1) O documento discute as unidades de medidas do Sistema Internacional (SI) e do sistema inglês imperial, incluindo conversões entre as unidades.
2) São listadas as unidades básicas e derivadas do SI para grandezas como comprimento, área, volume, massa e outras, com suas equivalências no sistema imperial.
3) O texto também explica conceitos fundamentais sobre medições diretas e indiretas e o que constitui o resultado de uma medição.
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Unidade III
CONHECIMENTOS GERAIS
Prof. Marymar Souza
METROLOGIA BASICA
Unidade inglesa ou unidade imperial é a denominação dada a qualquer unidade em
vários sistemas de unidades de medidas obsoletos baseados em medidas
estabelecidas pelos reis ingleses, sendo algumas delas com base em medições no
corpo dos reis.
A despeito do nome, não se refere necessariamente ao sistema de unidades não-SI
ainda em uso disseminado (mas praticamente não-oficial) na Inglaterra e no Reino
Unido. O sistema é conhecido como Sistema Inglês (English System) nos Estados
Unidos e em outros países como Imperial System. A expressão estadunidense English
unit ("unidade inglesa") inclui as unidades imperiais bem como várias outras
unidades utilizadas nos Estados Unidos, tais como o galão dos EUA (o "galão de
vinho" da rainha Ana) e o alqueire estadunidense(o "alqueire de Winchester").
o Sistema Inglês de Unidades
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MEDIDAS
o Sistema Internacional de Unidades
O Sistema Internacional de Unidades foi adotado
globalmente por praticamente todos os países. As três
exceções são Myanmar, Libéria e os Estados Unidos.O
Reino Unido adotou oficialmente o SI, mas sem a intenção
de substituir inteiramente seu próprio sistema usual de
medidas.
Definiram-se sete grandezas físicas postas
como básicas ou fundamentais. Por
conseguinte, passaram a existir sete unidades
básicas correspondentes as unidades
básicas do SI descritas na tabela, na coluna
à esquerda. A partir delas, podem-se derivar
todas as outras unidades existentes. As
unidades básicas do SI posto que
dimensionalmente axiomáticas são
dimensionalmenteindependentesentre si.
Básicas
Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampère A
Temperatura
termodinâmica
kelvin K
Quantidade de
matéria
mol mol[2]
Intensidade
luminosa
candela cd
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Derivadas
Todas as unidades existentes podem
ser derivadas das unidades básicas
do SI. Entretanto, consideram-se
unidades derivadas do SI apenas
aquelas que podem ser expressas
através das unidades básicas do SI e
sinais de multiplicação e divisão, ou
seja, sem qualquer fator
multiplicativo ou prefixo com a
mesma função. Desse modo, há
apenas uma unidade do SI para cada
grandeza. Contudo, para cada
unidade do SI pode haver várias
grandezas. Às vezes, dão-se nomes
especiaispara as unidadesderivadas.
Grandeza Unidade Símbolo
Dimensional
analítica
Dimensional
sintética
Ângulo plano radiano rad 1 m/m
Ângulo sólido esferorradiano1 sr 1 m²/m²
Freqüência hertz Hz 1/s ---
Força newton N kg·m/s² ---
Pressão pascal Pa kg/(m·s²) N/m²
Energia joule J kg·m²/s² N·m
Potência watt W kg·m²/s³ J/s
Carga elétrica coulomb C A·s ---
Tensão elétrica volt V kg·m²/(s³·A) W/A
Resistência
elétrica
ohm kg·m²/(s³·A²) V/A
Capacitância farad F A²·s²·s²/(kg·m²) A·s/V
Condutância siemens S A²·s³/(kg·m²) A/V
Indutância henry H kg·m²/(s²·A²) Wb/A
Fluxo magnético weber Wb kg·m²/(s²·A) V·s
Densidadede
fluxo magnético
tesla T kg/(s²·A) Wb/m²
Temperatura em
Celsius
grau Celsius °C --- ---
Fluxo luminoso lúmen lm cd cd·sr
Luminosidade lux lx cd/m² lm/m²
Atividade
radioativa
becquerel Bq 1/s ---
Dose absorvida gray Gy m²/s² J/kg
Dose equivalente sievert Sv m²/s² J/kg
Atividade
catalítica
katal kat mol/s ---
Unidades aceitas pelo SI
O SI aceita várias unidades que não pertencem ao sistema. A primeiras
unidadesdeste tipo são unidadesmuitoutilizadasno cotidiano:
.
Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI
Tempo minuto min 1 min = 60 s
Tempo hora h 1 h = 60 min = 3600 s
Tempo dia d 1 d = 24 h = 86 400 s
Ângulo plano grau ° 1° = /180 rad
Ângulo plano minuto '
1' = (1/60)° = /10 800
rad
Ângulo plano segundo "
1" = (1/60)' = /648 000
rad
Volume litro l ou L 1 l = 0,001 m³
Massa tonelada t 1 t = 1000 kg
Argumento logarítmico
ou Ângulo hiperbólico
neper Np 1 Np = 1
Argumento logarítmico
ou Ângulo hiperbólico
bel B 1 B = 1
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Unidades da grandeza Comprimento
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
milímetro - mm polegada - inch (in)
1 polegada = 25,4mm
1 milímetro = 0,039in
milímetro - mm pé - foot (ft) 1 pé = 304,8mm
centímetro - cm polegada - inch (in) 1 polegada = 2,54cm
centímetro - cm pé - foot (ft) 1 pé = 30,48cm
metro - m pé - foot (ft) 1 pé = 0,3048 m
metro - m jarda - yard (yd) 1 jarda = 0,9144m = 914,4mm
quilômetro - km milha - mile (mi) 1 milha = 1,609 km
Unidades da grandeza Área
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
centímetro quadrado - cm² polegada quadrada - 1 inch² (sq.in)
1 polegada quadrada = 6.452cm² =
645,2mm²
centímetro quadrado - cm² pé quadrado - 1 foot² (sq.ft) 1 pé quadrado = 929,03cm²
metro quadrado - m² pé quadrado - 1 foot² (sq.ft) 1 pé quadrado = 0,092m²
metro quadrado - m² milha quadrada - 1 yard² (sq.yd) 1 jarda quadrada = 0,8361m²
metro quadrado - m² acre - acre (ac) 1 acre = 4.046,9m²
hectare - ha acre - acre (ac) 1 acre = 0,4047ha
hectare - ha milha quadrada - 1 mile² (sq.mi) 1 milha quadrada = 259,0 ha( 1ha=10.000m²)
quilômetro quadrado - km² milha quadrada - 1 mile² (sq.mi) 1 milha quadrada = 2.590 km²
Unidades da grandeza Volume
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
litro - l polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 0,01639 litro
mililitro - ml polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 16,39 ml
centímetro cúbico - cm³ polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 16,39 cm³
milimetro cúbico - mm³ polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 16.390mm³
decímetro cúbico - dm³ pé cúbico - 1 foot³ (cu.ft) 1 pé cúbico = 28,32 dm³(1l=1dm³)
litro - l pé cúbico - 1 foot³ (cu.ft) 1 pé cúbico = 28,32 litros(1.000l=1m³)
metro cúbico - m³ pé cúbico - 1 foot³ (cu.ft) 1 pé cúbico = 0,02832 m³
metro cúbico - m³ jarda cúbica - 1 yard³ (cu.yd) 1 jarda cúbica = 0,7646m³
Unidades da grandeza Massa
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
grama - g onça - 1 ounce (oz) 1 onça = 28,35g
quilograma - kg libra - 1 pound (lb) 1 libra = 0,4536kg
quilograma - kg kip(1000libras)- 1 kip 1 kip = 453,59kg
quilograma - kg tonelada - 1 ton 1 tonelada = 1.016,05kg
Unidades da grandeza Capacidade
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
centímetro cúbico - cm³ onça fluida - 1 fl.oz 1 onça fluida = 28.413cm³
litro - l pinto - 1 pt 1 pinto = 0,568 l
litro - l quarto - 1 qt 1 quarto = 1,137 l
Unidades da grandeza Massa por Unidades
da grandeza Área
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
grama x metro quadrado - g/m² onça x pé quadrado - 1 oz/ft² 1 onça/pé quadrado = 305,15 g/m²
quilograma x metro quadrado - kg/m² libra x polegada quadrada - 1 psi 1 libra/polegada quadrada = 703,07kg/m²
quilograma x metro quadrado - kg/m² libra x pé quadrado - 1 psf 1 libra/pé quadrado = 4.882kg/m²
Unidades da grandeza Vazão
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
litro x segundo - l/s galão x segundo - 1 gal./sec 1 galão/segundo = 4,5461 l/s
litro x segundo - l/s galão x minuto - 1 gal./min. 1 galão/minuto = 0,07577 l/s
litro x hora - l/h galão x hora - 1 gl./hr 1 galão/hora = 4,5461 l/h
