Este documento discute a gestão escolar inclusiva e sua influência na construção de escolas mais abertas às diferenças. Aborda o contexto da educação inclusiva no Brasil e no mundo, a transição do modelo de integração para o de inclusão, a legislação brasileira sobre o tema, a importância da formação de recursos humanos e do papel do diretor escolar nesse processo.
1. 7
GESTÃO ESCOLAR INCLUSIVA
Dra. Relma Urel Carbone Carneiro FAAG - Faculdade de
Agudos
Dra. Enicéia Gonçalves Mendes UFSCar - Universidade
Federal de São Carlos
Tema Destaque / Subject Stands out
Resumo
Vivemos em um contexto de uma so- como aspecto fundamental para a ga-
ciedade globalizada em que mudanças rantia de transformação que a escola
são exigidas em todos os âmbitos na necessita, e a pesquisa nacional sobre
busca da melhoria da qualidade de inclusão escolar tem atentado para o
vida das pessoas. Paralelamente au- problema da formação e atuação de
menta a parcela dos excluídos e com professores. Entretanto, é preciso
isso o discurso da inclusão social toma considerar que um papel de liderança
conta dos debates políticos e educa- por parte do diretor escolar tem sido
cionais. A escola, como um segmento identificado como um fator primordial
da sociedade, também tem se depara- na construção de escolas que sejam
do com a tarefa de oferecer uma edu- cada vez mais inclusivas. Consid-
cação de melhor qualidade a todas as erando, portanto, que este papel do
crianças. No caso específico da edu- diretor requer novos conhecimentos,
cação de crianças com necessidades atitudes e habilidades para lidar com
educacionais especiais o debate tam- as condições atuais e as tendências
bém vem sendo inserido neste novo emergentes na educação geral e espe-
conceito de escola inclusiva, que seja cial, o presente artigo tem como ob-
Palavras-chave:
mais aberta às diferenças. Diante das jetivo discutir as questões referentes Educação Especial;
demandas atuais aponta-se a melho- à gestão escolar e sua influência na Inclusão Escolar;
ria na qualificação da equipe escolar construção de escolas inclusivas. Gestão Escolar.
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2. 8
Introdução
Estamos no século XXI. Vivemos em tentando se modificar, a exemplo de
um contexto de uma sociedade global- outros países, partindo das instituições
izada, em que mudanças são exigidas especializadas que em sua maioria
em todos os âmbitos na busca da mel- tinham objetivos predominantemente
horia da qualidade de vida das pes- terapêuticos ou assistencialistas (que
soas. Discutimos mundialmente sobre ainda subsistem) e, caminhando para
a preservação do meio ambiente, o uma forma de atendimento educacio-
desenvolvimento sustentável, políti- nal que se afina com as propostas de
cas econômicas, sociais, de saúde etc. uma escola única para todos, que seja
Discutimos também como fazer políti- aberta às diferenças e que as entenda
cas educacionais mais justas. Enfim, como forma de enriquecimento cole-
no mundo todo discute-se uma forma tivo (Carneiro, 2006).
de organização da sociedade em que
seus cidadãos possam viver plena- Estamos vivendo um momento de
mente sua cidadania, com todos os transição na tentativa de deixar o
deveres e direitos que tal plenitude paradigma da integração, fracassado
abarca. principalmente por centrar no defi-
ciente as dificuldades, e por pressupor
Dentro deste contexto, o discurso da a sua reinserção na estrutura normal
inclusão social tomou conta dos de- da sociedade após um período de nor-
bates políticos e educacionais. Como malização e, começando a criar o par-
desenvolver e manter esta sociedade adigma da inclusão, que pressupõe a
globalizada e igualitária consideran- inclusão de todos, independentemente
do tantas minorias diferenciadas e de seu talento, deficiência, origem só-
desigualdades sociais que a compõe? cio-econômica ou origem cultural em
ambientes comuns nos quais terão to-
Neste artigo vamos nos ater à dis- das as suas necessidades satisfeitas
cussão da inclusão no âmbito escolar, (Aranha, 2001, Stainback e Stainback,
entendendo que este é apenas um dos 1999).
