O documento resume a programação da festa de aniversário de 392 anos de São Miguel Paulista, que ocorrerá na Praça do Morumbizinho nos dias 20 e 21 de setembro, com shows, danças, gastronomia e outras atividades. O jornal também celebra 21 anos de cobertura do bairro e relembra fatos históricos sobre a fundação e desenvolvimento inicial de São Miguel Paulista.
1. ANO XX - N° 366 - 2ª QUINZENA DE SETEMBRO DE 2014
Em defesa da verdade e do desenvolvimento de São Miguel e Região | Tel.: 2031-2364 e 2513-0928 | raleste@gmail.com
Festa do aniversário de São Miguel (392 Anos)
acontece no próximo fim de semana (20 e 21) na Praça do Morumbizinho
A tradicional festa de
aniversário de São Mi-guel
Paulista, que nesse
ano comemora 392 anos,
deverá acontecer no pró-ximo
sábado e domingo
(20 e 21), com uma exten-sa
programação cultural
que promete transformar
a praça do Morumbizinho
(ao lado da UNICSUL) no
palco cultural mais impor-tante
da zona leste.
A programação prevê
eventos como: danças
típicas, show musical,
exposições, teatro, gas-tronomia,
literatura, ofi-cina
cultural, artesanato,
workshop, atividades es-portivas,
responsabilida-de
social e muito mais.
Tudo isso deverá
acontecer entre as 10 da
manhã até às 22 horas na
praça Morumbizinho que
já esta sendo conhecida
como praça dos eventos
de São Miguel.
Venha e traga toda a
família pois o local é mui-to
agradável e totalmente
seguro graças ao apoio
ostensivo da Polícia Mili-tar
e da Guarda Civil Me-tropolitana.
Mais informações veja o
cartaz da programação na
página 08
Jornal
Acontece Agora
21 anos de amor
por São Miguel
Divaldo Rosa
Diretor do Grupo Acontece)
Neste momento em que temos a
responsabilidade de registrar em docu-mentário
os 392 anos da história de São
Miguel, queremos destacar os 20 anos de
dedicação incondicional ao bairro mais
tradicional da Zona Leste de São Paulo.
São 21 anos de luta, trabalho e com-prometimento
que nos transformou num
dos principais jornais de bairro da cidade
de São Paulo. O Jornal Acontece Agora
deu uma nova cara à mídia impressa da
região tornando-se referência para muitos
jornais.
Estamos integrados ao esforço da
sociedade de São Miguel, que vislumbra
novos rumos para o nosso bairro, em
especial a exploração do seu potencial
turístico e cultural.
Parabéns São Miguel pelos 392 anos.
Uma Aldeia Indígena
que virou referência
na Zona Leste
Desde o principio, São
Miguel Paulista vai ter sua
importância bastante de-finida
no contexto de São
Paulo, desde o desenvol-vimento
da Vila de Pirati-ninga
até a formação do
Ideamento de São Miguel
Ururai. Apesar da data de
fundação do bairro ser
de 1622 – tanto que esta
data está na portada da
capela – e de estar ligada à
construção da capela atual,
situada no centro do bairro,
e a transferências de índios
de Itaquaquecetuba para lá
em 1623, segundo docu-mentos
da época, há fortes
indícios de que a origem
de São Miguel Paulista se
dá mais de 60 anos antes,
inclusive com a existência
de uma primeira capela,
anterior a que está em pé
até os dias de hoje.
Roseli Santaella Stella,
doutora em história pela
USP, defende que a funda-ção
de... leia na pág 02
Subprefei-tura
de São
Miguel se
prepara para
realizar mais
uma festa de
aniversário
da região
Setembro é o mês de
aniversário de São Miguel
Paulista, e será comemo-rado
com grandes festejo
pelos seus moradores.
São 392 anos de tra-dição
e miscigenações
entre diferentes povos, de
cultura que nascem e de-senvolvem
no bairro, entre
moradores e ... Pág 04
Festival de
reggae em
São Miguel
Paulista traz
lenda
jamaicana
No evento, se apre-sentam
o jamaicano Erool
Dunkley, além das bandas
nacionais Tribo de Jah e
Planta & Raiz
Dentro das programa-ções
do aniversário de
392 anos de São Miguel,
o bairro de São Miguel,
foi palco de um dia reple-to
de shows gratuitos de
reggae. O evento acon-teceu
no domingo dia 14
cerca de 80 mil pessoas
participaram do festival de
reggae. Durante quase 12
horas, moradores e fre-quentadores
da região pu-deram...
leia na pág 04
2. 2a QUINZEna DE
SETEMBRO/2014
Pág.2
Uma Aldeia Indígena que virou referência na Zona Leste
Desde o principio, São
Miguel Paulista vai ter sua
importância bastante definida
no contexto de São Paulo,
desde o desenvolvimento
da Vila de Piratininga até a
formação do Ideamento de
São Miguel Ururai. Apesar
da data de fundação do bair-ro
ser de 1622 – tanto que
esta data está na portada da
capela – e de estar ligada à
construção da capela atual,
situada no centro do bairro, e
a transferências de índios de
Itaquaquecetuba para lá em
1623, segundo documentos
da época, há fortes indícios
de que a origem de São Mi-guel
Paulista se dá mais de
60 anos antes, inclusive com
a existência de uma primeira
capela, anterior a que está em
pé até os dias de hoje.