mililitro x segundo - ml/s polegada cúbica x segundo - 1 in³/s 1 polegada cúbica/segundo = 16,39 ml/s
metro cúbico x segundo - m³/s pé cúbico x segundo - 1 ft³/s 1 pé cúbico/segundo = 0,02832 m³/s
litro x segundo - l/s pé cúbico x minuto - 1 ft³/min 1 pé cúbico/minuto = 0,4791 l/s
Unidades da grandeza Comprimento por
unidades da grandeza Volume
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
quilometro x litro - km/l milha x galão - 1 mpg 1 mpg = 0,354 km/l
litro x quilometro - l/km galão x milha - 1 gpm 1 galão/milha = 2,825 l/km
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Unidades da grandeza Velocidade
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
milímetro x segundo - mm/s polegada x segundo - 1 in./sec. 1 polegada/segundo = 25,4 mm/s
metro x segundo - m/s pé x segundo - 1 fps 1 pé/segundo = 0,3048 m/s
metro x segundo - m/s pé x minuto - 1 fpm 1 pé/minuto = 0,00508 m/s
metro x minuto - m/min pé x minuto - 1 fpm 1 pé/minuto = 0,3048 m/min
quilometro x hora - km/h milhas x hora - 1 mph 1 milha/hora = 1,609 km/h
Unidades da grandeza Temperatura
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Grau Celsius - ºC Grau Fahrenheit - ºF 1 ºC = 0,5556 (ºF - 32)
Unidades da grandeza Energia
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
joule - j Unidade Térmica Britânica - Btu 1 Btu = 1.055j
kilojoule - kj Unidade Térmica Britânica - Btu 1 Btu = 1,055kj
Unidades da grandeza Potência
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
watt - w Cavalo-vapor (horsepower) - hp 1 hp = 745,7w
kilowatt - kw Cavalo-vapor (horsepower) - hp 1 hp = 0,7457kw
Unidades da grandeza Iluminação
Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
lux- lux footcandle - ft.candle 1 ft.candle = 10,76 lux
Conceitos fundamentais sobre medições..
A Física estuda muitos fenómenos que ocorrem na natureza e outros provocados nos laboratórios.
Para a melhor compreenção desses fenómenos, faz-se a sua descrição, resultando na medição duma ou
de certas grandezas físicas.
2.1. Por Grandeza Física , entende-se tudo que é susceptível de ser medido.
2.2. Medir uma grandeza é determinar o número de vezes que essa grandeza contém outra da mesma
espécie, selecciona como padrão, portanto, é um conjunto de operações.
Existem dois tipos de medições:
medição directa
medição indirecta
2.3. Medição direta É aquela em que a grandeza que se pretende medir obtém-se como resultado da
aplicação directa do instrumento de medição, compara-se a grandeza a medir com uma unidade da
mesma espécie; usam-se aparelhos, instrumentos, máquinas, dispositivos, etc, indicadores que foram
graduados previamente por comparação com a unidade da mesma espécie; por exemplo: para medir o
comprimento de um livro usando uma regua graduada.
2.4. Medição indireta aplica-se uma fórmula que relacione a grandeza a medir com outras grandezas.
Por exemplo: para determinar a intensidade da corrente electrica, para determinar a densidade duma
substancia, para determinar a energia cinética de um corpo, etc.
Como é obvio, uma vez realizada a medição espera-se um resultado.
Por Resultado de uma Medição, entende-se o valor atribuido a um mensurando obtido por medição.
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Conceitos fundamentais sobre medições..
Existem dois tipos de resultados:
a) Resultado não corrigido
b) Resultado corrigido
2.5. Resultado não corrigido é o resultado de uma medição, antes da correção, devida aos erros
sistemáticos.
2.6. Resultado corrigido - é o resultado de uma medição, após a correção, devida aos erros
sistemáticos.
Sempre que se realiza uma medição, ésta, é feita na base de uma comparação com uma unidade da
mesma espécie denominada Padrão.
