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ANO XX - N° 366 - 2ª QUINZENA DE SETEMBRO DE 2014 
Em defesa da verdade e do desenvolvimento de São Miguel e Região | Tel.: 2031-2364 e 2513-0928 | raleste@gmail.com 
Festa do aniversário de São Miguel (392 Anos) 
acontece no próximo fim de semana (20 e 21) na Praça do Morumbizinho 
A tradicional festa de 
aniversário de São Mi-guel 
Paulista, que nesse 
ano comemora 392 anos, 
deverá acontecer no pró-ximo 
sábado e domingo 
(20 e 21), com uma exten-sa 
programação cultural 
que promete transformar 
a praça do Morumbizinho 
(ao lado da UNICSUL) no 
palco cultural mais impor-tante 
da zona leste. 
A programação prevê 
eventos como: danças 
típicas, show musical, 
exposições, teatro, gas-tronomia, 
literatura, ofi-cina 
cultural, artesanato, 
workshop, atividades es-portivas, 
responsabilida-de 
social e muito mais. 
Tudo isso deverá 
acontecer entre as 10 da 
manhã até às 22 horas na 
praça Morumbizinho que 
já esta sendo conhecida 
como praça dos eventos 
de São Miguel. 
Venha e traga toda a 
família pois o local é mui-to 
agradável e totalmente 
seguro graças ao apoio 
ostensivo da Polícia Mili-tar 
e da Guarda Civil Me-tropolitana. 
Mais informações veja o 
cartaz da programação na 
página 08 
Jornal 
Acontece Agora 
21 anos de amor 
por São Miguel 
Divaldo Rosa 
Diretor do Grupo Acontece) 
Neste momento em que temos a 
responsabilidade de registrar em docu-mentário 
os 392 anos da história de São 
Miguel, queremos destacar os 20 anos de 
dedicação incondicional ao bairro mais 
tradicional da Zona Leste de São Paulo. 
São 21 anos de luta, trabalho e com-prometimento 
que nos transformou num 
dos principais jornais de bairro da cidade 
de São Paulo. O Jornal Acontece Agora 
deu uma nova cara à mídia impressa da 
região tornando-se referência para muitos 
jornais. 
Estamos integrados ao esforço da 
sociedade de São Miguel, que vislumbra 
novos rumos para o nosso bairro, em 
especial a exploração do seu potencial 
turístico e cultural. 
Parabéns São Miguel pelos 392 anos. 
Uma Aldeia Indígena 
que virou referência 
na Zona Leste 
Desde o principio, São 
Miguel Paulista vai ter sua 
importância bastante de-finida 
no contexto de São 
Paulo, desde o desenvol-vimento 
da Vila de Pirati-ninga 
até a formação do 
Ideamento de São Miguel 
Ururai. Apesar da data de 
fundação do bairro ser 
de 1622 – tanto que esta 
data está na portada da 
capela – e de estar ligada à 
construção da capela atual, 
situada no centro do bairro, 
e a transferências de índios 
de Itaquaquecetuba para lá 
em 1623, segundo docu-mentos 
da época, há fortes 
indícios de que a origem 
de São Miguel Paulista se 
dá mais de 60 anos antes, 
inclusive com a existência 
de uma primeira capela, 
anterior a que está em pé 
até os dias de hoje. 
Roseli Santaella Stella, 
doutora em história pela 
USP, defende que a funda-ção 
de... leia na pág 02 
Subprefei-tura 
de São 
Miguel se 
prepara para 
realizar mais 
uma festa de 
aniversário 
da região 
Setembro é o mês de 
aniversário de São Miguel 
Paulista, e será comemo-rado 
com grandes festejo 
pelos seus moradores. 
São 392 anos de tra-dição 
e miscigenações 
entre diferentes povos, de 
cultura que nascem e de-senvolvem 
no bairro, entre 
moradores e ... Pág 04 
Festival de 
reggae em 
São Miguel 
Paulista traz 
lenda 
jamaicana 
No evento, se apre-sentam 
o jamaicano Erool 
Dunkley, além das bandas 
nacionais Tribo de Jah e 
Planta & Raiz 
Dentro das programa-ções 
do aniversário de 
392 anos de São Miguel, 
o bairro de São Miguel, 
foi palco de um dia reple-to 
de shows gratuitos de 
reggae. O evento acon-teceu 
no domingo dia 14 
cerca de 80 mil pessoas 
participaram do festival de 
reggae. Durante quase 12 
horas, moradores e fre-quentadores 
da região pu-deram... 
leia na pág 04
2a QUINZEna DE 
SETEMBRO/2014 
Pág.2 
Uma Aldeia Indígena que virou referência na Zona Leste 
Desde o principio, São 
Miguel Paulista vai ter sua 
importância bastante definida 
no contexto de São Paulo, 
desde o desenvolvimento 
da Vila de Piratininga até a 
formação do Ideamento de 
São Miguel Ururai. Apesar 
da data de fundação do bair-ro 
ser de 1622 – tanto que 
esta data está na portada da 
capela – e de estar ligada à 
construção da capela atual, 
situada no centro do bairro, e 
a transferências de índios de 
Itaquaquecetuba para lá em 
1623, segundo documentos 
da época, há fortes indícios 
de que a origem de São Mi-guel 
Paulista se dá mais de 
60 anos antes, inclusive com 
a existência de uma primeira 
capela, anterior a que está em 
pé até os dias de hoje. 
Roseli Santaella Stella, 
doutora em história pela USP, 
defende que a fundação de 
São Miguel Paulista ocorreu 
em 1560, com a visita do Bea-to 
José de Anchieta aos índios 
guaianases que haviam sido 
refugiados da Vila de Pirati-ninga, 
após a extinção da Vila 
de Santo André da Borda do 
Campo, que fez com seus mo-radores 
fossem para a nova 
Vila, assustando parte dos 
índios que se dispersaram à 
leste da Vila. Mas, mais do 
que isso, pelo fato de que São 
Miguel tinha uma importância 
estratégia muito clara “São 
Miguel é um posto avançado 
na defesa da Vila de São 
Paulo de Piratininga contra 
os ataques dos Tamoios que 
vinham desse litoral norte. É 
um período em que os índios 
Tamoios têm aliança com 
os franceses, sendo uma 
ameaça constante. Então o 
aldeamento de São Miguel 
de UruraÍ é fundado nesse 
período. E você percebe 
que além de São Paulo, São 
Miguel é um dos primeiros 
pontos de fixação mais dentro 
do território, enquanto toda a 
colonização se dava ao longo 
da orla litorânea brasileira”, 
atesta. 
Sendo assim, Anchieta 
teria ido até a localidade para 
aglomerar em um núcleo 
aqueles índios que estavam 
dispersos, a exemplo do que 
havia sido feito em Salvador, 
trazendo os índios para o lado 
dos jesuítas e reconduzi-los 
ao seio Cristão e, consequen-temente, 
ajudarem na defesa 
da Vila de Piratininga “Não 
resta duvida que a fundação 
se dá em 1560 porque ele 
recebe uma orientação do 
Padre Manuel da Nóbrega 
para que os índios fossem 
visitados, em junho de 1560. 
Depois, em janeiro de 1561, 
ele escreve para o Nóbrega 
informando que os índios 
foram visitados. Então, os 
índios foram visitados entre a 
ordem do Nóbrega e a carta 
que ele escreve para o Nóbre-ga”, 
defende. 
Segundo Roseli, durante 
suas pesquisas no arquivo 
dos jesuítas no Vaticano, ela 
encontrou documentos de 
1583, nos quais Anchieta , já 
na condição de provincial da 
Companhia de Jesus faz uma 
relação dos pontos onde os 
jesuítas atuavam e menciona 
o Aldeamento de Sâo Miguel 
de Ururai, em 1953, como um 
ponto ensinavam ao trabalho 
de cristianização dos índios, 
esforçaram –se para não 
perder o contato com aque-les 
índios dissidentes que se 
afastaram da Vila de Pirati-ninga. 
Tudo parece indicar 
que eles conseguiram, pelo 
menos parcialmente, esse 
intento e em duas aldeias 
indígenas próximas da Vila 
construíram duas pequenas 
capelas: uma dedicada a 
São Miguel Arcanjo e outra a 
Nossa Senhora da Conceição 
dos Pinheiros. 
A importância dada a São 
Miguel, em seus primórdios 
era tanta, que o aldeamento 
foi intitulado de Padroado 
Real. “Dentro da concep-ção 
do Estado Português, é 
uma aldeia de importância 
estratégica, porque ela está 
subordinada diretamente ao 
Estado Português. Ela não é 
uma aldeia que tem autono-mia, 
deve uma subordinação 
política direta ao reino, explica 
Roseli. Mais tarde essa rela-ção 
direta com a Coroa vai 
provocar problemas junto à 
Câmara de São Paulo, que vai 
interferir diretamente nesse 
aldeamento, agravado pela 
defesa feita pelos jesuítas aos 
índios, opondo-se à retirada 
dos índios do local para se-guir 
a exploração pelo sertão 
brasileiro. “Quando ocorre a 
retirada maciça dos índios de 
São Miguel e de São Paulo 
para essas expedições, o 
bairro perde importância. E 
isso ocorreu já no século XVII. 
A importância que se tinha 
inicialmente como ponto de 
defesa é perdida”, diz Roseli. 
Segundo o professor de His-tória 
Avelar Cezar Imamura, 
nesse período o aldeamento 
já era marcado por um pre-domínio 
de brancos, o que 
explicaria a reconstrução da 
capela e, moldes mais ade-quados 
à celebração da litur-gia 
católica, atendendo a uma 
demanda mais de pessoas no 
vilarejo. 
Com uma população to-talmente 
diferente de sua 
formação, São Miguel Pau-lista 
presencia a expulsão 
dos Jesuítas do Brasil e a 
chegada dos franciscanos, 
durante o século XVIII, que 
vão transformar a destinação 
da capela. “São Miguel Pau-lista 
passa a ser um hospício 
franciscano, um lugar para 
aqueles que tinham mais 
idade. Não era mais só uma 
igrejinha, eles moravam ali. 
Então, outros edifícios foram 
construídos para abrigá-los. 
A reforma ampliou o espaço 
existente e manteve boa parte 
da segunda igreja, inaugura-da 
em 1622”, afirma Roseli. 
O aldeamento indígena decai 
enquanto que a Vila prospera 
enquanto bairro graças à ati-vidades 
agrícola. Já o século 
XIX é marcada por uma es-tagnação 
do bairro, perdendo 
ainda mais sua importância 
perante a cidade de São 
Paulo, principalmente devido 
à sua distância. Quando se 
fala em São Miguel Paulista é 
importante saber que, nesse 
período, o bairro contemplava 
não só o distrito de lá, mas 
Ermelino Matarazzo, Itaim 
Paulista e até Itaquera e 
Guaianases. Nos seus primór-dios, 
alcançava autônomos 
e diminuindo o tamanho da 
região principal. O curioso é 
que São Miguel Paulista foi 
erigida a distrito somente em 
1891. Até então , pertencia a 
Penha. 
A Nitro Química 
encerra o isola-mento 
do bairro 
Até as primeiras décadas 
do século XX São Miguel 
Paulista permaneceu aparta-da 
de São Paulo, apesar de 
prover alguns produtos para 
a cidade. Isso porque, ainda 
sofria com problemas de 
transporte, dada à distancia 
do centro, que começava a 
crescer e a expandir para o 
Brás, o Pari e a Mooca, do 
lado leste. Competia a São 
Miguel Paulista fornecer tijo-los, 
pedregulho e areia, ma-terial 
extraído a partir do Rio 
Tietê, que também era usado 
para escoamento desses 
com milhares de toneladas de 
equipamentos. 
