1. 1. Em: a) “os gregos saíram de dentro do cavalo” A tirinha a seguir serve de base para as questões 08e 09. Observe-a
b) Os cavalos gregos assustaram o inimigo. com atenção:
Qual é a classe gramatical das palavras sublinhadas.
___________________
2. Marque a única opção em que o adjetivo “Velho” tem função
de substantivo:
( ) O seu tio era velho.
( ) O velho não gostava de jogar damas.
( ) Era um armário velho e empoeirado.
3. Leia o texto e responda às questões a seguir:
A Bailarina
Esta menina tão pequenina quer ser bailarina
Não conhece nem dó nem ré,
mas sabe ficar na ponta do pé
Não conhece nem mi nem fá,
mas inclina o corpo para cá e para lá
Não conhece nem lá nem si, 07. Comparando a fala do primeiro balão com a do último, é CORRETO
mas fecha os olhos e sorri afirmar que:
Roda, roda, roda com os bracinhos no ar a) há uma relação intertextual entre elas, embora haja diferenças de
e não fica tonta nem sai do lugar. estrutura sintática entre uma e outra.
Põe no cabelo uma estrela e um véu b) sob o ponto de vista conceitual, a expressão “lei da selva” tem uma
e diz que caiu do céu. extensão mais ampla que “lei da gravidade”, que tem sentido
Esta menina tão pequenina quer ser bailarina especializado.
Mas depois esquece todas as danças, c) a forma verbal “Lamento” sugere a relação respeitosa que as
e também quer dormir como as outras crianças. personagens estabelecem entre si na tirinha.
(Cecília Meireles) d) a conjunção “mas” poderia ser substituída, somente no primeiro
quadrinho, por porém ou no entanto.
a) Retire do texto dois substantivos comuns. e) a expressão “lei da gravidade” não pode ser entendida, devido ao
contexto sarcástico, como um termo técnico da Física.
4. O substantivo coletivo de: viajantes, examinadores e aves é:
a) caravana, assembleia e concílio 08. A imagem no segundo quadrinho
b) caravana, banca e bando a) comprova que a lei da selva é válida em todas as situações.
c) congresso, bando e banca b) é incompatível com o que ocorreu no primeiro quadrinho.
d) congresso, concílio e assembleia c) reforça o lamento do gato no começo da tirinha.
d) permite ao rato fazer a observação que está no último balão.
5. Observe os substantivos em destaque e escreva C para e) mostra a indignação do rato para com a postura do gato.
os substantivos concretos e A para os substantivos abstratos.
( ) Guardar dinheiro quando se é jovem é uma segurança 9. O fragmento seguinte foi extraído do poema “sida”, do poeta
para a velhice. português Al Berto. Seu título é a sigla da doença Síndrome de Imuno-
( ) O segurança era muito forte e alto. Deficiência Adquirida — que no Brasil é designada pelo correspondente
( ) Sempre que estou em casa, sinto que estou em em inglês AIDS. Leia-o e assinale a alternativa CORRETA sobre ele:
segurança. aqueles que têm nome e nos telefonam
( ) A felicidade é um sentimento que completa o ser humano. um dia emagrecem — partem deixam-nos dobrados ao abandono no
( ) Dona Felicidade fez o melhor bolo de chocolate que já interior duma dor inútil muda e voraz
comi. a) ( ) Os versos usam de humor para falar de um tema delicado.
( ) Rosa é uma ótima professora. b) ( ) O trecho trata da impotência humana diante da morte.
( ) A rosa é uma das mais lindas flores da nossa flora. c) ( ) O texto faz uma crítica moralista da podridão humana.
d) ( ) O poema explora basicamente a decepção amorosa.
6. SONETO DE SEPARAÇÃO e) ( ) A crítica ao sistema de telemarketing mostra o caráter moderno
De repente do riso fez-se o pranto do texto.
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
Na segunda estrofe há dois adjetivos:
a) ( ) calma e vento
b) ( ) olhos e chama
c) ( ) última e imóvel
d) ( ) paixão e pressentimento
e) ( ) momento e drama
2. 10. Textos para a questão Texto 2 I. Os dois textos apresentam visões bem diferentes a
Texto 1 No fundo, que vem a ser o magnífico propósito da cultura e da condição dos povos indígenas.