2.7. Padrão é a medida materializada, instrumento de medição, material de referencia ou sistema de
medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de
uma grandeza para servir como referencia.
2.8. Erros nas medições.
Ao medir uma grandeza não se pode categoricamente afirmar que o valor encontrado é o valor exacto.
Na medição de uma grandeza cometem-se erros e interessa conhecer o erro de que pode vir a ser
afectada a medida
O conhecimento mais rigoroso da medida ocorre quando ao valor aproximado da grandeza medida
acrescentamos a indicação do erro de que vem afectado esse valor.
Quanto a origem dos erros, podem ser considerados erros de dois tipos:
a) erros sistemáticos
b) erros acidentais
Conceitos fundamentais sobre medições..
2.8.1. Erros sistemáticos - Este tipo de erros são impossíveis de eliminar totalmente; o máximo que se
pode fazer é minimizá-los. Por sua vez podem ser, de dois tipos: Instrumentais e pessoais.
2.8.1.1-Erros sistemáticos instrumentais. São aqueles inerentes ao instrumento de medição. A
introdução de um aparelho de medida tras consigo erros devido á alteração produzida no circuito, neste
caso, o valor lido é inferior ao verdadeiro valor da intensidade da correntes, logicamente sempre está
presente o erro de escala.
2.8.1.2-Erros sistemáticos pessoais . São os provocados pelo observador que realiza a medição, o qual
tende a viciar o processo pela influência de factores dependentes dele. Por exemplo, os erros devido a
dilatação térmica dos instrumentos causada pela temperatura do corpo humano.
2.8.2. Erros acidentais.
Quando o observador realiza uma série de mediçoes da mesma grandeza com o mesmo aparelho,
usando o mesmo processo, obtem-se, em regra, valores diferentes, pouco afastados uns dos outos.
Erros deste teor são erros acidentais; como consequência dos erros acidentais, as medidas oscilam para
um e outro lado do valor da grandeza.
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Tendência; Repetitividade; Reprodutibilidade; Estabilidade; Linearidade.
A indústria automotiva, em particular, usa os seguintes parâmetros para a avaliação de
um sistema de medição: Tendência; Repetitividade; Reprodutibilidade; Estabilidade;
Linearidade. Além destes, deve-se considerar também a Resolução e a Variabilidade da
própriapeça.
Apesar de poder ser exigido que cada sistema de medição tenha diferentes propriedades
estatísticas, existem algumas que todos devem possuir. Elas incluem que, as variações do
sistema de medição devem estar associadas somente a causas comuns e não a causas
especiais (sob controle estatístico); sua variabilidade deve ser pequena quando
comparada a variabilidade do processo de manufatura e com os limites de especificação;
os incrementos de medida devem ser pequenos em relação ao que for menor, entre a
variabilidade do processo ou os limites de especificação e elas não devem ser estáticas,
isto é, podem mudar à medida em que variem os itens que estão sendo medidos.
Avaliação
Para avaliar um SM é necessário verificar se a variável correta está sendo medida e determinar
também quais as propriedades estatísticas que o SM deve ter para ser aceitável. Isto é
desenvolvido em duas fases. Na 1ª fase queremos compreender o processo de medição e
determinarmos se ele irá satisfazer nossas exigências e na 2ª fase uma vez considerado aceitável,
verificamos se o SM continua a apresentar as propriedades estatísticas apropriadas.
Tendência (ou desvio): é o "afastamento da média dos valores medidos de um valor de
referência". O valor de referência é um valor atribuído a um padrão, com o qual o equipamento
foi calibrado. Na Análise do Sistema de Medição (M.S.A), usar uma peça padrão ao invés de um
padrão aproxima a medição mais da realidade em termos da geometria a controlar. Uma peça
padrão representa melhor a geometria do que por exemplo um bloco padrão retangular. U95% do
S.M £ (R&R do instrumento) / 10 é o critério para a seleção do SM para medir a peça padrão.