“A Nitro Química tornou 
São Miguel Paulista pratica-mente 
numa pequena cidade 
operária-industrial dentro de 
São Paulo, gerou toda uma 
identidade própria a presença 
da Nitro Química, porque não 
transformou São Miguel Pau-lista 
em um bairro dormitório 
a partir dos anos 1970. Até 
os anos 1950 será um bairro 
vinculado à Nitro Química”, 
observa Paulo Fontes, Pro-fessor 
da Faculdade Getúlio 
Vargas do Rio de Janeiro e 
autor do livro Um Nordeste 
em São Paulo, que narra a 
história dos migrantes em São 
Miguel Paulista. “Tudo em 
São Miguel girava em torno da 
na empresa, precisaram tam-bém 
morar perto do local, 
que foi amplamente loteado 
e vendido para essa classe 
trabalhadora realizar o sonho 
da casa própria. 
Se era tão fácil conseguir 
emprego, já que não era 
necessária a qualificação, 
as condições de trabalho 
não eram as melhores e a 
dificuldade de comunicação 
entre os chefes e os operários 
era complicada, pois havia 
dificuldade no entendimento 
da produção - havia diversas 
fábricas dentro do complexo 
industrial, que não se limitava 
a produzir o fio raiôn, mas 
também soda cáustica e até 
produtos explosivos, princi-palmente 
durante a Segunda 
Jornal Acontece Agora, Folha do 
Itaim & Curuça, Jornal de Ermelino & 
Ponte Rasa, Jornal Guaianás & Cidade 
Tiradentes e Revista Acontece Leste 
Tiragem: 40.000 exemplares 
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Jornal. Os nomes dos colaboradores e representantes comercias não mantém vínculo empregatício com a empresa. 
produtos. Já o Rio era pouco 
utilizado para o transporte de 
pessoas. A estação de trem 
mais próxima era situada 
entre Itaquera e Guaianases, 
dificultando e muito a ligação 
do bairro com São Paulo, 
que começava a ser o centro 
nervoso de urbanização e 
industrialização. O cenário 
vai começar a mudar a partir 
de algumas intervenções na 
região, como a construção da 
Rodovia São Paulo – Rio, em 
1922 e, na década seguinte, 
a inauguração de uma linha 
de ônibus entre Penha e São 
Miguel Paulista. Mas a princi-pal 
delas é a construção da 
linha variante de trem, que 
fará com que seja construída 
a estação São Miguel Paulista 
no centro do bairro, diminuin-do 
os problemas em torno do 
transporte. 
A chegada da Nitro Quími-ca, 
que começou a funcionar 
em 1937, e inaugurada três 
anos depois, com a presença 
do presidente da República 
Getúlio Vargas, vai ser o 
passo definitivo para uma ver-dadeira 
revolução urbana no 
bairro, devolvendo um papel 
estratégico a ele no contexto 
da Zona Leste. A Nitro Quí-mica 
surge de uma empresa 
falida nos Estados Unidos, 
e sua estrutura foi adquirida 
por um grupo de empresários 
e trazida para o Brasil, junto 
Nitro Química. Tinha berçário 
aqui, vila operária para os 
encarregados. Ela construiu 
um hospital, a Catedral de 
São Miguel não teria saído 
se ela não ajudasse. A Nitro 
foi a base para pujança e 
crescimento de São Miguel”, 
crê Nilton Cruz, 71 anos, ex-funcionário 
da Nitro Química. 
Com a Nitro Química, era 
preciso mão de obra para 
trabalhar na nova empresa. 
E muitos dos trabalhadores 
foram buscados nas Minas 
Gerais, Paraná, interior de 
São Paulo e, principalmente 
no Nordeste. Em um mo-mento 
em que o Brasil vivia 
uma grande mudança de 
população do campo para 
a cidade, como mostramos 
na Introdução. “Trabalhar na 
Nitro na época era só chegar 
na portaria, desde que você 
tivesse idade, não precisava 
ser alfabetizado, tinha em-prego 
garantido”,fala seu 
Nilton Cruz. O impacto da 
Nitro Química no bairro foi 
imenso. Em 1940 a empresa 
já empregava cerca de 2.700 
trabalhadores, mais ou menos 
um terço total da população 
do bairro à época, que era 
de aproximadamente 7.600 
habitantes. Essa migração 
transformou São Miguel Pau-lista 
em um bairro de forte 
presença nordestina. E para 
essas pessoas trabalharem 
Guerra Mundial. Nesse meio 
tempo os norte-americanos 
foram embora e os que fica-ram 
precisaram entender o 
seu trabalho e ensinar para 
os operários migrantes. “Aí 
fica complicado. Como uma 
pessoa que não tem domí-nio 
completo da máquina, 
do espaço, vai ensinar a 
quem não sabe nada? Con-seqüentemente, 
quase toda 
a emana havia uma explosão. 
Acidentes e mortes eram 
comuns”, afirma Ricardo Cor-reia 
Marcondes, mestre em 
História pela PUC-SP com 
uma dissertação sobre a Nitro 
Química. E a vida do bairro 
era regida pelos apitos da 
fábrica. “Eu obtive relatos de 
pessoas que quando criança 
sabiam que quando houvesse 
um sinal da fábrica significava 
saída ou entrada de turno. 
Agora, se escutassem três 
sinais em seguida, todos na 
sala deveriam ficar no chão, 
porque aquilo representava 
explosão. Isso ficou marcado 
no bairro. Pelos sinais as pes-soas 
sabiam o que acontecia 
na fábrica? 
Com as condições de tra-balho 
insalubres, as manifes-tações 
e as greves eram cada 
vez mais constantes, além 
de problemas financeiros, 
superados pelos concorren-tes, 
até que em 1966 ocorre 
a demissão de um terço dos 
Antiga entrada da Nitro Química 
Antiga estação 
de trem de São 
Miguel Paulista 
Antiga Capela São 
Miguel Arcanjo
2a QUINZEna DE 
SETEMBRO/2014 
Pág.3 
funcionários, que marcou a 
ruptura de um ano áureo para 
a derrocada que vai perder 
sua importância econômica 
e política - como instrumento 
do nacional - desenvolvimen-tismo 
governo Getúlio Vargas 
-, embora mantenha as portas 
abertas até os dias de hoje. 
Com a decadência da 
Nitro Química, a partir da 
metade da década de 1960, 
São Miguel Paulista começa a 
perder sua força e centralida-de, 
se transformando em um 
bairro-dormitório, cada vez 
mais parecido com os seus 
vizinhos. Segundo Fontes, 
ainda assim, São Miguel vai 
permanecer como uma pe-quena 
sede na Zona Leste, 
principalmente por causa de 
um comércio muito intenso. 
“Podemos perceber que a 
‘vocação’ econômica de São 
Miguel Paulista já deixo, há 
muito tempo, de ser industrial 
para se tornar uma região 
com forte estrutura econômi-ca 
voltada para o setor terci-ário 
da economia (comércio e 
prestação de serviços). 
Essa tendência acom-panha 
o desenvolvimento 
econômico da região me-tropolitana 
de São Paulo, 
que cada vez mais ocupa 
menos pessoas nas in-dústrias 
e passa a ocupar 
mais no setor de comércio 
e serviços”. 
No passado, o bosque 
iluminado por lampiões, local 
de seresteiros e trovadores, 
é hoje a Praça Aleixo Mafra 
(nome em homenagem ao 
antigo pároco de São Mi-guel), 
popularmente conhe-cida 
como Praça do Forró. 
Este local é para a popula-ção 
de São Miguel Paulista, 
não somente um largo onde 
se localiza a velha capela 
de 1622, construída pelos 
índios de Ururaí, mas tam- 
As lutas sociais e o comércio 
Herança Cultural 
bém um espaço público que 
oportuniza o encontro das 
pessoas, que com a liber-dade 
e sem medo podem 
exercer sua humanidade 
entre risos e calor humano 
de amigos e conterrâneos. 
Cresceu o arraial, floresceu 
o bairro a partir da instalação 
da indústria, do aumento 
populacional e da expansão 
comercial. Surgiram novas 
formas e concepções de 
vida. 
reinventá-la. Nós humanos 
temos a tendência de hiper-valorizar 
o passado e muitos 
vezes, ao invés de projetar-mos 
o futuro, retroagimos 
jogando nele todas nossas 
expectativas do presente. 
Esquecemos que ao fazer 
isto, estamos nos alienan-do, 
pois, jogamos ao tempo 
passado o que deveríamos 
fazer no presente. 
Esquecemos que somos 
sujeitos históricos e ao as-sumir 
a nossa condição 
humana é vital definir o que 
iremos construir socialmen-te: 
se um bairro que respeita 
o passado com sua herança 
histórica apenas como patri-mônio, 
ou se um bairro que a 
partir desta herança é capaz 
de planejar e criar uma nova 
humanidade. 
Nesta perspectiva o di-reito 
a um bairro não pode 
ser concebido como simples 
retorno ao passado, mas 
deverá ser formulado como 
direito à vida urbana o que 
pressupõe o pensar integral 
sobre o bairro em todas as 
suas dimensões: histórica, 
cultural, educacional, social, 
política e econômica. 
Enfim, é preciso que a 
população, conjuntamente, 
sem esquecer a origem 
histórica do bairro e sua 
evolução, conceba um novo 
projeto de bairro que atenda 
as novas necessidades, res-gatando 
valores essenciais 
à verdadeira humanização. 
Com a decadência da Nitro 
Química, a partir da metade da 
década de 60, São Miguel Pau-lista 
começa a perder sua força 
e centralidade, principalmente 
pela diminuição de emprego 
na região, se transformando 
em um bairro dormitório, cada 
vez mais parecido com seus 
vizinhos. Apesar disto, o bairro 
em seu entorno vai manter uma 
atuação forte na zona leste por 
ter sido um lugar que recebeu 
uma grande concentração das 
demandas sociais em forma de 
movimentos populares reivin-dicatórios. 
“ A existência dos 
movimentos sociais na região 
leste (...) data da década de 
60, ainda com uma presença 
dispersas e esporádica de pes-soas 
que foram se engajando 
em vários grupos, para depois 
se constituírem em forma de 
organização e se inserirem 
no espectro dos movimentos 
sociais populares da cidade de 
São Paulo”. 
E com o crescimento dos 
movimentos populares, a igreja 
católica teve papel importante 
por se posicionar ao lado des-tas 
reivindicações. “A região 
leste como um todo passa a 
ocupar um lugar proeminente 
na Arquidiocese de São Paulo, 
dando vida a diversos órgãos 
de sustentação das novas 
pastorais, especialmente as da 
Saúde, da Terra, da Liturgia e 
dos Ministérios. À época de sua 
atuação, a igreja matriz de São 
Miguel foi local de assembleias 
populares e celebrações litúrgi-cas 
memoráveis, conjugando 
a firme e decida presença ao 
lado da população na busca de 
solução para as suas deman-das 
sociais mais prementes, à 
sua missão pastoral precípua 
centrada nas necessidades 
espirituais dos fies”. 
Com o decorrer dos anos, 
São Miguel Paulista volta a 
se firmar cada vez mais como 
uma sub-sede da zona leste, 
principalmente por causa de 
um comercio muito intenso, 
que tem no Mercado Municipal 
do Dr. Américo Sugai um dos 
principais pontos do comércio 
de hortifrutigranjeiros da região. 
“Podemos perceber que a 
‘vocação’ econômica de São 
Miguel Paulista já deixou, há 
muito tempo, de ser industrial 
para se tornar uma região com 
forte estrutura econômica vol-tada 
para o setor terciário da 
economia (comércio e presta-ção 
de serviços). Esta tendên-cia 
acompanha o desenvolvi-mento 
econômico da região 
metropolitana de São Paulo, 
que cada vez mais ocupa me-nos 
pessoas nas industrias e 
passa a ocupar mais no setor 
de comércio e serviços”. 