Roseli Santaella Stella,
doutora em história pela USP,
defende que a fundação de
São Miguel Paulista ocorreu
em 1560, com a visita do Bea-to
José de Anchieta aos índios
guaianases que haviam sido
refugiados da Vila de Pirati-ninga,
após a extinção da Vila
de Santo André da Borda do
Campo, que fez com seus mo-radores
fossem para a nova
Vila, assustando parte dos
índios que se dispersaram à
leste da Vila. Mas, mais do
que isso, pelo fato de que São
Miguel tinha uma importância
estratégia muito clara “São
Miguel é um posto avançado
na defesa da Vila de São
Paulo de Piratininga contra
os ataques dos Tamoios que
vinham desse litoral norte. É
um período em que os índios
Tamoios têm aliança com
os franceses, sendo uma
ameaça constante. Então o
aldeamento de São Miguel
de UruraÍ é fundado nesse
período. E você percebe
que além de São Paulo, São
Miguel é um dos primeiros
pontos de fixação mais dentro
do território, enquanto toda a
colonização se dava ao longo
da orla litorânea brasileira”,
atesta.
Sendo assim, Anchieta
teria ido até a localidade para
aglomerar em um núcleo
aqueles índios que estavam
dispersos, a exemplo do que
havia sido feito em Salvador,
trazendo os índios para o lado
dos jesuítas e reconduzi-los
ao seio Cristão e, consequen-temente,
ajudarem na defesa
da Vila de Piratininga “Não
resta duvida que a fundação
se dá em 1560 porque ele
recebe uma orientação do
Padre Manuel da Nóbrega
para que os índios fossem
visitados, em junho de 1560.
Depois, em janeiro de 1561,
ele escreve para o Nóbrega
informando que os índios
foram visitados. Então, os
índios foram visitados entre a
ordem do Nóbrega e a carta
que ele escreve para o Nóbre-ga”,
defende.
Segundo Roseli, durante
suas pesquisas no arquivo
dos jesuítas no Vaticano, ela
encontrou documentos de
1583, nos quais Anchieta , já
na condição de provincial da
Companhia de Jesus faz uma
relação dos pontos onde os
jesuítas atuavam e menciona
o Aldeamento de Sâo Miguel
de Ururai, em 1953, como um
ponto ensinavam ao trabalho
de cristianização dos índios,
esforçaram –se para não
perder o contato com aque-les
índios dissidentes que se
afastaram da Vila de Pirati-ninga.
Tudo parece indicar
que eles conseguiram, pelo
menos parcialmente, esse
intento e em duas aldeias
indígenas próximas da Vila
construíram duas pequenas
capelas: uma dedicada a
São Miguel Arcanjo e outra a
Nossa Senhora da Conceição
dos Pinheiros.
A importância dada a São
Miguel, em seus primórdios
era tanta, que o aldeamento
foi intitulado de Padroado
Real. “Dentro da concep-ção
do Estado Português, é
uma aldeia de importância
estratégica, porque ela está
subordinada diretamente ao
Estado Português. Ela não é
uma aldeia que tem autono-mia,
deve uma subordinação
política direta ao reino, explica
Roseli. Mais tarde essa rela-ção
direta com a Coroa vai
provocar problemas junto à
Câmara de São Paulo, que vai
interferir diretamente nesse
aldeamento, agravado pela
defesa feita pelos jesuítas aos
índios, opondo-se à retirada
dos índios do local para se-guir
a exploração pelo sertão
brasileiro. “Quando ocorre a
retirada maciça dos índios de
São Miguel e de São Paulo
para essas expedições, o
bairro perde importância. E
isso ocorreu já no século XVII.
A importância que se tinha
inicialmente como ponto de
defesa é perdida”, diz Roseli.
Segundo o professor de His-tória
Avelar Cezar Imamura,
nesse período o aldeamento
já era marcado por um pre-domínio
de brancos, o que
explicaria a reconstrução da
capela e, moldes mais ade-quados
à celebração da litur-gia
católica, atendendo a uma
demanda mais de pessoas no
vilarejo.
Com uma população to-talmente
diferente de sua
formação, São Miguel Pau-lista
presencia a expulsão
dos Jesuítas do Brasil e a
chegada dos franciscanos,
durante o século XVIII, que
vão transformar a destinação
da capela. “São Miguel Pau-lista
passa a ser um hospício
franciscano, um lugar para
aqueles que tinham mais
idade. Não era mais só uma
igrejinha, eles moravam ali.
Então, outros edifícios foram
construídos para abrigá-los.
A reforma ampliou o espaço
existente e manteve boa parte
da segunda igreja, inaugura-da
em 1622”, afirma Roseli.
O aldeamento indígena decai
enquanto que a Vila prospera
enquanto bairro graças à ati-vidades
agrícola. Já o século
XIX é marcada por uma es-tagnação
do bairro, perdendo
ainda mais sua importância
perante a cidade de São
Paulo, principalmente devido
à sua distância. Quando se
fala em São Miguel Paulista é
importante saber que, nesse
período, o bairro contemplava
não só o distrito de lá, mas
Ermelino Matarazzo, Itaim
Paulista e até Itaquera e
Guaianases. Nos seus primór-dios,
alcançava autônomos
e diminuindo o tamanho da
região principal. O curioso é
que São Miguel Paulista foi
erigida a distrito somente em
1891. Até então , pertencia a
Penha.
A Nitro Química
encerra o isola-mento
do bairro
Até as primeiras décadas
do século XX São Miguel
Paulista permaneceu aparta-da
de São Paulo, apesar de
prover alguns produtos para
a cidade. Isso porque, ainda
sofria com problemas de
transporte, dada à distancia
do centro, que começava a
crescer e a expandir para o
Brás, o Pari e a Mooca, do
lado leste. Competia a São
Miguel Paulista fornecer tijo-los,
pedregulho e areia, ma-terial
extraído a partir do Rio
Tietê, que também era usado
para escoamento desses
com milhares de toneladas de
equipamentos.
“A Nitro Química tornou
São Miguel Paulista pratica-mente
numa pequena cidade
operária-industrial dentro de
São Paulo, gerou toda uma
identidade própria a presença
da Nitro Química, porque não
transformou São Miguel Pau-lista
em um bairro dormitório
a partir dos anos 1970. Até
os anos 1950 será um bairro
vinculado à Nitro Química”,
observa Paulo Fontes, Pro-fessor
da Faculdade Getúlio
Vargas do Rio de Janeiro e
autor do livro Um Nordeste
em São Paulo, que narra a
história dos migrantes em São
Miguel Paulista. “Tudo em
São Miguel girava em torno da
na empresa, precisaram tam-bém
morar perto do local,
que foi amplamente loteado
e vendido para essa classe
trabalhadora realizar o sonho
da casa própria.
