SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 117
Baixar para ler offline
0
1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................. 3
PREFÁCIO .................................................................................... 5
CAPITULO I -
Noções de Relações Humanas nos condomínios ......................... 6
CAPÍTULO II
Técnicas de proteção e medidas de segurança em portarias ...... 17
CAPÍTULO III
Sistema de comunicação em condomínios ....................... 28
CAPÍTULO IV -
Técnicas de identificação de pessoas e veículos .......................... 37
CAPÍTULO V
Segurança física de instalações condominiais .............................. 43
CAPÍTULO VI
Sistemas eletrônicos de segurança em condomínios .................. 54
CAPÍTULO VII
Medidas de emergência e “dicas” de segurança em condomínios 64
CAPÍTULO VIII
Segurança contra incêndios em edificações ................................ 83
CAPÍTULO IX -
Segurança em elevadores ............................................................. 102
CAPÍTULO X
Noções de Higiene ........................................................................ 108
CONCLUSÃO ................................................................................ 114
BIBLIOGRAFIA
2
INTRODUÇÃO
Com a chegada do novo milênio renovam-se as esperanças de uma
melhoria na qualidade de vida da população. Espera-se que haja uma
conscientização de todos, no que diz respeito a um aumento dos níveis de
Proteção da comunidade, atingindo-se as camadas sociais em sua totalidade e,
principalmente, que a violência baixe a patamares aceitáveis dentro de nossa
sociedade, tudo isto para que se alcance a tão sonhada Segurança e
Tranqüilidade. No entanto, para que esta aspiração deixe de ser um sonho e se
torne realidade, faz-se necessário o comprometimento e empenho de todas as
pessoas, muitas vezes, dando uma parcela a mais de sacrifício, no intuito de se
chegar ao tão almejado objetivo.
Não se pode acusar ou, melhor ainda, responsabilizar exclusivamente as
autoridades governamentais como sendo os únicos "culpados" pela situação
caótica pelo qual a sociedade atual está enfrentando, mas é bom lembrar que, em
vários casos, a omissão e até mesmo a falta de informações parte da própria
população que acaba se tornando vítima de muitos delitos e atos inseguros.
Para que esta situação seja minimizada é imprescindível a Atitude Preventiva de
todos os indivíduos, e isto diz respeito aos seus atos mais básicos, tais como
exercer seus direitos como cidadão, e a partir daí exercer as garantias definidas
pela Constituição e pelas Leis.
Os condomínios, no final do milênio passado, têm-se proliferado bastante
devido ao excessivo aumento demográfico das metrópoles, causando a escassez
de espaço, porém, os principais motivos para que as pessoas optem por residir
nestes conjuntos residenciais estão relacionados ao Conforto, Tranqüilidade e
Segurança, sendo esta última a causa mais citada pelos condôminos, tendo-se em
vista os altos índices de criminalidade urbana.
Como já é notório e muito evidenciado nos noticiários da imprensa escrita e
falada, roubos, furtos e até mesmo seqüestros, antes mais comuns ocorrerem em
bancos, empresas, lojas e residências, passaram a acontecer, com maior
impetuosidade e freqüência, em condomínios, onde os marginais chegaram à
conclusão que os funcionários responsáveis pelas portarias e vigilância dos
prédios, na grande maioria bastante despreparados, são facilmente enganados por
suas estratégias.
3
Os síndicos, com a aquiescência dos condôminos, têm investido vultosamente
em segurança perimetral (cercas eletrificadas com sensores infravermelhos),
sistemas eletrônicos de monitoramento, softwares de segurança (Informática),
painéis de alarme, CFTV - Circuito Fechado de Televisão, etc., porém nem tudo
isto tem sido capaz de inibir a ação de meliantes, os quais conseguem facilmente
sua intrusão nos condomínios através dos portões de garagens e, na maioria das
vezes, pelas portarias principais, considerando, como já frisado anteriormente, a
desqualificação dos funcionários responsáveis por estas áreas.
Ressalto ainda que a perfeita integração em termos de segurança entre o
homem e as novas tecnologias é condição sine qua non para a implantação de
uma perfeita e quase intransponível barreira preventiva dentro de um condomínio,
mas coloco em evidência a necessidade de preparar o homem e conscientizá-lo de
que as rotinas, características e peculiaridades do condomínio devem ser bem
gerenciadas pelos profissionais, a fim de que possam definir, de maneira clara e
precisa, a forma como agir em face de uma tentativa de intrusão por bandidos ou
ante um risco iminente.
Enfim, para que os condomínios possam oferecer o nível de proteção
adequado aos seus moradores e, portanto, auxiliar na garantia de um dos direitos
básicos, que é o da moradia com segurança, torna-se importante lembrar que os
síndicos, moradores, funcionários e prestadores de serviços complementados por
barreiras físicas e equipamentos eletrônicos, aliados aos órgãos de Segurança
Pública devam integrar-se para que realmente se possa chegar a um nível de
Proteção satisfatório para todos.
Dados Estatísticos Anuais sobre Roubos e Furtos em Edifícios
Residenciais e Apartamentos Registrados na Cidade de São Paulo
Ano 1999 2000 2001 Total
Furto 149 177 228 554
Roubo 112 159 177 448
Total 261 336 405 1002
Fonte: SSP/ São Paulo
4
PREFÁCIO
Hoje em dia, basta conversamos um pouco é logo vem a baila, um assunto
que preocupa a todos nós, a violência urbana e os altos índices de criminalidade.
Todos nós, ao final de mais um dia de trabalho, retornamos ao nosso "lar
doce lar", entretanto, se não adotarmos certas posturas e implementarmos medidas
humanas, tecnológicas e organizacionais aplicáveis na casa ou no apartamento,
não conseguiremos um ambiente tranquilo e seguro, para nós e nossa família.
Este trabalho deve ser iniciado pela formação de um consciência de
segurança, entendendo o problema e procurando soluções com o envolvimento e
participação de todos (condôminos, empregados domésticos, síndico, funcionários
do condomínio, prestadores de serviço e visitantes).
Este trabalho, desenvolvido por José Elias de Godoy, um especialista em
segurança empresarial, demonstra uma série de ações e medidas, embasadas
com dados estatísticos, artigos publicados na mídia e exemplos concretos, de
como podemos materializar este sonho.
Boa leitura e mãos a obra!
Marcy José de Campos Verde, CPP
Consultor Sênior em Segurança Empresarial
5
CAPÍTULO I NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS NOS CONDOMÍNIOS
Todos condôminos e síndicos sonham ter funcionários altamente
especializados e de inteira confiança, quer sejam os que trabalhem em suas
residências como os que prestem serviços no condomínio . Mas o que deve ser
feito para se chegar a uma mão-de-obra com tal grau de perfeição?
O funcionário, prestador de serviços em condomínios ou empregados que
exerçam serviços nas suas residências, presume-se que devam ser pessoas de
inteira confiança, pois convivem diuturnamente com seus moradores e, portanto,
deverão ser recrutados e selecionados dentro do mercado de trabalho
independentemente de experiência anterior mas, sim, de forma que atendam, além
dos requisitos normais para as funções, também os padrões técnicos e básicos
visando à segurança de todo o conjunto residencial.
Para tanto, este candidato deverá possuir os seguintes requisitos:
• Grau de instrução básica, ou seja, no mínimo, o 1o
grau completo;
• Possuir estabilidade funcional comprovada em Carteira de Trabalho;
• Estar apto com relação aos exames de saúde;
• Possuir ficha criminal isenta de antecedentes, de preferência tirada pelo
próprio condomínio;
• Passar por entrevista em empresas de recrutamento e seleção ou pela
administradora, evitando-se fazê-lo no próprio condomínio ou na residência;
• Preencher uma ficha de registro com todos os dados e anexar uma foto do
futuro candidato;
• Dar preferência a candidatos com experiência comprovada e que possuam
cursos e treinamentos na sua área de atuação;
• Verificar possíveis indicações através de cartas de apresentação, cuja
veracidade deverá ser confirmada, devendo-se, inclusive, comparecer
pessoalmente até o antigo local de trabalho, a fim de se certificar das referências
pessoal e profissional;
• Conferir o endereço residencial do candidato, checando junto a vizinhos sua
conduta pessoal e familiar, seus costumes, amizades e até seus vícios,
6
confirmando-os anualmente a fim de que se tenha o perfil real e completo do futuro
funcionário.
Preenchidos e satisfeitos todos os requisitos anteriores, o candidato deverá
ser treinado em cursos especializados, a fim de que adquira conhecimentos
específicos para exercer suas funções dentro do condomínio, objetivando-se com
isso:
• Melhoria nas relações entre funcionários e moradores;
• Menor desperdício de materiais;
• Maior cuidado com equipamentos e instalações;
• Profissionais mais bem preparados e qualificados;
• Porteiros mais atentos, gerando maior segurança;
• Moradores mais satisfeitos e tranqüilos.
Observe-se a seguinte frase:
“A PRESENÇA DO PORTEIRO, MESMO QUE NÃO SEJA DO TIPO ATLÉTICO,
INIBE O LADRÃO", frase veiculada na matéria do suplemento da revista VEJA
ESPECIAL SEGURANÇA - Junho/2.001, págs. 84/85.
Tal afirmação, isoladamente, não é suficiente para garantir a eficiente
segurança dentro do Condomínio.
Há alguns anos as ocorrências em condomínios se resumiam a furtos nas
garagens, onde os ladrões adentravam nestes locais com o objetivo de surrupiar
toca-fitas e objetos de valor que estivessem expostos no interior dos veículos ou
mesmo outros que estivessem largados nas garagens. Os marginais utilizavam
como principal modus operandi as falhas havidas nos pontos vulneráveis, uma vez
que se aproveitavam de alguma brecha, nas áreas de acesso principais ou
perimetrais, tais como portões, grades ou muros baixos a fim de cometerem seus
ilícitos. Mas, infelizmente não se limitaram apenas aos estacionamentos dos
prédios, visto que hoje estes agressores da sociedade invadem os apartamentos e
roubam os bens de seus moradores, isto quando não se utilizam de atos de
violência, no intuito de intimidarem e agredirem suas “presas”, gerando traumas,
muitas vezes irreversíveis, às vítimas deste vandalismo.
7
Para tanto, os delinqüentes têm-se utilizado dos mais diversos ardis a fim de
ludibriarem os funcionários, mais precisamente aqueles que são responsáveis
pelos controles de acessos, tais como porteiros e garagistas, tendo como objetivo a
intrusão ao edifício até atingirem as unidades condominiais.
Observando-se os assaltos ocorridos nos condomínios foi constatado que,
na grande maioria das vezes, a entrada se deu pela portaria principal do prédio,
onde os porteiros, por desatenção ou mesmo inexperiência, foram enganados
pelos meliantes e o outro tanto se deu pelo descuido dos moradores.
Com isto conclui-se que os assaltantes detectaram um enorme furo no
sistema de segurança nos condomínios e portanto estão se aproveitando das
falhas humanas a fim de realizarem seus atos delituosos, sendo isto somente
possível devido a desqualificação profissional de seus funcionários, já que são
facilmente ludibriados ou simplesmente agem por pura ingenuidade.
Todos estes problemas estão intimamente relacionados com a falta de
treinamento destes profissionais, visto que muitos síndicos acham desnecessário
gastar-se com cursos específicos, buscando-se uma especialização. Ledo engano,
pois onde existem pessoas prestando serviços para outras, a única forma de se
modificar comportamentos distorcidos é através de um bom treinamento, que deixa
de ser um gasto para ser um excelente investimento, visto que o retorno vem
através de uma maior qualidade na mão-de-obra de portaria, acarretando com isto
um nível satisfatório de Segurança para todos condôminos.
Jornal do Síndico : Jun/2001, por José Elias de Godoy.
Ao término do treinamento, o candidato deverá passar por um estágio
experimental com o intuito de executar, aperfeiçoar e aplicar o que foi ministrado
teoricamente, onde ficará em teste durante a fase de experiência. Cabe ressaltar
que o custo aplicado no aperfeiçoamento dos funcionários não é um gasto, mas
sim um investimento que será revertido em qualidade, segurança e tranqüilidade de
todos os moradores.
Ao ser aprovado em todas estas fases, então, será efetivado como
funcionário. A remuneração e os benefícios deverão ser compatíveis com os
acordos salariais da entidade de classe, seguindo tudo que for estipulado pelo
Sindicato da categoria.
Durante seu trabalho, o funcionário do condomínio, em qualquer nível que
8
seja, deve ser conscientizado que é, constantemente, alvo das atenções de todos
os moradores devido à posição que ocupa, pois se relaciona com pessoas diversas
e, por isso, deve saber como se comportar durante esses relacionamentos, bem
como estar qualificado e apto para o exercício de sua função, primando por uma
conduta exemplar, a fim de que obtenha êxito profissional e dignifique sua
categoria.
Para que possa atingir este nível de preparo, o funcionário deve seguir os
princípios:
• Ser assíduo - É o ato de não faltar ao serviço, pois sua presença no local de
trabalho, além de obrigatória, é de fundamental importância para a normalidade do
serviço no condomínio e que sua falta ou absenteísmo poderá acarretar embaraços
no trabalho, desfalcando o efetivo e, conseqüentemente, causando prejuízos aos
demais companheiros que deverão suprir sua ausência. Caso haja a
impossibilidade, por motivo justificável ou urgente, de comparecer ao trabalho, o
funcionário deverá cientificar, com antecedência, seu superior imediato para que
seja providenciada a devida substituição.
• Ser pontual - É dever de todo funcionário cumprir os horários estipulados ou
contratados, sendo que cada minuto de atraso pode acarretar problemas
operacionais e administrativos e, muitas vezes, o sacrifício do encarregado, bem
como dos colegas. É importante que seja comunicado o motivo do atraso e a hora
provável de sua chegada, para que seja providenciada a rendição ou o aguardo do
funcionário atrasado por parte dos demais. O horário de chegada deve ser com 15
(quinze) minutos, no mínimo, de antecedência.
Assiduidade e pontualidade são traços positivos da personalidade bem
formada, sendo que a pessoa que as cultua é digna de confiança.
Costuma-se falar que “os empregados são o cartão de visita do condomínio”,
pois neles se refletem a organização e o empenho da administração e se projeta a
boa imagem de seus moradores, por isso mesmo todo bom profissional deve
prezar:
• Pela sua apresentação pessoal impecável, nisto incluem-se as boas
maneiras;
9
• Seu aspecto físico;
• Por seu modo de falar e de vestir; para tanto deverá zelar pelos princípios de
higiene e asseio, pois além de serem salutar, refletem os bons costumes e a boa
aparência de cada pessoa;
• Pela responsabilidade;
• Por possuir iniciativa;
• Por trabalhar com presteza e entusiasmo;
• Por possuir atitude de cooperação;
• Por ser discreto, não comentar com terceiros a rotina de vida de qualquer
morador, funcionário ou do próprio serviço no condomínio, com isso não divulgando
informação para a qual não está autorizado;
• Lembrando que conforme o Art. 154 do Código Penal, quem divulga assuntos
que possam atrapalhar o desempenho da segurança do Condomínio comete um
crime e está sujeito as penas da Lei;
• Por falar pouco e ouvir com muita atenção;
• Por compartimentar as informações, ao divulgá-las aos seus
superioresimediatos, dentro da área em que atua, cabendo a estes a decisão;
• Por responder sempre às perguntas formuladas pelos moradores, mesmo que
seja repetitivo;
• Por evitar comentar assuntos de serviço em público, com pessoas estranhas
ao ambiente de trabalho, com os familiares e amigos de bar
• Por conhecer bem o Estatuto e/ou Regimento Interno do Condomínio.
Portanto, o funcionário deverá, ao assumir o serviço:
• Estar de banho tomado;
• Dentes escovados;
• Mãos e unhas limpas;
• Cabelos penteados;
• Barba e bigode aparados;
• Roupas limpas e bem passadas;
• Utilizar-se do uniforme completo. É imprescindível o uso de uniformes pelos
funcionários, a fim de diferenciá-los entre si e dos demais;
10
• Botões abotoados;
• Sapatos engraxados e lustrados.
A fim de que se tenha um bom relacionamento durante o trabalho, o bom
profissional deverá adotar uma postura correta que demonstre firmeza de atitude,
causando uma boa impressão, tanto ao público interno quanto externo. Por este
motivo, o funcionário deverá:
• Manter o corpo ereto ao ficar de pé ou sentado;
• Não ficar encostado, demonstrando que está cansado;
• Não fumar em locais fechados ou quando estiver executando serviços;
• Não se deitar, sentar ou debruçar-se sobre a mesa de trabalho;
• Estar sempre atento, mantendo atitude de observação constante;
• Não ficar balançando a cadeira quando estiver sentado;
• Não dormir ou cochilar durante o serviço;
• Não se distrair quando estiver de serviço;
• Não se envolver em fofocas;
• Não se utilizar de aparelhos visuais ou sonoros quando de serviço;
• Não ler revistas, jornais ou similares durante o serviço;
• Manter sempre limpo o local de trabalho.
Devo lembrar, também, que o bom profissional segue os preceitos da boa
educação e companheirismo, portanto, deve:
• Tratar todos com cortesia e interesse;
• Agir sempre com amizade funcional, não tomando liberdades indevidas;
• Dirigir-se às pessoas utilizando-se do tratamento senhor(a);
• Levantar-se quando alguém for falar consigo;
• Jamais xingar ou falar palavrões;
• Sempre cumprimentar a todas as pessoas (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Nunca abandonar o posto de serviço e aguardar sempre a rendição no local
de serviço mesmo em momentos de alimentação ou de ir ao banheiro, esperando a
respectiva substituição para poder sair do ambiente de trabalho;
• Sempre obedecer prontamente aos superiores, cumprindo com presteza as
11
ordens recebidas, prestando contas e dando retorno das solicitações aos
encarregados;
• Respeitar a todas as pessoas, sem distinção, pois todos são seres humanos
e, como tal, devem ser honrados e considerados;
• Dar especial atenção às crianças e idosos;
• Não se alterar ou falar alto com os condôminos.
Atribuições do síndico/administrador
A Lei do Condomínio no
4.591, de 16/12/1964 define direitos, deveres e
obrigações dos síndicos e/ou administradores de condomínios, tratando, inclusive,
sobre a parte de segurança em seu Art. 22, que diz: Será eleito, na forma prevista
pela convenção, um síndico do condomínio, cujo mandato não poderá exceder a 2
anos, permitida a reeleição.
§ 1o
- Compete ao síndico:
a) representar...
b) exercer a administração interna da edificação ou do conjunto de edificações,
no que respeita à sua vigilância, moralidade e segurança, bem como os
serviços que interessam a todos os moradores;
Afora o que está definido pela legislação, eles devem:
• Cumprir e cobrar tudo o que foi e o que vai ser descrito nesta Monografia;
• Conhecer a legislação sobre condomínio e sua administração;
• Conhecer profundamente o estatuto e as normas de seu condomínio;
• Conhecer o andamento dos trabalhos realizados no condomínio;
• Desenvolver com o conselho de condôminos normas firmes e transparentes
sobre a segurança do condomínio, discriminando, inclusive, punições;
• Realizar reuniões periódicas com os condôminos a fim de despertar em todos
a conscientização para a segurança;
• Estar sempre atualizado sobre Recursos Humanos a fim de praticá-los no
condomínio;
• Acompanhar o fechamento da folha de pagamentos dos funcionários para
evitar erros e com isto acarretar descontentamentos destes;
12
•Procurar ser justo e tratar todos os funcionários com educação e respeito;
• Tratar todos os moradores com cortesia e polidez, procurando conscientizá-
los sobre a importância da união de todos para a segurança do condomínio;
• Saber administrar conflitos, considerando que vai lidar, no dia-a-dia, com os
problemas das pessoas;
• Ser paciente e possuir ótimo poder de discernimento;
• Não ser autoritário, lembrando-se que não administra o condomínio sozinho
nem é o seu único proprietário, devendo dividir e delegar responsabilidades;
• Freqüentar cursos, palestras, feiras, seminários, etc., que dizem respeito à
administração de condomínios, que objetivam mantê-lo sempre atualizado com
novas estratégias e técnicas administrativas e de política de pessoal.
Atribuições dos condôminos
Os moradores devem estar conscientes de que a segurança não é somente
um dever do síndico ou dos empregados, mas sim responsabilidade de todos,
devendo ser seguidos os itens abaixo:
• Participar das reuniões onde serão tratados os assuntos sobre a elaboração
da Convenção do Condomínio e do Regulamento Interno do Condomínio;
• Compreender e colaborar com as normas relativas à segurança;
• Procurar manter sempre uma política de boa-vizinhança com os demais
moradores bem como com o síndico, a fim de facilitar o relacionamento entre todos
os condôminos;
• Respeitar os direitos de todos os funcionários, não se esquecendo de que
estes são trabalhadores do condomínio e não seus empregados em particular;
• Ao constatar irregularidades sobre segurança, transmitir tais problemas ao
síndico ou membros do conselho a fim de que sejam tomadas as medidas cabíveis
para saná-las;
• Tratar os funcionários com educação e respeito pois, além de serem pessoas
iguais a todos, também fazem parte de todo o sistema de segurança do
condomínio.
O mais importante é saber que dentro do esquema de segurança do
condomínio existe uma engrenagem e que cada peça dessa máquina deve estar
13
consciente de sua importância. O trinômio síndico/administrador, condôminos e
empregados deve estar sempre bem entrosado.
Principais atribuições do zelador
O zelador atua como um gerente, que soluciona os problemas do dia-a-dia e
orienta os funcionários do condomínio através da supervisão das ações da portaria,
vigilância e zelo pelo bem estar material do condomínio.
Problemas como encanamento, barulho após as 22 horas, recebimento de
encomendas, reclamações sobre a limpeza das áreas comuns do prédio devem ser
resolvidos com o zelador do condomínio, um funcionário contratado para tratar de
todos estes incidentes do cotidiano.
Pode ser considerado como um gerente, responsável pela supervisão dos
funcionários, atendimento aos moradores e prestação de contas ao síndico, seu
encarregado. Porém, somente deve recorrer ao síndico em último caso, por isso
um profissional para ocupar o cargo precisa ter iniciativa e bom senso para tomar
providências, sendo um verdadeiro técnico em zeladoria.
Se, por exemplo, um condômino utilizar uma furadeira elétrica após as 22
horas, o vizinho incomodado deve dirigir-se ao zelador para fazer a queixa. Cabe
ao funcionário entrar em contato com o morador infrator e solicitar o cumprimento
das normas internas.
Em caso de recusa no atendimento da solicitação, e até mesmo desrespeitar
o zelador, a melhor atitude é registrar o fato no livro de ocorrências do condomínio.
Em seguida, o síndico deve ser informado do fato para autorizar, ou não, a emissão
de multa prevista no regulamento interno. O objetivo é evitar que questões dessa
natureza criem confronto entre moradores que, por estarem no mesmo nível
perante o condomínio, podem entrar em discussão. “É uma incumbência do zelador
fazer cumprir o regulamento.”
Quem dá ordens
Na hierarquia do condomínio, o zelador é quem deve dar as ordens aos
funcionários do prédio: porteiro, faxineiro, vigia e subzelador. Também pode indicar
as demissões e contratações. Se um condômino verificar áreas que não estão bem
limpas, luzes queimadas ou desrespeito às normas, deve recorrer ao zelador para
que tome as providências necessárias.
14
O mesmo princípio vale para o síndico, que deve evitar dar ordens ou
broncas diretamente nos funcionários. O melhor caminho é orientar o zelador e, se
for o caso, chamar sua atenção em particular, longe dos olhos e ouvidos dos
demais empregados.
Principais atribuições do porteiro
Porteiro é a pessoa credenciada, uniformizada e preparada para exercer a
vigilância de um edifício, contratada por uma pessoa física ou jurídica para
desempenhar a atividade de recepção e vigilância do condomínio. É uma atividade
estritamente preventiva que visa observar atentamente detalhes que possam
ajudar no desempenho de suas funções e como finalidade principal, defender o
patrimônio e especialmente as vidas que estão sob sua guarda.
O porteiro tem a finalidade de registrar e controlar toda movimentação e
circulação de pessoas, veículos e materiais junto a portaria, promovendo um
verdadeiro controle de acesso através da identificação das pessoas, conferência de
notas fiscais, entrada e saída de veículos e atendimento ao telefone e interfone.
Em entrevista com o Sr Divaldo Mérlin, no dia 15 de Dezembro de 2001, foi
passado uma frase sobre a função do porteiro que chamou muito a atenção:
Ser Porteiro
Ser porteiro, não é simplesmente abrir ou fechar um portão;
Ser porteiro, não é apenas receber correspondências;
Ser porteiro, não é apenas recepcionar visitantes;
Ser porteiro, não é indicar os locais exatos aos usuários;
Ser porteiro, não é atender ligações e transferi-las;
Ser porteiro, não é apenas acender e apagar as luzes.
Ser porteiro é ter a responsabilidade de abrir ou fechar o portão;
Ser porteiro é saber como e quando receber correspondências;
Ser porteiro é saber recepcionar visitas;
Ser porteiro é ser gentil em ensinar os caminhos aos usuários;
Ser porteiro é ser educado ao receber ligações;
Ser porteiro é ter a consciência quanto aos horários das luzes.
Enfim, Ser porteiro, é saber que no final de seu turno de trabalho, suas
15
obrigações foram cumpridas, tendo a certeza de que irá chegar em casa e
descansará tranqüilo, pois assegurou a tranqüilidade de várias vidas.
Princípios Básicos de Vigilância em Portarias
a) Da ação preventiva
O porteiro tem por obrigação observar tudo o que ocorre ao seu redor,
desconfiando sempre de possíveis atos delituosos que possam ocorrer. O
caráter de seu trabalho é previnir danos ao patrimônio e à vida dos moradores
do condomínio.
b) Princípio do bom senso
O que se espera de uma atitude profissional é isenção de ânimo, coerência
e lógica. Em qualquer ocorrência, por mais banal que seja, as pessoa estão
com os ânimos exaltados e, portanto, mais intolerantes e suscetíveis a criarem
polêmicas em assuntos, muitas vezes, sem gravidade, sendo assim, o
porteironão deve se envolvernos problemas particulares dos fatos, deve ater-se
à solução dos problemas técnicos, inerentes a sua função, não tomando
partidos ou polemizando.
c) Princípio do serviço permanente
O porteiro, dentro de seu recinto de trabalho, nunca deve se omitir do ato de
vigiar, mesmo em repouso ou no almoço, o porteiro deve observar o que está
acontecendo dentro da sua área, procurando ausentar-se das suas atribuições
o menor tempo possível.
16
CAPÍTULO II TÉCNICAS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA EM PORTARIAS
Os marginais, atualmente, têm-se utilizado dos mais diversos ardis para
entrar nos condomínios com a finalidade de cometerem algum tipo de delito contra
seus moradores. Os fatos mostram que em 90% das ocorrências de roubo em
condomínios, os assaltantes entraram pela porta da frente do prédio, ou seja de
alguma forma burlaram ou violaram o sistema de segurança montado, ludibriando
principalmente o porteiro de serviço.
Portanto, é de suma importância um eficiente e eficaz sistema de controle de
acesso para se evitar a invasão destes marginais. O que descreveremos, a seguir,
são conceitos básicos a fim de que se tenha um grau de segurança satisfatório
dentro do condomínio.
Lembre-se: “Toda segurança é perfeita até o dia em que falhar”.
Delitos mais comuns em condomínios
Violação de domicílio - Art.150 do Código Penal - “Entrar ou permanecer,
clandestinamente contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa
alheia ou em suas dependências”.
Muitos marginais invadem residências com fins escusos ou até para se
esconderem.
Furtos - Art. 155 do Código Penal - “Subtrair para si ou para outrem coisa
alheia móvel”.
Nos condomínios furtam-se:
• Dinheiro, jóias, valores diversos nos apartamentos de moradores ausentes;
• Materiais e equipamentos existentes nos pátios e depósitos;
• Veículos, toca-fitas, objetos em porta-luvas de carros, bicicletas guardadas na
garagem, etc.
Roubos ou assaltos - Art. 157 do Código Penal - “Subtrair coisa alheia, para
si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa ou depois de
houver, por qualquer meio, reduzido a impossibilidade de resistência”. Esse delito
pode chegar até ao Latrocínio onde o agente mata a vítima para roubá-la.
Os assaltantes costumam entrar nos condomínios para roubar dinheiro,
jóias, valores diversos e veículos, sempre colocando em risco a integridade física
17
dos moradores.
Extorsão mediante seqüestro – Art. 159 do Código Penal –“Seqüestrar
pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate.”
É o crime onde uma ou mais pessoas são levadas sob ameaça para um
local escondido e o criminoso pede dinheiro ou outros benefícios para poder soltar
a pessoa presa.
Estelionato - Art. 171 do Código Penal – “Obter, para si ou para outrem,
vantagem ilícita, emprejuízo alheio, infuzindo ou mantendo alguém em erro,
mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.”
É qualquer tipo de ação delituosa, que uma pessoa faz para tirar proveito de
outra, em geral dinheiro ou bens materiais.
Violação de domicílio – Art. 150 do Código Penal – “Entrar ou permanecer,
clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de
direito, em casa alheia ou em suas dependências.”
É a invasão da “casa” que é qualquer compartimento habitado, incluindo-se
aí o apartamento, ou o aposento ocupado de habitação coletiva ou ainda o
compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
Acessos mais utilizados pelos ladrões para cometimento de delitos
• Saltando os muros e cercas do pátio em locais vulneráveis e fora da
visibilidade do porteiro ou vigilantes;
• Pulando os muros e cercas e, uma vez dentro do condomínio, galgam as
varandas dos apartamentos para ter acesso a estes ou, também, pela escada de
serviço;
• Como “passageiros” de veículos de entrega que entram na garagem;
• Pelo portão de serviço travestidos de prestadores de serviço da Telesp,
Sabesp, Comgás, Eletropaulo, eletricistas, encanadores, entregadores de pizza e
encomendas, etc.);
• Iludindo o porteiro de forma que este permita que o ladrão entre pelo portão
principal ou mesmo pelo portão da garagem;
• Passando-se por comprador de imóvel, ludibriando o porteiro, sob a alegação
de ter que olhá-lo, a fim de fazer uma avaliação;
• Apresentando-se através de uma mulher bonita a fim de distrair a atenção do
18
porteiro a fim de persuadi-lo a abrir o portão;
• Pela porta principal ou portão da garagem, acompanhando um morador que
entra a pé ou dirigindo um veículo, ameaçado e subjugado pelo assaltante;
• Tocando a buzina ou piscando os faróis do veículo defronte o portão da
garagem para que o porteiro o abra inocentemente;
• Pelo portão da garagem quando este permanece aberto durante a entrada ou
saída de veículos;
• Pelo uso de artimanha junto ao porteiro, dizendo a este que veio buscar um
TV, carro, sofá, etc., do morador, exibindo, até mesmo, bilhete e telefone do
condômino para verificação;
• Como morador do próprio condomínio (normalmente adolescente) ou mesmo
como empregado;
• Por ação violenta de surpresa, com quadrilhas especializadas em tais delitos.
Controle de entrada e saída de pessoas pela portaria