caminhos que leva a grande meta da
inclusão social. No entanto, este é um Conforme aponta Prieto (2002), com a
caminho essencial a ser trilhado, pois promulgação da Constituição Federal,
na escola podemos desfazer mitos em 1988, foi reafirmado na legislação
e construir imagens, de forma con- maior do país o direito dos portadores
sciente e consistente. de deficiência à educação, preferen-
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cialmente na rede regular de ensino e
Fazendo mais um recorte, vamos dis- a garantia do atendimento educacio-
cutir mais detalhadamente a inclusão nal especializado (Artigo 201, Inciso
de crianças com deficiência na es- III da CF/88).
cola, entendendo também que este
é apenas um dos grupos minoritários Ao tratar da educação especial, a nova
que compõem esta grande sociedade. LDB (BRASIL, 1996) em seu artigo 59
Porém, um grupo que ainda tem pou- assegura aos educandos com necessi-
ca voz e muita urgência. dades especiais, currículos, métodos,
técnicas, recursos educativos e orga-
Na atualidade constatamos que a edu- nização específica, para atender às
cação de crianças com deficiência vive suas necessidades educacionais.
um momento polêmico, tanto no que
se refere às melhores estratégias met- Podemos perceber a partir de então,
odológicas como também sobre qual que entre outros aspectos, é crucial
a melhor modalidade de ensino a ser o papel do diretor da unidade escolar
utilizada com eles - se ensino regular no estabelecimento de adequações,
ou ensino especial. visando à inclusão de alunos com de-
ficiência.
De forma global discute-se a necessi-
dade de se construir uma sociedade A escola do ensino regular já vem re-
inclusiva, em que entre outros, o dire- cebendo alunos com deficiência, mas
ito à educação seja garantido a todos, muitas questões precisam ser coloca-
deficientes ou não. das sobre a efetividade do processo
ensino-aprendizagem, pois a inclusão
A educação especial brasileira está vai além da mera inserção para pro-
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3. 9
duzir socialização. Ela pressupõe mod- nas mais variadas áreas de ação políti-
ificações na dinâmica escolar para que ca, social e educacional.
as necessidades de todos os alunos
sejam satisfeitas. Na administração da educação, surgiu
um novo conceito associado à idéia
Nas Diretrizes Nacionais para a Edu- de democratização do ensino, que é
cação Especial na Educação Básica a gestão escolar. Com esse novo con-
(BRASIL, 2001, p.40), encontramos ceito, que é extensivo a todos os seg-
a seguinte definição de escola inclu- mentos do sistema educacional, en-
siva: tende-se o papel do diretor, não como
responsável único pelas decisões que
O conceito de escola inclusiva envolvem a escola, mas como um ar-
implica uma nova postura da ticulador que envolve toda a equipe
escola comum, que propõe no escolar em busca da melhoria do pro-
projeto pedagógico – no cur- cesso educacional. Assim,
rículo, na metodologia de ensi-
no, na avaliação e na atitude O termo gestão democráti-
dos educadores – ações que ca ganhou destaque no con-
favoreçam a interação social texto educacional brasileiro
e sua opção por práticas het- por intermédio da nova LDB
erogêneas. A escola capacita (Lei de Diretrizes e Bases da
seus professores, prepara-se, Educação Nacional – Lei no.
organiza-se e adapta-se para 9394/96). Quando se fala em
oferecer educação de quali- gestão, não se trata apenas
dade para todos, inclusive para de controlar recursos, coorde-
os educandos que apresentem nar funcionários e assegurar o
necessidades especiais. In- cumprimento dos dias letivos
clusão, portanto, não significa e horas-aula. O conceito de
simplesmente matricular todos gestão está associado ao for-
os educandos com necessi- talecimento da democratização
dades educacionais especiais do processo pedagógico, à par-
na classe comum, ignorando ticipação responsável de todos
suas necessidades específicas, nas decisões necessárias e na
mas significa dar ao professor sua efetivação mediante um
e à escola o suporte necessário compromisso coletivo com re-
a sua ação pedagógica. sultados educacionais cada vez
mais positivos e significativos.