No meio das tabas de amenos “I-Juca-Pirama”? É a idealização das II. O Texto 1 é um fragmento de poema que idealiza o
verdores, Cercadas de troncos — próprias virtudes heróicas da nossa índio como herói, de acordo com a visão típica do
cobertos de flores, Alteiam-se os raça, não no complexo dos Romantismo, embora tal visão se baseie numa
tetos d’altiva nação; sentimentos que ali se exaltam, a das característica fundamental da cultura indígena: a de ser
São muitos seus filhos, nos ânimos do índio — ser tão rude, tão elementar, uma cultura de povos guerreiros.
fortes, Temíveis na guerra, que em símbolo da incongruência moral. III. O Texto 2 é um fragmento de crítica literária que
densas coortes Assombram das Sabemos perfeitamente e já o sabiam apresenta a cultura dos povos indígenas e a condição do
matas a imensa extensão. os descobridores: ele é uma criança índio tal como se configuram de fato na vida real, de
São rudos1, severos, sedentos de que se vende ou vende os seus por um acordo com uma visão neutra e, até hoje, cientificamente
glória, espelhinho, um berimbau ou um metro válida.
Já prélios2 incitam, já cantam vitória, de baeta1. IV. O Texto 2 compreende a cultura e a condição dos
Já meigos atendem à voz do cantor: Isolado sempre foi assim, e hoje índios de modo preconceituoso, embora se fundamente
São todos Timbiras, guerreiros coletivamente o é, nas malocas de em observações que podem corresponder, parcialmente,
valentes! pobre vencido, descrido2, muitas vezes à condição degradada a que foram submetidos os povos
Seu nome lá voa na boca das gentes, reduzido a um bicho abjeto3, hidrópico4, indígenas no Brasil ao longo da história.
Condão3 de prodígios, de glória e por efeito do paludismo5, nas regiões
terror! ribeirinhas onde o mosquito anda em É(são) correta(s) a(s) asserção(ões):
(DIAS, Gonçalves. “I-Juca-Pirama”.) nuvens. a) ( ) Apenas I e IV.
(VÍTOR, Nestor. “Macunaíma, o herói b) ( ) Apenas II, III e IV.
sem nenhum caráter”. c) ( ) Apenas I, II e IV.
O Globo: Rio de Janeiro, 8/10/1928.) d) ( ) Nenhuma, exceto a I.
e) ( ) A II, exclusivamente.
11. O texto a seguir foi extraído de um romance brasileiro. A partir de sua leitura, é possível extrair traços que permitam identificar
o estilo literário a que pertence. Assinale a alternativa que indique esses traços e a escola a que o trecho pode ser filiada.
Caía a tarde.
No pequeno jardim da casa do Paquequer, uma linda moça se embalançava indolentemente numa rede de palha presa aos ramos de uma
acácia silvestre, que estremecendo deixava cair algumas de suas flores miúdas e perfumadas.
Os grandes olhos azuis, meio cerrados, às vezes se abriam languidamente como para se embeberem de luz, e abaixavam de novo as
pálpebras rosadas.
Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor da gardênia dos nossos campos, orvalhada pelo sereno da noite; o hálito doce e ligeiro
exalava-se formando um sorriso. Sua tez(1), alva e pura como um froco(2) de algodão, tingia-se nas faces de uns longes(3) cor-de-rosa, que
iam, desmaiando, morrer no colo de linhas suaves e delicadas.
O seu traje era do gosto mais mimoso e mais original que é possível conceber; mistura de luxo e simplicidade.
Tinha sobre o vestido branco de cassa(4) um ligeiro saiote de riço(5) azul apanhado à cintura por um broche; uma espécie de arminho(6) cor de
pérola, feito com a penugem macia de certas aves, orlava(7) o talho(8) e as mangas, fazendo realçar a alvura de seus ombros e o harmonioso
contorno de seu braço arqueado sobre o seio.
Os longos cabelos louros, enrolados negligentemente em ricas tranças, descobriam a fronte alva, e caíam em volta do pescoço presos por
uma presilha finíssima de fios de palha cor de ouro, feita com uma arte e perfeição admirável.