Se era tão fácil conseguir
emprego, já que não era
necessária a qualificação,
as condições de trabalho
não eram as melhores e a
dificuldade de comunicação
entre os chefes e os operários
era complicada, pois havia
dificuldade no entendimento
da produção - havia diversas
fábricas dentro do complexo
industrial, que não se limitava
a produzir o fio raiôn, mas
também soda cáustica e até
produtos explosivos, princi-palmente
durante a Segunda
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produtos. Já o Rio era pouco
utilizado para o transporte de
pessoas. A estação de trem
mais próxima era situada
entre Itaquera e Guaianases,
dificultando e muito a ligação
do bairro com São Paulo,
que começava a ser o centro
nervoso de urbanização e
industrialização. O cenário
vai começar a mudar a partir
de algumas intervenções na
região, como a construção da
Rodovia São Paulo – Rio, em
1922 e, na década seguinte,
a inauguração de uma linha
de ônibus entre Penha e São
Miguel Paulista. Mas a princi-pal
delas é a construção da
linha variante de trem, que
fará com que seja construída
a estação São Miguel Paulista
no centro do bairro, diminuin-do
os problemas em torno do
transporte.
A chegada da Nitro Quími-ca,
que começou a funcionar
em 1937, e inaugurada três
anos depois, com a presença
do presidente da República
Getúlio Vargas, vai ser o
passo definitivo para uma ver-dadeira
revolução urbana no
bairro, devolvendo um papel
estratégico a ele no contexto
da Zona Leste. A Nitro Quí-mica
surge de uma empresa
falida nos Estados Unidos,
e sua estrutura foi adquirida
por um grupo de empresários
e trazida para o Brasil, junto
Nitro Química. Tinha berçário
aqui, vila operária para os
encarregados. Ela construiu
um hospital, a Catedral de
São Miguel não teria saído
se ela não ajudasse. A Nitro
foi a base para pujança e
crescimento de São Miguel”,
crê Nilton Cruz, 71 anos, ex-funcionário
da Nitro Química.
Com a Nitro Química, era
preciso mão de obra para
trabalhar na nova empresa.
E muitos dos trabalhadores
foram buscados nas Minas
Gerais, Paraná, interior de
São Paulo e, principalmente
no Nordeste. Em um mo-mento
em que o Brasil vivia
uma grande mudança de
população do campo para
a cidade, como mostramos
na Introdução. “Trabalhar na
Nitro na época era só chegar
na portaria, desde que você
tivesse idade, não precisava
ser alfabetizado, tinha em-prego
garantido”,fala seu
Nilton Cruz. O impacto da
Nitro Química no bairro foi
imenso. Em 1940 a empresa
já empregava cerca de 2.700
trabalhadores, mais ou menos
um terço total da população
do bairro à época, que era
de aproximadamente 7.600
habitantes. Essa migração
transformou São Miguel Pau-lista
em um bairro de forte
presença nordestina. E para
essas pessoas trabalharem
Guerra Mundial. Nesse meio
tempo os norte-americanos
foram embora e os que fica-ram
precisaram entender o
seu trabalho e ensinar para
os operários migrantes. “Aí
fica complicado. Como uma
pessoa que não tem domí-nio
completo da máquina,
do espaço, vai ensinar a
quem não sabe nada? Con-seqüentemente,
quase toda
a emana havia uma explosão.
Acidentes e mortes eram
comuns”, afirma Ricardo Cor-reia
Marcondes, mestre em
História pela PUC-SP com
uma dissertação sobre a Nitro
Química. E a vida do bairro
era regida pelos apitos da
fábrica. “Eu obtive relatos de
pessoas que quando criança
sabiam que quando houvesse
um sinal da fábrica significava
saída ou entrada de turno.
Agora, se escutassem três
sinais em seguida, todos na
sala deveriam ficar no chão,
porque aquilo representava
explosão. Isso ficou marcado
no bairro. Pelos sinais as pes-soas
sabiam o que acontecia
na fábrica?
Com as condições de tra-balho
insalubres, as manifes-tações
e as greves eram cada
vez mais constantes, além
de problemas financeiros,
superados pelos concorren-tes,
até que em 1966 ocorre
a demissão de um terço dos
Antiga entrada da Nitro Química
Antiga estação
de trem de São
Miguel Paulista
Antiga Capela São
Miguel Arcanjo
3. 2a QUINZEna DE
SETEMBRO/2014
Pág.3
funcionários, que marcou a
ruptura de um ano áureo para
a derrocada que vai perder
sua importância econômica
e política - como instrumento
do nacional - desenvolvimen-tismo
governo Getúlio Vargas
-, embora mantenha as portas
abertas até os dias de hoje.
Com a decadência da
Nitro Química, a partir da
metade da década de 1960,
São Miguel Paulista começa a
perder sua força e centralida-de,
se transformando em um
bairro-dormitório, cada vez
mais parecido com os seus
vizinhos. Segundo Fontes,
ainda assim, São Miguel vai
permanecer como uma pe-quena
sede na Zona Leste,
principalmente por causa de
um comércio muito intenso.
“Podemos perceber que a
‘vocação’ econômica de São
Miguel Paulista já deixo, há
muito tempo, de ser industrial
para se tornar uma região
com forte estrutura econômi-ca
voltada para o setor terci-ário
da economia (comércio e
prestação de serviços).
Essa tendência acom-panha
o desenvolvimento
econômico da região me-tropolitana
de São Paulo,
que cada vez mais ocupa
menos pessoas nas in-dústrias
e passa a ocupar
mais no setor de comércio
e serviços”.
