar o basquete. As primeiras regras em português foram traduzidas em 1915. Nesse ano a ACM realizou o primeiro torneio da América do Sul, com a participação de seis equipes. O sucesso foi tão grande que a Liga Metropolitana de Sports Athéticos, responsável pelos esportes terrestres no Rio de Janeiro, resolveu adotar o basquete em 1916. O primeiro campeonato oficializado pela Liga foi em 1919, com a vitória do Flamengo. Em 1922 foi convocada pela primeira vez a seleção brasileira, quando da comemoração do Centenário do Brasil nos Jogos Latino-Americanos, um torneio continental, em dois turnos, entre as seleções do Brasil, Argentina e Uruguai. O Brasil sagrou-se campeão, sob a direção de Fred Brown. Em 1930, com a participação do Brasil, foi realizado em Montevidéu, o primeiro Campeonato Sul- Americano de Basquete.
  • 15. 14 Em 1933 houve uma cisão no esporte nacional, quando os clubes que adotaram o profissionalismo do futebol criaram entidades especializadas dos vários desportos. Nasceu assim a Federação Brasileira de Basketball, fundada a 25 de dezembro de 1933, no Rio de Janeiro. Em assembléia aprovada dia 26 de dezembro de 1941, passou ao nome atual, Confederação Brasileira de Basketball. 2.2 - Objetivos do jogo Para Cbb (2013), O objetivo do jogo é introduzir a bola no cesto da equipe adversária (marcando pontos) e, simultaneamente, evitar que essa seja introduzida no próprio cesto, respeitando as regras do jogo. A equipe que obtiver mais pontos no fim do jogo vence as primeiras regras 1 - A bola pode ser arremessada em qualquer direção com uma ou com ambas as mãos; 2 - A bola pode ser tapeada para qualquer direção com uma ou com ambas as mãos (nunca usando os punhos); 3 - Um jogador não pode correr com a bola. O jogador deve arremessá-la do ponto onde pegá-la. Exceção será feita ao jogador que receba a bola quando estiver correndo a uma boa velocidade; 4 - A bola deve ser segura nas mãos ou entre as mãos. Os braços ou corpo não podem ser usados para tal propósito; 5 - Não será permitido sob hipótese alguma puxar, empurrar, segurar ou derrubar um adversário. A primeira infração desta regra contará como uma falta, a segunda desqualificará o jogador até que nova cesta seja convertida e, se houver intenção evidente de machucar o jogador pelo resto do jogo, não será permitida a substituição do infrator. 6 - Uma falta consiste em bater na bola com o punho ou numa violação das regras 3, 4 e 5. 7 - Se um dos lados fizer três faltas consecutivas, será marcado um ponto a mais para o adversário (Consecutivo significa sem que o adversário faça falta neste intervalo entre faltas). 8 - Um ponto é marcado quando a bola é arremessada ou tapeada para dentro da cesta e lá permanece, não sendo permitido que nenhum defensor toque
  • 16. 15 na cesta. Se a bola estiver na borda e um adversário move a cesta, o ponto será marcado para o lado que arremessou. 9 - Quando a bola sai da quadra, deve ser jogada de volta à quadra pelo jogador que primeiro a tocou. Em caso de disputa, o fiscal deve jogá-la diretamente de volta à quadra. O arremesso da bola de volta à quadra é permitido do tempo máximo de 5 segundos. Se demorar mais do que isto, a bola passará para o adversário. Se algum dos lados insistirem em retardar o jogo, o fiscal poderá marcar uma falta contra ele. 10 - O fiscal deve ser o juiz dos jogadores e deverá observar as faltas e avisar ao árbitro quando três faltas consecutivas forem marcadas. Ele deve ter o poder de desqualificar jogadores, de acordo com a regra 5. 11 - O árbitro deve ser o juiz da bola e deve decidir quando a bola está em jogo, a que lado pertence sua posse e deve controlar o tempo. Deve decidir quando um ponto foi marcado e controlar os pontos já marcados, além dos poderes normalmente utilizados por um árbitro. 12 - O tempo de jogo deve ser de dois meio-tempos de 15 minutos cada, com 5 minutos de descanso entre eles. Posições do basquete Armador http://76ersbr.blogspot.com.br Um armador, como próprio nome já diz, é o jogador que deve armar a jogada. Geralmente é o jogador com melhor passe e controle de bola do seu time, também deve possuir uma boa visão de jogo para distribuir passes firmes, e achar
  • 17. 16 seus companheiros de time livres em posições de fácil finalização. Um armador geralmente possui uma baixa estatura (1,80m) assim conseguindo ser mais rápido e ágil, porém existem exceções, como Magic Johnson que tinha 2.06 m e é um dos melhores armadores que já existiu no jogo. http://76ersbr.blogspot.com.br O ala-armador assim como o armador possui um bom domínio de bola e em vários casos pode até trocar de posição com o armador, mas a sua especialidade é o arremesso. Em inglês o nome diz Shooting que significa arremesso, é sua especialidade. Basicamente consegue arremessar de toda a quadra. Um bom exemplo de ala-armador é Ray Allen, que em minha opinião é o melhor arremessador de 3 pontos da historia da NBA.O que muitos não sabem é que Allen Iverson, um dos maiores ídolos do 76ers, tem como sua posição Ala-Armador, mas costumava jogar muito como armador. http://76ersbr.blogspot.com.br
  • 18. 17 Um lateral é um dos jogadores mais completos em questão de habilidade e atletismo, porque mesmo não possuindo um domínio de bola tão bom quanto de um armador. Geralmente possuem um arremesso mediano de 3pt, bons arremessos de distancia médio e costuma ser muito agressivos dentro do garrafão conseguindo faltas, e constantemente indo para o arremesso de lance livre. AndreIguodala, ala atual do Sixers e futuro ídolo, é um dos melhores alas do jogo, suas infiltrações são espetaculares e varias vezes terminam em enterradas espetaculares, infelizmente ele não recebe todo o credito que merece, apenas indo para o All-Star Game da NBA uma vez (2012) http://76ersbr.blogspot.com.br Alas-pivôs em geral possui um grande porte físico. Normalmente são altos e bem parecidos com Pivôs em modo de jogo. Possuem bons arremessos de media distancia e também possuem um bom Post Game, também chamado de jogo de pivô, que constitui em jogar com suas costas viradas para cesta. Dirk Nowitzki, Tim Duncan e Kevin Garnett são atualmente os ala-pivôs mais conhecidos da NBA, todos eles já ganharam um NBA Championship, sendo o mais recente deles Nowitzki em 2011 contra Miami e Dr. J (Julius Erving), atual Hall Of Famer se consagrou como um dos melhores PF de toda a NBA em nossa querida Filadélfia.
  • 19. 18 http://76ersbr.blogspot.com.br Os Pivôs em geral são os jogadores mais altos de seus times, em torno de 2,08 m e 2,13 m, não possuem um bom domínio de bola, mas junto com os Alas- pivôs são os reboteiros oficiais de seus times, e tentam proteger o garrafão com muitos tocos, defesas consistentes e sem falta. Costumam serem os melhores jogadores em termos de jogo de pivô e os piores em termo de arremessos, incluindo lance livres. Fundamentos do Basquetebol Pela prática do basquetebol podemos determinar como objetivos diretamente ligados ao praticante o seu desenvolvimento físico, técnico, tático, psicológico, moral e social. 2.3 - Empunhaduras gerais È feita com os dedos na parte calosa das mãos, polegares um de frente para o outro nas laterais da bola.Não é correto Segurar a bola com as palmas das mãos.