Ao se discutir a inclusão escolar é (VIEIRA E GARCEZ, 2004).
Tema Destaque / Subject Stands out
necessário considerar, entre outros el-
ementos, a formação de recursos hu- Essa concepção de gestão engloba
manos, políticas públicas, a necessi- vários aspectos do processo educa-
dade de uma mudança importante nos tivo, permeando as questões políticas
sistemas, etc. Considerando a forma- e pedagógicas.
ção de recursos humanos, observamos
a partir da pesquisa bibliográfica na Conforme autores como Romão e
literatura nacional, uma maior preocu- Padilha (2001), muitas vezes a ad-
pação com a formação dos professores ministração escolar se envolve muito
(CARVALHO, 2000, PRIETO, 2003, mais com os aspectos burocráticos da
CAPELLINE, 2004, ZANATA, 2004) e escola e acaba se distanciando das
poucos estudos envolvendo o diretor questões educacionais.
(TEZANI, 2004, BITES, 2005, BITAR,
2006) nesses estudos embora citado, A afirmação de que é difícil adminis-
o diretor não era o foco do estudo. trar a escola sozinho, feita por muitos
Stainback & Stainback (1999), falam diretores denuncia o isolamento do di-
da ambigüidade da expectativa dos rigente escolar enquanto responsável
diretores escolares, porque embora único e último pela instituição educati-
se espere que eles liderem o processo va, o que, muitas vezes, independe de
de mudança, também se espera que sua vontade, mas não de seu cargo.
mantenham a estabilidade dos siste- Este formato de administração levou
mas. ao distanciamento as questões propri-
amente administrativas das pedagógi-
A sociedade brasileira, a exemplo de cas, e os diretores administradores a
outras sociedades, está vivendo uma se distanciarem da função primordial
mudança de paradigmas existentes da escola, a saber, o processo de ensi-
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4. 10
no/aprendizagem. Neste sentido: pedagógica. Em sua gestão, deve ser
um articulador dos diferentes seg-
Se o administrador da educação mentos escolares em torno do projeto
já não se identifica necessari- político-pedagógico da escola. Quan-
amente com a própria condição to maior for essa articulação, melhor
de educador, ou seja, se ele é poderão ser desempenhadas as suas
“da administração” e não “da próprias tarefas, seja no aspecto or-
educação”, suas decisões não ganizacional da escola, seja em rela-
serão inspiradas nem pela ção à responsabilidade social daquela
“ciência prática da educação”, com sua comunidade.
que desconhece, e nem pela Falar, portanto, na construção de uma
“práxis educacional”, em que escola inclusiva significa considerar
não se reconhece. Não haverá todos esses aspectos e sua relevância,
como concretizar em sua es- e traçar novos caminhos de busca.
cola a dialética da Pedagogia e
da Educação, se ele como “ad- A construção da escola inclusiva en-
ministrador” não dominar os globa uma variedade de vertentes.
elementos do “par dialético” a Vários aspectos precisam ser consid-
partir do qual deveria orientar erados. Conforme Aranha (2001), a
sua ação administrativa. (SIL- inclusão é o processo de garantia do
VA JÚNIOR, 1990). acesso imediato e contínuo da pessoa
com necessidades especiais ao espaço
Este modelo de administração passa comum na vida em sociedade, inde-
a ser questionado com o surgimento pendente do tipo de deficiência e do
do movimento de crítica política ao grau de comprometimento apresen-
sistema educacional e à escola, por tado. Ela amplia tal conceito consid-
entender que desta forma a escola erando que este processo tem que es-
estaria reproduzindo as relações so- tar fundamentado no reconhecimento
ciais capitalistas. Em contraste a esta e aceitação da diversidade na vida em
forma de administração escolar, surge sociedade e na garantia do acesso a
o período de busca da transformação todas as oportunidades.