A mãozinha afilada(9) brincava com um ramo de acácia que se curvava carregado de flores, e ao qual de vez em quando segurava-se para
imprimir à rede uma doce oscilação.
a) ( ) A sensualidade e animalização que se associam à personagem evidenciam traços naturalistas.
b) ( ) A construção de uma imagem urbanizada e cosmopolita da figura feminina denuncia a estética modernista.
c) ( ) A colocação da personagem apenas como pretexto para tratar de aspectos da natureza revela o neoclassicismo.
d) ( ) A imagem espiritualizada da mulher, de franca inspiração religiosa, aponta para a estética barroca.
e) ( ) A idealização da mulher e seu envolvimento harmonioso com a natureza brasileira permitem aproximar a imagem do Romantismo.
12. O texto a seguir pertence ao livro Infância (1945), de Graciliano Ramos. Leia-o e assinale a alternativa CORRETA sobre ele.
O ponto de reunião e fuxicos era a sala de jantar, que, por duas portas, olhava o alpendre(1) e a cozinha. Como falavam muito alto, as
pessoas se entendiam facilmente de uma peça para outra. Nos feixes de lenha arrumados junto ao fogão, na prensa de farinha, nos bancos
duros que ladeavam a mesa, a gente se sentava e ouvia as emboanças(2) do criado, um caboclo besta e palrador(3). Rosenda lavadeira
cachimbava e engomava roupa numa tábua. (…) Vivíamos todos em grande mistura — e a sala de visitas era inútil, com as cadeiras pretas
desocupadas, uma litografia(4) de S. João Batista e uma do inferno, o pequeno espelho de cristal que Amâncio, afilhado de meu pai, trouxera
do Rio ao deixar o exército no posto de sargento.
a) ( ) No trecho, o narrador estabelece uma relação contrastante entre dois espaços domésticos distintos.
b) ( ) Ao afirmar que a sala de jantar “olhava o alpendre e a cozinha”, o narrador cria uma metáfora da vigilância opressiva e autoritária
sobre empregados.
c) ( ) A inutilidade atribuída à sala de visitas se explica pela condição de recolhimento em que vive a família do narrador, fechada em si
mesma.
d) ( ) O narrador se coloca em uma postura objetiva, estabelecendo um distanciamento em relação ao espaço retratado.
e) ( ) A separação nítida entre espaços de patrões e de empregados funciona como evidência e denúncia do elitismo característico da
família patriarcal nordestina.
Texto para a questão 17
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que
tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial
como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. conhecer o lugar social de quem olha. Vale
dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da
vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.
Boff, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999.
17. A expressão "com os olhos que tem" (ℓ.1), no texto, tem o sentido de
a) ( ) enfatizar a leitura. b) ( ) incentivar a leitura. c) ( ) individualizar a leitura.
d) ( ) priorizar a leitura. e) ( ) valorizar a leitura.
3. Textos para as questões 13 e 14
Leia atentamente a tira do cartunista Laerte, publicada no jornal Folha de S. Paulo de 25/03/2009, e a letra da TEXTO
canção “Maracangalha”, criada pelo compositor baiano Dorival Caymmi em 1956.
Maracangalha
Dorival Caymmi
1 Eu vou pra
Maracangalha
Eu vou!
3 Eu vou de uniforme
branco
Eu vou!
5 Eu vou de chapéu de
palha
Eu vou!
7 Eu vou convidar Anália
Eu vou!
9 Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
11 Eu vou só!
Eu vou só!
13 Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
15 Eu vou só!
13. Aponte a alternativa INCORRETA a respeito dos dois textos:
Eu vou só sem Anália
a) ( ) Embora utilize uma outra linguagem, a tira estabelece uma clara relação intertextual com o conteúdo da
17 Mas eu vou!...
canção, pois toma como reais as ações que o eu lírico da canção imaginara para seu futuro imediato.
Eu vou só!...
b) ( ) Há uma evidente correspondência entre o sétimo verso da canção e o segundo quadrinho da tira.
c) ( )Há uma evidente correspondência entre o primeiro verso da canção e o último quadrinho da tira.
d) ( ) A tira reconstrói a situação a que a canção se refere num cenário mais contemporâneo, conferindo um
aspecto mais atual a elementos como os mencionados no terceiro e no quinto verso da canção.
e) ( ) As afirmações contidas nos cinco versos finais da canção são desmentidas pelo último quadrinho da tira
14. O terceiro verso da letra da canção de Caymmi aparece em algumas fontes de consulta grafado da
seguinte maneira:
“Eu vou de liforme branco”
Observe os comentários a seguir a respeito dos textos:
I. A grafia “liforme” busca imitar uma pronúncia popular de uniforme, reforçando o efeito de oralidade
produzido por meio de formas como “pra” e pelas frases curtas e repetidas.