  • 20. 19 WWW.brasilescola.com Controle de corpo É a capacidade de realizar movimentos e gestos específicos do basquetebol, exigidos pela própria dinâmica do jogo. Esses gestos e movimentos são as várias formas de controlar o corpo como saído rápidas, paradas bruscas, mudanças de direção, corridas, finta, giros, saltos, etc... Manejo de bola É a capacidade de manusear a bola nas diversas situações do jogo. Deve-se oferecer aos praticantes a oportunidade de conhecer as diversas possibilidades de movimentos com a bola, como: rolar, tocar, quicar, segurar, lançar, trocar de mãos e movimentá-la em relação a diversos planos do corpo. WWW.brasilescola.com
  • 21. 20 Passes São lançamentos da bola entre elementos de uma mesma equipe que constitui numa maneira de levar a bola de um ponto a outro da quadra sem infringir as regras do basquetebol. Este fundamento é executado mediante lançamentos da bola entre elementos da mesma equipe, com o objetivo de conseguir um melhor posicionamento na quadra, para maior facilidade na obtenção de uma cesta. Os passes podem ser executados com uma ou ambas as mãos. No primeiro caso podem ser citados os passes: picado, à altura do ombro, por baixo e tipo gancho. No segundo podem incluir-se os passes: à altura do tórax, picado, acima da cabeça e baixo. WWW.brasilescola.com Drible É o ato de bater a bola, impulsionando-a contra o solo com uma das mãos. Apenas com esse fundamento o jogador com a posse da bola poderá se deslocar pela quadra sem infringir as regras do jogo. Drible alto Usar-se o drible alto, com o intuito de se locomover com maior arremesso velocidade, na quadra, podendo desta forma desenvolver a corrida associada do drible sem cometer a violação do andar. Usam-se principalmente quando um
  • 22. 21 adversário não está exercendo uma marcação próxima ou quando um jogador recebe um passe de seu companheiro, estando muito distante da cesta, obrigatoriamente terá que usar o drible para se aproximar e efetuar o arremesso. WWW.brasilescola.com Drible baixo È realizado freqüentemente quando um jogador que está com a bola, sofre uma marcação de perto, bem próxima pelo seu adversário. O drible se executa com o corpo curvado para frente, pernas semi-flexionadas e a cabeça erguida. WWW.brasilescola.com
  • 23. 22 Arremesso É um fundamento de ataque realizado com o objetivo de se conseguir a cesta. Em uma partida de basquetebol o atacante de posse de bola poderá executar um arremesso de diversas formas, dependendo de sua posição na quadra, da posição do adversário mais próximo e de sua velocidade de deslocamento. WWW.brasilescola.com 3. - TREINAMENTO DESPORTIVO 3.1 Princípios Científicos do Treinamento Para Tubino (1984), Existem princípios biológicos básicos que precisam ser aplicados e respeitados durante um programa de exercício. Muitas vezes tais princípios são ignorados ou manipulados por pessoas interessadas em produzir "modismos" ou “programas de exercício" sem esforço. E grandes partes desses programas não produzem resultados duradouros. A) - Sobrecarga: Definição: é a aplicação de estresse ou demanda maior do que a normal sobre o sistema fisiológico, ou sobre algum órgão, que resulta em aumento da força
  • 24. 23 ou da função dos mesmos. Este princípio explica o método pelo qual você melhora o seu condicionamento físico. Ao flexionar o antebraço repetidamente, os músculos do bíceps sofrem pouca ou nenhuma mudança. “Porém, ao flexionar o antebraço repetidamente com um peso adicional ou uma força” maior do que a normal, os músculos responsáveis por este movimento ganharão força. Se você deseja melhorar a função ou a forma física, deve sobrecarregar aquele músculo ou sistema. O método mais comum para sobrecarregar o sistema musculoesquelético é o treinamento de resistência. O uso de pesos, elásticos resistidos ou o uso da própria resistência da água (hidroginástica) obrigará os músculos trabalhados a fazerem um esforço ainda maior resultando no aumento de função ou de força. O sistema cardiorrespiratório também deve ser submetido à sobrecarga, com o propósito de melhorar as suas funções. O princípio de sobrecarga pode ser utilizado ainda para desenvolver a flexibilidade. B) - Sobrecarga progressiva: Definição: é o aumento gradual e sistemático de tensão ou força aplicada sobre o sistema fisiológico, ou sobre um órgão a fim de evitar riscos de lesão ou de fadiga crônica.Exagerar no levantamento de pesos ou nas corridas pode aumentar o risco de lesão. Submeter o corpo à sobrecarga muito rapidamente representa grande ameaça ao organismo, em termos fisiológicos. Mesmo que o atleta consiga evitar possíveis lesões musculoesqueléticas, ainda assim, pode passar a sofrer de fadiga crônica. O ideal é ir aumentando a carga dos pesos progressivamente, o que reduz a ameaça de lesão, pois permite o descanso e recuperação adequada dos músculos. C) - Adaptação: Definição: é a capacidade de um sistema ou órgão para se juntar ao esforço ou sobrecarga adicional, a partir do aumento de força ou função. O corpo humano adquire maior condicionamento físico, porque se adapta as exigências que lhe são impostas. Se o corpo desempenhar repetidamente o mesmo tipo de exercício, com a mesma carga de peso, o exercício vai se tornando mais fácil, pois o
  • 25. 24 corpo vai se adaptando à sobrecarga. Para aumentar o desempenho, deve haver aumento na carga de peso, para que o corpo se adapte a cada novo desafio. D) - Especificidade Definição: é o princípio que recomenda o treinamento exclusivo da parte do sistema ou do corpo que esteja recebendo a sobrecarga. A adaptação fisiológica será específica para esta parte do corpo. Quando carregamos peso, a força muscular é aumentada, mas o peso terá os músculos envolvidos neste exercício, porém não treinados os músculos e o sistema cardiovascular de forma eficaz para a corrida. O exercício "step" trabalha os sistemas cardiorrespiratórios e musculoesqueléticos de maneira diferente, se comparado aos exercícios aeróbicos aquáticos. Um corredor bem condicionado pode se sentir muito estimulado ao pedalar; assim como um ciclista bem condicionado pode se sentir muito estimulado em uma aula de fitnes aquático. Um exercício específico de acordo com a maneira como desenvolve o condicionamento dos sistemas musculoesquelético e o cardiorrespiratório. E) - Variabilidade/ Treinamento cruzado Definição: é a variação da intensidade, da duração, ou do estilo (treinamento cruzado) das sessões de exercício, na busca de um melhor equilíbrio muscular. Aumentar a demanda sobre os diversos grupos musculares ou sobre o sistema fisiológico possibilita um processo de adaptação mais amplo para o corpo. A diversificação é necessária, devido à lei da especificidade. Fazendo sempre o mesmo tipo de exercício, os resultados alcançados serão sempre os mesmos. Muitas pessoas enfrentam problemas com os programas de exercícios. Variar o tipo de trabalho físico provavelmente dará a esses alunos a motivação tão desejada para continuar perdendo peso ou a alcançar seus objetivos de melhor condicionamento que lhe é imposta. Acima de tudo, a variabilidade é um dever para a saúde e para o treinamento.
  • 26. 25 F) - Reversibilidade Definição: é o princípio que constata a reversão gradual do corpo ao estágio de pré-treinamento, quando há interrupção dos exercícios. O condicionamento não pode ser interrompido. Quando isso acontece, as funções fisiológicas e a força retornam aos níveis iniciais de condicionamento. A reversão é o princípio menos apreciado pelos praticantes de exercício. Ou você trabalha o corpo ou perde o condicionamento. Um fato que pode servir de consolo é a capacidade do corpo armazenar uma "memória muscular ou condicionadora" . Pesquisas indicam que indivíduos que mantêm um bom nível de condicionamento, por um longo período, perdem os benefícios fisiológicos mais lentamente. Quem já teve um bom condicionamento terá mais facilidade em adquiri- lo, em razão dos diversos fatores associados à memória do músculo G)- Diferenças Individuais/Individualidade biológica Muitos fatores contribuem para a variação individual em resposta ao treinamento. De considerável importância é o nível de aptidão relativa da pessoa no início do treinamento. É irreal esperar que pessoas diferentes estejam no mesmo "estado" de treinamento ao mesmo tempo. É contra produtivo insistir que todos os membros de uma mesma equipe treinem da mesma maneira ou com o mesmo ritmo relativo ou absoluto de trabalho. Os benefícios do treinamento são ampliados quando os programas são planejados de forma a satisfazer as necessidades e capacidades individuais dos participantes. Um indivíduo é o resultado da soma do genótipo (bagagem genética transmitida ao indivíduo) + fenótipo (Expressão dos gens determinada pela herança genética). Os genótipos podem ser classificados como: biotipo, composição corporal provável, força máxima possível, provável percentual de fibras musculares. E os fenótipos como: nível de desenvolvimento muscular, nível do consumo de O² (Vo²máx), percentual real de fibras musculares e força máxima. Além dessas características individuais, características coletivas como raça, idade, sexo e mais o nível sócio-econômico-cultural influenciarão na formação da individualidade.