Portaria - É o principal ponto de segurança do condomínio, pois por ela
circulam todas as pessoas, materiais e veículos que entram ou saem deste, de
forma regular.
O porteiro/vigia tem por função normal controlar essa circulação através da
identificação de pessoas, funcionários do condomínio, empregados de condôminos,
visitantes, entregadores de serviço, entrada e saída de veículos e conferência de
mercadorias deixadas na portaria. Para isto, cada condomínio deve adotar suas
normas de procedimento a fim de que atenda a suas peculiaridades.
Passaremos, a seguir, estas normas, através de um roteiro básico, a serem
seguidas pelos integrantes da portaria, que inclui os seguintes itens:
Identificação de visitantes
• Fazer a identificação visual da pessoa;
• Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Solicitar, com educação, um documento com foto, para conferir seus dados
completos;
• Manter os portões fechados;
• Os visitantes deverão aguardar do lado de fora do condomínio ou em um local
19
reservado para isto;
• Entrar em contato com o morador informando-o sobre a presença do visitante
e da conveniência de sua entrada ou não;
• Em caso de dúvida, por parte do condômino, solicitar sua presença junto à
portaria a fim de identificar o visitante pessoalmente ou através do sistema de
CFTV ligado ao apartamento;
• Sendo autorizada sua entrada, anotar os dados da pessoa, em livro próprio, e
devolver seu documento, agradecendo;
• Entregar seu crachá de identificação ou autorização, caso seja norma do
condomínio, à pessoa;
• Indicar ou pedir que algum funcionário do condomínio conduza a pessoa ao
local ou residência do condômino;
• Na saída, recolher o crachá ou a autorização com a devida assinatura do
visitado.
Identificação de prestadores de serviço
• Fazer a identificação visual da pessoa;
• Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Pedir, com educação, um documento com foto, para conferir seus dados
completos, solicitando, também, seu documento funcional ou crachá de
identificação da empresa em que trabalha;
• Manter os portões fechados;
• A pessoa deverá aguardar do lado de fora do condomínio ou em local
apropriado;
• Contatar o condômino, confirmando se há algum defeito na residência a ser
verificado e se tal prestador de serviço era esperado;
• Caso haja dúvida sobre a presença do prestador de serviço, solicitar a
presença do condômino até a portaria para identificá-lo pessoalmente ou através
do sistema de CFTV ligado ao apartamento;
• Sendo autorizada a entrada da pessoa, anotar seus dados em livro próprio,
registrando o horário de entrada e saída, devolver-lhe os documentos,
agradecendo;
• Entregar-lhe um crachá de identificação de prestador de serviço ou uma
20
autorização de entrada;
• Pedir que algum funcionário do condomínio o acompanhe até o local do
serviço ou à residência do condômino;
• Na saída, recolher o crachá ou a autorização devidamente assinada pelo
condômino;
• O condomínio deverá ter um horário predeterminado para a autorização de
entrada dos prestadores de serviço, devendo evitar horários noturnos.
Obs.: Esta norma é válida também para quando os prestadores de serviço
forem executar um trabalho no condomínio, onde deverá ser consultado o síndico
ou o zelador, para que estes autorizem sua entrada.
Identificação de entregadores de mercadoria (encomendas, pizzas,
flores, presentes ou outros objetos)
• Fazer a identificação visual da pessoa;
• Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Manter os portões fechados;
• A pessoa deverá aguardar do lado de fora do condomínio ou em local
reservado para isto, devendo ser tratada à distância, pois é prática comum
marginais inventarem uma entrega fictícia;
• Avisar o condômino, solicitando sua presença ou de algum funcionário seu na
portaria a fim de pegar a encomenda;
• Jamais permitir que o entregador leve pessoalmente a encomenda até a
residência;
• Caso o material venha acompanhado de Nota Fiscal, receber e assinar o
recibo;
• Na ausência do condômino, receber e guardar para, posteriormente, ser
retirada pelo morador ou entregue por um funcionário.
Caso o condomínio possua bloqueios tais como grades e portões
duplos, com o objetivo de interromper o acesso de pessoas estranhas, além
do citado anteriormente:
• Trancar-se dentro da cabine, antes de deixar a pessoa entrar na gaiola com a
21
encomenda;
• Pela janela, feita especialmente para isso, o porteiro recebe o documento
para assinar, confere-o e o devolve pelo mesmo caminho;
• Solicita que a pessoa se retire, deixando na gaiola a encomenda;
• Coleta a encomenda da gaiola, somente após a pessoa se retirar e o portão
voltar a ser trancado;
• Havendo passagem ou gavetão de segurança, toda encomenda deverá ser
passada por ali.
Controle de entrada e saída de prestadores de serviço por empresas de
terceirização de mão-de-obra (limpeza, vigilância, empreiteiras, etc.)
• Identificar o empregado pelo seu crachá de identificação da empresa,
conferindo com a relação que possua na portaria;
• Entregar-lhe o crachá de identificação do condomínio como prestador de
serviços;
• Anotar seus dados em livro próprio, registrando o seu horário de entrada e
saída;
• Na saída, recolher o crachá de identificação.
Controle de entrada e saída de veículos
A identificação de todos os veículos que queiram entrar no condomínio é
obrigação e dever de todo porteiro, vigia, vigilante, garagista ou zelador. Portanto,
devem seguir as normas abaixo relacionadas:
• Jamais abrir os portões sem antes ter certeza de que o veículo pertence a
morador e que este se encontra em seu interior (ver quem é, para depois abrir o
portão);
• Fazer inspeção visual na pessoa e no veículo;
• Nunca abrir o portão da garagem a veículos e pessoas estranhas ao
condomínio, inclusive não se deve deixar impressionar com veículos novos (de
luxo) ou importados que apontem em direção da garagem;
• Antes de abrir o portão da garagem, verifique se não há risco de intrusão de
alguma pessoa estranha junto com o veículo;
• Prestar atenção quando o motorista estiver acompanhado por pessoas
22
estranhas ou em atitudes suspeitas. Observar possíveis sinais de alerta por parte
do motorista, pois o condômino poderá estar sob ameaça de assaltante;
• Nenhum veículo deve sair do condomínio quando o proprietário não estiver
junto e sem sua autorização expressa, principalmente quando se tratar de menor
ou desconhecidos.
Em casos de veículo de visitante, deve-se:
• Quando o veículo não entrar no condomínio, o motorista deve ser alertado
para que não estacione em local proibido, junto aos portões, prejudicando o ângulo
de visão da portaria ou obstruindo a passagem de veículos e pedestres;
• Quando o veículo for adentrar o condomínio, deve-se fazer uma inspeção
visual na pessoa e no veículo;
• Pedir educadamente o documento da pessoa;
• Contatar o condômino solicitado;
• Anotar dados da pessoa, do veículo, bem como do condômino a ser visitado,
registrando seu horário de entrada e saída;
• Entregar crachá e cartão do veículo à pessoa;
• Indicar local para estacionar o veículo;
• Na saída, fazer uma inspeção visual no veículo;
• Recolher o crachá e o cartão do veículo.
Em casos de veículos que venham entregar encomendas no interior do
condomínio ou mu- danças, além do descrito anteriormente deve-se:
• Inspecionar o veículo de entrega antes de sua entrada, solicitando a vistoria
de sua carga e de sua documentação;
• Solicitar documentação do motorista e dos ajudantes, quando houver, a fim
de anotá-la em livro próprio;
• Em mudanças ou transporte de qualquer mobiliário deve-se entrar em contato
com o condômino a fim de certificar-se se realmente há sua autorização e que todo
o material retirado é o determinado;
• Ao suspeitar de algo estranho, solicitar ao motorista o documento do veículo;
• Em mudanças, quando o condômino estiver ausente, somente deixar que o
veículo seja carregado quando houver autorização por escrito por parte do
23
morador;
• O zelador ou outro funcionário determinado pelo síndico deverá acompanhar
qualquer tipo de carga ou descarga no interior do condomínio;
• Verificar se todos que entraram com o veículo estão nele saindo e/ou se
alguém foi autorizado a permanecer no condomínio;
• Caso perceba alguma irregularidade, reter o veículo e acionar seu superior
imediato ou, se for o caso, a Polícia;
• Deve-se evitar fazer mudanças à noite ou aos domingos e feriados.
Controle de entrada e saída de materiais
Quando o material for deixado na portaria, o funcionário deverá tomar a
seguinte atitude:
• Fazer inspeção visual na pessoa e no material;
• Verificar seu conteúdo sem, no entanto, abri-lo;
• Anotar os dados do portador, do remetente e residência do destinatário;
• Contatar o condômino responsável pela mercadoria, a fim de que este venha
retirar o material junto à portaria ou se algum funcionário do condomínio deverá
entregá-lo na residência;
• Anotar a data e a hora da entrega em livro próprio;
• Conferir o material juntamente com a Nota Fiscal;
• Quando não houver nenhuma pessoa na residência, o funcionário deverá
assinar a 2a
via da Nota Fiscal, devolvendo-a ao portador, ficando a 1a
consigo ou
deve assinar o canhoto de recebimento, destacando-o conforme o caso;
• Não autorizar a saída de pessoas estranhas ao condomínio que estejam de
posse de objetos ou pacotes sem obter prévia autorização do condômino;
• Não entregar chaves, objetos ou pacotes de moradores a pessoas estranhas
sem sua autorização expressa;
• Revistar bolsas e sacolas de funcionários e prestadores de serviço, quando o
Estatuto ou Regimento Interno do Condomínio assim determinar.
Lembre-se: Todos os procedimentos de atendimento são estabelecidos de
acordo com o Estatuto ou Regimento Interno do Condomínio e na ausência destes
conforme orientação expressa do síndico.
24
Relatórios de registro
Os relatórios de registro são documentos que servem para relacionar
materiais, fatos, situações e pessoas observados durante um espaço de tempo em
determinado local.
Nos condomínios, os relatórios de registro são de grande interesse, pois
descrevem as condições de passagem do serviço (principalmente na portaria) e
qualquer irregularidade ocorrida na rotina do condomínio em um determinado turno
de trabalho. Estes livros de registro devem ficar na portaria ou outro local de fácil
acesso e que seja de conhecimento de todos no condomínio. Podem ser utilizados
para relacionar:
• Entrada e saída de visitantes ou prestadores de serviço;
• Entrada e saída de veículos;
• Entrada e saída de materiais;
• Protocolos para registros de correspondências;
• Alterações havidas durante o serviço.
Alguns condomínios utilizam livros de ocorrência, outros preferem impressos
próprios e específicos para tais lançamentos. Existem condomínios que adotaram
registros informatizados para controles de relatórios específicos.
Esses registros seguem uma regra de elaboração, devendo constar deles os
seguintes itens:
• Relatório de serviços
- Local e data;
- Horário e turno de serviço;
- Emissor (nome do porteiro ou qualquer outro funcionário que fez o registro);
- Condições das instalações e dos equipamentos de uso no local, tais como
controles e lanternas;
- Correspondências que se encontram na portaria;
- Materiais existentes na portaria;
- Assunto (referência sobre os fatos ou novidades ocorridos);
- Ordens determinadas, por escrito, pelo síndico ou zelador;
- Histórico, devendo fazer as seguintes perguntas: quando?, onde?, o quê?,
como?, por quê?, quem?;
25
- Ocorrências havidas nos turnos anteriores;
- Providências adotadas;
- Assinatura do funcionário que sai e do que entra de serviço.
• Relatório de visitantes ou prestadores de serviço
- Data;
- Nome do visitante ou prestador de serviço;
- Nome da empresa e seu respectivo telefone de contato;
- Número do seu documento de identidade, crachá funcional com foto ou outro
similar;
- Número da residência a ser visitada ou local e tipo de serviço a ser realizado;
- Nome do morador visitado ou funcionário que autorizou a entrada;
- Número do crachá que for ser entregue, quando possuir;
- Horário de entrada e saída;
- Deixar um campo próprio para observação, caso haja alguma novidade ou
alteração.
• Relatório de veículos
- Data;
- Marca;
- Modelo;
- Cor;
- Placas;
- Nome do motorista e dos passageiros;
- Número da residência de destino;
- Nome do morador ou funcionário que autorizou a entrada;
- Horário de entrada e saída;
- Deixar um campo próprio para observação, caso haja alguma novidade ou
alteração.
• Relatório de materiais
- Data;
- Quantidade;
26
- Tipo de material;
- Remetente;
- Portador;
- Destinatário (nome do morador e residência de destino);
- Horário do recebimento e da entrega do material.
Todos os relatórios, ora citados, deverão ser confeccionados diariamente e
por turno de serviço, e todas as ocorrências devem ser, minuciosamente,
transmitidas aos funcionários do turno seguinte. Estes relatórios servem como
referência, ao síndico e demais moradores, para poder controlar todas as
alterações havidas no condomínio, principalmente na portaria, assim como limitar o
acesso de pessoas estranhas ao interior do conjunto residencial.
27
CAPÍTULO III SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO EM CONDOMÍNIOS
Os meios de comunicação são vitais para a segurança dos condomínios,
quer sejam verticais ou horizontais, pois quando utilizados corretamente, tanto para
transmissões de mensagens internas quanto externas, aumentam os níveis de
proteção e eficácia em situações de emergência.
Abordaremos, neste capítulo, os sistemas de comunicação mais utilizados
em condomínios, os quais são: o telefone, o interfone e o radiotransmissor.
Correta utilização de telefones
O telefone é um processo elétrico, com ou sem fio, que transmite os sons à
distância. É um dos meios de comunicação mais rápidos e avançados, que facilita
e agiliza a vida corrida do Homem moderno, principalmente após a era da
digitalização.
Por estas facilidades e vantagens é que se torna obrigatória e necessária
sua utilização nas portarias dos condomínios, pois muitos problemas são
detectados pelo porteiro/vigia ou qualquer outro funcionário, sendo que havendo
um meio de comunicação externo, ou seja, uma linha telefônica na portaria
principal do condomínio facilitaria em muito o acionamento de órgãos públicos e
privados quando em situações de emergência. A linha telefônica da portaria poderá
ser uma extensão da sala de administração ou da residência do zelador.
Várias ocorrências acontecem em ocasiões onde os condôminos que
possuem sua linha telefônica estão ausentes ou descansando, sendo que muitas
vezes ocorrem delitos no condomínio que poderiam ser evitados se na portaria
houvesse uma linha telefônica, pois, através destas, os porteiros deixariam de ficar
na dependência de terceiros ou, o que é pior, até de abandonar o local de trabalho
para ligar aos setores de emergência, causando grandes transtornos ao
condomínio.
Atualmente, existem centrais telefônicas modernas e até digitalizadas que
são instaladas em condomínios, sendo que seus ramais atendem a todas as
residências, inclusive a portaria, servindo inclusive como um sistema eletrônico a
mais de segurança . Para isso, são necessárias uma ou duas linhas telefônicas
convencionais ligadas à central, através da qual os condôminos podem fazer ou
receber chamadas por este sistema, ficando a(s) linha(s) telefônica(s) para o
28
condomínio, ou seja, de uso coletivo, não havendo necessidade de cada
residência, individualmente, possuir uma. Com esse moderno sistema, os
apartamentos podem, também, comunicar-se entre si, ou seja, diretamente, sem
necessitar da interferência de terceiros, substituindo, assim, o interfone, são os
chamados sistemas DDR (Discagem Direta por Ramais) .
Infelizmente, muitos condomínios não possuem essa estrutura, portanto, é
necessário um esquema de acionamento de emergência uniforme e que seja
comum entre o síndico, os moradores e os porteiros, para que, em condições
críticas, possa ser desencadeado. Para isto, sugiro que 3 (três) condôminos
voluntários que possuam telefone próprio sejam relacionados e os números de
suas residências sejam deixados na portaria, a fim de que, surgindo algum
problema que necessite de apoio externo, o porteiro possa acioná-los e eles, com
os telefones de urgência em mãos, liguem para os órgãos emergenciais, a
qualquer hora do dia ou da noite.
Passaremos, agora, algumas informações sobre o comportamento ideal que
as pessoas devem ter ao telefone e algumas sugestões que poderão gerar maior
simpatia e segurança no atendimento telefônico de seu condomínio ou até de sua
residência.
As regras básicas que falaremos a seguir se aplicam tanto a moradores
quanto a funcionários de condomínios.
Lembre-se: “Em uma comunicação ao telefone não conseguimos ver a
pessoa com quem estamos falando. Deste modo, a forma como falamos é a
imagem que estamos passando para essa pessoa”.
Como proceder ao receber ligações
• Atenda ao telefone o mais rápido possível, não deixe ficar tocando durante
muito tempo;
• Em ligações externas diga o nome do condomínio, isto quando estiver falando
em suas instalações, identificando o setor onde se encontra. Exemplo:
“Condomínio do Sol, portaria central”;
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite), seja cortês, sem cometer
exageros;
29
• Ao ser solicitado, identifique-se corretamente, diga seu nome. Exemplo: “Aqui
é o porteiro José”;
• Identificar a pessoa que está falando. Exemplo: “Por favor, quem deseja
falar?” ou “Eu poderia saber seu nome, por favor?”;
• Verificar o que a pessoa deseja. Exemplo: “Posso ajudá-lo(a)?”;
• Falar num tom médio e tranqüilo, procurando emitir a voz naturalmente,
pausadamente e numa linguagem simples. Jamais grite;
• Ser breve ao telefone;
• Esperar que o interlocutor termine de falar, sem interrompê-lo;
• Registrar tudo o que for importante da ligação, anotando recados. Não confie
na memória;
• Em caso de pergunta demorada a uma terceira pessoa, pergunte ao seu
interlocutor se ele pode esperar ou ofereça-se para chamá-lo quando estiver com
todas as informações solicitadas. Exemplo: “O(a) Sr.(a) não se incomodaria de
esperar um momento?” ou “Vou verificar sobre este assunto e, logo em seguida,
ligarei para dar o retorno para o(a) Sr.(a)”;
• Garantir informações corretas ou transferir a chamada para quem as tem;
• Concluir a ligação com calma e cordialidade. Nunca bata o telefone no
gancho;
• Nunca fornecer, por telefone, dados sobre seu local de trabalho, informações
pessoais, nomes, endereços, números de telefone de condôminos nem detalhes
sobre a rotina do condômino, sua segurança e dados de seus funcionários.
Caso seu condomínio ou residência tiver sistemas de alarme monitorados
por empresas especializadas e houver disparo de alarme, o atendente dessa
empresa entrará em contato para certificar-se do que está ocorrendo, portanto,
quem atender ao telefone deverá, além do citado acima:
• Informar seu nome;
• Responder às perguntas do atendente, que falará a senha de emergência
previamente convencionada;
• Informar a contra-senha pré-estipulada, quer seja a que transmita a situação
de normalidade ou alarme falso, como aquela que define a situação de emergência
ou de coação, tudo isto conforme o que esteja ocorrendo no momento;
30
• A empresa de alarmes tomará as providências acordadas entre o morador e a
Central de Monitoramento.
Como proceder ao fazer ligações
• Discar corretamente, não se utilizando de outros objetos como caneta ou lápis
para ligar, mas sim os dedos;
• Evitar quedas do aparelho;
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Falar num tom médio de voz;
• Identificar-se corretamente. Exemplo: “Aqui quem fala é o porteiro José, do
Condomínio do Sol”;
• Transmitir o assunto na íntegra;
• Ser breve ao telefone;
• Não entrar em detalhes que não dizem respeito ao assunto;
• Concluir a ligação com calma e cordialidade, agradecendo sempre o
interlocutor pela atenção dispensada;
• Não utilizar o telefone de serviço para tratar de assuntos pessoais, salvo em
situações de urgência.
Como acionar órgãos de emergência
Citaremos algumas regras básicas a fim de que todos os integrantes do
condomínio, tais como síndicos, condôminos ou funcionários, saibam acionar os
órgãos público e privado em situação de emergência, tudo isto com o objetivo de
mostrar como deve ser feita a chamada corretamente para facilitar e agilizar seu
atendimento:
• Discar corretamente sem nenhuma precipitação. Normalmente os números de
emergência são de três dígitos, o que facilita bastante sua memorização e
chamada. Exemplos: 190, 193, 147, 192, etc.;
• Procure comunicar-se num tom de voz bem audível sem, no entanto, gritar,
falando pausadamente e naturalmente, mesmo que esteja sob pressão;
• Cumprimentar o(a) interlocutor(a) (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Identificar-se corretamente, passando seu nome, função, condomínio,
endereço completo de onde está falando, bairro, número do telefone do qual está
31
ligando e uma rua ou local, como ponto de referência, próxima ao local da
ocorrência. Exemplo: Boa-noite, aqui quem fala é o porteiro José, do Condomínio
Boa Morada, situado na Rua dos Moinhos, 136, Vila São Carlos, próximo a Padaria
Pão de Mel, meu número do telefone é 222-4536...;
• Solicitar educadamente o nome da atendente;
• Responder corretamente às perguntas feitas pelo(a) atendente;
• Procurar manter a tranqüilidade ao passar as informações, isto para facilitar
sua compreensão e entendimento;
• Contar com detalhes o que está ocorrendo e o motivo da ligação;
• Definir o local onde aguardará o auxílio, passando as coordenadas ao
atendente;
• Caso o(a) atendente ligue para confirmar alguns dados, atenda à chamada
passando todas as informações solicitadas;
• Em caso de demora excessiva, ligue de novo para o órgão acionado,
fornecendo todos os dados novamente, informando que já havia solicitado
anteriormente, passando inclusive o nome do(a) atendente anterior que recebera a
chamada.
Alguns números de telefones de utilidade pública mais usados
Forneceremos como base, a seguir, os telefones de emergência e de
serviços utilizados na cidade de São Paulo.
Além dos telefones descritos, é importante manter na portaria do condomínio
uma lista atualizada de números telefônicos úteis, tais como:
• Hospitais e prontos-socorros mais próximos;
• Posto policial e distrito policial mais próximos;
• Grupamento do Corpo de Bombeiros próximo;
• Assistência técnica de elevadores;
• Chaveiros 24 horas;
• Empresas de manutenção em geral;
• Depósito de gás engarrafado (GLP);
• Outros telefones úteis ao condomínio.
32
Correta utilização de interfones ou centrais de portaria
Interfone ou central de portaria, conhecido também como porteiro eletrônico,
é um equipamento eletroacústico utilizado para a comunicação interna de edifícios,
que transmite mensagens entre os apartamentos e a portaria e/ou entre os
apartamentos . É composto basicamente por um microfone ligado a um alto-falante
por meio de fios ou cabos.
Pode ser utilizado através de uma central localizada na portaria ou
diretamente acoplado ao portão de entrada do edifício. Existem diversos tipos de
aparelho interfônico, com as mais variadas marcas disponíveis no mercado.
É imprescindível e vantajoso que os edifícios tenham tal equipamento, pois
este auxilia, sobremaneira, na intercomunicação funcional e administrativa do
condomínio e, principalmente, no que diz respeito à segurança, uma vez que:
• Alerta sobre visitas inoportunas ou inconvenientes;
• Transmite mensagens aos demais funcionários;
• Permite apenas a entrada de pessoas autorizadas;
• Tranqüiliza, em casos de falta d’água ou de energia, o pessoal que porventura
esteja preso no elevador;
• Transmite alarmes e avisos em casos de incêndio;
• É discreto e econômico;
• O porteiro pode, através do interfone, enviar e/ou receber mensagens de
condôminos sobre situações de emergência que possam estar ocorrendo dentro ou
fora do condomínio;
• Permite a comunicação interna entre moradores.
Sua correta utilização é importante, a fim de disciplinar a transmissão e
recepção de mensagens. Para tanto, devem ser obedecidas as seguintes normas
ao se fazer uso do interfone:
Procedimentos ao atender chamadas
• Identificar o local de onde está falando. Exemplo: Portaria, apartamento
142...;
• Identificar-se, declinando nome e função. Exemplo: Porteiro José...;
33
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Identificar a pessoa com quem está falando. Exemplo: Com quem estou
falando, por favor?;
• Receber ou transmitir a mensagem;
• Quando a chamada for na portaria e for solicitado, fazer a “ponte” entre
apartamentos;
• Ser breve, falando somente o necessário;
• Conclua a chamada com calma e cordialidade.
Procedimentos ao efetuar chamadas
• Fazer a ligação conforme o funcionamento do equipamento;
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Identificar-se declinando nome, função e local de onde está falando.
Exemplo: Aqui quem fala é o Sr. Carlos, morador do apartamento 142...;
• Identificar com quem fala;
• Transmitir ou receber a mensagem;
• Ser breve ao transmitir a mensagem;
• Desligar, concluindo com calma e cordialidade.
Correta utilização do radiotransmissor
Radiotransmissor ou transceptor é um equipamento elétrico sem fio, portátil,
que funciona através de ondas magnéticas, podendo ser transportado por uma só
pessoa e ser operado mesmo em movimento. É um meio de comunicação muito
utilizado na segurança de condomínios.
Muitos condomínios estão utilizando os radiotransmissores portáteis (Hand-
Talk - HT), além da segurança para comunicações administrativas e entre zelador e
portaria e/ou estes com o síndico. Atualmente, existem equipamentos de rádio
trunking, que se utilizam do sistema de comunicação rádio e telefone de última
geração, com funcionamento semelhante aos aparelhos celulares por meio de
sistemas computadorizados.
É importante sua correta utilização para facilitar e agilizar as transmissões
entre os usuários, portanto, deve-se atentar para as seguintes normas de operação
em sistemas de rádios convencionais:
34
• Para falar, apertar a tecla de acionamento;
• Chamar a pessoa desejada, através de códigos;
• Falar claro e pausadamente;
• Transmitir somente o necessário;
• Utilizar-se do código Q e do alfabeto fonético;
• Não interromper a comunicação de outro operador;
• Deixar livre a tecla de acionamento, para que o outro operador possa falar;
• Atender prontamente às chamadas;
• Repetir a operação sucessiva e alternadamente;
• Manter a disciplina na rede.
CÓDIGO “Q”
QAP - Estou na escuta QTY – Estou a caminho
QRV - Estou à disposição QTH – Local ou endereço
QRM – Interferência QRA – Nome do operador
QSM - Repita a mensagem QSA – Intensidade dos sinais
QSL - Entendido 5 – Ótima
QRX - Aguarde 4 – Boa
QRU - Novidade 3 – Regular
QTR - Hora certa 2 – Má
QRT - Parar de transmitir 1 – Péssima
QTO - Banheiro QSP – Ponte auxílio
QSJ - Dinheiro QTC – Mensagem
QSO - Contato pessoal QTA – Cancele última mensagem
TKS - Obrigado QTY – Destino
35
CÓDIGO ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL
A - Alpha N - November 0 - Zéro
B - Bravo O - Oscar 1 - Uno
C - Charlie P - Papa 2 - Dois
D - Delta Q - Quebec 3 - Treis
E - Eco R - Romeu 4 - Quatro
F - Foxtrot S - Sierra 5 - Cinco
G - Golf T - Tango 6 - Meia dúzia
H - Hotel U - Uniform 7 - Sete
I – Índia V - Victor 8 - Oito
J – Juliet W - Whiskey 9 - Nove
K - Kilo X - Xingu
L - Lima Y - Yankee
M - Mike Z - Zulu
36
CAPÍTULO IV TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS E
VEÍCULOS
Identificar pessoas em atitude suspeita é condição básica e imprescindível
para que haja eficiência e efetividade no sistema de segurança de um condomínio.
Portanto, é necessário que todos os integrantes do condomínio, quer seja
síndicos, moradores e funcionários, considerem que determinadas características
identificadoras são de extrema importância para se prevenir ou mesmo evitar
assaltos, furtos, invasão de domicílio ou, até mesmo, seqüestros. Por este motivo,
deve-se estar sempre atento a qualquer situação de anormalidade que venha a
rondar o condomínio, procurando observar o que acontece a sua volta e, com
tranqüilidade, poder descrever tudo o que foi avistado, a fim de se evitar ataques
inesperados e, se for o caso, facilitar futuras ações repressivas ou investigatórias.
Deve-se buscar sempre o caráter preventivo, precavendo-se contra
situações adversas, mas, caso haja alguma falha no esquema de segurança, os
condôminos e funcionários deverão estar em condições de passar a descrição fiel
do indivíduo causador do delito, a fim de ajudar as autoridades a elucidar qualquer
crime que tenha ocorrido no condomínio.
Considera-se pessoa em atitude suspeita o indivíduo que por sua conduta,
atitude ou vestimenta destoe daquela adotada pelo cidadão comum, levando-se em
conta o local e o tempo onde se encontra.
Técnicas de observação e descrição de pessoas
É de suma importância que todos os envolvidos no sistema de segurança do
condomínio apliquem regras básicas de observação e descrição de pessoas,
coisas e fatos que ocorrem ao seu redor. Observar é atentar para alguma coisa ou
pessoa, é olhar com atenção. A visão e a audição são os sentidos mais utilizados
na observação.
Quando se examina minuciosamente um indivíduo com o objetivo de
identificá-lo posteriormente, deve-se partir da observação geral seguindo para
aspectos específicos e sinais particulares.
Características gerais e específicas
Para se utilizar das técnicas de observação de pessoas deve-se atentar e
37
gravar a seguinte seqüência de detalhes:
• Sexo: masculino ou feminino;
• Etnia: japonês, alemão, português, nigeriano, etc.;
• Cor: branca, negra, amarela, parda, etc.;
• Altura: comparar a pessoa com sua própria estatura para se ter a altura
aproximada;
• Idade: verificar postura, rugas no rosto, mãos, cor dos cabelos e agilidade;
• Porte físico: forte, fraco, gordo, magro, etc.
• Cabeça: redonda, alongada, oval, cheia, quadrada, etc.;
•Cabelos: ralos, cheios, crespos, lisos, longos, curtos, encarapinhados, tipo de
penteado, calvície, etc.;
• Cor dos cabelos: castanhos, ruivos, loiros, pretos, etc.;
• Sobrancelhas: grossas, finas, emendadas, horizontais, etc.;
• Olhos: grandes, pequenos, redondos, amendoados, etc.;
• Cor dos olhos: castanhos, pretos, azuis, verdes, etc.;
• Pálpebras: fundas, retas, escurecidas, etc.;
• Orelhas: grandes, pequenas, de abano, pontiagudas, etc.;
• Nariz: pequeno, grande, fino, arrebitado, pontiagudo, etc.;
• Bochechas: altas, baixas, salientes, cheias, magras, etc.;
• Formato do rosto: largo, fino, comprido, redondo, oval, etc.;
• Lábios: finos, grossos, grandes, pequenos, etc.;
• Bigodes: finos, grossos, ralos, cheios, barba, cor, etc.;
• Dentes: completos, incompletos, separados, saltados, dentadura, etc.;
• Maxilar: formato, comprimento, etc.;
• Queixo: grande, arredondado, pontiagudo, quadrado, etc.;
• Pescoço: fino, musculoso, curto, longo, etc.;
• Ombros: largos, levantados, caídos, etc.;
• Cintura: fina, grossa, com barriga, etc.;
• Mãos: grossura, comprimento, unhas, cicatrizes, manchas, etc.;
• Braços: curtos, longos, musculosos, médios, etc.;
• Pernas: grossas, finas, etc.;
• Pés: tamanho;
38
• Voz: sotaque, entonação, timbre, velocidade no falar, etc.;
• Gestos: cacoetes, deficiências físicas, comportamento, maneira de caminhar,
etc.;
• Sinais particulares: cicatrizes, manchas, pintas, verrugas, tatuagens
artísticas ou malfeitas, uma vez que estas, possivelmente, podem ter sido
desenhadas na prisão, etc.;
• Vestimentas: roupa que está usando no momento - calça, camisa, blusa,