II. Os traços de coloquialidade presentes na canção colaboram para criar um efeito de verdade, uma
impressão de sinceridade do poeta, o que é um traço dos textos em que predomina a função emotiva.
III. As manifestações de euforia do eu lírico na canção cedem lugar, na tirinha, para o pressentimento da
personagem masculina, que está prestes a ver frustrada a sua aspiração de viajar com Anália.
Podem ser considerados corretos os comentários:
a) ( ) II, apenas. b) ( ) I e II, apenas.
c) ( ) I e III, apenas. d) ( ) II e III, apenas.
15. Texto para a questão Texto para a questão 16 Namoro
— Tá. Conta até três.
— Um... Dois... Dois e meio...
Ridículo agora, porque na hora não era não. Na hora nem os apelidos secretos
que vocês tinham um para o outro, lembra? Eram ridículos. Ronron.
Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Gongonha (Gongonhal) Mamosa.
Purupupuca... Não havia coisa melhor do que passar tardes inteiras num sofá,
olho no olho, dizendo:
— As dondozeira ama os dondozeiro?
— Ama.
— Mas os dondozeiro ama as dondozeira mais do que as dondozeira ama os
dondozeiro. Na-na-não. As dondozeira ama os dondozeiro mais do que, etc.
E, entremeando o diálogo, longos beijos, profundos beijos, beijos mais do que
Depois de ridículo, o melhor do namoro são as brigas. Quem diz que nunca,
como quem não quer nada, arquitetou um encontro casual com a ex ou o ex só
para E melhor do que as brigas são as reconciliações. Beijos ainda mais
profundos, apelidos ainda mais lamentáveis, vistos de longe. A gente brigava
mesmo era para se reconciliar depois, lembra? Oito entre dez namorados
A charge acima, do cartunista Benett, foi publicada no transam pela primeira vez fazendo as pazes. Não estou inventando. O IBGE
jornal Gazeta do Povo em 29/12/2008. Marque a tem as estatísticas.
alternativa que a analisa equivocadamente: de línguas, beijos de amígdalas, beijos catetéricos. Tardes inteiras. Confesse:
a) ( ) A figura da caveira com a foice na mão representa ridículo só porque nunca mais. ver se ela ou ele está com alguém, ou para fingir
o tema da morte. que não vê, ou para ver e ignorar, ou para dar um abano amistoso querendo
b) ( ) Quando a caveira sai de férias, significa que o dizer que ela ou ele agora significa tão pouco que podem até ser amigos, está
contexto é de paz. mentindo. Ah, está mentindo. VERÍSSIMO, Luís Fernando. Correio Braziliense.
c) ( ) A caveira sempre está de plantão, já que sempre 13/06/1999.
ocorrem mortes. No texto, considera-se que o melhor do namoro é o ridículo associado
d) ( ) Quando a caveira está de plantão o quadro é de a) ( ) às brigas por amor.
guerra. b) ( ) às mentiras inocentes.
e) ( ) A charge faz alusão à guerra entre palestinos e c) ( ) às reconciliações felizes.
judeus d) ( ) aos apelidos carinhosos.
e) ( ) aos telefonemas intermináveis
.
4. Texto para a questão 18
Motoristas de batom conquistam a Urca
Moradores aprovam adoção de mulheres na linha 107
Batom, lápis nos olhos, brincos. Foi a essa mistura que a empresa Amigos Unidos apelou para contornar as constantes reclamações dos
moradores da Urca
contra os motoristas da linha 107 (Central-Urca). Há um mês, a empresa removeu sete mulheres de outros trajetos para formar um time de
primeira linha. "O público da Urca é muito exigente." Os passageiros reclamavam que os motoristas homens não paravam no ponto e dirigiam
de forma perigosa. "Agora só recebemos elogios", contou o gerente de Recursos Humanos da empresa, Mario Mattos.