Outro fato que vai ressaltar 
a importância de São Miguel 
Paulista como ator na Zona 
Leste é do ponto de vista reli-gioso. 
Em 1989, o Papa João 
Paulo II criou a Diocese de São 
Miguel, com sede na então, 
Igreja Matriz de São Miguel Ar-canjo, 
que depois seria elevada 
a Catedral diocesana. Limitada 
pela Arquidiocese de São Pau-lo, 
da qual foi desmembrada, e 
pelas dioceses de Guarulhos e 
Mogi das Cruzes, é, em termos 
territoriais a menos diocese 
do Brasil, apesar de abranger 
três regiões episcopais: São 
Miguel Paulista, Penha e Ita-quera- 
Guaianases, e seus 
vários setores. 
A grandeza natural pré 
-existente à fase industrial 
passou a ser o principal 
objetivo material utilizado 
pela indústria nascente. É a 
indústria que passa a carac-terizar 
o bairro e não mais a 
sua origem indígena. 
Sabemos que muitos lei-tores 
desta matéria podem 
estar indagando: qual é a 
nossa pretensão ao escre-vermos 
sobre este tema? 
Estaríamos defendendo a 
estagnação do arraial de 
Ururaí diante da modernida-de? 
Desejamos esclarecer 
aos leitores que a resposta à 
indagação está ligada à teia 
de subjetividade e ao bus-carmos 
sua compreensão 
acreditamos ser necessário 
tecer algumas considera-ções: 
“Não podemos conce-ber 
o mundo como um con-junto 
de coisas acabadas, 
mas como um conjunto de 
processos em que as coisas 
que parecem estáveis pas-sam 
por uma série ininter-rupta 
de transformações, por 
um processo de surgimento 
e caducidade, nos quais, em 
última instância se impõe 
sempre uma trajetória pro-gressiva.” 
(Engels) 
Assim, fugindo das con-cepções 
fatalistas, é im-portante 
que todos aqueles 
que vivem no bairro conhe-çam 
sua história e a partir 
dela encontrem meios para 
FONTE: Revista FACE LESTE
2a QUINZEna DE 
SETEMBRO/2014 
Pág.4 
Subprefeitura de São Miguel se prepara para 
realizar mais uma festa de aniversário da região 
No evento, se apre-sentam 
o jamaicano Erool 
Dunkley, além das bandas 
nacionais Tribo de Jah e 
Planta & Raiz 
Dentro das programa-ções 
do aniversário de 
392 anos de São Miguel, 
o bairro de São Miguel, 
foi palco de um dia reple-to 
de shows gratuitos de 
reggae. O evento acon-teceu 
no domingo dia 14 
cerca de 80 mil pessoas 
participaram do festival 
de reggae. Durante qua-se 
12 horas, moradores e 
frequentadores da região 
puderam se esbaldar com 
os tradicionais reggaes de 
raiz. 
“Cara foi muito bom, 
adorei demais chamei a 
galera toda e vim pra cá, é 
triste fazer que não temos 
este tipo de cultura todos 
os finais de semana, mas 
o importante é que deu 
para curtir muito com os 
Setembro é o mês 
de aniversário de São 
Miguel Paulista, e será 
comemorado com gran-des 
festejo pelos seus 
moradores. 
São 392 anos de tra-dição 
e miscigenações 
entre diferentes povos, 
de cultura que nascem 
e desenvolvem no bair-ro, 
entre moradores e 
visitantes. 
E para comemorar 
mais um ano do bairro 
a subprefeitura de São 
Miguel junto à comissão 
de festejos programou 
atrações especiais para 
prestigiar os 392 anos 
com muitos eventos cul-turais, 
esportivos, reli-giosos 
e sociais. 
O mês inteiro esta 
Castor Center, materiais de construção 
para o desenvolvimento do bairro 
madeiras. 
Em 1997 foi inaugu-rada 
a terceira loja, essa 
na cidade de Guarulhos, 
tornando-se assim uma 
rede no setor de materiais 
para construção. Com 
o avanço e crescimento 
das empresas nos anos 
de 2004, 2007 e 2011, 
a rede de materiais para 
construção Castor Center 
ampliou para 07 lojas dis-tribuídas 
dentro e fora do 
município de São Paulo. 
“Fomos um dos primei-ros 
a nos instalar aqui, 
é muito bom ver que a 
região cresceu e que nós 
acompanhamos e ajuda-mos 
nesse crescimento. 
Temos muito a agradecer 
à São Miguel por todos 
estes anos, e temos que 
levar em conta que foi 
através deste bairro que 
conseguimos expandir as 
outras lojas que temos”, 
comenta o gerente de 
marketing Caio Almeida. 
Hoje a Castor Center 
possui cerca de 250 fun-cionários, 
um dos mais 
antigos possui cerca de 30 
anos de empresa. “Nosso 
diferencial está em man-ter 
nossos funcionários 
sempre bem preparados 
para lidar da melhor forma 
com nossos clientes, este 
é nosso segredo, oferecer 
produtos de qualidade 
e confiança ao cliente e 
manter o melhor atendi-mento”, 
conclui Caio. 
Caio Almeida - Gerente de Marketing 
A Rede de empresas 
de materiais para cons-trução 
Castor Center é 
uma das empresas mais 
antigas de São Miguel 
Paulista e tem papel im-portante 
como um dos pa-trocinadores 
oficiais dos 
festejos de São Miguel. 
Em maio de 1977, fun-dou- 
se a primeira Loja de 
materiais para construção 
Castor Center em São Mi-guel 
Paulista, inicialmente 
eram cerca de 15 sócios, 
posteriormente deram 
continuidade na adminis-tração 
da loja 03 sócios. 
A Castor Center é uma 
das lojas tradicionais do 
bairro de São Miguel, 
e pode-se dizer que foi 
uma das primeiras lojas 
de materiais para constru-ção 
do bairro e, com isto, 
pode presenciar de perto 
o crescimento e todas as 
conquistas da região. 
Com grandes expecta-tivas 
de desenvolvimento 
do bairro, não demorou 
muito para que fosse inau-gurada 
a segunda loja. No 
ano de 1981, na mesma 
Avenida Dr. José Arthur 
da Nova, no Parque Pau-listano. 
Até essa época a 
empresa comercializava 
apenas material bruto, 
hidráulico e elétrico, após 
a abertura da segunda 
loja, a Castor Center pas-sou 
a comercializar itens 
para acabamento. Atual-mente 
a segunda loja se 
especializou na venda de 
sendo dedicado a ale-grar 
e homenagear mais 
uma vez São Miguel 
Paulista. 
Nessa oportunidade 
aproveitamos para des-tacar 
o papel desempe-nhado 
pelo subprefeito 
de São Miguel, o Pro-fessor 
Adalberto Dias 
de Sousa, que soube 
conduzir com magnitu-de 
as reuniões com a 
comunidade, dando es-paço 
para as opiniões 
de todos. 
Esta postura demo-crática 
e conciliadora do 
subprefeito somada aos 
esforços de bastidores 
empreendidos pela che-fe 
de gabinete Célia As-sumpção. 
Professor Adal-berto 
Dias de 
Sousa - Subpre-feito 
de São 
Miguel 
Festival de reggae em São Miguel 
Paulista traz lenda jamaicana 
amigos”, afirma o estu-dante 
Eduardo Freitas. 
Neste ano, os apaixo-nados 
pelo gênero mu-sical 
tiveram na lista de 
atrações do festival a par-ticipação 
do cantor jamai-cano 
Errol Dunkley. 
Dunkley que é conside-rado 
uma lenda do reggae 
mundial, um dos primei-ros 
artistas a se lançarem 
no reggae na década de 
1960.Além da atração in-ternacional, 
o evento tam-bém 
contou com a presen-ça 
de artistas nacionais 
como Tribo de Jah, Planta 
& Raiz, Mato Seco, Le-ões 
Israel, Filhos da Ter-ra, 
Jah I Ras, QG Imperial 
(Monkey Jahyam), Cami-nho 
Suave, entre outros.
2a QUINZEna DE 
SETEMBRO/2014 
Pág.5 
“Nitro Química: Um compromisso sustentável e social” 
Prestes a completar 80 
anos, a Companhia Nitro 
Química Brasileira deixa 
cada vez mais claro que as 
suas ações não se resumem 
apenas à preservação do 
meio ambiente, seus esfor-ços 
Taekwondo, Educação e 
Progresso – É mais um pro-jeto 
que educa e transforma a 
vida de jovens da comunidade 
do Jd. Lapenna através do 
esporte, esta iniciativa de-senvolve 
principalmente as 
competências de disciplina e 
auto controle; 
Escola de Talento – É 
uma iniciativa que busca des-pertar 
a visão empreendedora 
de estudantes das escolas do 
ensino público em São Miguel 
Paulista. O projeto objetiva 
despertar no jovem aluno a 
motivação através dos exem-plos 
de empreendedores/ges-tores 
de sucesso da região, 
tendo-os como referência de 
profissionalismo e conquistas 
pessoais; 
No canto da Cidade – um 
projeto que contempla músi-cas 
e apresentações popu-lares 
para escolas, espaços 
culturais e teatros na região 
de São Miguel Paulista e de 
forma gratuita 
incentivam e apóiam a 
comunidade local para que 
tenham a oportunidade de se 
desenvolver em todas as suas 
potencialidades. Suas ações 
vão de encontro à valorização 
do ser humano com o objetivo 
de contribuir para que vivam 
melhor e principalmente para 
que se desenvolvam constan-temente. 
Apoiar projetos que 
compactuam para o fomento 
do nosso bairro e região é 
visto como prioridade na em-presa, 
não só como forma de 
retribuir o acolhimento obtido 
desde a sua fundação, mas 
principalmente por acreditar 
que iniciativas como esta 
tornam suas atividades ainda 
mais significativas. Todos os 
projetos incentivados pela 
Nitro Química beneficiam di-retamente 
os moradores de 
São Miguel Paulista e região. 
Selecionadas cuidadosamen-te 
todas as propostas tem 
como objetivo, gerar empre-go, 
renda e oportunidades 
de desenvolvimento social, 
profissional e pessoal. Ficou 
interessado? Conheça um 
nos Hospitais –- atividades 
com base na arte e na cultura 
como principal ferramenta 
para proporcionar aos pacien-tes 
do Hospital Tide Setubal, 
em São Miguel Paulista, uma 
estadia menos dolorosa e 
mais humanizada. 
Incentivo aos festejos de 
Aniversário de São Miguel 
Paulista – A Nitro Química 
também faz parte dessa fes-ta, 
e todos os anos através 
de leis que incentivam ações 
culturais está presente como 
patrocinadora no evento. 
Tudo para que este grande 
festejo seja ainda mais signi-ficativo 
e memorável para os 
moradores do bairro; 
Crescendo com a arte do 
Futebol - é uma ação ligada à 
promoção do esporte, cultura 
e lazer com foco na inclusão 
social, proporcionando mais 
horas de lazer para que os 
jovens da Vila Curuçá tenham 
uma ocupação saudável de 
seu tempo livre; 
Ultrajacui: Mais de 15 anos de ações sociais 
em regiões carentes de São Miguel 
a história de muitos clientes 
bem de pertinho, isto é muito 
gratificante”, garante ele. 
Já é o 5º ano que a Ul-trajacui 
apóia os festejos de 
aniversário de São Miguel, 
“estou muito feliz por mais um 
ano poder participar, pois vejo 
que este ano estamos com 
uma grande equipe de organi-zadores 
do evento e acredito 
que São Miguel merece uma 
grande festa”, finaliza ele. 
manter o cliente amigo da 
empresa. 