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A avaliação da tendência é feita na seguinte ordem: 1º) selecionar uma peça (com a medida próxima
ao valor nominal) ou um padrão; 2º) medir a peça várias vezes utilizando um instrumento mais exato
do que o que está sendo estudado, para determinar o valor de referência (VR); 3º) um operador
qualificado deve medir a peça pelo menos 10 vezes; 4º) calcular a média das indicações (MI) e a
tendência (T) pela seguinte expressão T = MI VR ; e por fim em 5º) calcular a porcentagem
consumida (%T) da tolerância (Tol) ou da Variação do Processo (VP) pela tendência através das
seguintes expressões: %T = T / VP = T / Tol. Considerar %T £ 10 % = Aprovado ; %T > 10 % e £ 30 % =
Aceitável; e %T > 30 % = Reprovado.
As possíveis causas para a Tendência alta são: erro no valor de referência adotado; equipamento de
medição com folga ou danificado; equipamento sem rastreabilidade; mau uso por parte do operador.
Estabilidade: "é a variação total nas medições obtidas com o sistema de medição medindo uma única
característica na mesma peça ou padrão ao longo de um extenso período de tempo".
A estabilidade é um estágio atingido quando reunimos três condições:
1ª) o fenômeno se comporta com distribuição normal;
2ª) a dispersão do fenômeno é constante ao longo do tempo e
3ª) o fenômeno ocorre constantemente sobre a mesma média. Num estudo para a análise da
estabilidade devemos considerar:
a) se o processo de medição não é estável qualquer resultado será apenas uma "fotografia
momentânea";
b) não é possível tomar decisões confiáveis, mesmo com base em estudos, se o processo não é
estável;
c) sem estabilidade não há previsibilidade;
d) há muitos fatores que causam estabilidade e os processos devem ser robustos a estes fatores,
porém algumas vezes não é possível ou não é economicamente viável;
e) priorizar os fatores que mais afetam o processo de medição.
A estabilidade estatística é determinada através de gráficos de controle.
Como diretrizes para o estudo da estabilidade devemos obter uma amostra de peças da produção,
em intervalos de tempo pré-estabelecidos medir a amostra de três à cinco vezes (em horários
diversos, no local utilizado pata ser o mais real possível), plotar os dados em uma carta de controle
(X e R ou s), e verificar a existência de pontos fora dos limites e sinais de instabilidade.
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Linearidade: "é a diferença nos valores da tendência ao longo da faixa de operação esperada no
dispositivo de medição".
Quanto menor a declividade à melhor linearidade do
instrumento;
Quanto maior a declividade à pior a linearidade do
instrumento.
Avaliação da Linearidade:
1ª Fase) selecionar 5 peças padrões de maneira a varrer toda a faixa de operação do
instrumento; medir as peças utilizando um instrumento superior ao que está sendo estudado e
determinar o VR; selecionar um operador que deverá realizar de 10 a 15 medições de cada peça;
calcular a média das indicações para cada peça; calcular a tendência para cada peça e elabora
um gráfico da reta que expressa a relação entre as tendências x os valores indicados. 2ª Fase)
calcular a reta de regressão linear que melhor ajusta os pontos do gráfico; calcular o grau de
ajuste da reta (R2); calcular o valor da linearidade L = Indicação x V.Processo ou Tolerância;
calcular o valor percentual da linearidade % L = 100 x (L / VP ou Tol).
As causas prováveis de má linearidade são: Instrumnto não está calibrado adequadamente;
Instrumento desgastado; Revisão nas partes internas e Erros nos valores dos padrões.
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Repetitividade: é a variação nas medidas obtidas com um dispositivo de medição quando usado
várias vezes por um operador medindo a mesma característica na mesma peça.
Caracteriza a variabilidade do sistema de medição, isto é, a capacidade que o processo de
medição tem de "repetir" as medidas.Pode ser expressa em termos da dispersão dos resultados.
Aponta fontes de erro em decorrência de falhas do equipamento e de erros geométricos da peça.
Pode ser representada pela carta de amplitudes (R).
Determinação da Repetitividade: Aplicar a metodologia do CE (Controle Estatístico do Processo);
Analisar a partir da carta de amplitudes (R); Calcular o desvio padrão (se); Calcular a
repetitividade para um nível de confiança de 99% Para distribuição normal (5,15. se) (adotado
como referência pelo MSA para um processo em que m = 0 e s = 1 e P = 99%).
Reprodutibilidade: " é a variação na média das medidas feitas por diferentes operadores utilizando
o mesmo dispositivo de medição medindo característica idêntica nas mesmas peças".
São objetivos do estudo da Reprodutibilidade: Detectar a variabilidade entre operadores; Apontar
fontes adicionais de erros (desvios causados pelo operador indicado pela diferença das médias).