No passado, o bosque
iluminado por lampiões, local
de seresteiros e trovadores,
é hoje a Praça Aleixo Mafra
(nome em homenagem ao
antigo pároco de São Mi-guel),
popularmente conhe-cida
como Praça do Forró.
Este local é para a popula-ção
de São Miguel Paulista,
não somente um largo onde
se localiza a velha capela
de 1622, construída pelos
índios de Ururaí, mas tam-
As lutas sociais e o comércio
Herança Cultural
bém um espaço público que
oportuniza o encontro das
pessoas, que com a liber-dade
e sem medo podem
exercer sua humanidade
entre risos e calor humano
de amigos e conterrâneos.
Cresceu o arraial, floresceu
o bairro a partir da instalação
da indústria, do aumento
populacional e da expansão
comercial. Surgiram novas
formas e concepções de
vida.
reinventá-la. Nós humanos
temos a tendência de hiper-valorizar
o passado e muitos
vezes, ao invés de projetar-mos
o futuro, retroagimos
jogando nele todas nossas
expectativas do presente.
Esquecemos que ao fazer
isto, estamos nos alienan-do,
pois, jogamos ao tempo
passado o que deveríamos
fazer no presente.
Esquecemos que somos
sujeitos históricos e ao as-sumir
a nossa condição
humana é vital definir o que
iremos construir socialmen-te:
se um bairro que respeita
o passado com sua herança
histórica apenas como patri-mônio,
ou se um bairro que a
partir desta herança é capaz
de planejar e criar uma nova
humanidade.
Nesta perspectiva o di-reito
a um bairro não pode
ser concebido como simples
retorno ao passado, mas
deverá ser formulado como
direito à vida urbana o que
pressupõe o pensar integral
sobre o bairro em todas as
suas dimensões: histórica,
cultural, educacional, social,
política e econômica.
Enfim, é preciso que a
população, conjuntamente,
sem esquecer a origem
histórica do bairro e sua
evolução, conceba um novo
projeto de bairro que atenda
as novas necessidades, res-gatando
valores essenciais
à verdadeira humanização.
Com a decadência da Nitro
Química, a partir da metade da
década de 60, São Miguel Pau-lista
começa a perder sua força
e centralidade, principalmente
pela diminuição de emprego
na região, se transformando
em um bairro dormitório, cada
vez mais parecido com seus
vizinhos. Apesar disto, o bairro
em seu entorno vai manter uma
atuação forte na zona leste por
ter sido um lugar que recebeu
uma grande concentração das
demandas sociais em forma de
movimentos populares reivin-dicatórios.
“ A existência dos
movimentos sociais na região
leste (...) data da década de
60, ainda com uma presença
dispersas e esporádica de pes-soas
que foram se engajando
em vários grupos, para depois
se constituírem em forma de
organização e se inserirem
no espectro dos movimentos
sociais populares da cidade de
São Paulo”.
E com o crescimento dos
movimentos populares, a igreja
católica teve papel importante
por se posicionar ao lado des-tas
reivindicações. “A região
leste como um todo passa a
ocupar um lugar proeminente
na Arquidiocese de São Paulo,
dando vida a diversos órgãos
de sustentação das novas
pastorais, especialmente as da
Saúde, da Terra, da Liturgia e
dos Ministérios. À época de sua
atuação, a igreja matriz de São
Miguel foi local de assembleias
populares e celebrações litúrgi-cas
memoráveis, conjugando
a firme e decida presença ao
lado da população na busca de
solução para as suas deman-das
sociais mais prementes, à
sua missão pastoral precípua
centrada nas necessidades
espirituais dos fies”.
Com o decorrer dos anos,
São Miguel Paulista volta a
se firmar cada vez mais como
uma sub-sede da zona leste,
principalmente por causa de
um comercio muito intenso,
que tem no Mercado Municipal
do Dr. Américo Sugai um dos
principais pontos do comércio
de hortifrutigranjeiros da região.
“Podemos perceber que a
‘vocação’ econômica de São
Miguel Paulista já deixou, há
muito tempo, de ser industrial
para se tornar uma região com
forte estrutura econômica vol-tada
para o setor terciário da
economia (comércio e presta-ção
de serviços). Esta tendên-cia
acompanha o desenvolvi-mento
econômico da região
metropolitana de São Paulo,
que cada vez mais ocupa me-nos
pessoas nas industrias e
passa a ocupar mais no setor
de comércio e serviços”.
Outro fato que vai ressaltar
a importância de São Miguel
Paulista como ator na Zona
Leste é do ponto de vista reli-gioso.
Em 1989, o Papa João
Paulo II criou a Diocese de São
Miguel, com sede na então,
Igreja Matriz de São Miguel Ar-canjo,
que depois seria elevada
a Catedral diocesana. Limitada
pela Arquidiocese de São Pau-lo,
da qual foi desmembrada, e
pelas dioceses de Guarulhos e
Mogi das Cruzes, é, em termos
territoriais a menos diocese
do Brasil, apesar de abranger
três regiões episcopais: São
Miguel Paulista, Penha e Ita-quera-
Guaianases, e seus
vários setores.
A grandeza natural pré
-existente à fase industrial
passou a ser o principal
objetivo material utilizado
pela indústria nascente. É a
indústria que passa a carac-terizar
o bairro e não mais a
sua origem indígena.
Sabemos que muitos lei-tores
desta matéria podem
estar indagando: qual é a
nossa pretensão ao escre-vermos
sobre este tema?
Estaríamos defendendo a
estagnação do arraial de
Ururaí diante da modernida-de?
Desejamos esclarecer
aos leitores que a resposta à
indagação está ligada à teia
de subjetividade e ao bus-carmos
sua compreensão
acreditamos ser necessário
tecer algumas considera-ções:
“Não podemos conce-ber
o mundo como um con-junto
de coisas acabadas,
mas como um conjunto de
processos em que as coisas
que parecem estáveis pas-sam
por uma série ininter-rupta
de transformações, por
um processo de surgimento
e caducidade, nos quais, em
última instância se impõe
sempre uma trajetória pro-gressiva.”