jaqueta, saia, vestido, agasalho, sapato, boné, anéis, pulseiras, coloração, tecido,
estado de conservação, etc.;
• Objetos: bolsa, pochete, carteira, pasta, sacola, embrulho, etc.;
• Armas: revólver, pistola, submetralhadora, faca, punhal, etc.
Encontrando-se numa situação embaraçosa ou de assalto, em que não se
possa atentar para detalhes, deve-se voltar a atenção para os seguintes pontos
básicos:
• Aspectos gerais: sexo, compleição física, altura, idade, raça e vestuário;
• Aspectos pormenorizados: cabelo, cor dos olhos, boca, barba, etc.;
• Sinais particulares: cicatrizes, tatuagens, etc.
Técnicas de observação e descrição de veículos
Muitos veículos podem estar em condições que causem desconfiança por
parte dos moradores ou funcionários do condomínio, portanto, é importante que as
pessoas saibam como identificá-los, devendo possuir um mínimo conhecimento
sobre veículos automotores a fim de poder descrevê-los corretamente.
Em tal situação, deve-se observar e considerar o seguinte:
• Marca do veículo: Exemplos: Volkswagen, General Motors, Fiat, Ford,
Yamaha, Honda, Mercedes-Benz, etc.;
• Modelo do veículo: Exemplos: Gol, Corsa, Palio, RD 350 cc, etc.;
• Cor do veículo: Exemplos: vermelho, azul, cinza, preto, etc.;
• Placas do veículo: Exemplos: BGE 5812, CGA 5123, BID 5980, CGH 1234,
etc.;
• Município de origem do veículo: Exemplos: São Paulo, Porto Alegre,
Vitória, Manaus, etc.;
39
• Estado de origem do veículo: Exemplos: SP, RS, RJ, ES, AM, etc.;
• Ano aproximado do veículo: Exemplos: 1990, 1991, 1996, 1997, 1998, etc.;
• Marcas e sinais característicos aparentes: Exemplos: pintura riscada, pára-
lama dianteiro esquerdo amassado, vidro traseiro trincado, falta de retrovisor do
lado direito, etc.;
Situações que levantam suspeitas
Destacaremos, a seguir, situações em que as pessoas podem estar em
atitude suspeita e que demandam observação minuciosa por parte de todos os
integrantes do condomínio:
• Pessoas paradas estranhamente na rua, lendo jornal ou andando
vagarosamente próximas ao condomínio, observando-o atentamente;
• Indivíduos que permaneçam parados em ponto de ônibus, sem tomar nenhum
deles;
• Pessoas que demonstrem nervosismo sem motivo aparente;
• Mendigos ou vendedores-ambulantes estranhos ao local;
• Aparentes funcionários da Companhia Telefônica, de Água e Esgoto, de
Energia Elétrica, de entrega de Gás, etc., que simulam consertos a serem
executados;
• Indivíduos fazendo aparentes consertos demorados em automóveis próximo à
entrada do condomínio;
• Qualquer pessoa que preste muita atenção ao condomínio, observando
principalmente sua portaria ou garagem;
• Pessoas que estejam de carro, motocicleta ou bicicleta, sempre com os
mesmos ocupantes, que passem lentamente, por várias vezes, em frente do
condomínio como se estivessem observando a rotina da portaria e da garagem;
• Indivíduos que demonstrem muito interesse pelo sistema de segurança do
condomínio;
• Pessoas andando juntas, vagarosamente, sem conversar;
• Rapazes ativos sem destino certo;
• Indivíduos com roupa de inverno (pesadas) em tempo quente;
• Pessoas usando possíveis disfarces, tais como peruca, barba, bigode, óculos
escuros em dia sem sol;
40
• Técnicos não solicitados (telefone, eletricistas, gás, eletrodomésticos,
serviços gerais, etc.) que insistam em entrar no condomínio ou que solicitem
consertos nas residências;
• Pessoas muito bem vestidas e extremamente simpáticas que se fazem passar
por compradores de imóveis que, procurando ganhar a confiança dos porteiros,
conseguem entrar nas dependências do condomínio, a fim de consumar seus
delitos;
• Vendedores, pedintes, pregadores religiosos que insistam em entrar no
condomínio ou que solicitem a presença de moradores à portaria;
• Pessoas que, ao conversarem consigo, escondam as mãos em bolsos de
blusas ou de jaquetas, onde possivelmente estejam escondendo armas. Isso
ocorre muito nas portarias dos condomínios;
• Indivíduos que circundam um veículo (quando estacionado) e/ou pareçam
aguardar a chegada do dono para apanhá-lo;
• Estranhos funcionários, com perfis suspeitos, encarregados da leitura de
relógios de luz e água que, por sua localização, tenham que adentrar o
condomínio;
• Motoristas ou motoqueiros que se aproximem, exageradamente, de
moradores quando estiverem adentrando o condomínio;
• Pessoas em grupo ou mesmo isoladas que procurem aproximação física de
moradores nas proximidades do condomínio;
• Indivíduos que possuam tatuagens grosseiras, malfeitas, típicas de
presidiário;
• Veículos estacionados nas imediações do condomínio por muito tempo, com
pessoas em atitudes suspeitas em seu interior, principalmente à noite;
• Veículo estacionado nas proximidades do condomínio por mais de 24 horas,
parecendo haver sido abandonado no local;
• Telefonemas de pessoas estranhas que solicitam informações confidenciais e
pessoais de moradores ou de funcionários do condomínio;
• Desaparecimento de correspondências da caixa do correio do condomínio;
• Pessoas que resistam quando lhes é solicitado algum documento de
identidade na portaria do condomínio;
• Indivíduos muito bem trajados que se fazem passar por pessoas de classe
41
social elevada, intitulando-se doutores ou mesmo autoridades, forçando sua
entrada no condomínio, intimidando os porteiros;
• Pessoas na rua simulando acidentes e que pedem socorro, solicitando,
inclusive, para entrar no condomínio, a fim de ligar para os órgãos de emergência,
o que pode ser uma armadilha ou cilada;
• Entregadores de pizzas, flores, refeições, etc., e mesmo de encomendas não
solicitadas, que desconhecem o nome e o endereço correto do morador.
Preservação de local de crime
Quando acontece um fato delituoso (crime) é importante que o local onde
ocorreu seja preservado, para que a autoridade faça uma observação mais
rigorosa e de acordo com os padrões de investigação. Para isto é necessário que o
porteiro ou vigilante ou mesmo o zelador ao tomar conhecimento do fato preserve o
local de crime, descreva o tipo de carro, objeto e/ou a pessoa suspeita de ter
praticado o crime.
Fazer um pequeno relatório do que aconteceu numa folha, começando pala
descrição do que viu. Não colocar neste relatório as opiniões pessoais.
Os fatos anotados de maneira correta irão auxiliar a Polícia na solução do
crime.
42
CAPÍTULO V SEGURANÇA FÍSICA DE INSTALAÇÕES CONDOMINIAIS
A segurança física das instalações de um condomínio é um tema
extremamente essencial na proteção de conjuntos residenciais, pois é outro fator
preponderante e imprescindível para que se tenha ausência ou mesmo diminuição
de riscos que possam ameaçar o bem-estar dos condôminos.
Cabe-nos lembrar que é utopia afirmar sobre a existência de locais ou
situações totalmente seguros, pois o ser humano, através de sua criatividade e
perspicácia, sempre arrumará uma maneira de burlar o esquema de segurança
implantado, isto sem falar nas falhas muitas vezes já existentes, na indisciplina
humana que favorece estas deficiências, sem contar os transtornos causados se
fossem adotados excessos nos dispositivos de segurança que, impedissem as
pessoas de ter livre acesso a seus lares ou mesmo cerceassem a liberdade de
visita de seus parentes e amigos.
Vale a recordação de que muitas pessoas atribuem, equivocadamente, o
tema Segurança um problema exclusivo do governo, o que é uma inverdade. Em
vários países, principalmente os chamados de primeiro mundo, a Segurança
Privada está em franca ascensão, sendo esta atividade um meio de ajuda aos
órgãos de Segurança Pública, permitindo que estes direcionem melhor seus
recursos para a proteção da coletividade.
O que gostaríamos de ressaltar é que, apesar de não existir proteção
intransponível pelo Homem, devemos escolher medidas, esquemas, planos e até
sistemas de segurança que venham desestimular atos criminosos e possam
dificultar, ao máximo, qualquer tipo de violência por parte de pessoas mal-
intencionadas. Para tanto, devemos adotar métodos preventivos a fim de que
possamos, dentro do possível, evitar situações adversas que venham afetar a
tranqüilidade do meio em que vivemos.
Quando se fala em racionalizar os meios existentes, deve-se atentar para
que haja um perfeito entrosamento entre o binômio homem-equipamento, sendo
que um complementa o outro e cada um isoladamente não pode subsistir num
sistema adequado de Segurança. Só assim é que teremos a eficiência e a eficácia
na proteção dos condomínios e das residências.
Após esta pequena introdução, vamos abordar assuntos concernentes à
proteção específica de condomínios, para que cada ponto vulnerável seja
43
reforçado, tudo isto com o intuito de fortalecer os locais onde os malfeitores
normalmente escolhem para atacar.
Basicamente são utilizadas duas formas de medidas de segurança para se
proteger um edifício residencial: a medida estática ou de informação e a medida
dinâmica.
Medidas estáticas: são aquelas que informam uma invasão de maneira ilícita
numa área e têm por objetivo minimizar, ou evitar, a ocorrência de ações contra o
condomínio, como furto, roubo, incêndio ou outro tipo de dano. São consideradas
medidas estáticas: barreiras perimetrais (muros e cercas), iluminação, alarmes,
circuito fechado de TV, etc...
Medidas dinâmicas: são aquelas de natureza estritamente racional e estão
ligadas às ações dos porteiros e do zelador, envolvendo também a supervisão
exercida por cada morador, até a seleção e treinamento de pessoal. São chamadas
de medidas dinâmicas: a seleção profissional, a identificação de pessoal na
portaria, o treinamento de pessoal, etc...
Barreiras físicas
São obstáculos naturais ou artificiais (estruturais) que servem para impedir
ou dificultar o acesso de pessoas estranhas em locais delimitados ou proibidos, e
controlar os permitidos em um condomínio, além de proteger os seus pontos
estratégicos e vulneráveis. Podem ser divisas, vegetação, muros, cercas,
concertinas, alambrados, ofendículos, cancelas, portarias, portões, portas internas
ou intermediárias, etc. Passaremos a comentar sobre cada uma das barreiras
físicas mais utilizadas em conjuntos residenciais, descrevendo as medidas técnicas
e de proteção que servem tanto para os condomínios verticais como para os
horizontais.
Divisas do condomínio
Ao se projetar um condomínio, deve-se atentar para sua Arquitetura arrojada
aliada ao quesito Segurança.
Portanto, suas divisas físicas têm que ser avaliadas para que este projeto
possa atender às exigências técnica e estética, assim como a proteção perimetral
44
do condomínio.
Divisa frontal
Normalmente, nas divisas frontais do condomínio se utilizam muros
fechados, gradis, grades com vegetação, misto de muro ou gradil em cima, cercas
vivas, alambrados, entre outros.
Deve-se atentar para que tais obstáculos físicos não sirvam como escada
para posterior escalada de marginais e, também, para que não sirvam como
esconderijo. Ao optar-se por grades de ferro, é necessário observar que estas
devem ser altas, no mínimo 2,50 metros, e com barras transversais distantes entre
si o máximo possível, para que não sirvam como degrau.
As divisas da frente de um condomínio podem também ser fechadas com
muros pois, na grande maioria, existe uma portaria que elimina a necessidade de
se observar o interior dos jardins à chegada dos moradores.
Divisas laterais e dos fundos
Essas divisas devem, sempre que possível, ser altas, também no mínimo
com 2,50 metros, sem árvores e cercas vivas, nem com mezaninos de flores
próximos, a fim de dificultar sua escalada.
Vegetação
É comum em condomínios que se tenha vegetação tanto na sua parte
externa quanto internamente, mas deve-se atentar para que as árvores grandes e
com galhos longos estejam distantes das divisas periféricas. A vegetação deve ser
baixa e esparsa, a fim de se evitar escaladas ou mesmo para que sirva como
esconderijo de malfeitores.
Muros
O muro do condomínio deve ser de alvenaria ou de concreto, com altura
mínima de 2,50 metros, não devendo fugir de seu projeto arquitetônico e estético.
Pode também ser protegido no topo por extensões em “L”, voltadas para dentro. É
muito empregado em edificações verticais.
45
Cercas
Feitas de arame farpado, com fios intervalados de 10 cm, com altura máxima
de 2,50 metros. Podem ter extensões, em ângulo, semelhantes aos muros para
aumentar a eficiência. Normalmente, são complementadas com vegetação ou
cercas vivas. É usado em condomínios horizontais, principalmente em áreas rurais.
Alambrados
São construídos com arame retorcido galvanizado, com elos tipo corrente e
malhas de, no máximo, 5cm x 5 cm, presos em cima e embaixo com arame, tudo
isto revestido em PVC.
Servem como telas, sendo muito eficientes quando utilizados, também,
como extensões nos topos de muro, com suas pontas em “L”, complementadas por
arame farpado em forma de ganso, em "Y" ou dupla, voltadas para dentro do
condomínio.
São muito utilizados tanto em condomínios horizontais quanto verticais, em
áreas urbanas ou rurais.
Ofendículos
São extensões físicas que servem como complemento de muros, cercas,
alambrados e que dificultam a transposição de meliantes. São considerados
ofendículos: pontas de lança, pedaços de vidro pontiagudos, pregos ou grampos
encravados nos muros, pedaços de lâmina colocados nos muros, arames farpados,
arames de inox com lâminas em suas bordas e cercas eletrificadas. Estes três
últimos são os mais recomendados como suplemento da segurança dos
condomínios.
Cancelas
São porteiras de pequena altura, geralmente de armação metálica, que se
abrem e se fecham ao trânsito nas passagens de nível. Normalmente, são
utilizadas em condomínios horizontais e estacionamentos de condomínios
comerciais, servindo para controlar o acesso de veículos no trânsito local e interno.
46
Portarias
A portaria deve ser construída de maneira a ficar retirada das divisas do
condomínio, estando a uma altura acima do nível da rua para aumentar o ângulo
de visão do porteiro. É importante salientar a necessidade de que se tenha dois
portões formando, assim, as chamadas eclusas, onde um se abre quando o outro
se fecha. A portaria deve ser protegida com vidro à prova de balas, que deve ser
complementado por uma película que dificulte a visão do seu interior no horário
diurno ou noturno. O porteiro precisa ser preservado e, para isto, é necessário que
a portaria possua um banheiro exclusivo, intercomunicadores, monitores de vídeo,
interfones, espelhos convexos para facilitar a observação de áreas internas ou
externas e rádio. Estes equipamentos complementam a lista de materiais de
segurança na portaria.
Portões
Os portões de entrada, tanto de pedestres quanto de veículos, devem ser
fabricados de materiais leves mas resistentes, devendo possuir trancas e
fechaduras em perfeitas condições e de boa qualidade, para se evitar muita
manutenção e defeitos. O número de portões que serve a área externa deve ser
reduzido ao mínimo possível. De preferência, devem ser automáticos para abertura
à distância pelo porteiro ou por controle remoto pelos moradores, sendo
complementados com interfones ou videoporteiros.
Portas internas ou intermediárias
São obstáculos físicos que servem para delimitar áreas de acesso
reduzidas, tais como entradas de estação de caixa-d’água, cabinas de força,
centrais elétricas, cabina de entrada de linhas telefônicas, entrada do
abastecimento de água, cabina do gerador, sala dos elevadores, salão de guarda-
lixo, sala de materiais, entradas secundárias do condomínio, entrada da cobertura,
sala da administração, sala de segurança, depósitos, barrilhetes etc. Estas portas
devem ser de materiais resistentes e leves, tais como madeira, ferro ou alumínio,
possuindo trancas ou fechaduras de boa qualidade e cadeados resistentes, quando
for o caso. Devem sempre permanecer fechadas e trancadas.
47
Garagens
Sem dúvida alguma, falando-se de proteção, a garagem é um dos pontos
mais vulneráveis dos conjuntos residenciais ou de maior indisciplina e até descaso
por parte dos moradores, pois estes não tomam as devidas cautelas ao entrar ou
sair do condomínio ou, então, deixam de seguir as orientações preconizadas em
Assembléias de Condôminos. Por este motivo, é importante construir eclusas, ou
seja, dois portões acionados eletronicamente que confinem o veículo entre si, de
modo que uma delas se abra somente quando a outra estiver fechada, podendo
ser acionadas pela portaria ou pelo próprio condômino, evitando-se, assim, a
entrada do meliante “carona”, isto é, aquele que espera o carro entrar e aproveita a
porta ainda aberta para adentrar o condomínio e praticar, posteriormente, seus atos
criminosos. Aliado a isto, deve-se utilizar um sistema que muito se tem destacado
pela sua praticidade, é aquele em que cada morador tem um controle remoto
acionando o portão automático para entrar e sair da garagem sem a ação da
portaria. Caso não seja possível adotar estes sistemas, deve-se contratar
garagistas para controlarem o acesso de veículos nas garagens. Além disso, toda
garagem deve possuir espelhos convexos que facilitem a visualização de porteiros
ou garagistas.
Iluminação
É fundamental que as dependências do condomínio sejam bem iluminadas,
a fim de que através deste dispositivo possa desestimular a ação dos meliantes. As
áreas externas do condomínio também precisam ser racionalmente iluminadas
para que se tenha uma ampla visão da rua, calçadas, frente da portaria e da porta
da garagem. Nas áreas de entrada de pedestres e veículos pode ser instalado um
holofote a ser utilizado pelo porteiro para poder identificar visitantes e veículos que
estejam defronte do portão. Também devem ser instaladas luminárias ao redor dos
muros do condomínio, caso haja trânsito de pessoas, tanto nas laterais quanto nos
fundos da edificação, a fim de melhorar a iluminação pública, isso se a existente
não for adequada. Apesar da possibilidade de o consumo de energia elétrica
aumentar, tem que se evitar pontos de penumbra nas áreas internas, quer sejam
centrais ou perimetrais, principalmente nos jardins, playgrounds ou mesmo
corredores ao redor do condomínio, para que, através da iluminação adequada e
bem focada, possa ser verificada a presença ou não de pessoas estranhas.
48
Atualmente, existem sensores de presença ou de fotocélulas que ao
detectarem a aproximação de pessoas ou veículos acendem automaticamente as
luzes por onde estes vão passar. Existem, ainda, lâmpadas que consomem bem
menos energia, chamadas lâmpadas PL que, apesar de ficarem por mais tempo
acesas, trazem uma considerável economia aos seus usuários. Além dos meios
luminosos citados, não se pode prescindir das luzes de emergência, que devem ser
instaladas no interior de edifícios e escadas e, também, adotadas em casa, sendo
este um quesito obrigatório, inclusive, em prevenção e combate a incêndios, o qual
será abordado em capítulo próprio.
Sinalização
É fundamentalmente necessário que elucidemos sobre a utilização da
sinalização no interior dos condomínios, porque estes sinais também fazem parte
do sistema de segurança, pois têm a finalidade de advertir e indicar sobre algo ou
mesmo sobre alguma notícia comum convencionada entre os moradores do
conjunto residencial. A sinalização pode ser visual, através de placas ou sinais
luminosos, como também sonora, utilizando-se dispositivos sonoros eletrônicos ou
apitos, entre outros. Pode ser horizontal, através de marcas inscritas no solo ou
pisos, como também vertical através de placas ou faixas expostas ao longo das
instalações condominiais. Aos condôminos e funcionários cabem respeitar e
obedecer a sinalização convencionada, quando estiverem dentro do condomínio.
Segurança física das residências
As residências ou apartamentos em condomínios verticais, merecem
especial atenção dos moradores, pois evitando-se falhas em algum dos pontos de
segurança acima descritos, haverá um obstáculo a mais para dificultar o acesso de
malfeitores ao interior dos lares. Portanto, deve-se tomar cautela, especialmente,
com relação aos seguintes pontos:
• Portas - As portas de acesso às áreas externas da residência, tais como da
entrada do hall social, entradas de serviço, sacadas, varandas privativas, etc.,
devem ser fabricadas com materiais resistentes, quer seja os de madeira, alumínio,
ferro ou vidro e equipadas com ferragens e fechaduras de boa qualidade, sendo a
mais indicada a do tipo com lingüeta de quatro voltas, tudo isto complementado por
olhos mágicos de 180o
. Existem portas que são fabricadas tendo como miolo uma
49
chapa de aço e travas multidirecionais, forradas externamente com madeira, sendo
estas as mais indicadas.
As portas intermediárias são aquelas que dão acesso às áreas internas da
residência, tais como salas, cozinha, copa, quartos, entre outras. Estas têm que ser
da mesma qualidade dos materiais citados anteriormente e devem permanecer
trancadas principalmente à noite e de madrugada, e quando os moradores
estiverem ausentes da residência.
• Janelas - As janelas, assim como as portas de vidro nas áreas de serviço dos
apartamentos, principalmente no primeiro e segundo andares, venezianas, vitrôs
de correr e basculantes devem ser reforçados por grades convencionais ou por
grades pantográficas internas, a fim de que aumentem a segurança e não alterem
a fachada do condomínio e da residência.
• Vitrôs basculantes e de correr “maxin-ar” - Os vitrôs basculantes e de
correr são tipos de janela muito utilizados em cozinhas e áreas de serviço, e seus
vãos costumam ser largos facilitando a ação dos meliantes. Portanto, adquira um
vitrô com ferro ou outro metal resistente que dificulte ser serrado e que possua
divisões estreitas. Coloque uma boa fechadura com um cadeado resistente,
reforçando tudo isto com uma excelente grade externa.
Os vitrôs maxin-ar são bastante usados em banheiros e pequenas salas, tendo
a finalidade de melhorar a circulação de ar e o nível de claridade, porém não
oferecem segurança.
Para minimizar este problema, deve-se produzir o quadro de abertura em estilo
grade, fixando-se placas de vidro em vãos menores. Pode-se também
complementar a segurança instalando-se uma grade que pode ser em forma de
colher a fim de proteger o conjunto e permitir a abertura completa para circulação
do ar. Não havendo a possibilidade de se possuir grade, deve-se ter um cadeado
resistente a fim de travar o seu fecho.
• Venezianas - São frágeis e de fácil abertura, porque os pinos do batente com
dobradiças externas podem ser removidos com facilidade. Para tanto, instale uma
grade resistente e pinos de aço profundos e sem fendas que se encaixem nas
50
folhas da veneziana dificultando assim sua remoção. Instale também um cadeado
bem resistente.
• Alçapão - é uma portinhola que costuma ser via de acesso de meliantes ao
interior das residências, devido à facilidade que eles encontram em escalar casas
e, estando no telhado, invadem o sótão e tentam alcançar os cômodos internos
pelo vão do alçapão. Portanto, deve-se proteger este meio de acesso com uma
grade trancada com cadeado pelo lado interno ou uma barra de travamento.
• Domus - É um recurso arquitetônico freqüentemente utilizado para passagem
de claridade em banheiros, poços de escada, halls, etc., sendo fabricado,
normalmente, com material plástico ou acrílico. Este local também deve ser
protegido por uma grade interna fixa, pois seu vão é suficiente para passagem de
pessoas de portes médio e pequeno ou até por crianças.
• Áreas envidraçadas - Vários cômodos possuem vãos fechados com vidros
temperados, tido como inquebrável, o que não condiz com a realidade. Por isto, é
importante o recurso da grade interna, que pode ser pantográfica. Caso queira
algo mais sofisticado, deve-se instalar sensores de impacto em cada módulo de
vidro.
• Vãos de ar-condicionado - As residências atuais já são construídas com
vãos para ar-condicionado, mas normalmente têm dimensões que permitem a
introdução de crianças ou mesmo pessoas de pequeno porte no interior da
residência. Portanto, deve-se instalar grades com garras de fixação profundas em
volta do aparelho de ar-condicionado, dificultando assim a entrada de malfeitores.
Todas estas medidas físicas de proteção devem ser complementadas por
sistemas eletrônicos de segurança, tais como alarmes, videoporteiros, circuitos
internos de TV, localizadores de chamada (Bina e outras marcas existentes no
mercado), antigrampos, etc.
Vigilância Patrimonial
A segurança e vigilância patrimonial pode ser orgânica ou terceirizada, de
51
acordo com as particularidades de cada condomínio.
Caso seja optado pela segurança orgânica deve-se atentar para que se siga
todas as regras da legislação vigente, quer seja armada ou desarmada,
contratando sempre porteiros, vigias ou vigilantes qualificados e aptos para o
exercício destas funções. Recomendamos que se contrate consultores
especializados para que façam o planejamento, implantação e acompanhamento
do serviço de segurança patrimonial orgânica, tanto para que seja adequada dentro
da legalidade quanto para o correto desempenho administrativo e operacional.
Caso seja escolhido a terceirização do serviço de segurança, deve-se
contratar empresas que possuam alvarás de funcionamento expedidos pelo
Ministério da Justiça, através da Policia Federal, que tenham uma boa estrutura
administrativa e operacional e que já possuam serviços de segurança em
condomínios, com experiência anterior.
Deve-se prever também a utilização de veículos, que podem ser automóveis
ou motocicletas, para a realização da ronda móvel motorizada no interior do
condomínio, isto de acordo com sua extensão geográfica.
Cães de guarda
O cão é um valioso auxiliar na proteção da residência, contudo sua
aceitação na segurança de condomínios ainda não tem alcançado muita aderência
por alguns motivos que vão desde o medo até a desinformação a respeito do
assunto, pois este serviço foi uma alternativa de sucesso em redes bancárias. Para
evitar este receio, o animal deve ser submetido a um adestramento específico,
desenvolvendo seu autocontrole a fim de exercer a função de segurança.
Normalmente, utilizam-se cães de segurança em condomínios horizontais,
pois geralmente há espaço suficiente para a construção de canis e local adequado
para sua atuação, sendo que não aconselhamos sua utilização em prédios. Seu
emprego tem surtido bons resultados devido à inibição que ele causa nos
invasores, sendo sua maior arma o efeito psicológico. Sua principal função seria
acompanhar o vigilante em sua ronda, já que a ação de ataque seria mediante
ordem do condutor. Deve-se conduzir o animal sempre preso ao enforcador ou à
coleira, para que não haja perigo de ficar solto, evitando assim causar algum tipo
de acidente.
Mantenha, sempre que possível, um cão em sua residência, mesmo as
52
raças mais dóceis, pois além de serem bons companheiros, inclusive com as
crianças, costumam dar alarmes quando percebem algo estranho.
No Brasil, existem as mais variadas raças de cães de guarda, onde
podemos destacar os seguintes: Pastor Alemão, Rotweiller, Fila Brasileiro, Pits
Bull, Dobermann, Collie entre outros, sendo que os dois primeiros são os mais
indicados para a segurança de residências e condomínios. Consulte sempre um
bom adestrador para definir o potencial de treinamento e adestramento de cada
cão e, assim, complementar a segurança do condomínio com os préstimos deste
animal considerado de estimação.
53
CAPÍTULO VI SISTEMAS ELETRÔNICOS DE SEGURANÇA EM
CONDOMÍNIOS
O sistema de segurança ideal é aquele que agrupa todos os recursos
disponíveis de forma lógica e coerente, ou seja, promove a interação do Homem
com os equipamentos eletrônicos, a fim de que a coligação entre ambos possa
promover um nível de proteção satisfatório, aumentando a eficiência da mão-de-
obra contratada para a segurança dos condomínios.
Atualmente, no mercado, existem os mais variados números e tipos de
equipamentos eletrônicos de segurança à disposição dos usuários, portanto as
pessoas devem obter aqueles que mais se adaptem às necessidades de sua
residência. Antes de adquiri-los, deve ser feito um planejamento com consultores
especializados, a fim de que estes definam os pontos vulneráveis e as medidas a
serem adotadas, através de métodos eficientes, otimizando assim todos os meios
disponíveis, de maneira que se chegue a um sistema de segurança adequado.
Os equipamentos eletrônicos utilizados devem possuir um projeto
tecnológico que permita ótimo funcionamento ao longo do tempo, sua instalação
tem de ser de boa qualidade para se evitar problemas futuros, tem-se que prever o
desgaste natural dos equipamentos e uma manutenção preventiva adequada.
Destacaremos, a seguir, os sistemas e equipamentos eletrônicos de
segurança mais utilizados em residências e condomínios, bem como suas
principais características:
Sistemas de segurança monitorados
Sistemas monitorados oferecem serviço 24 horas, servem para reduzir
riscos de intrusão, incêndios e, combinando-se vários circuitos, podem ser
empregados como controle de acesso, CFTV e até como segurança de informação.
É dotado de uma central de monitoramento composta por uma estação de
computadores de alta tecnologia, especialmente desenvolvida para receber os
sinais de alarmes dos sistemas de segurança instalados. Estes sinais são enviados
das seguintes formas:
• Linha telefônica especial, dedicada exclusivamente ao monitoramento;
• Linha telefônica regular;
54
• Ondas de rádio de longo alcance ou por linha telefônica celular.
Ao receber um sinal de emergência, o operador da Central de
Monitoramento terá disponível todos os dados do local onde foi instalado o sistema
e onde ocorreu a emergência, assim como as atitudes predeterminadas pelo cliente
que deverão ser tomadas, tais como acionar o proprietário, a Polícia, os
Bombeiros, Ambulâncias ou, até mesmo, algum vizinho ou parente. A qualidade e
quantidade das informações recebidas podem ser variadas, conforme a tecnologia
dos sistemas e da Central de Monitoramento.
A tranqüilidade que um sistema de segurança instalado proporciona se dá
pelo seu monitoramento, pois há um diferencial entre o sistema que somente toca
ou dispara alarmes daquele que manda mensagens de emergência a alguma
Central de Monitoramento, e esta toma as providências cabíveis para cada caso,
proporcionando uma proteção maior aos seus usuários.
No Brasil, existem Centrais de Monitoramento de diversas qualidades, ou
seja, desde aquelas com dados dos condomínios e residências armazenados em
Kardex, os quais, em casos de emergência, serão consultados manualmente, até
centrais computadorizadas com os mais diversos tipos de recurso. Estas últimas
são as mais recomendadas por serem mais ágeis e com menores chances de erros
na operação.
Sensoriamento ou alarmes
São equipamentos eletrônicos, sonoros ou não, que servem para alertar
sobre situações incomuns em residências ou condomínios, tais como violação de
procedimentos e locais, proteção contra roubos, furtos, alagamentos, incêndios,
etc. O ideal é adquirir um sistema de alarmes tecnologicamente perfeito, ou seja,
que possua um projeto que permita ótimo funcionamento ao longo do tempo. É
importante, também, que a instalação do sistema de alarme seja feita por uma
empresa conceituada e idônea que utilize materiais complementares de excelente
qualidade. Devemos insistir que um bom programa de assistência técnica é
fundamental, pois o sistema de alarme deve ser checado trimestralmente. É
indispensável que tenha uma ótima alimentação alternativa de energia para
satisfazer a uma eventual falta de energia direta devido a algum problema ou
porque foi danificada por marginais. Trata-se de um item muito importante para se
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas
Segurança em condomínios: medidas e técnicas

