O documento descreve o movimento Pré-Modernista no Brasil entre o final do século XIX e início do século XX. Este período foi marcado por obras que retratavam a realidade brasileira de forma crítica, rompendo com a visão romântica do país. Autores como Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Lima Barreto descreveram temas como o sertão nordestino, o interior paulista e o subúrbio carioca. Suas obras utilizavam uma linguagem simples e coloqu
2. Referências Históricas
Bahia - Guerra de Canudos
Nordeste - Ciclo do Cangaço
Ceará - milagres de Padre Cícero
Amazônia - Ciclo da Borracha
Vinda dos Imigrantes
Contrastes da realidade brasileira
Europa prepara-se para a 1ª Guerra Mundial
3. LINGUAGEM SIMPLES E COLOQUIAL
Apesar de alguns conservadorismos, o caráter inovador
de algumas obras representa uma ruptura com o
passado, com o academicismo. Lima Barreto ironiza
tanto os escritores "importantes" que utilizavam uma
linguagem pomposa quanto os leitores que se deixavam
impressionar:
"Quanto mais incompreensível é ela (a linguagem), mais
admirado é o escritor que a escreve, por todos que não lhe
entenderam o escrito“
(Os Bruzundangas).
4. REALIDADE BRASILEIRA
A denúncia da realidade brasileira, negando
o Brasil literário herdado do Romantismo
e do Parnasianismo. O Brasil não-oficial
do sertão nordestino, dos caboclos
interioranos, dos subúrbios é o grande
tema do Pré-Modernismo.
5. Euclides da Cunha – Norte e Nordeste
Monteiro Lobato – Interior paulista (Vale do Paraíba)
Graça Aranha – Espírito Santo
Lima Barreto – Subúrbio carioca
Regionalismo, montando-se um
vasto painel brasileiro:
7. TEXTO JORNALÍSTICO E CIENTÍFICO
Ligação com fatos políticos,
econômicos e sociais
contemporâneos, diminuindo a
distância entre realidade e ficção.
8. OBRAS PRÉ-MODERNISTAS
Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto)
Retrata o governo de Floriano Peixoto e a Revolta da Armada
Os Sertões (Euclides da Cunha)
Um relato da Guerra de Canudos
Cidades Mortas (Monteiro Lobato)
Mostra a passagem do café pelo vale do Paraíba paulista
Canaã (Graça Aranha)
Um documento sobre a imigração alemã no Espírito Santo
9. Euclides da Cunha
Como repórter, torna pública a realidade
brasileira em Os Sertões, mostrando a Guerra
de Canudos de forma ímpar. Enviado especial
do jornal O Estado de S. Paulo, viu de perto a
realidade da região e os esforços dos
moradores do local para se salvar dos ataques.
Foi o primeiro escritor brasileiro a
diagnosticar o subdesenvolvimento do país,
diagnosticando os dois Brasis (litoral e
sertão).
10. OS SERTÕES – TRÊS PARTES
A Terra
Descrição minuciosa e melancólica do sertão baiano.
O Homem
Da mesma forma, descreve o sertanejo.
A Luta
Retrato da guerra propriamente dita.
11. Monteiro Lobato
Utilizando uma linguagem simples, apresenta as
tensões sociais, políticas e econômicas da época.
Lutou através da imprensa e pessoalmente, pelo
saneamento, pela exploração do petróleo e o ferro,
pela educação e saúde do país. Aproxima-se das
ideias do Partido Comunista Brasileiro e é
controvertido, ativo e participante. Faz uma crítica
fecunda ao Brasil rural e pouco desenvolvido, como
no Jeca Tatu (estereótipo do caboclo abandonado
pelas autoridades governamentais) do livro Urupês.
12. Lima Barreto
De origem humilde, filho de pai português e mãe escrava,
afilhado do Visconde do Ouro Preto, conseguiu estudar e
ingressar aos 15 anos na Escola Politécnica e foi um grande
crítico social. Era negro, vítima de preconceitos, utilizava-se de
suas obras para denunciar a desigualdade social da época,
rompendo com o nacionalismo ufanista até então constante em
todos os autores pré-modernistas.
13. TRISTE FIM DE
POLICARPO QUARESMA
Personagem do título é fanático nacionalista
(ufanista) e acaba por descobrir o quão obscura é a
realidade do Brasil.
14. DIVISÃO DA OBRA
EM TRÊS MOMENTOS
I -
Policarpo Quaresma, funcionário público, passa os dias estudando
sobre o seu amado país, o Brasil. Envia um requerimento
sugerindo que a língua oficial do Brasil tornasse-se o tupi guarani,
língua nativa da região. Entretanto, teve o pedido negado e fora
internado num manicômio.
II –
Policarpo, com a ilusão de que todas as terras de seu amado Brasil
fossem férteis, aventura-se em comprar uma fazenda e plantar.
Entretanto, a chácara Sossego é tão fértil como ele pensava.
15. Terceiro e Último Momento...
III –
Policarpo retorna ao Rio de Janeiro e passa a apoiar o
presidente Marechal Floriano Peixoto, participando como
voluntário da Revolta da Armada. Critica como os prisioneiros
eram injustamente tratados e, por isso, é preso e condenado ao
fuzilamento por ordem do próprio presidente.