“Eu conheço muita gente 
por aqui e o meu trabalho 
dá esta possibilidade, pois 
nestes anos todos, ganhei a 
confiança de muitos clientes, 
ou seja, o carteiro, o medidor 
da Sabesp, não precisa entrar 
na casa de ninguém, mas eu 
ou alguém da minha empre-sa 
entra na casa de nossos 
clientes e acaba conhecendo 
Instalada em São Miguel 
há mais de 15 anos, a em-presa 
faz parte do seleto 
grupo de patrocinadores do 
aniversário do bairro 
Com uma bela história 
de responsabilidade social 
em São Miguel, a Ultrajacui 
é muito bem quista pelos 
moradores. A empresa tem 
ações nas regiões do Jardim 
Pantanal e na Vila Reis, todo 
ano a empresa faz doações 
de presentes em datas como: 
festa do Dia das Crianças, 
Dia das Mães, Dia dos Pais, 
Natal e outras. Cerca de 2 
mil famílias são beneficiadas. 
“Trabalho e ganho meu 
pão aqui na região; E é desta 
forma que vejo uma maneira 
de reconhecer o que a região 
me proporciona e faço isto 
com muito carinho”, frisou o 
empresário da Ultrajacui. Odir 
Antonio Silveira”. 
Com um grande conceito 
na região, Odir garante que 
seu principal diferencial é 
pouco mais sobre cada umas 
dessas iniciativas: 
Instituto Alana com o 
projeto “Brasilidança” – 
Neste trabalho são apoiadas 
ações artísticas e culturais 
que completam os processos 
educacionais no Jd. Pantanal 
através da música e da dança; 
Brincando na Praça – É 
um projeto especial voltado 
para atividades esportivas na 
comunidade com o intuito de 
integrar os jovens do bairro do 
Jd. Lapenna e apresentá-los 
aos benefícios educacionais, 
disciplinares e saudáveis que 
o esporte traz; 
Associação Arte Des-pertar: 
Promovendo Cultura
2a QUINZEna DE 
SETEMBRO/2014 
Pág.6 
Votorantim Metais tem orgulho de participar 
da história de São Miguel Paulista 
e indiretamente, com os in-vestimentos 
sociais. 
Para o gerente geral da 
unidade São Miguel Paulista, 
Marcelo Oliveira Silvestre, os 
investimentos da empresa no 
bairro justificam a importância 
que São Miguel tem para o 
grupo Votorantim. Estamos 
aqui há 32 anos e nós or-gulhamos 
de fazer parte da 
história do bairro e de ajudar a 
torná-lo um lugar melhor para 
se viver. Parabenizo o bairro 
São Miguel Paulista pelos 
seus 391 anos e também to-das 
as pessoas que ajudaram 
a escrever essa história de 
sucesso. 
Sobre a Votorantim Metais 
A Votorantim Metais é uma 
empresa do Grupo Votoran-tim, 
um dos maiores con-glomerados 
empresariais da 
América Latina. A companhia 
possui dezessete unidades: 
onze no Brasil, quatro nos Es-tados 
Unidos, uma na China 
e uma no Peru. A Empresa é 
a maior fabricante de níquel 
eletrolítico da América Latina, 
líder no mercado brasileiro 
de alumínio e uma das cinco 
maiores produtoras de zinco 
do mundo. 
Mais informações 
Área de Comunicação da 
Votorantim Metais 
Alan Ferreira da Costa – (11) 
4567-6016 ou 97458-2223 – 
alan.ferreira@vmetais.com.br 
O grupo Votorantim está 
presente no bairro de São 
Miguel Paulista há mais de 
sete décadas. A história de 
desenvolvimento do bairro 
de São Miguel Paulista se 
confunde com a história da 
Votorantim na região com as 
empresas Votorantim Metais 
e Nitroquímica. 
A Votorantim Metais, maior 
produtora de Níquel Eletrolíti-co 
da América Latina, está no 
bairro de São Miguel Paulista 
desde 1981. O envolvimento 
da empresa com o bairro vai 
além dos mais de 400 empre-gos 
diretos que ela gera e cujo 
cerca de 80% é da região. 
Por meio da Votorantim 
Metais e do Instituto Votoran-tim, 
o grupo entende a im-portância 
cultural do bairro e 
por isso apoiou a reforma e a 
restauração da Capela de São 
Miguel – uma importante obra 
da arquitetura e da história de 
São Paulo e do Brasil. 
A empresa também se 
preocupa com o desenvol-vimentolocal 
e regional. Em 
2013, o Instituto Votorantim 
está investindo 700 mil reais 
em democratização cultural 
por meio dos projetos Banda 
Alana e Círculo de Leitura, 
e em preparação de jovens 
para o primeiro emprego com 
o projeto PET – Programa de 
Educação para o Trabalho. 
São centenas de jovens e 
pessoas beneficiadas, direta 
392 anos 
A Votorantim Metais tem orgulho de São Miguel e de fazer parte da história e do 
desenvolvimento da Zona Leste. Parabéns São Miguel pelo seu Aniversário. 
BOX 1 - Celulares e 
acessórios em geral 
BOX 21 - A&R Moda Masc. 
e Fem. Infanto Juvenil... 
BOX 2 - Perfumes 
importados, maquiagem... 
BOX 22 - A&R Modas Masc. 
e Fem. Sex Shop 
Parabéns São Miguel Paulista 
pelos seus 392 anos 
BOX 4 - Celulares, Tablets, 
iluminação de festas... 
BOX 23 - A&R Modas Masc. 
e Fem. Sex Shop 
BOX 11 - Winas Fashion 
Confecção, acessórios... 
BOX 26 - Perfumaria, Óleos 
de Banho, Shampoo.. 
BOX 18 - Camaleão 
Refeições em geral 
BOX 20 - Jogos Xbox360, 
Play2, Controles, mouse... 
Ainda 
temos Box 
para Locação. 
Venha Reservar 
o seu!!! 
BOX 30 - Meninas 
Artesanatos & Presentes 
BOX 34 - Gilda Modas e 
Acessórios para Jovens 
BOX 42 - Pereira Calçados 
Femininos, Botas, etc... 
BOX 45 - Rosa Chik - Moda 
Íntima adulto e infantil 
BOX 47 - Miramoça 
Calçados femininos, bolsas 
BOX 54 - BMZS - Tudo para 
celulares em geral 
Avenida Marechal Tito, 955 - São Miguel
2a QUINZEna DE 
SETEMBRO/2014 
Pág.7 
Unicsul promove a 10ª edição do Dia da Responsabilidade Social 
A Pró-reitoria de Gra-duação 
e Extensão da 
Universidade Cruzeiro do 
Sultem a grata satisfação 
de comunicar a partici-pação 
da Universidade 
na 10ª edição do Dia da 
Responsabilidade Social, 
ação anual promovida 
pela Associação Brasileira 
de Mantenedoras do En-sino 
Superior (ABMES), 
congregando IES de todo 
o país. 
As atividades que in-tegram 
o Dia da Respon-sabilidade 
Social aconte-cerão 
no dia 20 setembro 
de 2014, no Campus São 
Miguel, situado na Av. Dr. 
Ussiel Cirilo, 225. 
Com o objetivo de ex-pressar 
e fortalecer o 
compromisso social que 
alicerça sua missão, a 
Universidade Cruzeiro do 
Sul estende à comunida-de 
interna e externa os 
atendimentos, serviços 
e atividades promovidas 
pelos diversos Cursos 
das áreas de Ciências 
Profa Dra Janice V. de los Santos 
Pró-reitora de Graduação e Extensão 
Campus de São Miguel 
Maior sindicato químico da América Latina está em São Paulo 
dessa grande festa. Ficamos 
honrados de participar.” 
Onde tudo 
começou 
O Sindicato dos Químicos 
de São Paulo foi criado em 
1933, no bairro do Brás, para 
representar os trabalhadores 
da inglesa Companhia de Gás 
de São Paulo. As perseguições 
aos trabalhadores na época 
eram muito intensas e, em 
dois anos, o Sindicato estava 
com as portas fechadas. Em 
1938 foi criado o Sindicato dos 
Operários e Empregados na 
Fabricação de Produtos Quí-micos 
Industriais. E, em 1940, 
o Sindicato dos Trabalhadores 
nas Indústrias Químicas e 
Farmacêuticas de São Paulo 
obtém reconhecimento oficial, 
de acordo com a estrutura 
sindical imposta pelo governo 
Getúlio Vargas. 
Hoje o Sindicato dos Quí-micos 
é o maior da América 
Latina. Comparado a outros 
segmentos, tem uma das me-lhores 
convenções coletivas e 
um balanço positivo nas lutas 
por salário, saúde e segurança 
no trabalho. 
Atualmente, o Sindicato 
representa cerca de 80 mil 
trabalhadores em mais de 3 
mil empresas. O setor empre-ga 
cerca de 30 mil mulheres; 
a maioria em companhias de 
cosméticos e produtos farma-cêuticos, 
onde representam, 
respectivamente, 45% e 56% 
da força de trabalho. 
O Sindicato dos Químicos 
nunca se furtou à luta e por 
inúmeras vezes extrapolou os 
limites da categoria para com-prar 
brigas mais amplas por 
democracia, justiça, inclusão 
social e cidadania. “Hoje, por 
exemplo, estamos em campa-nha 
pela redução dos impostos 
dos medicamentos”, informa 
Pipoka. 
Os impostos representam 
mais de 33% do valor do preço 
Sempre empenhado em 
proteger os trabalhadores da 
região, pode-se dizer que o 
Sindicato faz parte da história 
de São Miguel Paulista tanto 
quanto a Nitro Química. 
Em entrevista ao Jornal 
Acontece Agora, o diretor sindi-cal 
Osvaldo Bezerra, o Pipoka, 
explica que a subsede de São 
Miguel tem um importante papel 
na vida dos trabalhadores e dos 
aposentados da Nitro. “Além 
de atender os trabalhadores 
da ativa, a subsede mantém 
vínculos com os aposentados. 
E nós fazemos questão de dar 
todo o suporte necessário para 
que eles mantenham esse con-tato 
com a entidade, afinal de 
contas eles foram os pioneiros 
na discussão da consolidação 
do Sindicato”, observa. 
Pipoka lembra que o Sin-dicato 
sempre participou dos 
festejos de São Miguel. “O 
Sindicato é parte da história 
do bairro e todos os anos leva 
novidades para os participantes 
A primeira subsede do Sin-dicato 
dos Químicos de São 
Paulo a ser criada foi a de São 
Miguel, na década de 1940, 
para atender os funcionários 
da empresa Nitro Química, 
considerada uma das maiores 
fábricas da capital paulista. 
A instalação da Nitro Quí-mica 
mudou a paisagem da 
região e, consequentemente, 
a atuação do Sindicato. A partir 
da segunda metade dos anos 
de 1930, a empresa cresceu 
vertiginosamente, contatando 
muitos migrantes vindos do 
Nordeste. A conjuntura político 
-econômica provocada pela Se-gunda 
Guerra Mundial (1939- 
1945) foi bastante favorável 
aos interesses de expansão da 
fábrica, que investiu fortemente 
na produção de tecidos e che-gou 
a ter 4.200 trabalhadores. 
A subsede de São Miguel 
tornou-se um importante espa-ço 
de participação dos trabalha-dores 
“nitrenses” que formaram 
o bairro de São Miguel Paulista. 
final dos remédios e só o ICMS 
é responsável por 18% dessa 
carga tributária. Existem duas 
Propostas de Emenda Cons-titucional 
para serem votadas 
com o objetivo de reduzir os 
impostos, uma é da deputada 
estadual Beth Sahão (PT), a 
outra é do deputado federal 
Francisco Chagas (PT), candi-datos 
à reeleição. “A redução 
dos impostos torna os cuida-dos 
com a saúde acessíveis a 
todos os brasileiros e também 
beneficia a cadeia produtiva, 
por isso tem nosso total apoio”, 
diz Pipoka. 