desta forma de administração em uma
gestão participativa e democrática da Mendes (2002), ressalta que uma
educação. tomada de posição consciente diante
da várias possibilidades deve começar
Ao comentar a proposta de gestão pelo entendimento que se tem so-
participativa e democrática como um bre educação inclusiva, pois diante
princípio assegurado pela LDB, Lima do contexto da educação esse termo
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(2005) complementa: “educação inclusiva” pode admitir sig-
nificados diversos, que vão desde a
A proposta da Lei é a de que manutenção do que já existe, até uma
a gestão da escola esteja a reorganização geral do sistema edu-
serviço do trabalho pedagógi- cacional.
co, e não o contrário. Assim,
as funções administrativas Para Tezani (2004), a inclusão escolar
passam a servir como subsídio é a aceitação da diversidade em sala
para que a escola invista na de aula, mas isso só ocorrerá mediante
qualidade do processo educa- a reestruturação pedagógica e admin-
tivo. istrativa da escola. A falta de uma pro-
posta pedagógica e administrativa que
O termo gestão participativa, como a realmente priorize a inclusão é um dos
palavra já diz, significa a participação obstáculos com que se depara e que
de todos os envolvidos no gerencia- dificultam a implementação qualita-
mento do processo. Na escola significa tiva deste princípio.
dizer, que o gerenciamento é função
não só do diretor, mas dos profes- Mendes (2002, p. 71), fala de alguns
sores, funcionários, alunos, pais de aspectos importantes para a con-
alunos e comunidade. strução da escola inclusiva tais como
:
O diretor de escola é, antes de tudo,
um educador. Enquanto tal possui uma Os caminhos cabíveis que
função primordialmente pedagógica e sejam trilhados para a con-
social, que lhe exige o desenvolvimen- strução da escola inclusiva per-
to de competência técnica, política e passam pelas adaptações cur-
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5. 11
riculares, pela gestão escolar, essa implementação. Um movimento
pelos princípios norteadores sistemático em direção à inclusão de
desse paradigma educacional e crianças com necessidades educacion-
com a construção da sua pro- ais especiais na escola comum requer
posta pedagógica. A escola in- atenção às necessidades dos diretores
clusiva requer a efetivação de de escolas. Os autores salientam ain-
currículos adequados (adapta- da que o diretor pouco tem sido re-
dos ou modificados, quando sponsável por fornecer os apoios que
necessário) e uma prática ped- as crianças precisam. Para tal reforma
agógica flexível com arranjos da escola, a liderança do diretor é vis-
e adaptações que favoreçam ta como fator chave para o sucesso.
tanto o bom aproveitamento Entretanto, para garantir o sucesso
quanto o ajuste socioeducacio- da inclusão, é importante que o dire-
nal do indivíduo com necessi- tor apresente conhecimentos e ha-
dades educacionais especiais. bilidades que favoreçam a integração,
aceitação, e sucesso de estudantes
O alcance de todos esses aspectos en- com necessidades educacionais es-
globará a participação de todos os en- peciais em classes comuns de escolas
volvidos no processo educacional. regulares. Como um líder da escola, o
diretor influencia diretamente na “alo-
O professor enquanto um dos mem- cação de recursos, equipes, estrutu-
bros da equipe escolar é fundamental ras, fluxo de informação, e a operação
sim, mas não único agente respon- de processos que determina o que de-
sável, pois o diretor escolar, dentro de veria e o que não deveria ser feito pela
uma perspectiva de gestão participati- organização”. (NANUS, 1992).
va, tem um importante papel a desem-
penhar nessa construção das escolas Devido a sua posição de liderança, a
inclusivas. Conforme apontado na leg- atitude do diretor acerca da inclusão
islação brasileira (BRASIL, 2000) cabe poderá resultar em aumento de opor-
à Direção das Unidades Escolares, a tunidades para estudantes na classe
responsabilidade de: comum ou para limitar a segrega-
ção em serviços de ensino especial.
