Este documento é um diário que descreve as dores de amor sentidas pelo autor. Ele se apaixonou por Lucrécia, mas sente que ela não corresponde totalmente seus sentimentos e isso o deixa triste e com saudades quando eles não conversam. Ao longo da semana, ele tenta se comunicar com ela, mas as ligações nem sempre são atendidas, aumentando sua solidão.
1. O diário das dores
Lírico Empírico“o Poeta”
O diário das dores
Uma carta de amor
Eu te amo
E sei que ficarás chocada,
Mas você significa muito pra mim.
Estou tentando aproximar-me de você
Mas pareces estar em outro lugar.
Quanto mais doua minha atenção,
Mais você pensa noutra pessoa.
Doí e roí quando ligo
E ninguém atende.
Estou tentando entregar-me a você,
Porém, não pareces pronta para me receber.
2. O diário das dores
Lírico Empírico“o Poeta”
O diário das dores
A conversa coma Lucrécia
Levantei-me mais uma vez, bem cedo, pois era manhã de segunda-feira de 11 de Outubro de
2021. Assim, como de costume tomei o caminho da escola logo depois do banho frio, levando
comigo o coração emanado de felicidade.
Havia de tudo para fazer o dia dar certo, entretanto o inesperado aconteceu.
Em mim, gritou a tristeza naquele dia, muito menos sabia o porquê, chegando a sentir-me
abandonado. Assim, como refúgio entreguei-me a tentativa de causar uma ligação em busca de
consolo.
Tanto gritou a minha alma, contanto que banhava-se em lágrimas o coração amargurado.
Do nada, faço os dedos ao celular escrevo uma mensagem para amada e estimada Lú:
Fernando – Oi, poderia ligar-me, por favor!
Lucrécia – Estou sem saldo.
Fernando – Ainda temos os 15minutos do serviço numero1.
. Lú , por favor, é urgente .
. Do nada senti-me triste e só .
. Pedi que você ligasse, pois já sentia-me abandonado, muito menos sei o que tanto me
aflige, contudo o bom é saber que tenho te a ti agora.
Passaram-se segundos, que depois tornaram-se minutos e de seguida horas. Já, pelas 19horas,
mais uma vez fiz a mão ao celular, colocando-o a discar para o 850290250, com o corpo todo
tremendo de frio e dores.
Naquele momento temia que perdesse a vida, sobretudo, temia nunca mais poder ouvir a sua
voz.
Felizmente o celular colocado a discar, foi correspondido e como sempre, a conversa inicia
com o boa noite:
3. O diário das dores
Lírico Empírico“o Poeta”
Lucrécia – oi, boa noite!
Fernando – boa noite vida, como estás ?(sorrindo e tremendo de dores e frio)
Lucrécia – bem e você ?
Fernando – eu não estou bem! (quase lacrimejando)
Lucrécia – o que sentes?
Fernando – dores de cabeça e frio!
A conversa não dourara nada mais que 23minutos, pois dispensava-se a estimada e amada
Lucrécia:
Lucrécia –Fernando estou cozinhando agora, ligo-te pelas 21 horas.
Enquanto aguardava a chamada mais esperada da noite, decidia entregar-me ao sono, pois não
sabia ao certo se por algum motivo não chegaria o telefonema.
Todo afadigado e com corpo dolorido, não deixei-me despertar do mais profundo sono.
Enquanto dormia, nada mais esperava além da morte, pois já não suportava tanta dor.
4. O diário das dores
Lírico Empírico“o Poeta”
A caminho do silêncio
Despertei pela manhã de terça-feira, era o dia 12 de Outubro de 2021. Assim, todo reavivado,
despertei pensando na estimada e amada Lucrécia.
Fiz a primeira ligação volvidos 8 horas da manhã, correspondendo-a com uma voz linda, porem
indelicada:
Lucrécia – bom dia Fernando!
Fernando – bom dia como, como está?
Lucrécia – bem e você ?
Fernando – melhor agora! Estou bem! Será que liguei em uma má hora!?
Lucrécia – não!
Fernanda – pensei!
Lucrécia – Fernando, estou no chapa agora, vamos falar.
Fernando – está bem, tchau! Falamos.
Lucrécia – tchau.