Diretor sindical Osvaldo 
Bezerra 
Administrativas e de Ne-gócios, 
Biológicas e da 
Saúde, Humanas e So-ciais 
e Exatas, além das 
atividades promovidas 
pelo Programa de Ex-tensão 
- PROESP. (vide 
programaçãoanexo). 
As atividades aconte-cerão 
nos diversos es-paços 
do Campus São 
Miguel, reunindo mais de 
200 pessoas, entre pro-fessores, 
alunos e técni-cos, 
diretamente envolvi-das 
com os atendimentos 
e serviços à comunidade. 
Além disso, as atividades 
colaboram com os feste-jos 
do aniversário de São 
Miguel Paulista, que ocor-rerão 
na Praça Fortunato 
da Silveira (Morumbizi-nho) 
(em frente à portaria 
B), atraindo visitantes da 
região.
2a QUINZEna DE 
SETEMBRO/2014 
Pág.8 
Léo Tintas: colorindo 
o bairro de São Miguel 
Com mais de 16 anos 
no mercado, quem não 
cogita ficar de fora do 
grupo de patrocinado-res 
das comemorações 
do aniversário de São 
Miguel é a Léo Tintas. A 
empresa atua no merca-do 
de tintas imobiliárias, 
industriais e automotivas 
e oferece variedade e 
produtos com qualidade, 
atendimento personali-zado 
e assistência téc-nica 
com profissionais 
treinados e devidamente 
qualificados. 
Com tradição no 
mercado, a Léo Tintas 
completou 16 anos de 
São Miguel. “Estamos 
na região há 40 anos no 
depósito Castor, então a 
16 anos atrás eu resolvi 
abrir uma loja de tintas. 
Já estamos com a 13° 
loja, essa em Santa Isa-bel. 
Fui morador muitos 
anos, nasci aqui, hoje 
resido em outro bairro 
mas tenho muito amor 
pelo bairro”, comenta o 
empresário Léo Mariano. 
Com um imenso carinho 
pelo bairro, Leo lembra 
que vivenciou momentos 
de grandes conquistas 
na região e se alegra 
muito em fazer parte dos 
patrocinadores do even-to. 
“Tudo que conquista-mos 
foi em São Miguel, 
a nossa 1° loja nasceu 
aqui, procuro estar próxi-mo 
dos acontecimentos 
do bairro de São Miguel. 
O que nos faz sermos 
patrocinadores deste 
grande evento é saber 
que a equipe toda se 
uniu para fazer o melhor 
pela região”. 
Sempre disposto a 
ajudar o desenvolvimen-to 
do bairro, Leo Mariano 
diz que embora a região 
tenha tido seus avan-ços, 
o bairro precisa de 
melhorias no setor de 
lazer. “Poderia ter mais 
cultura, lazer, um teatro 
ou shopping quem sabe? 
O bairro merece nosso 
melhor. É claro que hou-ve 
muitas melhorias no 
bairro, tais como: a nova 
estação, terminal de ôni-bus 
no Lapenna, enfim, 
houve muitas melhorias 
e espero que a cada ano 
melhore ainda mais. Aqui 
é uma região boa para 
morar, as pessoas são 
alegres, querem viver 
bem, só falta ajuda do 
poder público, assim a 
moradia será melhor”. 
Atualmente 
a Léo Tintas 
possui 13 lo-jas 
e empre-ga 
mais 64 
funcionários. 
Léo Mariano

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  • 1. ANO XX - N° 366 - 2ª QUINZENA DE SETEMBRO DE 2014 Em defesa da verdade e do desenvolvimento de São Miguel e Região | Tel.: 2031-2364 e 2513-0928 | raleste@gmail.com Festa do aniversário de São Miguel (392 Anos) acontece no próximo fim de semana (20 e 21) na Praça do Morumbizinho A tradicional festa de aniversário de São Mi-guel Paulista, que nesse ano comemora 392 anos, deverá acontecer no pró-ximo sábado e domingo (20 e 21), com uma exten-sa programação cultural que promete transformar a praça do Morumbizinho (ao lado da UNICSUL) no palco cultural mais impor-tante da zona leste. A programação prevê eventos como: danças típicas, show musical, exposições, teatro, gas-tronomia, literatura, ofi-cina cultural, artesanato, workshop, atividades es-portivas, responsabilida-de social e muito mais. Tudo isso deverá acontecer entre as 10 da manhã até às 22 horas na praça Morumbizinho que já esta sendo conhecida como praça dos eventos de São Miguel. Venha e traga toda a família pois o local é mui-to agradável e totalmente seguro graças ao apoio ostensivo da Polícia Mili-tar e da Guarda Civil Me-tropolitana. Mais informações veja o cartaz da programação na página 08 Jornal Acontece Agora 21 anos de amor por São Miguel Divaldo Rosa Diretor do Grupo Acontece) Neste momento em que temos a responsabilidade de registrar em docu-mentário os 392 anos da história de São Miguel, queremos destacar os 20 anos de dedicação incondicional ao bairro mais tradicional da Zona Leste de São Paulo. São 21 anos de luta, trabalho e com-prometimento que nos transformou num dos principais jornais de bairro da cidade de São Paulo. O Jornal Acontece Agora deu uma nova cara à mídia impressa da região tornando-se referência para muitos jornais. Estamos integrados ao esforço da sociedade de São Miguel, que vislumbra novos rumos para o nosso bairro, em especial a exploração do seu potencial turístico e cultural. Parabéns São Miguel pelos 392 anos. Uma Aldeia Indígena que virou referência na Zona Leste Desde o principio, São Miguel Paulista vai ter sua importância bastante de-finida no contexto de São Paulo, desde o desenvol-vimento da Vila de Pirati-ninga até a formação do Ideamento de São Miguel Ururai. Apesar da data de fundação do bairro ser de 1622 – tanto que esta data está na portada da capela – e de estar ligada à construção da capela atual, situada no centro do bairro, e a transferências de índios de Itaquaquecetuba para lá em 1623, segundo docu-mentos da época, há fortes indícios de que a origem de São Miguel Paulista se dá mais de 60 anos antes, inclusive com a existência de uma primeira capela, anterior a que está em pé até os dias de hoje. Roseli Santaella Stella, doutora em história pela USP, defende que a funda-ção de... leia na pág 02 Subprefei-tura de São Miguel se prepara para realizar mais uma festa de aniversário da região Setembro é o mês de aniversário de São Miguel Paulista, e será comemo-rado com grandes festejo pelos seus moradores. São 392 anos de tra-dição e miscigenações entre diferentes povos, de cultura que nascem e de-senvolvem no bairro, entre moradores e ... Pág 04 Festival de reggae em São Miguel Paulista traz lenda jamaicana No evento, se apre-sentam o jamaicano Erool Dunkley, além das bandas nacionais Tribo de Jah e Planta & Raiz Dentro das programa-ções do aniversário de 392 anos de São Miguel, o bairro de São Miguel, foi palco de um dia reple-to de shows gratuitos de reggae. O evento acon-teceu no domingo dia 14 cerca de 80 mil pessoas participaram do festival de reggae. Durante quase 12 horas, moradores e fre-quentadores da região pu-deram... leia na pág 04
  • 2. 2a QUINZEna DE SETEMBRO/2014 Pág.2 Uma Aldeia Indígena que virou referência na Zona Leste Desde o principio, São Miguel Paulista vai ter sua importância bastante definida no contexto de São Paulo, desde o desenvolvimento da Vila de Piratininga até a formação do Ideamento de São Miguel Ururai. Apesar da data de fundação do bair-ro ser de 1622 – tanto que esta data está na portada da capela – e de estar ligada à construção da capela atual, situada no centro do bairro, e a transferências de índios de Itaquaquecetuba para lá em 1623, segundo documentos da época, há fortes indícios de que a origem de São Mi-guel Paulista se dá mais de 60 anos antes, inclusive com a existência de uma primeira capela, anterior a que está em pé até os dias de hoje. Roseli Santaella Stella, doutora em história pela USP, defende que a fundação de São Miguel Paulista ocorreu em 1560, com a visita do Bea-to José de Anchieta aos índios guaianases que haviam sido refugiados da Vila de Pirati-ninga, após a extinção da Vila de Santo André da Borda do Campo, que fez com seus mo-radores fossem para a nova Vila, assustando parte dos índios que se dispersaram à leste da Vila. Mas, mais do que isso, pelo fato de que São Miguel tinha uma importância estratégia muito clara “São Miguel é um posto avançado na defesa da Vila de São Paulo de Piratininga contra os ataques dos Tamoios que vinham desse litoral norte. É um período em que os índios Tamoios têm aliança com os franceses, sendo uma ameaça constante. Então o aldeamento de São Miguel de UruraÍ é fundado nesse período. E você percebe que além de São Paulo, São Miguel é um dos primeiros pontos de fixação mais dentro do território, enquanto toda a colonização se dava ao longo da orla litorânea brasileira”, atesta. Sendo assim, Anchieta teria ido até a localidade para aglomerar em um núcleo aqueles índios que estavam dispersos, a exemplo do que havia sido feito em Salvador, trazendo os índios para o lado dos jesuítas e reconduzi-los ao seio Cristão e, consequen-temente, ajudarem na defesa da Vila de Piratininga “Não resta duvida que a fundação se dá em 1560 porque ele recebe uma orientação do Padre Manuel da Nóbrega para que os índios fossem visitados, em junho de 1560. Depois, em janeiro de 1561, ele escreve para o Nóbrega informando que os índios foram visitados. Então, os índios foram visitados entre a ordem do Nóbrega e a carta que ele escreve para o Nóbre-ga”, defende. Segundo Roseli, durante suas pesquisas no arquivo dos jesuítas no Vaticano, ela encontrou documentos de 1583, nos quais Anchieta , já na condição de provincial da Companhia de Jesus faz uma relação dos pontos onde os jesuítas atuavam e menciona o Aldeamento de Sâo Miguel de Ururai, em 1953, como um ponto ensinavam ao trabalho de cristianização dos índios, esforçaram –se para não perder o contato com aque-les índios dissidentes que se afastaram da Vila de Pirati-ninga. Tudo parece indicar que eles conseguiram, pelo menos parcialmente, esse intento e em duas aldeias indígenas próximas da Vila construíram duas pequenas capelas: uma dedicada a São Miguel Arcanjo e outra a Nossa Senhora da Conceição dos Pinheiros. A importância dada a São Miguel, em seus primórdios era tanta, que o aldeamento foi intitulado de Padroado Real. “Dentro da concep-ção do Estado Português, é uma aldeia de importância estratégica, porque ela está subordinada diretamente ao Estado Português. Ela não é uma aldeia que tem autono-mia, deve uma subordinação política direta ao reino, explica Roseli. Mais tarde essa rela-ção direta com a Coroa vai provocar problemas junto à Câmara de São Paulo, que vai interferir diretamente nesse aldeamento, agravado pela defesa feita pelos jesuítas aos índios, opondo-se à retirada dos índios do local para se-guir a exploração pelo sertão brasileiro. “Quando ocorre a retirada maciça dos índios de São Miguel e de São Paulo para essas expedições, o bairro perde importância. E isso ocorreu já no século XVII. A importância que se tinha inicialmente como ponto de defesa é perdida”, diz Roseli. Segundo o professor de His-tória Avelar Cezar Imamura, nesse período o aldeamento já era marcado por um pre-domínio de brancos, o que explicaria a reconstrução da capela e, moldes mais ade-quados à celebração da litur-gia católica, atendendo a uma demanda mais de pessoas no vilarejo. Com uma população to-talmente diferente de sua formação, São Miguel Pau-lista presencia a expulsão dos Jesuítas do Brasil e a chegada dos franciscanos, durante o século XVIII, que vão transformar a destinação da capela. “São Miguel Pau-lista passa a ser um hospício franciscano, um lugar para aqueles que tinham mais idade. Não era mais só uma igrejinha, eles moravam ali. Então, outros edifícios foram construídos para abrigá-los. A reforma ampliou o espaço existente e manteve boa parte da segunda igreja, inaugura-da em 1622”, afirma Roseli. O aldeamento indígena decai enquanto que a Vila prospera