1- Permitir e prover suporte Entretanto, para a inclusão ser bem
administrativo, técnico e cientí- sucedida primeiro, e antes de tudo, o
fico para a flexibilização do diretor escolar deve mostrar confiança
processo de ensino, de modo a e atitude positiva frente ao princípio
atender à diversidade; da inclusão escolar.
2- Adotar propostas curricu-
Tema Destaque / Subject Stands out
lares diversificadas e abertas, Vários caminhos são possíveis e
em vez de adotar concepções necessários no trabalho escolar bus-
rígidas e homogeneizadoras do cando a construção de um modelo
currículo; inclusivo. Em outros países, temos
3- Flexibilizar a organização e acompanhado o estudo e a prática
o funcionamento da escola, de de formas de colaboração dentro da
forma a atender à demanda di- escola, com o objetivo de unir o tra-
versificada dos alunos; balho já existente que chamamos de
4- Viabilizar a atuação de pro- comum, ao trabalho específico, que
fessores especializados e de chamamos de especial, a fim de ga-
serviços de apoio para favore- rantir a inclusão, a permanência e o
cer o processo educacional. sucesso de alunos com necessidades
educacionais especiais na escola.
Portanto, a inclusão escolar só se
efetivará com qualidade, se medidas Conforme aponta Maia (2000), para
administrativas e pedagógicas forem que a participação em grupo traga
tomadas pela equipe de gestão do benefícios para a escola, é imprescind-
sistema e da escola. ível a presença de um líder que mobi-
lize os agentes da organização nesse
Brotherson et al (2001), discutem que sentido, que suscite o bom relaciona-
a falta de atenção do contexto sócio- mento entre eles e que esteja direta-
político tem sido um problema central mente envolvido com o processo em
na implementação de programas in- busca da qualidade de ensino.
clusivos. Para estes autores os dire-
tores escolares são peças-chave no Vários autores têm discutido que o
contexto sócio-político para garantir apoio administrativo é o maior fator
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6. 12
para o sucesso de programas inclusi- amente pela ação do gerenciamento
vos nos quais a colaboração é alme- da mesma. Esse gerenciamento esco-
jada. (RIPLEY, 1997). lar diferente só acontecerá através de
práticas reais diferenciadas.
Conforme aponta Boscardin (2004),
o papel do administrador em intro- Este papel de agente de modifica-
duzir, guiar, selecionar e apoiar o uso ção de uma escola tradicionalmente
de intervenções apropriadas é impor- excludente, não vai ser assumido de
tante para o sucesso de estudantes forma tranqüila pelo diretor escolar e
com necessidades educacionais es- sua equipe de gestão. As mudanças
peciais na aprendizagem. Embora necessárias não são simples nem fá-
freqüentemente se pense que esta ceis, é preciso que haja interesse pes-
área de domínio é exclusiva dos pro- soal e coletivo em mudar o rumo e
fessores, os administradores precisam seguir para o desconhecido.
ser instrumentalizados para apoiar a
implementação de práticas instrucion- A escola inclusiva que se pretende criar
ais científicas de professores para que não tem metas e padrões previamente
melhorem os resultados educacionais estabelecidos como acontece na esco-
dos alunos. No entanto, transformar o la tradicional. Ela tem clareza do que
papel administrativo de forma que ele precisa ser eliminado, como qualquer
se torne um apoio à inclusão escolar tipo de discriminação que impeça um
não será fácil e irá requerer o uso de aluno de ter sucesso, no entanto, suas
diferentes estratégias. metas e objetivos específicos precisam
ser construídos paulatinamente dentro
A autora aponta dois caminhos de de cada unidade escolar, considerando
transformação do papel administrativo. suas características e especificidades
Um deles considera a importância de únicas.
