O documento discute deficiência intelectual, definindo-a como um atraso no desenvolvimento cognitivo e nas funções motoras e sociais. Apresenta possíveis causas como síndromes genéticas e ambientais. Discute a importância de atividades lúdicas e tecnologias assistivas para o desenvolvimento destes alunos e a necessidade de respeitar suas limitações e potencialidades. Defende a inclusão destes alunos nas escolas regulares com apoio pedagógico adequado.
2. O QUE É?
"É um atraso na adaptação ao aprendizado, ao convívio
social e às funções motoras“,.
Belísio Cunha (Abenepi).
A deficiência intelectual não é considerada uma
doença ou um transtorno psiquiátrico, e sim um
ou mais fatores que causam prejuízo das funções
cognitivas que acompanham o desenvolvimento
diferente do cérebro. (HONORA & FRIZANCO, 2008,
p. 103)
3.
As causas da D.I. são desconhecidas de 30 a 50%
dos casos. Estas podem ser genéticas, congênitas
ou adquiridas. Dentre as quais as mais
conhecidas são: Síndrome de Down, Síndrome
alcoólica fetal, Intoxicação por chumbo,
Síndromes neurocutâneas, Síndrome de Rett,
Síndrome do X-frágil, Malformações cerebrais e
Desnutrição proteico-calórica.
4. VYGOTSKY (1989)
ZONA DE DESENVOLVIMENTO
PROXIMAL
Zona Real
Zona potencialidade
“palco de negociações”
5. RECURSOS PEDAGÓGICOS
De acordo com VYGOTSKY(1998), a arte de brincar
pode ajudar a criança com necessidades educativas
especiais a desenvolver-se, a comunicar-se com os que
a cercam e consigo mesma. Embora apresente atrasos
no seu desenvolvimento cognitivo e motor, também
necessita de atividades lúdicas no seu dia a dia, talvéz
até mais que outras crianças por necessitar de mais
estímulos para desenvolver suas habilidades
cognitivas, motoras e sensoriais.
6. RECURSOS TECNOLÓGICOS
Tecnologia Assistiva é toda e qualquer
ferramenta, recurso ou processo utilizado com a
finalidade
de
proporcionar
uma
maior
independência a pessoa com deficiência ou
dificuldades.
Ex:
Uma colher adaptada; utilização de
computador para realizar algo.
7. CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988)
ART. 205.
A educação, direito de todos e dever do Estado
Inclusão da família,
Desenvolvimento da Pessoa;
Direito a cidadania
8. INCLUSÃO/ INTEGRAÇÃO
“A escola comum se torna inclusiva quando
reconhece as diferenças dos alunos diante do
processo educativo e busca a participação e o
progresso de todos, adotando novas práticas
pedagógicas.” (SEESP/ SEED/ MEC, p.9, 2010).
A inclusão não é apenas colocar alunos com
deficiência dentro das unidades escolares e achar
que isso é o suficiente, o que muito se verifica,
hoje, no processo de inclusão é a confusão que se
faz entre os termos integração e inclusão.
9. LIMITAÇÕES
Limitações na área cognitiva;
Possuem ritmo mais lento, se comparado ao
desenvolvimento de colegas que não apresentam
essa condição;
Dificuldade para comunicar-se, e estabelecer
vínculos com afetivos com colegas e professores.
10. COMO ESSE ALUNO NÃO APRENDE ?
•
•
•
Repetir, seguir o modelo, limpar as mesas,
lavar o rosto, escovar os dentes, pentear os
cabelos, abotoar, amarrar,
colar, recortar, montar...”
(Padilha, 2005, p. 122 e 123)
11. COMO ELE APRENDE
Valorizar potencialidade
Lei da compensação
Transformações nas relações concretas da vida
Incluir na classe comum
Dialogar conversar, ouvir, planejar juntos
12.
Cada criança é um ser único, as crianças
com D.I. merecem um olhar individualizado
levando-se em consideração suas limitações,
suas necessidades, mas não somente o que ainda
não consegue realizar com autonomia, mas levar
em consideração a bagagem que essas
crianças possuem e o que já possuem de
autonomia para realizar sozinhas. Todas as
pessoas possuem algo que já
realizam,
deficientes ou não. O D.I. necessita sim de
apoio pedagógico, de atenção especializada, de
adequações curriculares, mas não podemos
esquecer que eles possuem capacidades, e o que
eles mais necessitam além das intervenções, é
que, nós acreditemos neles.
15. COMO TRABALHAR NA ESCOLA COM
ESSE ALUNO?
Acompanhar e reconhecer a aprendizagem deste
aluno;
identificar em que ponto ou nível ele se
encontra;.
Respeitar a idade cronológica;
Falar diretamente com a pessoa com deficiência,
estabelecendo contato visual;
Não tratá-lo como doente;
Evitar preconceito.
16. MEC diz que 42 mil escolas terão sala
de apoio a alunos deficientes em 2014
17. “... todas as crianças deveriam aprenderem juntas,
independentemente de quaisquer dificuldades ou
diferenças que possam ter. (...) dentro das
escolas inclusivas, as crianças com necessidades
educacionais especiais deveriam receber qualquer
apoio extra que possam precisar, para que lhes
assegure uma educação efetiva (...)”
(Unesco, Mendes, 2002, p. 75).
18. Não existem “receitas” prontas para o trabalho
com alunos tanto com deficiência intelectual, ou
com outra deficiência, quanto com os sem
deficiência. Devemos ter em mente que cada
aluno é um e que suas potencialidades,
necessidades e conhecimentos ou experiências
prévias devem ser levados em conta, sempre.
(HONORA & FRIZANCO, 2008, p. 107)
19. “Deficiente” é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as
imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter
consciência de que é
dono do seu destino.
“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.
“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de
miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas
dores.
“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo,
ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e
quer garantir
seus tostões no fim do mês.
“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por
trás da máscara da hipocrisia.
“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que
precisam de sua ajuda.
“Diabético” é quem não consegue ser doce.
“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer.
Renata Vilella