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

pop (procedimento operacional padrão)
pop (procedimento operacional padrão)pop (procedimento operacional padrão)
pop (procedimento operacional padrão)Socorro Mineiro
 
Cerimonial de casamento
Cerimonial de casamentoCerimonial de casamento
Cerimonial de casamentoPedro Farnese
 
Nbr iso-12100-sm-principios-gerais-de-projeto-apreciacao-e-reducao-de-riscos
Nbr iso-12100-sm-principios-gerais-de-projeto-apreciacao-e-reducao-de-riscosNbr iso-12100-sm-principios-gerais-de-projeto-apreciacao-e-reducao-de-riscos
Nbr iso-12100-sm-principios-gerais-de-projeto-apreciacao-e-reducao-de-riscosEverton Retore Teixeira
 
Compliance – Manual de boas práticas em condomínios
Compliance – Manual de boas práticas em condomíniosCompliance – Manual de boas práticas em condomínios
Compliance – Manual de boas práticas em condomíniossindiconet
 
232107594 treinamento-serra-policorte
232107594 treinamento-serra-policorte232107594 treinamento-serra-policorte
232107594 treinamento-serra-policortessuser3dd51f
 
Dds 60 temas
Dds 60 temasDds 60 temas
Dds 60 temasGilson_
 
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00Erick Luiz Coutinho dos Santos
 
FMDS CMG Norte 27_04_22.pptx
FMDS CMG Norte  27_04_22.pptxFMDS CMG Norte  27_04_22.pptx
FMDS CMG Norte 27_04_22.pptxthiagobleno
 
Escopo modelo proposta-000000331-20141022151916
Escopo modelo    proposta-000000331-20141022151916Escopo modelo    proposta-000000331-20141022151916
Escopo modelo proposta-000000331-20141022151916Raniery da Silva da Costa
 
Andaime suspenso cabo passante
Andaime suspenso   cabo passanteAndaime suspenso   cabo passante
Andaime suspenso cabo passanteFernando Fratta​
 
Nbr 14785 biosseguranca_web
Nbr 14785 biosseguranca_webNbr 14785 biosseguranca_web
Nbr 14785 biosseguranca_webGisele Wiezel
 
Introdução a engenharia de segurança
Introdução a engenharia de segurançaIntrodução a engenharia de segurança
Introdução a engenharia de segurançaPaulo H Bueno
 
NBR 12.779 - Mangueiras de Incêndio - Inspeção, Manutenção e Cuidados
NBR 12.779 - Mangueiras de Incêndio - Inspeção, Manutenção e CuidadosNBR 12.779 - Mangueiras de Incêndio - Inspeção, Manutenção e Cuidados
NBR 12.779 - Mangueiras de Incêndio - Inspeção, Manutenção e CuidadosIZAIAS DE SOUZA AGUIAR
 
Relatorio dos equipamentos eletricos
Relatorio dos equipamentos eletricosRelatorio dos equipamentos eletricos
Relatorio dos equipamentos eletricosEdson da Silva
 

Mais procurados (20)

pop (procedimento operacional padrão)
pop (procedimento operacional padrão)pop (procedimento operacional padrão)
pop (procedimento operacional padrão)
 
Check list - veículos - máquinas - equipamentos
Check list - veículos - máquinas - equipamentosCheck list - veículos - máquinas - equipamentos
Check list - veículos - máquinas - equipamentos
 
Check list rotina do sesmt
Check list rotina do sesmtCheck list rotina do sesmt
Check list rotina do sesmt
 
Cerimonial de casamento
Cerimonial de casamentoCerimonial de casamento
Cerimonial de casamento
 
Nbr iso-12100-sm-principios-gerais-de-projeto-apreciacao-e-reducao-de-riscos
Nbr iso-12100-sm-principios-gerais-de-projeto-apreciacao-e-reducao-de-riscosNbr iso-12100-sm-principios-gerais-de-projeto-apreciacao-e-reducao-de-riscos
Nbr iso-12100-sm-principios-gerais-de-projeto-apreciacao-e-reducao-de-riscos
 
Compliance – Manual de boas práticas em condomínios
Compliance – Manual de boas práticas em condomíniosCompliance – Manual de boas práticas em condomínios
Compliance – Manual de boas práticas em condomínios
 
Perguntas nr10
Perguntas nr10Perguntas nr10
Perguntas nr10
 
232107594 treinamento-serra-policorte
232107594 treinamento-serra-policorte232107594 treinamento-serra-policorte
232107594 treinamento-serra-policorte
 
Dds 60 temas
Dds 60 temasDds 60 temas
Dds 60 temas
 
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00
Procedimento operacional manutenção mecânica_rev.00
 
FMDS CMG Norte 27_04_22.pptx
FMDS CMG Norte  27_04_22.pptxFMDS CMG Norte  27_04_22.pptx
FMDS CMG Norte 27_04_22.pptx
 
Escopo modelo proposta-000000331-20141022151916
Escopo modelo    proposta-000000331-20141022151916Escopo modelo    proposta-000000331-20141022151916
Escopo modelo proposta-000000331-20141022151916
 
Andaime suspenso cabo passante
Andaime suspenso   cabo passanteAndaime suspenso   cabo passante
Andaime suspenso cabo passante
 
Nbr 14785 biosseguranca_web
Nbr 14785 biosseguranca_webNbr 14785 biosseguranca_web
Nbr 14785 biosseguranca_web
 
Introdução a engenharia de segurança
Introdução a engenharia de segurançaIntrodução a engenharia de segurança
Introdução a engenharia de segurança
 
Projeto da sipat da arrozeira dom pedrito
Projeto da sipat da arrozeira dom pedritoProjeto da sipat da arrozeira dom pedrito
Projeto da sipat da arrozeira dom pedrito
 
APOSTILA DE DDS.pdf
APOSTILA DE DDS.pdfAPOSTILA DE DDS.pdf
APOSTILA DE DDS.pdf
 
NBR 12.779 - Mangueiras de Incêndio - Inspeção, Manutenção e Cuidados
NBR 12.779 - Mangueiras de Incêndio - Inspeção, Manutenção e CuidadosNBR 12.779 - Mangueiras de Incêndio - Inspeção, Manutenção e Cuidados
NBR 12.779 - Mangueiras de Incêndio - Inspeção, Manutenção e Cuidados
 
Relatorio dos equipamentos eletricos
Relatorio dos equipamentos eletricosRelatorio dos equipamentos eletricos
Relatorio dos equipamentos eletricos
 
Modelo analise de risco
Modelo analise de riscoModelo analise de risco
Modelo analise de risco
 

Destaque

Voce s.a. negocie, influencie e convenca
Voce s.a.   negocie, influencie e convencaVoce s.a.   negocie, influencie e convenca
Voce s.a. negocie, influencie e convencatioheraclito
 
Você s.a. administre seu tempo
Você s.a.   administre seu tempoVocê s.a.   administre seu tempo
Você s.a. administre seu tempotioheraclito
 
Guia de Fundos de Investimento Imobiliários
Guia de Fundos de Investimento ImobiliáriosGuia de Fundos de Investimento Imobiliários
Guia de Fundos de Investimento ImobiliáriosBruno Sagas Lopes
 
Unlock manu peco01
Unlock manu peco01Unlock manu peco01
Unlock manu peco01Ronald
 
Revista Galileu - Mal.com - Edição 201 - Abril 2008
Revista Galileu - Mal.com - Edição 201 - Abril 2008Revista Galileu - Mal.com - Edição 201 - Abril 2008
Revista Galileu - Mal.com - Edição 201 - Abril 2008Victor Gugliermetti
 
2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentas2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentaskarol_ribeiro
 
110314 viva regimento interno do condominio gr_limpa
110314 viva regimento interno do condominio gr_limpa110314 viva regimento interno do condominio gr_limpa
110314 viva regimento interno do condominio gr_limpaPaulo Henrique da Silva
 
Regulamento interno
Regulamento internoRegulamento interno
Regulamento internoSindic0
 
Manual de Torno Mecanico vol1
Manual de Torno Mecanico vol1Manual de Torno Mecanico vol1
Manual de Torno Mecanico vol1Ciclismo Naserra
 
Métodos e processos industriais
Métodos e processos industriaisMétodos e processos industriais
Métodos e processos industriaisLevi de Oliveira
 
Estatística para os cursos de : economia, administração e ciênicas contáb...
	 Estatística para os cursos de :   economia, administração e ciênicas contáb...	 Estatística para os cursos de :   economia, administração e ciênicas contáb...
Estatística para os cursos de : economia, administração e ciênicas contáb...Luiz Carlos
 

Destaque (20)

Voce s.a. negocie, influencie e convenca
Voce s.a.   negocie, influencie e convencaVoce s.a.   negocie, influencie e convenca
Voce s.a. negocie, influencie e convenca
 
Você s.a. administre seu tempo
Você s.a.   administre seu tempoVocê s.a.   administre seu tempo
Você s.a. administre seu tempo
 
Guia de Fundos de Investimento Imobiliários
Guia de Fundos de Investimento ImobiliáriosGuia de Fundos de Investimento Imobiliários
Guia de Fundos de Investimento Imobiliários
 
2011 curso venture-capital
2011 curso venture-capital2011 curso venture-capital
2011 curso venture-capital
 
Unlock manu peco01
Unlock manu peco01Unlock manu peco01
Unlock manu peco01
 
A questao-racial-na-escola
A questao-racial-na-escolaA questao-racial-na-escola
A questao-racial-na-escola
 
Revista Galileu - Mal.com - Edição 201 - Abril 2008
Revista Galileu - Mal.com - Edição 201 - Abril 2008Revista Galileu - Mal.com - Edição 201 - Abril 2008
Revista Galileu - Mal.com - Edição 201 - Abril 2008
 
2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentas2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentas
 
110314 viva regimento interno do condominio gr_limpa
110314 viva regimento interno do condominio gr_limpa110314 viva regimento interno do condominio gr_limpa
110314 viva regimento interno do condominio gr_limpa
 
Regulamento interno
Regulamento internoRegulamento interno
Regulamento interno
 
Livro “História da Astronomia no Brasil” é maior publicação sobre o tema já p...
Livro “História da Astronomia no Brasil” é maior publicação sobre o tema já p...Livro “História da Astronomia no Brasil” é maior publicação sobre o tema já p...
Livro “História da Astronomia no Brasil” é maior publicação sobre o tema já p...
 