  • 27. 26 4 - MEIOS PEDAGÓGICOS DA PREPARAÇÃO DESPORTIVA Para Gomes (2009), Durante todo o processo da atividade motora do indivíduo, deve ser resolvido um grande número de tarefas motoras. A solução dessas tarefas correlaciona-se com a percepção da atividade motora (AM). Para Gomes (2009) A atividade motora, que faz parte da atividade integral do indivíduo, deve ser sempre consciente e orientada. A diferença do princípio da atividade motora e do movimento como função do organismo humano manifesta-se por meio da locomoção motora humana sob duas formas: • Manutenção constante da posição corporal (postura); • Deslocamento d corpo em relação ao meio circundante ou deslocamento de algumas de suas partes em relação a outra (Schimit, 1985). Para Gomes (2009) As ações motoras constituem um meio integrante caracteriza-se por seu conjunto de ações motoras. Como regra, um movimento articular por si não constitui ainda uma AM independente. A ação com a qual o atleta resolve a tarefa motora é compostos de movimentos articulares distribuídos e interligados no espaço e no tempo. Em todos os AM podem-se distinguir, condicionamento, movimentos isolados. Assim, no salto em altura, destacam-se: impulso, ação conjugada da movimentação da perna para cima sobre a barra a aterrissagem (Boguem, 1985). Para Gomes (2009) O exercício físico constitui a base da preparação do atleta como processo pedagógico. Por conseguinte, os exercícios físicos são a forma principal de utilização das ações motoras na preparação desportiva. O exercício físico constitui a base da preparação do atleta como processo pedagógico. Por conseguinte,os exercícios físicos são a forma principal de utilização das ações motoras na preparação desportiva. O exercício físico está obrigatoriamente ligado ao método, uma vez que o processo organizado, objetivando o aperfeiçoamento de qualquer qualidade do indivíduo e pressupondo um sistema estável de ações repetidas, possui interligações necessárias para a solução de tarefas previstas e não somente num
  • 28. 27 conjunto casual de operações. Por conseguinte, tais ações, em sua essência, formam um método. Na “linguagem desportiva, o termo “meio” significa o que se utiliza, e o termo “método”, como se utiliza o meio no processo de obtenção do objetivo da preparação. Dessa forma, o exercício representa o meio, e o modo de sua aula. Juntamente com as ações motoras, referem-se aos meios muitos outros fatores, cuja utilização orientada determina a eficiência da preparação do atleta. Por exemplo, na qualidade de meios de preparação do atleta, devem ser considerados: • Equipamentos especiais: o material desportivo, as instalações desportivas, os aparelhos de treino desportivo, os aparelhos de ginástica, barra de ferro, aparelhagem de diagnóstico – teste,piscinas, etc. • Fatores da natureza: a influência do ar e da água, radiação solar, condições climáticas das zonas montanhosas. • Condições sociais e ecológicas de vida dos atletas: as condições de vida cotidiana, o regime de sono, os estudos,o trabalho,os fatores social,econômico e cultural,etc. • Alimentação do atleta: deve ser vista como fator importante na preparação; o que determina, no organismo, a recepção da: energia, água, micro elementos, vitaminas e sais. • Fatores de recuperação: a massagem, a fisioterapia, a sauna. • Influências informativas: a informação verbal e visual do técnico, a observação como forma de obter dados, etc. É costume caracterizar o exercício físico pela forma e pelo conteúdo. A forma do exercício físico é em determinada pelos parâmetros dinâmicos e cinemáticos. A cinemática fornece a idéia do aspecto externo dos movimentos do atleta e caracteriza-se pelos seguintes parâmetros: • Espaço: a posição do corpo e de suas partes e a amplitude do movimento. • Tempo: a duração do exercício • Espaço e tempo: a velocidade, a aceleração e a desaceleração. As características dinâmicas fornecem a idéia das forças que exercem influências sobre o movimento do corpo. Esses parâmetros são influenciados pelas forças correlativas ao
  • 29. 28 movimento. As formas do exercício físico são expressas na “técnica do exercício físico”. O conteúdo do exercício físico revela-se no processo da atividade locomotora imediata do indivíduo e caracteriza-se pela sua “carga”. 4.1 - Classificações dos exercícios De acordo com o regime de contração muscular no movimento, a contração muscular no exercício pode ser estática ou dinâmica. Os exercícios físicos estáticos são os que estão relacionados com a manutenção da posição tomada, como, por exemplo, a posição do corpo no exercício ginástico nas argolas em “cruz”. Os exercícios físicos dinâmicos estão ligados ao deslocamento do corpo do atleta ou de suas partes. (ex., os exercícios de corrida e os de saltos). A divisão dos exercícios em dinâmico e estático muito convencional, pois a maioria dos movimentos se realiza combinando os regimes dinâmicos e estáticos contradições d diferentes músculos. Assim, para executar o movimento dinâmico da mão ou devem primeiro assegurar a tomada de uma destinada posição estática. Por outro lado, para manter a posição, é preciso que, em resposta a qualquer ação que perturbe tal posição, realizem-se os correspondentes movimentos dinâmicos compensatórios (SCHIMIDT, 1985). Em relação à estrutura do movimento, os exercícios dinâmicos dividem-se em ciclo, acíclico e misto (ZATSIORKI, 1970). Dependendo do volume da massa muscular ativa que participa no movimento, os exercícios físicos classificam-se em exercícios localizados, regionais e globais (SUDAKOV, 1984). Os exercícios locais são aqueles em cuja realização participa até um terço de toda a massa muscular do corpo do atleta (p. ex., o exercício feito apenas com os músculos do braço ou da perna).
  • 30. 29 4.2 - Exercício preparatório geral. Para Gomes (2009), Uma vez que o organismo humano representa algo único, o desenvolvimento de algumas qualidades não ocorre isoladamente do desenvolvimento das outras. A especialização extremamente estreita, quando se ignora o necessário desenvolvimento multilateral,contradiz desenvolvimento natural do organismo. È extremamente importante levar isso em consideração nas idades infantil e juvenil. Toda a experiência da preparação dos atletas mostra que a especialização desportiva bem-sucedida, em certa modalidade, é considerada, em grande medida, pelo desenvolvimento físico multilateral. De acordo com essa disposição, a melhora do nível geral das habilidades funcionais do organismo do atleta possui um significado primordial para a especialização desportiva bem-sucedida. Essa importante tarefa de preparação é resolvida com a ajuda dos exercícios preparatórios gerais. A especificidade da preparação do atleta pressupõe a orientação predominante das influências sobre o aperfeiçoamento das capacidades locomotoras do organismo humano, de determina o significado dominante dos métodos de influência da prática. A influência verbal e demonstrativa é complementar para a ótima realização dos métodos práticos (Zakharov; Gomes, (1992). 4.3 - Métodos de ensino da técnica de ações motoras. Destacam-se dois enfoques metodológicos principais do ensino da técnica das ações motoras: o integral e o dividido. Referindo-se a esse assunto, Matveev (1997) cita que a preparação teórica para os atletas de basquetebol vai contribuir para o desenvolvimento intelectual dos atletas.
  • 31. 30 a preparação teórica é por sua vez, uma das condições, mais importantes da eficácia do desporto como meio de aperfeiçoamento harmônico da personalidade e confirma que as leis da atividade vital e do desenvolvimento do organismo bem como um elevado nível intelectual, convertem-se cada vez mais não só em premissas, mas também em fatores diretos aos resultados desportivos (MATVEEV, 1997, p. 27) a) Método do ensino integral Pressupõe o estudo da técnica das ações motoras de uma só vez e em caráter integral. A sua principal vantagem é que a técnica da atividade motora pode ser assimilada, de forma integral, á interação permanente de suas fases, o que permite manter o ritmo das ações e sua estrutura geral. O método da execução integral múltipla da AM pode ser utilizado nas seguintes variantes (Maznitchenko, 1977). A) Execução repetida da AM com o conseqüente aperfeiçoamento dos elementos e dos detalhes; B) Repetição múltipla da AM nas condições permanentes com o objetivo de sua consolidação. C) Execução nas condições complexas crescentes que se aproximam das realizadas em competição; D) Execução nas condições complexas (com muito cansaço, com a presença do adversário, com as condições climáticas, etc.). b) Método de ensino dividido (analítico-sintético) Representa a divisão da atividade motora em elementos ou fases relativamente independentes, que podem ser aprendidos de modo autônomo com sua posterior ligação globalizado. As principais variantes desse método são: A) O estudo separado dos elementos da ação com posterior ligação para o movimento total; B) O ensino consequente dos elementos da técnica da AM com sua ligação gradativa (ensino da técnica da AM com o método de “intensificação”);
  • 32. 31 C) O destaque dos elementos da AM, para curto período de tempo, para sua precisão; D) O aperfeiçoamento dos elementos da AM sob a forma de exercício. 4.4 - Métodos de treino das capacidades motoras. Na classificação geral dos métodos orientados para o treinamento das capacidades motoras, há alguns indícios externos do exercício. Assim, o exercício pode ser executado no regime continuo (permanente) intervalado ou misto. Cada uma das variantes pode-se caracterizar pelos parâmetros constantes ou variáveis do exercício. Assim sendo, destacam-se os seguintes métodos do exercício programado, aplicáveis ao aperfeiçoamento das capacidades motoras. 4.5 - Método de exercício de carga contínua. Caracteriza-se pela execução prolongada do exercício sem alteração frequente do ritmo. As mudanças no ritmo de carga saco programadas anteriormente e podem ser enfocadas na prática de diversas formas. Esse tipo de capacidade aeróbia (Vo2máx.) nos desportos, principalmente nas modalidades em que a performance depende dessa fonte de energia. O método de exercício contínuo pode ser controlado na sua intensidade pelos parâmetros de frequência cardíaca, concentração de lactato e velocidade média de execução do exercício: o volume é controlado pelo tempo de duração ou mesmo pela metragem total da atividade. O importante é que o treinador observe com qual dinâmica de carga ele pretende ministrar o trabalho, pois isso tem relação direta com o nível que apresenta o desportista. 4.6 - Método de exercício de carga intervalada. O exercício de carga intervalada deve ser estruturado levando em consideração o objetivo do treino. Esse tipo de exercício auxilia no desenvolvimento aeróbio, anaeróbio alático, anaeróbio lático
  • 33. 32 Os trabalhos de flexibilidade, de força, técnico e na coordenação de movimentos. Para Volkov (2002, p 82), o treinamento intervalado permite que atletas de diferentes modalidades atinjam melhores marcas nas competições, em pouco tempo de preparação. Este autor afirmou ainda que, no treinamento intervalado, é preciso uma correta orienta- ção dos parâmetros de esforço, para que os efeitos conseguidos com o treinamento sejam direcionados para o objetivo almejado. 4.7 - Métodos de exercício de carga mista (intervalado e contínuo) A prioridade deste método é sempre iniciar com cargas intervaladas, terminando com as c ccargas contínuas. Na prática, é muito comum o treinador resolver, por exemplo, no início do treino, o treinamento do sistema anaeróbio alático e terminar o treino com o sistema aeróbio, podendo conter os trabalhos de diversas formas. 4.8 - Métodos de influência verbal È a interação entre técnico e atleta, a solução de qualquer que seja a tarefa de preparação do atleta é impossível sem a utilização das formas verbais de contato. Dentre os métodos de influência verbal, podem ser citados a explicação, a conversa, o comando,a indicação,etc. Convém relevar o conteúdo emocional e o sentido lógico (informativo) de cada método verbal. 4.9 - Métodos de influência demonstrativa È o processo de treinamento do atleta, das possibilidades de diferentes sistemas sensoriais do homem. Destacam-se três grupos de métodos de influência demonstrativos: a) Métodos demonstrativos visuais; b) Métodos demonstrativos auditivos;
  • 34. 33 c) Métodos demonstrativos motores (cinestésicos) a) Os métodos demonstrativos visuais Podem ser divididos em apresentação da atividade motora, demonstração de materiais didáticos e orientação visual. A demonstração da atividade motora é o método mais divulgado de ensino que se aplica na etapa de aprendizagem. Na base do ensino, com a ajuda da demonstração, está a imitação. È de particular importância a utilização desse método no trabalho com crianças, pois elas têm capacidade de imitação muito desenvolvida. O método demonstrativo visual sempre combina com o método de influência verbal. A demonstração dos materiais didáticos proporciona possibilidades complementares para que o atleta perceba o meio de solucionar a tarefa motora. Empregam-se, para tal fim, gravações de vídeo, cartazes, desenhos, esquemas, etc. A orientação visual ajuda a executar corretamente o movimento no espaço e no tempo. Como visuais de referência, utilizam-se objetos ou marcações, de acordo com os quais o atleta tem de construir seu movimento. a) Os métodos demonstrativos auditivos (sonoros) Criam os pontos sonoros de referência, necessários ao início e ao fim do movimento ou de seus elementos. Com um sinal sonoro combinado de antemão, pode se indicar o momento do esforço principal. Com a ajuda da demonstração sonora, assimila-se bem o ritmo das ações motoras, utilizando-se, para isso, um líder sonoro. b) Os métodos demonstrativos motores (sinestésicos) É a organização da percepção pelo atleta das sensações vindas do aparelho motor.