enquanto bairro graças à ati-vidades agrícola. Já o século XIX é marcada por uma es-tagnação do bairro, perdendo ainda mais sua importância perante a cidade de São Paulo, principalmente devido à sua distância. Quando se fala em São Miguel Paulista é importante saber que, nesse período, o bairro contemplava não só o distrito de lá, mas Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista e até Itaquera e Guaianases. Nos seus primór-dios, alcançava autônomos e diminuindo o tamanho da região principal. O curioso é que São Miguel Paulista foi erigida a distrito somente em 1891. Até então , pertencia a Penha. A Nitro Química encerra o isola-mento do bairro Até as primeiras décadas do século XX São Miguel Paulista permaneceu aparta-da de São Paulo, apesar de prover alguns produtos para a cidade. Isso porque, ainda sofria com problemas de transporte, dada à distancia do centro, que começava a crescer e a expandir para o Brás, o Pari e a Mooca, do lado leste. Competia a São Miguel Paulista fornecer tijo-los, pedregulho e areia, ma-terial extraído a partir do Rio Tietê, que também era usado para escoamento desses com milhares de toneladas de equipamentos. “A Nitro Química tornou São Miguel Paulista pratica-mente numa pequena cidade operária-industrial dentro de São Paulo, gerou toda uma identidade própria a presença da Nitro Química, porque não transformou São Miguel Pau-lista em um bairro dormitório a partir dos anos 1970. Até os anos 1950 será um bairro vinculado à Nitro Química”, observa Paulo Fontes, Pro-fessor da Faculdade Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e autor do livro Um Nordeste em São Paulo, que narra a história dos migrantes em São Miguel Paulista. “Tudo em São Miguel girava em torno da na empresa, precisaram tam-bém morar perto do local, que foi amplamente loteado e vendido para essa classe trabalhadora realizar o sonho da casa própria. Se era tão fácil conseguir emprego, já que não era necessária a qualificação, as condições de trabalho não eram as melhores e a dificuldade de comunicação entre os chefes e os operários era complicada, pois havia dificuldade no entendimento da produção - havia diversas fábricas dentro do complexo industrial, que não se limitava a produzir o fio raiôn, mas também soda cáustica e até produtos explosivos, princi-palmente durante a Segunda Jornal Acontece Agora, Folha do Itaim & Curuça, Jornal de Ermelino & Ponte Rasa, Jornal Guaianás & Cidade Tiradentes e Revista Acontece Leste Tiragem: 40.000 exemplares cnpj: 03.115.443/0001-16 Circulação: São Miguel, ITAQUERA, vILA Jacuí, jd. helena, v. curuça E GUARULHOS Diretor: Divaldo Rosa Adm. e Financeiro: Ademyr Rodrigues Representante comercial: Eduardo Rocha e Ariane Andrade Jornalista FL: Silmara G. Nunes Revisão: Suseli Corumba Rosa Fotos: Bruno Barreto Rosa Diretor de Arte: Sergio Avante Depto. Jurídico: Agilson M. Oliveira Distribuição: Mart Press Distribuidora Avenida dos Guachos, 166 - Vila Curuça Cep: 08030-360 Itaim Paulista – SP E-mail: raleste@gmail.com site: www.grupoacontece.com.br O jornal Acontece Agora é Filiado à A J O R L E S T E Associação dos Jornais da Zona Leste REDAÇÃO E PUBLICIDADE 2031-2364 | 2513-0928 Patente: PROC. 830024034 Classe 16 RPI RM 2087 As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos colaboradores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. Os nomes dos colaboradores e representantes comercias não mantém vínculo empregatício com a empresa. produtos. Já o Rio era pouco utilizado para o transporte de pessoas. A estação de trem mais próxima era situada entre Itaquera e Guaianases, dificultando e muito a ligação do bairro com São Paulo, que começava a ser o centro nervoso de urbanização e industrialização. O cenário vai começar a mudar a partir de algumas intervenções na região, como a construção da Rodovia São Paulo – Rio, em 1922 e, na década seguinte, a inauguração de uma linha de ônibus entre Penha e São Miguel Paulista. Mas a princi-pal delas é a construção da linha variante de trem, que fará com que seja construída a estação São Miguel Paulista no centro do bairro, diminuin-do os problemas em torno do transporte. A chegada da Nitro Quími-ca, que começou a funcionar em 1937, e inaugurada três anos depois, com a presença do presidente da República Getúlio Vargas, vai ser o passo definitivo para uma ver-dadeira revolução urbana no bairro, devolvendo um papel estratégico a ele no contexto da Zona Leste. A Nitro Quí-mica surge de uma empresa falida nos Estados Unidos, e sua estrutura foi adquirida por um grupo de empresários e trazida para o Brasil, junto Nitro Química. Tinha berçário aqui, vila operária para os encarregados. Ela construiu um hospital, a Catedral de São Miguel não teria saído se ela não ajudasse. A Nitro foi a base para pujança e crescimento de São Miguel”, crê Nilton Cruz, 71 anos, ex-funcionário da Nitro Química. Com a Nitro Química, era preciso mão de obra para trabalhar na nova empresa. E muitos dos trabalhadores foram buscados nas Minas Gerais, Paraná, interior de São Paulo e, principalmente no Nordeste. Em um mo-mento em que o Brasil vivia uma grande mudança de população do campo para a cidade, como mostramos na Introdução. “Trabalhar na Nitro na época era só chegar na portaria, desde que você tivesse idade, não precisava ser alfabetizado, tinha em-prego garantido”,fala seu Nilton Cruz. O impacto da Nitro Química no bairro foi imenso. Em 1940 a empresa já empregava cerca de 2.700 trabalhadores, mais ou menos um terço total da população do bairro à época, que era de aproximadamente 7.600 habitantes. Essa migração transformou São Miguel Pau-lista em um bairro de forte presença nordestina. E para essas pessoas trabalharem Guerra Mundial. Nesse meio tempo os norte-americanos foram embora e os que fica-ram precisaram entender o seu trabalho e ensinar para os operários migrantes. “Aí fica complicado. Como uma pessoa que não tem domí-nio completo da máquina, do espaço, vai ensinar a quem não sabe nada? Con-seqüentemente, quase toda a emana havia uma explosão. Acidentes e mortes eram comuns”, afirma Ricardo Cor-reia Marcondes, mestre em História pela PUC-SP com uma dissertação sobre a Nitro Química. E a vida do bairro era regida pelos apitos da fábrica. “Eu obtive relatos de pessoas que quando criança sabiam que quando houvesse um sinal da fábrica significava saída ou entrada de turno. Agora, se escutassem três sinais em seguida, todos na sala deveriam ficar no chão, porque aquilo representava explosão. Isso ficou marcado no bairro. Pelos sinais as pes-soas sabiam o que acontecia na fábrica? Com as condições de tra-balho insalubres, as manifes-tações e as greves eram cada vez mais constantes, além de problemas financeiros, superados pelos concorren-tes, até que em 1966 ocorre a demissão de um terço dos Antiga entrada da Nitro Química Antiga estação de trem de São Miguel Paulista Antiga Capela São Miguel Arcanjo
  • 3. 2a QUINZEna DE SETEMBRO/2014 Pág.3 funcionários, que marcou a ruptura de um ano áureo para a derrocada que vai perder sua importância econômica e política - como instrumento do nacional - desenvolvimen-tismo governo Getúlio Vargas -, embora mantenha as portas abertas até os dias de hoje. Com a decadência da Nitro Química, a partir da metade da década de 1960, São Miguel Paulista começa a perder sua força e centralida-de, se transformando em um bairro-dormitório, cada vez mais parecido com os seus vizinhos. Segundo Fontes, ainda assim, São Miguel vai permanecer como uma pe-quena sede na Zona Leste, principalmente por causa de um comércio muito intenso. “Podemos perceber que a ‘vocação’ econômica de São Miguel Paulista já deixo, há muito tempo, de ser industrial para se tornar uma região com forte estrutura econômi-ca voltada para o setor terci-ário da economia (comércio e prestação de serviços). Essa tendência acom-panha o desenvolvimento econômico da região me-tropolitana de São Paulo, que cada vez mais ocupa menos pessoas nas in-dústrias e passa a ocupar mais no setor de comércio e serviços”. No passado, o bosque iluminado por lampiões, local de seresteiros e trovadores, é hoje a Praça Aleixo Mafra (nome em homenagem ao antigo pároco de São Mi-guel), popularmente conhe-cida como Praça do Forró. Este local é para a popula-ção de São Miguel Paulista, não somente um largo onde se localiza a velha capela de 1622, construída pelos índios de Ururaí, mas tam- As lutas sociais e o comércio Herança Cultural bém um espaço público que oportuniza o encontro das pessoas, que com a liber-dade e sem medo podem exercer sua humanidade entre risos e calor humano de amigos e conterrâneos. Cresceu o arraial, floresceu o bairro a partir da instalação da indústria, do aumento populacional e da expansão comercial. Surgiram novas formas e concepções de vida. reinventá-la. Nós humanos temos a tendência de hiper-valorizar o passado e muitos vezes, ao invés de projetar-mos o futuro, retroagimos jogando nele todas nossas expectativas do presente. Esquecemos que ao fazer isto, estamos nos alienan-do, pois, jogamos ao tempo passado o que deveríamos fazer no presente. Esquecemos que somos sujeitos históricos e ao as-sumir a nossa condição humana é vital definir o que iremos construir socialmen-te: se um bairro que respeita o passado com sua herança histórica apenas como patri-mônio, ou se um bairro que a partir desta herança é capaz de planejar e criar uma nova humanidade. Nesta perspectiva o di-reito a um bairro não pode ser concebido como simples retorno ao passado, mas deverá ser formulado como direito à vida urbana o que pressupõe o pensar integral sobre o bairro em todas as suas dimensões: histórica, cultural, educacional, social, política e econômica. Enfim, é preciso que a população, conjuntamente, sem esquecer a origem histórica do bairro e sua evolução, conceba um novo projeto de bairro que atenda as novas necessidades, res-gatando valores essenciais à verdadeira humanização. Com a decadência da Nitro Química, a partir da metade da década de 60, São Miguel Pau-lista começa a perder sua força e centralidade, principalmente pela diminuição de emprego na região, se transformando em um bairro dormitório, cada vez mais parecido com seus vizinhos. Apesar disto, o bairro em seu entorno vai manter uma atuação forte na zona leste por ter sido um lugar que recebeu uma grande concentração das demandas sociais em forma de movimentos populares reivin-dicatórios. “ A existência dos movimentos sociais na região leste (...) data da década de 60, ainda com uma presença dispersas e esporádica de pes-soas que foram se engajando em vários grupos, para depois se constituírem em forma de organização e se inserirem no espectro dos movimentos sociais populares da cidade de São Paulo”. E com o crescimento dos movimentos populares, a igreja católica teve papel importante por se posicionar ao lado des-tas reivindicações. “A região leste como um todo passa a ocupar um lugar proeminente na Arquidiocese de São Paulo, dando vida a diversos órgãos de sustentação das novas pastorais, especialmente as da Saúde, da Terra, da Liturgia e dos Ministérios. À época de sua atuação, a igreja matriz de São Miguel foi local de assembleias populares e celebrações litúrgi-cas memoráveis, conjugando a firme e decida presença ao lado da população na