Elogios que, às vezes, não se limitam ao desempenho profissional. "
Casada com um motorista de ônibus, Márcia Cristina Pereira, 38 anos, diz que hoje (ontem), um homem falou que queria ser o meu volante",
contou a motorista Ana Paula da Silva, 24 anos. Na empresa há três meses, Ana Paula da Silva faz da profissão uma forma de dar carinho a
idosos e deficientes – os que mais têm dificuldades para entrar nos ônibus. "Às vezes, levanto para ajudar alguém a descer. Já parei o carro
para atravessar a rua com um deficiente visual", contou.
Não enfrenta dificuldades com os colegas de profissão, ainda que reconheça que, no começo, a desconfiança não foi pequena. "Eles me dão
força. Recebo muitos elogios", disse. Ao contrário de Márcia, a motorista Janaína de Lima, 32 anos,
diz que se relaciona bem com todos os colegas, mas acha que já há competição. "Falta muito para os homens se relacionarem bem com os
idosos e deficientes", comparou. Morador da Urca há 25 anos, Ednei Bernardes aprovou a adoção de motoristas mulheres no bairro. "Elas
respeitam mais as pessoas e as leis de trânsito", resumiu. JB, 23/07/02 – Cidade. C1.
Um dos usuários do ônibus concluiu: "Elas respeitam muito mais as pessoas e as leis do trânsito."Tal afirmativa, no contexto,
permite concluir que
a) ( ) as empresas de ônibus preferem os serviços da mulher.
b) ( ) os homens são grosseiros e desrespeitam as lei de trânsito.
c) ( ) os idosos e deficientes passam a receber um tratamento melhor.
d) ( ) os homens criam mais problemas com colegas de profissão.
e) ( ) a população da Urca tornou-se exigente no transporte urbano.
Texto para a questão 19
Um arriscado esporte nacional
Os leigos sempre se medicaram por conta própria, já que de médicos e de loucos todos temos um pouco, mas esse problema jamais adquiriu
contornos tão preocupantes no Brasil como atualmente. Qualquer farmácia conta hoje com um arsenal de armas de guerra para combater
doenças de fazer inveja à própria indústria de material bélico nacional. Cerca de 40% das vendas realizadas pelas farmácias nas metrópoles
brasileiras destinam-se a pessoas que se automedicam. A indústria
Diante desse quadro, o médico tem o dever de alertar a população para os perigos ocultos em cada remédio, sem que, necessariamente, faça
junto com essas farmacêutica de menor porte e importância retira 80% de seu faturamento da venda "livre" de seus produtos – isto é, das
vendas realizadas sem receita médica. advertências uma sugestão para que os entusiastas da automedicação passem a gastar mais em
consultas médicas. Acredito que a maioria das pessoas se automedicam por sugestão de amigos, leitura, fascinação pelo mundo maravilhoso
das drogas "novas" ou simplesmente para tentar manter a juventude. Qualquer que seja a causa, os resultados podem ser
danosos.MEDEIROS, Geraldo. – Revista Veja, 18 de dezembro, 1985.
O tema abordado no texto é
a) ( ) os riscos constantes da automedicação. b) ( ) o crescimento da indústria farmacêutica.
c) ( ) a venda ilegal de medicamentos. d) ( ) a luta pela manutenção da juventude.
e) ( ) o faturamento das consultas médicas
Texto para a questão 20
Não se perca na rede
A Internet é o maior arquivo público do mundo. De futebol a física nuclear, de cinema a biologia, de religião a sexo, sempre há centenas de
sites sobre qualquer assunto. Mas essa avalanche de informações pode atrapalhar. Como chegar ao que se quer sem perder tempo? É
para isso que foram criados os sistemas de busca.
Há vários tipos. Alguns são genéricos, feitos para uso no mundo todo (Google, por exemplo). Use esse site para pesquisar temas
universais. Outros são nacionais. Porta de entrada na rede para boa parte dos usuários, eles são um filão tão bom que já existem às
centenas também. Qual deles escolher? Depende do seu objetivo de busca. ou estrangeiros com versões específicas para o Brasil (Cadê,
Yahoo e Altavista). São ideais para achar páginas "com.br". (Paulo D’Amaro)Disponível em: <http://galileu.globo.com/edic/116/rep_internet.htm>. Acesso em Julho /2008 .