  • 35. 34 5. - CARGAS DE TREINAMENTO Para Gomes (2009), Inicialmente, podemos definir carga de treinamento como o resultado da relação entre o volume total de trabalho e a qualidade do trabalho, ou seja, a intensidade. Para compreendemos melhor o componente da carga de treinamento, devemos entender que se trata de um trabalho muscular que implica em si mesmo o potencial de treinamento, oriundo da condição do desportista, o qual produz um efeito de treinamento que leva a um processo de adaptação (Zakharov; Gomes, 1992). A relação entre a condição do atleta e a carga de treinamento é muito complexa, depende de muitos fatores e determina-se por um grande número de variáveis; lamentavelmente, devemos admitir que existem poucos dados objetivos sobre essa relação. As investigações desenvolvidas em todos o mundo nesse campo ainda ocorrem de forma isolada e incompleta,não permitem chegar a resultados absolutos e,de certa forma,são incompatíveis e contraditórias. 5.1 - Características da carga de treinamento Na base do treinamento desportivo fundamento pela fisiologia, verifica-se que qualquer influência sobre o organismo humano provoca reações e, consequentemente, uma adaptação. A reação á influência exterior é a condição biológica natural da existência de qualquer organismo vivo na natureza. Essas reações de resposta de adaptações estão ligadas á noção de “adaptação”. Pelo termo “carga de treinamento” entende-se a medida quantitativa do trabalho de treinamento desenvolvido. Geralmente distinguem-se os conceitos de carga externa, de carga interna e de carga externa, de carga interna e de carga psicológica. A primeira trata da quantidade de trabalho desenvolvido; a segunda, do efeito que propicia sobre o organismo; e a terceira trata de como isso é visto psicologicamente pelo atleta. Essas variáveis já foram discutidas pelo Professor
  • 36. 35 Matveev, em 1964, e confirmadas pelo bioquímico Volkov, em 1989. Eles chamavam de índices gerais de controle das cargas, utilizadas até hoje,conhecido como volume e intensidade (OZOLIN, 1949). Com o objetivo de controlar os níveis de adaptação á carga de treinamento, surgem varias classificações que levam em conta à especificidade motora dos desportos, a intensidade do trabalho muscular, as tarefas pedagógicas que se desenvolvem durante o treinamento, a influência dos processos de recuperação, o efeito sobre o trabalho sucessivo e a interação de um trabalho de diferentes orientações. Tudo isso, estudado já nos anos 1950 e 1960, são indicadores de controle da carga de treinamento, em que o objetivo é propiciar uma boa adaptação. Precisamente por isso, surge a necessidade de sucessivo desenvolvimento sobre a idéia de carga externa e interna e da introdução dos conceitos de potencial de treinamento e seu efeito, que permitam uma definição mais concreta da relação estímulo-efeito, que ofereça uma maior precisão. 5.2 - Adaptações no treinamento desportivo Zhelyazkov (2001), comprovou, em seus estudos, que, quando o músculo suspende sua atividade e com isso detém a degradação ativa de suas substâncias,os processos de ressíntese iniciam com tanta intensidade que os recursos energéticos gastos durante certo período depois do trabalho (carga) alcançam um nível mais alto do que o inicial. Esse estado é chamado de super compensação. Conseqüentemente, somente depois da excitação, após o estado de trabalho da matéria viva, se observa um intenso metabolismo, o qual restrutural e funcional qualitativamente mais alto. A adaptação em resposta as influências externas, essenciais á integridade do organismo e ligadas ao desenvolvimento conseqüente das mudanças no organismo, passou a chamar-se síndrome de adaptação geral, estresse a reação.
  • 37. 36 5.3 - Efeitos de treinamento A influência da carga sobre o organismo não se restringe ao tempo de execução do exercício de treinamento, mas abrange também o período de descanso após o trabalho. O efeito de treinamento, atingido como resultado da aplicação da carga, não permanece constante pelos seus parâmetros, mas se altera em função da continuidade do descanso,entre as influências e acúmulo de efeitos de novas cargas. • Efeito imediato de treinamento Caracteriza as alterações que ocorrem no organismo do atleta imediatamente, no período da execução do exercício ou na sua conclusão. As mudanças funcionais no organismo ocorrem de acordo com o mecanismo de adaptação imediata e o desenvolvimento dos processos de fadiga. • Efeito posterior de treinamento È o que caracteriza as alterações no organismo do atleta, no período de recuperação até o próximo treinamento. As alterações funcionais no organismo ocorrem de acordo com as leis naturais dos processos de recuperação. • Efeito somatório de treinamento È o resultado da soma dos efeitos de várias cargas de treinamento. As alterações funcionais no organismo são determinadas pelas condições de interação dos efeitos das cargas aplicadas. 5.4 - Cargas de treinamento e seus aspectos determinantes Para Gomes (2009), para selecionar uma ótima carga de trabalho, deve- se levar em consideração alguns aspectos.
  • 38. 37 5.5 - Conteúdos da carga A carga pode ser determinada por dois aspectos do treinamento: o primeiro é o nível de especificidade, e o segundo é o potencial de treinamento. a) Nível de especificidade: ocorre pela maior ou menor similaridade ao exercício competitivo. Isso permite englobar os exercícios em dois grupos: os de preparação especial e os de preparação geral. b) Potencial de treinamento: define-se como a forma em que a carga estimula a condição do atleta. O potencial de treinamento dos exercícios reduz-se com o crescimento da capacidade de rendimento, por isso surge a necessidade de variar os exercícios e usa-se a intensidade para seguir alcançando implementos em seu rendimento. Os exercícios utilizados devem ser aumentados gradativamente, observando a conseqüência lógica,de forma que os utilizados em primeiro lugar devem criar condições favoráveis para aqueles utilizados posteriormente (VIRU, 1995). 5.6 - Volumes da carga È determinado pelo aspecto quantitativo do estímulo utilizado no processo de treinamento. Nesse aspecto, a carga distingue-se da seguinte forma (Gomes; Filho, 1991): a) Magnitude da carga; b) Intensidade da carga; c) Duração da carga. a) Magnitude do volume da carga Trata-se da medida quantitativa global das cargas de treinamento de diferentes orientações funcionais que se desenvolvem em uma sessão, em um microciclo, em um mesociclo ou em um macrociclo.