busca de solução para as suas deman-das sociais mais prementes, à sua missão pastoral precípua centrada nas necessidades espirituais dos fies”. Com o decorrer dos anos, São Miguel Paulista volta a se firmar cada vez mais como uma sub-sede da zona leste, principalmente por causa de um comercio muito intenso, que tem no Mercado Municipal do Dr. Américo Sugai um dos principais pontos do comércio de hortifrutigranjeiros da região. “Podemos perceber que a ‘vocação’ econômica de São Miguel Paulista já deixou, há muito tempo, de ser industrial para se tornar uma região com forte estrutura econômica vol-tada para o setor terciário da economia (comércio e presta-ção de serviços). Esta tendên-cia acompanha o desenvolvi-mento econômico da região metropolitana de São Paulo, que cada vez mais ocupa me-nos pessoas nas industrias e passa a ocupar mais no setor de comércio e serviços”. Outro fato que vai ressaltar a importância de São Miguel Paulista como ator na Zona Leste é do ponto de vista reli-gioso. Em 1989, o Papa João Paulo II criou a Diocese de São Miguel, com sede na então, Igreja Matriz de São Miguel Ar-canjo, que depois seria elevada a Catedral diocesana. Limitada pela Arquidiocese de São Pau-lo, da qual foi desmembrada, e pelas dioceses de Guarulhos e Mogi das Cruzes, é, em termos territoriais a menos diocese do Brasil, apesar de abranger três regiões episcopais: São Miguel Paulista, Penha e Ita-quera- Guaianases, e seus vários setores. A grandeza natural pré -existente à fase industrial passou a ser o principal objetivo material utilizado pela indústria nascente. É a indústria que passa a carac-terizar o bairro e não mais a sua origem indígena. Sabemos que muitos lei-tores desta matéria podem estar indagando: qual é a nossa pretensão ao escre-vermos sobre este tema? Estaríamos defendendo a estagnação do arraial de Ururaí diante da modernida-de? Desejamos esclarecer aos leitores que a resposta à indagação está ligada à teia de subjetividade e ao bus-carmos sua compreensão acreditamos ser necessário tecer algumas considera-ções: “Não podemos conce-ber o mundo como um con-junto de coisas acabadas, mas como um conjunto de processos em que as coisas que parecem estáveis pas-sam por uma série ininter-rupta de transformações, por um processo de surgimento e caducidade, nos quais, em última instância se impõe sempre uma trajetória pro-gressiva.” (Engels) Assim, fugindo das con-cepções fatalistas, é im-portante que todos aqueles que vivem no bairro conhe-çam sua história e a partir dela encontrem meios para FONTE: Revista FACE LESTE
  • 4. 2a QUINZEna DE SETEMBRO/2014 Pág.4 Subprefeitura de São Miguel se prepara para realizar mais uma festa de aniversário da região No evento, se apre-sentam o jamaicano Erool Dunkley, além das bandas nacionais Tribo de Jah e Planta & Raiz Dentro das programa-ções do aniversário de 392 anos de São Miguel, o bairro de São Miguel, foi palco de um dia reple-to de shows gratuitos de reggae. O evento acon-teceu no domingo dia 14 cerca de 80 mil pessoas participaram do festival de reggae. Durante qua-se 12 horas, moradores e frequentadores da região puderam se esbaldar com os tradicionais reggaes de raiz. “Cara foi muito bom, adorei demais chamei a galera toda e vim pra cá, é triste fazer que não temos este tipo de cultura todos os finais de semana, mas o importante é que deu para curtir muito com os Setembro é o mês de aniversário de São Miguel Paulista, e será comemorado com gran-des festejo pelos seus moradores. São 392 anos de tra-dição e miscigenações entre diferentes povos, de cultura que nascem e desenvolvem no bair-ro, entre moradores e visitantes. E para comemorar mais um ano do bairro a subprefeitura de São Miguel junto à comissão de festejos programou atrações especiais para prestigiar os 392 anos com muitos eventos cul-turais, esportivos, reli-giosos e sociais. O mês inteiro esta Castor Center, materiais de construção para o desenvolvimento do bairro madeiras. Em 1997 foi inaugu-rada a terceira loja, essa na cidade de Guarulhos, tornando-se assim uma rede no setor de materiais para construção. Com o avanço e crescimento das empresas nos anos de 2004, 2007 e 2011, a rede de materiais para construção Castor Center ampliou para 07 lojas dis-tribuídas dentro e fora do município de São Paulo. “Fomos um dos primei-ros a nos instalar aqui, é muito bom ver que a região cresceu e que nós acompanhamos e ajuda-mos nesse crescimento. Temos muito a agradecer à São Miguel por todos estes anos, e temos que levar em conta que foi através deste bairro que conseguimos expandir as outras lojas que temos”, comenta o gerente de marketing Caio Almeida. Hoje a Castor Center possui cerca de 250 fun-cionários, um dos mais antigos possui cerca de 30 anos de empresa. “Nosso diferencial está em man-ter nossos funcionários sempre bem preparados para lidar da melhor forma com nossos clientes, este é nosso segredo, oferecer produtos de qualidade e confiança ao cliente e manter o melhor atendi-mento”, conclui Caio. Caio Almeida - Gerente de Marketing A Rede de empresas de materiais para cons-trução Castor Center é uma das empresas mais antigas de São Miguel Paulista e tem papel im-portante como um dos pa-trocinadores oficiais dos festejos de São Miguel. Em maio de 1977, fun-dou- se a primeira Loja de materiais para construção Castor Center em São Mi-guel Paulista, inicialmente eram cerca de 15 sócios, posteriormente deram continuidade na adminis-tração da loja 03 sócios. A Castor Center é uma das lojas tradicionais do bairro de São Miguel, e pode-se dizer que foi uma das primeiras lojas de materiais para constru-ção do bairro e, com isto, pode presenciar de perto o crescimento e todas as conquistas da região. Com grandes expecta-tivas de desenvolvimento do bairro, não demorou muito para que fosse inau-gurada a segunda loja. No ano de 1981, na mesma Avenida Dr. José Arthur da Nova, no Parque Pau-listano. Até essa época a empresa comercializava apenas material bruto, hidráulico e elétrico, após a abertura da segunda loja, a Castor Center pas-sou a comercializar itens para acabamento. Atual-mente a segunda loja se especializou na venda de sendo dedicado a ale-grar e homenagear mais uma vez São Miguel Paulista. Nessa oportunidade aproveitamos para des-tacar o papel desempe-nhado pelo subprefeito de São Miguel, o Pro-fessor Adalberto Dias de Sousa, que soube conduzir com magnitu-de as reuniões com a comunidade, dando es-paço para as opiniões de todos. Esta postura demo-crática e conciliadora do subprefeito somada aos esforços de bastidores empreendidos pela che-fe de gabinete Célia As-sumpção. Professor Adal-berto Dias de Sousa - Subpre-feito de São Miguel Festival de reggae em São Miguel Paulista traz lenda jamaicana amigos”, afirma o estu-dante Eduardo Freitas. Neste ano, os apaixo-nados pelo gênero mu-sical tiveram na lista de atrações do festival a par-ticipação do cantor jamai-cano Errol Dunkley. Dunkley que é conside-rado uma lenda do reggae mundial, um dos primei-ros artistas a se lançarem no reggae na década de 1960.Além da atração in-ternacional, o evento tam-bém contou com a presen-ça de artistas nacionais como Tribo de Jah, Planta & Raiz, Mato Seco, Le-ões Israel, Filhos da Ter-ra, Jah I Ras, QG Imperial (Monkey Jahyam), Cami-nho Suave, entre outros.
  • 5. 2a QUINZEna DE SETEMBRO/2014 Pág.5 “Nitro Química: Um compromisso sustentável e social” Prestes a completar 80 anos, a Companhia Nitro Química Brasileira deixa cada vez mais claro que as suas ações não se resumem apenas à preservação do meio ambiente, seus esfor-ços Taekwondo, Educação e Progresso – É mais um pro-jeto que educa e transforma a vida de jovens da comunidade do Jd. Lapenna através do esporte, esta iniciativa de-senvolve principalmente as competências de disciplina e auto controle; Escola de Talento – É uma iniciativa que busca des-pertar a visão empreendedora de estudantes das escolas do ensino público em São Miguel Paulista. O projeto objetiva despertar no jovem aluno a motivação através dos exem-plos de empreendedores/ges-tores de sucesso da região, tendo-os como referência de profissionalismo e conquistas pessoais; No canto da Cidade – um projeto que contempla músi-cas e apresentações popu-lares para escolas, espaços culturais e teatros na região de São Miguel Paulista e de forma gratuita incentivam e apóiam a comunidade local para que tenham a oportunidade de se desenvolver em todas as suas potencialidades. Suas ações vão de encontro à valorização do ser humano com o objetivo de contribuir para que vivam melhor e principalmente para que se desenvolvam constan-temente. Apoiar projetos que compactuam para o fomento do nosso bairro e região é visto como prioridade na em-presa, não só como forma de retribuir o acolhimento obtido desde a sua fundação, mas principalmente por acreditar que iniciativas como esta tornam suas atividades ainda mais significativas. Todos os projetos incentivados pela Nitro Química beneficiam di-retamente os moradores de São Miguel Paulista e região. Selecionadas cuidadosamen-te todas as propostas tem como objetivo, gerar empre-go, renda e oportunidades de desenvolvimento social, profissional e pessoal. Ficou interessado? Conheça um nos Hospitais –- atividades com base na arte e na cultura como principal ferramenta para proporcionar aos pacien-tes do Hospital Tide Setubal, em São Miguel Paulista, uma estadia menos dolorosa e mais humanizada. Incentivo aos festejos de Aniversário de São Miguel Paulista – A Nitro Química também faz parte dessa fes-ta, e todos os anos através de leis que incentivam ações culturais está presente como patrocinadora no evento. Tudo para que este grande festejo seja ainda mais signi-ficativo e memorável para os moradores do bairro; Crescendo com a arte do Futebol - é uma ação ligada à promoção do esporte, cultura e lazer com foco na inclusão social, proporcionando mais horas de lazer para que os jovens da Vila Curuçá tenham uma ocupação saudável de seu tempo livre; Ultrajacui: Mais de 15 anos de ações sociais em regiões carentes de São Miguel a história de muitos clientes bem de pertinho, isto é muito gratificante”, garante ele. Já é o 5º ano que a Ul-trajacui apóia os festejos de aniversário de São Miguel, “estou muito feliz por mais um ano poder participar, pois vejo que este ano estamos com uma grande equipe de organi-zadores do evento e acredito que São Miguel merece uma grande festa”, finaliza ele. manter o cliente amigo da empresa. “Eu conheço muita gente por aqui e o meu trabalho dá esta possibilidade, pois nestes anos todos, ganhei a confiança de muitos clientes, ou seja, o carteiro, o medidor da Sabesp, não precisa entrar na casa de ninguém, mas eu ou alguém da minha empre-sa entra na casa de nossos clientes e acaba conhecendo Instalada em São Miguel há mais de 15 anos, a em-presa faz parte do seleto grupo de patrocinadores do aniversário do bairro Com uma bela história de responsabilidade social em São Miguel, a Ultrajacui é muito bem quista pelos moradores. A empresa tem ações nas regiões do Jardim Pantanal e na Vila Reis, todo ano a empresa faz doações de presentes em datas como: festa do Dia das Crianças, Dia das Mães, Dia dos Pais, Natal e outras. Cerca de 2 mil famílias são beneficiadas. “Trabalho e ganho meu pão aqui na região; E é desta forma que vejo uma maneira de reconhecer o que a região me proporciona e faço isto com muito carinho”, frisou o empresário da Ultrajacui. Odir Antonio Silveira”. Com um grande conceito na região, Odir garante que seu principal diferencial é pouco mais sobre cada umas dessas iniciativas: Instituto Alana com o projeto “Brasilidança” – Neste trabalho são apoiadas ações artísticas e culturais que completam os processos educacionais no Jd. Pantanal através da música e da dança; Brincando na Praça – É um projeto especial voltado para atividades esportivas na comunidade com o intuito de integrar os jovens do bairro do Jd. Lapenna e apresentá-los aos benefícios educacionais, disciplinares e saudáveis que o esporte traz; Associação Arte Des-pertar: Promovendo Cultura
