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VIII Colóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA
A relevância de elementos de entretenimento nos conteúdos jornalísticos
MORAIS, Ilmara Toledo Lucio de; OLIVEIRA, Eduardo Jorge Nascimento de
UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda
Introdução:
Desde o surgimento da imprensa cotidiana é possível observar o desenvolvimento
de diferentes estratégias criadas pelos veículos de informação com o intuito de atrair
e fidelizar mais o público. Nos fins do século XVII, por exemplo, a mídia impressa já
fazia uso de ilustrações para atrair as classes menos favorecidas da sociedade,
dentre as quais os índices de analfabetismo ainda eram altos (DEJAVITE, 2006). No
Brasil, em particular, a imprensa abusou do humor para noticiar e dar início a
discussões sobre política e acontecimentos importantes, se destacando,
principalmente, nos períodos de censura, enfrentados no primeiro Reinado, Era de
Vargas e Regime Militar (Sodré, 1999). Os elementos de entretenimento aliados ao
humor, que se destacava nas ilustrações e nos textos, fizeram com que muitos dos
jornais alternativos conseguissem sobreviver aos tempos de censura no Brasil.
(PIMENTEL, 2004).
O surgimento da tarde da TV também foi determinante para o fortalecimento de
elementos de entretenimento. Segundo Gomes (2003), o entretenimento passou a
ser um valor das sociedades ocidentais contemporâneas, a ponto dessas mudanças
atingirem até mesmo jornais “conservadores”, que tiveram que se adaptar porque a
linguagem simples e atraente fez com que a mídia eletrônica seduzisse uma grande
parte da camada popular. Nas últimas décadas, os jornais passaram por
reestruturações gráficas, introduzindo fotografias, gráficos, infográficos, ilustrações,
impressões em cores etc. Mas, e principalmente, convém destacar que tais
alterações eram pautadas por um público que exigia conteúdos que informasse de
maneira mais leve - ou, talvez, “divertida” (DEJAVITE, 2006).
A união entre a informação e o entretenimento deu origem ao infotenimento, que
visa atrair, distrair, informar e interagir com o leitor. Porém, pesquisas bibliográficas
apontam a divergência de opinião entre os estudiosos no assunto. Para Kunczik
(1997), o leitor que busca pelo entretenimento não tem opinião firme e possui pouca
inteligência, se contentando apenas com informações superficiais. Dejavite (2006),
no entanto, acredita que tal elemento associado ao texto jornalístico atrai o leitor e
VIII Colóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA
facilita na compreensão do assunto, seja sobre moda ou economia e política. Com
base nessas teorias, entendemos ser necessário investigar as possíveis mudanças
no conteúdo noticioso e os eventuais resultados gerados a partir da introdução da
estratégia de infotenimento.
Objetivos:
Analisar as mudanças na linguagem da produção jornalística com a aplicação de
estratégias que envolvam o infotenimento, tendo como objetivo de análise o
personagem “Zé Lador”, publicado nas páginas do jornal “Extra”. Para isso, será
necessário observar os objetivos envolvidos na criação e aplicação de uma
estratégia de infotenimento nos conteúdos de comunicação impressa, destacando
os elementos de entretenimento como um objeto importante de dinamismo na
divulgação da notícia.
Metodologia:
Foi realizado um levantamento bibliográfico com o intuito de apresentar o conceito
de infotenimento e contextualizar a história do jornalismo brasileiro. No entanto, foi
necessária uma pesquisa empírica, envolvendo a coleção das edições do jornal
“Extra” no período de um mês (maio e junho de 2013), que selecionou todas as
notícias e/ou artigos que citem ou tenham o personagem “Zé Lador” em seus
conteúdos, a fim de apresentar os resultados obtidos quanto ao feedback das
matérias em que o personagem aparece.