  • 39. 38 A magnitude é determinada pelo nível de treinamento do atleta e pelo momento da preparação a que se pretende chegar. Mas nem sempre se cumpre o maior volume de trabalho correspondente para o rendimento è certo que, durante as primeiras etapas da vida desportivas, o aumento do volume vai auxiliar na melhora do rendimento; porém, uma vez que se chega ao alto nível, nem sempre há correspondência entre o incremento do volume e a melhora do resultado, e muitas vezes o aumento exagerado do volume poder diminuir a capacidade de rendimento do atleta. b) Intensidade da carga A intensidade da carga trata do seu aspecto qualitativo. Assim como o que ocorreria com a magnitude, a intensidade está relacionada com o nível do desportista e, evidentemente, ao momento em que ele se encontra na temporada. Define-se intensidade como a força de estímulo que manifesta o desportivo durante o esforço (GROSSEM; STRARISCHA,1988). No trabalho de força, uma pessoa não- treinada deve utilizar pesos entre 30 e 40% de sua força máxima para conseguir um aumento consecutivo do rendimento. c) A Duração da carga A duração da carga de treinamento é um aspecto fundamental do volume. À distância percorrida e o tempo total gasto para completar toda a carga em uma sessão de treinamento devem ser considerados, também, como uma carga caracterizada pela sua duração. As cargas aeróbias provocam, em um mês, um aumento significativo dos índices de rendimento aeróbio. Mais adiante, o incremento e mais lento, até os três meses de treinamento aproximadamente; independentemente do volume,os índices não variam substancialmente,mantendo-se os níveis adquiridos. Já a respeito das cargas aeróbias, o ritmo de melhora da capacidade de rendimento não evolui tanto quanto a capacidade aeróbia. Para conseguirem-se valores máximos de capacidade anaeróbia, é necessário de três a quatro meses
  • 40. 39 Trabalho, precedidos por um considerável trabalho aeróbio (SUSLOV, 1976; ZATSIORKI, 1966). A força explosiva estabiliza o seu crescimento em três ou quatro meses; porém, se, no processo de treinamento, as cargas de força explosiva forem aplicadas mais espaçadamente, essa condição pode continuar crescendo até por volta de 10 meses. A magnitude da carga, segundo consideram alguns autores, é um novo fator da densidade do estímulo. A densidade do estímulo está diferentemente relacionada com o esforço e com o descanso em uma unidade de trabalho dentre aquelas que se organiza no treinamento. As pausas entre os estímulos (descansos) cumprem duas finalidades: reduzir o cansaço (pausas completas) e permitir os processos de adaptação (pausas incompletas). Essas pausas podem ser utilizadas de duas maneiras: ativas ou passivas. A ativas, aplicadas corretamente e em alguns casos,aceleram o processo de recuperação. 5.7 - Organizações da carga Entende-se por organização de carga a sistematização no período de tempo determinado. A base dessa sistematização deve ser realizada com a obtenção de um efeito acumulado de treinamento positivo de cargas de diferentes orientações. Isso nos obriga a considerar dois aspectos dentro do processo organizacional: A) Distribuição da carga durante o tempo; B) A interconexão dessas cargas. C) Pela distribuição das cargas no tempo entende-se de que forma colocam-se as diferentes cargas nas partes em processo de treinamento. D) A interconexão indica a relação que as cargas de diferentes orientações apresentam entre si. Uma combinação das cargas de diferentes características assegura a obtenção do efeito acumulativo de treinamento. • Positivo: os exercícios de caráter aeróbio são executados depois das cargas do tipo anaeróbio alático.
  • 41. 40 Os exercícios de caráter aeróbio são executados depois de exercícios anaeróbios láticos de baixo volume. Os exercícios de caráter anaeróbio lático anaeróbio aláticas. • Negativo: os exercícios de orientação anaeróbios alática são executados depois de um trabalho de orientação anaeróbio lática. Executam-se exercícios de orientação anaeróbios láticos depois de realizar grandes volumes do tipo aeróbio. Devemos manter todos esses critérios na hora de determinar a carga adequada de trabalho, tendo como finalidade conseguir que o desportista atinja a forma ótima de rendimento durante o período competitivo (POWERS; HOWLEY, 2001) 5.8 - Orientações da carga O critério pressupõe a divisão de todas as cargas de treinamento em função do seu grau de influência sobre o aperfeiçoamento de diversos aspectos qualitativos de preparação dos atletas. A preparação do atleta é uma noção complexa determinada pelo desenvolvimento de diversas capacidades motoras, pelo aperfeiçoamento da técnica e da tática e pela prontidão psicológica. Diferentes cargas de treinamento exercem diferentes influências sobre os sistemas do organismo do atleta, determinando o nível de manifestação de diversos aspectos de preparação. As cargas podem ser de orientação seletiva e complexa. As cargas de orientação seletiva estão predominantemente ligadas á influência sobre um sistema funcional que assegura o nível de manifestação de tal ou qual qualidade ou capacidade. As cargas de orientação complexa prevêem a garantia de trabalho de dois ou mais sistemas funcionais. 5.9 - Durações do exercício Para Gomes (2009), Está estritamente ligada á intensidade de sua realização, pois os exercícios de diferentes durações são assegurados por diferentes mecanismos energéticos, a influência do número de repetições pode ser vista facilmente. Dentro de certo período de tempo, os mecanismos glicolítico de
  • 42. 41 síntese de ATP esgotaram essencialmente as suas possibilidades, e o trabalho posterior já começara a realizar-se por conta das reações aeróbias (GODIK, 1980; VOLKOV, 1989) 5.10 - Durações dos intervalos de descanso As fases separadas da carga determinam, num grau substancial, sua orientação. Logo após o fim da execução do exercício, começam a ocorrer no organismo as mudanças oriundas da atividade de diversos sistemas que asseguram a realização dada do exercício Todo o conjunto de mudanças, nesse período, pode ser entendido pela noção de recuperação. O processo de recuperação tem caráter de fases. Para obter determinado efeito de treinamento, a duração das pausas entre certas doses de cargas deve ser planejada, levando em consideração as fases de recuperação. A primeira fase de recuperação passou a chamar-se recuperação imediata, pois abrange os primeiros minutos de descanso após o trabalho, e caracteriza-se pelo ritmo alto de reações recuperativas, ligadas á eliminação dos produtos dos processos anaeróbios que se acumulam durante a execução do exercício e PA reposição do débito de oxigênio que se formou. Assim, a maior parte desse débito de oxigênio recompõe-se nos primeiros 2 ou 3 minutos de recuperação. A segunda fase de recuperação (ou recuperação lenta) pode levar muitas horas de descanso, dependendo do caráter do exercício executado Essa fase caracteriza-se pelo esforço dos processos de troca plástica e de restauração do equilíbrio iônico e endócrino no organismo, perturbado durante o exercício (KOTS; VINOGRADOVA, 1981). No período de recuperação lenta, ocorre o regresso á norma dos recursos energéticos do organismo e reforça a síntese de estruturas de proteína destruídas durante o trabalho. Convém considerar que os processos recuperativos, depois de quaisquer cargas, decorrem fazer idéia do fim do processo de recuperação geral após o
  • 43. 42 retorno ao nível inicial (antes do trabalho) pelos índices que se recuperam mais lentamente e não pelos índices isolados e mesmo por alguns índices limitados. Recuperam-se mais rapidamente as reservas de oxigênio e de creatina fosfato nos músculos que participam do trabalho; mais tarde, as reservas glicogenias nos músculos e no fígado e, por último, as reservas de gordura e as estruturas de proteína destruídas durante o trabalho (VOLKV, 1989). 6. - TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO DAS CAPACIDADES FÍSICAS A preparação física é um componente do sistema de treinamento do desportista e tem como objetivo propiciar o bom desenvolvimento e aperfeiçoamento em um nível máximo (ótimo) para o desempenho na modalidade específica. Para uma melhor compreensão, é necessário definir o termo capacidade física como um sistema que constitui o ponto inicial para uma análise filosófica da categoria capacidade. O organismo, ao interagir com o meio ambiente, responde internamente com diferentes capacidades (propriedades).O organismo humano possui uma variedade de capacidades,uma vez que, em diferentes condições de contato com o meio ambiente,revela diversas capacidade funcionais.Dessa forma,essas capacidades do homem podem ser definir como o conjunto de propriedades do organismo que se apresentam no processo de ua interação com o meio ambiente.Nesse caso,podem distinguir-se na história do homem algumas propriedades comuns do organismo que permitem,com sucesso, determinado tipo e solicitação de tarefa motora.Assim sendo, podemos destacar cinco tipos de capacidades funcionais, reunidas pela noção conhecida como capacidades físicas. • Resistência • Força • Velocidade, • Flexibilidade e • A Coordenação
  • 44. 43 6.1 - Treinamento e aperfeiçoamento da resistência Para Gomes (2009), A resistência pode ser definida como um trabalho psicofísico prolongado, mantendo os parâmetros musculares de dado movimento. • Mecanismo aeróbio: ocorre por conta da oxidação, ou seja, com a participação direta de oxigênio de hidratos de carbono e de gorduras disponíveis no organismo; • Mecanismo anaeróbio láctico (glícolítico): ocorre a dissociação anaeróbia (sem ou (com pouca) participação de oxigênio) do glicogênio, com a formação do lactato; • Mecanismo anaeróbio alático: está ligado á utilização dos fosfagênios, presentes nos músculos em atividade, principalmente do fosfato de creatina (CrF). Cada mecanismo referido acima pode ser caracterizado com a ajuda dos critérios bioquímicos de potência, capacidade e eficiência (Viru; Kyrgue, 1983). Os critérios de potência refletem a velocidade de liberação da energia nos processos metabólicos. Os critérios de capacidade refletem as dimensões das fontes de energia acessíveis para serem usadas ou o volume total de mudanças metabólicas no organismo ocorrido durante o exercício. O mecanismo fosfagênio (anaeróbio alático) possui maior potência e permite assegurar a energia aos músculos em atividade já nos primeiros segundos do trabalho. A capacidade do sistema fosfagênio é limitada pelas reservas de ATP e CP nos músculos e, devido a esse fato, é capaz de sustentar o trabalho com a potência máxima apenas durante 6 a 10 segundos, sendo que,aos 30 segundos, as reservas de CP praticamente se esgotam e não contribuem para ressíntese do ATP (LENINGER,1985) A glicólise anaeróbia atinge a potência máxima depois de aproximadamente 30 a 45 segundos após o início do trabalho. A potência do mecanismo anaeróbio glicolítico é menor do que a do fosfagênio; no entanto, graças á sua capacidade energética mais substancial, esse mecanismo constitui a principal fonte para manter o trabalho com a duração máxima de 30 segundos até 2 a 5