incluir em legislação futura o conheci-
mento do papel dos administradores Estamos no momento de criar projetos
na reforma escolar. O outro focaliza novos de trabalho escolar, implemen-
o estabelecimento de uma agenda de tá-los e avaliá-los, para aos poucos ir-
pesquisas nacionais tratando da lider- mos descobrindo os caminhos a serem
ança e educação especial. Estas duas seguidos e os caminhos a serem aban-
vertentes, segundo a autora, poderão donados.
ajudar a identificar e melhor entender
o uso de evidência baseada em práti- O trabalho com alunos com necessi-
cas administrativas em educação es- dades educacionais especiais na escola
pecial que devem melhorar os resul- regular é algo que podemos considerar
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tados educacionais de estudantes com relativamente novo, se considerarmos
necessidades educacionais especiais o longo período de exclusão escolar
através da melhoria das habilidades que tais indivíduos viveram durante
do professor e da transformação na séculos. No Brasil, falamos de inclusão
missão de liderança. escolar há pouco mais de dez anos,
mais especificamente após a Declara-
De acordo com Lashley e Boscardin ção de Salamanca, o que nos retrata
(2003), o desafio do administrador um tempo curto para as grandes mu-
será promover colaboração entre pro- danças conceituais que tal perspectiva
fessores de educação especial e geral requer.
e, administradores para garantir que
programas de educação de alta quali- O profissional da educação capacitado
dade sejam acessíveis a todos os estu- para gerenciar tal realidade não se faz
dantes. O que precisa na prática é que de uma hora para outra, nem do dia
diretores escolares comecem a pensar para a noite, nem tão pouco sozinho.
como líderes instrucionais de todos os A vivência de um cotidiano escolar in-
estudantes, incluindo os com necessi- clusivo, as trocas com os colegas, às
dades educacionais especiais, e não informações e sugestões advindas da
somente como diretores da educação busca de soluções, a observação de
geral. outros modelos, enfim, vários são os
caminhos que deverão ser trilhados.
A transformação da nossa escola em
uma escola inclusiva ou a criação de Carregamos uma carga sócio-cultural
uma nova escola que seja inclusiva, diante da diferença, que justifica ati-
que aceite a diversidade e a entenda tudes de incoerência entre o discurso
como fator positivo, passa obrigatori- e a prática, fruto de uma concepção
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7. 13
equivocada. Em tese é fácil adotar o neos integrando conhecimentos de
discurso do direito à educação para educação especial, habilidades e dis-
todos, porém na prática acreditamos posições em seus currículos.
não ser possível fazer, pois nos falta
a segurança que achamos que temos Delors (2003), afirma que um dos
que ter. principais fatores de eficácia escolar,
conforme apontam as pesquisas e ob-
Práticas escolares rotineiras não se servações empíricas, é a direção dos
transformam num passe de mágica. estabelecimentos de ensino. Um bom
É preciso que a equipe escolar reflita administrador capaz de trabalhar em
sobre essa nova condição, de trans- equipe, competente e aberto, conseg-
formação da escola em inclusiva, de ue introduzir grandes melhorias nas
como esse processo vem acontecendo, escolas. Para tanto, é preciso confiar
e onde queremos chegar. Neste ponto a direção das escolas a profissionais
temos que falar de formação inicial e qualificados, com formação específica,
também em serviço e não dá para se sobretudo em matéria de gestão. Esta
pensar na construção da escola inclu- qualificação deve conferir maior pod-
siva sem pensar em instrumentalizar er de decisão e melhor remuneração,
seus construtores. valorizando assim essa que é de muita
responsabilidade.