  • 6. 2a QUINZEna DE SETEMBRO/2014 Pág.6 Votorantim Metais tem orgulho de participar da história de São Miguel Paulista e indiretamente, com os in-vestimentos sociais. Para o gerente geral da unidade São Miguel Paulista, Marcelo Oliveira Silvestre, os investimentos da empresa no bairro justificam a importância que São Miguel tem para o grupo Votorantim. Estamos aqui há 32 anos e nós or-gulhamos de fazer parte da história do bairro e de ajudar a torná-lo um lugar melhor para se viver. Parabenizo o bairro São Miguel Paulista pelos seus 391 anos e também to-das as pessoas que ajudaram a escrever essa história de sucesso. Sobre a Votorantim Metais A Votorantim Metais é uma empresa do Grupo Votoran-tim, um dos maiores con-glomerados empresariais da América Latina. A companhia possui dezessete unidades: onze no Brasil, quatro nos Es-tados Unidos, uma na China e uma no Peru. A Empresa é a maior fabricante de níquel eletrolítico da América Latina, líder no mercado brasileiro de alumínio e uma das cinco maiores produtoras de zinco do mundo. Mais informações Área de Comunicação da Votorantim Metais Alan Ferreira da Costa – (11) 4567-6016 ou 97458-2223 – alan.ferreira@vmetais.com.br O grupo Votorantim está presente no bairro de São Miguel Paulista há mais de sete décadas. A história de desenvolvimento do bairro de São Miguel Paulista se confunde com a história da Votorantim na região com as empresas Votorantim Metais e Nitroquímica. A Votorantim Metais, maior produtora de Níquel Eletrolíti-co da América Latina, está no bairro de São Miguel Paulista desde 1981. O envolvimento da empresa com o bairro vai além dos mais de 400 empre-gos diretos que ela gera e cujo cerca de 80% é da região. Por meio da Votorantim Metais e do Instituto Votoran-tim, o grupo entende a im-portância cultural do bairro e por isso apoiou a reforma e a restauração da Capela de São Miguel – uma importante obra da arquitetura e da história de São Paulo e do Brasil. A empresa também se preocupa com o desenvol-vimentolocal e regional. Em 2013, o Instituto Votorantim está investindo 700 mil reais em democratização cultural por meio dos projetos Banda Alana e Círculo de Leitura, e em preparação de jovens para o primeiro emprego com o projeto PET – Programa de Educação para o Trabalho. São centenas de jovens e pessoas beneficiadas, direta 392 anos A Votorantim Metais tem orgulho de São Miguel e de fazer parte da história e do desenvolvimento da Zona Leste. Parabéns São Miguel pelo seu Aniversário. BOX 1 - Celulares e acessórios em geral BOX 21 - A&R Moda Masc. e Fem. Infanto Juvenil... BOX 2 - Perfumes importados, maquiagem... BOX 22 - A&R Modas Masc. e Fem. Sex Shop Parabéns São Miguel Paulista pelos seus 392 anos BOX 4 - Celulares, Tablets, iluminação de festas... BOX 23 - A&R Modas Masc. e Fem. Sex Shop BOX 11 - Winas Fashion Confecção, acessórios... BOX 26 - Perfumaria, Óleos de Banho, Shampoo.. BOX 18 - Camaleão Refeições em geral BOX 20 - Jogos Xbox360, Play2, Controles, mouse... Ainda temos Box para Locação. Venha Reservar o seu!!! BOX 30 - Meninas Artesanatos & Presentes BOX 34 - Gilda Modas e Acessórios para Jovens BOX 42 - Pereira Calçados Femininos, Botas, etc... BOX 45 - Rosa Chik - Moda Íntima adulto e infantil BOX 47 - Miramoça Calçados femininos, bolsas BOX 54 - BMZS - Tudo para celulares em geral Avenida Marechal Tito, 955 - São Miguel
  • 7. 2a QUINZEna DE SETEMBRO/2014 Pág.7 Unicsul promove a 10ª edição do Dia da Responsabilidade Social A Pró-reitoria de Gra-duação e Extensão da Universidade Cruzeiro do Sultem a grata satisfação de comunicar a partici-pação da Universidade na 10ª edição do Dia da Responsabilidade Social, ação anual promovida pela Associação Brasileira de Mantenedoras do En-sino Superior (ABMES), congregando IES de todo o país. As atividades que in-tegram o Dia da Respon-sabilidade Social aconte-cerão no dia 20 setembro de 2014, no Campus São Miguel, situado na Av. Dr. Ussiel Cirilo, 225. Com o objetivo de ex-pressar e fortalecer o compromisso social que alicerça sua missão, a Universidade Cruzeiro do Sul estende à comunida-de interna e externa os atendimentos, serviços e atividades promovidas pelos diversos Cursos das áreas de Ciências Profa Dra Janice V. de los Santos Pró-reitora de Graduação e Extensão Campus de São Miguel Maior sindicato químico da América Latina está em São Paulo dessa grande festa. Ficamos honrados de participar.” Onde tudo começou O Sindicato dos Químicos de São Paulo foi criado em 1933, no bairro do Brás, para representar os trabalhadores da inglesa Companhia de Gás de São Paulo. As perseguições aos trabalhadores na época eram muito intensas e, em dois anos, o Sindicato estava com as portas fechadas. Em 1938 foi criado o Sindicato dos Operários e Empregados na Fabricação de Produtos Quí-micos Industriais. E, em 1940, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de São Paulo obtém reconhecimento oficial, de acordo com a estrutura sindical imposta pelo governo Getúlio Vargas. Hoje o Sindicato dos Quí-micos é o maior da América Latina. Comparado a outros segmentos, tem uma das me-lhores convenções coletivas e um balanço positivo nas lutas por salário, saúde e segurança no trabalho. Atualmente, o Sindicato representa cerca de 80 mil trabalhadores em mais de 3 mil empresas. O setor empre-ga cerca de 30 mil mulheres; a maioria em companhias de cosméticos e produtos farma-cêuticos, onde representam, respectivamente, 45% e 56% da força de trabalho. O Sindicato dos Químicos nunca se furtou à luta e por inúmeras vezes extrapolou os limites da categoria para com-prar brigas mais amplas por democracia, justiça, inclusão social e cidadania. “Hoje, por exemplo, estamos em campa-nha pela redução dos impostos dos medicamentos”, informa Pipoka. Os impostos representam mais de 33% do valor do preço Sempre empenhado em proteger os trabalhadores da região, pode-se dizer que o Sindicato faz parte da história de São Miguel Paulista tanto quanto a Nitro Química. Em entrevista ao Jornal Acontece Agora, o diretor sindi-cal Osvaldo Bezerra, o Pipoka, explica que a subsede de São Miguel tem um importante papel na vida dos trabalhadores e dos aposentados da Nitro. “Além de atender os trabalhadores da ativa, a subsede mantém vínculos com os aposentados. E nós fazemos questão de dar todo o suporte necessário para que eles mantenham esse con-tato com a entidade, afinal de contas eles foram os pioneiros na discussão da consolidação do Sindicato”, observa. Pipoka lembra que o Sin-dicato sempre participou dos festejos de São Miguel. “O Sindicato é parte da história do bairro e todos os anos leva novidades para os participantes A primeira subsede do Sin-dicato dos Químicos de São Paulo a ser criada foi a de São Miguel, na década de 1940, para atender os funcionários da empresa Nitro Química, considerada uma das maiores fábricas da capital paulista. A instalação da Nitro Quí-mica mudou a paisagem da região e, consequentemente, a atuação do Sindicato. A partir da segunda metade dos anos de 1930, a empresa cresceu vertiginosamente, contatando muitos migrantes vindos do Nordeste. A conjuntura político -econômica provocada pela Se-gunda Guerra Mundial (1939- 1945) foi bastante favorável aos interesses de expansão da fábrica, que investiu fortemente na produção de tecidos e che-gou a ter 4.200 trabalhadores. A subsede de São Miguel tornou-se um importante espa-ço de participação dos trabalha-dores “nitrenses” que formaram o bairro de São Miguel Paulista. final dos remédios e só o ICMS é responsável por 18% dessa carga tributária. Existem duas Propostas de Emenda Cons-titucional para serem votadas com o objetivo de reduzir os impostos, uma é da deputada estadual Beth Sahão (PT), a outra é do deputado federal Francisco Chagas (PT), candi-datos à reeleição. “A redução dos impostos torna os cuida-dos com a saúde acessíveis a todos os brasileiros e também beneficia a cadeia produtiva, por isso tem nosso total apoio”, diz Pipoka. Diretor sindical Osvaldo Bezerra Administrativas e de Ne-gócios, Biológicas e da Saúde, Humanas e So-ciais e Exatas, além das atividades promovidas pelo Programa de Ex-tensão - PROESP. (vide programaçãoanexo). As atividades aconte-cerão nos diversos es-paços do Campus São Miguel, reunindo mais de 200 pessoas, entre pro-fessores, alunos e técni-cos, diretamente envolvi-das com os atendimentos e serviços à comunidade. Além disso, as atividades colaboram com os feste-jos do aniversário de São Miguel Paulista, que ocor-rerão na Praça Fortunato da Silveira (Morumbizi-nho) (em frente à portaria B), atraindo visitantes da região.
  • 8. 2a QUINZEna DE SETEMBRO/2014 Pág.8 Léo Tintas: colorindo o bairro de São Miguel Com mais de 16 anos no mercado, quem não cogita ficar de fora do grupo de patrocinado-res das comemorações do aniversário de São Miguel é a Léo Tintas. A empresa atua no merca-do de tintas imobiliárias, industriais e automotivas e oferece variedade e produtos com qualidade, atendimento personali-zado e assistência téc-nica com profissionais treinados e devidamente qualificados. Com tradição no mercado, a Léo Tintas completou 16 anos de São Miguel. “Estamos na região há 40 anos no depósito Castor, então a 16 anos atrás eu resolvi abrir uma loja de tintas. Já estamos com a 13° loja, essa em Santa Isa-bel. Fui morador muitos anos, nasci aqui, hoje resido em outro bairro mas tenho muito amor pelo bairro”, comenta o empresário Léo Mariano. Com um imenso carinho pelo bairro, Leo lembra que vivenciou momentos de grandes conquistas na região e se alegra muito em fazer parte dos patrocinadores do even-to. “Tudo que conquista-mos foi em São Miguel, a nossa 1° loja nasceu aqui, procuro estar próxi-mo dos acontecimentos do bairro de São Miguel. O que nos faz sermos patrocinadores deste grande evento é saber que a equipe toda se uniu para fazer o melhor pela região”. Sempre disposto a ajudar o desenvolvimen-to do bairro, Leo Mariano diz que embora a região tenha tido seus avan-ços, o bairro precisa de melhorias no setor de lazer. “Poderia ter mais cultura, lazer, um teatro ou shopping quem sabe? O bairro merece nosso melhor. É claro que hou-ve muitas melhorias no bairro, tais como: a nova estação, terminal de ôni-bus no Lapenna, enfim, houve muitas melhorias e espero que a cada ano melhore ainda mais. Aqui é uma região boa para morar, as pessoas são alegres, querem viver bem, só falta ajuda do poder público, assim a moradia será melhor”. Atualmente a Léo Tintas possui 13 lo-jas e empre-ga mais 64 funcionários. Léo Mariano