Perguntando antes há que horas ligarias, “15 horas” – disse ela. Como de costume, fiz-me a rua
tocando os pés a caminhar, para apenas esquecer as dores que me afligem, suicidar a paixão que
jamais a desejaria e fugir dos meus sentimentos por ela. Enquanto isso, aguardava a ligação das
15 horas, estando em companhia dos amigos.
A chamada que nunca chegara, como acontecera doutras vezes, fazendo-me efectuar uma nova
chamada, como as demais vezes.
Até ao anoitecer, não doía tanto a tristeza, muito menos doía tanto sentir a dor de sentir-me
abandonado.
Ao deitar-me, entreguei-me ao mais profundo dos sonos, mais também entregava-me a uma
batalha nocturna, demoníaca, fazendo-me aos golpes de orações e punhos físicos.
Encerrou-se então, mais um dia.
5. O diário das dores
Lírico Empírico“o Poeta”
Ponta pé de saída
Foi neste belo dia, que também transbordara a felicidade, sem precedências de um dia tristonho.
A manhã de quarta-feira iniciou fresca, acompanhado pelo banho frio das 5 horas da manhã.
Com o sorriso no rosto, já carregava o coração tão tristonho ainda bem cedo. Pois, o sorriso não
passara de uma mera maquiagem de rotina, e mais uma vez, toquei os dedos ao celular, toquei a
chamar novamente:
–Tum,tum… trim, trim,… trim, trim,…( chamava o celular que não foi correspondido)
Foi-se mais uma chamada vã.
Mais uma vez, pelas 6 horas da manhã, efectuava novamente uma chamada:
–Tum, tum,… trim, trim,… trim, trim,… – ( tocava chamando o celular)
Finalmente, de seguida atendia o celular a Lucrécia, correspondendo a chamada:
Lucrécia – Bom dia!
Fernando – Bom dia, como está?
Lucrécia – Bem e você?
Fernando – Também estou bem!
Já saíste de casa?
Lucrécia – Sim!
Fernando – Liguei-te!
Lucrécia – Estava no banho, agora estou a caminho da aragem.
Fernando – Bem que pensei!
Lucrécia – Fernando, estou caminho, peço que desligue.
Mas uma jornada mal iniciada e frustrada.
Fiz-me em silêncio propositado contra ela, entregando-me ao nervosismo repentino, doloroso e
insuportável, sendo que ainda deixava-me domar pelos ciúmes espontâneos.
Depois duma conversa, que considero insignificante e descontraída, trocados de olhares
desconhecidos, surgiu em mim a dúvida.
Marcou-se a hora da saída, soou o sino, contanto que coloquei-me a galope, tomando o caminho
para casa de forma isolada, triste e agoniada.
6. O diário das dores
Lírico Empírico“o Poeta”
Volvidos algumas horas, disquei o celular chamando o contacto da Lucrécia:
Fernando – oi, já chegaste em casa?
Lucrécia – não, Fernando! Hei-de dar-te sinal quando chegada a casa.
Novamente, aguardei o sinal que nunca chegara!
De seguida, deixei-me emanar pelo orgulho, teimosia e melancolia deixando esgotar todas as
chances que possuía para poder comunicar-nos.
“Masum dia com um desfecho tristonho”
7. O diário das dores
Lírico Empírico“o Poeta”
O silêncio
Na quinta-feira, de 14 de Outubro de 2021, também iniciada a manhãs de banho frio, num dia
quente, preparando-me para caminhar debaixo do céu nu depois duma batalha nocturna e
demoníaca.
Desta vez, ignorei o celular, limitei-me de falar.
Acordei pensando nela, no sorriso dela, no jeito dela, mas quão grande era a tristeza que me
possuía.
Pensava nela, porém não queria vê-la, muitos menos ainda ouvi-la, pois naquele dia os meus
olhos estavam cegos pra vê-la e os meus ouvidos surdos para ouvi-la.
Desde então, não surtiu nenhum “bom dia”, muito menos o “oi”, apenas o silêncio que não
sabia receber comandos.
Buscava por medidas dolorosas para consolar-me da dor.
Coitado de mim! Que em tão pouco tempo entreguei-me aos efeitos dela, ignorando os meus
princípios, inclusive a minha personalidade.
Jurava nunca mais apaixonar-me novamente, até mesmo amar, porém, a vida não me deixara
escolha, mais uma vez, voltamos ao estaca zero “ eu, ele, o espírito, a alma, a mente e o
coração”.