(Engels)
Assim, fugindo das con-cepções
fatalistas, é im-portante
que todos aqueles
que vivem no bairro conhe-çam
sua história e a partir
dela encontrem meios para
FONTE: Revista FACE LESTE
4. 2a QUINZEna DE
SETEMBRO/2014
Pág.4
Subprefeitura de São Miguel se prepara para
realizar mais uma festa de aniversário da região
No evento, se apre-sentam
o jamaicano Erool
Dunkley, além das bandas
nacionais Tribo de Jah e
Planta & Raiz
Dentro das programa-ções
do aniversário de
392 anos de São Miguel,
o bairro de São Miguel,
foi palco de um dia reple-to
de shows gratuitos de
reggae. O evento acon-teceu
no domingo dia 14
cerca de 80 mil pessoas
participaram do festival
de reggae. Durante qua-se
12 horas, moradores e
frequentadores da região
puderam se esbaldar com
os tradicionais reggaes de
raiz.
“Cara foi muito bom,
adorei demais chamei a
galera toda e vim pra cá, é
triste fazer que não temos
este tipo de cultura todos
os finais de semana, mas
o importante é que deu
para curtir muito com os
Setembro é o mês
de aniversário de São
Miguel Paulista, e será
comemorado com gran-des
festejo pelos seus
moradores.
São 392 anos de tra-dição
e miscigenações
entre diferentes povos,
de cultura que nascem
e desenvolvem no bair-ro,
entre moradores e
visitantes.
E para comemorar
mais um ano do bairro
a subprefeitura de São
Miguel junto à comissão
de festejos programou
atrações especiais para
prestigiar os 392 anos
com muitos eventos cul-turais,
esportivos, reli-giosos
e sociais.
O mês inteiro esta
Castor Center, materiais de construção
para o desenvolvimento do bairro
madeiras.
Em 1997 foi inaugu-rada
a terceira loja, essa
na cidade de Guarulhos,
tornando-se assim uma
rede no setor de materiais
para construção. Com
o avanço e crescimento
das empresas nos anos
de 2004, 2007 e 2011,
a rede de materiais para
construção Castor Center
ampliou para 07 lojas dis-tribuídas
dentro e fora do
município de São Paulo.
“Fomos um dos primei-ros
a nos instalar aqui,
é muito bom ver que a
região cresceu e que nós
acompanhamos e ajuda-mos
nesse crescimento.
Temos muito a agradecer
à São Miguel por todos
estes anos, e temos que
levar em conta que foi
através deste bairro que
conseguimos expandir as
outras lojas que temos”,
comenta o gerente de
marketing Caio Almeida.
Hoje a Castor Center
possui cerca de 250 fun-cionários,
um dos mais
antigos possui cerca de 30
anos de empresa. “Nosso
diferencial está em man-ter
nossos funcionários
sempre bem preparados
para lidar da melhor forma
com nossos clientes, este
é nosso segredo, oferecer
produtos de qualidade
e confiança ao cliente e
manter o melhor atendi-mento”,
conclui Caio.
Caio Almeida - Gerente de Marketing
A Rede de empresas
de materiais para cons-trução
Castor Center é
uma das empresas mais
antigas de São Miguel
Paulista e tem papel im-portante
como um dos pa-trocinadores
oficiais dos
festejos de São Miguel.
Em maio de 1977, fun-dou-
se a primeira Loja de
materiais para construção
Castor Center em São Mi-guel
Paulista, inicialmente
eram cerca de 15 sócios,
posteriormente deram
continuidade na adminis-tração
da loja 03 sócios.
A Castor Center é uma
das lojas tradicionais do
bairro de São Miguel,
e pode-se dizer que foi
uma das primeiras lojas
de materiais para constru-ção
do bairro e, com isto,
pode presenciar de perto
o crescimento e todas as
conquistas da região.
Com grandes expecta-tivas
de desenvolvimento
do bairro, não demorou
muito para que fosse inau-gurada
a segunda loja. No
ano de 1981, na mesma
Avenida Dr. José Arthur
da Nova, no Parque Pau-listano.
Até essa época a
empresa comercializava
apenas material bruto,
hidráulico e elétrico, após
a abertura da segunda
loja, a Castor Center pas-sou
a comercializar itens
para acabamento. Atual-mente
a segunda loja se
especializou na venda de
sendo dedicado a ale-grar
e homenagear mais
uma vez São Miguel
Paulista.
Nessa oportunidade
aproveitamos para des-tacar
o papel desempe-nhado
pelo subprefeito
de São Miguel, o Pro-fessor
Adalberto Dias
de Sousa, que soube
conduzir com magnitu-de
as reuniões com a
comunidade, dando es-paço
para as opiniões
de todos.
Esta postura demo-crática
e conciliadora do
subprefeito somada aos
esforços de bastidores
empreendidos pela che-fe
de gabinete Célia As-sumpção.
Professor Adal-berto
Dias de
Sousa - Subpre-feito
de São
Miguel
Festival de reggae em São Miguel
Paulista traz lenda jamaicana
amigos”, afirma o estu-dante
Eduardo Freitas.
Neste ano, os apaixo-nados
pelo gênero mu-sical
tiveram na lista de
atrações do festival a par-ticipação
do cantor jamai-cano
Errol Dunkley.
Dunkley que é conside-rado
uma lenda do reggae
mundial, um dos primei-ros
artistas a se lançarem
no reggae na década de
1960.Além da atração in-ternacional,
o evento tam-bém
contou com a presen-ça
de artistas nacionais
como Tribo de Jah, Planta
& Raiz, Mato Seco, Le-ões
Israel, Filhos da Ter-ra,
Jah I Ras, QG Imperial
(Monkey Jahyam), Cami-nho
Suave, entre outros.