Determinação: Aplicar a metodologia do CEP (Controle Estatístico do Processo); Analisar a partir da
carta das médias (x); Calcular o desvio padrão(so); Calcular a reprodutibilidade para um nível de
confiança de 99% para distribuição normal (5,5x so) . Através da variação das peças (mediante a
troca dos operadores) ela pode ser detectada a partir da carta de médias. A partir dos limites da
carta das médias, determinados pela repetitividade, verificar as médias que estão fora destes
limites. Se não houver variação entre peças e se representarem o processo, então o sistema de
medição é inaceitável para sua análise. Pela variabilidade das peças um sistema de medição é
apropriado quando a maioria das médias das peças ficar fora dos limites.
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Resolução: "capacidade do sistema de medição detectar e indicar pequenas alterações
na característica medida". Para uma boa análise é necessário que: se detecte a variação
do processo; quanto mais dígitos significativos ela apresentar é melhor; no gráfico das
amplitudes devem haver, no mínimo, 3 valores dentro dos limites, porém 1 / 4 dos
valores obtidos não devem ser iguais a zero; no M.S.A (Análise do Sistema de Medição)
5 < n < 15; é determinada a partir da variabilidade da peça, baseado no estudo da
reprodutibilidade e o número de categorias é dado por (PV / R&R) x d2 onde PV =
variação devida às peças; R & R = variação devida ao equipamento e ao operador e d2 =
constante em função do número de repetições, peças e operadores. Vários estudos de
resolução mostraram que a resolução desejável deve ser, de no mínimo, 10 % da
variaçãodo processo(6s) e não de 10 % da tolerânciado processo.
Variabilidade da própria peça: Um Sistema de Medição, mesmo utilizado corretamente, pode não
obter um mesmo valor na medição de uma peça. Este desvio sMED é atribuido ao operador e
instrumento. A variação observada ocorre devido à variação no Sistema de Medição e a variação do
produto a ser medido. Estatisticamente:
s2 obs = s2 med + s2 prod
onde: s obs = desvio-padrão observado; s med = desvio-padrão de medição; s prod = desvio-padrão
do produto. A variação do produto depende do processo produtivo e o desvio padrão de peça-a-peça
pode ser determinado através dos dados do estudo do sistema de medição ou de um estudo
independente de capabilidade do processo.
Enfim, Sistemas de Medição são utilizados, em contato direto ou não com os
controles das maquinas, para monitorar, rastrear, comparar e analisar parâmetros da produção. Isso
possibilita também que se descubram oportunidades de melhorias, que mantendo a produção dentro
dos limites das especificações, garantindo a eficiência da operação de produção industrial.
O monitoramento contínuo do sistema de controle feito através dos sistemas de medição pode gerar
uma economia significativa. A habilidade de monitorar inúmeros parâmetros do processo aliado a
detecção de problemas pode também diminuir o tempo ocioso dos funcionários provocados por
paradas imprevisíveis.
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NOÇÕESSOBRE CONFIABILIDADE:
A operação prolongada e eficaz dos sistemas produtivos de bens e serviços é uma exigência
vital em muitos domínios. Nos serviços, como a Produção, Transporte e Distribuição de
Energia, ou no serviço de transportes, as falhas súbitas causadas por fatores aleatórios
devem ser entendidas e contrabalançadas se pretende evitar os danos não só econômicos,
mas especialmentesociais.
Também nas Indústrias, hoje caracterizadas por unidade de grande volume de produção e
de alta complexidade, dotadas de sistemas sofisticados de automação, impõe-se, com
grande acuidade, a necessidade de conhecer e controlar as possibilidades de falhas, parciais
ou globais, que possam comprometer, para lá de certos limites, a missão produtiva. As
perdas operativas traduzem-se aqui por elevados prejuízos econômicos para a empresa e
parao país.
Estas exigências impulsionaram a criação e desenvolvimento de uma nova ciência: A TEORIA
DA CONFIABILIDADE. Esta disciplina tem por escopo os métodos, os critérios e as estratégias
que devem ser usados nas fases de concepção, projeto, desenvolvimento, operação,
manutenção e distribuição de modo a se garantir o máximo de eficiência, segurança,
economiae duração.