Resultados:
Nota-se que o “Extra” apresenta conteúdos variados, oferecendo informação,
entretenimento e interatividade entre o jornal e seus leitores. O espaço “Pedido ao
Zé Lador” possibilita que o leitor tenha participação ativa na produção do conteúdo
jornalístico. O boneco/personagem “Zé Lador” também interage com a população,
por meio de matérias de serviços. Sua participação no aniversário de 15 anos do
“Extra” - comemorado entre os dias 3 e 8 de junho de 2013 - teve grande
repercussão. Durante o evento, foram realizados 538 atendimentos por 21 órgãos e
empresas, sendo que os mais requisitados foram Defensoria Pública (129), INSS
(125) e Secretária do Trabalho (70). (Os números da Redação de Vidro. Extra, 10 de
junho de 2013)
VIII Colóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA
Conclusões:
As estratégias de infotenimento são de grande relevância para a divulgação da
notícia, pois aproximam e atendem as atuais necessidades do leitor que exige que a
notícia informe, distraia e lhe traga uma formação sobre o assunto, como afirma
Dejavite (2006).
Referências:
DEJAVITE, Fábia Angélica. INFOtenimento: informação e entretenimento no
jornalismo. São Paulo: Paulinas, 2006, p. 56.
GOMES, Itania Maria Mota. Efeito e Recepção: a interpretaçao do processo
receptivo em duas tradições de investigaçao sobre os media. Salvador: Media &
Cultura- PósCom, 2003, p. 7.
KUNCZIK, Michel. Conceitos de Jornalismo. São Paulo: Edusp, 2002, p.102.
PIMENTEL, LUÍS. Entre sem bater!: o humor na imprensa brasileira. Rio de
Janeiro: Ediouro, 2004. p. 69
SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. 4ª edição, Rio de
Janeiro: Mauad, 1999.
Os números da Redação de Vidro. EXTRA. Rio de Janeiro. 10 de junho de 2013.
Editoria de Cidades, p.3.
Agradecimentos:
Minha terna gratidão a todos que me incentivam a buscar novos conhecimentos.
Palavras-chave: Notícia; infotenimento; jornal “Extra”
ilmara.jornalismo@gmail.com
VIII Colóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA

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A relevância de elementos de entretenimento nos conteúdos jornalísticos

  • 1. VIII Colóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA A relevância de elementos de entretenimento nos conteúdos jornalísticos MORAIS, Ilmara Toledo Lucio de; OLIVEIRA, Eduardo Jorge Nascimento de UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda Introdução: Desde o surgimento da imprensa cotidiana é possível observar o desenvolvimento de diferentes estratégias criadas pelos veículos de informação com o intuito de atrair e fidelizar mais o público. Nos fins do século XVII, por exemplo, a mídia impressa já fazia uso de ilustrações para atrair as classes menos favorecidas da sociedade, dentre as quais os índices de analfabetismo ainda eram altos (DEJAVITE, 2006). No Brasil, em particular, a imprensa abusou do humor para noticiar e dar início a discussões sobre política e acontecimentos importantes, se destacando, principalmente, nos períodos de censura, enfrentados no primeiro Reinado, Era de Vargas e Regime Militar (Sodré, 1999). Os elementos de entretenimento aliados ao humor, que se destacava nas ilustrações e nos textos, fizeram com que muitos dos jornais alternativos conseguissem sobreviver aos tempos de censura no Brasil. (PIMENTEL, 2004). O surgimento da tarde da TV também foi determinante para o fortalecimento de elementos de entretenimento. Segundo Gomes (2003), o entretenimento passou a ser um valor das sociedades ocidentais contemporâneas, a ponto dessas mudanças atingirem até mesmo jornais “conservadores”, que tiveram que se adaptar porque a linguagem simples e atraente fez com que a mídia eletrônica seduzisse uma grande parte da camada popular. Nas últimas décadas, os jornais passaram por reestruturações gráficas, introduzindo fotografias, gráficos, infográficos, ilustrações, impressões em cores etc. Mas, e principalmente, convém destacar que tais alterações