Biologia e controle de serpentes peçonhentas
Biologia e controle de serpentes peçonhentasBiologia e controle de serpentes peçonhentas
Biologia e controle de serpentes peçonhentas
 
áCidos e bases em química orgânica
áCidos e bases em química orgânicaáCidos e bases em química orgânica
áCidos e bases em química orgânica
 
Atomística
AtomísticaAtomística
Atomística
 
Ferramentas de corte manuais
Ferramentas de corte manuaisFerramentas de corte manuais
Ferramentas de corte manuais
 
Literatura afrobrasileira
Literatura afrobrasileiraLiteratura afrobrasileira
Literatura afrobrasileira
 
Manual de Torno Mecanico vol1
Manual de Torno Mecanico vol1Manual de Torno Mecanico vol1
Manual de Torno Mecanico vol1
 
Cobras
CobrasCobras
Cobras
 
Métodos e processos industriais
Métodos e processos industriaisMétodos e processos industriais
Métodos e processos industriais
 
Estatística para os cursos de : economia, administração e ciênicas contáb...
	 Estatística para os cursos de :   economia, administração e ciênicas contáb...	 Estatística para os cursos de :   economia, administração e ciênicas contáb...
Estatística para os cursos de : economia, administração e ciênicas contáb...
 

Semelhante a Segurança em condomínios: medidas e técnicas

Curso de segurança para condominios
Curso de segurança  para condominiosCurso de segurança  para condominios
Curso de segurança para condominiosFreitas Administrador
 
Projeto Multidisciplinar de Gestão de Seguranca Privada II - 2021.pdf
Projeto Multidisciplinar de Gestão de Seguranca Privada II - 2021.pdfProjeto Multidisciplinar de Gestão de Seguranca Privada II - 2021.pdf
Projeto Multidisciplinar de Gestão de Seguranca Privada II - 2021.pdfDiretordoHospitalMil
 
VI congresso fecomercio de crimes eletrônicos 04082014 - apresentação de af...
VI congresso fecomercio de crimes eletrônicos   04082014 - apresentação de af...VI congresso fecomercio de crimes eletrônicos   04082014 - apresentação de af...
VI congresso fecomercio de crimes eletrônicos 04082014 - apresentação de af...FecomercioSP
 

Semelhante a Segurança em condomínios: medidas e técnicas (10)

Curso de segurança para condominios
Curso de segurança  para condominiosCurso de segurança  para condominios
Curso de segurança para condominios
 
Curso de segurança condominial 02
Curso de segurança  condominial 02Curso de segurança  condominial 02
Curso de segurança condominial 02
 
Projeto Multidisciplinar de Gestão de Seguranca Privada II - 2021.pdf
Projeto Multidisciplinar de Gestão de Seguranca Privada II - 2021.pdfProjeto Multidisciplinar de Gestão de Seguranca Privada II - 2021.pdf
Projeto Multidisciplinar de Gestão de Seguranca Privada II - 2021.pdf
 
VI congresso fecomercio de crimes eletrônicos 04082014 - apresentação de af...
VI congresso fecomercio de crimes eletrônicos   04082014 - apresentação de af...VI congresso fecomercio de crimes eletrônicos   04082014 - apresentação de af...
VI congresso fecomercio de crimes eletrônicos 04082014 - apresentação de af...
 
Glass190
Glass190Glass190
Glass190
 
Vol1 manual de segurança condominios comerciais
Vol1 manual de segurança  condominios comerciaisVol1 manual de segurança  condominios comerciais
Vol1 manual de segurança condominios comerciais
 
Slide do site
Slide do siteSlide do site
Slide do site
 
Slide do site
Slide do siteSlide do site
Slide do site
 
Slide do site
Slide do siteSlide do site
Slide do site
 
Vol3 manual de segurança instituicões financeiras
Vol3 manual de segurança instituicões financeirasVol3 manual de segurança instituicões financeiras
Vol3 manual de segurança instituicões financeiras
 

Mais de acajado

Segurança e saúde do trabalho ministério da educação
Segurança e saúde do trabalho   ministério da educaçãoSegurança e saúde do trabalho   ministério da educação
Segurança e saúde do trabalho ministério da educaçãoacajado
 
Vanderson rebula de oliveira ergonomia, higiene e segurança do trabalho - a...
Vanderson rebula de oliveira   ergonomia, higiene e segurança do trabalho - a...Vanderson rebula de oliveira   ergonomia, higiene e segurança do trabalho - a...
Vanderson rebula de oliveira ergonomia, higiene e segurança do trabalho - a...acajado
 
Autor anônimo como fazer uma monografia
Autor anônimo   como fazer uma monografiaAutor anônimo   como fazer uma monografia
Autor anônimo como fazer uma monografiaacajado
 
Maria stela muller e jucy mary cornelsen normas e padrões para teses, disse...
Maria stela muller e jucy mary cornelsen   normas e padrões para teses, disse...Maria stela muller e jucy mary cornelsen   normas e padrões para teses, disse...
Maria stela muller e jucy mary cornelsen normas e padrões para teses, disse...acajado
 
Slide - Poló Naval de Manaus -ERIN
Slide - Poló Naval de Manaus -ERINSlide - Poló Naval de Manaus -ERIN
Slide - Poló Naval de Manaus -ERINacajado
 
Psicologia tag slide
Psicologia tag slide Psicologia tag slide
Psicologia tag slide acajado
 
GERENCIAMENTO DE PROJETOS - Sopa Solidária
GERENCIAMENTO DE PROJETOS - Sopa SolidáriaGERENCIAMENTO DE PROJETOS - Sopa Solidária
GERENCIAMENTO DE PROJETOS - Sopa Solidáriaacajado
 
Modelo para encardenacao_de_teses_e_dissertacoes
Modelo para encardenacao_de_teses_e_dissertacoesModelo para encardenacao_de_teses_e_dissertacoes
Modelo para encardenacao_de_teses_e_dissertacoesacajado
 
Anibal Cajado_Manual tcc 2012_Nilton Lins
Anibal Cajado_Manual tcc 2012_Nilton LinsAnibal Cajado_Manual tcc 2012_Nilton Lins
Anibal Cajado_Manual tcc 2012_Nilton Linsacajado
 
Tcc_slide_ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES E MEDIDAS PREVENTIVAS
Tcc_slide_ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES  E MEDIDAS PREVENTIVASTcc_slide_ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES  E MEDIDAS PREVENTIVAS
Tcc_slide_ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES E MEDIDAS PREVENTIVASacajado
 
Tcc_LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER)
Tcc_LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER)Tcc_LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER)
Tcc_LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER)acajado
 
Tcc_acidentes com perfurocortantes 2013
Tcc_acidentes com perfurocortantes 2013Tcc_acidentes com perfurocortantes 2013
Tcc_acidentes com perfurocortantes 2013acajado
 
Tcc ruido trabalho_final
Tcc ruido trabalho_finalTcc ruido trabalho_final
Tcc ruido trabalho_finalacajado
 
Unidade conhecimento gerais
Unidade conhecimento geraisUnidade conhecimento gerais
Unidade conhecimento geraisacajado
 

Mais de acajado (14)

Segurança e saúde do trabalho ministério da educação
Segurança e saúde do trabalho   ministério da educaçãoSegurança e saúde do trabalho   ministério da educação
Segurança e saúde do trabalho ministério da educação
 
Vanderson rebula de oliveira ergonomia, higiene e segurança do trabalho - a...
Vanderson rebula de oliveira   ergonomia, higiene e segurança do trabalho - a...Vanderson rebula de oliveira   ergonomia, higiene e segurança do trabalho - a...
Vanderson rebula de oliveira ergonomia, higiene e segurança do trabalho - a...
 
Autor anônimo como fazer uma monografia
Autor anônimo   como fazer uma monografiaAutor anônimo   como fazer uma monografia
Autor anônimo como fazer uma monografia
 
Maria stela muller e jucy mary cornelsen normas e padrões para teses, disse...
Maria stela muller e jucy mary cornelsen   normas e padrões para teses, disse...Maria stela muller e jucy mary cornelsen   normas e padrões para teses, disse...
Maria stela muller e jucy mary cornelsen normas e padrões para teses, disse...
 
Slide - Poló Naval de Manaus -ERIN
Slide - Poló Naval de Manaus -ERINSlide - Poló Naval de Manaus -ERIN
Slide - Poló Naval de Manaus -ERIN
 
Psicologia tag slide
Psicologia tag slide Psicologia tag slide
Psicologia tag slide
 
GERENCIAMENTO DE PROJETOS - Sopa Solidária
GERENCIAMENTO DE PROJETOS - Sopa SolidáriaGERENCIAMENTO DE PROJETOS - Sopa Solidária
GERENCIAMENTO DE PROJETOS - Sopa Solidária
 
Modelo para encardenacao_de_teses_e_dissertacoes
Modelo para encardenacao_de_teses_e_dissertacoesModelo para encardenacao_de_teses_e_dissertacoes
Modelo para encardenacao_de_teses_e_dissertacoes
 
Anibal Cajado_Manual tcc 2012_Nilton Lins
Anibal Cajado_Manual tcc 2012_Nilton LinsAnibal Cajado_Manual tcc 2012_Nilton Lins
Anibal Cajado_Manual tcc 2012_Nilton Lins
 
Tcc_slide_ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES E MEDIDAS PREVENTIVAS
Tcc_slide_ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES  E MEDIDAS PREVENTIVASTcc_slide_ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES  E MEDIDAS PREVENTIVAS
Tcc_slide_ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES E MEDIDAS PREVENTIVAS
 
Tcc_LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER)
Tcc_LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER)Tcc_LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER)
Tcc_LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER)
 
Tcc_acidentes com perfurocortantes 2013
Tcc_acidentes com perfurocortantes 2013Tcc_acidentes com perfurocortantes 2013
Tcc_acidentes com perfurocortantes 2013
 
Tcc ruido trabalho_final
Tcc ruido trabalho_finalTcc ruido trabalho_final
Tcc ruido trabalho_final
 
Unidade conhecimento gerais
Unidade conhecimento geraisUnidade conhecimento gerais
Unidade conhecimento gerais
 