NOÇÕES SOBRE CONFIABILIDADE:
Fundamentalmente, a teoria da Confiabilidade tem como objetivos principais:
· Estabelecer as leis estatísticas da ocorrência de falhas nos dispositivos e nos sistemas.
· Estabelecer os métodos que permitem melhorar os dispositivos e sistemas mediante a introdução de
estratégias capazes da alteração de índices quantitativos e qualitativos relativos às falhas.
A teoria da Confiabilidade (ou, apenas, Confiabilidade) usa como ferramentas principais:
· A Estatística Matemática
· A Teoria das Probabilidades
· O conhecimento experimental das causas das falhas e dos parâmetros que as caracterizam nos
diversos tipos de componentes e sistemas.
· As regras e estratégias para melhorar o desempenho dos sistemas de várias naturezas e as técnicas
para o desenvolvimentos dos sistemas.
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NOÇÕES SOBRE CONFIABILIDADE:
Uma das finalidades da Confiabilidade é a elaboração de regras que permitam a concepção de sistemas
muito complexos (computadores, redes elétricas, usinas químicas, sistemas de geração elétrica, aviões,
naves espaciais, sistema de controle e proteção, etc) capazes de funcionar satisfatoriamente mesmo
com a ocorrência de falhas em alguns dos seus componentes mais críticos.
Os princípios da Teoria da Redundância nasceram deste problema.
Um dos primeiros domínios onde, por força da necessidade foram usados computos estatísticos para a
determinação da confiabilidade foi o da Produção e Distribuição de Energia Elétrica.
Mas foram, especialmente, o advento dos computadores de altíssima complexidade de circuito e com
enorme número de componentes, as missões espaciais e as necessidade militares que forçaram à
maturação, em termos mais elaborados, da Teoria da Confiabilidade.
Rastreabilidade
A rastreabilidade é um conceito que surgiu devido à necessidade de saber em que local é
que um produto se encontra na cadeia logistica sendo também muito usado em controle
de qualidade. Segundo Dyer (1966) quando citado por Juran este conceito representa a
capacidade de traçar o caminho da história, aplicação, uso e localização de uma
mercadoria individual ou de um conjunto de características de mercadorias, através da
impressão de números de identificação. Ou seja a habilidade de se poder saber através
de um códigonuméricoqual a identidadede uma mercadoriae as suas origens.
A rastreabilidade é a capacidade de rastrear um elemento do projeto a outros elementos
correlatos, especialmente aqueles relacionados a requisitos. Os elementos do projeto
envolvidos em rastreabilidade são chamados de itens de rastreabilidade. Os itens típicos
de rastreabilidade incluem diferentes tipos de requisitos, elementos de modelo de design
e de análise, artefatos de testes (conjuntos de testes, casos de teste, etc.) e material de
treinamentoe documentaçãode suporteao usuáriofinal.
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Rastreabilidade
Para Vinholis; Azevedo (2000), um sistema de rastreabilidade, seja ele informatizado ou
não, permite seguir e rastrear informações de diferentes tipos (referente ao processo,
produto, pessoal e ou serviço), a jusante e/ou montante de um elo de cadeia ou de um
departamento interno de uma empresa. A rastreabilidade permite ter um histórico do
produto, sendo que a complexidade do conteúdo deste histórico dependerá do objetivo a
ser alcançado. Esse objetivo pode ser influenciado pelas estratégias adotadas e pelo
ambienteexterno em que a empresa está inserida.
Para Machado (2000) a rastreabilidade também assume importância estratégica para a
indústria de alimentos e para o segmento de distribuição, por representar: a) um
diferencial de competitividade; b) fortalecer a imagem institucional da empresa; c)
auxiliar no posicionamento da marca no mercado; d) estimular a concorrência através da
diferenciação da qualidade; e) estreitar a relação com os fornecedores e contribuir para a
construção de estratégias competitivas da empresa e, com isso, definir a estrutura de
coordenaçãovertical.
Rastreabilidade
Em âmbito institucional, os sistemas de identificação e rastreabilidade auxiliam na minimização
de riscos de contaminação, facilita a localização do foco de problemas, tranqüiliza a população e
dá credibilidadeao próprioEstado.