Naquele dia, tive uma conversa muda e surda com Deus, confesso. Infelizmente não podia
ouvir a sua voz:
“ oh Deus! O que queres de mim?
Porque permites a minha tristeza, o sofrimento, o abandono, a solidão, até mesmo a agonia!
Porque permitistes algo tão insano, quão jovem que sou, já sofrendo de amor!”. – (dizia então
em silêncio)
Pensei nela, dia e noite, até mesmo as madrugadas frias, quentes e temperadas. Porém, mais
uma vez, fiz o silêncio.
8. O diário das dores
Lírico Empírico“o Poeta”
O esclarecimento
Sexta-feira, 15 de Outubro de 2021, mas um dia que iniciara com a manhã fresca e motivadora,
com um sorriso no rosto, coração calmo e mais apaziguado.
Levantei-me, decidido a desabafar diante da minha estimada Lucrécia, mas porém, o silêncio e
a timidez tomavam conta de mim.
Depois de tantas voltas e tantos trocares de olhares, surgiu um bom dia: – Bom dia,Lucrécia!(
comprimentei-a, e já respondia toda risonha); –So agora!...pois, ontem não falaste comigo! (
respondeu, sorrindo pra mim).
Saudações que não duraram mais de 05 minutos.
Depois, ganhou-se a coragem. Levantei-me em direcção a Lucrécia:
Fernando – daqui vais pra casa?
Lucrécia – não, vou a cidade.
Querias ir comigo!? (perguntou sorrindo)
Fernando – não, apenas preciso ter uma conversa com você! (respondi ao tom do nervosismo)
Depois desta, retornei ao assento, calmo e confiante.
Levantando-se ela em minha direcção, aumentava o nervosismo que fora extinto da minha
mente, e chegando a mim perguntou:
Lucrécia – podes falar agora?
Fernando – não. (respondi novamente domado pelo nervosismo)
Lucrécia – é que sou capaz de sair a galope. (tom de curiosidade)
Fernando – eu sei. (calmo e sereno)
Lucrécia – está bem.
Retomou ao seu assento, aguardando o momento célebre da turma.
Novamente levantei-me em sua direcção, e por detrás dela assentei-me, surtiu a minha voz
chamando-a pelo nome:
Fernando – Lucrécia. (chamei-a com o coração a palpitar demasiado)
Lucrécia – sim. (respondeu ao meu chamado)
Limitando-me a falar do meu afecto por ela, abordei assuntos que achava de grande relevância.
9. O diário das dores
Lírico Empírico“o Poeta”
Fernando – não sei se já te perguntavas! Pois ao decorrer desta semana, dediquei o meu tempo
` em análises das nossas conversas e chamadas efectuadas, e, dalguma forma e em
` algum momento achei que estivesse a incomodar-te…
Lucrécia – “Oh! Não”
` Afinal! é por isso que não falavas comigo ontem?
Fernando – Não, não, não é por isso, apenas não me achava em melhores condições emocionais.
Encerou-se a breve conversa que prometia ser longa, porém colocada em pausa, acautelando as
altas horas da noite.
Volvidos 21horas e 30minutos, fiz-me ao celular, já escrevia uma mensagem a saudar, e ao
desenrolar da conversar, deixei-me escrever o inesperado:
Lucrécia – Novidades?
Fernando – Digitando e pensando em você! (com ousadia)
Lucrécia – Em mim! Será?
Fernando – Claro, pra ser sincero, penso em você todos os dias.
Lucrécia – Haim.
Fernando – Acredito que já imaginavas.
Tentando fugir da conversa, acrescentou:
Lucrécia – Hei, Fernando estou com sono.
–“Aguente um pouco só”. (pedi)
Enquanto digitava o livro em curso, fiz-lhe a fotografia do ecrã do computador em uso, apenas
para fazer-lhe entender o quão importante e o quão significante ela é pra mim.
Fernando – Aqueles papéis que tanto me concentram. (referindo a fotografia)
Lucrécia – Hein!
Fernando – Ainda há mais por escrever.
Lucrécia – É pra imprimir este documento?
Fernando – Claro, hei-de enviar-te o documento, todo o documento em completo.
De seguida, na tentativa de descontracção, abordei assuntos indesejáveis, que por algum
motivo me deixara receoso. Porém, perguntei-lhe:
Fernando – Como foi o seu encontro
Lucrécia – Bom.
Fernando – Bom saber. (respondia enciumado)