Temos uma legislação que contempla
avanços nesta área, porém não ga- No material instrucional publicado pelo
rante o entendimento de seu signifi- MEC (BRASIL, 1997, p.333), aparece
cado à população interessada. Faz-se o depoimento do diretor de uma es-
necessária a preparação dos líderes cola com alunos surdos em classes
escolares para lidar com as mudanças comuns, que diz que considera esse
necessárias. período como o mais gratificante em
sua vida profissional, embora tenha
A liderança firme por parte do dire- sido também o período de maiores di-
tor escolar tem sido identificada como ficuldades. Ao finalizar seu depoimento
um fator crítico para apoiar progra- o diretor afirma que o maior problema
mas educacionais efetivos. O papel do que a educação enfrenta é a falta de
diretor requer novos conhecimentos, formação profissional adequada dos
atitudes e habilidades para lidar com diretores e professores, e conclui: “se
as condições atuais e as tendências eu tivesse mais informações poderia
emergentes na educação especial e ter realizado um trabalho melhor”.
geral e, para conduzir a continuidade
da melhoria educacional para todos os Entendemos que a formação em
Tema Destaque / Subject Stands out
estudantes. serviço do diretor escolar é fator fun-
damental e urgente no nosso cenário
Entretanto, o conhecimento sobre as educacional. A liderança firme e desa-
características do aluno, as necessi- fiadora que a literatura aponta como
dades específicas de aprendizagem, necessária para o diretor da escola in-
as técnicas instrucionais, e o apoio clusiva, requer investigação.
requerido por educadores especiais
pode direcionar ações de administra- A educação brasileira está anunciando
dores para serem mais efetivas. reformas, e a exemplo de muitos out-
ros países, tem buscado no princípio
O papel do diretor tem evoluído nos da educação inclusiva a proposta de
últimos 30 anos, e a liderança instru- uma escola para todos, que respeite e
cional tem emergido como um compo- esteja aberta às diferenças, entendida
nente essencial de seu papel. Dentro como forma de enriquecimento tanto
da demanda atual de responsabilidade do coletivo da escola como fundamen-
educacional, a preparação de líderes tal para a construção de uma socie-
instrucionais para trabalhar com pop- dade democrática.
ulações escolares academicamente di-
versas é um imperativo. A transformação necessária se apre-
senta como algo processual e que
As instituições de educação e os deve abranger diferentes segmentos
órgãos públicos educacionais têm pa- ligados à escola. Não é algo simples,
péis chave na preparação de diretores nem rápido, pois requer primeiramente
para tais complexas responsabilidades mudança de concepção de sociedade,
e devem preparar futuros administra- de pessoa, de escola, de direito etc.
dores para seus papéis contemporâ- Lima (2005, p. 90), comenta que esta
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8. 14
dificuldade de transformação da escola Praisner (2003) realizou uma pesquisa
que está aí, em uma escola inclusiva, com 408 diretores de escolas elemen-
pode ser comparada a uma conexão tares para investigar a relação entre
no meio de uma viagem. No entanto, atitudes frente à inclusão, e variáveis
não é como descer de um avião com tais como treinamento e experiência
destino certo e entrar num segundo e percepção sobre colocação de alu-
avião com outro destino definido, mas nos com necessidades educacionais
sim uma alteração de rota dentro do especiais. Os resultados indicaram
mesmo avião, com a mesma tripula- que cerca de um em cada cinco dire-
ção, mas sem que a torre de controle tores tinham atitudes positivas a re-
possa dar indicações claras e precisas speito da inclusão, embora a maioria
para onde se deve seguir. manifestasse também incerteza sobre
essa política. Experiências positivas
Entretanto, se há a figura de um com estudantes com deficiências e
gestor da escola, que é o principal exposição anterior a conceitos de edu-
elemento de articulação entre a es- cação especial apareceram associados
cola e o sistema, seria esperado, con- com atitudes mais positivas a respeito
forme apontam Stainback e Stainback da inclusão. Além disso, diretores com
(1999), que ele liderasse os processos mais experiências e/ou atitudes posi-
de mudança, e talvez esteja no papel tivas são mais prováveis de colocar
e na função deste profissional uma das estudantes em ambientes inclusivos.