5. 2a QUINZEna DE
SETEMBRO/2014
Pág.5
“Nitro Química: Um compromisso sustentável e social”
Prestes a completar 80
anos, a Companhia Nitro
Química Brasileira deixa
cada vez mais claro que as
suas ações não se resumem
apenas à preservação do
meio ambiente, seus esfor-ços
Taekwondo, Educação e
Progresso – É mais um pro-jeto
que educa e transforma a
vida de jovens da comunidade
do Jd. Lapenna através do
esporte, esta iniciativa de-senvolve
principalmente as
competências de disciplina e
auto controle;
Escola de Talento – É
uma iniciativa que busca des-pertar
a visão empreendedora
de estudantes das escolas do
ensino público em São Miguel
Paulista. O projeto objetiva
despertar no jovem aluno a
motivação através dos exem-plos
de empreendedores/ges-tores
de sucesso da região,
tendo-os como referência de
profissionalismo e conquistas
pessoais;
No canto da Cidade – um
projeto que contempla músi-cas
e apresentações popu-lares
para escolas, espaços
culturais e teatros na região
de São Miguel Paulista e de
forma gratuita
incentivam e apóiam a
comunidade local para que
tenham a oportunidade de se
desenvolver em todas as suas
potencialidades. Suas ações
vão de encontro à valorização
do ser humano com o objetivo
de contribuir para que vivam
melhor e principalmente para
que se desenvolvam constan-temente.
Apoiar projetos que
compactuam para o fomento
do nosso bairro e região é
visto como prioridade na em-presa,
não só como forma de
retribuir o acolhimento obtido
desde a sua fundação, mas
principalmente por acreditar
que iniciativas como esta
tornam suas atividades ainda
mais significativas. Todos os
projetos incentivados pela
Nitro Química beneficiam di-retamente
os moradores de
São Miguel Paulista e região.
Selecionadas cuidadosamen-te
todas as propostas tem
como objetivo, gerar empre-go,
renda e oportunidades
de desenvolvimento social,
profissional e pessoal. Ficou
interessado? Conheça um
nos Hospitais –- atividades
com base na arte e na cultura
como principal ferramenta
para proporcionar aos pacien-tes
do Hospital Tide Setubal,
em São Miguel Paulista, uma
estadia menos dolorosa e
mais humanizada.
Incentivo aos festejos de
Aniversário de São Miguel
Paulista – A Nitro Química
também faz parte dessa fes-ta,
e todos os anos através
de leis que incentivam ações
culturais está presente como
patrocinadora no evento.
Tudo para que este grande
festejo seja ainda mais signi-ficativo
e memorável para os
moradores do bairro;
Crescendo com a arte do
Futebol - é uma ação ligada à
promoção do esporte, cultura
e lazer com foco na inclusão
social, proporcionando mais
horas de lazer para que os
jovens da Vila Curuçá tenham
uma ocupação saudável de
seu tempo livre;
Ultrajacui: Mais de 15 anos de ações sociais
em regiões carentes de São Miguel
a história de muitos clientes
bem de pertinho, isto é muito
gratificante”, garante ele.
Já é o 5º ano que a Ul-trajacui
apóia os festejos de
aniversário de São Miguel,
“estou muito feliz por mais um
ano poder participar, pois vejo
que este ano estamos com
uma grande equipe de organi-zadores
do evento e acredito
que São Miguel merece uma
grande festa”, finaliza ele.
manter o cliente amigo da
empresa.
“Eu conheço muita gente
por aqui e o meu trabalho
dá esta possibilidade, pois
nestes anos todos, ganhei a
confiança de muitos clientes,
ou seja, o carteiro, o medidor
da Sabesp, não precisa entrar
na casa de ninguém, mas eu
ou alguém da minha empre-sa
entra na casa de nossos
clientes e acaba conhecendo
Instalada em São Miguel
há mais de 15 anos, a em-presa
faz parte do seleto
grupo de patrocinadores do
aniversário do bairro
Com uma bela história
de responsabilidade social
em São Miguel, a Ultrajacui
é muito bem quista pelos
moradores. A empresa tem
ações nas regiões do Jardim
Pantanal e na Vila Reis, todo
ano a empresa faz doações
de presentes em datas como:
festa do Dia das Crianças,
Dia das Mães, Dia dos Pais,
Natal e outras. Cerca de 2
mil famílias são beneficiadas.
“Trabalho e ganho meu
pão aqui na região; E é desta
forma que vejo uma maneira
de reconhecer o que a região
me proporciona e faço isto
com muito carinho”, frisou o
empresário da Ultrajacui. Odir
Antonio Silveira”.
Com um grande conceito
na região, Odir garante que
seu principal diferencial é
pouco mais sobre cada umas
dessas iniciativas:
Instituto Alana com o
projeto “Brasilidança” –
Neste trabalho são apoiadas
ações artísticas e culturais
que completam os processos
educacionais no Jd. Pantanal
através da música e da dança;
Brincando na Praça – É
um projeto especial voltado
para atividades esportivas na
comunidade com o intuito de
integrar os jovens do bairro do
Jd. Lapenna e apresentá-los
aos benefícios educacionais,
disciplinares e saudáveis que
o esporte traz;
Associação Arte Des-pertar:
Promovendo Cultura
6. 2a QUINZEna DE
SETEMBRO/2014
Pág.6
Votorantim Metais tem orgulho de participar
da história de São Miguel Paulista
e indiretamente, com os in-vestimentos
sociais.
Para o gerente geral da
unidade São Miguel Paulista,
Marcelo Oliveira Silvestre, os
investimentos da empresa no
bairro justificam a importância
que São Miguel tem para o
grupo Votorantim. Estamos
aqui há 32 anos e nós or-gulhamos
de fazer parte da
história do bairro e de ajudar a
torná-lo um lugar melhor para
se viver. Parabenizo o bairro
São Miguel Paulista pelos
seus 391 anos e também to-das
as pessoas que ajudaram
a escrever essa história de
sucesso.