Segurança em condomínios: medidas e técnicas

  • 1. 0
  • 2. 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................. 3 PREFÁCIO .................................................................................... 5 CAPITULO I - Noções de Relações Humanas nos condomínios ......................... 6 CAPÍTULO II Técnicas de proteção e medidas de segurança em portarias ...... 17 CAPÍTULO III Sistema de comunicação em condomínios ....................... 28 CAPÍTULO IV - Técnicas de identificação de pessoas e veículos .......................... 37 CAPÍTULO V Segurança física de instalações condominiais .............................. 43 CAPÍTULO VI Sistemas eletrônicos de segurança em condomínios .................. 54 CAPÍTULO VII Medidas de emergência e “dicas” de segurança em condomínios 64 CAPÍTULO VIII Segurança contra incêndios em edificações ................................ 83 CAPÍTULO IX - Segurança em elevadores ............................................................. 102 CAPÍTULO X Noções de Higiene ........................................................................ 108 CONCLUSÃO ................................................................................ 114 BIBLIOGRAFIA
  • 3. 2 INTRODUÇÃO Com a chegada do novo milênio renovam-se as esperanças de uma melhoria na qualidade de vida da população. Espera-se que haja uma conscientização de todos, no que diz respeito a um aumento dos níveis de Proteção da comunidade, atingindo-se as camadas sociais em sua totalidade e, principalmente, que a violência baixe a patamares aceitáveis dentro de nossa sociedade, tudo isto para que se alcance a tão sonhada Segurança e Tranqüilidade. No entanto, para que esta aspiração deixe de ser um sonho e se torne realidade, faz-se necessário o comprometimento e empenho de todas as pessoas, muitas vezes, dando uma parcela a mais de sacrifício, no intuito de se chegar ao tão almejado objetivo. Não se pode acusar ou, melhor ainda, responsabilizar exclusivamente as autoridades governamentais como sendo os únicos "culpados" pela situação caótica pelo qual a sociedade atual está enfrentando, mas é bom lembrar que, em vários casos, a omissão e até mesmo a falta de informações parte da própria população que acaba se tornando vítima de muitos delitos e atos inseguros. Para que esta situação seja minimizada é imprescindível a Atitude Preventiva de todos os indivíduos, e isto diz respeito aos seus atos mais básicos, tais como exercer seus direitos como cidadão, e a partir daí exercer as garantias definidas pela Constituição e pelas Leis. Os condomínios, no final do milênio passado, têm-se proliferado bastante devido ao excessivo aumento demográfico das metrópoles, causando a escassez de espaço, porém, os principais motivos para que as pessoas optem por residir nestes conjuntos residenciais estão relacionados ao Conforto, Tranqüilidade e Segurança, sendo esta última a causa mais citada pelos condôminos, tendo-se em vista os altos índices de criminalidade urbana. Como já é notório e muito evidenciado nos noticiários da imprensa escrita e falada, roubos, furtos e até mesmo seqüestros, antes mais comuns ocorrerem em bancos, empresas, lojas e residências, passaram a acontecer, com maior impetuosidade e freqüência, em condomínios, onde os marginais chegaram à conclusão que os funcionários responsáveis pelas portarias e vigilância dos prédios, na grande maioria bastante despreparados, são facilmente enganados por suas estratégias.
  • 4. 3 Os síndicos, com a aquiescência dos condôminos, têm investido vultosamente em segurança perimetral (cercas eletrificadas com sensores infravermelhos), sistemas eletrônicos de monitoramento, softwares de segurança (Informática), painéis de alarme, CFTV - Circuito Fechado de Televisão, etc., porém nem tudo isto tem sido capaz de inibir a ação de meliantes, os quais conseguem facilmente sua intrusão nos condomínios através dos portões de garagens e, na maioria das vezes, pelas portarias principais, considerando, como já frisado anteriormente, a desqualificação dos funcionários responsáveis por estas áreas. Ressalto ainda que a perfeita integração em termos de segurança entre o homem e as novas tecnologias é condição sine qua non para a implantação de uma perfeita e quase intransponível barreira preventiva dentro de um condomínio, mas coloco em evidência a necessidade de preparar o homem e conscientizá-lo de que as rotinas, características e peculiaridades do condomínio devem ser bem gerenciadas pelos profissionais, a fim de que possam definir, de maneira clara e precisa, a forma como agir em face de uma tentativa de intrusão por bandidos ou ante um risco iminente. Enfim, para que os condomínios possam oferecer o nível de proteção adequado aos seus moradores e, portanto, auxiliar na garantia de um dos direitos básicos, que é o da moradia com segurança, torna-se importante lembrar que os síndicos, moradores, funcionários e prestadores de serviços complementados por barreiras físicas e equipamentos eletrônicos, aliados aos órgãos de Segurança Pública devam integrar-se para que realmente se possa chegar a um nível de Proteção satisfatório para todos. Dados Estatísticos Anuais sobre Roubos e Furtos em Edifícios Residenciais e Apartamentos Registrados na Cidade de São Paulo Ano 1999 2000 2001 Total Furto 149 177 228 554 Roubo 112 159 177 448 Total 261 336 405 1002 Fonte: SSP/ São Paulo
  • 5. 4 PREFÁCIO Hoje em dia, basta conversamos um pouco é logo vem a baila, um assunto que preocupa a todos nós, a violência urbana e os altos índices de criminalidade. Todos nós, ao final de mais um dia de trabalho, retornamos ao nosso "lar doce lar", entretanto, se não adotarmos certas posturas e implementarmos medidas humanas, tecnológicas e organizacionais aplicáveis na casa ou no apartamento, não conseguiremos um ambiente tranquilo e seguro, para nós e nossa família. Este trabalho deve ser iniciado pela formação de um consciência de segurança, entendendo o problema e procurando soluções com o envolvimento e participação de todos (condôminos, empregados domésticos, síndico, funcionários do condomínio, prestadores de serviço e visitantes). Este trabalho, desenvolvido por José Elias de Godoy, um especialista em segurança empresarial, demonstra uma série de ações e medidas, embasadas com dados estatísticos, artigos publicados na mídia e exemplos concretos, de como podemos materializar este sonho. Boa leitura e mãos a obra! Marcy José de Campos Verde, CPP Consultor Sênior em Segurança Empresarial
  • 6. 5 CAPÍTULO I NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS NOS CONDOMÍNIOS Todos condôminos e síndicos sonham ter funcionários altamente especializados e de inteira confiança, quer sejam os que trabalhem em suas residências como os que prestem serviços no condomínio . Mas o que deve ser feito para se chegar a uma mão-de-obra com tal grau de perfeição? O funcionário, prestador de serviços em condomínios ou empregados que exerçam serviços nas suas residências, presume-se que devam ser pessoas de inteira confiança, pois convivem diuturnamente com seus moradores e, portanto, deverão ser recrutados e selecionados dentro do mercado de trabalho independentemente de experiência anterior mas, sim, de forma que atendam, além dos requisitos normais para as funções, também os padrões técnicos e básicos visando à segurança de todo o conjunto residencial. Para tanto, este candidato deverá possuir os seguintes requisitos: • Grau de instrução básica, ou seja, no mínimo, o 1o grau completo; • Possuir estabilidade funcional comprovada em Carteira de Trabalho; • Estar apto com relação aos exames de saúde; • Possuir ficha criminal isenta de antecedentes, de preferência tirada pelo próprio condomínio; • Passar por entrevista em empresas de recrutamento e seleção ou pela administradora, evitando-se fazê-lo no próprio condomínio ou na residência; • Preencher uma ficha de registro com todos os dados e anexar uma foto do futuro candidato; • Dar preferência a candidatos com experiência comprovada e que possuam cursos e treinamentos na sua área de atuação; • Verificar possíveis indicações através de cartas de apresentação, cuja veracidade deverá ser confirmada, devendo-se, inclusive, comparecer pessoalmente até o antigo local de trabalho, a fim de se certificar das referências pessoal e profissional; • Conferir o endereço residencial do candidato, checando junto a vizinhos sua conduta pessoal e familiar, seus costumes, amizades e até seus vícios,
  • 7. 6 confirmando-os anualmente a fim de que se tenha o perfil real e completo do futuro funcionário. Preenchidos e satisfeitos todos os requisitos anteriores, o candidato deverá ser treinado em cursos especializados, a fim de que adquira conhecimentos específicos para exercer suas funções dentro do condomínio, objetivando-se com isso: • Melhoria nas relações entre funcionários e moradores; • Menor desperdício de materiais; • Maior cuidado com equipamentos e instalações; • Profissionais mais bem preparados e qualificados; • Porteiros mais atentos, gerando maior segurança; • Moradores mais satisfeitos e tranqüilos. Observe-se a seguinte frase: “A PRESENÇA DO PORTEIRO, MESMO QUE NÃO SEJA DO TIPO ATLÉTICO, INIBE O LADRÃO", frase veiculada na matéria do suplemento da revista VEJA ESPECIAL SEGURANÇA - Junho/2.001, págs. 84/85. Tal afirmação, isoladamente, não é suficiente para garantir a eficiente segurança dentro do Condomínio. Há alguns anos as ocorrências em condomínios se resumiam a furtos nas garagens, onde os ladrões adentravam nestes locais com o objetivo de surrupiar toca-fitas e objetos de valor que estivessem expostos no interior dos veículos ou mesmo outros que estivessem largados nas garagens. Os marginais utilizavam como principal modus operandi as falhas havidas nos pontos vulneráveis, uma vez que se aproveitavam de alguma brecha, nas áreas de acesso principais ou perimetrais, tais como portões, grades ou muros baixos a fim de cometerem seus ilícitos. Mas, infelizmente não se limitaram apenas aos estacionamentos dos prédios, visto que hoje estes agressores da sociedade invadem os apartamentos e roubam os bens de seus moradores, isto quando não se utilizam de atos de violência, no intuito de intimidarem e agredirem suas “presas”, gerando traumas, muitas vezes irreversíveis, às vítimas deste vandalismo.
  • 8. 7 Para tanto, os delinqüentes têm-se utilizado dos mais diversos ardis a fim de ludibriarem os funcionários, mais precisamente aqueles que são responsáveis pelos controles de acessos, tais como porteiros e garagistas, tendo como objetivo a intrusão ao edifício até atingirem as unidades condominiais. Observando-se os assaltos ocorridos nos condomínios foi constatado que, na grande maioria das vezes, a entrada se deu pela portaria principal do prédio, onde os porteiros, por desatenção ou mesmo inexperiência, foram enganados pelos meliantes e o outro tanto se deu pelo descuido dos moradores. Com isto conclui-se que os assaltantes detectaram um enorme furo no sistema de segurança nos condomínios e portanto estão se aproveitando das falhas humanas a fim de realizarem seus atos delituosos, sendo isto somente possível devido a desqualificação profissional de seus funcionários, já que são facilmente ludibriados ou simplesmente agem por pura ingenuidade. Todos estes problemas estão intimamente relacionados com a falta de treinamento destes profissionais, visto que muitos síndicos acham desnecessário gastar-se com cursos específicos, buscando-se uma especialização. Ledo engano, pois onde existem pessoas prestando serviços para outras, a única forma de se modificar comportamentos distorcidos é através de um bom treinamento, que deixa de ser um gasto para ser um excelente investimento, visto que o retorno vem através de uma maior qualidade na mão-de-obra de portaria, acarretando com isto um nível satisfatório de Segurança para todos condôminos. Jornal do Síndico : Jun/2001, por José Elias de Godoy. Ao término do treinamento, o candidato deverá passar por um estágio experimental com o intuito de executar, aperfeiçoar e aplicar o que foi ministrado teoricamente, onde ficará em teste durante a fase de experiência. Cabe ressaltar que o custo aplicado no aperfeiçoamento dos funcionários não é um gasto, mas sim um investimento que será revertido em qualidade, segurança e tranqüilidade de todos os moradores. Ao ser aprovado em todas estas fases, então, será efetivado como funcionário. A remuneração e os benefícios deverão ser compatíveis com os acordos salariais da entidade de classe, seguindo tudo que for estipulado pelo Sindicato da categoria. Durante seu trabalho, o funcionário do condomínio, em qualquer nível que
  • 9. 8 seja, deve ser conscientizado que é, constantemente, alvo das atenções de todos os moradores devido à posição que ocupa, pois se relaciona com pessoas diversas e, por isso, deve saber como se comportar durante esses relacionamentos, bem como estar qualificado e apto para o exercício de sua função, primando por uma conduta exemplar, a fim de que obtenha êxito profissional e dignifique sua categoria. Para que possa atingir este nível de preparo, o funcionário deve seguir os princípios: • Ser assíduo - É o ato de não faltar ao serviço, pois sua presença no local de trabalho, além de obrigatória, é de fundamental importância para a normalidade do serviço no condomínio e que sua falta ou absenteísmo poderá acarretar embaraços no trabalho, desfalcando o efetivo e, conseqüentemente, causando prejuízos aos demais companheiros que deverão suprir sua ausência. Caso haja a impossibilidade, por motivo justificável ou urgente, de comparecer ao trabalho, o funcionário deverá cientificar, com antecedência, seu superior imediato para que seja providenciada a devida substituição. • Ser pontual - É dever de todo funcionário cumprir os horários estipulados ou contratados, sendo que cada minuto de atraso pode acarretar problemas operacionais e administrativos e, muitas vezes, o sacrifício do encarregado, bem como dos colegas. É importante que seja comunicado o motivo do atraso e a hora provável de sua chegada, para que seja providenciada a rendição ou o aguardo do funcionário atrasado por parte dos demais. O horário de chegada deve ser com 15 (quinze) minutos, no mínimo, de antecedência. Assiduidade e pontualidade são traços positivos da personalidade bem formada, sendo que a pessoa que as cultua é digna de confiança. Costuma-se falar que “os empregados são o cartão de visita do condomínio”, pois neles se refletem a organização e o empenho da administração e se projeta a boa imagem de seus moradores, por isso mesmo todo bom profissional deve prezar: • Pela sua apresentação pessoal impecável, nisto incluem-se as boas maneiras;
  • 10. 9 • Seu aspecto físico; • Por seu modo de falar e de vestir; para tanto deverá zelar pelos princípios de higiene e asseio, pois além de serem salutar, refletem os bons costumes e a boa aparência de cada pessoa; • Pela responsabilidade; • Por possuir iniciativa; • Por trabalhar com presteza e entusiasmo; • Por possuir atitude de cooperação; • Por ser discreto, não comentar com terceiros a rotina de vida de qualquer morador, funcionário ou do próprio serviço no condomínio, com isso não divulgando informação para a qual não está autorizado; • Lembrando que conforme o Art. 154 do Código Penal, quem divulga assuntos que possam atrapalhar o desempenho da segurança do Condomínio comete um crime e está sujeito as penas da Lei; • Por falar pouco e ouvir com muita atenção; • Por compartimentar as informações, ao divulgá-las aos seus superioresimediatos, dentro da área em que atua, cabendo a estes a decisão; • Por responder sempre às perguntas formuladas pelos moradores, mesmo que seja repetitivo; • Por evitar comentar assuntos de serviço em público, com pessoas estranhas ao ambiente de trabalho, com os familiares e amigos de bar • Por conhecer bem o Estatuto e/ou Regimento Interno do Condomínio. Portanto, o funcionário deverá, ao assumir o serviço: • Estar de banho tomado; • Dentes escovados; • Mãos e unhas limpas; • Cabelos penteados; • Barba e bigode aparados; • Roupas limpas e bem passadas; • Utilizar-se do uniforme completo. É imprescindível o uso de uniformes pelos funcionários, a fim de diferenciá-los entre si e dos demais;
  • 11. 10 • Botões abotoados; • Sapatos engraxados e lustrados. A fim de que se tenha um bom relacionamento durante o trabalho, o bom profissional deverá adotar uma postura correta que demonstre firmeza de atitude, causando uma boa impressão, tanto ao público interno quanto externo. Por este motivo, o funcionário deverá: • Manter o corpo ereto ao ficar de pé ou sentado; • Não ficar encostado, demonstrando que está cansado; • Não fumar em locais fechados ou quando estiver executando serviços; • Não se deitar, sentar ou debruçar-se sobre a mesa de trabalho; • Estar sempre atento, mantendo atitude de observação constante; • Não ficar balançando a cadeira quando estiver sentado; • Não dormir ou cochilar durante o serviço; • Não se distrair quando estiver de serviço; • Não se envolver em fofocas; • Não se utilizar de aparelhos visuais ou sonoros quando de serviço; • Não ler revistas, jornais ou similares durante o serviço; • Manter sempre limpo o local de trabalho. Devo lembrar, também, que o bom profissional segue os preceitos da boa educação e companheirismo, portanto, deve: • Tratar todos com cortesia e interesse; • Agir sempre com amizade funcional, não tomando liberdades indevidas; • Dirigir-se às pessoas utilizando-se do tratamento senhor(a); • Levantar-se quando alguém for falar consigo; • Jamais xingar ou falar palavrões; • Sempre cumprimentar a todas as pessoas (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); • Nunca abandonar o posto de serviço e aguardar sempre a rendição no local de serviço mesmo em momentos de alimentação ou de ir ao banheiro, esperando a respectiva substituição para poder sair do ambiente de trabalho; • Sempre obedecer prontamente aos superiores, cumprindo com presteza as
  • 12. 11 ordens recebidas, prestando contas e dando retorno das solicitações aos encarregados; • Respeitar a todas as pessoas, sem distinção, pois todos são seres humanos e, como tal, devem ser honrados e considerados; • Dar especial atenção às crianças e idosos; • Não se alterar ou falar alto com os condôminos. Atribuições do síndico/administrador A Lei do Condomínio no 4.591, de 16/12/1964 define direitos, deveres e obrigações dos síndicos e/ou administradores de condomínios, tratando, inclusive, sobre a parte de segurança em seu Art. 22, que diz: Será eleito, na forma prevista pela convenção, um síndico do condomínio, cujo mandato não poderá exceder a 2 anos, permitida a reeleição. § 1o - Compete ao síndico: a) representar... b) exercer a administração interna da edificação ou do conjunto de edificações, no que respeita à sua vigilância, moralidade e segurança, bem como os serviços que interessam a todos os moradores; Afora o que está definido pela legislação, eles devem: • Cumprir e cobrar tudo o que foi e o que vai ser descrito nesta Monografia; • Conhecer a legislação sobre condomínio e sua administração; • Conhecer profundamente o estatuto e as normas de seu condomínio; • Conhecer o andamento dos trabalhos realizados no condomínio; • Desenvolver com o conselho de condôminos normas firmes e transparentes sobre a segurança do condomínio, discriminando, inclusive, punições; • Realizar reuniões periódicas com os condôminos a fim de despertar em todos a conscientização para a segurança; • Estar sempre atualizado sobre Recursos Humanos a fim de praticá-los no condomínio; • Acompanhar o fechamento da folha de pagamentos dos funcionários para evitar erros e com isto acarretar descontentamentos destes;
  • 13. 12 •Procurar ser justo e tratar todos os funcionários com educação e respeito; • Tratar todos os moradores com cortesia e polidez, procurando conscientizá- los sobre a importância da união de todos para a segurança do condomínio; • Saber administrar conflitos, considerando que vai lidar, no dia-a-dia, com os problemas das pessoas; • Ser paciente e possuir ótimo poder de discernimento; • Não ser autoritário, lembrando-se que não administra o condomínio sozinho nem é o seu único proprietário, devendo dividir e delegar responsabilidades; • Freqüentar cursos, palestras, feiras, seminários, etc., que dizem respeito à administração de condomínios, que objetivam mantê-lo sempre atualizado com novas estratégias e técnicas administrativas e de política de pessoal. Atribuições dos condôminos Os moradores devem estar conscientes de que a segurança não é somente um dever do síndico ou dos empregados, mas sim responsabilidade de todos, devendo ser seguidos os itens abaixo: • Participar das reuniões onde serão tratados os assuntos sobre a elaboração da Convenção do Condomínio e do Regulamento Interno do Condomínio; • Compreender e colaborar com as normas relativas à segurança; • Procurar manter sempre uma política de boa-vizinhança com os demais moradores bem como com o síndico, a fim de facilitar o relacionamento entre todos os condôminos; • Respeitar os direitos de todos os funcionários, não se esquecendo de que estes são trabalhadores do condomínio e não seus empregados em particular; • Ao constatar irregularidades sobre segurança, transmitir tais problemas ao síndico ou membros do conselho a fim de que sejam tomadas as medidas cabíveis para saná-las; • Tratar os funcionários com educação e respeito pois, além de serem pessoas iguais a todos, também fazem parte de todo o sistema de segurança do condomínio. O mais importante é saber que dentro do esquema de segurança do condomínio existe uma engrenagem e que cada peça dessa máquina deve estar
  • 14. 13 consciente de sua importância. O trinômio síndico/administrador, condôminos e empregados deve estar sempre bem entrosado. Principais atribuições do zelador O zelador atua como um gerente, que soluciona os problemas do dia-a-dia e orienta os funcionários do condomínio através da supervisão das ações da portaria, vigilância e zelo pelo bem estar material do condomínio. Problemas como encanamento, barulho após as 22 horas, recebimento de encomendas, reclamações sobre a limpeza das áreas comuns do prédio devem ser resolvidos com o zelador do condomínio, um funcionário contratado para tratar de todos estes incidentes do cotidiano. Pode ser considerado como um gerente, responsável pela supervisão dos funcionários, atendimento aos moradores e prestação de contas ao síndico, seu encarregado. Porém, somente deve recorrer ao síndico em último caso, por isso um profissional para ocupar o cargo precisa ter iniciativa e bom senso para tomar providências, sendo um verdadeiro técnico em zeladoria. Se, por exemplo, um condômino utilizar uma furadeira elétrica após as 22 horas, o vizinho incomodado deve dirigir-se ao zelador para fazer a queixa. Cabe ao funcionário entrar em contato com o morador infrator e solicitar o cumprimento das normas internas. Em caso de recusa no atendimento da solicitação, e até mesmo desrespeitar o zelador, a melhor atitude é registrar o fato no livro de ocorrências do condomínio. Em seguida, o síndico deve ser informado do fato para autorizar, ou não, a emissão de multa prevista no regulamento interno. O objetivo é evitar que questões dessa natureza criem confronto entre moradores que, por estarem no mesmo nível perante o condomínio, podem entrar em discussão. “É uma incumbência do zelador fazer cumprir o regulamento.” Quem dá ordens Na hierarquia do condomínio, o zelador é quem deve dar as ordens aos funcionários do prédio: porteiro, faxineiro, vigia e subzelador. Também pode indicar as demissões e contratações. Se um condômino verificar áreas que não estão bem limpas, luzes queimadas ou desrespeito às normas, deve recorrer ao zelador para que tome as providências necessárias.
  • 15. 14 O mesmo princípio vale para o síndico, que deve evitar dar ordens ou broncas diretamente nos funcionários. O melhor caminho é orientar o zelador e, se for o caso, chamar sua atenção em particular, longe dos olhos e ouvidos dos demais empregados. Principais atribuições do porteiro Porteiro é a pessoa credenciada, uniformizada e preparada para exercer a vigilância de um edifício, contratada por uma pessoa física ou jurídica para desempenhar a atividade de recepção e vigilância do condomínio. É uma atividade estritamente preventiva que visa observar atentamente detalhes que possam ajudar no desempenho de suas funções e como finalidade principal, defender o patrimônio e especialmente as vidas que estão sob sua guarda. O porteiro tem a finalidade de registrar e controlar toda movimentação e circulação de pessoas, veículos e materiais junto a portaria, promovendo um verdadeiro controle de acesso através da identificação das pessoas, conferência de notas fiscais, entrada e saída de veículos e atendimento ao telefone e interfone. Em entrevista com o Sr Divaldo Mérlin, no dia 15 de Dezembro de 2001, foi passado uma frase sobre a função do porteiro que chamou muito a atenção: Ser Porteiro Ser porteiro, não é simplesmente abrir ou fechar um portão; Ser porteiro, não é apenas receber correspondências; Ser porteiro, não é apenas recepcionar visitantes; Ser porteiro, não é indicar os locais exatos aos usuários; Ser porteiro, não é atender ligações e transferi-las; Ser porteiro, não é apenas acender e apagar as luzes. Ser porteiro é ter a responsabilidade de abrir ou fechar o portão; Ser porteiro é saber como e quando receber correspondências; Ser porteiro é saber recepcionar visitas; Ser porteiro é ser gentil em ensinar os caminhos aos usuários; Ser porteiro é ser educado ao receber ligações; Ser porteiro é ter a consciência quanto aos horários das luzes. Enfim, Ser porteiro, é saber que no final de seu turno de trabalho, suas
  • 16. 15 obrigações foram cumpridas, tendo a certeza de que irá chegar em casa e descansará tranqüilo, pois assegurou a tranqüilidade de várias vidas. Princípios Básicos de Vigilância em Portarias a) Da ação preventiva O porteiro tem por obrigação observar tudo o que ocorre ao seu redor, desconfiando sempre de possíveis atos delituosos que possam ocorrer. O caráter de seu trabalho é previnir danos ao patrimônio e à vida dos moradores do condomínio. b) Princípio do bom senso O que se espera de uma atitude profissional é isenção de ânimo, coerência e lógica. Em qualquer ocorrência, por mais banal que seja, as pessoa estão com os ânimos exaltados e, portanto, mais intolerantes e suscetíveis a criarem polêmicas em assuntos, muitas vezes, sem gravidade, sendo assim, o porteironão deve se envolvernos problemas particulares dos fatos, deve ater-se à solução dos problemas técnicos, inerentes a sua função, não tomando partidos ou polemizando. c) Princípio do serviço permanente O porteiro, dentro de seu recinto de trabalho, nunca deve se omitir do ato de vigiar, mesmo em repouso ou no almoço, o porteiro deve observar o que está acontecendo dentro da sua área, procurando ausentar-se das suas atribuições o menor tempo possível.
  • 17. 16 CAPÍTULO II TÉCNICAS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA EM PORTARIAS Os marginais, atualmente, têm-se utilizado dos mais diversos ardis para entrar nos condomínios com a finalidade de cometerem algum tipo de delito contra seus moradores. Os fatos mostram que em 90% das ocorrências de roubo em condomínios, os assaltantes entraram pela porta da frente do prédio, ou seja de alguma forma burlaram ou violaram o sistema de segurança montado, ludibriando principalmente o porteiro de serviço. Portanto, é de suma importância um eficiente e eficaz sistema de controle de acesso para se evitar a invasão destes marginais. O que descreveremos, a seguir, são conceitos básicos a fim de que se tenha um grau de segurança satisfatório dentro do condomínio. Lembre-se: “Toda segurança é perfeita até o dia em que falhar”. Delitos mais comuns em condomínios Violação de domicílio - Art.150 do Código Penal - “Entrar ou permanecer, clandestinamente contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências”. Muitos marginais invadem residências com fins escusos ou até para se esconderem. Furtos - Art. 155 do Código Penal - “Subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel”. Nos condomínios furtam-se: • Dinheiro, jóias, valores diversos nos apartamentos de moradores ausentes; • Materiais e equipamentos existentes nos pátios e depósitos; • Veículos, toca-fitas, objetos em porta-luvas de carros, bicicletas guardadas na garagem, etc. Roubos ou assaltos - Art. 157 do Código Penal - “Subtrair coisa alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa ou depois de houver, por qualquer meio, reduzido a impossibilidade de resistência”. Esse delito pode chegar até ao Latrocínio onde o agente mata a vítima para roubá-la. Os assaltantes costumam entrar nos condomínios para roubar dinheiro, jóias, valores diversos e veículos, sempre colocando em risco a integridade física
  • 18. 17 dos moradores. Extorsão mediante seqüestro – Art. 159 do Código Penal –“Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate.” É o crime onde uma ou mais pessoas são levadas sob ameaça para um local escondido e o criminoso pede dinheiro ou outros benefícios para poder soltar a pessoa presa. Estelionato - Art. 171 do Código Penal – “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, emprejuízo alheio, infuzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.” É qualquer tipo de ação delituosa, que uma pessoa faz para tirar proveito de outra, em geral dinheiro ou bens materiais. Violação de domicílio – Art. 150 do Código Penal – “Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências.” É a invasão da “casa” que é qualquer compartimento habitado, incluindo-se aí o apartamento, ou o aposento ocupado de habitação coletiva ou ainda o compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. Acessos mais utilizados pelos ladrões para cometimento de delitos • Saltando os muros e cercas do pátio em locais vulneráveis e fora da visibilidade do porteiro ou vigilantes; • Pulando os muros e cercas e, uma vez dentro do condomínio, galgam as varandas dos apartamentos para ter acesso a estes ou, também, pela escada de serviço; • Como “passageiros” de veículos de entrega que entram na garagem; • Pelo portão de serviço travestidos de prestadores de serviço da Telesp, Sabesp, Comgás, Eletropaulo, eletricistas, encanadores, entregadores de pizza e encomendas, etc.); • Iludindo o porteiro de forma que este permita que o ladrão entre pelo portão principal ou mesmo pelo portão da garagem; • Passando-se por comprador de imóvel, ludibriando o porteiro, sob a alegação de ter que olhá-lo, a fim de fazer uma avaliação; • Apresentando-se através de uma mulher bonita a fim de distrair a atenção do
