Este documento fornece informações sobre um autor brasileiro chamado Antonio Barreto, incluindo sua biografia, obras publicadas e prêmios literários recebidos. O texto resume que Barreto nasceu em 1954 em Minas Gerais, Brasil, e atualmente reside em Belo Horizonte, onde trabalhou como jornalista e escritor, publicando poesia, contos, romances e literatura infantil/juvenil. Seu trabalho recebeu vários prêmios importantes no Brasil e no exterior.
2. Turma: 7º Ano
Número de aulas: 06 aulas
Objetivos: Ensinar a ler
Desenvolver comportamento leitor.
Produzir Relato de Experiência.
3. Apresentação do autor:
Antonio Barreto (Antonio de Pádua Barreto Carvalho)
nasceu em Passos (MG) em 13 de junho de 1954. Reside em
Belo Horizonte desde 1973. Morou também em algumas
cidades do Oriente Médio, onde trabalhou como projetista de
Engenharia Civil, na construção de estradas, pontes e
ferrovias. Tem vários prêmios nacionais e internacionais de
literatura, para obras inéditas e publicadas, nos gêneros:
poesia, conto, romance e literatura infanto-juvenil. Entre eles:
Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Livro - três vezes, oito
vezes indicado).
4. Participa também de várias antologias nacionais
e estrangeiras de poesia e contos. Foi redator do
Suplemento Literário do Minas Gerais, articulista
e cronista do jornal Estado de Minas e da revista
“Morada” (BH). Colabora com textos críticos,
poemas e artigos de opinião para “El Clarín”
(Buenos Aires), “Ror” (Barcelona); “Zidcht”
(Frankfurt), “Somam” (Bruxelas); ” : e outros
periódicos. Atualmente coordena a Coleção “Para
Ler o Mundo”, da Formato Editori.
5. Principais obras publicadas:
Poesia: O sono provisório (Francisco Alves, 78); Vastafala
(Scipione, 88).
Contos: Os ambulacros das holotúrias/Reflexões de um caramujo
(UFMG, 90/93).
Romance: A barca dos amantes (Lê, 90); A guerra dos parafusos
(José Olympio, 93).
Infantis e Juvenis: Lua no varal e Isca de pássaro é peixe na
gaiola (Miguilim, 87, 89); A noite é um circo sem lona (Record, 87);
Livro das simpatias (RHJ, 90); Bombeiros do sol, com Graça Sette
(José Olympio, 97); Brincadeiras de anjo, Tem um avião lá fora, O
velho pássaro da lua e Balada do primeiro amor (FTD, 87, 87, 96,
97).
Crônicas: Transversais do Mundo (Lê, 99)
Fonte :
http://www.palavrarte.com/equipe/equipe_antbarreto.htm
6. Livro de onde foi Tirado o texto.
Livro publicado em 1977
7. “ O primeiro beijo”
Será que o título foi escrito só para os jovens da
década de 70 ou para qualquer época? Por quê?
O que você supõe que o texto irá dizer?
8. O professor faz a primeira leitura do texto.
1-A linguagem é formal ou informal? Justifique com
algumas expressões do texto.
2-O texto apresenta palavras ou expressões
desconhecidas por vocês? Quais?
9. Leitura compartilhada
Elementos da narrativa
1- Quem é o narrador do texto?
2-Qual o ponto de vista do narrador? ( Feminino ou
masculino)
10. 3-O tempo da narrativa é um tempo próximo ou
distante?
4-Em qual parágrafo ocorre uma grande
expectativa? Que expectativa é essa? Retire do
texto expressões que demonstrem tal expectativa?
11. Localização de informações implícitas e
explícitas.
1- Por que o apelido “ Cultura inútil”?
2-Qual seria o apelido dele nos dias atuais?
3-Que tipo de “lance ia rolar”?
4-Por que ela não desiste de beijá-lo quando ele
cita as 250 bactérias?
5- O ônibus estava vazio? Por que não aparece
ninguém na narrativa?
12. 6-O que vocês entendem da expressão:
“ abismo do primeiro beijo”?
7-O segundo beijo teve a mesma intensidade que o
primeiro? Por quê?
8- A conta do telefone aumentou e depois diminuiu.
O que isso significa?
9-Qual a idade dos personagens? Como
percebemos isso?
13. Pensar sobre os sentidos produzidos pelo texto
1- O que o texto provocou?
2- Veio ao encontro de suas expectativas?
3- O que trouxe de novo ou impactante?
4-Vocês dariam o primeiro beijo dentro de um
ônibus?
14. Intertextualidade
1- Leitura do texto “ O primeiro beijo”- Clarice Lispector.
O Primeiro Beijo- Clarice Lispector
Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco
iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor.
Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico
feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você
nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi
simples:
- Sim, já beijei antes uma mulher.
- Quem era ela? perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
15. O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um
dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava
a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos
cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os
de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e
apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir
era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
16.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem
alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar,
sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que
fez. Depois de reunida na boca ardente engulia-a
lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a
saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que
ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-
se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais
a pouca saliva que pacientemente juntava.
17. E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos
daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas
logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar.
Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais
perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos
saltavam para fora da janela procurando a estrada,
penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
18. O instinto animal dentro dele não errara: na curva
inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de
onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou,
todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a
chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os
ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro
gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a
vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior
arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
.
19. Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de
estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher
e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-
se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios
um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da
estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa
boca, de uma boca para outra.
Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia
intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido
vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a
estátua nua.
Ele a havia beijado
20. Sofreu um tremor que não se via por fora e que se
iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo
estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo
para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia.
Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu
corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma
tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio
dos outros, de coração batendo fundo, espaçado,
sentindo o mundo se transformar. A vida era
inteiramente nova, era outra, descoberta com
sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
21. Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou
de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o
encheu de susto e logo também de um orgulho
antes jamais sentido: ele...
Ele se tornara homem.
22. 1-Comparar expectativas , emoções, foco narrativo,
ponto de vista da personagem(Feminino ou
masculino).
2-A experiência do beijo foi concreta para o
personagem? E para você seria?
23. Clipe da Banda Farra.
Música: O primeiro Beijo.
O Primeiro Beijo.mp4
25. Trabalhar características do Gênero relato de
experiência vivida.
Produção de texto:
Pedir ao aluno que produza um texto relatando
sua experiência ou expectativa em relação ao
primeiro beijo.
Após a produção, agrupá-los em duplas para a
correção .
Momento de socialização- deixar aberto para
leitura das produções.