  • 45. 44 minutos. Sua capacidade é limitada principalmente pela concentração de lactato o trabalho muscular nas condições anaeróbias,não glicogênio nos músculos em atividade. 6.2 - Treinamentos da resistência aeróbia As maiorias dos estudos apresentam o treinamento da resistência aeróbia como fundamental para a maior parte das modalidades desportivas, sem exceção, pois a elevação do nível das possibilidades aeróbias do organismo forma a base funcional necessária para o aperfeiçoamento de diversos aspectos de preparação do desportista. O abuso no volume de cargas de orientação aeróbia pode provocar mudanças no organismo do atleta que dificultam o crescimento das capacidades de velocidade e coordenação e da excelência técnico tática. A aplicação dessas cargas, durante um período prolongado de tempo, garante as mudanças favoráveis e estáveis de adaptação a todos os níveis do organismo do homem e cria o estado de aperfeiçoamento das capacidades do sistema de respiração e do sistema cardiovascular. 6.3 - Treinamentos da resistência anaeróbia glicolítica A concentração de lactato é o principal fator limitante da capacidade de trabalho na execução dos exercícios de caráter anaeróbio glicolítico. Ela leva á diminuição das propriedades de contração dos músculos exerce influência sobre outros sistemas do organismo do desportista. Quando ocorre uma concentração de lactato no sangue próxima do nível máximo para o nível do seu estado de treinamento, as pessoas não-treinadas apresentam o estado de fadiga. Isso ocorre já com concentrações não superiores a 10-12 mMol/L. O ritmo de execução do exercício, na prática, determina a quantidade e a grandeza do acúmulo de lactato, com o aumento da intensidade da carga até 50 a 60% do Vo2máx, a concentração de lactato no sangue do atleta pouco se altera e não supera 4 mMol/L, sendo que,entre os desportistas altamente qualificados, a concentração de lactato pode se manter também com a intensidade do exercício em
  • 46. 45 70 a 85% do VO2 máx.O efeito anaeróbio -glicolítico mais expressivo é observado como resultado da aplicação de cargas com a concentração de lactato demais de 8mMol/, zona IV de intensidade. 6.4 - Treinamentos da resistência anaeróbia alática Para Gomes (2009), Os mecanismos fisiológicos que fundamentam a resistência anaeróbia alática são , em grande parte, parecidos com os que determinam o nível das capacidades de velocidade e força do atleta. O aumento da potência do sistema alático apresenta uma particularidade em comparação com outras fontes energéticas. As reservas de ATP e de CP nos músculos não são grandes e são utilizadas já nos primeiros segundos após o início do trabalho com intensidade máxima. A rápida diminuição do teor de CP nos músculos em atividade é observada com as cargas superiores a 75% de Vo2máx. A concentração da CP no músculo, após o trabalho de curta duração, pode cair quase a zero, ao passo que o teor de ATP diminui até 50 a 70% do nível inicial. Sob o efeito das influências regulares de treino, pode ser verificado certo aumento (20 a 30%) da concentração de fosfagênios nos músculos em atividade e a elevação da atividade de sua dissociação e a ressíntese. Os intervalos de descanso entre as repetições não devem ser menores do que 2 a 3 minutos, os quais propiciam uma recuperação bastante completa de fosfato macro energéticos gastos durante o trabalho. 6.5 - Treinamentos das capacidades de força A força do homem como capacidade física relaciona-se com a capacidade de superação da resistência externa e de ação oposta a essa resistência por meio dos esforços musculares (MATVEEV, 1991). • Força máxima, revelada pelo nível de força que o atleta é capaz de atingir em conseqüência da tensão muscular máxima.
  • 47. 46 • Capacidades de velocidade e de força, caracterizadas pela capacidade de superar no menor tempo possível a resistência. A força de explosão representa a manifestação das capacidades de velocidades e de força relacionadas com o esforço único (saltos, lançamentos, etc.) • Resistência de força, caracterizada pela capacidade do atleta de realizar, durante um tempo prolongado, os exercícios com pesos, mantendo os parâmetros do movimento. 6.6 - Treinamentos da resistência de força Wilmore e Costill (2001, p. 191) relatam que “ocorre um aumento de quantidade e de tamanho das mitocôndrias do músculo esquelético com o treinamento aeróbio, fornecendo um sistema oxidativo muito mais eficiente ao músculo”. O maquinismo estrutural ampliado das mitocôndrias e as adaptações na atividade enzimática observadas com o treinamento fazem aumentar grandemente a capacidade das mitocôndrias musculares de gerarem ATP aerobicamente. A resistência de força manifesta-se em várias modalidades desportivas. Por esse motivo, durante o treino da resistência de força, devem-se levar em consideração as condições específicas de sua manifestação, sendo de grande importância as influências da grandeza do peso. Com as tensões superiores, em média a 40% da máxima, a corrente de sangue nos músculos em atividade reduz bruscamente devida á pressão dos vasos arteriais, o que é acompanhado de hipoxia local, e o músculo passa a trabalhar por conta das fontes energéticas anaeróbias (Mellenberg, 1991). A duração de cada exercício depende da grandeza da carga e,via de regra,é de 30 segundos a 5 a 6 minutos.O ritmo e o número de repetições são selecionados conforme os parâmetros do exercício competitivo. O aumento da carga durante as sessões que visam ao treino da resistência. O aumento da carga durante as sessões que visam ao treino da resistência de força não deve seguir o aumento do ritmo, mas realiza-se por meio do aumento paulatino da resistência, diminuindo-se os intervalos entre certas repetições, ou por meio do aumento da duração total dos exercícios.
  • 48. 47 6.7 - Treinamentos da capacidade de velocidade A capacidade de velocidade manifesta-se na possibilidade de o atleta executar as ações motoras, no menor tempo possível, em determinado percurso. Deve-se distinguir a compreensão da “capacidade de velocidade”. A rapidez representa apenas um dos e componentes determinantes da capacidade de velocidade do atleta. Sabe-se que um bom desenvolvimento de capacidades físicas como flexibilidade, força, resistência e de capacidade coordenativas interferem no desempenho da velocidade (Weineck, 2003), assim como a reorganização dos processos de informação e da técnica (Stein, 2000). Um método universalmente válido para o treinamento da velocidade dificilmente poderá ser apresentado devido ao fato de que o desempenho da velocidade em diferentes esportes é muito complexo ou tecnicamente muito específico (Stein, 2000) 1. Rapidez da reação motora: compreende reações motoras simples e complexas; 2. Rapidez dos movimentos: podem manifestar-se tanto no movimento único quanto no movimento repetido várias vezes. Na preparação física, é necessário compreender que a rapidez apenas cria as premissas para a manifestação do nível necessário da capacidade de velocidade. A rapidez, em todas as suas manifestações, representa uma grandeza determinada geneticamente pelo atleta. O treinamento das capacidades de velocidade dever ser realizado de maneira diferenciada, levando em consideração a especificidade de cada modalidade desportiva e destacando os componentes mais significados. 6.8 - Treinamentos da capacidade de flexibilidade A flexibilidade é uma capacidade física do organismo humano que condiciona a obtenção de grande amplitude durante a execução dos movimentos. Distinguem-se as formas ativa e passiva de manifestação da flexibilidade. A flexibilidade ativa se caracteriza pela obtenção de grandes amplitudes de
  • 49. 48 movimento por conta da atividade dos próprios grupos musculares do desportista que asseguram um determinado movimento. A flexibilidade passiva é determinada pela maior amplitude do movimento, conseguido por meio de influências exteriores: utilização de pesos,utilização força de outros grupos musculares, o próprio peso do desportista,esforços do parceiro,etc. A capacidade de executar os movimentos com grande amplitude é condicionada por uma série de fatores que devem ser levados em consideração no processo de aperfeiçoamento da flexibilidade. As possibilidades de aperfeiçoamento da flexibilidade são determinadas, em muitos aspectos, pelo sexo e pela idade. No caso da planificação de muitos anos de preparação, é importante destacar que o efeito de aperfeiçoamento da flexibilidade está estritamente ligado a idade do desportista. No aperfeiçoamento da flexibilidade, deve ser levado em considerado o fator de oscilação horária do dia. Assim, pela manhã, a flexibilidade é consideravelmente reduzida. Em conseqüência, é preciso praticar o aquecimento minucioso antes do treinamento que cumpre as tarefas e pela tarde. As oscilações nos índices de flexibilidade são determinadas também por uma série de outros fatores: • A temperatura do corpo e do meio ambiente, • O nível de fadiga • O grau de excitação emocional, • O aquecimento e seu conteúdo e • A capacidade de relaxamento dos músculos Assim, sob a influência do cansaço local, os índices de flexibilidade ativa diminuem, em média, 11,6% ao passo que a passiva aumenta 9,5%. A diminuição da flexibilidade ativa ocorre como resultado da diminuição da força dos músculos, sendo que a flexibilidade passiva explica-se pela melhora da elasticidade dos músculos que limitam a amplitude do movimento.È de grande importância na obtenção da amplitude máxima a capacidade dos desportistas de relaxamento dos músculos em extensão, o que leva ao crescimento da mobilidade em até 12 a 14%