estratégias para alavancar a transfor-
mação pretendida. A fala de uma diretora de escola apon-
ta a importância da convivência com
O que a literatura sobre gestão esco- alunos com necessidades especiais
lar vem apontando é a necessidade de para se buscar novos caminhos e a
consolidar a autonomia da escola e de necessidade de interlocução da equipe
qualificar diretores tanto para desem- escolar com profissionais especializa-
penhar uma forte e efetiva liderança, dos:
quanto para dividir o poder de decisão
sobre os assuntos escolares com pro- Na verdade o ideal era que es-
fessores, funcionários, pais de alunos, tivesse tudo pronto, mas se
alunos e comunidade escolar, criando a criança não chega a gente
e estimulando a participação de todos não sabe nem o que deve es-
nas instâncias da unidade (por exem- tar pronto, então é importante
plo, conselhos ou comitês represen- o que a gente já sabe de an-
tativos de pais, professores, alunos, temão que é necessário tem
comunidade, etc.) (ver, por exemplo, que estar, porque é difícil se é
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LIBÂNEO, 2004; DOURADO, 2004; uma criança por exemplo que
BITES, 2005). usa cadeira de rodas, ou algu-
ma coisa assim então precisa
No âmbito da escola a estratégia para ter adaptação de rampa e tudo
se construir o planejamento partici- mais, mas tem outras que tem
pativo e democrático, mais defendi- que acontecer para a gente es-
da, tem sido a construção coletiva do tar sentindo.
projeto político pedagógico da escola,
entendido como um elemento de or- Tradicionalmente a educação especial
ganização e integração da atividade não tem sido enfatizada em programas
prática da instituição neste processo de preparação de diretores (SIROTNIK
de transformação (BARROSO, 1995; E KIMBALL, 1994), mas diante da per-
MARÇAL, 2001; SILVA JÚNIOR, 2002. spectiva da inclusão escolar a prepa-
VASCONCELLOS, 2005). ração de gestores para trabalhar com
populações escolares academicamente
Entretanto, a construção coletiva diversas vem se tornando um impera-
deste projeto não é suficiente, pois tivo e deve ser assunto para muitas
será necessário colocá-lo em práti- outras pesquisas no futuro.
ca consolidando assim a prática de
gestão participativa e democrática na Ao iniciarmos este artigo falamos so-
escola, a autonomia da equipe esco- bre a necessidade de se construir uma
lar e a oportunidade permanente de sociedade, em que todos os seus ci-
desenvolvimento profissional dos pro- dadãos tenham direito a exercer sua
fessores (SILVA JR, 2002; LIBÂNEO, cidadania plenamente com todos os
2004; TEZANI, 2004). direitos e deveres que tal plenitude
abarca.
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9. 15
Observamos, no entanto, que o cum- la. Apesar de um recente discurso de
primento de tais metas está muito além escola inclusiva, aberta a todos, sejam
da nossa realidade. Uma sociedade ig- quais forem suas características, o que
ualitária tem que garantir eqüidade, temos na verdade é uma escola de-
pois a igualdade tem que aparecer nas spreparada para assumir essa trans-
oportunidades de acesso, mesmo que formação, a começar pela sua gestão.
para isto tenhamos que diferenciar os A nós parece evidente que a construção
caminhos. da escola inclusiva tem que investir na
consolidação de uma outra cultura,
Discutir a construção de uma socie- capaz de incutir na clientela escolar,
dade inclusiva, que aceita e respeita as desde a mais tenra idade, a aceitação
diferenças, abrange uma enormidade e valorização da pessoa humana, in-
de aspectos, nem sempre visíveis, dependente de qualquer diferença.
nem sempre sentidos, nem sempre Essa construção, não simples, deve
desejados, pois temos arraigada uma ser o objetivo primeiro das institu-
cultura que valoriza a competitividade, ições escolares na busca da melhoria
a dominação, o mais forte. da qualidade de ensino-aprendizagem
para todos, transformando a escola
Como um segmento desta sociedade para que cumpra verdadeiramente
está a escola que se obriga a repro- seu papel social.
duzir esta cultura, de forma a mantê-
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