Sobre a Votorantim Metais
A Votorantim Metais é uma
empresa do Grupo Votoran-tim,
um dos maiores con-glomerados
empresariais da
América Latina. A companhia
possui dezessete unidades:
onze no Brasil, quatro nos Es-tados
Unidos, uma na China
e uma no Peru. A Empresa é
a maior fabricante de níquel
eletrolítico da América Latina,
líder no mercado brasileiro
de alumínio e uma das cinco
maiores produtoras de zinco
do mundo.
Mais informações
Área de Comunicação da
Votorantim Metais
Alan Ferreira da Costa – (11)
4567-6016 ou 97458-2223 –
alan.ferreira@vmetais.com.br
O grupo Votorantim está
presente no bairro de São
Miguel Paulista há mais de
sete décadas. A história de
desenvolvimento do bairro
de São Miguel Paulista se
confunde com a história da
Votorantim na região com as
empresas Votorantim Metais
e Nitroquímica.
A Votorantim Metais, maior
produtora de Níquel Eletrolíti-co
da América Latina, está no
bairro de São Miguel Paulista
desde 1981. O envolvimento
da empresa com o bairro vai
além dos mais de 400 empre-gos
diretos que ela gera e cujo
cerca de 80% é da região.
Por meio da Votorantim
Metais e do Instituto Votoran-tim,
o grupo entende a im-portância
cultural do bairro e
por isso apoiou a reforma e a
restauração da Capela de São
Miguel – uma importante obra
da arquitetura e da história de
São Paulo e do Brasil.
A empresa também se
preocupa com o desenvol-vimentolocal
e regional. Em
2013, o Instituto Votorantim
está investindo 700 mil reais
em democratização cultural
por meio dos projetos Banda
Alana e Círculo de Leitura,
e em preparação de jovens
para o primeiro emprego com
o projeto PET – Programa de
Educação para o Trabalho.
São centenas de jovens e
pessoas beneficiadas, direta
392 anos
A Votorantim Metais tem orgulho de São Miguel e de fazer parte da história e do
desenvolvimento da Zona Leste. Parabéns São Miguel pelo seu Aniversário.
BOX 1 - Celulares e
acessórios em geral
BOX 21 - A&R Moda Masc.
e Fem. Infanto Juvenil...
BOX 2 - Perfumes
importados, maquiagem...
BOX 22 - A&R Modas Masc.
e Fem. Sex Shop
Parabéns São Miguel Paulista
pelos seus 392 anos
BOX 4 - Celulares, Tablets,
iluminação de festas...
BOX 23 - A&R Modas Masc.
e Fem. Sex Shop
BOX 11 - Winas Fashion
Confecção, acessórios...
BOX 26 - Perfumaria, Óleos
de Banho, Shampoo..
BOX 18 - Camaleão
Refeições em geral
BOX 20 - Jogos Xbox360,
Play2, Controles, mouse...
Ainda
temos Box
para Locação.
Venha Reservar
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BOX 30 - Meninas
Artesanatos & Presentes
BOX 34 - Gilda Modas e
Acessórios para Jovens
BOX 42 - Pereira Calçados
Femininos, Botas, etc...
BOX 45 - Rosa Chik - Moda
Íntima adulto e infantil
BOX 47 - Miramoça
Calçados femininos, bolsas
BOX 54 - BMZS - Tudo para
celulares em geral
Avenida Marechal Tito, 955 - São Miguel
7. 2a QUINZEna DE
SETEMBRO/2014
Pág.7
Unicsul promove a 10ª edição do Dia da Responsabilidade Social
A Pró-reitoria de Gra-duação
e Extensão da
Universidade Cruzeiro do
Sultem a grata satisfação
de comunicar a partici-pação
da Universidade
na 10ª edição do Dia da
Responsabilidade Social,
ação anual promovida
pela Associação Brasileira
de Mantenedoras do En-sino
Superior (ABMES),
congregando IES de todo
o país.
As atividades que in-tegram
o Dia da Respon-sabilidade
Social aconte-cerão
no dia 20 setembro
de 2014, no Campus São
Miguel, situado na Av. Dr.
Ussiel Cirilo, 225.
Com o objetivo de ex-pressar
e fortalecer o
compromisso social que
alicerça sua missão, a
Universidade Cruzeiro do
Sul estende à comunida-de
interna e externa os
atendimentos, serviços
e atividades promovidas
pelos diversos Cursos
das áreas de Ciências
Profa Dra Janice V. de los Santos
Pró-reitora de Graduação e Extensão
Campus de São Miguel
Maior sindicato químico da América Latina está em São Paulo
dessa grande festa. Ficamos
honrados de participar.”
Onde tudo
começou
O Sindicato dos Químicos
de São Paulo foi criado em
1933, no bairro do Brás, para
representar os trabalhadores
da inglesa Companhia de Gás
de São Paulo. As perseguições
aos trabalhadores na época
eram muito intensas e, em
dois anos, o Sindicato estava
com as portas fechadas. Em
1938 foi criado o Sindicato dos
Operários e Empregados na
Fabricação de Produtos Quí-micos
Industriais. E, em 1940,
o Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias Químicas e
Farmacêuticas de São Paulo
obtém reconhecimento oficial,
de acordo com a estrutura
sindical imposta pelo governo
Getúlio Vargas.
Hoje o Sindicato dos Quí-micos
é o maior da América
Latina. Comparado a outros
segmentos, tem uma das me-lhores
convenções coletivas e
um balanço positivo nas lutas
por salário, saúde e segurança
no trabalho.
Atualmente, o Sindicato
representa cerca de 80 mil
trabalhadores em mais de 3
mil empresas. O setor empre-ga
cerca de 30 mil mulheres;
a maioria em companhias de
cosméticos e produtos farma-cêuticos,
onde representam,
respectivamente, 45% e 56%
da força de trabalho.