  • 50. 49 (Popov, 1986). È importante destacar também que, no estado de excitação emocional, por exemplo, os índices de flexibilidade podem aumentar na etapa imediatamente precedente ás competições A massagem preliminar dos grupos musculares correspondentes e a sauna, juntamente com os fatores mencionados,contribuem para a elevação da mobilidade nas articulações. 6.9 - Treinamentos das capacidades de coordenação A coordenação como capacidade física representa a capacidade de dirigir os movimentos de acordo com as soluções de tarefas motoras. As capacidades de coordenação são diversificadas e representam as tarefas motoras que o homem deve desenvolver. O nível de revelação dessas capacidades é determinado por diversos sistemas sensoriais. Devido ás particularidades do desenvolvimento biológico desses sistemas, os ritmos mais altos de acréscimo das capacidades de coordenação verificam-se na idade de 4 a 5 anos,sendo que,no período entre 7 e 12 anos, encerra-se a formação dos sistemas funcionais do organismo que determinam a coordenação dos movimentos.Por conseguinte,a idade infantil apresenta-se como a mais favorável para o treinamento das capacidades de coordenação. As capacidades de condução dos movimentos baseiam-se predominantemente na precisão das percepções motoras (sinestésicas), que se apresentam em combinação com as percepções visuais e auditivas. Na realização, pela primeira vez ou em condições incomuns, de uma ação motora, a tensão involuntária dos músculos eleva-se, o relaxamento completo destes inexiste e sua coordenação pertuba-se. Na primeira execução de uma movimentamos músculos antagonistas intervêm ativamente, freando, o que permite introduzir as correções necessárias no processo de sua execução. À medida que se eleva a capacidade de direção do movimento,ocorre,passo a passo, a eliminação da tensão excessiva e da precisão dos movimentos e a redução dos gastos energéticos. A direção do movimento é um processo complexo que compreende muitos níveis, e cada um deles tem suas funções. A coordenação das ações motoras pode manifestar-se em níveis sistemáticos diferentes pelo grau participação da consciência do homem:
  • 51. 50 intramuscular, intermuscular e muscular sensorial. A mais complexa é a coordenação muscular sensorial, pois esta ligada á coordenação dos movimentos do atleta no tempo e no espaço, de acordo com a situação criada (contra-ação do adversário, alteração das condições do apoio, etc.). As capacidades de coordenação caracterizam-se pela multiformidade das manifestações, entre as quais pode ser assinalada a capacidade de reestruturar rapidamente os movimentos conforme as condições alteradas de solução de tarefas motoras, a precisão de reprodução dos parâmetros de espaço, força, tempo e ritmo do movimento, a capacidade de manter o equilíbrio. Na atividade desportiva, as capacidades de coordenação desenvolvem-se geralmente de um modo interligado e simultâneo com as outras capacidades físicas. A capacidade de reestruturação das ações motoras manifesta-se na alteração oportuna de parâmetros diferentes do movimento. A estrutura de coordenação dos movimentos pode se alterar também sob o efeito da fadiga, o que, em uma série de casos, contribui para a realização mais econômica do trabalho (Platonov, 1986). 6.10 - Treinamentos da capacidade de equilíbrio O equilíbrio como forma de revelação das capacidades de coordenação é caracterizado pela capacidade de manter a posição estável estabelecida pelo corpo. Distinguem-se o equilíbrio estático e o equilíbrio dinâmico. O equilíbrio estático ocorre durante a manutenção de determinadas posições do homem. 7. – ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TREINAMENTO NO MICROCILO Os microciclos se configuram como um conjunto de várias sessões semanais. Na prática, utilizam-se os microciclos curtos e os longos, cuja razão de ser é a alternância entre esforços recuperação,de forma que o atleta evite estar permanentemente em estado de cansaço crônico (físico ou psíquico), principalmente quando realiza um volume grande de trabalho.
  • 52. 51 7.1 - Microciclos de preparação Possui a tarefa principal ligada á criação do efeito sumário de treinamento sua reprodução numa série de microciclo de treinamento garante as mudanças de adaptação em longo prazo no organismo do atleta, as quais estão na base do aperfeiçoamento de diversos aspectos de sua preparação. 7.2 - Microciclo ordinário Caracteriza-se por uma soma de cargas mais moderadas, cerca de 60 a 80% em relação ás máximas. O microciclo ordinário de treinamento representa a base da forma estrutural do processo de treino dos atletas de diferentes níveis de rendimento. O conteúdo especifico desses microciclos constitui de 2 a 6 sessões de treino com cargas constantes. 7.3 - Microcilo de choque Caracteriza-se pela soma de cargas máximas ou próximas das máximas, o que representa 80 a 100% relativamente á carga que existe, em dada etapa do treinamento, a mobilização máxima das reservas do organismo. A carga do microciclo de choque constitui o fator de maior influência que estimula, no organismo do atleta, o processo ativo da adaptação. 7.4 - Microciclo de manutenção Tem a tarefa de assegura a recuperação do atleta e, contando com o heterocronismo desse processo, manter o nível de certos aspectos de sua preparação e de sua condição integral. A utilização do microciclo de manutenção auxilia na redução considerável dos ritmos de perda de preparação do atleta, assegurando com isso a recuperação efetiva dos sistemas que ficam num estado reprimido. Tal microciclo, é utilizado nos períodos de preparação, quando é necessário reduzir substancialmente a grandeza das somas das cargas e não deixar que se reduza bruscamente o nível do estado de treinamento do atleta. A carga de treino no microciclo de manutenção representa 30 a 40% em relação á máxima.
  • 53. 52 7.5 - Microciclo recuperativo Caracteriza-se pelos parâmetros mínimos de soma das cargas (10 a 20% em relação ás máximas). A estrutura e o conteúdo do microciclo recuperativo são subordinados á tarefa de assegurar a recuperação mais completa e eficiente do atleta. Isso pode explicar a presença no microciclo de um grande número de sessões de treino com cargas baixas. 8. – ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DEO TREINAMENTO NO MESOCICLO O mesociclo trata da estrutura de carga que varia de 3 a 6 semanas e representa o elemento da estrutura de preparação do atleta orientando para a solução das tarefas de determinando macrociclo (período) de preparação. Quanto os indícios que permitem classificar os mesociclos, podem-se destacar: • A principal tarefa a ser resolvida pelo mesociclo no sistema de preparação; • O momento do referido mesociclo na estrutura do macrociclo de preparação • A composição dos meios e dos métodos de treino aplicados no mesociclo; • Os tipos de microciclos que compõem o conteúdo predominante do mesociclo estabelecido; • A grandeza das cargas e sua dinâmica no mesociclo 8.1 - Mesociclo Inicial Geralmente inicia período preparatório do macrociclo de preparação. A sua tarefa do macrociclo de preparação. A sua tarefa consiste em assegurar a passagem paulatina do organismo do atleta do estado reduzido da atividade de treinamento para o nível competitivo a altos parâmetros, freqüentemente próximos
  • 54. 53 das cargas máximas de treinamento nos mesociclos posteriores. O conteúdo do mesociclo inicial é composto por 2 a 3 microciclos do tipo recuperativo ou inicial e concluídos com o microciclo recuperativo.Para o mesociclo inicial, é característica a intensidade relativamente baixa com aumento gradual do volume geral de exercícios. 8. 2 - Mesociclo Básico Reúne alguns tipos de mesociclos, em que se realiza o principal trabalho de treinamento quanto ao aperfeiçoamento de diversos aspectos da preparação do atleta. Pela composição dos meios de treino, os mesociclos dividem-se em preparatórios gerais e preparatórios especiais, sendo que, pela grandeza das cargas, dividem-se em desenvolvimento e estabilizadores. 8.3 - Mesociclo de Desenvolvimento È a forma principal de organização das influências de treinamento que visam á obtenção do efeito acumulativo de treino, que está na base da elevação do nível de treino do atleta. Tal ciclo caracteriza-se pela grandeza considerável de cargas (geralmente próxima da máxima para dado nível de preparação). 8.4 - Mesociclo Estabilizador Visa á consolidação das mudanças obtidas anteriormente, que são asseguradas pela redução insignificante ou pela estabilização das cargas atingidas anteriormente. 8.5 - Mesociclo recuperativo: Aplica-se no período transitório de preparação, quando têm importância predominante as tarefas de recuperação completa do atleta após um período prolongado de cargas máximas de treinamento e de competição. O mesociclo recuperativo é importante para a adaptação do organismo do atleta,pois permite
  • 55. 54 prevenir a transformação da fase de resistência na fase de profundo esgotamento e de fracasso de adaptação. O mesociclo caracteriza-se pela redução do volume e da intensidade das cargas (geralmente 20 a 30% em relação aos parâmetros do mesociclo básico de desenvolvimento). Geralmente e conclui o período preparatório. A sua principal tarefa consiste em assegurar um controle multiforme da eficiência dos mesociclos básicos anteriores e a adaptação paulatina do atleta ás exigências dos mesociclos competitivos posteriores. O conteúdo dos mesociclos deve apresentar diferentes formas de observações pedagógicas e médicas por etapas. 9. - ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TREINAMENTO NO CICLO ANUAL E MACROCICLO. Para Gomes (2009) A estrutura de preparação do atleta (equipe) durante o ano é uma tarefa difícil de ser resolvida pelo treinado. Selecionar o conteúdo do treinamento, bem como controlar a influência dos diversos tipos de cargas no organismo do atleta, é um desafio que a ciência desportiva ainda não conseguiu vencer na sua totalidade. Por isso, ao estruturar o ciclo anual de preparação, na primeira etapa da preparação, na primeira etapa da preparação, devemos fundamentalmente dirigir o processo de preparação para o desenvolvimento físico, para as condições de saúde, para a técnica e para o sistema funcional, criando, assim, premissas para o aperfeiçoamento efetivo na seqüência dos trabalhos a serem realizados, principalmente na etapa de desenvolvimento e na realização das capacidades máximas do indivíduo. N primeira e na segunda etapa da preparação em longo prazo, devemos fundamentar todo o sistema de treinamento no aperfeiçoamento técnico-tático, físico e psicológico do desportista. Na seqüência das etapas, principalmente quando a tarefa é o desenvolvimento das capacidades máximas do desportista, ou seja, o alcance dos resultados, a estrutura de preparação anual apresenta um caráter bem mais complexo, além de vários fatores.