O artigo foi escrito por Paulo D’Amaro. Ele misturou informações e análises do fato. O período que apresenta uma opinião do
autor é
a) ( ) "foram criados sistemas de busca." b) ( ) "essa avalanche de informações pode atrapalhar."
c) ( ) "sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto." d) ( ) "A internet é o maior arquivo público do mundo."
e) ( ) "Há vários tipos."
10. Texto para a questão
Conforme noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo de 2/5/2009 (p. B5), em conversa de Luiz Inácio Lula da Silva com diretores da
Petrobras num evento comemorativo “do início da exploração do petróleo abaixo da camada de Sal, na área de Tupi — maior reserva
descoberta no mundo nos últimos 30 anos —“, o presidente se expressou nos seguintes termos (com destaques nossos): “Gente, estou
aqui falando da nova era que tem início hoje, falando de uma transcendência incomensurável. (...) Vocês estão acreditando que estou
dizendo isso? Nem eu estou crendo em mim mesmo. Agora há pouco falei concomitantemente, daqui a pouco vou falar em passant e
ainda nem usei o sine qua non. Para quem tomou posse falando menas laranja tá bom demais.”
Sobre os comentários de Lula, assinale a afirmativa incorreta:
a) Numa primeira leitura, tem-se a impressão de que o anafórico isso tem como referência a grande importância do momento
histórico que motivou o evento.
b) Numa leitura mais atenta, percebe-se que isso tem como referência a expressão “transcendência incomensurável”,
configurando uso de metalinguagem.
c) O próprio presidente faz humor sobre o grau de sofisticação que alcançou em matéria de linguagem.
d) Lula faz uma mistura inaceitável de variantes lingüísticas, ao juntar a expressão “menas laranja” com “transcendência
incomensurável”.
e) Entre “concomitantemente”, “en passant” (do francês; “por alto”, “ligeiramente”) e “sine qua non” (do latim; “indispensável”,
“imprescindível”), nota-se uma gradação ascendente, orientada para o mais sofisticado.
Texto para as questões 11 e 12
Modos de xingar
5. Biltre!
— O quê?
— Biltre! Sacripanta!
— Traduz isso para português.
— Traduzo coisa nenhuma. Além do mais, charro! Onagro!
Parei para escutar. As palavras estranhas jorravam do interior de um Ford de bigode. Quem as proferia era um senhor idoso, terno escuro,
fisionomia respeitável, alterada pela indignação. Quem as recebia era um garotão de camisa esporte; dentes clarinhos emergindo da
floresta capilar, no interior de um fusca. Desses casos de toda hora: o fusca bateu no Ford. Discussão. Bate-boca. O velho usava o
repertório de xingamentos de seu tempo e de sua condição: professor, quem sabe? Leitor de Camilo Castelo Branco.
Os velhos xingamentos. Pessoas havia que se recusavam a usar o trivial das ruas e botequins, e iam pedir a Rui Barbosa, aos mestres da
língua, expressões que castigassem fortemente o adversário (…). “Ladrão”, simplesmente, não convencia. Adotavam-se formas
sofisticadas, como “ladravaz”, “ladroaço”. Muitos preferiam “larápio” (…)
(Carlos Drummond de Andrade, As palavras que ninguém diz. Record: Rio de Janeiro, 1997, p. 23-24.)
11. A função da linguagem predominante no texto é a:
a) emotiva, já que a crônica exprime a subjetividade do cronista, por meio de adjetivos e da 1ª pessoa do singular.
b) apelativa, uma vez que o cronista indiretamente pede ao leitor que não use palavras difíceis.
c) referencial, visto que conta uma história com objetividade, usando a 3ª pessoa e palavras de sentido denotativo.
d) metalingüística, porque reflete sobre o próprio código, no caso, os diferentes usos da língua.
e) poética, pois foi escrita pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, preocupado com a construção expressiva da mensagem.
12. Marque a alternativa que analisa CORRETAMENTE as referências do texto às variantes lingüísticas:
a) “Biltre” e “sacripanta” não são formas antigas de xingamento.
b) “Ladravaz” é um xingamento mais ofensivo do que “ladrão”.
c) “Charro” e “onagro” são modos de xingar utilizados tanto por jovens quanto por idosos.
d) Os modos de xingar não variam conforme a idade e a condição social de quem xinga.
e) Pelo modo de xingar é possível imaginar a idade e a condição social do falante.