eram pautadas por um público que exigia conteúdos que informasse de maneira mais leve - ou, talvez, “divertida” (DEJAVITE, 2006). A união entre a informação e o entretenimento deu origem ao infotenimento, que visa atrair, distrair, informar e interagir com o leitor. Porém, pesquisas bibliográficas apontam a divergência de opinião entre os estudiosos no assunto. Para Kunczik (1997), o leitor que busca pelo entretenimento não tem opinião firme e possui pouca inteligência, se contentando apenas com informações superficiais. Dejavite (2006), no entanto, acredita que tal elemento associado ao texto jornalístico atrai o leitor e
  • 2. VIII Colóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA facilita na compreensão do assunto, seja sobre moda ou economia e política. Com base nessas teorias, entendemos ser necessário investigar as possíveis mudanças no conteúdo noticioso e os eventuais resultados gerados a partir da introdução da estratégia de infotenimento. Objetivos: Analisar as mudanças na linguagem da produção jornalística com a aplicação de estratégias que envolvam o infotenimento, tendo como objetivo de análise o personagem “Zé Lador”, publicado nas páginas do jornal “Extra”. Para isso, será necessário observar os objetivos envolvidos na criação e aplicação de uma estratégia de infotenimento nos conteúdos de comunicação impressa, destacando os elementos de entretenimento como um objeto importante de dinamismo na divulgação da notícia. Metodologia: Foi realizado um levantamento bibliográfico com o intuito de apresentar o conceito de infotenimento e contextualizar a história do jornalismo brasileiro. No entanto, foi necessária uma pesquisa empírica, envolvendo a coleção das edições do jornal “Extra” no período de um mês (maio e junho de 2013), que selecionou todas as notícias e/ou artigos que citem ou tenham o personagem “Zé Lador” em seus conteúdos, a fim de apresentar os resultados obtidos quanto ao feedback das matérias em que o personagem aparece. Resultados: Nota-se que o “Extra” apresenta conteúdos variados, oferecendo informação, entretenimento e interatividade entre o jornal e seus leitores. O espaço “Pedido ao Zé Lador” possibilita que o leitor tenha participação ativa na produção do conteúdo jornalístico. O boneco/personagem “Zé Lador” também interage com a população, por meio de matérias de serviços. Sua participação no aniversário de 15 anos do “Extra” - comemorado entre os dias 3 e 8 de junho de 2013 - teve grande repercussão. Durante o evento, foram realizados 538 atendimentos por 21 órgãos e empresas, sendo que os mais requisitados foram Defensoria Pública (129), INSS (125) e Secretária do Trabalho (70). (Os números da Redação de Vidro. Extra, 10 de junho de 2013)
  • 3. VIII Colóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA Conclusões: As estratégias de infotenimento são de grande relevância para a divulgação da notícia, pois aproximam e atendem as atuais necessidades do leitor que exige que a notícia informe, distraia e lhe traga uma formação sobre o assunto, como afirma Dejavite (2006). Referências: DEJAVITE, Fábia Angélica. INFOtenimento: informação e entretenimento no jornalismo. São Paulo: Paulinas, 2006, p. 56. GOMES, Itania Maria Mota. Efeito e Recepção: a interpretaçao do processo receptivo em duas tradições de investigaçao sobre os media. Salvador: Media & Cultura- PósCom, 2003, p. 7. KUNCZIK, Michel. Conceitos de Jornalismo. São Paulo: Edusp, 2002, p.102. PIMENTEL, LUÍS. Entre sem bater!: o humor na imprensa brasileira. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. p. 69 SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. 4ª edição, Rio de Janeiro: Mauad, 1999. Os números da Redação de Vidro. EXTRA. Rio de Janeiro. 10 de junho de 2013. Editoria de Cidades, p.3. Agradecimentos: Minha terna gratidão a todos que me incentivam a buscar novos conhecimentos. Palavras-chave: Notícia; infotenimento; jornal “Extra” ilmara.jornalismo@gmail.com