  • 19. 18 porteiro a fim de persuadi-lo a abrir o portão; • Pela porta principal ou portão da garagem, acompanhando um morador que entra a pé ou dirigindo um veículo, ameaçado e subjugado pelo assaltante; • Tocando a buzina ou piscando os faróis do veículo defronte o portão da garagem para que o porteiro o abra inocentemente; • Pelo portão da garagem quando este permanece aberto durante a entrada ou saída de veículos; • Pelo uso de artimanha junto ao porteiro, dizendo a este que veio buscar um TV, carro, sofá, etc., do morador, exibindo, até mesmo, bilhete e telefone do condômino para verificação; • Como morador do próprio condomínio (normalmente adolescente) ou mesmo como empregado; • Por ação violenta de surpresa, com quadrilhas especializadas em tais delitos. Controle de entrada e saída de pessoas pela portaria Portaria - É o principal ponto de segurança do condomínio, pois por ela circulam todas as pessoas, materiais e veículos que entram ou saem deste, de forma regular. O porteiro/vigia tem por função normal controlar essa circulação através da identificação de pessoas, funcionários do condomínio, empregados de condôminos, visitantes, entregadores de serviço, entrada e saída de veículos e conferência de mercadorias deixadas na portaria. Para isto, cada condomínio deve adotar suas normas de procedimento a fim de que atenda a suas peculiaridades. Passaremos, a seguir, estas normas, através de um roteiro básico, a serem seguidas pelos integrantes da portaria, que inclui os seguintes itens: Identificação de visitantes • Fazer a identificação visual da pessoa; • Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); • Solicitar, com educação, um documento com foto, para conferir seus dados completos; • Manter os portões fechados; • Os visitantes deverão aguardar do lado de fora do condomínio ou em um local
  • 20. 19 reservado para isto; • Entrar em contato com o morador informando-o sobre a presença do visitante e da conveniência de sua entrada ou não; • Em caso de dúvida, por parte do condômino, solicitar sua presença junto à portaria a fim de identificar o visitante pessoalmente ou através do sistema de CFTV ligado ao apartamento; • Sendo autorizada sua entrada, anotar os dados da pessoa, em livro próprio, e devolver seu documento, agradecendo; • Entregar seu crachá de identificação ou autorização, caso seja norma do condomínio, à pessoa; • Indicar ou pedir que algum funcionário do condomínio conduza a pessoa ao local ou residência do condômino; • Na saída, recolher o crachá ou a autorização com a devida assinatura do visitado. Identificação de prestadores de serviço • Fazer a identificação visual da pessoa; • Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); • Pedir, com educação, um documento com foto, para conferir seus dados completos, solicitando, também, seu documento funcional ou crachá de identificação da empresa em que trabalha; • Manter os portões fechados; • A pessoa deverá aguardar do lado de fora do condomínio ou em local apropriado; • Contatar o condômino, confirmando se há algum defeito na residência a ser verificado e se tal prestador de serviço era esperado; • Caso haja dúvida sobre a presença do prestador de serviço, solicitar a presença do condômino até a portaria para identificá-lo pessoalmente ou através do sistema de CFTV ligado ao apartamento; • Sendo autorizada a entrada da pessoa, anotar seus dados em livro próprio, registrando o horário de entrada e saída, devolver-lhe os documentos, agradecendo; • Entregar-lhe um crachá de identificação de prestador de serviço ou uma
  • 21. 20 autorização de entrada; • Pedir que algum funcionário do condomínio o acompanhe até o local do serviço ou à residência do condômino; • Na saída, recolher o crachá ou a autorização devidamente assinada pelo condômino; • O condomínio deverá ter um horário predeterminado para a autorização de entrada dos prestadores de serviço, devendo evitar horários noturnos. Obs.: Esta norma é válida também para quando os prestadores de serviço forem executar um trabalho no condomínio, onde deverá ser consultado o síndico ou o zelador, para que estes autorizem sua entrada. Identificação de entregadores de mercadoria (encomendas, pizzas, flores, presentes ou outros objetos) • Fazer a identificação visual da pessoa; • Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); • Manter os portões fechados; • A pessoa deverá aguardar do lado de fora do condomínio ou em local reservado para isto, devendo ser tratada à distância, pois é prática comum marginais inventarem uma entrega fictícia; • Avisar o condômino, solicitando sua presença ou de algum funcionário seu na portaria a fim de pegar a encomenda; • Jamais permitir que o entregador leve pessoalmente a encomenda até a residência; • Caso o material venha acompanhado de Nota Fiscal, receber e assinar o recibo; • Na ausência do condômino, receber e guardar para, posteriormente, ser retirada pelo morador ou entregue por um funcionário. Caso o condomínio possua bloqueios tais como grades e portões duplos, com o objetivo de interromper o acesso de pessoas estranhas, além do citado anteriormente: • Trancar-se dentro da cabine, antes de deixar a pessoa entrar na gaiola com a
  • 22. 21 encomenda; • Pela janela, feita especialmente para isso, o porteiro recebe o documento para assinar, confere-o e o devolve pelo mesmo caminho; • Solicita que a pessoa se retire, deixando na gaiola a encomenda; • Coleta a encomenda da gaiola, somente após a pessoa se retirar e o portão voltar a ser trancado; • Havendo passagem ou gavetão de segurança, toda encomenda deverá ser passada por ali. Controle de entrada e saída de prestadores de serviço por empresas de terceirização de mão-de-obra (limpeza, vigilância, empreiteiras, etc.) • Identificar o empregado pelo seu crachá de identificação da empresa, conferindo com a relação que possua na portaria; • Entregar-lhe o crachá de identificação do condomínio como prestador de serviços; • Anotar seus dados em livro próprio, registrando o seu horário de entrada e saída; • Na saída, recolher o crachá de identificação. Controle de entrada e saída de veículos A identificação de todos os veículos que queiram entrar no condomínio é obrigação e dever de todo porteiro, vigia, vigilante, garagista ou zelador. Portanto, devem seguir as normas abaixo relacionadas: • Jamais abrir os portões sem antes ter certeza de que o veículo pertence a morador e que este se encontra em seu interior (ver quem é, para depois abrir o portão); • Fazer inspeção visual na pessoa e no veículo; • Nunca abrir o portão da garagem a veículos e pessoas estranhas ao condomínio, inclusive não se deve deixar impressionar com veículos novos (de luxo) ou importados que apontem em direção da garagem; • Antes de abrir o portão da garagem, verifique se não há risco de intrusão de alguma pessoa estranha junto com o veículo; • Prestar atenção quando o motorista estiver acompanhado por pessoas
  • 23. 22 estranhas ou em atitudes suspeitas. Observar possíveis sinais de alerta por parte do motorista, pois o condômino poderá estar sob ameaça de assaltante; • Nenhum veículo deve sair do condomínio quando o proprietário não estiver junto e sem sua autorização expressa, principalmente quando se tratar de menor ou desconhecidos. Em casos de veículo de visitante, deve-se: • Quando o veículo não entrar no condomínio, o motorista deve ser alertado para que não estacione em local proibido, junto aos portões, prejudicando o ângulo de visão da portaria ou obstruindo a passagem de veículos e pedestres; • Quando o veículo for adentrar o condomínio, deve-se fazer uma inspeção visual na pessoa e no veículo; • Pedir educadamente o documento da pessoa; • Contatar o condômino solicitado; • Anotar dados da pessoa, do veículo, bem como do condômino a ser visitado, registrando seu horário de entrada e saída; • Entregar crachá e cartão do veículo à pessoa; • Indicar local para estacionar o veículo; • Na saída, fazer uma inspeção visual no veículo; • Recolher o crachá e o cartão do veículo. Em casos de veículos que venham entregar encomendas no interior do condomínio ou mu- danças, além do descrito anteriormente deve-se: • Inspecionar o veículo de entrega antes de sua entrada, solicitando a vistoria de sua carga e de sua documentação; • Solicitar documentação do motorista e dos ajudantes, quando houver, a fim de anotá-la em livro próprio; • Em mudanças ou transporte de qualquer mobiliário deve-se entrar em contato com o condômino a fim de certificar-se se realmente há sua autorização e que todo o material retirado é o determinado; • Ao suspeitar de algo estranho, solicitar ao motorista o documento do veículo; • Em mudanças, quando o condômino estiver ausente, somente deixar que o veículo seja carregado quando houver autorização por escrito por parte do
  • 24. 23 morador; • O zelador ou outro funcionário determinado pelo síndico deverá acompanhar qualquer tipo de carga ou descarga no interior do condomínio; • Verificar se todos que entraram com o veículo estão nele saindo e/ou se alguém foi autorizado a permanecer no condomínio; • Caso perceba alguma irregularidade, reter o veículo e acionar seu superior imediato ou, se for o caso, a Polícia; • Deve-se evitar fazer mudanças à noite ou aos domingos e feriados. Controle de entrada e saída de materiais Quando o material for deixado na portaria, o funcionário deverá tomar a seguinte atitude: • Fazer inspeção visual na pessoa e no material; • Verificar seu conteúdo sem, no entanto, abri-lo; • Anotar os dados do portador, do remetente e residência do destinatário; • Contatar o condômino responsável pela mercadoria, a fim de que este venha retirar o material junto à portaria ou se algum funcionário do condomínio deverá entregá-lo na residência; • Anotar a data e a hora da entrega em livro próprio; • Conferir o material juntamente com a Nota Fiscal; • Quando não houver nenhuma pessoa na residência, o funcionário deverá assinar a 2a via da Nota Fiscal, devolvendo-a ao portador, ficando a 1a consigo ou deve assinar o canhoto de recebimento, destacando-o conforme o caso; • Não autorizar a saída de pessoas estranhas ao condomínio que estejam de posse de objetos ou pacotes sem obter prévia autorização do condômino; • Não entregar chaves, objetos ou pacotes de moradores a pessoas estranhas sem sua autorização expressa; • Revistar bolsas e sacolas de funcionários e prestadores de serviço, quando o Estatuto ou Regimento Interno do Condomínio assim determinar. Lembre-se: Todos os procedimentos de atendimento são estabelecidos de acordo com o Estatuto ou Regimento Interno do Condomínio e na ausência destes conforme orientação expressa do síndico.
  • 25. 24 Relatórios de registro Os relatórios de registro são documentos que servem para relacionar materiais, fatos, situações e pessoas observados durante um espaço de tempo em determinado local. Nos condomínios, os relatórios de registro são de grande interesse, pois descrevem as condições de passagem do serviço (principalmente na portaria) e qualquer irregularidade ocorrida na rotina do condomínio em um determinado turno de trabalho. Estes livros de registro devem ficar na portaria ou outro local de fácil acesso e que seja de conhecimento de todos no condomínio. Podem ser utilizados para relacionar: • Entrada e saída de visitantes ou prestadores de serviço; • Entrada e saída de veículos; • Entrada e saída de materiais; • Protocolos para registros de correspondências; • Alterações havidas durante o serviço. Alguns condomínios utilizam livros de ocorrência, outros preferem impressos próprios e específicos para tais lançamentos. Existem condomínios que adotaram registros informatizados para controles de relatórios específicos. Esses registros seguem uma regra de elaboração, devendo constar deles os seguintes itens: • Relatório de serviços - Local e data; - Horário e turno de serviço; - Emissor (nome do porteiro ou qualquer outro funcionário que fez o registro); - Condições das instalações e dos equipamentos de uso no local, tais como controles e lanternas; - Correspondências que se encontram na portaria; - Materiais existentes na portaria; - Assunto (referência sobre os fatos ou novidades ocorridos); - Ordens determinadas, por escrito, pelo síndico ou zelador; - Histórico, devendo fazer as seguintes perguntas: quando?, onde?, o quê?, como?, por quê?, quem?;
  • 26. 25 - Ocorrências havidas nos turnos anteriores; - Providências adotadas; - Assinatura do funcionário que sai e do que entra de serviço. • Relatório de visitantes ou prestadores de serviço - Data; - Nome do visitante ou prestador de serviço; - Nome da empresa e seu respectivo telefone de contato; - Número do seu documento de identidade, crachá funcional com foto ou outro similar; - Número da residência a ser visitada ou local e tipo de serviço a ser realizado; - Nome do morador visitado ou funcionário que autorizou a entrada; - Número do crachá que for ser entregue, quando possuir; - Horário de entrada e saída; - Deixar um campo próprio para observação, caso haja alguma novidade ou alteração. • Relatório de veículos - Data; - Marca; - Modelo; - Cor; - Placas; - Nome do motorista e dos passageiros; - Número da residência de destino; - Nome do morador ou funcionário que autorizou a entrada; - Horário de entrada e saída; - Deixar um campo próprio para observação, caso haja alguma novidade ou alteração. • Relatório de materiais - Data; - Quantidade;
  • 27. 26 - Tipo de material; - Remetente; - Portador; - Destinatário (nome do morador e residência de destino); - Horário do recebimento e da entrega do material. Todos os relatórios, ora citados, deverão ser confeccionados diariamente e por turno de serviço, e todas as ocorrências devem ser, minuciosamente, transmitidas aos funcionários do turno seguinte. Estes relatórios servem como referência, ao síndico e demais moradores, para poder controlar todas as alterações havidas no condomínio, principalmente na portaria, assim como limitar o acesso de pessoas estranhas ao interior do conjunto residencial.
  • 28. 27 CAPÍTULO III SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO EM CONDOMÍNIOS Os meios de comunicação são vitais para a segurança dos condomínios, quer sejam verticais ou horizontais, pois quando utilizados corretamente, tanto para transmissões de mensagens internas quanto externas, aumentam os níveis de proteção e eficácia em situações de emergência. Abordaremos, neste capítulo, os sistemas de comunicação mais utilizados em condomínios, os quais são: o telefone, o interfone e o radiotransmissor. Correta utilização de telefones O telefone é um processo elétrico, com ou sem fio, que transmite os sons à distância. É um dos meios de comunicação mais rápidos e avançados, que facilita e agiliza a vida corrida do Homem moderno, principalmente após a era da digitalização. Por estas facilidades e vantagens é que se torna obrigatória e necessária sua utilização nas portarias dos condomínios, pois muitos problemas são detectados pelo porteiro/vigia ou qualquer outro funcionário, sendo que havendo um meio de comunicação externo, ou seja, uma linha telefônica na portaria principal do condomínio facilitaria em muito o acionamento de órgãos públicos e privados quando em situações de emergência. A linha telefônica da portaria poderá ser uma extensão da sala de administração ou da residência do zelador. Várias ocorrências acontecem em ocasiões onde os condôminos que possuem sua linha telefônica estão ausentes ou descansando, sendo que muitas vezes ocorrem delitos no condomínio que poderiam ser evitados se na portaria houvesse uma linha telefônica, pois, através destas, os porteiros deixariam de ficar na dependência de terceiros ou, o que é pior, até de abandonar o local de trabalho para ligar aos setores de emergência, causando grandes transtornos ao condomínio. Atualmente, existem centrais telefônicas modernas e até digitalizadas que são instaladas em condomínios, sendo que seus ramais atendem a todas as residências, inclusive a portaria, servindo inclusive como um sistema eletrônico a mais de segurança . Para isso, são necessárias uma ou duas linhas telefônicas convencionais ligadas à central, através da qual os condôminos podem fazer ou receber chamadas por este sistema, ficando a(s) linha(s) telefônica(s) para o
  • 29. 28 condomínio, ou seja, de uso coletivo, não havendo necessidade de cada residência, individualmente, possuir uma. Com esse moderno sistema, os apartamentos podem, também, comunicar-se entre si, ou seja, diretamente, sem necessitar da interferência de terceiros, substituindo, assim, o interfone, são os chamados sistemas DDR (Discagem Direta por Ramais) . Infelizmente, muitos condomínios não possuem essa estrutura, portanto, é necessário um esquema de acionamento de emergência uniforme e que seja comum entre o síndico, os moradores e os porteiros, para que, em condições críticas, possa ser desencadeado. Para isto, sugiro que 3 (três) condôminos voluntários que possuam telefone próprio sejam relacionados e os números de suas residências sejam deixados na portaria, a fim de que, surgindo algum problema que necessite de apoio externo, o porteiro possa acioná-los e eles, com os telefones de urgência em mãos, liguem para os órgãos emergenciais, a qualquer hora do dia ou da noite. Passaremos, agora, algumas informações sobre o comportamento ideal que as pessoas devem ter ao telefone e algumas sugestões que poderão gerar maior simpatia e segurança no atendimento telefônico de seu condomínio ou até de sua residência. As regras básicas que falaremos a seguir se aplicam tanto a moradores quanto a funcionários de condomínios. Lembre-se: “Em uma comunicação ao telefone não conseguimos ver a pessoa com quem estamos falando. Deste modo, a forma como falamos é a imagem que estamos passando para essa pessoa”. Como proceder ao receber ligações • Atenda ao telefone o mais rápido possível, não deixe ficar tocando durante muito tempo; • Em ligações externas diga o nome do condomínio, isto quando estiver falando em suas instalações, identificando o setor onde se encontra. Exemplo: “Condomínio do Sol, portaria central”; • Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite), seja cortês, sem cometer exageros;
  • 30. 29 • Ao ser solicitado, identifique-se corretamente, diga seu nome. Exemplo: “Aqui é o porteiro José”; • Identificar a pessoa que está falando. Exemplo: “Por favor, quem deseja falar?” ou “Eu poderia saber seu nome, por favor?”; • Verificar o que a pessoa deseja. Exemplo: “Posso ajudá-lo(a)?”; • Falar num tom médio e tranqüilo, procurando emitir a voz naturalmente, pausadamente e numa linguagem simples. Jamais grite; • Ser breve ao telefone; • Esperar que o interlocutor termine de falar, sem interrompê-lo; • Registrar tudo o que for importante da ligação, anotando recados. Não confie na memória; • Em caso de pergunta demorada a uma terceira pessoa, pergunte ao seu interlocutor se ele pode esperar ou ofereça-se para chamá-lo quando estiver com todas as informações solicitadas. Exemplo: “O(a) Sr.(a) não se incomodaria de esperar um momento?” ou “Vou verificar sobre este assunto e, logo em seguida, ligarei para dar o retorno para o(a) Sr.(a)”; • Garantir informações corretas ou transferir a chamada para quem as tem; • Concluir a ligação com calma e cordialidade. Nunca bata o telefone no gancho; • Nunca fornecer, por telefone, dados sobre seu local de trabalho, informações pessoais, nomes, endereços, números de telefone de condôminos nem detalhes sobre a rotina do condômino, sua segurança e dados de seus funcionários. Caso seu condomínio ou residência tiver sistemas de alarme monitorados por empresas especializadas e houver disparo de alarme, o atendente dessa empresa entrará em contato para certificar-se do que está ocorrendo, portanto, quem atender ao telefone deverá, além do citado acima: • Informar seu nome; • Responder às perguntas do atendente, que falará a senha de emergência previamente convencionada; • Informar a contra-senha pré-estipulada, quer seja a que transmita a situação de normalidade ou alarme falso, como aquela que define a situação de emergência ou de coação, tudo isto conforme o que esteja ocorrendo no momento;
  • 31. 30 • A empresa de alarmes tomará as providências acordadas entre o morador e a Central de Monitoramento. Como proceder ao fazer ligações • Discar corretamente, não se utilizando de outros objetos como caneta ou lápis para ligar, mas sim os dedos; • Evitar quedas do aparelho; • Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); • Falar num tom médio de voz; • Identificar-se corretamente. Exemplo: “Aqui quem fala é o porteiro José, do Condomínio do Sol”; • Transmitir o assunto na íntegra; • Ser breve ao telefone; • Não entrar em detalhes que não dizem respeito ao assunto; • Concluir a ligação com calma e cordialidade, agradecendo sempre o interlocutor pela atenção dispensada; • Não utilizar o telefone de serviço para tratar de assuntos pessoais, salvo em situações de urgência. Como acionar órgãos de emergência Citaremos algumas regras básicas a fim de que todos os integrantes do condomínio, tais como síndicos, condôminos ou funcionários, saibam acionar os órgãos público e privado em situação de emergência, tudo isto com o objetivo de mostrar como deve ser feita a chamada corretamente para facilitar e agilizar seu atendimento: • Discar corretamente sem nenhuma precipitação. Normalmente os números de emergência são de três dígitos, o que facilita bastante sua memorização e chamada. Exemplos: 190, 193, 147, 192, etc.; • Procure comunicar-se num tom de voz bem audível sem, no entanto, gritar, falando pausadamente e naturalmente, mesmo que esteja sob pressão; • Cumprimentar o(a) interlocutor(a) (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); • Identificar-se corretamente, passando seu nome, função, condomínio, endereço completo de onde está falando, bairro, número do telefone do qual está
  • 32. 31 ligando e uma rua ou local, como ponto de referência, próxima ao local da ocorrência. Exemplo: Boa-noite, aqui quem fala é o porteiro José, do Condomínio Boa Morada, situado na Rua dos Moinhos, 136, Vila São Carlos, próximo a Padaria Pão de Mel, meu número do telefone é 222-4536...; • Solicitar educadamente o nome da atendente; • Responder corretamente às perguntas feitas pelo(a) atendente; • Procurar manter a tranqüilidade ao passar as informações, isto para facilitar sua compreensão e entendimento; • Contar com detalhes o que está ocorrendo e o motivo da ligação; • Definir o local onde aguardará o auxílio, passando as coordenadas ao atendente; • Caso o(a) atendente ligue para confirmar alguns dados, atenda à chamada passando todas as informações solicitadas; • Em caso de demora excessiva, ligue de novo para o órgão acionado, fornecendo todos os dados novamente, informando que já havia solicitado anteriormente, passando inclusive o nome do(a) atendente anterior que recebera a chamada. Alguns números de telefones de utilidade pública mais usados Forneceremos como base, a seguir, os telefones de emergência e de serviços utilizados na cidade de São Paulo. Além dos telefones descritos, é importante manter na portaria do condomínio uma lista atualizada de números telefônicos úteis, tais como: • Hospitais e prontos-socorros mais próximos; • Posto policial e distrito policial mais próximos; • Grupamento do Corpo de Bombeiros próximo; • Assistência técnica de elevadores; • Chaveiros 24 horas; • Empresas de manutenção em geral; • Depósito de gás engarrafado (GLP); • Outros telefones úteis ao condomínio.
  • 33. 32 Correta utilização de interfones ou centrais de portaria Interfone ou central de portaria, conhecido também como porteiro eletrônico, é um equipamento eletroacústico utilizado para a comunicação interna de edifícios, que transmite mensagens entre os apartamentos e a portaria e/ou entre os apartamentos . É composto basicamente por um microfone ligado a um alto-falante por meio de fios ou cabos. Pode ser utilizado através de uma central localizada na portaria ou diretamente acoplado ao portão de entrada do edifício. Existem diversos tipos de aparelho interfônico, com as mais variadas marcas disponíveis no mercado. É imprescindível e vantajoso que os edifícios tenham tal equipamento, pois este auxilia, sobremaneira, na intercomunicação funcional e administrativa do condomínio e, principalmente, no que diz respeito à segurança, uma vez que: • Alerta sobre visitas inoportunas ou inconvenientes; • Transmite mensagens aos demais funcionários; • Permite apenas a entrada de pessoas autorizadas; • Tranqüiliza, em casos de falta d’água ou de energia, o pessoal que porventura esteja preso no elevador; • Transmite alarmes e avisos em casos de incêndio; • É discreto e econômico; • O porteiro pode, através do interfone, enviar e/ou receber mensagens de condôminos sobre situações de emergência que possam estar ocorrendo dentro ou fora do condomínio; • Permite a comunicação interna entre moradores. Sua correta utilização é importante, a fim de disciplinar a transmissão e recepção de mensagens. Para tanto, devem ser obedecidas as seguintes normas ao se fazer uso do interfone: Procedimentos ao atender chamadas • Identificar o local de onde está falando. Exemplo: Portaria, apartamento 142...; • Identificar-se, declinando nome e função. Exemplo: Porteiro José...;
  • 34. 33 • Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); • Identificar a pessoa com quem está falando. Exemplo: Com quem estou falando, por favor?; • Receber ou transmitir a mensagem; • Quando a chamada for na portaria e for solicitado, fazer a “ponte” entre apartamentos; • Ser breve, falando somente o necessário; • Conclua a chamada com calma e cordialidade. Procedimentos ao efetuar chamadas • Fazer a ligação conforme o funcionamento do equipamento; • Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); • Identificar-se declinando nome, função e local de onde está falando. Exemplo: Aqui quem fala é o Sr. Carlos, morador do apartamento 142...; • Identificar com quem fala; • Transmitir ou receber a mensagem; • Ser breve ao transmitir a mensagem; • Desligar, concluindo com calma e cordialidade. Correta utilização do radiotransmissor Radiotransmissor ou transceptor é um equipamento elétrico sem fio, portátil, que funciona através de ondas magnéticas, podendo ser transportado por uma só pessoa e ser operado mesmo em movimento. É um meio de comunicação muito utilizado na segurança de condomínios. Muitos condomínios estão utilizando os radiotransmissores portáteis (Hand- Talk - HT), além da segurança para comunicações administrativas e entre zelador e portaria e/ou estes com o síndico. Atualmente, existem equipamentos de rádio trunking, que se utilizam do sistema de comunicação rádio e telefone de última geração, com funcionamento semelhante aos aparelhos celulares por meio de sistemas computadorizados. É importante sua correta utilização para facilitar e agilizar as transmissões entre os usuários, portanto, deve-se atentar para as seguintes normas de operação em sistemas de rádios convencionais:
  • 35. 34 • Para falar, apertar a tecla de acionamento; • Chamar a pessoa desejada, através de códigos; • Falar claro e pausadamente; • Transmitir somente o necessário; • Utilizar-se do código Q e do alfabeto fonético; • Não interromper a comunicação de outro operador; • Deixar livre a tecla de acionamento, para que o outro operador possa falar; • Atender prontamente às chamadas; • Repetir a operação sucessiva e alternadamente; • Manter a disciplina na rede. CÓDIGO “Q” QAP - Estou na escuta QTY – Estou a caminho QRV - Estou à disposição QTH – Local ou endereço QRM – Interferência QRA – Nome do operador QSM - Repita a mensagem QSA – Intensidade dos sinais QSL - Entendido 5 – Ótima QRX - Aguarde 4 – Boa QRU - Novidade 3 – Regular QTR - Hora certa 2 – Má QRT - Parar de transmitir 1 – Péssima QTO - Banheiro QSP – Ponte auxílio QSJ - Dinheiro QTC – Mensagem QSO - Contato pessoal QTA – Cancele última mensagem TKS - Obrigado QTY – Destino
  • 36. 35 CÓDIGO ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL A - Alpha N - November 0 - Zéro B - Bravo O - Oscar 1 - Uno C - Charlie P - Papa 2 - Dois D - Delta Q - Quebec 3 - Treis E - Eco R - Romeu 4 - Quatro F - Foxtrot S - Sierra 5 - Cinco G - Golf T - Tango 6 - Meia dúzia H - Hotel U - Uniform 7 - Sete I – Índia V - Victor 8 - Oito J – Juliet W - Whiskey 9 - Nove K - Kilo X - Xingu L - Lima Y - Yankee M - Mike Z - Zulu
  • 37. 36 CAPÍTULO IV TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS E VEÍCULOS Identificar pessoas em atitude suspeita é condição básica e imprescindível para que haja eficiência e efetividade no sistema de segurança de um condomínio. Portanto, é necessário que todos os integrantes do condomínio, quer seja síndicos, moradores e funcionários, considerem que determinadas características identificadoras são de extrema importância para se prevenir ou mesmo evitar assaltos, furtos, invasão de domicílio ou, até mesmo, seqüestros. Por este motivo, deve-se estar sempre atento a qualquer situação de anormalidade que venha a rondar o condomínio, procurando observar o que acontece a sua volta e, com tranqüilidade, poder descrever tudo o que foi avistado, a fim de se evitar ataques inesperados e, se for o caso, facilitar futuras ações repressivas ou investigatórias. Deve-se buscar sempre o caráter preventivo, precavendo-se contra situações adversas, mas, caso haja alguma falha no esquema de segurança, os condôminos e funcionários deverão estar em condições de passar a descrição fiel do indivíduo causador do delito, a fim de ajudar as autoridades a elucidar qualquer crime que tenha ocorrido no condomínio. Considera-se pessoa em atitude suspeita o indivíduo que por sua conduta, atitude ou vestimenta destoe daquela adotada pelo cidadão comum, levando-se em conta o local e o tempo onde se encontra. Técnicas de observação e descrição de pessoas É de suma importância que todos os envolvidos no sistema de segurança do condomínio apliquem regras básicas de observação e descrição de pessoas, coisas e fatos que ocorrem ao seu redor. Observar é atentar para alguma coisa ou pessoa, é olhar com atenção. A visão e a audição são os sentidos mais utilizados na observação. Quando se examina minuciosamente um indivíduo com o objetivo de identificá-lo posteriormente, deve-se partir da observação geral seguindo para aspectos específicos e sinais particulares. Características gerais e específicas Para se utilizar das técnicas de observação de pessoas deve-se atentar e
  • 38. 37 gravar a seguinte seqüência de detalhes: • Sexo: masculino ou feminino; • Etnia: japonês, alemão, português, nigeriano, etc.; • Cor: branca, negra, amarela, parda, etc.; • Altura: comparar a pessoa com sua própria estatura para se ter a altura aproximada; • Idade: verificar postura, rugas no rosto, mãos, cor dos cabelos e agilidade; • Porte físico: forte, fraco, gordo, magro, etc. • Cabeça: redonda, alongada, oval, cheia, quadrada, etc.; •Cabelos: ralos, cheios, crespos, lisos, longos, curtos, encarapinhados, tipo de penteado, calvície, etc.; • Cor dos cabelos: castanhos, ruivos, loiros, pretos, etc.; • Sobrancelhas: grossas, finas, emendadas, horizontais, etc.; • Olhos: grandes, pequenos, redondos, amendoados, etc.; • Cor dos olhos: castanhos, pretos, azuis, verdes, etc.; • Pálpebras: fundas, retas, escurecidas, etc.; • Orelhas: grandes, pequenas, de abano, pontiagudas, etc.; • Nariz: pequeno, grande, fino, arrebitado, pontiagudo, etc.; • Bochechas: altas, baixas, salientes, cheias, magras, etc.; • Formato do rosto: largo, fino, comprido, redondo, oval, etc.; • Lábios: finos, grossos, grandes, pequenos, etc.; • Bigodes: finos, grossos, ralos, cheios, barba, cor, etc.; • Dentes: completos, incompletos, separados, saltados, dentadura, etc.; • Maxilar: formato, comprimento, etc.; • Queixo: grande, arredondado, pontiagudo, quadrado, etc.; • Pescoço: fino, musculoso, curto, longo, etc.; • Ombros: largos, levantados, caídos, etc.; • Cintura: fina, grossa, com barriga, etc.; • Mãos: grossura, comprimento, unhas, cicatrizes, manchas, etc.; • Braços: curtos, longos, musculosos, médios, etc.; • Pernas: grossas, finas, etc.; • Pés: tamanho;