O Sindicato dos Químicos
nunca se furtou à luta e por
inúmeras vezes extrapolou os
limites da categoria para com-prar
brigas mais amplas por
democracia, justiça, inclusão
social e cidadania. “Hoje, por
exemplo, estamos em campa-nha
pela redução dos impostos
dos medicamentos”, informa
Pipoka.
Os impostos representam
mais de 33% do valor do preço
Sempre empenhado em
proteger os trabalhadores da
região, pode-se dizer que o
Sindicato faz parte da história
de São Miguel Paulista tanto
quanto a Nitro Química.
Em entrevista ao Jornal
Acontece Agora, o diretor sindi-cal
Osvaldo Bezerra, o Pipoka,
explica que a subsede de São
Miguel tem um importante papel
na vida dos trabalhadores e dos
aposentados da Nitro. “Além
de atender os trabalhadores
da ativa, a subsede mantém
vínculos com os aposentados.
E nós fazemos questão de dar
todo o suporte necessário para
que eles mantenham esse con-tato
com a entidade, afinal de
contas eles foram os pioneiros
na discussão da consolidação
do Sindicato”, observa.
Pipoka lembra que o Sin-dicato
sempre participou dos
festejos de São Miguel. “O
Sindicato é parte da história
do bairro e todos os anos leva
novidades para os participantes
A primeira subsede do Sin-dicato
dos Químicos de São
Paulo a ser criada foi a de São
Miguel, na década de 1940,
para atender os funcionários
da empresa Nitro Química,
considerada uma das maiores
fábricas da capital paulista.
A instalação da Nitro Quí-mica
mudou a paisagem da
região e, consequentemente,
a atuação do Sindicato. A partir
da segunda metade dos anos
de 1930, a empresa cresceu
vertiginosamente, contatando
muitos migrantes vindos do
Nordeste. A conjuntura político
-econômica provocada pela Se-gunda
Guerra Mundial (1939-
1945) foi bastante favorável
aos interesses de expansão da
fábrica, que investiu fortemente
na produção de tecidos e che-gou
a ter 4.200 trabalhadores.
A subsede de São Miguel
tornou-se um importante espa-ço
de participação dos trabalha-dores
“nitrenses” que formaram
o bairro de São Miguel Paulista.
final dos remédios e só o ICMS
é responsável por 18% dessa
carga tributária. Existem duas
Propostas de Emenda Cons-titucional
para serem votadas
com o objetivo de reduzir os
impostos, uma é da deputada
estadual Beth Sahão (PT), a
outra é do deputado federal
Francisco Chagas (PT), candi-datos
à reeleição. “A redução
dos impostos torna os cuida-dos
com a saúde acessíveis a
todos os brasileiros e também
beneficia a cadeia produtiva,
por isso tem nosso total apoio”,
diz Pipoka.
Diretor sindical Osvaldo
Bezerra
Administrativas e de Ne-gócios,
Biológicas e da
Saúde, Humanas e So-ciais
e Exatas, além das
atividades promovidas
pelo Programa de Ex-tensão
- PROESP. (vide
programaçãoanexo).
As atividades aconte-cerão
nos diversos es-paços
do Campus São
Miguel, reunindo mais de
200 pessoas, entre pro-fessores,
alunos e técni-cos,
diretamente envolvi-das
com os atendimentos
e serviços à comunidade.
Além disso, as atividades
colaboram com os feste-jos
do aniversário de São
Miguel Paulista, que ocor-rerão
na Praça Fortunato
da Silveira (Morumbizi-nho)
(em frente à portaria
B), atraindo visitantes da
região.
8. 2a QUINZEna DE
SETEMBRO/2014
Pág.8
Léo Tintas: colorindo
o bairro de São Miguel
Com mais de 16 anos
no mercado, quem não
cogita ficar de fora do
grupo de patrocinado-res
das comemorações
do aniversário de São
Miguel é a Léo Tintas. A
empresa atua no merca-do
de tintas imobiliárias,
industriais e automotivas
e oferece variedade e
produtos com qualidade,
atendimento personali-zado
e assistência téc-nica
com profissionais
treinados e devidamente
qualificados.
Com tradição no
mercado, a Léo Tintas
completou 16 anos de
São Miguel. “Estamos
na região há 40 anos no
depósito Castor, então a
16 anos atrás eu resolvi
abrir uma loja de tintas.
Já estamos com a 13°
loja, essa em Santa Isa-bel.
Fui morador muitos
anos, nasci aqui, hoje
resido em outro bairro
mas tenho muito amor
pelo bairro”, comenta o
empresário Léo Mariano.
Com um imenso carinho
pelo bairro, Leo lembra
que vivenciou momentos
de grandes conquistas
na região e se alegra
muito em fazer parte dos
patrocinadores do even-to.
“Tudo que conquista-mos
foi em São Miguel,
a nossa 1° loja nasceu
aqui, procuro estar próxi-mo
dos acontecimentos
do bairro de São Miguel.
O que nos faz sermos
patrocinadores deste
grande evento é saber
que a equipe toda se
uniu para fazer o melhor
pela região”.
Sempre disposto a
ajudar o desenvolvimen-to
do bairro, Leo Mariano
diz que embora a região
tenha tido seus avan-ços,
o bairro precisa de
melhorias no setor de
lazer. “Poderia ter mais
cultura, lazer, um teatro
ou shopping quem sabe?
O bairro merece nosso
melhor. É claro que hou-ve
muitas melhorias no
bairro, tais como: a nova
estação, terminal de ôni-bus
no Lapenna, enfim,
houve muitas melhorias
e espero que a cada ano
melhore ainda mais. Aqui
é uma região boa para
morar, as pessoas são
alegres, querem viver
bem, só falta ajuda do
poder público, assim a
moradia será melhor”.
Atualmente
a Léo Tintas
possui 13 lo-jas
e empre-ga
mais 64
funcionários.
Léo Mariano