  • 56. 55 A forma desportiva é adquirida num processo de preparação desportiva relativamente prolongada. Na sua base, estão as leis de adaptação do organismo humano. Numerosas pesquisas comprovam que o processo de desenvolvimento da forma desportiva tem o caráter de fase. Tal processo decorre numa seqüência de três fases: a aquisição, manutenção (estabilização relativa) e a perda temporária (MATVEEV, 1977). A unidade das três fases de desenvolvimento da forma desportista, na estrutura de preparação do atleta, está ligada á compreensão de macrociclo de preparação. PROGRAMA DE TREINAMENTO DE OITO SEMANAS O seguinte programa de treinamento de oito semanas foi utilizado com sucesso junto a atletas com habilidades distintas, ao longo de todas as sessões de treinamento. Ele é oferecido apenas como amostra, pois não se trata de um programa de treinamento obrigatório. Idealmente, você terá mais de oito semanas para treinar e muito mais oportunidades de competições do que as listadas aqui. Semana Um – Treinamento 1 1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida, alongamento. 2. Conduza Testes para Avaliação das Habilidades de Basquetebol (BSAT) – Drible, Rebote, Arremesso Perimetral. 3. Relaxamento e conversa em equipe. Semana Um – Treinamento 2 1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida, alongamento. 2. Conduza o Programa de Treinamento Doméstico de Basquetebol – ênfase nos dribles. 3. Jogue Pega Drible; introduza o conceito de ataque e defesa. 4. Relaxamento e conversa em equipe.
  • 57. 56 Semana Dois – Treinamento 1 1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida, alongamento 2. Divida os atletas em quatro grupos iguai se forma quatro estações de habilidades (10 minutos cada) – driblar,passa/pegar,arremessar e perseguir a bola. 3. Realize jogo-treino supervisionado. 4. Relaxamento e conversa em equipe. Semana Dois – Treinamento 2 1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida, alongamento. 2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de habilidades (10 minutos cada) – driblar, passar/pegar (introduza o arremesso lateral), arremessar e perseguir a bola. 3. Ensine jogada de ataque simples em meia quadra; jogo-treino. 4. Relaxamento e conversa em equipe. Semana três – Treinamento 1 1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola;em seguida,alongamento. 2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de habilidades (10 minutos cada) – driblar, passa/pegar, arremessar com Bola de Rebote e defesa 1-a-1. 3. Revise a jogada de ataque simples em meia quadra; ensine jogada de defesa simples; jogo-treino. 4. Relaxamento e conversa em equipe. Semana Três – Treinamento 2 1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida, alongamento. 2. Ensine uma rotina simples de aquecimento pré-jogo. 3. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de habilidades (5-7 minutos cada) – driblar, passar/pegar, arremessar com Bola e Rebote, defesa 1-a-1 e 2-a-2.
  • 58. 57 4. Revise as jogadas simples de ataque e defesa em meia quadra e, a seguir, jogo-treino (introduzir os 3 segundos no garrafão). 5. Relaxamento e conversa em equipe. Semana Quatro – Treinamento 1 1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida, alongamento. 2. Utilize o aquecimento pré-jogo. 3. Dividida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de habilidades (5-6 minutos cada) – driblar, passar/pegar, arremessar com Bola de Rebote e defesa 2-a-1. 4. Revise as jogadas simples de ataque e defesa em meia quadra e faça jogo-treino (introduza a mudança de cestas no intervalo). 5. Relaxamento e conversa em equipe. Semana Quatro – Treinamento 2 1. No aquecimento, utilize atividades com os pés e uma bola; em seguida, alongamento. 2. Utilize o aquecimento pré-jogo. 3. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de habilidades (5 minutos cada) – driblar, passar/pegar, arremessar com Bola de Rebote, defesa 1-a-1 e 2-a-2. 4. Revise as jogadas simples de ataque e defesa em meia quadra e faça jogo-treino (ensine a bola com pulo e pratique a mudança de cestas no intervalo). 5. Relaxamento e conversa em equipe. Semana Cinco – Treinamento 1 1. Utilize o aquecimento pré-jogo e, então, o relaxamento. 2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de habilidades (4 – 5 minutos cada)– driblar/pegar, lance livre com rebote e 2-a-2. 3. Revise o ataque e a defesa em meia quadra; jogue partida curta (promova situação com a bola fora da quadra, sob a cesta). 4. Relaxamento e conversa em equipe.
  • 59. 58 Semana Cinco – Treinamento 2 (Promova partida contra equipe local.) Semana Seis – Treinamento 1 1. Pratique atividades com os pés, retorne o aquecimento pré-jogo e, a seguir,o alongamento. 2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de habilidades (4 minutos cada) – driblar, passar/pegar, lance livre com rebote, 2-a-2 e 3-a-2. 3. Revise o ataque e a defesa em meia quadra; jogue partida curta (enfatize as posições de jogo e alterne as extremidades no intervalo; reveja as situações com a bola fora da quadra e sob a cesta; promova situação com a bola fora da quadra nas laterais). 4. Relaxamento e conversa em equipe. Semana Seis – Treinamento 2 1. Pratique atividades com os pés, retome o aquecimento pré-jogo e,em seguida,o alongamento. 2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de habilidades (4 minutos cada) – driblar, passar/pegar, lance livre com rebote, 3-a-2 e 3-a-3. 3. Revise o ataque e a defesa em meia quadra; jogue partida curta (enfatize as posições de jogo e alterne as extremidades no intervalo; reveja situações com a bola fora da quadra, com bola sob a cesta e nas laterais). 4. Relaxamento e conversa em equipe. Semana sete – Treinamento 1 1. Pratique atividades com os pés, retome o aquecimento pré-jogo e, em seguida, o alongamento. 2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de habilidades (3 – 4minutos cada) – Driblar,passar/pegar,lance livre com rebote, 3-a-2 e 3-a-3.
  • 60. 59 3. Revise o ataque e a defesa em meia quadra; jogue partida curta (ênfase as posições de jogo e alterne as extremidades no intervalo; reveja situações com a bola fora da quadra, com bola sob a cesta e nas laterais). 4. Relaxamento e conversa em equipe. Semana Sete – Treinamento 2 (Promova partida contra equipe local.) Semana Oito – Treinamento 1. 1. Pratique atividades com os pés, retome o aquecimento pré-jogo e, a seguir, o alongamento. 2. Divida os atletas em quatro grupos iguais e forme quatro estações de habilidades (3 – 4 minutos cada) – driblarem, passar/pegar, lance livre com rebote, 3-a-2 e 3-a-3. 3. Prepare-se para o Torneio de Área; promova diferentes situações e jogos-treino. 4. Relaxamento e conversa em equipe. Semana Oito – Treinamento 2 (Competir no Torneio de Área.) 1. Os Individuais; rever cronograma. 2. Fazer um lanche ou refeição uma hora e meia, antes da competição (ou após a competição, se necessário). 3. Aquecimento e alongamento 20 minutos da competição. 4. Competir. 5. Receber premiação. 6. Relaxamento. 7. Voltar para casa. Após a Temporada de Oito Semanas. 1. Continue treinando os atletas para ir além de competições locais ou regionais. 2. Convide atletas, parentes, funcionários locais, membros da instituição anfitriã, patrocinadores, etc. 3. Promova uma festa no final da temporada para celebrar e reconhecer as conquistas do atleta e o auxílio dos técnicos auxiliares.