  • 39. 38 • Voz: sotaque, entonação, timbre, velocidade no falar, etc.; • Gestos: cacoetes, deficiências físicas, comportamento, maneira de caminhar, etc.; • Sinais particulares: cicatrizes, manchas, pintas, verrugas, tatuagens artísticas ou malfeitas, uma vez que estas, possivelmente, podem ter sido desenhadas na prisão, etc.; • Vestimentas: roupa que está usando no momento - calça, camisa, blusa, jaqueta, saia, vestido, agasalho, sapato, boné, anéis, pulseiras, coloração, tecido, estado de conservação, etc.; • Objetos: bolsa, pochete, carteira, pasta, sacola, embrulho, etc.; • Armas: revólver, pistola, submetralhadora, faca, punhal, etc. Encontrando-se numa situação embaraçosa ou de assalto, em que não se possa atentar para detalhes, deve-se voltar a atenção para os seguintes pontos básicos: • Aspectos gerais: sexo, compleição física, altura, idade, raça e vestuário; • Aspectos pormenorizados: cabelo, cor dos olhos, boca, barba, etc.; • Sinais particulares: cicatrizes, tatuagens, etc. Técnicas de observação e descrição de veículos Muitos veículos podem estar em condições que causem desconfiança por parte dos moradores ou funcionários do condomínio, portanto, é importante que as pessoas saibam como identificá-los, devendo possuir um mínimo conhecimento sobre veículos automotores a fim de poder descrevê-los corretamente. Em tal situação, deve-se observar e considerar o seguinte: • Marca do veículo: Exemplos: Volkswagen, General Motors, Fiat, Ford, Yamaha, Honda, Mercedes-Benz, etc.; • Modelo do veículo: Exemplos: Gol, Corsa, Palio, RD 350 cc, etc.; • Cor do veículo: Exemplos: vermelho, azul, cinza, preto, etc.; • Placas do veículo: Exemplos: BGE 5812, CGA 5123, BID 5980, CGH 1234, etc.; • Município de origem do veículo: Exemplos: São Paulo, Porto Alegre, Vitória, Manaus, etc.;
  • 40. 39 • Estado de origem do veículo: Exemplos: SP, RS, RJ, ES, AM, etc.; • Ano aproximado do veículo: Exemplos: 1990, 1991, 1996, 1997, 1998, etc.; • Marcas e sinais característicos aparentes: Exemplos: pintura riscada, pára- lama dianteiro esquerdo amassado, vidro traseiro trincado, falta de retrovisor do lado direito, etc.; Situações que levantam suspeitas Destacaremos, a seguir, situações em que as pessoas podem estar em atitude suspeita e que demandam observação minuciosa por parte de todos os integrantes do condomínio: • Pessoas paradas estranhamente na rua, lendo jornal ou andando vagarosamente próximas ao condomínio, observando-o atentamente; • Indivíduos que permaneçam parados em ponto de ônibus, sem tomar nenhum deles; • Pessoas que demonstrem nervosismo sem motivo aparente; • Mendigos ou vendedores-ambulantes estranhos ao local; • Aparentes funcionários da Companhia Telefônica, de Água e Esgoto, de Energia Elétrica, de entrega de Gás, etc., que simulam consertos a serem executados; • Indivíduos fazendo aparentes consertos demorados em automóveis próximo à entrada do condomínio; • Qualquer pessoa que preste muita atenção ao condomínio, observando principalmente sua portaria ou garagem; • Pessoas que estejam de carro, motocicleta ou bicicleta, sempre com os mesmos ocupantes, que passem lentamente, por várias vezes, em frente do condomínio como se estivessem observando a rotina da portaria e da garagem; • Indivíduos que demonstrem muito interesse pelo sistema de segurança do condomínio; • Pessoas andando juntas, vagarosamente, sem conversar; • Rapazes ativos sem destino certo; • Indivíduos com roupa de inverno (pesadas) em tempo quente; • Pessoas usando possíveis disfarces, tais como peruca, barba, bigode, óculos escuros em dia sem sol;
  • 41. 40 • Técnicos não solicitados (telefone, eletricistas, gás, eletrodomésticos, serviços gerais, etc.) que insistam em entrar no condomínio ou que solicitem consertos nas residências; • Pessoas muito bem vestidas e extremamente simpáticas que se fazem passar por compradores de imóveis que, procurando ganhar a confiança dos porteiros, conseguem entrar nas dependências do condomínio, a fim de consumar seus delitos; • Vendedores, pedintes, pregadores religiosos que insistam em entrar no condomínio ou que solicitem a presença de moradores à portaria; • Pessoas que, ao conversarem consigo, escondam as mãos em bolsos de blusas ou de jaquetas, onde possivelmente estejam escondendo armas. Isso ocorre muito nas portarias dos condomínios; • Indivíduos que circundam um veículo (quando estacionado) e/ou pareçam aguardar a chegada do dono para apanhá-lo; • Estranhos funcionários, com perfis suspeitos, encarregados da leitura de relógios de luz e água que, por sua localização, tenham que adentrar o condomínio; • Motoristas ou motoqueiros que se aproximem, exageradamente, de moradores quando estiverem adentrando o condomínio; • Pessoas em grupo ou mesmo isoladas que procurem aproximação física de moradores nas proximidades do condomínio; • Indivíduos que possuam tatuagens grosseiras, malfeitas, típicas de presidiário; • Veículos estacionados nas imediações do condomínio por muito tempo, com pessoas em atitudes suspeitas em seu interior, principalmente à noite; • Veículo estacionado nas proximidades do condomínio por mais de 24 horas, parecendo haver sido abandonado no local; • Telefonemas de pessoas estranhas que solicitam informações confidenciais e pessoais de moradores ou de funcionários do condomínio; • Desaparecimento de correspondências da caixa do correio do condomínio; • Pessoas que resistam quando lhes é solicitado algum documento de identidade na portaria do condomínio; • Indivíduos muito bem trajados que se fazem passar por pessoas de classe
  • 42. 41 social elevada, intitulando-se doutores ou mesmo autoridades, forçando sua entrada no condomínio, intimidando os porteiros; • Pessoas na rua simulando acidentes e que pedem socorro, solicitando, inclusive, para entrar no condomínio, a fim de ligar para os órgãos de emergência, o que pode ser uma armadilha ou cilada; • Entregadores de pizzas, flores, refeições, etc., e mesmo de encomendas não solicitadas, que desconhecem o nome e o endereço correto do morador. Preservação de local de crime Quando acontece um fato delituoso (crime) é importante que o local onde ocorreu seja preservado, para que a autoridade faça uma observação mais rigorosa e de acordo com os padrões de investigação. Para isto é necessário que o porteiro ou vigilante ou mesmo o zelador ao tomar conhecimento do fato preserve o local de crime, descreva o tipo de carro, objeto e/ou a pessoa suspeita de ter praticado o crime. Fazer um pequeno relatório do que aconteceu numa folha, começando pala descrição do que viu. Não colocar neste relatório as opiniões pessoais. Os fatos anotados de maneira correta irão auxiliar a Polícia na solução do crime.
  • 43. 42 CAPÍTULO V SEGURANÇA FÍSICA DE INSTALAÇÕES CONDOMINIAIS A segurança física das instalações de um condomínio é um tema extremamente essencial na proteção de conjuntos residenciais, pois é outro fator preponderante e imprescindível para que se tenha ausência ou mesmo diminuição de riscos que possam ameaçar o bem-estar dos condôminos. Cabe-nos lembrar que é utopia afirmar sobre a existência de locais ou situações totalmente seguros, pois o ser humano, através de sua criatividade e perspicácia, sempre arrumará uma maneira de burlar o esquema de segurança implantado, isto sem falar nas falhas muitas vezes já existentes, na indisciplina humana que favorece estas deficiências, sem contar os transtornos causados se fossem adotados excessos nos dispositivos de segurança que, impedissem as pessoas de ter livre acesso a seus lares ou mesmo cerceassem a liberdade de visita de seus parentes e amigos. Vale a recordação de que muitas pessoas atribuem, equivocadamente, o tema Segurança um problema exclusivo do governo, o que é uma inverdade. Em vários países, principalmente os chamados de primeiro mundo, a Segurança Privada está em franca ascensão, sendo esta atividade um meio de ajuda aos órgãos de Segurança Pública, permitindo que estes direcionem melhor seus recursos para a proteção da coletividade. O que gostaríamos de ressaltar é que, apesar de não existir proteção intransponível pelo Homem, devemos escolher medidas, esquemas, planos e até sistemas de segurança que venham desestimular atos criminosos e possam dificultar, ao máximo, qualquer tipo de violência por parte de pessoas mal- intencionadas. Para tanto, devemos adotar métodos preventivos a fim de que possamos, dentro do possível, evitar situações adversas que venham afetar a tranqüilidade do meio em que vivemos. Quando se fala em racionalizar os meios existentes, deve-se atentar para que haja um perfeito entrosamento entre o binômio homem-equipamento, sendo que um complementa o outro e cada um isoladamente não pode subsistir num sistema adequado de Segurança. Só assim é que teremos a eficiência e a eficácia na proteção dos condomínios e das residências. Após esta pequena introdução, vamos abordar assuntos concernentes à proteção específica de condomínios, para que cada ponto vulnerável seja
  • 44. 43 reforçado, tudo isto com o intuito de fortalecer os locais onde os malfeitores normalmente escolhem para atacar. Basicamente são utilizadas duas formas de medidas de segurança para se proteger um edifício residencial: a medida estática ou de informação e a medida dinâmica. Medidas estáticas: são aquelas que informam uma invasão de maneira ilícita numa área e têm por objetivo minimizar, ou evitar, a ocorrência de ações contra o condomínio, como furto, roubo, incêndio ou outro tipo de dano. São consideradas medidas estáticas: barreiras perimetrais (muros e cercas), iluminação, alarmes, circuito fechado de TV, etc... Medidas dinâmicas: são aquelas de natureza estritamente racional e estão ligadas às ações dos porteiros e do zelador, envolvendo também a supervisão exercida por cada morador, até a seleção e treinamento de pessoal. São chamadas de medidas dinâmicas: a seleção profissional, a identificação de pessoal na portaria, o treinamento de pessoal, etc... Barreiras físicas São obstáculos naturais ou artificiais (estruturais) que servem para impedir ou dificultar o acesso de pessoas estranhas em locais delimitados ou proibidos, e controlar os permitidos em um condomínio, além de proteger os seus pontos estratégicos e vulneráveis. Podem ser divisas, vegetação, muros, cercas, concertinas, alambrados, ofendículos, cancelas, portarias, portões, portas internas ou intermediárias, etc. Passaremos a comentar sobre cada uma das barreiras físicas mais utilizadas em conjuntos residenciais, descrevendo as medidas técnicas e de proteção que servem tanto para os condomínios verticais como para os horizontais. Divisas do condomínio Ao se projetar um condomínio, deve-se atentar para sua Arquitetura arrojada aliada ao quesito Segurança. Portanto, suas divisas físicas têm que ser avaliadas para que este projeto possa atender às exigências técnica e estética, assim como a proteção perimetral
  • 45. 44 do condomínio. Divisa frontal Normalmente, nas divisas frontais do condomínio se utilizam muros fechados, gradis, grades com vegetação, misto de muro ou gradil em cima, cercas vivas, alambrados, entre outros. Deve-se atentar para que tais obstáculos físicos não sirvam como escada para posterior escalada de marginais e, também, para que não sirvam como esconderijo. Ao optar-se por grades de ferro, é necessário observar que estas devem ser altas, no mínimo 2,50 metros, e com barras transversais distantes entre si o máximo possível, para que não sirvam como degrau. As divisas da frente de um condomínio podem também ser fechadas com muros pois, na grande maioria, existe uma portaria que elimina a necessidade de se observar o interior dos jardins à chegada dos moradores. Divisas laterais e dos fundos Essas divisas devem, sempre que possível, ser altas, também no mínimo com 2,50 metros, sem árvores e cercas vivas, nem com mezaninos de flores próximos, a fim de dificultar sua escalada. Vegetação É comum em condomínios que se tenha vegetação tanto na sua parte externa quanto internamente, mas deve-se atentar para que as árvores grandes e com galhos longos estejam distantes das divisas periféricas. A vegetação deve ser baixa e esparsa, a fim de se evitar escaladas ou mesmo para que sirva como esconderijo de malfeitores. Muros O muro do condomínio deve ser de alvenaria ou de concreto, com altura mínima de 2,50 metros, não devendo fugir de seu projeto arquitetônico e estético. Pode também ser protegido no topo por extensões em “L”, voltadas para dentro. É muito empregado em edificações verticais.
  • 46. 45 Cercas Feitas de arame farpado, com fios intervalados de 10 cm, com altura máxima de 2,50 metros. Podem ter extensões, em ângulo, semelhantes aos muros para aumentar a eficiência. Normalmente, são complementadas com vegetação ou cercas vivas. É usado em condomínios horizontais, principalmente em áreas rurais. Alambrados São construídos com arame retorcido galvanizado, com elos tipo corrente e malhas de, no máximo, 5cm x 5 cm, presos em cima e embaixo com arame, tudo isto revestido em PVC. Servem como telas, sendo muito eficientes quando utilizados, também, como extensões nos topos de muro, com suas pontas em “L”, complementadas por arame farpado em forma de ganso, em "Y" ou dupla, voltadas para dentro do condomínio. São muito utilizados tanto em condomínios horizontais quanto verticais, em áreas urbanas ou rurais. Ofendículos São extensões físicas que servem como complemento de muros, cercas, alambrados e que dificultam a transposição de meliantes. São considerados ofendículos: pontas de lança, pedaços de vidro pontiagudos, pregos ou grampos encravados nos muros, pedaços de lâmina colocados nos muros, arames farpados, arames de inox com lâminas em suas bordas e cercas eletrificadas. Estes três últimos são os mais recomendados como suplemento da segurança dos condomínios. Cancelas São porteiras de pequena altura, geralmente de armação metálica, que se abrem e se fecham ao trânsito nas passagens de nível. Normalmente, são utilizadas em condomínios horizontais e estacionamentos de condomínios comerciais, servindo para controlar o acesso de veículos no trânsito local e interno.
  • 47. 46 Portarias A portaria deve ser construída de maneira a ficar retirada das divisas do condomínio, estando a uma altura acima do nível da rua para aumentar o ângulo de visão do porteiro. É importante salientar a necessidade de que se tenha dois portões formando, assim, as chamadas eclusas, onde um se abre quando o outro se fecha. A portaria deve ser protegida com vidro à prova de balas, que deve ser complementado por uma película que dificulte a visão do seu interior no horário diurno ou noturno. O porteiro precisa ser preservado e, para isto, é necessário que a portaria possua um banheiro exclusivo, intercomunicadores, monitores de vídeo, interfones, espelhos convexos para facilitar a observação de áreas internas ou externas e rádio. Estes equipamentos complementam a lista de materiais de segurança na portaria. Portões Os portões de entrada, tanto de pedestres quanto de veículos, devem ser fabricados de materiais leves mas resistentes, devendo possuir trancas e fechaduras em perfeitas condições e de boa qualidade, para se evitar muita manutenção e defeitos. O número de portões que serve a área externa deve ser reduzido ao mínimo possível. De preferência, devem ser automáticos para abertura à distância pelo porteiro ou por controle remoto pelos moradores, sendo complementados com interfones ou videoporteiros. Portas internas ou intermediárias São obstáculos físicos que servem para delimitar áreas de acesso reduzidas, tais como entradas de estação de caixa-d’água, cabinas de força, centrais elétricas, cabina de entrada de linhas telefônicas, entrada do abastecimento de água, cabina do gerador, sala dos elevadores, salão de guarda- lixo, sala de materiais, entradas secundárias do condomínio, entrada da cobertura, sala da administração, sala de segurança, depósitos, barrilhetes etc. Estas portas devem ser de materiais resistentes e leves, tais como madeira, ferro ou alumínio, possuindo trancas ou fechaduras de boa qualidade e cadeados resistentes, quando for o caso. Devem sempre permanecer fechadas e trancadas.
  • 48. 47 Garagens Sem dúvida alguma, falando-se de proteção, a garagem é um dos pontos mais vulneráveis dos conjuntos residenciais ou de maior indisciplina e até descaso por parte dos moradores, pois estes não tomam as devidas cautelas ao entrar ou sair do condomínio ou, então, deixam de seguir as orientações preconizadas em Assembléias de Condôminos. Por este motivo, é importante construir eclusas, ou seja, dois portões acionados eletronicamente que confinem o veículo entre si, de modo que uma delas se abra somente quando a outra estiver fechada, podendo ser acionadas pela portaria ou pelo próprio condômino, evitando-se, assim, a entrada do meliante “carona”, isto é, aquele que espera o carro entrar e aproveita a porta ainda aberta para adentrar o condomínio e praticar, posteriormente, seus atos criminosos. Aliado a isto, deve-se utilizar um sistema que muito se tem destacado pela sua praticidade, é aquele em que cada morador tem um controle remoto acionando o portão automático para entrar e sair da garagem sem a ação da portaria. Caso não seja possível adotar estes sistemas, deve-se contratar garagistas para controlarem o acesso de veículos nas garagens. Além disso, toda garagem deve possuir espelhos convexos que facilitem a visualização de porteiros ou garagistas. Iluminação É fundamental que as dependências do condomínio sejam bem iluminadas, a fim de que através deste dispositivo possa desestimular a ação dos meliantes. As áreas externas do condomínio também precisam ser racionalmente iluminadas para que se tenha uma ampla visão da rua, calçadas, frente da portaria e da porta da garagem. Nas áreas de entrada de pedestres e veículos pode ser instalado um holofote a ser utilizado pelo porteiro para poder identificar visitantes e veículos que estejam defronte do portão. Também devem ser instaladas luminárias ao redor dos muros do condomínio, caso haja trânsito de pessoas, tanto nas laterais quanto nos fundos da edificação, a fim de melhorar a iluminação pública, isso se a existente não for adequada. Apesar da possibilidade de o consumo de energia elétrica aumentar, tem que se evitar pontos de penumbra nas áreas internas, quer sejam centrais ou perimetrais, principalmente nos jardins, playgrounds ou mesmo corredores ao redor do condomínio, para que, através da iluminação adequada e bem focada, possa ser verificada a presença ou não de pessoas estranhas.
  • 49. 48 Atualmente, existem sensores de presença ou de fotocélulas que ao detectarem a aproximação de pessoas ou veículos acendem automaticamente as luzes por onde estes vão passar. Existem, ainda, lâmpadas que consomem bem menos energia, chamadas lâmpadas PL que, apesar de ficarem por mais tempo acesas, trazem uma considerável economia aos seus usuários. Além dos meios luminosos citados, não se pode prescindir das luzes de emergência, que devem ser instaladas no interior de edifícios e escadas e, também, adotadas em casa, sendo este um quesito obrigatório, inclusive, em prevenção e combate a incêndios, o qual será abordado em capítulo próprio. Sinalização É fundamentalmente necessário que elucidemos sobre a utilização da sinalização no interior dos condomínios, porque estes sinais também fazem parte do sistema de segurança, pois têm a finalidade de advertir e indicar sobre algo ou mesmo sobre alguma notícia comum convencionada entre os moradores do conjunto residencial. A sinalização pode ser visual, através de placas ou sinais luminosos, como também sonora, utilizando-se dispositivos sonoros eletrônicos ou apitos, entre outros. Pode ser horizontal, através de marcas inscritas no solo ou pisos, como também vertical através de placas ou faixas expostas ao longo das instalações condominiais. Aos condôminos e funcionários cabem respeitar e obedecer a sinalização convencionada, quando estiverem dentro do condomínio. Segurança física das residências As residências ou apartamentos em condomínios verticais, merecem especial atenção dos moradores, pois evitando-se falhas em algum dos pontos de segurança acima descritos, haverá um obstáculo a mais para dificultar o acesso de malfeitores ao interior dos lares. Portanto, deve-se tomar cautela, especialmente, com relação aos seguintes pontos: • Portas - As portas de acesso às áreas externas da residência, tais como da entrada do hall social, entradas de serviço, sacadas, varandas privativas, etc., devem ser fabricadas com materiais resistentes, quer seja os de madeira, alumínio, ferro ou vidro e equipadas com ferragens e fechaduras de boa qualidade, sendo a mais indicada a do tipo com lingüeta de quatro voltas, tudo isto complementado por olhos mágicos de 180o . Existem portas que são fabricadas tendo como miolo uma
  • 50. 49 chapa de aço e travas multidirecionais, forradas externamente com madeira, sendo estas as mais indicadas. As portas intermediárias são aquelas que dão acesso às áreas internas da residência, tais como salas, cozinha, copa, quartos, entre outras. Estas têm que ser da mesma qualidade dos materiais citados anteriormente e devem permanecer trancadas principalmente à noite e de madrugada, e quando os moradores estiverem ausentes da residência. • Janelas - As janelas, assim como as portas de vidro nas áreas de serviço dos apartamentos, principalmente no primeiro e segundo andares, venezianas, vitrôs de correr e basculantes devem ser reforçados por grades convencionais ou por grades pantográficas internas, a fim de que aumentem a segurança e não alterem a fachada do condomínio e da residência. • Vitrôs basculantes e de correr “maxin-ar” - Os vitrôs basculantes e de correr são tipos de janela muito utilizados em cozinhas e áreas de serviço, e seus vãos costumam ser largos facilitando a ação dos meliantes. Portanto, adquira um vitrô com ferro ou outro metal resistente que dificulte ser serrado e que possua divisões estreitas. Coloque uma boa fechadura com um cadeado resistente, reforçando tudo isto com uma excelente grade externa. Os vitrôs maxin-ar são bastante usados em banheiros e pequenas salas, tendo a finalidade de melhorar a circulação de ar e o nível de claridade, porém não oferecem segurança. Para minimizar este problema, deve-se produzir o quadro de abertura em estilo grade, fixando-se placas de vidro em vãos menores. Pode-se também complementar a segurança instalando-se uma grade que pode ser em forma de colher a fim de proteger o conjunto e permitir a abertura completa para circulação do ar. Não havendo a possibilidade de se possuir grade, deve-se ter um cadeado resistente a fim de travar o seu fecho. • Venezianas - São frágeis e de fácil abertura, porque os pinos do batente com dobradiças externas podem ser removidos com facilidade. Para tanto, instale uma grade resistente e pinos de aço profundos e sem fendas que se encaixem nas
  • 51. 50 folhas da veneziana dificultando assim sua remoção. Instale também um cadeado bem resistente. • Alçapão - é uma portinhola que costuma ser via de acesso de meliantes ao interior das residências, devido à facilidade que eles encontram em escalar casas e, estando no telhado, invadem o sótão e tentam alcançar os cômodos internos pelo vão do alçapão. Portanto, deve-se proteger este meio de acesso com uma grade trancada com cadeado pelo lado interno ou uma barra de travamento. • Domus - É um recurso arquitetônico freqüentemente utilizado para passagem de claridade em banheiros, poços de escada, halls, etc., sendo fabricado, normalmente, com material plástico ou acrílico. Este local também deve ser protegido por uma grade interna fixa, pois seu vão é suficiente para passagem de pessoas de portes médio e pequeno ou até por crianças. • Áreas envidraçadas - Vários cômodos possuem vãos fechados com vidros temperados, tido como inquebrável, o que não condiz com a realidade. Por isto, é importante o recurso da grade interna, que pode ser pantográfica. Caso queira algo mais sofisticado, deve-se instalar sensores de impacto em cada módulo de vidro. • Vãos de ar-condicionado - As residências atuais já são construídas com vãos para ar-condicionado, mas normalmente têm dimensões que permitem a introdução de crianças ou mesmo pessoas de pequeno porte no interior da residência. Portanto, deve-se instalar grades com garras de fixação profundas em volta do aparelho de ar-condicionado, dificultando assim a entrada de malfeitores. Todas estas medidas físicas de proteção devem ser complementadas por sistemas eletrônicos de segurança, tais como alarmes, videoporteiros, circuitos internos de TV, localizadores de chamada (Bina e outras marcas existentes no mercado), antigrampos, etc. Vigilância Patrimonial A segurança e vigilância patrimonial pode ser orgânica ou terceirizada, de
  • 52. 51 acordo com as particularidades de cada condomínio. Caso seja optado pela segurança orgânica deve-se atentar para que se siga todas as regras da legislação vigente, quer seja armada ou desarmada, contratando sempre porteiros, vigias ou vigilantes qualificados e aptos para o exercício destas funções. Recomendamos que se contrate consultores especializados para que façam o planejamento, implantação e acompanhamento do serviço de segurança patrimonial orgânica, tanto para que seja adequada dentro da legalidade quanto para o correto desempenho administrativo e operacional. Caso seja escolhido a terceirização do serviço de segurança, deve-se contratar empresas que possuam alvarás de funcionamento expedidos pelo Ministério da Justiça, através da Policia Federal, que tenham uma boa estrutura administrativa e operacional e que já possuam serviços de segurança em condomínios, com experiência anterior. Deve-se prever também a utilização de veículos, que podem ser automóveis ou motocicletas, para a realização da ronda móvel motorizada no interior do condomínio, isto de acordo com sua extensão geográfica. Cães de guarda O cão é um valioso auxiliar na proteção da residência, contudo sua aceitação na segurança de condomínios ainda não tem alcançado muita aderência por alguns motivos que vão desde o medo até a desinformação a respeito do assunto, pois este serviço foi uma alternativa de sucesso em redes bancárias. Para evitar este receio, o animal deve ser submetido a um adestramento específico, desenvolvendo seu autocontrole a fim de exercer a função de segurança. Normalmente, utilizam-se cães de segurança em condomínios horizontais, pois geralmente há espaço suficiente para a construção de canis e local adequado para sua atuação, sendo que não aconselhamos sua utilização em prédios. Seu emprego tem surtido bons resultados devido à inibição que ele causa nos invasores, sendo sua maior arma o efeito psicológico. Sua principal função seria acompanhar o vigilante em sua ronda, já que a ação de ataque seria mediante ordem do condutor. Deve-se conduzir o animal sempre preso ao enforcador ou à coleira, para que não haja perigo de ficar solto, evitando assim causar algum tipo de acidente. Mantenha, sempre que possível, um cão em sua residência, mesmo as
  • 53. 52 raças mais dóceis, pois além de serem bons companheiros, inclusive com as crianças, costumam dar alarmes quando percebem algo estranho. No Brasil, existem as mais variadas raças de cães de guarda, onde podemos destacar os seguintes: Pastor Alemão, Rotweiller, Fila Brasileiro, Pits Bull, Dobermann, Collie entre outros, sendo que os dois primeiros são os mais indicados para a segurança de residências e condomínios. Consulte sempre um bom adestrador para definir o potencial de treinamento e adestramento de cada cão e, assim, complementar a segurança do condomínio com os préstimos deste animal considerado de estimação.
  • 54. 53 CAPÍTULO VI SISTEMAS ELETRÔNICOS DE SEGURANÇA EM CONDOMÍNIOS O sistema de segurança ideal é aquele que agrupa todos os recursos disponíveis de forma lógica e coerente, ou seja, promove a interação do Homem com os equipamentos eletrônicos, a fim de que a coligação entre ambos possa promover um nível de proteção satisfatório, aumentando a eficiência da mão-de- obra contratada para a segurança dos condomínios. Atualmente, no mercado, existem os mais variados números e tipos de equipamentos eletrônicos de segurança à disposição dos usuários, portanto as pessoas devem obter aqueles que mais se adaptem às necessidades de sua residência. Antes de adquiri-los, deve ser feito um planejamento com consultores especializados, a fim de que estes definam os pontos vulneráveis e as medidas a serem adotadas, através de métodos eficientes, otimizando assim todos os meios disponíveis, de maneira que se chegue a um sistema de segurança adequado. Os equipamentos eletrônicos utilizados devem possuir um projeto tecnológico que permita ótimo funcionamento ao longo do tempo, sua instalação tem de ser de boa qualidade para se evitar problemas futuros, tem-se que prever o desgaste natural dos equipamentos e uma manutenção preventiva adequada. Destacaremos, a seguir, os sistemas e equipamentos eletrônicos de segurança mais utilizados em residências e condomínios, bem como suas principais características: Sistemas de segurança monitorados Sistemas monitorados oferecem serviço 24 horas, servem para reduzir riscos de intrusão, incêndios e, combinando-se vários circuitos, podem ser empregados como controle de acesso, CFTV e até como segurança de informação. É dotado de uma central de monitoramento composta por uma estação de computadores de alta tecnologia, especialmente desenvolvida para receber os sinais de alarmes dos sistemas de segurança instalados. Estes sinais são enviados das seguintes formas: • Linha telefônica especial, dedicada exclusivamente ao monitoramento; • Linha telefônica regular;
  • 55. 54 • Ondas de rádio de longo alcance ou por linha telefônica celular. Ao receber um sinal de emergência, o operador da Central de Monitoramento terá disponível todos os dados do local onde foi instalado o sistema e onde ocorreu a emergência, assim como as atitudes predeterminadas pelo cliente que deverão ser tomadas, tais como acionar o proprietário, a Polícia, os Bombeiros, Ambulâncias ou, até mesmo, algum vizinho ou parente. A qualidade e quantidade das informações recebidas podem ser variadas, conforme a tecnologia dos sistemas e da Central de Monitoramento. A tranqüilidade que um sistema de segurança instalado proporciona se dá pelo seu monitoramento, pois há um diferencial entre o sistema que somente toca ou dispara alarmes daquele que manda mensagens de emergência a alguma Central de Monitoramento, e esta toma as providências cabíveis para cada caso, proporcionando uma proteção maior aos seus usuários. No Brasil, existem Centrais de Monitoramento de diversas qualidades, ou seja, desde aquelas com dados dos condomínios e residências armazenados em Kardex, os quais, em casos de emergência, serão consultados manualmente, até centrais computadorizadas com os mais diversos tipos de recurso. Estas últimas são as mais recomendadas por serem mais ágeis e com menores chances de erros na operação. Sensoriamento ou alarmes São equipamentos eletrônicos, sonoros ou não, que servem para alertar sobre situações incomuns em residências ou condomínios, tais como violação de procedimentos e locais, proteção contra roubos, furtos, alagamentos, incêndios, etc. O ideal é adquirir um sistema de alarmes tecnologicamente perfeito, ou seja, que possua um projeto que permita ótimo funcionamento ao longo do tempo. É importante, também, que a instalação do sistema de alarme seja feita por uma empresa conceituada e idônea que utilize materiais complementares de excelente qualidade. Devemos insistir que um bom programa de assistência técnica é fundamental, pois o sistema de alarme deve ser checado trimestralmente. É indispensável que tenha uma ótima alimentação alternativa de energia para satisfazer a uma eventual falta de energia direta devido a algum problema ou porque foi danificada por marginais. Trata-se de um item muito importante para se