Contudo, do ponto de vista operacional, os procedimentos para implantação de um sistema de
identificação e rastreabilidade são complexos. Segundo Smith; Phillips (2002), a arquitetura do
sistema de identificação e rastreabilidade está diretamente relacionada com a estrutura do
sistemade produção,armazenamento,distribuiçãoe comercialização;vistoque é demandado
Em um programa de rastreabilidade o fator mais valioso é a informação, que deverá ser
agregada aos produtos, seja no lote, no individuo ou em alguma unidade física especifica. É
fundamental que o processo de rastreabilidade seja transparente e seja uma filosofia da
empresa, cuja adoção não seja vista apenas como uma obrigatoriedade, mas principalmente
como uma ferramenta de gestão. Como ressaltam Iba et. al. (2003), a rastreabilidade funciona
como um complemento no gerenciamento da qualidade e quando aplicado isoladamente não
traduzsegurançaao produto,nem ao processo.
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Rastreabilidade
Neste sentido, Juran; Gryna (1992) apontam diversas finalidades da rastreabilidade,
tais como:
assegurar que apenas materiais e componentes de qualidade entrem no produto
final,
identificar clara e explicitamente produtos que são diferentes, mas que se parecem
a pontode serem confundidosentre si,
permitir o retornode produtosuspeitonuma base precisa e
localizarfalhase tomar medidascorretivasa preço mínimo.
Outras finalidade da rastreabilidade:
Compreendera origem dos requisitos
Gerenciaro escopo do projeto
Gerenciarmudançasnos requisitos
Avaliaro impactono projetoda mudançaem um requisito
Avaliar o impacto da falha de um teste nos requisitos (isto é, se o teste falhar, talvez o
requisitonão seja atendido)
Verificarse todosos requisitosdo sistemasão desempenhadospela implementação
Verificarse o aplicativofaz apenas o que era esperadoque ele fizesse.
Rastreabilidade
Características:
A rastreabilidaderepresentaum elementofundamentaldentrodo conceitoda
qualidadetotal.
A definiçãode rastreabilidadeé objetiva,porém permite que cada um determine
e especifiqueseus própriosmétodose objetivos.
É necessárioum profundoenvolvimentopara se balancearos custose os
benefíciosobtidoscom o sistemade rastreabilidade.
ComoEstabelecer?
Em uma visão geral, a rastreabilidadese aplicatantoa serviços,como a
produtosespecíficos.
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Rastreabilidade
A cada estágio de sua transformação, o produto deverá receber uma nova identificação
para ser rastreável. Dentro do processo de distribuição, entretanto, esta identificação
passo-a-passo não é mais necessária, pois o produto pode ser rastreado através de sua
identificaçãooriginal,recebidaduranteo processofabril.
A rastreabilidade nos permite retroagir a cada estagio que o produto percorreu durante o
seu ciclo de vida. Entretanto, cada pessoa envolvida neste processo deve dispor apenas
das informações referentes ao estágio com o qual ela está envolvida, ou seja, de seus
fornecedorese clientesdiretos.
Assim, não é possível saber sempre e imediatamente onde os produtos se localizam ou
reconstruirde imediatotodoo percursodo ciclo deste produto.
É imprescindíveldisporde todosos dadospara rastreare reconstruir estas informações
Rastreabilidade
Qual a utilidade?
A proteção ao cliente é uma das pedras fundamentais de nosso sistema
econômico. Assim, é evidente que a rastreabilidade pode ser considerada como um
método eficiente para a comprovação de que estamos trabalhando conforme as
normas.
Rastreabilidade como fator de segurança: todo produto defeituoso representa um
sério risco e como tanto deve ser imediatamente recolhido (através do já bastante
conhecidorecall).Assim,é mandatáriohaver uma identificaçãonos produtos.
Rastreabilidade como meio de investigação: um produto que está sendo recolhido
passou por uma série de controles, que na verdade deveriam ter detectado o
defeito. Assim, devemos seguir o problema para determinar qual a causa do
produtonão ter sido rejeitadono processo.
Rastreabilidade: um elemento de política industrial: saber o que foi feito e como as
coisas são feitas pode ser essencial ao dar andamento a um pedido do cliente. A
rastreabilidade leva a um conhecimento mais profundo da capacidade da
empresa, fazendo com que os pedidos possam ser atendidos em um prazo mais
curto e a um custo mais baixo. A rastreabilidade também pode ser o ponto inicial
paraa implantaçãodo controleestatísticode processo(CEP).
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